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Coleção Fábulas Bíblicas Volume 10

A FARSA DO
ESPÍRITO SANTO

Mitologia e Superstição Judaico-cristã

JL
jairoluis@inbox.lv
Como emagrecer? Como perder a barriga? Como ganhar dinheiro? Como jogar póquer?
Sumário
Introdução .................................................................................. 5
1 - A Trindade capitolina ............................................................... 6
2 - A farsa da trindade cristã ......................................................... 8

1 - Contradições da Bíblia.......................................................... 10

1 – Falsificando a Bíblia.......................................................... 10
2 - Versículos “defendendo” a trindade .................................... 10
3 - Versículos negando a trindade ........................................... 11
4 - Constantino - Começa a criação da trindade ........................ 14
5 - Os dois primeiros terços da trindade - O Concílio de Niceia .... 15
6 - O credo de Atanásio completa a divindade trina ................... 16
7 - A trindade cristã - mais um desfile de trindades ................... 17
3 - A Bíblia nega a trindade .......................................................... 20
4 - Quantos “Jesuses” existiram? .................................................. 35

1 - A proliferação de antigos “Jesuses” inclui: ........................... 36


2 - Mas existiu algum Jesus crucificado? .................................. 37
3 - Com tantos “Jesuses”, não poderia ter um Jesus de Nazaré? . 38
5 - Proliferação de salvadores fajutos............................................. 40

Os dezesseis salvadores crucificados ....................................... 41


1 - A “crucificação” de Krishna, Índia - 1.200 AEC ..................... 44
2 - A “crucificação” do Buda Sakyamuni - 600 AEC. ................... 48
3 - Thamuz, da Síria — 1.160 AEC ......................................... 52
4 - Wittoba - Índia, 552 AEC. ................................................. 54
5 – Iao - Nepal, 622 AEC........................................................ 56
6 - Esus - O Druida Celta, 834 AEC. ......................................... 56
7 - Quetzalcóatl - A Serpente Emplumada do México, 587 AEC. . 57
8 – Quirinus - O Salvador Crucificado Romano, 506 AEC ............ 59
9 - Prometeu Acorrentado... ou Crucificado? 547 AEC. .............. 60
10 - Thulis do Egito - 1.700 AEC. ............................................ 61
11 - Indra do Tibet - 725 AEC. ................................................ 63
12 - Alceste (de Eurípedes): Uma mulher crucificada? - 600 AEC.64
3
13 - Atis da Frígia - 1.170 AEC. ............................................... 65
14 - Crites da Caldeia - 1.200 AEC. ......................................... 65
15 - Bali de Orissa - 725 AEC.................................................. 66
16 - Mitra da Pérsia - 600 AEC. ............................................... 66
17 - A lista não acaba em 16 personagens. .............................. 67
6 - Mais bobagens do Cristianismo >>> ......................................... 71

Mais conteúdo recomendado ................................................... 72


Livros recomendados ............................................................. 73
Referências: ......................................................................... 82

4
Introdução

5
1 - A Trindade capitolina

A trindade cristã é a mais recente invenção de um costume muito


antigo: reunir os deuses em grupos de três.

Representação manierista da trindade capitolina; obra de Jacopo Zucchi (entre 1589


e 1592)

6
A Tríade Capitolina é o nome dado ao conjunto dos três deuses
principais da religião romana. Como em muitas outras religiões
indoeuropeias, entre os romanos havia uma marcante tendência
a reunir os deuses em grupos de três, e o fruto desta tendência
são as diferentes trindades que ao longo da história foram
compostas com diferentes deuses. A primeira trindade
ou trindade arcaica era formada por Júpiter, Marte e Jano, mas
logo Jano foi sustituido por Quirino. Seu culto era importante,
como testemunha o nome dado aos três principais sacerdotes
(flamines).

A trindade clásica era conhecida com o nome de “capitolina”,


por ter seu templo na Colina Capitolina (o Templo de Júpiter
Óptimo Máximo, o Júpiter capitolino), e estava formada
por Júpiter, Juno e Minerva. Era derivada da religião
etrusca (trindade etrusca, formada por Tinia, Uni e Menrva).

7
2 - A farsa da trindade cristã

Cristo, de acordo com a doutrina trinitária é a segunda pessoa da


Santíssima Trindade, com o Pai sendo a primeira e o Espírito Santo
a terceira. Cada uma dessas pessoas é Deus. Cristo é seu próprio
pai e seu próprio filho. O Espírito Santo não é nem pai nem filho,
mas ambos. O filho foi gerado pelo pai, mas já existia antes de
ser gerado, exatamente o mesmo antes e depois. Cristo é tão
velho quanto seu pai e o pai é tão jovem quanto seu filho. O
Espírito Santo procede do Pai e do Filho, mas já era igual a eles
antes de proceder, ou seja, antes de existir, mas mesmo assim
ele tem a mesma idade que os outros dois. Deste modo, se afirma

8
que o Pai é Deus, que o Filho é Deus e que o Espírito Santo é Deus
e que esses três deuses fazem um só deus. De acordo com a
tabela de multiplicação celestial, um é três e três vezes um é um,
e de acordo com a regra de subtração do céu, se diminuir dois de
três, sobram três. A regra da adição também é estranha: se
somamos dois a um temos apenas um. Cada um é igual a si
mesmo e aos outros dois.

Nunca houve nem nunca haverá algo mais completamente idiota


e absurdo que o dogma da Santíssima Trindade.

"Ingersoll's Works", vol. 4, p. 266-67

9
1 - Contradições da Bíblia

1 – Falsificando a Bíblia

Versículo inserido em 1 João para esquentar a farsa do Espírito


Santo. Este versículo é uma famosa interpolação.

1 João 5:5-9
5 - Quem é que vence o mundo, senão aquele que crê que Jesus é o
Filho de Deus?
6 - Este é aquele que veio por água e sangue, isto é, Jesus Cristo; não
só por água, mas por água e por sangue. E o Espírito é o que testifica,
porque o Espírito é a verdade.
7 - Porque três são os que testificam no céu: o Pai, a Palavra,
e o Espírito Santo; e estes três são um.
8 - E três são os que testificam na terra: o Espírito, e a água e o
sangue; e estes três concordam num.
9 - Se recebemos o testemunho dos homens, o testemunho de Deus
é maior; porque o testemunho de Deus é este, que de seu Filho
testificou.

2 - Versículos “defendendo” a trindade

João 17:21
Para que todos sejam um; assim como tu, ó Pai, és em mim, e eu em
ti, que também eles sejam um em nós; para que o mundo creia que
tu me enviaste.
João 17:22

10
E eu lhes dei a glória que a mim me deste, para que sejam um,
como nós somos um.
João 1:1
No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era
Deus.
João 10:30
Eu e o Pai somos um.
João 14:9
Quem me vê, vê o Pai.
João 14:11
Crede-me: eu estou no Pai e o Pai em mim.
João 17:11
Pai santo, guarda-os em teu nome que me deste, para que sejam
um como nós.
Colossenses 2:9
Pois nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade.

3 - Versículos negando a trindade

João 17:21
Para que todos sejam um; assim como tu, ó Pai, és em mim, e eu em
ti, que também eles sejam um em nós; para que o mundo creia que
tu me enviaste.
João 17:22
E eu lhes dei a glória que a mim me deste, para que sejam um, como
nós somos um.

Os dois versículos acima, usados para defender a trindade, também


podem ser usados para negá-la.

Lucas 18:19
11
Por que me chamas bom? Ninguém é bom, senão só Deus.
João 14:28
Porque meu Pai é maior do que eu.
João 7:16
Minha doutrina não é minha, mas daquele que me enviou.
Mateus 26:39
Meu Pai, se possível, afasta de mim este cálice; contudo, não seja
como eu quero, mas como tu queres.
Mateus 27:46
Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?
Marcos 13:32
Daquele dia e da hora, ninguém sabe, nem os anjos no céu, nem o
Filho, somente o Pai.
1 Pedro 3:22
Que, tendo subido aos céus, está à direita de Deus.

E ainda há outros trechos que analisaremos mais adiante, mas os


que foram citados mostram bem as contradições.

Eis o dilema.

1. Os cristãos sabem que para Jesus ser o salvador da


humanidade, ele tem que ser Deus também.
2. É a Bíblia quem diz.
3. Se ele não é Deus, então ele não pode ser o salvador.
4. Sua morte não teria sentido.

Portanto, os cristãos inventaram a Santíssima Trindade para


explicar a divindade de Cristo.

12
1. Ele é homem.
2. Ele é Deus.
3. Ele é ambos.
4. Ele tem que ser, para poder ser o salvador.

Infelizmente ele é, no melhor dos casos, indeciso. Às vezes ele diz


que ele e Deus são um só. Às vezes ele admite que Deus sabe de
coisas que ele ignora e faz coisas que ele não pode fazer. Os
cristãos apelam para as coisas mais estranhas para provar o
dogma da Santíssima Trindade, inclusive declarar que ele é um
"mistério" e que "nós somos muito limitados para entender".

1. A Bíblia é a palavra perfeita e infalível de Deus?


2. A doutrina da Santíssima Trindade que os cristãos criaram
e as contradições em que ela implica, gritam que "Não”!

Mas então como foi que o dogma veio a existir?

As origens da doutrina da Santíssima Trindade são chocantes.


Como no caso da maioria das questões históricas relativas à
cristandade, houve muita fraude e derramamento de sangue.
Muitas vidas foram perdidas antes que o Trinitarismo (crítica)
fosse enfim adotado.

1. Como muitos cristãos sabem a palavra "trindade" não


aparece na Bíblia.
2. E não aparece porque é uma doutrina que evoluiu aos
poucos no início do cristianismo.
3. Foi um processo manipulado, sangrento e mortal até que
finalmente se tornou uma doutrina "aceita" da Igreja.

13
4 - Constantino - Começa a criação da trindade

Flavius Valerius Constantius (c. 285-337 AD), Constantino o


Grande, era filho do imperador Constâncio I. Quando seu pai
morreu em 306 AD, Constantino tornou-se imperador da
Bretanha, Gália (atual França) e Espanha. Aos poucos, foi
assumindo o controle de todo o império romano. Divergências
teológicas relativas a Jesus Cristo começaram a se manifestar no
império de Constantino quando dois oponentes principais se
destacaram dos outros e discutiram sobre se Cristo era um ser
criado (doutrina de Ário) ou não criado, e sim igual e eterno como
Deus seu pai (doutrina de Atanásio). A guerra teológica entre os
adeptos de Ário e Atanásio tornou-se acirrada. Constantino
percebeu que seu império estava sendo ameaçado por esta
divisão doutrinal. Constantino começou a pressionar a Igreja para
que as partes chegassem a um acordo antes que a unidade de seu
império ficasse ameaçada. Finalmente, o imperador convocou um
*concílio em Niceia, em 325 AD, para resolver a disputa. * O seu
principal feito foi o estabelecimento da questão cristológica entre
Jesus e Deus, o Pai; a construção da primeira parte do Credo
Niceno; a fixação da data da Páscoa; e a promulgação da lei
canônica. OU SEJA: DEFINIR EM QUE OS CRISTÃOS DEVERIAM
ACREDITAR. Apenas 318 bispos compareceram, o que equivalia a
apenas uns 18% de todos os bispos do império. Dos 318, apenas
uns 10% eram da parte ocidental do império de Constantino,
tornando a votação tendenciosa, no mínimo. O imperador
manipulou, pressionou e ameaçou o concílio para garantir que
votariam no que ele acreditava não em algum consenso a que os
bispos chegassem. As igrejas cristãs hoje em dia dizem que

14
Constantino foi o primeiro imperador cristão, mas seu
"cristianismo" tinha motivação apenas politica. É altamente
duvidoso que ele realmente aceitasse a doutrina cristã. Ele
mandou matar um de seus filhos, além de um sobrinho, seu
cunhado e possivelmente uma de suas esposas. Ele manteve seu
título de alto sacerdote de uma religião pagã até o fim da vida e
só foi batizado em seu leito de morte.

5 - Os dois primeiros terços da trindade - O Concílio de Niceia

A maioria dos bispos, pressionada por Constantino, votou a favor


da doutrina de Atanásio. Foi adotado um credo que favorecia a
teologia de Atanásio. Ario foi condenado e exilado. Vários bispos
foram embora antes da votação para evitar a controvérsia. Jesus
Cristo foi aprovado como sendo "uma única substância" com Deus
Pai. É significativo que até hoje as igrejas ortodoxas do leste e do
oeste discordem entre si quanto a esta doutrina, ainda
consequência de as igrejas do oeste não terem tido nenhuma
influência na "votação". Dois dos bispos que votaram a favor de
Ário também foram exilados e os escritos de Ario foram
destruídos. Constantino decretou que qualquer um que fosse
apanhado com documentos arianistas estaria sujeito à pena de
morte.

O credo de Niceia declara:

 Creio em Um só Deus, Pai Onipotente, Criador do céu e da


terra e de todas as coisas visíveis e invisíveis. E em Um só
Senhor, Jesus Cristo, o Filho unigênito de Deus, gerado do
Pai antes de todas as coisas. Deus de Deus, Luz da Luz,

15
Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não criado,
consubstancial ao Pai, por quem todas as coisas foram
feitas ...

Mesmo com a adoção do Credo de Niceia, os problemas


continuaram e, em poucos anos, a facção arianista começou a
recuperar o controle. Tornaram-se tão poderosos que Constantino
os reabilitou e denunciou o grupo de Atanásio. Ário e os bispos
que o apoiavam voltaram do exílio. Agora, Atanásio é que foi
banido. Quando Constantino morreu (depois de ser batizado por
um bispo arianista), seu filho restaurou a filosofia arianista e seus
bispos e condenou o grupo de Atanásio. Nos anos seguintes, a
disputa política continuou, até que os arianistas abusaram de seu
poder e foram derrubados. A controvérsia político/religiosa causou
violência e morte generalizadas. Em 381 AD, o imperador
Teodósio (um trinitarista) convocou um concílio em
Constantinopla. Apenas os bispos trinitaristas foram convidados a
participar. 150 bispos compareceram e votaram uma alteração no
Credo de Nicéia para incluir o Espírito Santo como parte da
divindade. A doutrina da Trindade era agora oficial para a Igreja
e também para o Estado. Os bispos dissidentes foram expulsos da
Igreja e excomungados.

6 - O credo de Atanásio completa a divindade trina

O Credo (trinitário) de Atanásio foi finalmente estabelecido


(provavelmente) no século V. Não foi escrito por Atanásio mas
recebeu seu nome. Este é um trecho:

16
 "Adoramos um só Deus em Trindade ... O Pai é Deus, o
Filho é Deus, e o Espírito Santo é Deus; e contudo eles não
são três deuses, mas um só Deus"

Por volta do século IX, o credo já estava estabelecido na Espanha,


França e Alemanha.

1. Tinha levado séculos desde o tempo de Cristo para que a


doutrina da Trindade "pegasse".
2. A política do governo e da Igreja foram as razões que
levaram a Trindade a existir e se tornar a doutrina oficial
da Igreja.
3. Como vocês viram, a doutrina trinitária resultou da mistura
de fraude, política, um imperador pagão e facções em
guerra que causaram mortes e derramamento de sangue.

O que o crente chama de “verdade” é apenas o que a igreja define


como tal, segundo seus próprios interesses.

7 - A trindade cristã - mais um desfile de trindades

 Por que surgiu esse clamor para elevar Jesus e o Espírito


Santo a posições iguais à do deus judeu/cristão?
 Simplesmente porque o mundo pagão estava habituado a
ter "três deuses" ou "trindades" como divindades. A
trindade satisfazia à maioria de cristãos que tinha vindo de
culturas pagãs. O cristianismo não se livrou das trindades
pagãs, ele as adotou assim como adotou tantas outras
tradições pagãs.

Outras trindades
17
O hinduísmo abraçou a divindade trina de Brahma, deus da
criação; Vishnu, deus preservador, e Shiva, deus da destruição.
Uma das muitas trindades do Egito era Hórus, Ísis e Osíris. Os
fundadores da primitiva igreja cristã não tinham ideia de que o
conceito de Trindade iria surgir e ser votado por políticos, imposto
por imperadores e um dia se tornaria parte integral do
cristianismo moderno. Não é nenhuma surpresa que tal conceito
seja "difícil" de explicar. Há um deus cristão ou três em um?

18
A maioria das igrejas cristãs apoia a doutrina da Trindade, mas
ainda há algumas que rejeitam o ensinamento. Hoje em dia,
temos a liberdade de acreditar em uma possibilidade ou outra,
mas corremos o risco de sermos ridicularizados se negarmos a
crença na Trindade, devido ao longo trabalho de marketing da
igreja para gravar mentiras na mente de todo mundo até que
sejam aceitas como verdades inquestionáveis. Mas esse tempo
está chegando ao fim. Como num supermercado, você escolhe a
sua religião.

19
3 - A Bíblia nega a trindade

O dogma da Santíssima Trindade é classificado como “inacessível


a qualquer forma de entendimento” por Ockam (William of
20
Ockham, 1280-1349), pois não se trata de uma trindade como as
pagãs constituídas, óbvio, de três deuses diferentes e
individualizados.

Segundo o dogma cristão, a Santíssima Trindade é constituída


pelo Pai (YHWH, Jeová, Javé, Senhor, etc.), Filho (Jesus Cristo) e
Espírito Santo, mas é um “Deus trino”, “três manifestações do
mesmo Deus” ou “três deuses numa só pessoa”, pois se assim
não fosse, não seríamos monoteístas (crentes num Deus único).

 Algo como uma pessoa com distúrbio de múltipla


personalidade.

A Igreja existiu 380 anos sem nunca mencionar a Santíssima


Trindade: tal conceito foi oficializado como dogma fundamental da
igreja no I Concílio de Constantinopla (comandado pelo imperador
Teodósio, não pelo papa). Coube aos grandes pensadores da
Igreja explicar (sem sucesso até hoje) o dogma e combater as
heresias (nestoriana, eutiquiana, triteísta, ariana, sabeliana etc.).
Analisemos, de forma sucinta, a obra de Tomás de Aquino, que
cita constantemente Anselmo, Ambrósio, Hilário e Agostinho
(além de Aristóteles, Avicena e outros):

 “Excetua-se o ser primeiro, que reveste simplicidade


absoluta. N’Ele não cabe o conceito de gênero ou espécie”
(O Ente e a Essência)”.
 “Foi verdadeiro desde toda a eternidade que o Pai gerou o
Filho e que o Espírito Santo procedeu de ambos [...]
Embora em Deus exista pluralidade de pessoas [...] existe
n’Ele um só ser [...] Embora o Pai seja Pai em virtude de
outra coisa do que o Filho é Filho [...] A paternidade e a

21
filiação constituem uma só essência” (Questões Discutidas
Sobre a Verdade).
 “Demonstramos que Deus é um ser simples e indivisível
[...] Deus não age em virtude da necessidade [...] Deus é
imutável em seu agir” (Compêndio de Teologia).
 “Trindade, segundo a etimologia do vocábulo [...] é como
se disséssemos unidade de três (Compêndio de Teologia)”.

Baseada nesses pensadores, uma das várias Bíblias que utilizamos


enumera os atributos de Deus:

1 - Simplicidade:

1. Deus é incomplexo, indivisível, não-composto.


2. Como pode, então, ser composto de três entidades?

2 - Unidade:

1. Deus é um.
2. Ou três?

3 - Imutabilidade:

1. Deus é imutável, em natureza e prática.


2. Se Deus mudou sua natureza e se revestiu de um corpo
material Ele não é imutável.

4 - Jesus teve forma de corpo e esteve em movimento, em sua


passagem na Terra. Mesmo sendo Deus.

22
“Deus não é ou tem a forma de um corpo [...] Deus não se move
nem é movido nem por si nem acidentalmente” (Tomás de Aquino,
Compêndio de Teologia).

Como nenhum autor pode ter razão se contrariar as Sagradas


Escrituras, analisaremos – usando o seguinte raciocínio: as
Sagradas Escrituras sustentam tal dogma?

5 - Só Deus é bom e Jesus não deve ser chamado de bom.

Lucas 18:18-19).
18 - E perguntou-lhe um certo príncipe, dizendo: Bom Mestre, que hei
de fazer para herdar a vida eterna? 19 - Jesus lhe disse: Por que me
chamas bom? Ninguém há bom, senão um, que é Deus.

6 - Jesus não veio por sua vontade e poder, e sim foi enviado, por
um ser superior a ele. Deus enviou Jesus (e ninguém envia a si
próprio).

João 8:42
Disse-lhes, pois, Jesus: Se Deus fosse o vosso Pai, certamente me
amaríeis, pois que eu saí, e vim de Deus; não vim de mim mesmo,
mas ele me enviou.

7 - Deus é Onisciente, tudo sabe. Como pode Jesus, sendo Deus,


não saber algo?

23
8 - Sendo um só Deus, tudo que o Pai sabe, o Filho deve,
obrigatoriamente, saber.

9 - Mas “só o Pai sabe”.

Marcos 13:32.
Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos que estão no céu,
nem o Filho, senão o Pai.

10 - Jesus não glorifica a si próprio, mas é glorificado pelo Pai. Se


ambos são o mesmo Deus, se o Pai glorifica, o Filho
(automaticamente) também glorifica.

João 8:54
Respondeu Jesus: Se eu me glorificar, a minha glória não é nada.
Quem me glorifica é meu Pai, aquele que vós dizeis ser vosso Deus;

11 - Mas Jesus não é o mesmo Pai, Deus?

João 14:24

24
Quem não me ama não guarda as minhas palavras; ora, a palavra que
ouvistes não é minha, mas do Pai que me enviou.

12 - Se o Pai é maior do que Jesus, Jesus não pode ser igual ao


Pai; se é menor do que Deus, pode ser Deus?

João 14:28
Ouvistes que eu vos disse: Vou, e venho para vós. Se me amásseis,
certamente exultaríeis porque eu disse: Vou para o Pai; porque meu
Pai é maior do que eu.

13 - Se o Espírito Santo é um só Deus, com o Pai e o Filho, quem


blasfema contra Ele, estará blasfemando contra o Filho.

14 - Mas quem blasfemar contra o Filho será perdoado e quem o


fizer contra o Espírito Santo, não.

15 - Eles não são um?

Lucas 12:10).

25
E a todo aquele que disser uma palavra contra o Filho do homem ser-
lhe-á perdoada, mas ao que blasfemar contra o Espírito Santo não lhe
será perdoado.

16 - Se Jesus é servo do Deus de Abraão, não é igual a Deus.


Deus é o poder absoluto! Não pode ser servo. Pode?

Ato 3:13
O Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó, o Deus de nossos pais,
glorificou a seu Servo Jesus ,a quem vós entregastes e perante a
face de Pilatos negastes, quando este havia resolvido soltá-lo.

Algumas Bíblias “corrigiram” para “filho”.

Ato 3:13
O Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó, o Deus de nossos pais,
glorificou a seu filho Jesus , a quem vós entregastes e perante a
face de Pilatos negastes, tendo ele determinado que fosse solto.

17 - O Cristo foi o primogênito, a primeira criatura.

18 - Deus é O Criador, nunca – em nenhuma hipótese – criatura.

19 - O Cristo é o primogênito dos mortos, logo, não é eterno, nem


incriado.

26
Colossenses 1:15-18
15 - O qual é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a
criação; 16 - Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos
céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações,
sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para
ele. 17 - E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem
por ele. 18 - E ele é a cabeça do corpo, da igreja; é o princípio e o
primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a
preeminência.

20 - Segundo o apóstolo – inspirado pelo Espírito Santo – o Cristo


não ressuscitou por sua força e poder, e sim por um poder maior:
o do Pai.

21 - Se o Pai é maior que Jesus, podem ambos ser “o mesmo”?

1 Pedro 1:21
E por ele credes em Deus, que o ressuscitou dentre os mortos, e lhe
deu glória, para que a vossa fé e esperança estivessem em Deus;

22 - Deus precisa de conforto e amparo?

27
23 - Sendo Onipotente, não teria forças para suportar o que havia
preparado para si mesmo?

Lucas 22:43
Então apareceu-lhe um anjo do céu, que o confortava.
Lucas 22:43
E apareceu-lhe um anjo do céu, que o fortalecia.

24 - Jesus – nitidamente – apela a alguém superior a si mesmo.

25 - Se fosse Deus diria: “Eu vos perdoo...”.

Lucas 23:34
E dizia Jesus: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. E,
repartindo as suas vestes, lançaram sortes.

26 - Deus abandonou a si mesmo?

27 - Como poderia abandoná-lo, sendo ambos o mesmo Deus?

28
Marcos 15:34 e Mateus 27:46
Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?

28 - Jesus se submetia (Deus pode ser submisso?) à mercê de


uma vontade superior à sua.

29 - Se Jesus era Deus, poderia ser inferior a alguém ou alguma


coisa?

30 - Fique claro que ele estava entregando seu espírito, não o


hálito de suas narinas (ou o sopro ou o vento).

Lucas 23:46
E, clamando Jesus com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego
o meu espírito. E, havendo dito isto, expirou.

31 - Jesus afirma ter um Deus, não ser Deus.

32 - Não que “sobe” para si mesmo.

29
João 20:17
Disse-lhe Jesus: Deixa de me tocar, porque ainda não subi ao Pai; mas
vai a meus irmãos e dize-lhes que eu subo para meu Pai e vosso Pai,
meu Deus e vosso Deus.

33 - Para o autor, Deus (Yahvéh) e Jesus (o Cristo) não são a


mesma entidade: um é a divindade, o outro um enviado, a quem
foram confiadas importantes tarefas, mas nunca igual ou
manifestação da mesma entidade.

Apocalipse 1:1
Revelação de Jesus Cristo, que Deus lhe deu para mostrar aos seus
servos as coisas que brevemente devem acontecer; e, enviando-as
pelo seu anjo, as notificou a seu servo João;

34 - O autor do último livro do Novo Testamento saúda as sete


Igrejas desejando graças de Deus (Yahvéh, o Eterno, o que era,
é, e sempre será) e dos sete espíritos (?) e de Jesus.

35 - Mostrando – de forma inequívoca – que no entendimento


daquele autor (inspirado pelo Espírito Santo), Deus e Jesus não
são a mesma entidade, um Deus único.

30
36 - Sendo o primeiro, O Criador incriado e o segundo uma
“testemunha fiel” da Infinitude Divina.

37 - Não é eterno e sim o primeiro (primogênito) dos mortos


(criaturas).

Apocalipse 1:4-5)
4 - João, às sete igrejas que estão na Ásia: Graça a vós e paz da parte
daquele que é, e que era, e que há de vir, e da dos sete espíritos que
estão diante do seu trono; 5 - e da parte de Jesus Cristo, que é a fiel
testemunha, o primogênito dos mortos e o Príncipe dos reis da terra.
Àquele que nos ama, e pelo seu sangue nos libertou dos nossos
pecados,

38 - A profecia (falsa) sobre a vinda do Cristo parece clara: ele


existe desde antiquíssimos tempos, mas não desde sempre. Deus,
Yahvéh, O Criador, existe desde sempre.

Miqueias 5:2
Mas tu, Belém-Efrata, tão pequena entre os clãs de Judá, é de ti que
sairá para mim aquele que é chamado a governar Israel. Suas origens
remontam aos tempos antigos, aos dias do longínquo passado.

Outras Bíblias:

31
Miqueias 5:2
Mas tu, Belém-Efrata, embora sejas pequena entre os clãs de Judá,
de ti virá para mim aquele que será o governante sobre Israel. Suas
origens estão no passado distante, em tempos antigos.
Miqueias 5:2
Mas tu, Belém Efrata, posto que pequena para estar entre os milhares
de Judá, de ti é que me sairá aquele que há de reinar em Israel, e
cujas saídas (???) são desde os tempos antigos, desde os dias da
eternidade.

39 - A palavra hebraica Moschiasch (Messias), traduzida para o


grego como Cristhos, significa Ungido. Ungido, é quem recebeu
uma unção.

40 - Quem ungiu Jesus senão Yahvéh, o Pai (que não ungiu a Si


próprio, é óbvio)? Logo, o Pai é maior e anterior a Jesus.

41 - Sendo Jesus menor e posterior ao Pai, pode ser Deus?

42 - Jesus é – ao mesmo tempo – anterior, posterior, maior,


menor e igual ao Pai?

1 João 2:22-23.
22 - Quem é mentiroso senão aquele que nega que Jesus é o Cristo?
Esse é o Anticristo, que nega o Pai e o Filho. 23 - Todo aquele que

32
nega o Filho não tem o Pai. Todo aquele que proclama o Filho tem
também o Pai.

43 - Deus não pode ser tentado, mas Jesus foi tentado (Mateus
4:1-11; Lucas 4:1-13).

Tiago 1:13
Ninguém, sendo tentado, diga: De Deus sou tentado; porque Deus
não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta.

44 - Como pode não ser da competência de Jesus, se ele é Deus,


não podendo ser inferior ou submisso a nada nem ninguém?

Mateus 20:23
Então lhes disse: O meu cálice certamente haveis de beber; mas o
sentar-se à minha direita e à minha esquerda, não me pertence
concedê-lo; mas isso é para aqueles para quem está preparado por
meu Pai.

“Se” Jesus é Deus, qual base teológica pode sustentar que Deus
veio à Terra oferecer a si próprio para pagar pelos pecados dos

33
homens (que Ele criou e, obviamente, sendo Onisciente sabia que
cometeriam)?

1. Muitos profetizaram a vinda de um Messias, Ungido,


Salvador ou mensageiro de Deus.
2. Nenhum profeta afirmou que quem viria seria o próprio
Deus.
3. A Bíblia diz que Jesus é Deus? NÃO!
4. A Bíblia sustenta o dogma da Santíssima Trindade? NÃO!

Se Jesus não é deus, não pode ser


salvador de nada.

Tá na Bíblia! Jesus NÃO É DEUS.

34
4 - Quantos “Jesuses” existiram?

Sim caro cristão, Jesus existiu. Eu tenho que admitir. Na verdade,


existiram muitos "Jesuses", especialmente no Oriente Médio
durante o tempo dos primeiros imperadores romanos. Mas,
infelizmente para você, nenhum dos inúmeros “Jesuses” é o Jesus
que o Novo Testamento descreve e que você crê e adora com
tanto fervor e devoção. É muito provável que você leitor amigo
cristão não saiba que o nome "Jesus" vem do arquétipo herói
judeu Josué (o sucessor de Moisés), também conhecido como
Yeshua ben Nun ("Jesus o pescador"). Dado que o nome Jesus,
Yeshua o Yeshu em hebraico, Ioshu em grego, em espanhol Jesus,
era originalmente um título que significa "salvador", derivado de
"Jeová salva". É bem possível que cada facção da resistência
judaica tivesse seu próprio herói com esse apelido. Josefo,
historiador judeu do primeiro século menciona nada menos que
19 Yeshua / Jesii diferentes, cerca de metade deles
contemporâneos do suposto Cristo. Em seu "Antiguidades
Judaicas", dos 28 sacerdotes que serviram desde o reinado de
Herodes o Grande, até a queda do Templo, nada menos que
quatro eram chamados de Jesus: Jesus ben Phiabi, Jesus ben Sec,
Jesus ben Damneus e Jesus Ben Gamaliel. Até Paulo menciona um
mago rival, "outro Jesus, que pregava" (2 Coríntios 11:4).

2 Corintios 11
4 - Porque, se alguém for pregar-vos outro Jesus que nós não temos
pregado, ou se recebeis outro espírito que não recebestes, ou outro
evangelho que não abraçastes, com razão o sofrereis.

35
1 - A proliferação de antigos “Jesuses” inclui:

1 - Jesus ben Sirac.

Este Jesus, segundo se diz foi autor do Livro de Sirac ou Sirá,


(chamado também Eclesiástico ou Sirácida, ou a Sabedoria de
Jesus, o filho de Sirac ou Sirá), parte do Velho Testamento
Apócrifo. Ben Sirac, escrevendo em grego cerca 180 a.C, juntou
a “sabedoria judaica” e os heróis de estilo homérico.

2 - Jesus ben Pandira.

Milagreiro durante o reinado de Alexandre Janeu (106-79 aC), um


dos mais cruéis reis Macabeus. Lançou-se imprudentemente uma
campanha de profecias sobre fim dos tempos, que ofendeu o rei.
Encontrou um fim prematuro pendurado em uma árvore - e às
vésperas da Páscoa. Os pesquisadores têm especulado se ele
fundou a seita dos essênios.

3 - Jesus ben Ananías.

A partir de 62 dC, este Jesus causou distúrbios em Jerusalém, com


um repetido mantra de "piedade para a cidade." Vagamente
profetizou: "Uma voz do leste, uma voz do oeste, uma voz dos
quatro ventos, uma voz contra Jerusalém e a casa sagrada, uma
voz contra os desposados, uma voz contra todo o povo." - Flávio
Josefo, Guerras 6.3. Preso e chicoteado pelos romanos, ele foi
solto como um louco inofensivo. Morreu durante o cerco de
Jerusalém atingido por uma pedra atirada por uma catapulta
romana.

36
4 - Jesus ben Safat.

Durante a revolta de 68 dC que causou estragos na Galiléia, esse


Jesus dirigiu aos rebeldes em Tiberíades. Quando a cidade estava
caindo sob as legiões de Vespasiano, fugiu para o norte, Taricha
no Mar da Galiléia.

5 - Jesus ben Gamala.

A partir de 68/69 dC este Jesus era um líder do “Partido pela Paz”


na guerra civil que dilacerou a Judeia. A partir das muralhas de
Jerusalém tinha protestado contra os edomitas sitiantes (liderados
por "Tiago e João, filhos de Susa). De nada serviu. Quando os
edomitas tomaram os muros, foi assassinado e seus restos
jogados aos cães e aves carniceiras.

6 - Jesus ben Thebuth.

Um clérigo que, durante a capitulação final da parte alta da cidade


em 69 dC, se salvou por entregar os tesouros do templo, que
incluíam dois castiçais sagrados, cálices de ouro puro, cortinas e
hábitos sagrados dos sacerdotes. O espólio foi destaque no triunfo
comemorado por Vespasiano e seu filho Tito.

2 - Mas existiu algum Jesus crucificado?

Certamente que sim. Jesus Ben Stada era um agitador judeu que
causou dores de cabeça para os romanos no início do século dois.
Ele encontrou seu fim na cidade de Lídia (20 quilômetros de
Jerusalém), nas mãos de uma equipe de crucificação romana. E
dada a escala em que a repressão romana era aplicada – por volta
37
do cerco de Jerusalém, mais de quinhentos prisioneiros por dia
foram crucificados na frente das muralhas da cidade - heróis
mortos com o nome de Jesus - seus corpos deviam acumular-se
(literalmente ) no solo. Nenhum deles mereceu atenção especial
no curso da história.

3 - Com tantos “Jesuses”, não poderia ter um Jesus de


Nazaré?

Por exemplo, pela época em que José e Maria grávida viajaram a


Belém para um suposto censo Romano, a Galileia (ao contrário da
Judeia) não era uma província romana, de modo que “papai e
mamãe” realmente não precisariam fazer esta viagem. Mesmo
que a Galileia tivesse pertencido ao império, a história não registra
nenhum 'censo universal “ordenado por Augusto (ou qualquer
outro imperador) e os impostos romanos estavam baseados nos
bens ou propriedades, e não no número de pessoas. Sabemos
também que Nazaré não existia antes do século 2. Não é
mencionada no Antigo Testamento, nem por Josefo, que travou
uma guerra em todo o território da Galiléia (área quase do
tamanho da Grande Londres) e ainda assim Josefo lembra os
nomes de dezenas de outras populações. “Na verdade, a maioria
das acções da ‘Jesus’”, ocorreu em cidades cuja existência
também é questionável, em aldeias tão pequenas que só os
adeptos cristãos conheciam sua existência ( populações pagãs
bem conhecidas com ruínas existentes, nunca foram incluídos no
itinerário de Jesus). O que deve alertar-nos contra a fraude é que
praticamente todos os eventos da vida de Jesus, já estavam
registrados na vida de personagens míticos muito mais antigos.

38
Quer falemos de seu nascimento miraculoso, sua juventude
prodigiosa, milagres e curas surpreendentes - tudo já pertencia a
outros deuses, séculos antes de qualquer homem sagrado judaico.
Suas expressões favoritas e sábios ensinamentos eram
igualmente bem conhecidos, tanto nas escrituras judaicas, como
na filosofia neoplatônica, e nos comentários de sábios das escolas
estóica e cínica. “Jesus de Nazaré” supostamente viveu durante o
período melhor documentado da história da antiguidade, o
primeiro século da era cristã - no entanto, não há nenhuma fonte
não cristã que menciona o milagreiro trbalhador vindo do céu.
Todas as referências - incluindo as inserções notórias em Josefo –
são provenientes de fontes incondicionalmente adeptas ao
cristianismo (e o mesmo Josefo, tão discutido, não era nem
nascido na época da alegada crucificação). A terrível verdade é
que o Jesus Cristão foi feita a partir de material roubado de outras
religiões existentes e reprocessado de acordo com as
necessidades da religião nascente. Não foi com um ser humano
começou o mito de Jesus. É um homem divinizado, mas um Deus
humanizado, que lhe foi dado o nome de Yeshua (Jesus). Aqueles
'Jesuses' verdadeiros, que viveram e morreram dentro de
parâmetros normais humanos, podem ter deixado histórias e
lendas por trás deles, depois canibalizadas por copistas cristãos
como fonte de material para seu próprio herói, mas não foi com
nenhum rabino de carne e óssea, trabalhador milagreiro, que a
história teve um começo. Pelo contrário, sua gênese ocorreu
dentro do plano teológico apenas. É fato notório e comprovado
historicamente que o Jesus cristão é um mito totalmente
inventado sobre material já existente. Não resta a mais
insignificante dúvida quanto a isso. Portanto amigo crente, você
adorar Jesus ou o Batman dá no mesmo. O resultado será sempre
o mesmo: nenhum.

39
5 - Proliferação de salvadores fajutos

Há tantos salvadores na história mitológica da humanidade, que


após a nossa morte estaremos diante do dilema de escolher entre
centenas ou milhares de paraísos para viver eternamente. A
suposta passagem desses supostos salvadores pela Terra, não
alterou para melhor um átomo no curso da evolução da
humanidade, mas no caso específico do cristianismo alterou
imensamente para pior, através da generalização da
discriminação religiosa, que levou milhões de vidas em nome de
fantasias de loucos e, ainda hoje, causa mortes e crimes insanos.
Além de uma infinidade de problemas de toda ordem “por motivos
de fé”.

Quetzalcoatl, o cristo mexicano carregando sua cruz, 500 anos antes de Jesus
Cristo.

40
Os dezesseis salvadores crucificados

Adaptado do capítulo XVI do livro The World's Sixteen Crucified


Saviors, de Kersey Graves [1875]

Esquerda: Crucificado irlandês pré-cristão de origem asiática.


Direita: Um crucificado egípcio: a imagem, encontrada em um
antigo templo em Kalabche, tal como a irlandesa, é muito anterior
à Era Cristã. A crença na crucificação de Jesus Cristo é um dogma
central da Igreja Católica Apostólica Romana e de outras igrejas
cristãs [Ortodoxa, Evangélicas]. É uma crença imperativa: está no
texto do Credo, a oração que é a declaração de fé dos cristãos
seguidores do Vaticano. A crucificação em si é um ponto tão
indiscutível quanto à ressurreição. No entanto, há controvérsias;
muitos estudiosos põem em dúvida a veracidade histórica da
crucificação. Um dos argumentos mais fortes é falta de
documentação histórica sobre um fato que, do ponto de vista
contemporâneo, deveria, na época, ter sido, de algum modo
registrado, fosse por relato de historiadores, que são mínimos e
41
altamente suspeitos de manipulação por parte da igreja; fosse por
registros processuais da burocracia romana. As poucas
referências a Jesus, seus seguidores e sua crucificação, são
consideradas suspeitas pelos analistas mais céticos. Entre os
poucos textos antigos existe um trecho, sempre citado, atribuído
ao historiador Flavio Josefo e, mesmo este, tem sua originalidade
posta em dúvida. Outro argumento dos que questionam a
veracidade da crucificação e até mesmo a existência do próprio
Jesus é o fato do argumento, noético-religioso, ser recorrente na
cultura de muitos povos. O crucificado perseguido e/ou injustiçado
que voluntariamente se submete ao sacrifício da própria vida pela
salvação do mundo, este crucificado é o personagem misterioso
de uma história que tem sido contada muito antes da Via Crucis
ter sido “percorrida” na Judeia. Neste texto, baseado no capitulo
XVI do livro de The World's Sixteen Crucified Saviors de Kersey
Graves [1875], o autor relaciona 16 casos histórico-mitológicos
de crucificados salvadores do mundo. É

um fato conhecido dos estudiosos, mas geralmente,


desconhecido do público em geral, em cada contexto cultural, de
cada país, de cada religião. As religiões locais não fazem nenhuma
questão de falar dos salvadores de outros povos, exceto por
intolerância e discriminação, sempre taxados automaticamente de
falsos, senão como o próprio diabo. No caso do cristianismo
católico [do Vaticano], o dogma da crucificação como um sacrifício
inédito e exclusivo de Jesus, foi enfatizado desde os primórdios da
Igreja, nas epistolas de São Paulo, o falso apóstolo. Tem sido
característica de todas as religiões, especialmente as grandes
religiões, a estratégia de persuasão através do medo [da punição
divina pelos erros, pecados] e da imposição de dogmas
inquestionáveis, dogmas que, por sua imperatividade, ou mesmo

42
por causa dela, contêm algo de mágico. Acreditar no dogma de
uma religião significa rejeitar os dogmas de todas as outras
religiões e os líderes das grandes religiões sempre se
empenharam em destruir ou ocultar quaisquer evidências,
referências, conhecimento ou ensinamento relacionados a outras
religiões. Porque o atributo da Divindade Suprema deveria ser
uma espécie de exclusividade, de ineditismo histórico e de ser
[ontológico].

O Cristianismo não fugiu a regra, ao contrário. Os primeiros


discípulos da religião nascente ocuparam-se em destruir
monumentos representativos da crucificação de deuses orientais,
pagãos, muito anteriores ao messias judeu. Por isso a insistência
do apóstolo Paulo em proclamar o credo em somente um,
somente aquele, Jesus crucificado (talvez inventado por ele, ou
melhor, pelos que escreveram em seu nome). Entretanto, a
memória histórica foi preservada muito antes e muito além dos
muros de Roma ou Jerusalém. Para os hindus, o crucificado é
Krishna, oitavo avatar de Vishnu, pessoa da Trindade dos
brâmanes. Entre os persas, o crucificado é Mitra, o Mediador. Os
mexicanos esperam, fervorosamente, o retorno do seu crucificado
Quetzocoalt. Entre os caucasianos [no Cáucaso], o povo canta
para o Divino Intercessor, que voluntariamente ofereceu a si
mesmo em uma cruz para resgatar os pecados da Raça caída. Ao
que tudo indica, muitas vezes, em diferentes épocas e lugares, o
Filho de Deus, veio ao mundo, nascido de uma virgem e morreu,
em uma cruz, pela salvação do Homem. O indiano Krishna é um
dos mais antigos destes “crucificados”.

43
1 - A “crucificação” de Krishna, Índia - 1.200 AEC

Lord Krishna 8º Avatar de Vishnu

Krishna pode ser considerado o mais importante e o mais exaltado


personagem entre os Deuses Salvadores da Humanidade que se
submeteram a uma existência em condição humana, sujeitos ao
sofrimento e à morte em sacrifício que resgata, anula, os pecados
dos Homens. Enquanto outros Filhos de Deus encarnados tinham
sua divindade limitada pela condição humana, Krishna, de acordo
com as escrituras hindus, compreendia, em si mesmo, a
totalidade de Ser Deus.

As evidências da crucificação de Krishna são tão conclusivas


quanto de outros Salvadores, ou seja, têm seus indicativos
históricos, documentais, porém, considerados inconclusivos,
mantém a saga da Cruz envolta em uma inevitável aura de lenda,
fábula, MENTIRA E MANIPULAÇÃO. Moore, um escritor e viajante
inglês, produziu uma vasta coleção de desenhos/pinturas
representativos de esculturas e monumentos hindus, que juntos
são denominados o Panteão Hindu. Uma das peças do acervo
mostra uma divindade crucificada, suspensa em uma cruz; é o
Deus-Filho de Deus Crucificado Hindu, "Nosso Senhor e Salvador"
Krishna. Krishna crucificado tem os pés fixados no madeiro com
pregos, inseridos na do mesmo modo como, relatado nos
Evangelhos cristãos, aconteceu com Jesus. Existem várias
representações deste Krishna crucificado [British Museum] e
pouco comentado no ocidente. Ele aparece na mesma posição de
Jesus e não raro é contemplado com um halo de glória que vem
do céu. Em algumas figuras, aparecem somente as mãos

44
cravadas. Em outras, somente os pés. No peito, em algumas
destas imagens, destaca-se o coração do mesmo jeito que é feito
nas imagens cristãs e, como outros ornamentos simbólicos, são
evocados a pomba e a serpente, que também são emblemas
cristãos relacionados à divindade [a pomba — o Espírito Santo; a
serpente, símbolo complexo da Sabedoria, pode significar a
tentação do conhecimento].

1 - Vida, Caráter, Religião e Milagres de Krishna

A história de Krishna-Zeus (porque Krishna também é chamado


assim, ou Jeseus, como preferem alguns escritores) está contida,
principalmente, no Bagavat Gita (Canto do Senhor), no livro da
epopeia Mahabaratha. Este livro, o Bagavat, na Índia, é
considerado de inspiração divina, tal como o Bíblia católica. Os
sábios hindus afirmam que o Bagavat tem seis mil anos de idade.
Como Jesus, Krishna teve origem humilde, (cresceu entre
pastores de vacas) e foi perseguido por inimigos injustos.
Entretanto, Krishna parece ter tido mais sucesso na propagação
de sua doutrina; foi prestigiado por milhares de seguidores.
Realizava milagres: curou leprosos, surdos e mudos, ressuscitou
mortos; protegeu os fracos, consolou os tristes, elevou os
oprimidos, expulsou e matou demônios. Em seu discurso, o
Messias hindu dizia que não pretendia destruir a antiga religião;
antes, devia purificá-la e pregar a doutrina restaurada.

Muitos dos preceitos doutrinários de Krishna reforçam a


identidade entre o Filho de Deus hindu e o Messias cristão
nascido na Judéia. Abaixo, alguns destes ensinamentos não

45
deixam dúvida: ou Krishna era cristão, ou Jesus era krishnaísta
ou ambos são uma única e mesma manifestação do Filho de
Deus. São alguns dos ensinamentos de Krishna:

1. Aquele que não controla suas paixões não pode agir


apropriadamente perante os outros.
2. O males infligidos aos outros seguem-nos, tal como
sobras seguindo nossos corpos.
3. Os humildes são os amados de Deus.
4. A virtude sustenta o Espírito assim como os músculos
sustentam o corpo.
5. Quando um pobre bater à sua porta atenda-o, procure
fornecer o que ele precisa, porque os pobres são os
escolhidos de Deus. (ATENÇÃO: No tempo de Krishna
não havia tantos "pobres" golpistas [!]... Meditemos e
adaptemos...)
6. Estenda a mão aos desafortunados.
7. Não olhe a mulher com desejos impuros.
8. Evite a inveja, a cobiça, falsidade, mentira, traição,
impostura, a blasfêmia, a calúnia e os desejos sexuais.
9. Sobre todas as coisas, cultive o amor ao próximo.
10.Quando você morre, deixa para trás e para sempre a
riqueza mundana da sua personalidade limitada; mas
suas virtudes e seus vícios seguem você. ...

* A lista de preceitos krishnaístas semelhantes à doutrina


cristã, especialmente como foi exposta no Sermão da
Montanha, alonga-se em 51 tópicos.

46
2 - Matsya

Matsya (em sânscrito मत ्स ्य, peixe) é o primeiro Avatar de Vishnu.


Nessa encarnação, Vishnu assume o aspecto de um peixe. As
escrituras nos contam que antes do universo ser criado, os quatro
Vedas se encontravam perdidos no fundo do oceano, e eles eram
necessários para que Brahma pudesse criar o universo, pois neles
estava o conhecimento necessário para isso. E Vishnu era o único
47
responsável de realizar tal tarefa. Quando Brahma dormia, o
Asura Hayagriva quis tomar vantagem da circunstância e roubar
dele os Vedas. Mas Vishnu pegou ele no ato, e tomou a forma de
um peixe (Matsya) para trazer os Vedas à superfície antes que o
Demônio pudesse pegá-los. Como a noite de Brahma estava
prestes a chegar, era necessário pegar todas as plantas,
sementes, ervas e animais para que eles pudessem continuar
existindo na próxima criação. Matsya então disse ao Sábio
"Satyavrata" para coletar tudo o que fosse necessário. No começo
da noite de Brahma, Vishnu derrotou o demônio Hayagriva e
devolveu os Vedas à Brahma. Depois um barco pegou o Sábio, os
vegetais e os animais e os levou pelas águas até que o novo
universo fosse criado. Assim Matsya salvou a espécie humana da
destruição.

2 - A “crucificação” do Buda Sakyamuni - 600 AEC.

Buda, não é um nome próprio. Significa "Iluminado". Buda


Sakyamuni é um dos Iluminados que viveram na Índia (e
possivelmente, um entre os Iluminados que têm vivido no
mundo). Sakyamuni, este sim, é um nome de família que serve
para identificar este Buda específico, que viveu nos anos 600 AEC
e que é o mundialmente mais famoso dos Budas, entre Budas
indianos e chineses. A biografia do Buda Sakyamuni é
razoavelmente bem documentada, mas sua crucificação é uma
das mais desconhecidas entre as versões sobre a morte deste
Mestre. Porém, existe. O Buda Sakyamuni teria sido condenado
pelo ato simples de ter colhido uma flor de um jardim. Mais uma
vez, a punição injusta e, novamente, "crucificado", em uma árvore
cuja forma remete à cruz, é explicada como um resgate dos erros

48
humanos que somente o próprio deus encarnado poderia oferecer.
Ele sofre a punição no lugar nos homens, cumpre seu destino,
conforme uma de suas biografias:

“Por misericórdia, ele deixou o Paraíso e desceu à Terra


porque estava cheio de compaixão pelos pecados e misérias
da raça humana. Ele veio para conduzir os homens por
melhores caminhos e tomou seus sofrimentos em si
mesmo, pagou por seus crimes e salvou o mundo que, de
outra forma, na verdade, não poderia salvar-se por si
mesmo”. [Prog. Rel. Ideas, vol. i. p. 86.]

O Buda Sakyamuni também desceu ao Inferno e lá ficou durante


três dias, ainda redimindo os pecadores, até a sua ressurreição,
no terceiro dia. Depois da ressurreição e antes de ascender aos
céus (porque nesta versão o Buda não morre, mas retorna ao
reino de Deus, a Terra Búdica ou Terra Pura dos orientais),
durante este tempo, o mestre Sakyamuni ainda transmitiu ao
mundo preciosos ensinamentos no sentido da elevação do espírito
humano.

Segundo um escritor:

“O objeto de sua missão era instruir os que se tinham


desviado do Caminho e expiar os pecados dos mortais
através de seu sofrimento pessoal. Deste modo, alcançaria,
para toda a Humanidade, entrada no Paraíso. Ensinou que
todos deveriam seguir seus preceitos e orar em seu nome.
Seus seguidores se referiam a ele como o Deus de toda da
Eternidade e chamavam-no Salvador do Mundo, Senhor de
Misericórdia, o Benevolente, Dispensador da Graça, Fonte
de Vida, Luz do Mundo, Luz da Verdade".
49
“Sua mãe (Maya), era pura, pia e devota; jamais teve
qualquer pensamento impuro, jamais foi impura em suas
palavras e ações. Ela era muito estimada por suas virtudes.
(Na composição desta figura mitológica a mãe de Buda
Sakyamuni é representada sempre acompanhada por uma
comitiva de donzelas). As árvores inclinavam-se à sua
passagem, em meio à floresta; as flores se abriam a cada
passo da Mãe de Deus e todos a saudavam como Virgem
Santa, Rainha dos Céus” (é absolutamente dispensável
comentar a semelhança entre as Escrituras hindus e as
Escrituras Judaico-Cristãs, até porque as semelhanças não
se limitam à figura de Jesus).

Contam as lendas que quando nasceu, o pequeno Sidarta


Gautama (futuro Buda Sakyamuni), pôs-se de pé e
proclamou: "Eu colocarei um fim aos sofrimentos e dores
do mundo". Imediatamente, uma luz brilhou em torno do
jovem Messias. O Buda Sakyamuni passou muito tempo em
retiro, isolado, e tal como Cristo tentado 40 dias no deserto,
também o Iluminado da Índia foi tentado pelo demônio, que
lhe ofereceu todas as riquezas, (prazeres) e honras do
mundo.

Como mestre Iluminado, aos 28 anos, começou a pregar


seu evangelho (difundir sua mensagem) e a curar os
doentes. Está escrito que"...os cegos enxergavam, os
surdos ouviam, os mudos falavam, os aleijados dançavam,
os loucos ficavam sãos; e as pessoas diziam "Ele é a
encarnação de Deus". ...Ele proclamou "Minha lei é a Lei da
Graça para todos". Sua religião não conhecia raça, sexo,
casta nem clero.

50
O budismo, "fala de igualdade entre os homens, da irmandade
que reúne toda a raça humana" (Max Muller). "Todos os homens,
sem distinção de classe social, nascimento ou nação, todos, de
acordo com o budismo, partilham do mesmo sofrimento neste vale
de lágrimas e todos devem partilhar os sentimentos de amor,
autodomínio, paciência, compaixão, misericórdia" (Dunkar).

Klaproth, (um professor alemão de línguas orientais), diz que o


budismo é uma religião orientada para o enobrecimento da raça
humana. "É difícil compreender como homens que não foram
contemplados pela Revelação puderam alcançar conceitos tão
elevados e chegar tão perto da verdade" (M. Leboulay).

Dunkar diz que esse deus oriental "fala de autonegação,


castidade, temperança, controle das paixões, tolerância à
injustiça e aceitação da morte sem ódio pelos inimigos,
solidariedade para o infortúnio alheio e indiferença ao próprio
infortúnio". O missionário Spense Hardy escreveu sobre o
budismo: "Existem preceitos especiais contra todo o vício, a
hipocrisia, ira, orgulho, cobiça, avareza, maledicência e crueldade
com animais. Entre as virtudes recomendadas, destacam-se o
respeito aos pais, o cuidado com as crianças, a submissão à
autoridade e às provações da vida, a gratidão, a moderação em
todas as coisas, a capacidade de perdoar e não responder ao mal
com o mal".

51
3 - Thamuz, da Síria — 1.160 AEC

A história deste Salvador está dispersa em fragmentos de vários


escritores. Uma versão completa deste personagem é,
provavelmente, o relato de Ctesias (400 AEC), autor de Persika.
Também foi crucificado como sacrifício pela expiação dos pecados
dos homens. Parkhurst, autor cristão, refere-se a Thamuz como
um precedente ao advento de Cristo. Sobre este Salvador, diz um
texto grego: "Tenham fé, vocês, santos, seu Senhor está
restaurado; Tenham fé na elevação do Senhor; e pelas dores que
Thamuz sofreu nossa salvação foi alcançada". O Thammuz (*)
histórico-mitológico está relacionado entre os deuses sumério-
babilônicos regentes do mundo vegetal. Foi parceiro de Ishtar ou
Astarté. Segundo a tradição, ele retornou da morte e morre
novamente, a cada ano (ENCYCLOPEDIA). Representa o apogeu e
a decadência da vida terrena em seus ciclos naturais. Seu culto
floresceu não somente na Mesopotâmia, mas também na Síria,
Fenícia, Palestina. Thammuz é identificado com o egípcio Osíris e
o grego Adônis (HUTCHINSON ENCYCLOPEDIA). Pesquisadores
traçaram uma genealogia de Thammuz; ela está na Bíblia: Noé
gerou Ham; Ham gerou Cuch; Cush, legendário fundador do Reino
de Babilônia, gerou Nimrod. A partir daí a história ganha ares de
primórdios da civilização. Depois da morte do pai, Cush, Nimrod,
teria desposado a própria mãe, Semíramis, uma descendente
daqueles que sobreviveram ao dilúvio. Uma vela para Baal:
Casado com a mãe, Nimrod tornou-se um rei poderoso.
Semelhante a Osiris, Nimrod foi assassinado e seu corpo, cujas
partes retalhadas foram dispersas por todo o reino, foram
novamente reunidas pela rainha Semíramis. Somente uma parte
não foi resgatada: o pênis. A rainha declarou que o rei não mais
retornaria ao convívio dos mortais, pois havia ascendido à sua

52
morada celestial, o Sol, daí em diante seria chamado Baal, o deus-
Sol. Semíramis proclamou que Baal estaria presente na terra na
forma de chama, de toda chama acesa pelos seus devotos, fosse
uma lâmpada, fosse uma vela. Thammuz: Thammuz foi o filho
que Semíramis deu à luz depois da morte de Nimrod. Uma versão
diz que a concepção foi imaculada; outra, que foi fruto do incesto
da rainha com rei e filho Nimrod. De todo modo, a rainha declarou
que Thammuz era a reencarnação de Nimrod e que ali estava o
Salvador. Porém, logo se estabeleceu um culto à rainha, ela era a
Mãe de Deus. A personagem Thammuz, misteriosa e persistente,
atravessou tempo e fronteiras. Na Síria, em torno do ano 1160
AEC, viveu um Thammuz que foi crucificado. Sua identidade se
perdeu na bruma das Eras, porém, tudo indica que foi um grande
mestre, conforme os poucos testemunhos escritos, como o
tratado de Julius Firmicius, Errore Profanarum Religionum (350
AEC.), onde é mencionado um Deus que "ressuscitou para a
salvação do mundo". Thammuz e os peixes: a palavra Tammuz é
considerada composição de duas outras: TAM, significando
PERFEITO; e MUZ, relativo a fogo/luz. Portanto LUZ PERFEITA ou
LUZ DE PERFEIÇÃO. Muitos escritores antigos encontraram
conexão entre Tammuz e o arcaico Bacchus Ichthys, ou seja, Baco
Pescador. É uma relação curiosa com o cenário dos evangelhos
cristãos onde Cristo escolhe seus primeiros apóstolos entre
pescadores, onde se refere a Pedro como Pescador de Homens e
realiza milagres como a pesca abundante e a multiplicação dos
peixes.

53
4 - Wittoba - Índia, 552 AEC.

Wittoba,
Vithoba, Ballaji
ou, ainda,
Vitthal é outra
das encarnações
de Vishnu.
Frequentemente
identificado com
Krshna,
controverso,
não se sabe ao
certo se
antecedeu
Krishna ou se
veio ao mundo
depois de
Krishna. Na
obra Hindu
Pantheon, de
Moor, podem ser vistas representações de Wittoba com os pés
e as mãos marcados pelos cravos e o peito ornado com um
coração, figura semelhante às de Jesus onde aparece o sagrado
coração. Esse avatar (Wittoba) possui um templo esplêndido em
sua honra situado em Punderpoor, com mais de mil anos de
idade, visitado por milhões de peregrinos (TRUTH BE KNOWN).

54
O texto de Kersey Graves menciona um relato histórico sobre a
crucificação desse avatar; segundo Higgins: "Ele é representado
com as chagas dos pregos nas mãos e nas solas dos pés. Os
cravos ou pregos, mas também martelos, tenazes (pinças)
aparecem frequentemente em seu crucifixo e são objetos de
adoração entre seus seguidores. De acordo com a Wikipedia,
Vithoba é a forma coloquial de Vitthala, uma das manifestações
de Vishnu [Krishna]. Vithoba de Pandharpur é, tradicionalmente,
uma das mais importantes divindades nos estados indianos de
Maharashtra, Karnataka e Andhra Pradesh onde reúne milhões de
devotos.

55
5 – Iao - Nepal, 622 AEC.

Sobre a crucificação deste antigo Salvador um relato específico


atesta que "...ele foi crucificado em uma árvore, no Nepal". O
nome deste deus encarnado do Salvador do Oriente aparece
frequentemente em livros sagrados de outras nações. Alguns
supõem que Iao (pronunciado com Jao) é a raiz do nome do deus
dos judeus, Jehovah.

6 - Esus - O Druida Celta, 834 AEC.

Godfrey Higgins (1772-1833)


informa que os druidas celtas
representam o deus Hesus
sendo crucificado ladeado por
um cordeiro e um elefante. Esta
representação é anterior à Era
Cristã. Na simbologia, o elefante
(imagem que, de alguma forma
deve ter sido importada da Ásia)
corresponde à magnitude dos
pecados humanos enquanto o
cordeiro, de natureza inocente,
é a inocência da vítima oferecida
a Deus em sacrifício propiciatório. É o "Cordeiro de Deus que
tira os pecados do mundo".

Esus, no Pilar dos Barqueiros

56
* Conta a tradição que Hesus, um druida celta, foi o introdutor da
religião e da cultura na Britânia. O relato mitológico informa que
Hesus foi crucificado em um carvalho, a árvore da vida, mas seu
espírito sobreviveu e o período de sua glória depois da morte foi
chamado de Idade do Ouro. Tal como Jesus, Hesus é Filho de Deus
e nasceu de uma virgem chamada Mayence, no século IX AEC...
Mayence é representada envolta em luz e usando uma coroa de
doze estrelas e tendo aos pés uma serpente. (Audrey Fletcher,
1999)

7 - Quetzalcóatl - A Serpente Emplumada do México, 587


AEC.

A autoridade histórica em relação à crucificação deste deus


mexicano (cultura asteca, tolteca e maia), sua execução sobre
uma cruz como sacrifício propiciatório para a remissão dos
pecados da raça humana, é um fato explícito, inequívoco,
indelével. A evidência é tangível, gravada em aço, em placas de
metal. Uma dessas placas tem a representação de Quetzalcóatl
(cujo nome significa Serpente Emplumada) sendo crucificado em
uma montanha; outra o mostra crucificado no céu. O deus
mexicano foi pregado em uma cruz. Mexican Antiquities, (vol. VI,
p 166) diz: "Quetzalcóatl está representado em ilustrações do
Codex Borgia pregado na cruz." Algumas vezes, dois ladrões
aparecem, crucificados, um de cada lado. Esse Salvador
crucificado mexicano, tal como outros personagens histórico-
mitológicos, é muito anterior à Era Cristã. No Codex Borgia, o
relato vai além da crucificação; ali estão registrados todos os
eventos notáveis da biografia da Serpente Emplumada: a morte,
o sepultamento, a descida ao Inferno e a ressurreição no terceiro

57
dia. Outra obra, o Codex Vaticanus B, contém a história de seu
nascimento imaculado, concebido por sua virgem mãe chamada
Chimalman.

Quetzalcóatl carregando sua cruz. Quetzalcóatl crucificado.

A trajetória de Quetzalcóatl tem outras similitudes com a vida de


Jesus, o Cristo do Oriente Médio: os quarenta dias no deserto, o
jejum e a tentação, sua purificação no templo, o batismo e a
regeneração pela água, sua capacidade de perdoar os pecados
humanos, a unção com os óleos/unguentos aromáticos pouco
antes da crucificação etc. "todas estas coisas e muitas outras mais
encontradas nos relatos sagrados sobre esse deus mexicano são
mais que curiosas, são misteriosas" (Lord Kingsborough, escritor
cristão).

58
8 – Quirinus - O Salvador Crucificado Romano, 506 AEC

A crucificação deste Salvador romano é brevemente noticiada por


Higgins e também apresenta muitos paralelos com a biografia do
Salvador judeu, não apenas as circunstâncias relacionadas à
crucificação, mas também outras passagens de sua vida.

Como Jesus, Quirinus:

1) Foi concebido por uma virgem;


2) Foi perseguido pelo rei da época e do lugar;
3) Era de sangue real e sua mãe, era irmã do rei
[aqui, coincide com a história de Krishna];
4) Foi injustamente condenado à morte e
crucificado;
5) Quando morreu, toda a Terra foi envolta na
escuridão, tal como ocorreu na morte de
Jesus, Krishna e Prometeu.

QUIRINUS — In Deuses Solares como Salvadores Expiatórios


Sun Gods as Atoning Saviours — Dr. M. D. Magee, 2001
(download)

O deus Quirinus é uma figura que emerge da mitologia em torno


da fundação da cidade de Roma e de seus fundadores, os gêmeos
Rômulo e Remo. Os irmãos nasceram de Reia Silvia, uma virgem,
princesa tornada vestal pelo irmão, o rei Amulius, que temia a
disputa pelo trono. Reia Silvia foi fecundada por um deus, Marte.
Quando nasceram, Rômulo e Remo, sequestrados pelo rei, foram
abandonados para morrer, em uma cesta, ao sabor das águas do
rio Tibre [semelhante à história de Moisés]. Segundo a lenda
foram resgatados por uma loba que os amamentou e criou com a
59
matilha até que foram acolhidos por pastores. Adultos,
desentenderam-se na fundação de Roma. As narrativas são
confusas, mas Rômulo (771 AEC. — 717 AEC.) passou à história
como assassino do próprio irmão e fundador definitivo e primeiro
rei de Roma. Mais tarde, Rômulo teria morrido de morte injusta,
talvez, crucificado; ressuscitado, subiu aos céus e foi divinizado
no imaginário popular como Quirinus. A festa dedicada a Quirinus,
a Quirinália é no dia 17 de fevereiro.

9 - Prometeu Acorrentado... ou Crucificado? 547 AEC.

Prometeu é um personagem da mitologia grega. Era um Titã,


gigante, portanto. Ele roubou o fogo dos deuses e transmitiu os
segredos da chama aos homens. Sua punição foi ser acorrentado
no Cáucaso submisso à tortura de ter seu fígado devorado por
uma águia. O fígado se reconstitui e a águia volta a atacar o herói,
assim eternamente. Foi resgatado deste suplício pelo semideus,
filho de Zeus, Héracles ou Hércules. Registros de um Prometeu
crucificado (e não acorrentado) no Cáucaso (cordilheira,
montanhas situadas na Eurásia, fronteira Europa/Ásia, entre os
mares Negro e Cáspio) são fornecidos por Sêneca, Hesíodo e
outros escritores. Segundo estes relatos Prometeu teve os braços
abertos pregados numa trave de madeira para cumprir seu
sacrifício. A versão mais popular atualmente, fala de um Prometeu
acorrentado a uma rocha por 30 anos, é considerada por Higgins
como uma fraude cristã. Escreve Higgins: "Eu tenho a referência
dos registros que falam de Prometeu pregado a um madeiro, com
cravos e martelo”. Outro escritor, Southwell, complementa: "Ele
expôs a si mesmo à ira de Deus para salvar a raça humana". No
Lempiere's Classical Dictionary, no Anacalypsis, de Higgins e em

60
outras obras podem ser encontradas as seguintes particularidades
sobre os momentos finais, a morte, de Prometeu: Toda a Natureza
entrou em convulsão. A Terra tremeu, as rochas se abriram, as
sepulturas se abriram e todo o Universo pareceu dissolver-se
quando "Nosso Senhor e Salvador", Prometeu, ascendeu em
Espírito. Southwell reafirma: "A causa de seu sofrimento foi seu
amor pela humanidade". Em sua obra Syntagma, Taylor comenta
que toda a história de Prometeu, crucificação, morte,
sepultamento e ressurreição era encenada em Atenas cinco
séculos antes do advento do Cristo judeu, o que prova a
antiguidade do mito.

10 - Thulis do Egito - 1.700 AEC.

Sobre este Salvador egípcio, também chamado Zulius, escreve


*Mr.Wilkinson: "Sua história é curiosamente ilustrada em
esculturas de 1.700 anos AEC que são encontradas em pequenas
câmaras situadas a oeste do adytum dos templos, uma área
restrita”.

 Matéria Hieroglyphica, John Gardner Wilkinson


 The Topography of Thebes and General View of Egypt, John
Gardner Wilkinson, Londres, 1835 (6 volumes)

* As anotações de Wilkinson estão agora na Biblioteca Bodleiana,


Oxford, e formam um recurso inestimável para muitos dos mais
recentes mapeados e gravados monumentos egípcios (datando de
1821-1856, antes das multidões de turistas e colecionadores sem
escrúpulos roubar e destruir muitas das raridades insubstituíveis
do Antigo Egito). Muito dos lugares que Wilkinson registrou foram

61
posteriormente danificados ou perdidos por completo tornado
todo o trabalho de Wilkinson de suma importância.

Em sua sepultura figuram 28 flores de lótus representativas do


número de anos que Thulis viveu sobre a Terra. Depois de sofrer
morte violenta, ele foi sepultado, ressuscitou e subiu aos céus
tornando-se o juiz dos mortos ou das almas no Além. Wilkinson
acrescenta que Thulis veio do céu trazendo a Graça e a Verdade
em benefício da raça humana.

"A história deste Tulis, dado por Suidas (*), é muito marcante",
diz Higgins. Ele cita Suidas:

 "Thulis reinou sobre todo o Egito, e seu império se estendia


até mesmo sobre o oceano. Ele deu seu nome a uma das
suas ilhas (Ultima Thule)”.
 "Mas a parte mais notável da história", diz Higgins "é que a
palavra Tulis significa crucificado”.

Além disso, diz Higgins:

 "Aqui no país dos africanos - no Egito, temos novamente o


crucificado do Apocalipse. Thlui ou Tula é o nome dado
pelos judeus a Jesus Cristo, ou seja, o crucificado".

William Henry:

 “Jesus, o crucificado, significa Jesus de Tula? Eu percebo


que a declaração Higgins pode soar como um choque para
alguns. Irão dizer que eu estou conectando palavras e
histórias não relacionadas. Acho que não. Eu dei a base
para fazê-lo, e estabeleceram Tula como a fonte de todo
62
mito e religião. Então por que não os mitos de Jesus
também? O mais fascinante: a palavra do Antigo
Testamento para "virgem" era "bethula”. Literalmente
significa “casa” beth ou "receptáculo" de Tula”.

11 - Indra do Tibet - 725 AEC.

Indra (Sânscrito) - Deus do firmamento, rei dos deuses. Uma


divinidade védica. Indra significa: chefe, senhor, soberano, etc.
Sua arma é o raio, que empunha com sua direita; governa o
tempo e manda a chuva. Gerou místicamente a Arjuna, que era
filho de Pându e Prithâ ou Kuntî, por outro nome. Porém,
propriamente, Pându só era o pai putativo de Arjuna (como José
era o de Jesus), já que ele foi místicamente engendrado pelo deus
Indra (como Jesus foi por Deus).Um relato da crucificação do Deus
e Salvador Indra pode ser encontrado em *Georgi, Thibetanum
Alphabetum, p 230. A história foi registrada em lâminas nas quais
está representada a saga deste Salvador tibetano. À semelhança
dos outros, também foi "pregado na cruz". Possui cinco chagas,
cinco perfurações. A antiguidade deste mito é indiscutível.

 Augustine Anthony GIORGI um eclesiástico italiano que


nasceu em St Maur, na diocese de Rimini em 1711 e morreu
em 04 de Maio de 1797 deixando: “Alphabetum
Thibetanum”, 1761, enriquecido com dissertações valiosas
sobre a história da mitologia, geografia e relíquias do
Tibete, onde ele explica com grande habilidade os famosos
manuscritos encontrados em 1721, perto do mar Cáspio por
algumas tropas russas e enviados por Pedro I a M. Bignon)
“Fragmentum Evangeli S. Joannis Greco-Copto Thebaicum
63
seculi quarti” e “Roma”, 1789, além de cartas e
dissertações sobre a crítica oriental e antiguidades.

Acontecimentos maravilhosos caracterizam o nascimento do


Divino Redentor. Sua mãe, virgem, era de etnia negra assim como
ele próprio. Também Indra veio do céu por compaixão e para o
céu retornou depois de sua crucificação. Durante sua passagem
na Terra, cultivou rigoroso celibato porque a castidade, segundo
o mestre, é essencial para alcançar e manter a verdadeira
santidade. Pregou o amor, a ternura para com todos os seres
vivos.

Ele andava sobre a água e levitava, mantinha-se suspenso no ar;


podia prever eventos futuros com grande precisão. Praticava a
mais devota contemplação, submetia-se a uma severa disciplina
do corpo e da mente, subjugando, deste modo, as paixões, os
desejos (segundo o budismo e também o cristianismo, fonte de
toda a infelicidade humana). Indra foi adorado como o Deus que
sempre existiu e existe por toda a eternidade e seus seguidores
foram chamados Mestres Celestiais.

12 - Alceste (de Eurípedes): Uma mulher crucificada? - 600


AEC.

O English Classical Journal (vol. XXXVII) publicou o relato curioso


e raro de uma deusa crucificada: Alceste. De origem grega, sua
descoberta é uma novidade na história das religiões e,
possivelmente, é o único caso de divindade feminina que resgatou
os pecados do mundo morrendo na cruz. Sua doutrina inclui o
conceito da Santíssima ou Divina Trindade. *Entretanto, a

64
tradição desta figura como divindade e sua "crucificação", é
duvidosa senão, forçada. Na lenda mais conhecida (podem existir
muitas outras), Alcestos ou Alceste, uma princesa, oferece a
própria vida para prolongar a vida do marido. Perséfone, rainha
do Hades, mundo dos mortos grego, comovida com sacrifício da
esposa, concede que ressuscite mais bela do que nunca... (*nota
do trad.)

13 - Atis da Frígia - 1.170 AEC.

Este Messias, citado no Anacalypsis, (vol 2) de Higgins, também


oferece o sacrifício da própria vida em resgate dos pecados da
Humanidade. A frase em latim “suspensus lingo”, encontrada no
relato de sua saga, indica a forma como morreu: suspenso em
uma árvore, crucificado. *Atis também ressuscitou.

14 - Crites da Caldeia - 1.200 AEC.

Nos textos sagrados dos caldeus (Mesopotâmia) existe o relato


sobre o Deus Crite, também chamado de Redentor, o "sempre
abençoado Filho de Deus", Salvador da Raça, "Aquele que oferece
a si mesmo em expiação dos pecados" único sacrifício capaz de
aplacar a ira de Deus; e quando Ele morreu, céu e terra foram
sacudidos em violentas convulsões.

65
15 - Bali de Orissa - 725 AEC.

Orissa é
um estado
indiano
situado na
costa leste
daquele
país.
Também
ali é
contada a
história de
um Deus

crucificado, conhecido por muitos nomes, sendo um deles, Bali,


que significa "Segundo Senhor", em referência a segunda
pessoa ou segundo membro da uma Trindade* que constitui o
Deus Único. Em Anacalypsis, Higgins informa que monumentos
muito antigos, representativos deste Deus crucificado podem
ser encontrados entre as ruínas da magnífica cidade de
Mahabalipuram.

16 - Mitra da Pérsia - 600 AEC.

Este deus persa morreu na cruz para expiar os pecados humanos.


A tradição estabelece o dia do nascimento de Mitra em 25 de
dezembro. Foi crucificado em uma árvore. O relato,
evidentemente, remete a Cristo e a Krishna.

66
17 - A lista não acaba em 16 personagens.

Existem ainda outros casos:

Devatat do Sião, Ixion de Roma, Apolônio de Thiana da Capadócia,


também morreram em circunstâncias messiânicas. Ixion, em 400
AEC, foi morto sobre uma roda que, enfim, simbolizou o mundo.
Ele sofreu as aflições do mundo, pagou pelos pecados da
Humanidade suspenso "em cruz" e por isso foi chamado espírito
crucificado do mundo.

67
Cena da vida de Tântalo, Sísifo e Íxion em seus Íxion preso na
Íxion respectivos castigos. roda.

Apolônio de Tiana

Tiana, Capadócia - 13 de Março de 2 AEC. – Éfeso, 98 EC. - É


outro caso de Salvador crucificado cuja biografia a literatura e os
historiadores cristãos ignoraram ou censuraram justamente por
causa da semelhança de suas vidas e mortes com a vida e morte
do Cristo Jesus. Apolônio é uma figura singular entre os
Salvadores do mundo porque sua trajetória coincide
cronologicamente com o tempo do suposto apostolado de Jesus.

Moeda com a figura de Apolônio

68
Os escritores cristãos cuidaram de omitir esses fatos e
personagens temendo prejuízos na credibilidade do Cristianismo
como religião original e única verdadeira. A crucificação de Jesus
tornou-se um dogma que o cristianismo toma como exclusivo de
sua história, sem precedentes. Entretanto, as origens pagãs do
Messias crucificado que foram negadas não puderam ser
apagadas.

Uma referência do Mackey's Lexicon of Freemasonary (p.35)


informa que os Maçons ensinavam (e ensinam), secretamente,
que a doutrina da crucificação, expiação e ressurreição é muito
anterior à Era Cristã. Acontecimentos rituais semelhantes
integravam todos os antigos mistérios — mistérios no sentido de
procedimentos religioso-metafísicos esotéricos, destinados a
poucos Iniciados. A doutrina da salvação pela crucificação é de
uma antiguidade que remonta às mais primitivas formas de
religião, como a religião astrológica, devotada ao Sol. Nesta
religião solar, orientada pelos ciclos da natureza em sua relação
com os astros, o mundo era salvo ou resgatado da treva e do frio
pela crucificação do Sol ou pelo cruzamento — "crossification" —
da órbita solar com a linha do equinócio, na entrada da primavera,
trazendo o retorno da luminosidade e do calor, estimulando a
geração em todas as coisas vivas. ...

A negação dos Salvadores crucificados pagãos ou, ainda, conceber


que suas histórias existem sendo, contudo meras fábulas, é um
caminho perigoso para o cristianismo posto que nada impede o
raciocínio mais superficial de questionar, do mesmo modo, a
crucificação do Cristo Jesus como simples fábula, devido à sua
absoluta falta de evidências históricas. De fato, o questionamento
da Paixão foi levantado por figuras importantes da Igreja dos
primeiros tempos. O bispo Irineu não acreditava na morte de
69
Jesus na cruz e dizia que o Messias judeu tinha vivido até os
cinquenta anos. Alegava o testemunho do mártir Policarpo que,
por sua vez, afirmava que sua fonte era o próprio João, o
Evangelista.

A história da humanidade está recheada de loucos prometendo


salvação, mas até o momento nenhum conseguiu salvar coisa
alguma de coisa nenhuma.

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escreveu, quando e, acima animais invocando a mystery religions and
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revela aspectos mais
questionáveis da fé
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73
600 páginas 600 páginas 312 páginas

“Dois informadíssimos volumes de Karlheinz Deschner


sobre a política dos Papas no século XX, uma obra
"Su visión de la historia de
surpreendentemente silenciada peols mesmos meios de
la Iglesia no sólo no es
comunicação que tanta atenção dedicaram ao livro de
reverencial, sino que, por
João Paulo II sobre como cruzar o umbral da esperança a
usar una expresión
força de fé e obediência. Eu sei que não está na moda
familiar, ‘no deja títere con
julgar a religião por seus efeitos históricos recentes,
cabeza’. Su sarcasmo y su
exceto no caso do fundamentalismo islâmico, mas alguns
mordaz ironía serían
exercícios de memória a este respeito são essenciais para
gratuitos si no fuese
a compreensão do surgimento de algumas
porque van de la mano del
monstruosidades políticas ocorridas no século XX e outras
dato elocuente y del
tão atuais como as que ocorrem na ex-Jugoslávia ou no
argumento racional. La
País Basco”.
chispa de su estilo se nutre,
por lo demás, de la mejor
Fernando Savater. El País, 17 de junho de 1995. tradición volteriana."

“Este segundo volume, como o primeiro, nos oferece uma Fernando Savater. El País,
ampla e sólida informação sobre esse período da história 20 de mayo de 1990
da Igreja na sua transição de uma marcada atitude de
condescendência com regimes totalitários conservadores
até uma postura de necessária acomodação aos sistemas
democráticos dos vencedores ocidentais na Segunda
Guerra Mundial”.

Gonzalo Puente Ojea. El Mundo, 22 de outubro de


1995.

Ler online volume 1 e volume 2 (espanhol). Para


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74
136 páginas 480 páginas 304 páginas
De una manera didáctica, el “Se bem que o cristianismo "En temas candentes como
profesor Karl Deschner nos esteja hoje à beira da los del control demográfico,
ofrece una visión crítica de la bancarrota espiritual, segue el uso de anticonceptivos, la
doctrina de la Iglesia católica impregnando ainda ordenación sacerdotal de las
y de sus trasfondos decisivamente nossa moral mujeres y el celibato de los
históricos. Desde la misma sexual, e as limitações sacerdotes, la iglesia sigue
existencia de Jesús, hasta la formais de nossa vida erótica anclada en el pasado y
polémica transmisión de los continuam sendo bloqueada en su rigidez
Evangelios, la instauración y basicamente as mesmas que dogmática. ¿Por qué esa
significación de los nos séculos XV ou V, na obstinación que atenta
sacramentos o la supuesta época de Lutero ou de Santo contra la dignidad y la
infalibilidad del Papa. Agostinho. E isso nos afeta a libertad de millones de
todos no mundo ocidental, personas? El Anticatecismo
inclusive aos não cristãos ou ayuda eficazmente a hallar
Todos estos asuntos son
aos anticristãos. Pois o que respuesta a esa pregunta.
estudiados, puestos en duda
alguns pastores nômadas de Confluyen en esta obra dos
y expuestas las conclusiones
cabras pensaram há dois mil personalidades de vocación
en una obra de rigor que,
e quinhentos anos, continua ilustradora y del máximo
traducida a numerosos
determinando os códigos relieve en lo que, desde
idiomas, ha venido a
oficiais desde a Europa até a Voltaire, casi constituye un
cuestionar los orígenes,
América; subsiste uma Género literario propio: la
métodos y razones de una de
conexão tangível entre as crítica de la iglesia y de todo
las instituciones más
ideas sobre a sexualidade dogmatismo obsesivamente
poderosas del mundo: la
dos profetas <salvífico>.
Iglesia católica.
veterotestamentarios ou de
Paulo e os processos penais
por conduta desonesta em
Roma, Paris ou Nova York.”

Karlheinz Deschner.

75
1 – (365 pg) Los 2 - (294 pg) La época 3 - (297 pg) De la
orígenes, desde el patrística y la querella de Oriente hasta
paleocristianismo hasta consolidación del el final del periodo
el final de la era primado de Roma justiniano
constantiniana

4 - (263 pg) La Iglesia 5 - (250 pg) La Iglesia 6 - (263 pg) Alta Edad
antigua: Falsificaciones y antigua: Lucha contra los Media: El siglo de los
engaños paganos y ocupaciones merovingios
del poder

76
7 - (201 pg) Alta Edad 8 - (282 pg) Siglo IX: 9 - (282 pg) Siglo X:
Media: El auge de la Desde Luis el Piadoso Desde las invasiones
dinastía carolingia hasta las primeras luchas normandas hasta la
contra los sarracenos muerte de Otón III
Sua obra mais ambiciosa, a “Historia
Criminal do Cristianismo”, projetada em
princípio a dez volumes, dos quais se
publicaram nove até o presente e não se
descarta que se amplie o projeto. Trata-
se da mais rigorosa e implacável
exposição jamais escrita contra as formas
empregadas pelos cristãos, ao largo dos
séculos, para a conquista e conservação
do poder.
Em 1971 Deschner foi convocado por uma corte em Nuremberg acusado
de difamar a Igreja. Ganhou o processo com uma sólida argumentação,
mas aquela instituição reagiu rodeando suas obras com um muro de
silêncio que não se rompeu definitivamente até os anos oitenta, quando
as obras de Deschner começaram a ser publicadas fora da Alemanha
(Polônia, Suíça, Itália e Espanha, principalmente).

77
414 páginas 639 páginas
LA BIBLIA DESENTERRADA EL PAPA DE HITLER: LA VERDADERA
HISTORIA DE PIO XII
Israel Finkelstein es un arqueólogo y
académico israelita, director del ¿Fue Pío XII indiferente al sufrimiento
instituto de arqueología de la del pueblo judío? ¿Tuvo alguna
Universidad de Tel Aviv y co- responsabilidad en el ascenso del
responsable de las excavaciones en nazismo? ¿Cómo explicar que firmara
Mejido (25 estratos arqueológicos, 7000 un Concordato con Hitler?
años de historia) al norte de Israel. Se Preguntas como éstas comenzaron a
le debe igualmente importantes formularse al finalizar la Segunda
contribuciones a los recientes datos Guerra Mundial, tiñendo con la
arqueológicos sobre los primeros sospecha al Sumo Pontífice. A fin de
israelitas en tierra de Palestina responder a estos interrogantes, y con
(excavaciones de 1990) utilizando un el deseo de limpiar la imagen de
método que utiliza la estadística ( Eugenio Pacelli, el historiador católico
exploración de toda la superficie a gran John Cornwell decidió investigar a
escala de la cual se extraen todas las fondo su figura.
signos de vida, luego se data y se
cartografía por fecha) que permitió el
descubrimiento de la sedentarización de El profesor Cornwell plantea unas
los primeros israelitas sobre las altas acusaciones acerca del papel de la
tierras de Cisjordania. Iglesia en los acontecimientos más
terribles del siglo, incluso de la historia
humana, extremadamente difíciles de
Es un libro que es necesario conocer. refutar.

78
513 páginas 326 páginas 480 páginas

En esta obra se describe a Jesús de Nazaret, su


algunos de los hombres posible descendencia y el
Santos e pecadores:
que ocuparon el cargo de papel de sus discípulos
história dos papas é um
papa. Entre los papas hubo están de plena actualidad.
livro que em nenhum
un gran número de Llega así la publicación de
momento soa pretensioso.
hombres casados, algunos El puzzle de Jesús, que
O subtítulo é explicado pelo
de los cuales renunciaron a aporta un punto de vista
autor no prefácio, que
sus esposas e hijos a diferente y polémico sobre
afirma não ter tido a
cambio del cargo papal. su figura. Earl Doherty, el
intenção de soar absoluto.
Muchos eran hijos de autor, es un estudioso que
Não é a história dos papas,
sacerdotes, obispos y se ha dedicado durante
mas sim, uma de suas
papas. Algunos eran décadas a investigar los
histórias. Vale dizer que o
bastardos, uno era viudo, testimonios acerca de la
livro originou-se de uma
otro un ex esclavo, varios vida de Jesús,
série para a televisão, mas
eran asesinos, otros profundizando hasta las
em nenhum momento soa
incrédulos, algunos eran últimas consecuencias...
incompleto ou deixa
ermitaños, algunos que a mucha gente le
lacunas.
herejes, sadistas y gustaría no tener que leer.
sodomitas; muchos se Kevin Quinter es un
convirtieron en papas escritor de ficción histórica
comprando el papado al que proponen escribir un
(simonía), y continuaron bestseller sobre la vida de
durante sus días vendiendo Jesús de Nazaret.
objetos sagrados para
forrarse con el dinero, al
menos uno era adorador de
Satanás, algunos fueron
padres de hijos ilegítimos,
algunos eran fornicarios y
adúlteros en gran escala...

79
576 páginas 380 páginas 38 páginas

First published in 1976, La Biblia con fuentes An Atheist Classic! This


Paul Johnson's reveladas (2003) es un masterpiece, by the
exceptional study of libro del erudito bíblico brilliant atheist Marshall
Christianity has been Richard Elliott Friedman Gauvin is full of direct
loved and widely hailed que se ocupa del proceso 'counter-dictions',
for its intensive research, por el cual los cinco libros historical evidence and
writing, and magnitude. de la Torá (Pentateuco) testimony that, not only
In a highly readable llegaron a ser escritos. casts doubt, but shatters
companion to books on Friedman sigue las cuatro the myth that there was,
faith and history, the fuentes del modelo de la indeed, a 'Jesus Christ',
scholar and author hipótesis documentaria as Christians assert.
Johnson has illuminated pero se diferencia
the Christian world and significativamente del
its fascinating history in a modelo S de Julius
way that no other has. Wellhausen en varios
aspectos.

80
391 páginas

PEDERASTIA EM LA IGLESIA CATÓLICA Robert Ambelain, aunque defensor de la


historicidad de un Jesús de carne y hueso,
En este libro, los abusos sexuales a amplia en estas líneas la descripción que
menores, cometidos por el clero o por hace en anteriores entregas de esta
cualquier otro, son tratados como trilogía ( Jesús o El Secreto Mortal de
"delitos", no como "pecados", ya que en los Templarios y Los Secretos del
todos los ordenamientos jurídicos Gólgota) de un Jesús para nada acorde
democráticos del mundo se tipifican como con la descripción oficial de la iglesia sino
un delito penal las conductas sexuales con a uno rebelde: un zelote con aspiraciones
menores a las que nos vamos a referir. Y a monarca que fue mitificado e inventado,
comete también un delito todo aquel que, tal y como se conoce actualmente, por
de forma consciente y activa, encubre u Paulo, quién, según Ambelain, desconocía
ordena encubrir esos comportamientos las leyes judaicas y dicha religión, y quien
deplorables. además usó todos los arquetipos de las
Usar como objeto sexual a un menor, ya religiones que sí conocía y en las que
sea mediante la violencia, el engaño, la alguna vez creyó (las griegas, romanas y
astucia o la seducción, supone, ante todo y persas) arropándose en los conocimientos
por encima de cualquier otra opinión, un sobre judaísmo de personas como Filón
delito. Y si bien es cierto que, además, el para crear a ese personaje. Este extrajo
hecho puede verse como un "pecado" - de cada religión aquello que atraería a las
según el término católico-, jamás puede masas para así poder centralizar su nueva
ser lícito, ni honesto, ni admisible religión en sí mismo como cabeza visible
abordarlo sólo como un "pecado" al tiempo de una jerarquía eclesiástica totalmente
que se ignora conscientemente su nueva que no hacía frente directo al
naturaleza básica de delito, tal como hace imperio pero si a quienes oprimían al
la Iglesia católica, tanto desde el pueblo valiéndose de la posición que les
ordenamiento jurídico interno que le es había concedido dicho imperio (el consejo
propio, como desde la praxis cotidiana de judío).
sus prelados.

81
Referências:

Bíblia Sagrada
About the Holy Bible by Robert Green Ingersoll (1894)
http://pt.wikipedia.org
The World's Sixteen Crucified Saviors, de Kersey Graves [1875]

http://www.infidels.org/library/historical/robert_ingersoll
http://ateismoparacristianos.blogspot.com
http://www.ateoyagnostico.com
Bíblia – diversas edições
1. Arnold: The Light of Asia
2. Budge, Sir E. A. Wallace: The Gods of the Egyptians
3. Doane, T. W.: Bible Myths and Their Parallels in Other Religions
4. Frazer, James: Adonis, Attis, Osiris
5. Frazer, James: The Golden Bough
6. Frazer, James: The Worship of Nature
7. Gaer, Joseph: What the Great Religions Believe
9. Gibbon, Edward: History of Christianity
10. Graves, Kersey: The World's Sixteen Crucified Saviors
11. Inman, Thomas: Ancient Faiths
12. Jackson, John G.: Christianity Before Christ
13. Massey, Gerald: Ancient Egypt
14. Robertson, J. M.: Christianity and Mythology
15. Robertson, J. M.: Pagan Christs
16. Sharpe, Samuel: Egyptian Mythology and Egyptian Christianity
19. Tertullian: Apologeticus
20. Weigall, Sir Arthur: The Paganism in Our Christianity
22. Codex Borgias
24. Mexican Antiquities (7 volumes)

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