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Parece paradoxal, mas é fundamentalmente verdadeira a asserção de que uma norma ética se

caracteriza pela possibilidade de sua violação, enquanto que não passaria pela cabeça de um físico
estabelecer uma lei no pressuposto de sua não-correspondência permanente aos fatos por ele
explicados.

Compreende-se a diferença radical quando se pensa que a norma tem por objeto decisões e atos
humanos, sendo inerente a estes a dialética do sim e do não, o adimplemento da regra, ou a sua
transgressão. É essa alternativa da conduta positiva ou negativa que explica por que a violação da
norma não atinge a sua validade: como elegantemente disse Rosmini, filósofo italiano da segunda
metade do século XIX, a norma ética brilha com esplendor insólito no instante mesmo em que é violada.
A regra, embora transgredida e porque transgredida, continua válida, fixando a responsabilidade do
transgressor.

Lições Preliminares de Direito

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