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de Trabalho
Formador/a:
Daniela Cerqueira
ÍNDICE
Âmbito do Manual……………………………………………………………………………………………..3
Objetivos…………………………………………………………………………………………………………..3
Conteúdos Programáticos…………………………………………………………………………………3
Carga Horária…………………………………………………………………………………………………...4
Introdução………………………………………………………………………………………………………..6
2. Definição de Formação………………………………………………………………………………….19
Conclusão………………………………………………………………………………………………………...54
Bibliografia………………………………………………………………………………………………………57
Webgrafia………………………………………………………………………………………………………..59
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Âmbito do Manual
O presente manual foi concebido como instrumento de apoio ao módulo «Formação
Profissional e Mercado de Trabalho» de acordo com o Catálogo Nacional de
Qualificações e encontra-se estruturado em três partes que se complementam.
Objetivos
Adquirir e aprofundar conhecimentos sobre os conceitos de Formação, Formação
Profissional, Educação, Mercado de Trabalho, Inserção Profissional e Qualificações;
Identificar a legislação nacional e comunitária que regulamenta a formação
profissional;
A importância da Formação Profissional no Mercado de Trabalho;
Identificar os grupos de interesse nestas temáticas;
Analisar o estado atual da Formação Profissional na sua relação com o Mercado de
Trabalho;
Identificar os desafios sociais que a sociedade coloca e aos quais a Formação
Profissional e a aquisição de competências para a Inserção no Mercado de trabalho
procura dar resposta;
Conteúdos Programáticos
1. O Sistema de Formação Profissional
2. Definição de Formação
3. O Centro Europeu para o Desenvolvimento da Formação Profissional (CEDEFOP)
4. Sistema Nacional de Qualificações
5. Formação e o Mercado de Trabalho
6. A Formação Profissional e o Mercado de Trabalho
7. A Formação Profissional Inserida no Mercado de Trabalho: A Ação do IEFP
8. Modelos Económicos da Procura de Emprego
9. Políticas Europeias de Formação Profissional
10. A Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho - DGERT
Carga Horária
100 Horas
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1. O Sistema de Formação Profissional
Figura 1. Ensino Técnico e Formação profissional
Fonte: https://pensaraeducacao.com.br/blog/arquivos-e-historia-do-ensino-tecnico-no-
brasil/
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crescente responsabilidade do Estado na Educação Pública, aumentou a preocupação com o
ensino científico e técnica. Assim, em 1836, foram criados por Passos Manuel, dois
conservatórios de artes e ofícios, um em Lisboa e outro no Porto. Estes espaços reuniam
diversas maquinarias, pertencente a fábricas e oficinas, que ilustravam a evolução das técnicas
e onde as máquinas estavam disponíveis para serem utilizadas pelo público, constituindo uma
escola viva.
O ensino técnico era realizado nesse tempo, nas designadas escolas industriais e comerciais. De
um leque de aproximadamente 80 cursos, os que foram mais frequentados foram os cursos das
áreas da metalomecânica, eletricidade, comércio e formação feminina. O ensino técnico
principiava-se logo após os 4 anos de ensino primário e era constituído por um ciclo
preparatório com características de orientação profissional (com a duração de dois anos), e por
um «curso de formação» cuja duração podia variar entre 3 e 4 anos.
A aprovação nos cursos técnicos dava acesso aos cursos preparatórios, com a duração de 1 ou 2
anos. Após a realização dos mesmos, os alunos podiam candidatar-se aos Institutos Industriais
e Comerciais e às escolas de Belas-Artes, mas não lhes era conferido um acesso direto à
universidade.
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oportunidades.
Estas últimas modalidades tiveram, porém, uma procura reduzida, tendo-se verificando a
grande maioria das inscrições (e conclusões) nos cursos de formação frequentados em regime
diurno e nos de aperfeiçoamento, frequentados em regime noturno.
Década de 1960
Na década de 1960, surgem novas condições económicas e sociais que tornaram visível a
insuficiência quantitativa da formação profissional criada no sistema educativo,
nomeadamente:
Fonte: https://pensaraeducacao.com.br/blog/arquivos-e-historia-do-ensino-tecnico-no-
brasil/
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Fonte: http://www.fasfi.org/category/noticias/page/37/
Fonte: http://capeiaarraiana.pt/2012/06/05/muito-lhes-devemos/
Fonte: https://jugular.blogs.sapo.pt/desertar-ou-ir-a-guerra-ha-mais-de-40-3731324
Como consequência, foi desenvolvida uma nova intervenção, sob tutela da área governativa
correspondente ao trabalho (Ministério das Corporações), orientada para a reconversão de
adultos desempregados, tal como era recomendado pelas Organização Internacional do
Trabalho (OIT) e pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económicos (OCDE),
com recurso a métodos de ensino programados e intensivos.
Uma das medidas adotadas foi a criação, no ano de 1962, do Fundo de Desenvolvimento de
Mão-de-Obra (FDMO), financiado pelas comparticipações do Fundo de Desemprego e das
Empresas, constituindo o suporte financeiro específico do novo sistema. Nesse mesmo ano,
também foi criado o Instituto de Formação Profissional Acelerada (IFPA) responsável pela
«ascensão do nível profissional dos trabalhadores».
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centralização» dos diversos serviços de formação profissional, em 1968, foi criado, o Serviço de
Formação Profissional (SFP), funcionando na dependência do FDMO e integrando o IFPA, o
CNFM e a Divisão de Formação Profissional.
Década de 1970
Na reforma educativa do início dos anos de 1970, as duas vias do secundário foram
aproximadas pela criação de cursos gerais do ensino técnico (equivalentes ao 5.º ano do liceu).
Foram criados cursos gerais técnicos nas áreas da:
Agricultura;
Fonte: https://bibliblogue.files.wordpress.com/2014/11/500x500.jpg
Mecânica;
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Fonte: https://carrosantigos.wordpress.com/2008/08/02/oficinas-de-antigamente/
Eletricidade;
Fonte: https://observador.pt/seccao/economia/energia/eletricidade-energia/
Química;
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Fonte: http://lep-itaim.blogspot.com/2010/03/quimica-anos-60.html
Construção civil;
Fonte: http://domtotal.com/noticia/1228189/2018/01/senao-vai-tudo-acabar-em-lixo/
Têxtil;
Fonte: http://bibliotecadacostura.blogspot.com/2012/10/
Administração e comércio;
Fonte: http://www.sesimbracultural.pt/2013/11/11/anos-60/
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Fonte: http://revistaold.com/categoria/historia-e-fotografia/
Os cursos gerais davam acesso a cursos complementares da respetiva área profissional, com
duração de dois anos, e a sua conclusão permitia o ingresso no ensino superior.
“tendo, o sistema tutelado pelo (novo) Ministério do Trabalho sofrido uma redução de
atividade, por um lado, e verificando-se, por outro, a extinção progressiva das vias do ensino
técnico desenvolvido no âmbito do Ministério da Educação em consequência da unificação
realizada em 1975/1976 e, finalmente, sofrendo a própria aprendizagem tradicional uma
redução drástica resultante das modificações sofridas pela contratação coletiva, criou-se um
vazio de respostas formativas, o que motivou um crescendo de críticas relativamente à quase
total ausência de formação profissional.” (CEDEFOP, 1999, p. 45).
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conjuntamente pelo Ministério da Educação e pelo Ministério do Trabalho. Neste âmbito, foram
criados dois tipos de cursos que tinham como requisito de ingresso a aprovação no 9.º ano de
escolaridade. Este processo integrava cursos técnico-profissionais com a duração de três anos
e cursos profissionais com a duração de um ano acrescido de um estágio profissional de seis
meses. Estes últimos cursos foram sendo extintos progressivamente, quer pelas dificuldades de
organização dos estágios, quer por falta de inscrições de alunos.
Na sequência de uma experiência desenvolvida após 1980 numa série de empresas, promovida
pelos ministérios da Educação e do Trabalho, em 1984, foi criada, a «formação profissional em
regime de alternância» ou «sistema de aprendizagem». A gestão deste sistema foi cometida ao
IEFP, para que a execução, no terreno, fosse realizada através da rede de centros de formação e
emprego deste Instituto. Criado inicialmente com objetivos muito ambiciosos, a sua
implementação veio mostrar dificuldades decorrentes da complexidade organizativa do
sistema. Somente, após o ano de 1986 se veio a verificar um crescimento significativo.
Os Centros de Formação Profissional deste Instituto, designados por Centros de Gestão Direta
(CGD), já existentes desde os anos 60, foram melhorados e, ao abrigo de um programa
comunitário de ajudas de pré-adesão, a rede foi reforçada em mais 10 unidades, permitindo
uma melhor cobertura do país, particularmente das regiões do interior. Em 1985, foi
igualmente promulgada a lei da formação em cooperação (DL 165/85), que criou a
possibilidade de financiamento de ações de formação desenvolvidas por «protocolo» em
parceria com entidades externas.
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o desenvolvimento de novas atividades formativas, por vezes com uma base organizativa débil.
No entanto, a ação inicialmente muito orientada para jovens e, posteriormente, reorientada
para ativos, teve consequências benéficas na redução do desemprego juvenil, muito presente
na década anterior.
Contribuiu, ainda, para tornar mais notória a necessidade de desenvolvimento dos recursos
humanos e para estimular a crescente intervenção na formação profissional de novas
entidades com vocação no apoio às empresas, nomeadamente as associações empresariais,
uma vez que as mesmas, estando fortemente regionalizadas, passaram a desenvolver
iniciativas subsidiadas em regiões que até aí se mantinham à margem desta atividade.
Este novo tipo de escolas destinava-se à execução de ensino secundário técnico. Estas escolas
são, em geral, estabelecimentos privados de ensino cuja implementação é da iniciativa de
promotores de cada região e sector, pretendendo responder às mais diversas preocupações,
tais como:
Em 1993 e em 1998, foi necessário proceder-se a uma revisão do enquadramento legal das
escolas profissionais. No âmbito do Ministério da Educação, iniciou-se a transição dos cursos
técnico-profissionais para cursos tecnológicos, em 1992, tendo-se generalizado a sua
implementação nos anos seguintes.
Os novos cursos passavam a ter uma duração de 3 anos, sendo constituídos por uma
componente de formação geral, uma componente específica e uma componente técnica. Tal
como os cursos das escolas profissionais, passavam a conferir diploma do ensino secundário e
a permitir o acesso ao ensino superior.
O FSE tornou-se, pelo apoio a alguns programas de formação mais estruturados (escolas
profissionais, sistema de aprendizagem, programas sectoriais, etc.), e pelo crescente rigor
introduzido na sua gestão, um meio essencial do desenvolvimento e consistência da formação
profissional mais institucional. Para além destes sistemas (mais consolidados e institucionais),
o financiamento público induziu o aparecimento de um universo muito heterogéneo e pouco
estruturado de entidades promotoras de formação.
O incremento da formação profissional, a partir dessa data, está diretamente relacionado com a
disponibilização de fundos comunitários e da acreditação das entidades formadoras. Os
sucessivos quadros comunitários de apoio de que o nosso País tem beneficiado têm
privilegiado sobremaneira a qualificação dos Portugueses.
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Fonte: http://www.cedefop.europa.eu/files/7009_pt.pdf
2. Definição de Formação
De acordo com a Lei de Bases do Sistema Educativo Português (Lei n.º 46/86, de 14 de
Outubro), a formação profissional complementa a preparação dos indivíduos para a vida ativa,
facilitando uma integração dinâmica no mundo de trabalho, através da aquisição de
conhecimentos e competências profissionais, de forma a responder às necessidades de
desenvolvimento e evolução tecnológica do país. O Código de Trabalho legisla também a
formação profissional e formação contínua nos artigos 130º e 131º, respetivamente.
Como refere Arménio Rego et. al., no Manual de Gestão de Pessoas e do Capital Humano (2015),
o conceito de formação sempre esteve presente ao longo da história da Humanidade, não só
pelo facto dos mais velhos ensinarem os mais novos, como também “ (...) num regime em que o
mestre orienta o aprendiz na arte e no ofício.”
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objetivos, apesar de conter limitações. Sendo totalmente dependente das capacidades dos
mestres, não poderia ser direcionado para grupos.
Numa perspetiva mais abrangente, a formação é o processo, seja ele formal ou informal,
planeado ou não, através do qual as pessoas aprendem novos conhecimentos, capacidades,
atitudes e comportamentos relevantes para a realização do seu trabalho. A grandeza desta
definição permite a inclusão de alguns dos mais recentes avanços na área, por exemplo,
mentoria e coaching, de acordo com Rego et al. (2007).
O Coaching, quer seja ele individual ou coletivo, é uma nova maneira de olhar para as
organizações e para o seu capital humano, sendo atualmente uma ferramenta de gestão em
muitos países. O Coaching pode ser adotado como um processo que visa fomentar no outro o
conhecimento de si mesmo e impulsionar o desejo de melhorar ao longo do tempo, bem como a
orientação necessária para que a mudança se produza. (estrategor, 2018).
Nas organizações, trata-se, de uma abordagem que assenta na ideia de que o desenvolvimento
e a aquisição de competências são processos contínuos e da responsabilidade de todos, e não
apenas episódios limitados no tempo e despoletados pela hierarquia. A lógica do Coaching
tende pois a ser privilegiada nas organizações genuinamente aprendentes nas quais a
responsabilidade pelo desenvolvimento é pessoal, embora apoiada e enquadrada pela
organização.
Também o mesmo Manual (Rego et al., 2007) conclui acerca desta temática, que “a formação
deve ser encarada como uma filosofia de vida organizacional e não apenas como uma prática
da vida organizacional, levada a cabo em momentos definidos para o efeito.” Neste sentido, a
formação constitui um elemento central na construção de aprendizagem organizacional
contínua.
(...) é preciso preparar as pessoas para desenvolver capacidades e competências que são importantes no
trabalho, mas que também são importantes na vida, como ser capaz de tomar decisões, ser capaz de
resolver problemas, ser capaz de dialogar, ser capaz de trabalhar com os outros, ser capaz de ir ao
encontro das necessidades e das exigências e colocando no trabalho. E hoje na nossa sociedade, que é
uma sociedade do conhecimento, uma sociedade tecnológica, o conhecimento e as exigências técnicas
evoluem, ser capaz de adaptar-se a essas exigências que são cambiantes, que são multáveis. Uma
capacidade que acho que é fundamental hoje na preparação para o trabalho, que é a capacidade de ir ao
encontro e dar respostas às coisas novas que vão surgindo (Alonso, 2003).
(…) o saber estar, o saber comunicar é trabalhado pelos conselheiros, uma vez que as empresa não
desejam um formando que tenha somente a técnica e sim que tenha competências profissionais
pessoais, ambas são importantes. Temos essa experiência aqui, o jovem que tenha notas, porque a
maioria das modalidades as notas são de 0 a 20, mas que seja excelente formando e que tenha uma
média de 18 ou 19, e que vá lá para fora e não saiba se comunicar, portanto que não tenha competências
pessoais. O mercado de trabalho encosta esse jovem, deixa-o de lado facilmente, por isso nós temos essa
preocupação de trabalhar realmente as competências pessoais e quem tiver hoje essas duas valências,
penso que conseguem se inserir mais facilmente no mercado de trabalho.” (Psicóloga/Conselheira de
Habilitação Profissional do Centro de Formação Profissional do Porto, 2003).
Contudo, não é apenas no dito ambiente controlado, que as pessoas adquirem o saber, uma vez
que ao longo da vida pode ocorrer em diversas situações, e adquirido no mercado de emprego,
no posto de trabalho (On-the-job Training), sendo assim a respetiva formação mais inclusiva. A
formação profissional no posto de trabalho pode assumir duas formas: formação geral e
formação específica.
Contudo, as semelhanças e as diferenças têm sido alvo de “discussão”, uma vez que não
existe concórdia entre os autores, no que respeita aos critérios de comparação. Glaser (1962),
advoga que “a formação tem como fim alcançar os objetivos organizacionais, visto que a
educação incide na transmissão de conhecimentos abrangentes, ao desenvolvimento de
aptidões facilitadoras da integração no meio ambiente”. Para Buckley e Caple (2003), “a
educação objetiva-se para o indivíduo em si, sem qualquer contextualização específica, a não
ser a integração na sociedade. Por seu turno, a formação focaliza-se na organização ou
função/carreira, evidenciando as vantagens para a tarefa através da pessoa”.
Com a crise que o país enfrentou ao longo dos tempos, torna-se cada vez mais
necessário apostar em formação ao longo da vida. São cada vez mais frequentes os jovens e
adultos que apostam na sua qualificação no âmbito da Iniciativa Novas Oportunidades, quer
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por iniciativa própria, quer por incentivo da sua entidade patronal.
Blundell (1999) identifica que as pessoas que mais facilmente recebem formação são
aquelas que, por um lado, dispõem de um nível elevado de educação e apresentam as melhores
notas escolares e, por outro lado, trabalhadores com cargos hierárquicos superiores e com
maiores competências na entidade. Deste modo, a formação tende a agravar o fosso entre
trabalhadores com maiores competências e trabalhadores com menores habilidades do que a
compensar a diferença entre trabalhadores que entram no mercado de trabalho com diferentes
níveis de escolaridade.
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A meio caminho entre os sistemas de ensino e o mundo do trabalho, o CEDEFOP funciona como
Qum fórum no âmbito do qual as organizações interessadas no seu trabalho podem partilhar
ideias e debater a forma de aperfeiçoar o ensino e a formação profissionais na Europa. O
CEDEFOP partilha os seus conhecimentos especializados tanto com organizações políticas
como com os parceiros sociais dos países da UE a fim de os ajudar a criar oportunidades de
aprendizagem e de trabalho.
Fonte: https://www.eurashe.eu/about/experts/calleja/
O diretor (atualmente Joachim James Calleja) é o responsável pela gestão geral do trabalho da
agência e do seu pessoal. Diariamente, os trabalhos da agência são certificados por
especialistas no domínio do mercado de trabalho e do ensino e formação profissionais. São
apoiados por administrativos e pessoal especializado em comunicação.
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trabalho, cabendo-lhe ainda a promoção do diálogo social, a prevenção de conflitos coletivos de
trabalho e o fomento da contratação coletiva.
Fonte: https://www.dgert.gov.pt/
Para uma melhor compreensão do Quadro Europeu para a Aprendizagem ao Longo da Vida
(QEQ), importa definir o conceito de aprendizagem ao longo da vida, como sendo “toda a
atividade de aprendizagem em qualquer momento da vida, com o objetivo de melhorar os
conhecimentos, as aptidões e competências, no quadro de uma perspetiva pessoal, cívica, social
e/ou relacionada com o emprego.” (https://www.slideshare.net/jdlimaaear/aprender-ao-
longo-da-vida-ual) Figura 6.
Fonte: https://pt.slideshare.net/ctome/aprendizagem-ao-longo-
da-vida-na-unio-europeia
Em Abril de 2008 entrou formalmente em vigor a Recomendação que instituiu o QEQ, fixando
o ano de 2010 como a data anunciada até à qual os países deveriam referenciar os respetivos
sistemas nacionais de qualificação ao QEQ,
devendo garantir que, em 2012, os
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certificados de qualificações individuais contivessem uma referência ao nível correspondente
do QEQ. O QEQ correlaciona os quadros e sistemas nacionais de qualificações dos diferentes
países em torno de uma referência europeia comum: os seus oito níveis de referência. Os níveis
abrangem a escala completa de qualificações, desde os níveis básicos (Nível 1, por exemplo,
certificado de conclusão do ensino básico) até aos níveis avançados (Nível 8, por exemplo,
Doutoramentos).
O QEQ reconhece que, devido à enorme diversidade dos sistemas de educação e formação
europeus, existe uma necessidade urgente, em adotar uma abordagem baseada nos resultados
de aprendizagem, para que seja possível a comparação e cooperação entre países e instituições,
pelo que os oito níveis de referência estão descritos em termos de resultados de aprendizagem,
ou seja definidos como o enunciado do que um aprendente conhece, compreende e é capaz de
fazer aquando da conclusão de um processo de aprendizagem.
O Sistema Nacional de Qualificações (SNQ) foi criado pelo Decreto-Lei n.º 396/2007, de
31 de dezembro e alterado pelo Decreto-Lei nº 14/2017, de 26 de janeiro, que estabeleceu o
regime jurídico e definiu as estruturas e instrumentos que asseguram o seu funcionamento.
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De modo a criar parâmetros no contexto da formação, foi criada a Comissão de
Acompanhamento da Iniciativa Novas Oportunidades e do Sistema Nacional de Qualificações,
com a publicação da Portaria nº 73/2010, de 4 de Fevereiro, em Diário da República.
Esta comissão tem como objetivo principal a promoção do espaço de articulação e integração
das políticas de educação e de formação, de jovens e adultos, centrando a sua intervenção no
desenvolvimento de estratégias de aprendizagem ao longo da vida, na consolidação da
Iniciativa Novas Oportunidades e do Sistema Nacional de Qualificações, na afirmação da
qualidade e da diversidade de percursos formativos, na valorização e reforço do Sistema
Nacional de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências, na qualificação dos
agentes e operadores de educação e formação e no incremento da qualidade e da inovação no
domínio do currículo, das metodologias e dos recursos pedagógicos.
Rose (1984) propôs uma espécie de radiografia do conceito de qualificação, distinguindo três
dimensões distintas:
A qualificação das pessoas diz respeito ao seu saber «saber fazer», ampliado mais
recentemente para as chamadas soft skills;
Nas sociedades contemporâneas, é cada vez mais importante a existência de recursos humanos
acreditados, apetrechados com os mais avançados conhecimentos nos domínios técnicos e de
gestão. Como resultado, assistimos ao crescimento dos investimentos das organizações na
formação dos seus colaboradores, das quais resultam vantagens bastante evidentes, tais como:
Melhorias da qualidade;
Melhorias da produtividade;
É oportuno referir que este interesse pela formação não resulta apenas do interesse
esclarecido dos dirigentes das nossas empresas. Desde a década de 1980 que na nossa
sociedade têm emergido importantes forças
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económicas, políticas e sociais que se reforçam para fazer sentir às empresas a necessidade de
definir estratégias dinâmicas de formação, em sintonia com os seus objetivos estratégicos
como condição de sobrevivência neste mundo de mudanças. Como síntese, podemos
considerar que o atual interesse pela formação se deve fundamentalmente, à convergência das
seguintes tendências, tais como:
Fonte: http://tabloideaescmamao.blogspot.com/2018/04/o-dia-da-educacao.html
Por outro lado, a teoria do capital humano, de Becker (1983), tem como pressuposto de base
que os indivíduos, ao investirem na sua própria educação, observarão o retorno desse
investimento quando estiverem no mercado de trabalho pelo facto de conseguirem melhores
condições de emprego.
Será, portanto, admissível que níveis mais altos de escolarização funcionem como proteção face
à precarização de emprego, já que este fator será uma vantagem competitiva para as empresas,
assim como para os trabalhadores.
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Neste sentido, tem toda a lógica admitirmos que a legislação laboral é um fator, entre outros,
que explica a precarização de emprego e que o impacto de uma legislação laboral mais liberal
na precarização de emprego será diferenciado consoante os níveis de escolarização da
população empregada num dado país.
Sendo assim, é pertinente referir, em casos extremos, que as condições de trabalho e emprego,
como a exclusão social ou a pobreza dos trabalhadores, serão tanto maiores quanto mais
baixos forem os níveis de escolarização da população.
Através dos dados disponíveis no EUROSTAT, no item Labour Force Survey (LFS), as autoras
Oliveira e Carvalho (2010) estudaram a escolarização da população empregada na Europa e
demonstram que os países do Sul, Portugal e Espanha, têm níveis muito baixos de
escolarização, o que implica maior precaridade no emprego, contrariamente ao que acontece,
por exemplo, na Alemanha e na Áustria.
Num país com uma economia que acrescenta baixo valor ao produto final e com pouca
qualidade, considerando que utiliza uma tecnologia standard, o emprego que daí provém, por
norma não exige altas qualificações e é mal pago. Como o mercado de trabalho não absorve
mão-de-obra qualificada, a procura de formação é muito reduzida, quer pelas pessoas quer
pelas organizações.
O problema que se coloca neste equilíbrio é que as competências disponíveis são efetivamente
suficientes. Este resultado advém do facto de que as empresas que mais necessitam de mão-de-
obra qualificada são as que menos investem em formação, o mesmo acontece relativamente aos
fornecedores do fator trabalho.
Esta situação é demonstrada através de inquéritos, em que as empresas que respondem que os
seus colaboradores possuem qualificações suficientes para desempenhar as funções são as que
devem investir mais em formação, DEGEEP (2002), e IQF (2004).
O mesmo estudo supracitado, no seu ponto 2.4 “Politicas e Estratégicas Empresariais Face às
Baixas Qualificações”, refere que a faixa etária que mais deve ser alvo de medidas relacionadas
com a Educação e Formação é a dos adultos, visto serem os que são os que têm menos
oportunidades de trabalho e, ao mesmo tempo, terão maior facilidade na sua inserção social.
Dias (2006) reconhece que são várias as desmotivações para os adultos com baixas
qualificações escolares e profissionais, tais como:
Para além dos fatores supramencionados, é importante ressalvar o que a maioria dos
inquéritos, quer a nível nacional quer a nível internacional, dizem sobre a formação, ou seja, na
prática, as empresas investem na formação dos mais habilitados e qualificados em detrimento
dos menos qualificados (e, especialmente, quando mais velhos), provando, assim, que a
eficiência empresarial tem um papel mais importante do que o nivelamento das qualificações
dos colaboradores.
Partindo do pressuposto que as empresas e os indivíduos financiam a sua formação, uma vez
que são eles que beneficiarão diretamente da mesma, existem, no entanto, financiamentos para
promover a formação, que não se ficam apenas na oferta (operadores de ensino /formação e
empresas), mas também abrangem a procura de formação. No caso de Portugal, os incentivos
são maioritariamente segmentados para a oferta, com vista, principalmente, à diminuição dos
custos laborais através de subsídios diretos.
O mecanismo que é proposto neste artigo também foi analisado por Wallmam (1984),
Eveenwald (1986), Lazear (1986) e Gibbens e Katz (1991), entre outros. Quando os jovens
chegam ao mercado de trabalho, os seus conhecimentos sobre a função que irão desempenhar
é muito incipiente. Sendo assim, é dentro da organização que começam a desenvolver as suas
capacidades laborais.
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colaboradores.
Qualquer que seja o nível de formação, são necessárias três condições para que seja útil a quem
a recebe, o formando:
Esta formação deve corresponder a uma necessidade profissional, seja para a sua
utilização na atividade que exerça, seja com vista a uma promoção ou a uma nova
orientação.
São vários os exemplos que transmitem o modo como a formação evoluiu, não só em termos de
conteúdos, mas também na forma como é encarada pelos diversos intervenientes. O Professor
João César das Neves demonstra, com base nas atribuições do Prémio Nobel da Economia, que
só a partir da década de 1990 é que se começou a reconhecer o trabalho desenvolvido pelos
estudiosos nesta área, de maneira a valorizar a participação das pessoas no processo
produtivo.
Fonte: https://www.taringa.net/posts/imagenes/9490604/Grandes-Personalidades-Grandes-
Frases.html
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pode ser aplicado em dois sentidos:
(…) a ação de preparar alguém para um ofício, função, tarefa (…), ou como a ação de ajudar
alguém a adquirir determinadas qualidades ou mesmo certo ideal de humanidade. (…) é dada
sempre em vista de um fim determinado: «formar alguém para…» (…). (Durão In Verbo: 1999,
p.484).
Nesta linha de pensamento, a formação não deve ser aplicada a processos simples de aquisição
e acumulação de conhecimentos. Deve sim, ser uma crescente aquisição de conhecimentos e
competências para a prestação de serviços.
De acordo com Morrin (1996, 2001), o paradigma da complexidade como marco integrador de
diferentes perspetivas, constitui uma opção filosófica e científica, que inclui valores éticos,
epistémicos e praxeológicos, oferendo novas possibilidades para uma revolução concetual e
abrindo caminhos para a formação de uma cidadania, capaz de pensar e construir um mundo
mais justo e sustentável.
A visão da realidade, complexa, holística e interativa, propõe novas formas de aceder ao seu
conhecimento, realçando a problematicidade, transdisciplinaridade e dinamicidade que
impregnam os modos de pensar, de sentir e de agir sobre essa mesma realidade. (Bonil et al.,
2004; Isquierdo et al., 2004).
Num seminário desenvolvido pelo Instituto para a Inovação na Formação, Costa (1999)
sublinhou que:
a batalha da educação e da
formação é um pressuposto
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primordial (...) é absolutamente vital, tendo em conta as fragilidades específicas da
população portuguesa que nos colocam atrás dos países europeus, e em situação
desvantajosa. (Costa, 1999, p. 89).
Uma posição idêntica foi partilhada por Mira (1999) no mesmo seminário:
(...) a formação é uma peça fundamental na construção do indivíduo, contribuindo para a sua
valorização como pessoa, para a sua integração social e para a sua qualificação profissional. A
nível sectorial, desempenha um papel indispensável no âmbito da introdução de novas
tecnologias, no incentivo à inovação e nos próprios investimentos. (Mira, 1999, p. 91).
Ainda na mesma linha de pensamento, Ceitil (2000), citando Pereti, sublinha que a formação:
Posto isto, parecem não subsistir dúvidas de que a necessidade de «formar pessoas» é um
imperativo basilar quer para o crescimento pessoal, social e profissional dos seus destinatários,
bem como para a promoção da competitividade das empresas e das organizações. Por outro
lado, e conforme afirmam Silva & Fialho (2006) “uma lógica de formação sustentada e virada
para a empregabilidade, em contraposição com lógicas de formação «avulso», gerará
certamente um impacto positivo nas competências pessoais e profissionais dos indivíduos.”
Nos últimos anos e sobretudo após a adesão de Portugal à União Europeia, a formação
profissional tem beneficiado de uma dinâmica quantitativa bastante significativa, suportada
pelos contributos de vários programas cofinanciados pelo Fundo Social Europeu.
Se o esforço financeiro de mais de duas décadas de intervenções formativas ainda nos deixa
numa situação frágil em termos de qualificação da população ativa, convém compreender o que
esteve por detrás desta lógica quantitativa de organização de ações de formação quase avulso
e, por outro lado, abrir um caminho para uma reflexão que aproxime a quantidade da
qualidade.
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Também parece ser consensual que ao nível dos benefícios, áreas como a formação profissional
e o emprego, educação, as novas tecnologias e a sociedade da informação, a economia, a saúde,
bem como o combate à pobreza e à exclusão social têm, efetivamente, recebido um forte
impulso financeiro para o seu desenvolvimento.
A nível comunitário também é sabido que existem variadas diretivas que têm sido publicadas,
visando a temática da inserção profissional, designadamente oriundas da Comissão Europeia,
sustentadas nos estudos do CEDEFOP, ETF e da EUROFOUND. No plano transnacional, a
Organização Internacional do Trabalho (OIT) também tem vindo a investir alguns esforços
nesta matéria, conseguidos em algumas convenções e recomendações.
Parece-nos então consensual que o investimento em pessoas, quer na sua educação e formação,
é crucial, independentemente dos ciclos económicos. A locução “défice de qualificações” e a
necessidade de alargamento da Formação Profissional são temas centrais da política
económica atual.
29
A problemática do mercado de trabalho, do ponto de vista da regulação e da escolarização dos
indivíduos, insere-se atualmente numa espécie de encruzilhada entre o desafio da construção
de um novo modelo de desenvolvimento - a que se convencionou chamar Sociedade do
Conhecimento – e a emergência de um novo modo de regulação.
Logo à partida, de mudanças no espaço que nos rodeia, cada vez menos rural e cada vez mais
urbano, no equilíbrio entre o trabalho e o lazer, nos hábitos e nos modelos de comportamento,
transformando e promovendo a criação de novos estilos de vida, progressivamente.
Ao aparecimento deste novo mundo, imprevisível, muitas das vezes caótico, não deixam de ser
misteriosas duas tendências de fundo, cuja necessidade de compreender e controlar se torna
cada vez mais pertinente para assegurar o futuro das sociedades humanas. A primeira destas
tendências reporta-se ao quadro de mudanças que uma nova ordem científica e tecnológica
colocou no âmbito relacional e social.
30
PowerPoint (novas tecnologias)
Fonte: https://www.impacta.com.br/blog/2017/05/31/um-panorama-sobre-o-powerpoint-
para-criar-apresentacoes-impactantes/
Os colaboradores das organizações têm de estar motivados e serem qualificados. Cada vez mais
a qualidade dos recursos humanos constitui um fator crítico de sucesso. A formação
profissional neste contexto de mudança e de competitividade deve ser encarada cada vez mais
como um processo e não um acontecimento. É necessário formular estratégias de formação que
estejam integradas, subordinadas à estratégia global da organização e ao serviço desta.
Atualmente, é dado como certo que o êxito das organizações depende da sua capacidade para
gerir as mudanças das tecnologias, dos produtos, mercados, empregos e das formas de
concorrência em geral.
31
A formação profissional promove a aquisição e aprofundamento de competências e
adaptação às mutações tecnológicas
As empresas são impulsionadas para a formação por razões que se prendem com a
competitividade, com a evolução tecnológica e com a própria estratégia da organização.
Paralelamente às necessidades intrínsecas da organização, o artigo 131, da Lei nº 7/2009 do
Código de Trabalho, impõe que as empresas formulem planos de formação anuais ou
plurianuais e que assegurem o direito à informação e consulta dos trabalhadores e seus
representantes.
No Conselho Europeu de Lisboa, realizado em Março de 2000, foi fixada uma estratégia de
desenvolvimento para os países da União Europeia que priorizou o emprego, as reformas
económicas e a coesão social. Uma das medidas concretas resultantes desta cimeira tem a ver
com a generalização da formação ao longo da vida, enquanto promotora da cidadania ativa, do
desenvolvimento individual, da inclusão social, da igualdade de oportunidades e do emprego.
Os indivíduos têm cada vez mais que adotar uma postura ativa na procura e aceitação de
formação, sob pena de comprometerem o seu percurso profissional.
Às empresas cabe incorporar este conceito no seu funcionamento normal, sob pena de
comprometerem os seus objetivos estratégicos. A Aprendizagem ao longo da vida é um
"Processo global de educação/formação em que se integram todos os tipos e níveis de
educação (pré-escolar, escolar, extra-escolar e qualquer outro tipo de educação não formal),
constituindo um processo de longo prazo que se desenvolve durante toda a vida."
32
de natureza técnica e tecnológica ou profissionalizantes, orientados para a inserção na vida
ativa. Estes cursos possibilitam o acesso ao ensino superior politécnico ou aos cursos pós
secundários de especialização tecnológica. Assim, no âmbito do sistema educativo formal,
existe atualmente a possibilidade de optar por percursos diversos, de acordo com as vocações
específicas ou com os projetos de vida.
Que estão insatisfeitos com seu percurso escolar e pretendem obter uma qualificação
profissional mais rápida;
Que preferem abordagens mais práticas das matérias e aplicar a situações concretas os
conhecimentos teóricos adquiridos;
Que, tendo abandonado o sistema educativo e/ou formativo, pretendam garantir uma
qualificação profissional rápida e/ou preparar-se para outros níveis de qualificação
superior.
Cursos Profissionais
Destinam-se a jovens que concluíram o 3º ciclo do Ensino Básico (9º ano), que pretendam fazer
uma formação profissional específica ou que prefiram um estilo de aprendizagem mais prático.
Conferem um diploma de equivalência ao Ensino Secundário, preparando o acesso a formações
pós-secundárias ou ao Ensino Superior.
Cursos de Aprendizagem
O Ensino Recorrente proporciona uma segunda oportunidade de formação para os que não
usufruíram dela na idade própria ou que abandonaram a escola precocemente. Este ensino
caracteriza-se pela flexibilidade e adaptabilidade aos ritmos de aprendizagem, à
disponibilidade, aos conhecimentos e às experiências de cada aluno. A partir do 3.º ciclo do
Ensino Básico, o Ensino Recorrente funciona em Sistema de Unidades Capitalizáveis.
Neste sistema, o programa de cada disciplina está organizado por unidades; quando o aluno
completa uma unidade, realiza uma prova de avaliação adequada à unidade frequentada, e ao
completar (ou capitalizar) uma unidade passa a frequentar a unidade seguinte. Um aluno que
interrompa os estudos, ao retornar, será colocado na unidade imediatamente a seguir à última
que capitalizou.
Cursos Tecnológicos
Este tipo de ensino pode ser encontrado no Ensino Básico e no Ensino Secundário e funciona
em escolas especializadas para o estudo da música, dança ou artes visuais e audiovisuais que
podem ser públicas, particulares e/ou cooperativas. A admissão neste tipo de ensino implica a
realização de testes de admissão que variam segundo os critérios de cada instituição.
35
quando comparada com a maioria dos países europeus, é um problema socioeconómico do
nosso país e que ninguém pode ocultar. Muitas vezes, as empresas acabam, por refletir essa
problemática nos níveis baixos de produtividade e de rentabilidade. A formação profissional
contínua é uma das soluções para erguer esses níveis de produtividade e de rentabilidade;
Diferencia profissionais – Num mercado de trabalho tão saturado, uma mais-valia das
importâncias da formação profissional, é que diferencia e valoriza diversos profissionais, como
por exemplo, na altura do recrutamento ou na promoção profissional/salarial;
Fonte: https://pt.slideshare.net/TelmaPSantos/reinsero-social
36
6. A Formação Profissional e o Mercado de Trabalho
Figura 14. Formação Profissional e Mercado de trabalho
Fonte: http://formacao.fikaki.com/manual/formador-contexto/mercado-emprego/
O mercado de trabalho é cada vez mais global e tenderá a ser mais exigente nas qualificações
profissionais dos indivíduos. A formação profissional contínua e a certificação das qualificações
representam fatores determinantes para o desenvolvimento dos países da União Europeia e
são desafios complexos, particularmente a certificação.
37
possibilitando às organizações uma mão-de-obra mais qualificada com reflexos importantes a
nível de produtividade e competitividade contribuindo também para uma melhoria de inserção
na vida ativa. Nesta perspetiva, a formação profissional é um agente de mudança fundamental
no processo de ajustamento das qualificações profissionais e das competências dos indivíduos
às exigências da sociedade/mercado de emprego e constitui, acima de tudo, uma medida
estratégica capaz de potenciar transformações económicas, por via da pressão do mercado de
trabalho sobre a economia.
Com o mesmo critério, Kovács (2002, p. 81) defende que “a natureza do trabalho, a estrutura
do emprego e as competências requeridas sofrem grandes alterações sob a pressão das
transformações estruturais da economia e da utilização das novas tecnologias aliadas a novas
formas organizacionais”.
Os contextos de trabalho têm sofrido repetidas transformações, o que tem suscitado um grande
interesse por parte dos investigadores, devido ao aumento de diferentes políticas de gestão de
recursos humanos, cujo objetivo incide na procura de “novas vantagens competitivas, no
quadro de um paradigma técnico-económico fortemente associado ao desenvolvimento
tecnológico em geral e, em particular, ao papel que têm vindo a assumir as tecnologias de
informação.” (Freeman & Soete, 1987, apud Almeida, 2007, p. 54).
Segundo Blustein (2008, apud in Santos et al., 2010), o trabalho é encarado como um marco
determinante para a saúde psicológica e para o bem-estar do individuo. Contudo, importa
referir que, segundo Oliveira et al. (2010), a variável chave que determina a relação salarial é o
tipo de contrato de trabalho, que pode surgir de diversas formas, nomeadamente, contrato
permanente ou a termo certo, uma vez que revela o grau de integração dos trabalhadores no
mundo do trabalho e do consumo.
O IEFP é uma entidade pública a quem compete executar as políticas de emprego e formação
profissional definidas pelo Governo. Criado em 1979, integrou na sua génese o serviço nacional
de emprego e o serviço de formação profissional, tendo como objetivo a transparência, uma
melhor organização e um equilíbrio do mercado de trabalho.
A vocação do IEFP tem assim como objeto central a regulação do mercado de emprego, que se
operacionaliza através de intervenções diversas, tais como:
Sejam quais forem as medidas preconizadas pelos diferentes governos, promovendo políticas
de ajustamento entre a oferta e a procura de emprego, proporcionando diversas respostas
formativas, ou outras iniciativas, o objetivo primordial é e será incessantemente a inclusão dos
indivíduos na atividade económica (Garcia e Gutiérrez, 1996).
Granovetter (1995) tornou célebre a seguinte afirmação: o modo como as pessoas procuram
emprego e se incorporam no mercado de trabalho é um problema prosaico. Justamente por
esta essência trivial e pela inevitabilidade de abordagem societal, a inserção profissional está
intimamente ligada a importantes exercícios sociológicos e económicos (Zafirovski, 2005) e,
num outro plano, psicológicos.
Ou seja, é um tema candente da sociologia económica (Santos, 2008). Na ótica económica, têm
sido desenvolvidos imensos estudos e consagradas variadas investigações com o mote da
“mobilidade laboral”. Na sociologia, por sua vez, têm sido cinzeladas inumeráveis análises com
o estigma da “mobilidade social”. Contudo, pouca atenção tem sido reconhecida ao “como” é
que os indivíduos tomam conhecimento de um emprego e “de que forma” o obtêm ou não
(Granovetter, 1995).
Importa clarificar, neste preciso momento e para franquear o decorrer do presente texto, o que
se depreende por emprego e por trabalho. Consideramos que o emprego corresponde ao
exercício de uma atividade remunerada,
associada a um determinado estatuto
40
formal seja por conta de outrem ou por conta própria (Santos, 2002). O trabalho refere-se às
múltiplas condições de execução dessa atividade profissional (idem).
Martínez (2000) chama a atenção para o facto de que a transição deve ser definida como um
processo de mudança, para além de que está intimamente relacionado com a transição para a
vida adulta e para a vida ativa, pelo que inclui a inserção social e a inserção profissional.
Ou seja, a transição não é apenas a passagem da escola para o trabalho, mas também um
processo complexo que incorpora, desde a adolescência social, a educação escolar de base e os
respetivos percursos, a formação em contextos formais e informais, as experiências pré-
laborais, os processos de autonomia familiar e a transição profissional propriamente dita
(Casal, 1997; Martínez, 2000), abrangendo mudanças de natureza social, material e simbólica
nas experiências pessoais (Zittoun, 2008).
Por conseguinte, a significância de transição para a vida ativa relaciona-se com a transição da
ambiência escolar (ou formativa) para o mercado de trabalho e termina com a inserção
profissional (Garcia e Gutiérrez, 1996).
41
Após o aparecimento do arquétipo taylorista de divisão científica do trabalho e ao longo de
quase um século, somente em finais da década de 1990 é que se começaram a propor modelos
que integravam variáveis que tradicionalmente pertenciam a uma ou a outra disciplina.
O modelo económico generalista sustentou-se sempre numa visão utilitarista, segundo a qual
quem procura emprego tenta maximizar a respetiva utilidade e racionalidade sobre a própria
tarefa de encontrar trabalho. Aqui cabe o conceito de “salário de reserva” (reservation wage),
que espelha a estratégia mais favorável para quem procura trabalho.
Esta conceção define o salário mínimo que cada indivíduo está disposto a aceitar, cessando o
processo de procura de emprego (através de vários dispositivos). Ou seja, é o valor salarial que
delimita a circunstância de alguém estar empregado ou desempregado.
Segundo Layard, Nickell, & Jackman (1991), este modelo é estático, ao assumir
deterministicamente que alguém que procura emprego se vai inserir profissionalmente.
Propõem, também, que o processo individual de procura de emprego (e de posterior inserção
profissional) envolve três etapas diferentes:
Aceitar uma dessas ofertas de emprego (partindo do princípio que das vagas a que se
candidatou já conhecia de antemão o valor do salário).
De acordo com os mesmos autores, e naquela época, a primeira etapa continuava a ser
negligenciada pelos investigadores. Assim, e após vários estudos, concluíram que nesta fase a
estratégia mais racional passa pela utilização de vários dispositivos em função das condições
do mercado de trabalho. Alegam concomitantemente que:
O tempo dedicado à
42
procura de emprego decresce com a idade, presumivelmente por causa da perceção
generalizada de que o mercado prefere indivíduos mais jovens;
O modelo teórico da procura corresponde grosso modo ao modelo genérico antes descrito,
embora com considerações diferentes quanto à duração do desemprego. De acordo com esta
conceção quanto maior for a duração do estado de desemprego, maiores probabilidades
existem do indivíduo encontrar ofertas de trabalho mais convenientes (reduzindo o valor do
seu salário de reserva), pois é plausível que seja recolhida mais informação durante o processo
de procura.
O modelo “scarred” (scarred model) postula que quanto maior é o período de desemprego
menores probabilidades existem de o indivíduo se inserir profissionalmente, devido a fatores
como sejam a falta de motivação e de força anímica (Layard, Nickell, e Jackman, 1991). É um
modelo próximo do entendimento dos psicólogos, pois subentende o desemprego como um
processo (MacFadyen e Thomas, 1997).
Algumas apreciações foram apontadas a estes dois modelos, nomeadamente por valorizarem
apenas um número limitado de variáveis e por ignorarem outras de ordem psicológica, tais
como sejam a auto - estima e o status relacionado com um determinado emprego (MacFadyen
& Thomas, 1997; Smith, 1994).
Além disso a desmotivação individual, gerada pelos tempos prolongados de desemprego, pode
afetar a capacidade racional de encontrar soluções para o problema (MacFadyen & Thomas,
1997; Martínez, 2000).
A entidade empregadora deve providenciar, em cada ano, um número mínimo de trinta e cinco
horas de formação contínua a cada trabalhador. Já quando se trata de um contrato a termo por
período igual ou superior a três meses, a lei impõe um número mínimo de horas proporcional à
duração do contrato no correspondente ano;
Em cada ano, o empregador deve proporcionar formação contínua a pelo menos 10% dos
trabalhadores da empresa.
Fonte: http://www.cgtp.pt/sitio-dos-direitos/leis-em-discussao/na-assembleia-da-Fonte:
republica/7561-alteracao-ao-codigo-do-trabalho
44
Figura 19. A Estratégia de Lisboa
logotipo
Daí a necessidade de serem tomadas medidas a longo prazo na perspetiva destas suposições. A
mundialização da economia impõe que a Europa esteja na vanguarda de todos os setores nos
quais a rivalidade se reforça fortemente. A súbita chegada e a importância crescente das
Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) nas esferas profissional e privada, tem uma
dupla consequência, uma vez que, por um lado, exigem uma revisão completa do sistema
educativo europeu, e, por outro, implicam que seja garantido o acesso à formação.
Este Conselho pretendeu traçar linhas de orientação para que se pudessem aproveitar
plenamente as oportunidades decorrentes da nova economia, com o desígnio de acabar com a
calamidade social que caracteriza o desemprego.
Perante estes desafios, a UE decretou como objetivo estratégico transformar a Europa numa
economia dinâmica, competitiva, apoiada no conhecimento, capaz de desenvolver o
crescimento económico sustentável, acompanhado da melhoria quantitativa e qualitativa do
emprego e de maior coesão social.
Foi desta forma que o Conselho Europeu Extraordinário de 2000 de Lisboa apresentou uma
estratégia faseada em 10 anos, abarcando áreas económicas, sociais e ambientais. Todos os
anos até 2010 a Comissão Europeia publicou o seu Relatório de Primavera, que analisava o
desempenho dos Estados membroS na implementação de medidas da Estratégia de Lisboa.
Cinco anos depois da Cimeira de 2000, a estratégia então definida e, que pelo seu mérito e
reconhecimento geral, adotou o nome da cidade que acolheu a cimeira fundadora e se tornou
conhecida internacionalmente como Estratégia de Lisboa, manteve a sua atualidade e
importância.
Os resultados alcançados foram, no entanto, díspares. Nos países em que houve uma
concretização coordenada dos objetivos de Lisboa, obtiveram-se progressos assinaláveis em
todos os indicadores. Noutros, em que Portugal se inclui, falhou a implementação e os
resultados foram pouco satisfatórios.
Em março de 2008, o Conselho Europeu de Primavera aprovou as orientações para os três anos
subsequentes de implementação da Estratégia de Lisboa, 2008/2010, renovada para o
crescimento do emprego.
Reiterou a validade das grandes orientações para as políticas económicas e de emprego e dos
domínios prioritários da ação, conhecimento e inovação, ambiente das sociedades, emprego,
energia e alterações climáticas. Neste âmbito, os fundos estruturais e o Fundo de Coesão foram
assumidos como instrumentos fundamentais de suporte à implementação da Estratégia de
Lisboa.
Ainda neste Conselho, foi dado particular relevo à dimensão externa da Estratégia de Lisboa,
assumindo-se que o desenvolvimento da Europa e a sua competitividade num mundo
globalizado, pressupõe um posicionamento global não apenas no domínio económico, mas
também no domínio social e de
46
sustentabilidade ambiental.
Este Conselho constitui também um marco no debate sobre o futuro da Estratégia de Lisboa
pós 2010, fortalecendo a necessidade de manter, ao nível da UE e nacional, o compromisso a
favor da consolidação e avanço das reformas estruturais, e da sua relação com o
desenvolvimento sustentável e a política de coesão, consolidando os progressos realizados no
âmbito da estratégia de Lisboa. A Comissão, o Conselho e os Coordenadores Nacionais da
Estratégia de Lisboa foram convidados a proceder a uma reflexão sobre o futuro desta
estratégia para além de 2010.
No dia 17 de junho de 2010, em Bruxelas, o Conselho Europeu, que reuniu líderes dos 27
estados membros da União Europeia, adotou formalmente a estratégia “Europa 2020”, que
constitui uma nova estratégia para o emprego e para um crescimento inteligente, sustentável e
inclusivo, fortalecendo a coordenação de reformas estruturais entre os Estados Membros,
apoiadas na governamentação económica e na sustentabilidade financeira.
A estratégia Europa 2020 consiste num plano que visa o crescimento económico inteligente,
sustentável e inclusivo, através do conhecimento e da inovação, que estabelece uma taxa de
emprego de 75%. O sucesso desta estratégia depende das competências dos trabalhadores
Europeus.
Fonte: https://clubeeuropeuddinis.wordpress.com/informacoes-2/estrategia-de-lisboa/
47
construção, mas é urgente associar, de uma forma mais forte, a visão de sustentabilidade com
um novo padrão energético suportado em fontes renováveis, um maior respeito pelo equilíbrio
com a natureza e uma maior proteção do ambiente, e a visão de inclusão, tendo em conta os
problemas do desemprego na europa e os desafios inerentes ao envelhecimento da população e
de uma maior justiça social.” In https://clubeeuropeuddinis.wordpress.com/informacoes-
2/estrategia-de-lisboa/
Para atingir os objetivos da Estratégia “Europa 2020” propõe-se uma agenda Europa 2020, que
consiste numa série de iniciativas emblemáticas, cuja execução constitui uma prioridade
partilhada com ações a todos os níveis: organizações à escala da UE, Estados Membros e
autoridades regionais e locais.
A execução das “iniciativas emblemáticas” inclui uma agenda para novas qualificações e novos
empregos para modernizar os mercados de trabalho e capacitar as pessoas, desenvolvendo as
suas qualificações ao longo da vida, com vista a aumentar a participação no mercado de
trabalho e a estabelecer uma melhor correspondência entre a oferta e a procura de mão-de-
obra, nomeadamente através de uma maior mobilidade dos trabalhadores;
Resumindo:
O papel da educação e formação profissional no contexto das políticas europeias tem vindo a
reconhecer uma crescente importância, desde a implementação da Estratégia de Lisboa e do
Programa Educação e Formação 2010.
O lançamento da nova Estratégia Europa 2020, para o crescimento e emprego, veio confirmar
essa importância e consolidar os esforços até agora empreendidos nesta área, que se depara
assente num quadro estratégico que integra os sistemas de educação e formação.
A Comissão Europeia utiliza inúmeras fontes, tais como, os valores de referência e indicadores,
estudos, inquéritos internacionais e análises secundárias, de modo a integrar corretamente
esta abordagem na aplicação do quadro estratégico.
Os valores de referência europeus indicam-nos os níveis que devem ser atingidos até 2020 nos
seguintes domínios:
Abandono escolar;
Conclusão do ensino superior;
Competências de base;
Ensino pré-escolar;
Aprendizagem ao longo da vida;
Transição para o mercado de trabalho;
Mobilidade entre países.
São também utilizados indicadores de base para monitorizar os progressos em diferentes
domínios prioritários adicionais atualmente não abrangidos pelos valores de referência, tais
como:
As línguas;
As qualificações dos adultos;
Os docentes;
O investimento na educação e na formação;
As TIC na educação;
O empreendedorismo na educação;
O ensino e formação profissionais.
O Relatório de Monitorização da Educação e da Formação descreve anualmente os avanços
alcançados comparativamente aos valores de referência e indicadores da EF 2020, contendo o
objetivo principal da estratégia Europa 2020 no domínio da educação e da formação,
realçando, assim, a evolução dos sistemas de educação e formação na Europa, fazendo-se
acompanhar de 28 relatórios (um por cada país) e de um instrumento de visualização em linha.
No âmbito da educação, formação e emprego, a estratégia Europa 2020 tem as metas seguintes:
49
taxa de emprego de 75% na faixa etária entre os 20 e os 64 anos
Educação - Reduzir para menos de 10% a taxa de abandono escolar - Aumentar para,
pelo menos, 40% a percentagem de pessoas entre os 30 e os 34 anos que concluíram
estudos superiores
50
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