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Bons estudos!
Professora Olívia Brasileiro
Diretora da empresa Brasileiro & Passos Preparatório.
www.romulopassos.com.br
Lista de Questões
26. Assinale a alternativa cujo procedimento de enfermagem seja mais apropriado à situação.
(A) Homem, 21 anos, deu entrada no Pronto Socorro após atropelamento, com escala de coma de
Glagow de 3 pontos, intubado no local da ocorrência, apresentando-se na admissão com hematoma
periorbital, otorreia e rinorragia serossanguinolenta; à indicação de passagem de sonda para
esvaziamento gástrico, foi passado sonda nasogástrica de polietileno.
(B) Criança, 8Kg de peso corporal, acompanhada no Ambulatório de Hematologia, tem indicação
de Complexo de Hidróxido de Ferro III Polimaltosado (Ferro III 100mg/2ml) 1ml IM a cada 2 dias;
na primeira aplicação, foi puncionado quadrante superior externo do glúteo direito com técnica em
Z.
(C) Mulher, 67 anos, 1,50m de altura, 38Kg de peso corporal, com sequela de acidente vascular
cerebral isquêmico há 2 anos, encontra-se internada na Clínica Médica devido à desidratação e
desnutrição grave, recebendo nutrição parenteral total associada à dieta enteral hipercalórica via
sonda nasoenteral, com indicação de Fitomenadiona 10mg/1ml 1 ampola IM, 2 vezes por semana;
na primeira aplicação foi puncionado região deltoide direita com introdução de agulha 25x0,7mm a
90o.
(D) Mulher, 49 anos, em quimioterapia ambulatorial após mastectomia com esvaziamento axilar à
direita, foi admitida na Clínica Médica para tratamento de leucopenia febril, sendo indicado
Cefepime 1g EV 8/8 horas; para administração de medicações endovenosas foi puncionado catéter
venoso periférico em membro ipsilateral à cirurgia mamária.
(E) Homem, 59 anos, portador de insuficiência renal crônica, com uma fístula artério-venosa em
membro superior direito trombosada e duas no membro superior esquerdo em que apenas uma é
funcionante para realização de 3 sessões de hemodiálise semanais, encontra-se internado na Clínica
Médica devido crise hipertensiva; ao controle de sinais vitais de horário, foi aferida pressão arterial
pelo método palpatório-auscultatório de artéria basílica esquerda.
27. Quanto aos procedimentos adequados para cada caso, de acordo com a Portaria n°.
3.318/2010, assinale a alternativa correta.
(A) Trabalhador rural, 48 anos, com ferimento penetrante grave em região plantar, provocado por
prego enferrujado, com comprovação de vacina adsorvida difteria e tétano há 7 anos: Programar
dose de reforço para daqui 3 anos.
(B) Prematuro, nascido com 34 semanas e 1.950g de peso ao nascer: Administrar vacina contra
Hepatite B (recombinante) com 0, 1, 2 e 6 meses de vida.
(C) Recém-nascido a termo, de mãe portadora da hepatite B: Não administrar a vacina contra
Hepatite B e administrar imunoglobulina humana anti-hepatite B\ (HBIG) nas primeiras 12 horas do
nascimento ou, no máximo, até sete dias de vida.
(D) Recém-nascido a termo, sem complicações obstétricas: Administrar ao nascimento vacina BCG
e a primeira dose das vacinas contra Hepatite B (recombinante) e meningocócica C conjugada.
(E) Parturiente, 39 semanas de idade gestacional, com registro de última de vacina adsorvida
difteria e tétano há 12 anos: Administrar dose de reforço antes do parto.
28. De acordo com a Portaria n°. 1.600/2011, que reformula a Política Nacional de Atenção à
Urgências e institui a Rede de Atenção às Urgências no Sistema Único de Saúde (SUS), o
componente hospitalar será constituído por
(A) unidades de Pronto Atendimento 24 horas, enfermarias de retaguarda, leitos de cuidados semi-
intensivos, leitos de cuidados intensivos, serviços de diagnóstico por imagem e de laboratório e
pelas linhas de cuidados prioritárias.
(B) unidades de Pronto Atendimento 24 horas, enfermarias de retaguarda, leitos de cuidados
intermediários, leitos de cuidados intensivos, serviços de diagnóstico por imagem e pelos
laboratórios.
(C) enfermarias de retaguarda, leitos de cuidados intensivos, serviços de diagnóstico por imagem e
de laboratório e pelos Centros Cirúrgicos.
(D) portas hospitalares de urgência, enfermarias de retaguarda, leitos de cuidados intensivos,
serviços de diagnóstico por imagem e pelos laboratórios.
(E) portas hospitalares de urgência, enfermarias de retaguarda, leitos de cuidados intensivos,
serviços de diagnóstico por imagem e de laboratório e pelas linhas de cuidados prioritárias.
29. Homem, 38 anos, ao ser admitido na Clínica Cirúrgica para realização de herniorrafia
eletiva, foi puncionado catéter venoso periférico de poliuretano em antebraço esquerdo. Entre
os cuidados com esse catéter, é recomedado
(A) trocar o catéter a cada 72 horas.
(B) manter a permeabilidade do catéter com solução de heparina após o uso.
(C) proteger o sítio de inserção do catéter com fita hipoalergênica.
(D) trocar diariamente o curativo do catéter.
(E) utilizar cobertura estéril semi-oclusiva ou membrana transparente semi-permeável.
30. Médico prescreveu para criança internada na Pediatria: Metronidazol 125mg EV a cada 8
horas. Na instituição, há disponível Metronidazol 0,5% com 100ml de solução injetável. Para
execução da prescrição, quantos ml da droga serão necessários?
(A) 5.
(B) 10.
(C) 12,5.
(D) 25.
(E) 50.
31. Bradisfigmia, pirexia, hemianópsia são termos utilizados respectivamente para descrever:
(A) frequência cardíaca abaixo do normal, sensação de ardor, ruptura prematura da membrana
amniótica.
(B) frequência cardíaca abaixo do normal, febre, ruptura prematura da membrana amniótica.
(C) frequência cardíaca abaixo do normal, febre, perda da visão em uma das metades do campo
visual.
(D) pulso lento e filiforme, febre, ruptura prematura da membrana amniótica.
(E) pulso lento e filiforme, febre, perda da visão em uma das metades do campo visual.
32. Idoso, 72 anos, diabético, hipertenso, admitido no setor de geriatria, com escala de coma
de Glasgow de 15 pontos, refere nictúria e em seu regime terapêutico foi incluído Clonidina e
Levodopa. Diante desse caso, um diagnóstico de enfermagem a ser considerado no
estabelecimento do plano de cuidados de enfermagem é:
a) nutrição desequilibrada: menos do que as necessidades corporais.
b) confusão crônica.
c) risco de quedas.
d) integridade da pele prejudicada.
e) percepção sensorial auditiva prejudicada.
34. Homem, 21 anos, tetraplégico por trauma raquimedular há cerca de um ano, foi admitido
no início da manhã na Clínica Médica, para tratamento de infecção de trato urinário. Ele
apresenta-se consciente, orientado, pouco comunicativo, mantendo pressão arterial basal de
90/60mmHg, temperatura axilar de 38,4 C com frequência cardíaca de 102bpm, eupneico,
o
35. Homem, 52 anos, com diagnóstico de hanseníase, com contração muscular sem movimento
em membro superior direito, receberá alta da unidade hospitalar. Qual orientação para o
autocuidado deve constar no plano de alta desse paciente?
(A) Exercícios ativos com resistência.
(B) Exercícios ativos sem resistência.
(C) Alongamento e exercícios ativos, com pouca resistência.
(D) Alongamento e exercícios passivos, com ajuda da mão esquerda.
(E) Alongamento e exercícios passivos, com ajuda da mão direita.
37. De acordo com a Resolução RDC ANVISA n°. 36/2008, o Serviço de Atenção Obstétrica e
Neonatal deve dispor de materiais e equipamentos para alívio não farmacológico da dor e de
estímulo à evolução fisiológica do trabalho de parto, tal como:
(A) Pinard.
(B) Eletroestimulador.
(C) Espirômetro.
(D) Escada de Ling.
(E) Banheira terapêutica.
39. Homem, 44 anos, hipertenso, diabético, portador de insuficiência renal crônica, está
internado na Clínica Médica para tratamento de crise hipertensiva, com dieta hipossódica e
ingestão hídrica limitada a 1500ml por dia. Ontem, estava muito quente e o referido paciente
não aceitou a dieta oferecida, tomou 4 copos de água e meio copo de chá com adoçante.
Recebeu infusão endovenosa de 40ml, evacuou uma vez em pequena quantidade de
consistência semi-pastosa, anúrico. Foi acompanhado ao serviço de hemodiálise, onde atingiu
ultrafiltração objetivada de 4000ml. Ao considerar que os copos da instituição são de 200ml e
não sendo consideradas as perdas insensíveis, o balanço hídrico nesse dia foi de
(A) - 3060ml.
(B) - 3000ml.
(C) + 900ml.
(D) + 1000ml.
(E) + 4900ml.
40. Criança, 5 anos de idade, chegou ao serviço hospitalar de emergência com mal-estar
súbito, febre alta, calafrios, próstata, com petéquias pelo corpo, sinais de Brudzinski e Kernig
positivos. Diante desse caso, deve-se estabelecer
(A) isolamento protetor.
(B) apenas precauções padrão.
(C) precauções de contato.
(D) precauções para aerossóis.
(E) precauções para gotículas.
41. De acordo com a Portaria n°. 104/2011, fazem parte da Lista de Notificação Compulsória
Imediata, surtos ou agregação de casos ou óbitos por:
(A) Poliomielite; Raiva Humana; Sarampo; Rubéola; Tuberculose.
(B) Febre Maculosa; Febre Tifoide; Hanseníase; Tétano; Cólera.
(C) Botulismo; Hepatites Virais; Carbúnculo; Dengue; Síndrome da Imunodeficiência Humana
Adquirida.
(D) Difteria; Doença Meningocócica; Doença Transmitida por Alimentos (DTA) em embarcações
ou aeronaves; Influenza Humana; Meningites Virais.
(E) Febre Amarela; Febre do Nilo Ocidental; Hantavirose; Influenza humana por novo subtipo;
Peste.
42. Mulher, 29 anos, 1,65m de altura, 75Kg de peso corporal, tabagista, usuária ativa de
contraceptivo hormonal oral, chegou ao serviço hospitalar de emergência às 8:00h, devido a
um quadro de 30 minutos de evolução caracterizado por algia em membro inferior esquerdo,
associada à aumento do volume, empastamento da panturrilha e cor violácea desta
extremidade. Às 8:30h, o médico a avaliou e a paciente era capaz de caminhar sozinha com
claudicação moderada, mas o pulso distal do membro afetado estava diminuído em relação ao
membro contra-lateral, sendo solicitado vaga na Clínica Médica. Como havia leito disponível
para internação, a paciente foi caminhando em companhia de um dos auxiliares de
enfermagem até o setor de destino, onde foi recebida às 8:50h pelo enfermeiro, que a
acompanhou até seu leito e coletou o histórico de enfermagem. O enfermeiro, no entanto,
precisou retornar ao Posto de Enfermagem para buscar o estetoscópio que havia esquecido na
bancada. Enquanto isso, a paciente decidiu ir ao banheiro para urinar e com muita
dificuldade e extremamente dispneica, ainda conseguiu voltar para o seu leito, mas evoluiu
com Parada Cardiorrespiratória (PCR). Identificada rapidamente pelo enfermeiro quando
esse retornou para terminar o exame físico, foram iniciadas as manobras de Reanimação
Cardiopulmonar (RCP), intubação orotraqueal e, ao ser verificado o ritmo, constatou-se
atividade elétrica sem pulso. Diante desse caso e de acordo com as Diretrizes da American
Heart Association, informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma a seguir e assinale
a alternativa com a sequência correta.
( ) O enfermeiro deve ter feito o reconhecimento da PCR ao verificar que a paciente estava
irresponsiva, sem respiração ou com gasping e sem pulso palpado em 10 segundos.
( ) Na desfibrilação, deve ser utilizada carga de 360J se o desfibrilador for monofásico.
( ) Deve-se considerar a administração de trombolítico na RCP.
( ) Após estabelecimento de via aérea avançada, deve-se manter a relação compressão-
ventilação em 30:2.
(A) F – V – F – V.
(B) V – F – V – F.
(C) V – F – F – F.
(D) F – V – V – V.
(E) F – F – F – V.
44. Para algumas medicações, há possibilidade de reversão de seus efeitos com outras drogas.
Desse modo, o antídoto para a varfarina é
(A) flumazenil.
(B) fitomenadiona.
(C) protamina.
(D) naloxane.
(E) ácido ascórbico.
45. Dentre os cuidados para prevenção de infecção do trato urinário relacionado ao catéter
vesical de demora está
(A) evitar fixá-lo à pele para que não ocorra tração à movimentação.
(B) manter sempre a bolsa coletora acima do nível da bexiga.
(C) esvaziar a bolsa coletora regularmente, utilizando recipiente coletor individual e evitar contato
do tubo de drenagem com o recipiente coletor.
(D) higienizar o meato uretral com solução antisséptica, no mínimo, duas vezes por dia.
(E) fechar previamente o catéter antes da sua remoção.
46. Homem, 48 anos, em tratamento de hemorragia digestiva alta. Na Clínica Médica, recebe,
a cada 12 horas, 2 unidades de plasma fresco congelado e, diante do resultado do hemograma,
também teve indicação de 2 unidades de concentrado de hemácias ontem. Durante a infusão
da segunda unidade de concentrado de hemácias, apresentou febre alta associada à
taquicardia e calafrios. A conduta diante desse caso NÃO inclui
(A) interromper imediatamente a transfusão e comunicar o médico.
(B) retirar o acesso venoso periférico utilizado.
(C) verificar sinais vitais.
(D) manter equipo e bolsa intactos e encaminhá-los ao serviço de hemoterapia.
(E) coletar e enviar uma amostra de sangue do paciente pós-transfusional junto com a bolsa e o
equipo para o serviço de hemoterapia.
47. Raphaello, 26 anos, com pneumotórax por fratura de arcos costais à direita, ocasionados
por queda de cavalo no Rodeio, encontrava-se internado na Clínica Cirúrgica, com escala de
coma de Glasgow de 15 pontos, deambulando, ainda com dreno torácico em hemitórax
direito. Como em todos os seus plantões, o enfermeiro da manhã passava visita a todos os
pacientes internados no setor e, ao conversar com Raphaello o mesmo pediu-lhe permissão
para tomar banho mais cedo, porque estava muito quente. O enfermeiro autorizou e
perguntou ao paciente se ele precisava de ajuda e o mesmo respondeu-lhe que não. No
entanto, ao levantar da cama, o paciente não percebeu que o dreno estava enroscado na grade
e, acidentalmente, houve saída do dreno torácico. O enfermeiro ainda estava no quarto e
presenciou a ocorrência. Ao considerar que não há fístula aérea, a conduta imediata é
(A) ocluir rapidamente o orifício do dreno.
(B) ocluir o orifício na inspiração e abrir na expiração.
(C) ocluir o orifício na expiração e abrir na inspiração.
(D) pedir para o paciente prender a respiração e buscar material para curativo compressivo.
(E) pedir para o paciente respirar calmamente e buscar material para curativo oclusivo.
48. Em reunião dos enfermeiros, Marina e Marília estavam solicitando férias para o mês de
janeiro, mas só uma poderia gozar desse benefício devido à quantidade de atestados médicos
no setor. Como critério definido em reunião setorial prévia, o profissional que possui mais
tempo de serviço na instituição tem preferência na escolha do período de férias, mas os que
não são beneficiados costumam instigar discussões e dar justificativas para merecer a
concessão. Mesmo trabalhando há mais tempo do que Marília, Marina abriu mão de gozar
suas férias como havia solicitado, para prevenir aborrecimentos e frustrações, já que não
gostava muito da postura que a colega costumava adotar. Diante desse caso, a estratégia de
gerenciamento de conflito adotada por Marina foi:
(A) Amenização.
(B) Compromisso.
(C) Competição.
(D) Evitação.
(E) Acomodação.
49. Paciente tem prescrição médica de Epinefrina 0,5ml SC agora. Na instituição há seringa
de 100 unidades. Quantas unidades correspondem ao volume prescrito?
(A) 5.
(B) 10.
(C) 25.
(D) 50.
(E) 100.
50. De acordo com a Resolução COFEN n°. 311/2007, na Seção I - das relações com a pessoa,
família e coletividade, constitui direito do profissional de enfermagem
(A) assegurar à pessoa, família e coletividade assistência de enfermagem livre de danos decorrentes
de imperícia, negligência ou imprudência.
(B) aprimorar os conhecimentos técnicos, científicos, éticos e culturais, em benefício da pessoa,
família e coletividade e do desenvolvimento da profissão.
(C) recusar a execução de atividades que não sejam de sua competência técnica, científica, ética e
legal ou que não ofereçam segurança ao profissional, à pessoa, família e coletividade.
(D) encaminhar a pessoa, família e coletividade aos serviços de defesa do cidadão, nos termos da
lei.
(E) participar da prática multiprofissional e interdisciplinar com responsabilidade, autonomia e
liberdade.
26. Assinale a alternativa cujo procedimento de enfermagem seja mais apropriado à situação.
(A) Homem, 21 anos, deu entrada no Pronto Socorro após atropelamento, com escala de coma de
Glagow de 3 pontos, intubado no local da ocorrência, apresentando-se na admissão com hematoma
periorbital, otorreia e rinorragia serossanguinolenta; à indicação de passagem de sonda para
esvaziamento gástrico, foi passado sonda nasogástrica de polietileno.
(B) Criança, 8Kg de peso corporal, acompanhada no Ambulatório de Hematologia, tem indicação
de Complexo de Hidróxido de Ferro III Polimaltosado (Ferro III 100mg/2ml) 1ml IM a cada 2 dias;
na primeira aplicação, foi puncionado quadrante superior externo do glúteo direito com técnica em
Z.
(C) Mulher, 67 anos, 1,50m de altura, 38Kg de peso corporal, com sequela de acidente vascular
cerebral isquêmico há 2 anos, encontra-se internada na Clínica Médica devido à desidratação e
desnutrição grave, recebendo nutrição parenteral total associada à dieta enteral hipercalórica via
sonda nasoenteral, com indicação de Fitomenadiona 10mg/1ml 1 ampola IM, 2 vezes por semana;
na primeira aplicação foi puncionado região deltoide direita com introdução de agulha 25x0,7mm a
90o.
(D) Mulher, 49 anos, em quimioterapia ambulatorial após mastectomia com esvaziamento axilar à
direita, foi admitida na Clínica Médica para tratamento de leucopenia febril, sendo indicado
Cefepime 1g EV 8/8 horas; para administração de medicações endovenosas foi puncionado catéter
venoso periférico em membro ipsilateral à cirurgia mamária.
(E) Homem, 59 anos, portador de insuficiência renal crônica, com uma fístula artério-venosa em
membro superior direito trombosada e duas no membro superior esquerdo em que apenas uma é
funcionante para realização de 3 sessões de hemodiálise semanais, encontra-se internado na Clínica
Médica devido crise hipertensiva; ao controle de sinais vitais de horário, foi aferida pressão arterial
pelo método palpatório-auscultatório de artéria basílica esquerda.
COMENTÁRIOS
Caros colegas, essa é a típica questão que necessita de paciência e bastante atenção. Bastante
extensa, cada item traz um assunto diferente e precisa de reflexão.
27. Quanto aos procedimentos adequados para cada caso, de acordo com a Portaria n°.
3.318/2010, assinale a alternativa correta.
(A) Trabalhador rural, 48 anos, com ferimento penetrante grave em região plantar, provocado por
prego enferrujado, com comprovação de vacina adsorvida difteria e tétano há 7 anos: Programar
dose de reforço para daqui 3 anos.
(B) Prematuro, nascido com 34 semanas e 1.950g de peso ao nascer: Administrar vacina contra
Hepatite B (recombinante) com 0, 1, 2 e 6 meses de vida.
(C) Recém-nascido a termo, de mãe portadora da hepatite B: Não administrar a vacina contra
Hepatite B e administrar imunoglobulina humana anti-hepatite B\ (HBIG) nas primeiras 12 horas do
nascimento ou, no máximo, até sete dias de vida.
(D) Recém-nascido a termo, sem complicações obstétricas: Administrar ao nascimento vacina BCG
e a primeira dose das vacinas contra Hepatite B (recombinante) e meningocócica C conjugada.
(E) Parturiente, 39 semanas de idade gestacional, com registro de última de vacina adsorvida
difteria e tétano há 12 anos: Administrar dose de reforço antes do parto.
COMENTÁRIOS¹:
A questão apresenta-se desatualizada, pois a Portaria nº. 3.318/10 que tratava em todo o
território nacional do Calendário Básico de vacinação da Criança, o Calendário do Adolescente e o
Calendário do Adulto e Idoso foi atualizada pela Portaria nº 1.498/2013
Vamos analisar cada assertiva, conforme diretrizes atuais:
Ao nascer, o recém-nascido deve ser vacinado com a vacina contra a hepatite B e BCG.
Vejam, na tabela abaixo, maiores informações sobre o Calendário Nacional de Imunização.
O gabarito apontado pela banca é a letra B. Mas, essa questão deverá ser anulada, pois
abordou o esquema antigo da vacina contra Hepatite B.
Além da pentavalente, a criança manterá os dois reforços com a vacina tríplice bacteriana -
DTP (difteria, tétano, coqueluche). O primeiro reforço deverá ser administrado aos 12 meses e o
segundo reforço aos 4 anos de idade. Os recém-nascidos continuam a receber a primeira dose da
vacina hepatite B nas primeiras 24 horas de vida, preferencialmente nas primeiras 12 horas, para
prevenir a transmissão vertical. Ou seja, há uma dose da vacina hepatite B (monovalente) cujo
público alvo são as crianças com até 30 dias de vida, bem como outras crianças que já tinham
esquema completo para tetravalente, mas não tinham para a Hepatite B.
Como era antes:
1 - Tetravalente (contra difteria, coqueluche, tétano, meningite e outras infecções por
Haemophilus influenza b) - vacina injetável em três doses (2, 4 e 6 meses). Reforço da tríplice
bacteriana (incluída na tetravalente) aos 15 meses e aos 4 anos.
Segue o antigo calendário da vacina tetravalente: 2 meses -> 4 meses -> 6 meses -> reforço da tríplice
bacteriana (DTP) aos 15 meses -> reforço da tríplice bacteriana (DTP) aos 4 anos.
2 - Hepatite B - vacina injetável aplicada ao nascer (ou na primeira visita à unidade de
saúde), com 1 mês de vida e novamente aos 6 meses.
Segue o antigo calendário da vacina contra hepatite B: ao nascer -> 1 mês -> 6 meses.
difteria
1
Pertússis, coqueluche ou tosse convulsa é uma doença altamente contagiosa e perigosa para crianças causada
pelas bactérias Gram-negativas Bordetella pertussis e Bordetella parapertussis (geralmente com sintomas mais ligeiros), que
causa tosse violenta contínua e dolorosa. A patologia é prevenível por vacinação.
2
Vacina pentavalente (DTP - difteria, tétano e coqueluche + HB - hepatite B + Hib - Haemophilus influenzae tipo b).
28. De acordo com a Portaria n°. 1.600/2011, que reformula a Política Nacional de Atenção à
Urgências e institui a Rede de Atenção às Urgências no Sistema Único de Saúde (SUS), o
componente hospitalar será constituído por
(A) unidades de Pronto Atendimento 24 horas, enfermarias de retaguarda, leitos de cuidados semi-
intensivos, leitos de cuidados intensivos, serviços de diagnóstico por imagem e de laboratório e
pelas linhas de cuidados prioritárias.
(B) unidades de Pronto Atendimento 24 horas, enfermarias de retaguarda, leitos de cuidados
intermediários, leitos de cuidados intensivos, serviços de diagnóstico por imagem e pelos
laboratórios.
(C) enfermarias de retaguarda, leitos de cuidados intensivos, serviços de diagnóstico por imagem e
de laboratório e pelos Centros Cirúrgicos.
(D) portas hospitalares de urgência, enfermarias de retaguarda, leitos de cuidados intensivos,
serviços de diagnóstico por imagem e pelos laboratórios.
(E) portas hospitalares de urgência, enfermarias de retaguarda, leitos de cuidados intensivos,
serviços de diagnóstico por imagem e de laboratório e pelas linhas de cuidados prioritárias.
COMENTÁRIOS:
A Portaria nº 1.600 de 7/07/2011 reformula a Política Nacional de Atenção às Urgências e
institui a Rede de Atenção às Urgências no SUS. De acordo com o art. 4º, a Rede de Atenção às
Urgências é constituída pelos seguintes componentes:
I - Promoção, Prevenção e Vigilância à Saúde;
II - Atenção Básica em Saúde;
III - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) e suas Centrais de Regulação Médica
das Urgências;
IV - Sala de Estabilização;
V - Força Nacional de Saúde do SUS;
VI - Unidades de Pronto Atendimento (UPA 24h) e o conjunto de serviços de urgência 24 horas;
VII - Hospitalar; e
VIII - Atenção Domiciliar.
O Componente Hospitalar será constituído pelas Portas Hospitalares de Urgência, pelas
enfermarias de retaguarda, pelos leitos de cuidados intensivos, pelos serviços de diagnóstico por
imagem e de laboratório e pelas linhas de cuidados prioritárias (art. 11).
Desse modo, o gabarito é a letra E.
29. Homem, 38 anos, ao ser admitido na Clínica Cirúrgica para realização de herniorrafia
eletiva, foi puncionado catéter venoso periférico de poliuretano em antebraço esquerdo. Entre
os cuidados com esse catéter, é recomedado
(A) trocar o catéter a cada 72 horas.
(B) manter a permeabilidade do catéter com solução de heparina após o uso.
(C) proteger o sítio de inserção do catéter com fita hipoalergênica.
(D) trocar diariamente o curativo do catéter.
(E) utilizar cobertura estéril semi-oclusiva ou membrana transparente semi-permeável.
COMENTÁRIOS
Os cuidados com cateter periférico são constantemente cobrados em provas. Agora com o
Manual da ANVISA, que padronizou vários procedimentos de enfermagem, facilitou nossos
estudos haja vista a variedade de protocolos institucionais existentes.
Vamos relembrar as recomendações do Manual de Medidas de Prevenção de Infecção
Relacionada à Assistência à Saúde da ANVISA (2013) para prevenção de complicações
relacionadas a cateter venoso periférico já vistas na aula 1.
Higiene das mãos: com água e sabonete líquido quando estiverem visivelmente sujas ou
contaminadas com sangue e outros fluidos corporais:
Preparo da pele:
Manutenção
Remoção do cateter
30. Médico prescreveu para criança internada na Pediatria: Metronidazol 125mg EV a cada 8
horas. Na instituição, há disponível Metronidazol 0,5% com 100ml de solução injetável. Para
execução da prescrição, quantos ml da droga serão necessários?
(A) 5.
(B) 10.
(C) 12,5.
(D) 25.
(E) 50.
COMENTÁRIOS:
Esta questão pede que nos recordemos de alguns conceitos matemáticos:
Quando a questão nos trouxer que a medicação possui um valor em PORCENTAGEM na
sua concentração, lembre-se:
A PORCENTAGEM deverá ser transformada em GRAMAS. Como assim, professora?
Exemplo: Uma solução de soro glicosado a 5%, significa que há 5g em 100 ml da sua
composição.
Vamos a nossa questão:
O,5 g ----- 100 ml
X ------ 100 ml
X= 0,5 g, lembrando-se que 0,5g é o mesmo que 500 mg. Como a questão trabalha com
miligrama vamos trabalhar também.
500 mg – 100 ml
125 mg – x
500X=12500
X= 12500
500
X= 25 ml, logo o gabarito da questão é a letra D.
31. Bradisfigmia, pirexia, hemianópsia são termos utilizados respectivamente para descrever:
(A) frequência cardíaca abaixo do normal, sensação de ardor, ruptura prematura da membrana
amniótica.
(B) frequência cardíaca abaixo do normal, febre, ruptura prematura da membrana amniótica.
(C) frequência cardíaca abaixo do normal, febre, perda da visão em uma das metades do campo
visual.
(D) pulso lento e filiforme, febre, ruptura prematura da membrana amniótica.
(E) pulso lento e filiforme, febre, perda da visão em uma das metades do campo visual.
COMENTÁRIOS:
Vamos relembrar os conceitos solicitados na questão:
Bradisfigmia: pulso filiforme e lento.
Pirexia: estado febril/febre
Hemianópsia: Perda parcial ou completa da visão em uma das metades do campo visual.
(A)Item errado. As três descrições de significado encontram-se erradas.
(B) Item errado. Duas das descrições estão erradas, somente febre está descrito corretamente.
(C) Item errado. Uma das descrições encontra-se errada que é a que fala sobre frequência
cardíaca, os demais estão corretos.
(D) Item errado. Duas descrições corretas e uma errada, pois ruptura prematura da membrana
amniótica é conhecido como Roprema e não como Hemianópsia.
(E) Item correto. Pulso lento e filiforme, febre, perda da visão em uma das metades do campo
visual.
Portanto, o gabarito é a letra E.
32. Idoso, 72 anos, diabético, hipertenso, admitido no setor de geriatria, com escala de coma
de Glasgow de 15 pontos, refere nictúria e em seu regime terapêutico foi incluído Clonidina e
Levodopa. Diante desse caso, um diagnóstico de enfermagem a ser considerado no
estabelecimento do plano de cuidados de enfermagem é:
a) nutrição desequilibrada: menos do que as necessidades corporais.
b) confusão crônica.
c) risco de quedas.
d) integridade da pele prejudicada.
e) percepção sensorial auditiva prejudicada.
COMENTÁRIO:
Vejamos o quadro clinico do idoso:
- diabetes
- hipertensão
- escala de coma de Glasgow de 15 pontos: normal
- nictúria
- regime terapêutico: Clonidina (hipotensor) e Levodopa (tratamento de escolha da Doença
de Parkinson).
Diante do regime terapêutico apresentado (Levodopa), além do diabetes e da hipertensão, o
idoso apresenta mal de Parkinson. A doença de Parkinson é doença neurodegenerativa
caracterizada por sintomas motores (rigidez, bradicinesia, tremor de repouso e instabilidade
postural) e não motores (distúrbios neuropsiquiátricos, do sono, autonômicos e sensitivos). A
levodopa (L-dopa) é a terapia mais eficaz no controle dos sintomas 3.
Portanto, um dos diagnósticos que pode ser considerado é RISCO DE QUEDA.
Sendo assim, o gabarito é a letra C.
3
Tosta E.D. et al. Doença de Parkinson: recomendações. 1. ed. São Paulo: Omnifarma, 2010. Disponível em:
http://neurologiahu.ufsc.br/files/2012/08/Manual-de-recomenda%C3%A7%C3%B5es-da-ABN-em-Parkinson-2010.pdf
34. Homem, 21 anos, tetraplégico por trauma raquimedular há cerca de um ano, foi admitido
no início da manhã na Clínica Médica, para tratamento de infecção de trato urinário. Ele
apresenta-se consciente, orientado, pouco comunicativo, mantendo pressão arterial basal de
90/60mmHg, temperatura axilar de 38,4 C com frequência cardíaca de 102bpm, eupneico,
o
desde a infecção urinária, cálculos vesicais até fístulas penoescrotais, refluxo vésico--ureteral,
hidronefrose e em casos extremos, perda da função renal.
A micção normal envolve complexos mecanismos de integração do sistema nervoso
autônomo (involuntário) e piramidal (voluntário). O ciclo normal de micção deve permitir
armazenamento de urina, percepção de bexiga cheia e eliminação voluntária com baixa pressão
vesical. Para o esvaziamento vesical adequado, deve haver relaxamento voluntário do esfíncter em
sincronia com a contração do detrusor (involuntária). Se o relaxamento do esfíncter externo não é
possível e ocorre contração involuntária do detrusor, há aumento da pressão intravesical com risco
de refluxo vésico ureteral e falência renal a longo prazo por obstrução pós-renal. A estase urinária
leva infecções urinárias de repetição e risco de cálculos urinários.
O manejo da bexiga neurogênica deve garantir esvaziamento vesical a baixa pressão, evitar
estase urinária e perdas involuntárias. Na maior parte dos casos, este esvaziamento deverá ser feito
por cateterismo vesical intermitente, instituído de forma mandatória, independente da realização
precoce do exame de urodinâmica, desde a alta hospitalar.
Infecções do trato urinário são extremamente frequentes nos lesados medulares sendo a
principal doença infecciosa que os acomete tanto na fase aguda quanto na fase crônica da lesão
medular. A principal causa relaciona-se com a retenção e esvaziamento incompleto da bexiga. Os
pacientes que realizam cateterismo vesical intermitente são todos virtualmente colonizados em seu
trato urinário, devendo-se tomar cuidado para o diagnóstico correto de infecção nestes pacientes.
Quando o paciente desenvolve infecções do trato urinário, pode apresentar sinais e sintomas como
mal estar, febre, dor lombar, calafrios, taquicardia.
O comando da questão afirma que, durante o decorrer do dia, o paciente teve boa aceitação
alimentar e hídrica, via oral, com necessidade de auxílio, sem eliminações fisiológicas espontâneas.
Apresenta também sinais e sintomas compatíveis com infecção urinária. Nesses casos, é
recomendado o esvaziamento vesical com sonda de alívio e colocação do paciente na posição
sentada, para auxiliar no esvaziamento vesical.
Isto posto, vamos avaliar as assertivas da questão em relação à conduta imediata a ser adotada
no paciente tetraplégico por trauma raquimedular há cerca de um ano que foi hospitalizado para
tratamento de infecção de trato urinário:
(A) Correta. A conduta imediata a ser adotada é o esvaziamento vesical com sonda de alívio e
colocação do paciente na posição sentada.
(B) Incorreta. A conduta imediata a ser adotada é o esvaziamento vesical com sonda de alívio
e colocação do paciente em posição sentada, e não em decúbito dorsal.
(C) Incorreta. Não são condutas recomendadas a estimulação reto-digital e colocação do
paciente em decúbito lateral esquerdo.
(D) Incorreta. Não são condutas recomendadas a administração de nova dose de anti-térmico
e colocação do paciente na posição sentada.
(E) Incorreta. Não são condutas recomendadas a administração de nova dose de anti-térmico e
colocação do paciente em decúbito dorsal.
Dessa forma, o gabarito é a letra A.
35. Homem, 52 anos, com diagnóstico de hanseníase, com contração muscular sem movimento
em membro superior direito, receberá alta da unidade hospitalar. Qual orientação para o
autocuidado deve constar no plano de alta desse paciente?
(A) Exercícios ativos com resistência.
(B) Exercícios ativos sem resistência.
(C) Alongamento e exercícios ativos, com pouca resistência.
(D) Alongamento e exercícios passivos, com ajuda da mão esquerda.
(E) Alongamento e exercícios passivos, com ajuda da mão direita.
COMENTÁRIOS4:
Caros concurseiros(as), como bem se sabe a hanseníase é uma doença infecto-contagiosa de
evolução lenta que se manifesta principalmente e sinais e sintomas dermatoneurológicos e o grau de
imunidade do individuo acometido é que determina a manifestação clínica e a evolução da doença.
É o comprometimento dos nervos periféricos a característica principal que confere um
grande potencial incapacitante a essa doença. Estas lesões neurais quando não tratadas
precocemente podem levar a incapacidade tais como: mãos e pés insensíveis, que possibilitam
queimaduras, fissuras, úlceras, predispondo a infecções que podem destruir estrutura da pele,
músculo, ossos e assim promover as deformidades. As estruturas oculares também podem ser
acometidas.
4
Fonte: Autocuidado em Hanseníase face, mãos e pés. Brasil, Ministério da saúde, 2010.
36. De acordo com a Lei no. 7.498/1986, regulamentada pelo Decreto n o. 94.406/1987, o
Auxiliar de Enfermagem executa as atividades auxiliares, de nível médio, atribuídas à equipe
de Enfermagem, o que NÃO inclui
(A) emitir parecer sobre matéria de enfermagem.
37. De acordo com a Resolução RDC ANVISA n°. 36/2008, o Serviço de Atenção Obstétrica e
Neonatal deve dispor de materiais e equipamentos para alívio não farmacológico da dor e de
estímulo à evolução fisiológica do trabalho de parto, tal como:
(A) Pinard.
(B) Eletroestimulador.
(C) Espirômetro.
(D) Escada de Ling.
(E) Banheira terapêutica.
COMENTÁRIOS³:
A RDC N° 36, de 03 de junho de 2008, dispõe sobre Regulamento Técnico para
Funcionamento dos Serviços de Atenção Obstétrica e Neonatal. Estipula que o Serviço de Atenção
Obstétrica e Neonatal deve possuir equipamentos, materiais e medicamentos de acordo com sua
complexidade e necessidade de atendimento à demanda. Dentre tais materiais, deve possuir material
necessário para alívio não farmacológico da dor e de estímulo à evolução fisiológica do trabalho de
parto, tais como:
a) barra fixa ou escada de Ling;
b) bola de Bobat ou cavalinho;
A escada de Ling permite a realização de exercícios de agachamento e de levantamento para
mulheres em trabalho de parto, o que ajuda no alívio das dores provocadas pelas contrações.
Figura- ESCALA DE LING
Fonte: <http://noticias.r7.com/distrito-federal/hospital-publico-do-df-utiliza-escada-para-auxiliar-partos-naturais-05032014>
A utilização da bola de Bobat propicia exercícios de vai e vem, de um lado para o outro,
ajudando na mobilidade das articulações da bacia e ajudarão no trabalho de parto.
esses tipos de lâmpadas é recomendado que seja mantido uma distância a cerca de 50 cm do
recém-nascido, devido ao risco de queimaduras.
Item 3. Correto. O uso de fraldas durante a fototerapia deve ser evitado. Estudamos, que
quanto maior a superfície corpórea exposta à luz, maior é a eficácia da fototerapia. Desse modo,
devemos manter o recém-nascido totalmente despido, sem fraldas no momento da fototerapia.
Item 4. Correto. É importante proteger da irradiação a região ocular. Outros cuidados com
os recém-nascidos na fototerapia é o uso de protetores oculares para evitar lesões na retina.
Assim, o gabarito da questão é a letra C.
39. Homem, 44 anos, hipertenso, diabético, portador de insuficiência renal crônica, está
internado na Clínica Médica para tratamento de crise hipertensiva, com dieta hipossódica e
ingestão hídrica limitada a 1500ml por dia. Ontem, estava muito quente e o referido paciente
não aceitou a dieta oferecida, tomou 4 copos de água e meio copo de chá com adoçante.
Recebeu infusão endovenosa de 40ml, evacuou uma vez em pequena quantidade de
consistência semi-pastosa, anúrico. Foi acompanhado ao serviço de hemodiálise, onde atingiu
ultrafiltração objetivada de 4000ml. Ao considerar que os copos da instituição são de 200ml e
não sendo consideradas as perdas insensíveis, o balanço hídrico nesse dia foi de
(A) - 3060ml.
(B) - 3000ml.
(C) + 900ml.
(D) + 1000ml.
(E) + 4900ml.
COMENTÁRIOS:
Esta questão necessita de muita atenção para resolução. Sugiro que quando aparecer uma
questão assim, monte uma mini tabelinha com ganhos e outra com as perdas para que não sejam
perdidos dados na hora dos cálculos. Então vamos montar as mini tabelas para facilitar o
entendimento.
Ganhos Perdas
A questão nos trouxe alguns dados que devem ser levados em consideração para acertamos a
questão:
Os copos da instituição são de 200 ml
Não considerar as perdas insensíveis
Somando os ganhos:
4 copos de agua = 200 ml x 4 = 800 ml
½ copo de chá = 100 ml
Infusão endovenosa = 40 ml
Total = 940 ml
Somando as Perdas:
Hemodiálise = 4000 ml
Como sabemos, o balanço hídrico é realizado através da soma de tudo que foi adicionado ao
paciente (alimentação, medicação, soro etc.), diminuído de tudo que foi eliminado (urina, vômito,
perdas sanguíneas, etc.).
40. Criança, 5 anos de idade, chegou ao serviço hospitalar de emergência com mal-estar
súbito, febre alta, calafrios, próstata, com petéquias pelo corpo, sinais de Brudzinski e Kernig
positivos. Diante desse caso, deve-se estabelecer
(A) isolamento protetor.
(B) apenas precauções padrão.
Kernig
sobre a bacia; ou eleva-se o
bacia, ao se tentar membro inferior em
antifletir a cabeça. extensão, fletindo-o sobre a
bacia após pequena
angulação, há flexão da
perna oposta sobre a coxa.
Essa variante chama-se,
também, manobra de
Laségue.
5
BRASIL. ANVISA. Cartilha de Proteção Respiratória contra Agentes Biológicos para Trabalhadores da Saúde. 1ª
edição. Brasília. 2009.
Fonte: ANVISA.
41. De acordo com a Portaria n°. 104/2011, fazem parte da Lista de Notificação Compulsória
Imediata, surtos ou agregação de casos ou óbitos por:
(A) Poliomielite; Raiva Humana; Sarampo; Rubéola; Tuberculose.
(B) Febre Maculosa; Febre Tifoide; Hanseníase; Tétano; Cólera.
Item D. Difteria; Doença Meningocócica; Doença Transmitida por Alimentos (DTA) em embarcações
ou aeronaves; Influenza Humana; Meningites Virais. Correto. Todas essas doenças e agravos são de
notificação imediata nos casos de surtos ou agregação de casos ou óbitos.
Item E. Febre Amarela; Febre do Nilo Ocidental; Hantavirose; Influenza humana por novo
subtipo; Peste. Incorreto. Nenhuma dessas é de notificação para os casos de surto ou agregação de
casos ou óbito. Contudo, ela é a pegadinha da questão, pois todas são doenças de notificação
compulsória imediata, sendo que na classificação de caso suspeito ou confirmado e não na de surto
ou agregação de casos ou óbitos. ATENÇÃO!
Nesses termos, o gabarito é a letra D.
42. Mulher, 29 anos, 1,65m de altura, 75Kg de peso corporal, tabagista, usuária ativa de
contraceptivo hormonal oral, chegou ao serviço hospitalar de emergência às 8:00h, devido a
um quadro de 30 minutos de evolução caracterizado por algia em membro inferior esquerdo,
associada à aumento do volume, empastamento da panturrilha e cor violácea desta
extremidade. Às 8:30h, o médico a avaliou e a paciente era capaz de caminhar sozinha com
claudicação moderada, mas o pulso distal do membro afetado estava diminuído em relação ao
membro contra-lateral, sendo solicitado vaga na Clínica Médica. Como havia leito disponível
para internação, a paciente foi caminhando em companhia de um dos auxiliares de
enfermagem até o setor de destino, onde foi recebida às 8:50h pelo enfermeiro, que a
acompanhou até seu leito e coletou o histórico de enfermagem. O enfermeiro, no entanto,
precisou retornar ao Posto de Enfermagem para buscar o estetoscópio que havia esquecido na
bancada. Enquanto isso, a paciente decidiu ir ao banheiro para urinar e com muita
dificuldade e extremamente dispneica, ainda conseguiu voltar para o seu leito, mas evoluiu
com Parada Cardiorrespiratória (PCR). Identificada rapidamente pelo enfermeiro quando
esse retornou para terminar o exame físico, foram iniciadas as manobras de Reanimação
Cardiopulmonar (RCP), intubação orotraqueal e, ao ser verificado o ritmo, constatou-se
atividade elétrica sem pulso. Diante desse caso e de acordo com as Diretrizes da American
Heart Association, informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma a seguir e assinale
a alternativa com a sequência correta.
( ) O enfermeiro deve ter feito o reconhecimento da PCR ao verificar que a paciente estava
irresponsiva, sem respiração ou com gasping e sem pulso palpado em 10 segundos.
( ) Na desfibrilação, deve ser utilizada carga de 360J se o desfibrilador for monofásico.
( ) Deve-se considerar a administração de trombolítico na RCP.
( ) Após estabelecimento de via aérea avançada, deve-se manter a relação compressão-
ventilação em 30:2.
(A) F – V – F – V.
(B) V – F – V – F.
(C) V – F – F – F.
(D) F – V – V – V.
(E) F – F – F – V.
COMENTÁRIOS:
Caros alunos. Esse tipo de questão pode assustar a primeira vista, considerando o enunciado
que é extremamente longo. Entretanto, vocês devem grifar as informações mais importantes, que
serão usadas para respondê-la. Nesse caso, essas informações são:
mulher, tabagista, usuária ativa de contraceptivo hormonal oral, algia (dor) em membro
inferior esquerdo, associada à aumento do volume, empastamento da panturrilha e cor
violácea desta extremidade, pulso distal do membro afetado estava diminuído em relação ao
membro contra-lateral => a paciente provavelmente apresenta um quadro de TVP (trombose
venosa profunda);
paciente evoluiu com Parada Cardiorrespiratória (PCR);
a PCR foi identificada rapidamente pelo enfermeiro e foram iniciadas as manobras de
Reanimação Cardiopulmonar (RCP);
intubação orotraqueal;
ao ser verificado o ritmo, constatou-se atividade elétrica sem pulso.
A atividade elétrica sem pulso (AESP) representa um grupo heterogêneo de ritmos
organizados e semiorganizados, mas sem pulso palpável. Na AESP existe atividade mecânica,
porém essas contrações não produzem débito cardíaco suficiente para produzir uma pressão
sanguínea detectável pelos métodos clínicos usuais. O principal ponto crítico nestas arritmias é que
elas estão frequentemente associadas a um estado clínico específico, que pode ser revertido quando
identificado precocemente e tratado apropriadamente. A ausência de pulso detectável e a presença
de algum tipo de atividade elétrica definem este grupo de arritmias.
Possíveis causas reversíveis de PCR
Hs Ts
- Hipóxia - Toxinas/tóxicos
- Hipovolemia - Tamponamento cardíaco
- Tensão no tórax (pneumotórax
- Hidrogênio (acidose)
hipertensivo)
- Trombose (coronária ou
- Hiper/hipocalemia
pulmonar)
- Hipotermia - Trauma
Fonte: Suporte Avançado de Vida em Cardiologia (ACLS)/AHA; SBC (adaptado).
44. Para algumas medicações, há possibilidade de reversão de seus efeitos com outras drogas.
Desse modo, o antídoto para a varfarina é
(A) flumazenil.
(B) fitomenadiona.
(C) protamina.
(D) naloxane.
(E) ácido ascórbico.
COMENTÁRIOS:
Para responder essa questão é essencial que tenhamos conhecimento de farmacologia. Para
tanto, veremos a seguir as indicações de cada uma das alternativas de acordo com o que diz as bulas
de cada substância.
FLUMAZENIL
Ação: antagonista benzodiazepínico que bloqueia especificamente, por inibição competitiva, osefeitos
centrais das substâncias que agem ao nível dos receptores benzodiazepínicos.
PROTAMINA
Ação: As protaminas são proteínas de baixo peso molecular, com uma elevada proporção de arginina e são
extraídas dos testículos de diversas espécies de salmão. As protaminas combinam-se com a heparina, formando
complexos inativos destituídos de ação anticoagulante. Administrada isoladamente, a protamina pode apresentar um
efeito anticoagulante.
Indicações: é indicado para reversão completa ou parcial da depressão causada por opioide, inclusive
depressão respiratória, induzida por ingestão de narcóticos opioides naturais ou sintéticos, como propoxifeno, metadona
e certos analgésicos agonistas-antagonistas como nalbufina, pentazocina, butorfanol e ciclazocina. É também indicado
para o diagnóstico de superdosagem aguda suspeita ou conhecida por opioides.
ÁCIDO ASCÓRBICO
Interação com a varfarina sódica pode ocorrer aumento do tempo de protrombina
Indicações: profilaxia e tratamento da carência de vitamina C devido a suprimento deficiente, ou por
aumento das necessidades, como ocorre nas gripes e resfriados e nos casos de ferimentos intensos, queimaduras
profundas, fraturas e infecções crônicas. Na profilaxia e tratamento do escorbuto, da metemoglobinemiaidiopática, da
cárie dentária, da desnutrição, das infecções em geral e como acidificante da urina.
A partir dessas informações, podemos verificar que a alternativa correta é o item B, ou seja, o
antagonista da varfarina é o Fitomenadiona.
45. Dentre os cuidados para prevenção de infecção do trato urinário relacionado ao catéter
vesical de demora está
(A) evitar fixá-lo à pele para que não ocorra tração à movimentação.
(B) manter sempre a bolsa coletora acima do nível da bexiga.
(C) esvaziar a bolsa coletora regularmente, utilizando recipiente coletor individual e evitar contato
do tubo de drenagem com o recipiente coletor.
(D) higienizar o meato uretral com solução antisséptica, no mínimo, duas vezes por dia.
(E) fechar previamente o catéter antes da sua remoção.
COMENTÁRIOS:
De acordo com o Manual da Anvisa - Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à
Assistência à Saúde (2013), as recomendações são as seguintes:
Após a inserção, fixar o cateter de modo seguro e que não permita tração ou
movimentação;
Manter o sistema de drenagem fechado e estéril;
Não desconectar o cateter ou tubo de drenagem, exceto se a irrigação for necessária;
Trocar todo o sistema quando ocorrer desconexão, quebra da técnica asséptica ou
vazamento;
Para exame de urina, coletar pequena amostra através de aspiração de urina com agulha
estéril após desinfecção do dispositivo de coleta:
o Levar a amostra imediatamente ao laboratório para cultura.
Para coleta de grandes volumes de urina para exames específicos (não urocultura),
obtenha a amostra da bolsa coletora de forma asséptica;
o Manter o fluxo de urina desobstruído;
Esvaziar a bolsa coletora regularmente, utilizando recipiente coletor individual e
evitar contato do tubo de drenagem com o recipiente coletor;
Manter sempre a bolsa coletora abaixo do nível da bexiga;
Limpar rotineiramente o meato uretral com soluções antissépticas é desnecessário, mas
a higiene rotineira do meato é indicada;
Não é necessário fechar previamente o cateter antes da sua remoção.
Analisando todos os itens:
(A) Item incorreto. Após a inserção do cateter você deve fixa-lo.
(B) Item incorreto. Manter sempre a bolsa coletora abaixo do nível da bexiga;
(C) Item correto.
(D) Item incorreto. A recomendação correta seria a seguinte: limpar rotineiramente o meato
uretral com soluções antissépticas é desnecessário, mas a higiene rotineira do meato é indicada
(E) Item incorreto. A recomendação sobre este tópico é a de que não é necessário fechar
previamente o cateter antes da sua remoção.
Deste modo, o gabarito da questão é a letra C.
46. Homem, 48 anos, em tratamento de hemorragia digestiva alta. Na Clínica Médica, recebe,
a cada 12 horas, 2 unidades de plasma fresco congelado e, diante do resultado do hemograma,
também teve indicação de 2 unidades de concentrado de hemácias ontem. Durante a infusão
da segunda unidade de concentrado de hemácias, apresentou febre alta associada à
taquicardia e calafrios. A conduta diante desse caso NÃO inclui
(A) interromper imediatamente a transfusão e comunicar o médico.
(B) retirar o acesso venoso periférico utilizado.
(C) verificar sinais vitais.
(D) manter equipo e bolsa intactos e encaminhá-los ao serviço de hemoterapia.
(E) coletar e enviar uma amostra de sangue do paciente pós-transfusional junto com a bolsa e o
equipo para o serviço de hemoterapia.
COMENTÁRIOS6:
Caríssimos, essa questão traz como tema a conduta adequada diante da reação transfusional.
Para respondê-la vamos relembrar um pouco sobre esse tipo de reação.
Quadro: Tipos de reação transfusional
IMUNE NÃO IMUNE
IMEDIATA (<24h) - Reação febril não-hemolítica - Sobrecarga volêmica
(RFNH) - Contaminação bacteriana
- Reação hemolítica aguda (rha) - Hipotensão por inibidores da ECA
- Reação alérgica (leve, - Hemólise não imune
moderada, grave) - Hipocalcemia
- TRALI (Transfusion Related - Embolia pulmonar
Lung Injury - hipotermia
Febre com ou sem calafrios (definida como elevação de 1°C na temperatura corpórea),
associada à transfusão; Calafrios com ou sem febre; Dor no local da infusão, torácica ou abdominal;
Alterações agudas na pressão arterial, tanto hipertensão como hipotensão; Alterações respiratórias
como: dispneia, taquipneia, hipóxia; sibilos; Alterações cutâneas como: prurido, urticaria, edema
localizado ou generalizado; Náusea, com ou sem vômitos.
Conduta Clínica
Interromper imediatamente a transfusão e comunicar o médico responsável pela
transfusão.
Manter acesso venoso com solução salina a 0,9%.
Verificar sinais vitais e observar o estado cardiorrespiratório.
Verificar todos os registros, formulários e identificação do receptor.
Verificar à beira do leito, se o hemocomponente foi corretamente administrado ao
paciente desejado.
Avaliar se ocorreu a reação e classificá-la, a fim de adequar a conduta específica.
6
Essa questão usou como referência o Guia para o uso de Hemocomponentes do ministério da saúde (BRASIL, 2010).
47. Raphaello, 26 anos, com pneumotórax por fratura de arcos costais à direita, ocasionados
por queda de cavalo no Rodeio, encontrava-se internado na Clínica Cirúrgica, com escala de
coma de Glasgow de 15 pontos, deambulando, ainda com dreno torácico em hemitórax
direito. Como em todos os seus plantões, o enfermeiro da manhã passava visita a todos os
pacientes internados no setor e, ao conversar com Raphaello o mesmo pediu-lhe permissão
para tomar banho mais cedo, porque estava muito quente. O enfermeiro autorizou e
perguntou ao paciente se ele precisava de ajuda e o mesmo respondeu-lhe que não. No
entanto, ao levantar da cama, o paciente não percebeu que o dreno estava enroscado na grade
e, acidentalmente, houve saída do dreno torácico. O enfermeiro ainda estava no quarto e
presenciou a ocorrência. Ao considerar que não há fístula aérea, a conduta imediata é
(A) ocluir rapidamente o orifício do dreno.
(B) ocluir o orifício na inspiração e abrir na expiração.
(C) ocluir o orifício na expiração e abrir na inspiração.
(D) pedir para o paciente prender a respiração e buscar material para curativo compressivo.
(E) pedir para o paciente respirar calmamente e buscar material para curativo oclusivo.
COMENTÁRIOS:
O fator responsável pela entrada e saída de ar dos pulmões é o gradiente de pressão gerado
pela movimentação da caixa torácica. Esse gradiente, transmitido através do espaço pleural (espaço
compreendido entre as pleuras parietal e visceral) que mantém sempre uma pressão negativa, faz
com que mesmo em repouso os pulmões permaneçam expandidos.
Inúmeras causas como traumas, atos cirúrgicos e doenças pleurais podem provocar acumulo
de gás ou líquido na cavidade pleural alterando esse sistema pressórico, determinando colapso
pulmonar e insuficiência respiratória de intensidade varável. Nessas situações uma drenagem
pleural está indicada.
A drenagem torácica tem como objetivo a manutenção ou restabelecimento da pressão
negativa do espaço pleural. Ela é responsável pela remoção de ar, líquidos e sólidos (fibrina) do
espaço pleural ou mediastino, que podem ser resultantes de processos infecciosos, trauma,
procedimentos cirúrgicos entre outros.
O funcionamento do sistema é simples: uma vez introduzido na cavidade pleural, o dreno é
conectado ao restante do sistema, que ficará submetido às mesmas variações de pressão que
ocorrem na caixa torácica. A válvula unidirecional, criada pela submersão do tubo longo na coluna
líquida, permitirá a transferência de líquido ou ar da cavidade pleural para o frasco valvular
(coletor) quando a pressão intrapleural aumentar (durante a expiração), porém o fluxo no sentido
inverso será bloqueado quando esta pressão diminuir (na inspiração).
A saída acidental de um dreno de tórax nunca deveria ocorrer! Por isso é fundamental que o
mesmo esteja adequadamente fixado. Se ocorrer saída acidental do dreno em paciente que não tem
fístula aérea:
ocluir RAPIDAMENTE o orifício do dreno; não fique esperando material de curativo, use o
que tiver às mãos (lençol, toalha, etc.) ou simplesmente aproxime as bordas do orifício com
os dedos;
avisar o médico responsável;
fazer curativo compressivo;
não deixe o paciente sozinho; procure tranquilizá-lo;
administrar O2 se o paciente apresentar desconforto respiratório.
Dito isso, o gabarito é a assertiva A.
48. Em reunião dos enfermeiros, Marina e Marília estavam solicitando férias para o mês de
janeiro, mas só uma poderia gozar desse benefício devido à quantidade de atestados médicos
no setor. Como critério definido em reunião setorial prévia, o profissional que possui mais
tempo de serviço na instituição tem preferência na escolha do período de férias, mas os que
não são beneficiados costumam instigar discussões e dar justificativas para merecer a
concessão. Mesmo trabalhando há mais tempo do que Marília, Marina abriu mão de gozar
suas férias como havia solicitado, para prevenir aborrecimentos e frustrações, já que não
gostava muito da postura que a colega costumava adotar. Diante desse caso, a estratégia de
gerenciamento de conflito adotada por Marina foi:
(A) Amenização.
(B) Compromisso.
(C) Competição.
(D) Evitação.
(E) Acomodação.
COMENTÁRIOS:
O conflito é inerente à vida em sociedade, associado a divergências ou a incompatibilidades
entre pessoas ou grupos, dentro e fora das organizações. Sabemos que, em ambientes profissionais,
ele pode ser causado por fatores externos aos indivíduos, como disputas por recursos e cargos, ou
mesmo por fatores internos a cada pessoa, de ordem subjetiva e emocional, como expectativas,
interpretações, ideias e motivações.
Em uma organização, contudo, o conflito não é necessariamente algo negativo ou
disfuncional. Sendo um fenômeno inevitável, torna-se necessária a sua gestão e compreensão, para
que as suas vantagens sejam aproveitadas e os seus efeitos danosos sejam diminuídos ou anulados.
Essa administração do conflito só é possível a partir da identificação das causas que o geraram.
Falaremos um pouco mais sobre alguns estilos de gestão de conflitos e suas características:
Gerenciar conflitos na enfermagem consiste em tratar os conflitos na medida em que estes
aparecem (reativamente), ou atuar antes que o conflito apareça para minimizar o impacto
(proativamente). Cabe ao enfermeiro criar soluções, minimizar as diferenças de percepção entre os
envolvidos, gerenciar a diversidade, saber ouvir e saber falar (se expressar) tratar as pessoas com
respeito e de modo inteligente, compreendendo que as diferenças podem conduzir a um crescimento
pessoal e profissional. A partir destas atitudes, o enfermeiro frente a uma situação de conflito tem
como objetivo criar uma solução que seja satisfatória para todos os envolvidos, o que nem sempre é
possível.
Para lidar com conflito temos que conhecê-lo, saber qual é a sua amplitude e como estamos
preparados para lidar com ele. De modo geral os autores, apesar de darem nomes diferenciados,
consideram que existem algumas estratégias que são mais utilizadas na solução dos conflitos, o que
apresentaremos de modo resumido a seguir:
• Comprometimento/compromisso: ambas as partes envolvidas no conflito abrem mão de
alguma coisa para que se possa caminhar na direção da solução do conflito.
• Evitação/evitamento: é quando as partes envolvidas não encaram o conflito fazendo a
opção por não reconhecer ou não tentar solucionar o conflito.
• Acomodação-suavização/cooperação: uma das partes abre mão de suas crenças e permite a
vitória da outra parte. Não há solução do problema que levou ao conflito.
• Competição: uma das partes consegue o que quer pela força ou poder, modalidade do tipo
perde-ganha, causa frustração e desejo de vingança.
• Amenização: é quando se busca mais as semelhanças do que as diferenças, de modo a
abrandar e reduzir o componente emocional presente no conflito, também não leva a resolução do
verdadeiro conflito.
• Colaboração: método cooperativo e positivo, solução do conflito de forma conjunta, através
de um comum acordo, forma assertiva de resolver um conflito, pois todas as partes vencem. Deve-
se deixar as metas originais de lado e trabalhar juntos para estabelecer novas metas comuns.
Diante do exposto, a alternativa correta é a letra E: uma das partes abre mão de suas crenças
(Marina abriu mão de gozar suas férias) e permite a vitória da outra parte. Não há solução do
problema que levou ao conflito.
49. Paciente tem prescrição médica de Epinefrina 0,5ml SC agora. Na instituição há seringa
de 100 unidades. Quantas unidades correspondem ao volume prescrito?
(A) 5.
(B) 10.
(C) 25.
(D) 50.
(E) 100.
COMENTÁRIOS:
Vamos relembrar a formula da seringa de insulina.
Fórmula :
Frasco ------------ seringa
Prescrição --------X
Seringa: 100 ui
Prescrição: 0,5 ml
Frasco: 1 ml. Mas professora, em qual lugar está escrito que o frasco tem 1 ml? Caros
concurseiros, o examinador queria que vocês soubessem que toda ampola de epinefrina (adrenalina)
só contém 1 ml. Não existe outra apresentação.
1 ml -----100
0,5 ------x
1X=0,5. 100
X= 50
1
X= 50 UI.
Portanto, o gabarito da questão é a letra D.
50. De acordo com a Resolução COFEN n°. 311/2007, na Seção I - das relações com a pessoa,
família e coletividade, constitui direito do profissional de enfermagem
(A) assegurar à pessoa, família e coletividade assistência de enfermagem livre de danos decorrentes
de imperícia, negligência ou imprudência.
(B) aprimorar os conhecimentos técnicos, científicos, éticos e culturais, em benefício da pessoa,
família e coletividade e do desenvolvimento da profissão.
(C) recusar a execução de atividades que não sejam de sua competência técnica, científica, ética e
legal ou que não ofereçam segurança ao profissional, à pessoa, família e coletividade.
(D) encaminhar a pessoa, família e coletividade aos serviços de defesa do cidadão, nos termos da
lei.
(E) participar da prática multiprofissional e interdisciplinar com responsabilidade, autonomia e
liberdade.
COMENTÁRIOS:
Queridos concurseiros de plantão, vamos analisar cada item.
Lembrem-se a questão solicita um DIREITO do profissional de enfermagem referente a
Seção I - das relações com a pessoa, família e coletividade.
Item A - assegurar à pessoa, família e coletividade assistência de enfermagem livre de danos
decorrentes de imperícia, negligência ou imprudência.
Item não atende ao comando da questão, pois menciona uma responsabilidade do
profissional, conforme artigo 12 do código de ética dos profissionais de enfermagem.
Item B - aprimorar os conhecimentos técnicos, científicos, éticos e culturais, em benefício da
pessoa, família e coletividade e do desenvolvimento da profissão.
Item menciona uma responsabilidade do profissional de enfermagem, conforme artigo 14 do
código de ética dos profissionais de enfermagem.
Item C - recusar a execução de atividades que não sejam de sua competência técnica,
científica, ética e legal ou que não ofereçam segurança ao profissional, à pessoa, família e
coletividade.
Item correto, pois atende ao que foi solicitado no enunciado da questão. O art. 10 do código
de ética menciona que é um direito do profissional de enfermagem “recusar a execução de
atividades que não sejam de sua competência técnica, científica, ética e legal ou que não ofereçam
segurança ao profissional, à pessoa, família e coletividade”.
Item D - encaminhar a pessoa, família e coletividade aos serviços de defesa do cidadão, nos
termos da lei.
O art. 23 do código de ética dos profissionais de enfermagem trata de responsabilidades e
deveres da SEÇÃO I - DAS RELAÇÕES COM A PESSOA, FAMILIA E COLETIVIDADE.
Item E - participar da prática multiprofissional e interdisciplinar com responsabilidade,
autonomia e liberdade.
Conforme o artigo 36 do código de ética, trata-se de um direito do profissional. No entanto, é
mencionado na SEÇÃO II -DAS RELAÇÕES COM OS TRABALHADORES DE
ENFERMAGEM, SAÚDE E OUTROS DIREITOS.
Atenção para comando da questão!
Foi solicitado um DIREITO do profissional de enfermagem referente a Seção I - das
relações com a pessoa, família e coletividade.
Portanto, gabarito C.
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A AOCP novamente castigou muitos candidatos! Mas, com vocês, será diferente. Mantenham
a força. A APROVAÇÃO está próxima.
Professores do site www.romulopassos.com.br.
REFERÊNCIAS:
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. ANVISA. Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à
Assistência à Saúde. Módulo 4 – Segurança do paciente e Qualidade em Serviço de Saúde. 2013.
(2013).
_________.___________.__________. Cartilha de Proteção Respiratória contra Agentes Biológicos para
Trabalhadores da Saúde. 1ª edição. Brasília:2009.
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de
Vigilância Epidemiológica. Doenças infecciosas e parasitárias: guia de bolso / Ministério da
Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. – 8. ed.
rev. – Brasília : Ministério da Saúde, 2010. 444 p. : Il. – (Série B. Textos Básicos de Saúde).
TIMBY, B. K. Assistência prestada ao pacientes com arritmias cardíacas. In: TIMBY, B. K.
Enfermagem-Medico-cirurgico. 8ª ed. Manole, 2005.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção
Especializada.Guia para o uso de hemocomponentes / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à
Saúde, Departamento de Atenção Especializada. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2010.
140 p.