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ENFERMAGEM

HU-UFMT (AOCP) – 2014


Prova Comentada dowww.romulopassos.com.br

Material de Divulgação

[CURSO ESPECÍFCO DE ENFERMAGEM PARA OS


HOSPITAIS UNIVERSITÁRIOS/EBSERH]
16 PROVAS COMENTADAS

Um novo olhar sobre a preparação


para concursos na área da saúde.

CURSO ESPECÍFCO DE ENFERMAGEM PARA OS HOSPITAIS Página 1


UNIVERSITÁRIOS/EBSERH
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Não poderia deixar de convidá-las (os) para as grandes revisões finais de


Enfermagem que serão ministradas pelo Professor Rômulo Passos em
Fortaleza–CE e Salvador-BA.
Nos eventos, o Professor Rômulo abordará os principais temas relativos
aos conhecimentos específicos de Enfermagem sob a ótica das bancas AOCP e
IADES respectivamente.
Serão grandes oportunidades para revisarmos de maneira esquematizada
e objetiva as questões mais relevantes para os concursos dos Hospitais das
Universidades Federais do Ceará e da Bahia.
E para esquentar os tambores liberamos gratuitamente mais uma prova
comentada na íntegra. A prova faz parte do nosso curso específico em PDF
para os concursos dos Hospitais Universitários. O curso encontra-se disponível
em www.romulopassos.com.br, e é formado por 16 provas comentadas na
íntegra, referentes aos últimos concursos dos Hospitais Universitários.
Essas aulas estão sendo disponibilizada gratuitamente para todos que
acompanham o trabalho do Núcleo de Estudos Professor Rômulo Passos e
especialmente para aqueles que lutarão por uma vaga nos concursos dos
Hospitais da UFC e UFBA.
O direito de estudar por materiais de qualidade é de todos,
independentemente do poder aquisitivo de cada um. Os cursos preparatórios
não precisam e não devem custar tão caro. Essa é a filosofia de trabalho do
núcleo de estudos Professor Rômulo Passos.

Bons estudos!
Professora Olívia Brasileiro
Diretora da empresa Brasileiro & Passos Preparatório.
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REVISÃO FINAL FORTALEZA – CE


Abordagem esquematizada e objetiva dos temas mais relevantes abordados pela
banca AOCP.
Local do evento: Master Concursos (Rua Maria Tomásia, 22 - Aldeota - Fortaleza-CE -
(85) 3208.2222.
Data: 26 e 27 de abril.
Incrições: na sede do Master Concursos.
Saiba Mais em: http://masterconcurso.com.br/cursos-presenciais/781-curso-de-
enfermagem-reta-final---concurso-do-hu-ufc
VAGAS LIMITADAS, GARANTA JÁ A SUA!

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REVISÃO FINAL – SALVADOR – BA

Abordagem esquematizada e objetiva dos temas mais relevantes abordados pela


banca IADES.
Local do evento: Centro de Convenções da Bahia - Salvador-BA.
Data: 02 e 03 de maio.
Incrições: pelo site www.romulopassos.com.br
Saiba Mais em: http://goo.gl/LYxOzp
VAGAS LIMITADAS, GARANTA JÁ A SUA!

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Aula nº 10 - Prova Comentada do HU-UFMT - AOCP – Cargo Enfermeiro

Olá, amigo (a) concurseiro (a)!


Seja bem-vindo (a) mais uma aula do nosso curso “Enfermagem para os HUs/EBSERH –
Provas Comentadas”.
Seguindo a mesma abordagem das provas do HU-UFGD e HU-UFES, esta prova da AOCP
foi complexa. Em linhas gerais, a prova foi bem elaborada e poucas questões podem ser anuladas.
Nossa equipe de professores elaborou comentários detalhados para que vocês possam se
familiarizar com a nova abordagem da AOCP e direcionar a sua preparação.
Primeiramente, sugerimos que resolvam as questões. No final da aula, poderão conferir os
comentários.
Vamos ao que interessa: se joguem nos estudos para serem aprovados (as) nos concursos da
EBSERH.

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Lista de Questões

26. Assinale a alternativa cujo procedimento de enfermagem seja mais apropriado à situação.
(A) Homem, 21 anos, deu entrada no Pronto Socorro após atropelamento, com escala de coma de
Glagow de 3 pontos, intubado no local da ocorrência, apresentando-se na admissão com hematoma
periorbital, otorreia e rinorragia serossanguinolenta; à indicação de passagem de sonda para
esvaziamento gástrico, foi passado sonda nasogástrica de polietileno.
(B) Criança, 8Kg de peso corporal, acompanhada no Ambulatório de Hematologia, tem indicação
de Complexo de Hidróxido de Ferro III Polimaltosado (Ferro III 100mg/2ml) 1ml IM a cada 2 dias;
na primeira aplicação, foi puncionado quadrante superior externo do glúteo direito com técnica em
Z.
(C) Mulher, 67 anos, 1,50m de altura, 38Kg de peso corporal, com sequela de acidente vascular
cerebral isquêmico há 2 anos, encontra-se internada na Clínica Médica devido à desidratação e
desnutrição grave, recebendo nutrição parenteral total associada à dieta enteral hipercalórica via
sonda nasoenteral, com indicação de Fitomenadiona 10mg/1ml 1 ampola IM, 2 vezes por semana;
na primeira aplicação foi puncionado região deltoide direita com introdução de agulha 25x0,7mm a
90o.
(D) Mulher, 49 anos, em quimioterapia ambulatorial após mastectomia com esvaziamento axilar à
direita, foi admitida na Clínica Médica para tratamento de leucopenia febril, sendo indicado
Cefepime 1g EV 8/8 horas; para administração de medicações endovenosas foi puncionado catéter
venoso periférico em membro ipsilateral à cirurgia mamária.
(E) Homem, 59 anos, portador de insuficiência renal crônica, com uma fístula artério-venosa em
membro superior direito trombosada e duas no membro superior esquerdo em que apenas uma é
funcionante para realização de 3 sessões de hemodiálise semanais, encontra-se internado na Clínica
Médica devido crise hipertensiva; ao controle de sinais vitais de horário, foi aferida pressão arterial
pelo método palpatório-auscultatório de artéria basílica esquerda.

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27. Quanto aos procedimentos adequados para cada caso, de acordo com a Portaria n°.
3.318/2010, assinale a alternativa correta.
(A) Trabalhador rural, 48 anos, com ferimento penetrante grave em região plantar, provocado por
prego enferrujado, com comprovação de vacina adsorvida difteria e tétano há 7 anos: Programar
dose de reforço para daqui 3 anos.
(B) Prematuro, nascido com 34 semanas e 1.950g de peso ao nascer: Administrar vacina contra
Hepatite B (recombinante) com 0, 1, 2 e 6 meses de vida.
(C) Recém-nascido a termo, de mãe portadora da hepatite B: Não administrar a vacina contra
Hepatite B e administrar imunoglobulina humana anti-hepatite B\ (HBIG) nas primeiras 12 horas do
nascimento ou, no máximo, até sete dias de vida.
(D) Recém-nascido a termo, sem complicações obstétricas: Administrar ao nascimento vacina BCG
e a primeira dose das vacinas contra Hepatite B (recombinante) e meningocócica C conjugada.
(E) Parturiente, 39 semanas de idade gestacional, com registro de última de vacina adsorvida
difteria e tétano há 12 anos: Administrar dose de reforço antes do parto.

28. De acordo com a Portaria n°. 1.600/2011, que reformula a Política Nacional de Atenção à
Urgências e institui a Rede de Atenção às Urgências no Sistema Único de Saúde (SUS), o
componente hospitalar será constituído por
(A) unidades de Pronto Atendimento 24 horas, enfermarias de retaguarda, leitos de cuidados semi-
intensivos, leitos de cuidados intensivos, serviços de diagnóstico por imagem e de laboratório e
pelas linhas de cuidados prioritárias.
(B) unidades de Pronto Atendimento 24 horas, enfermarias de retaguarda, leitos de cuidados
intermediários, leitos de cuidados intensivos, serviços de diagnóstico por imagem e pelos
laboratórios.
(C) enfermarias de retaguarda, leitos de cuidados intensivos, serviços de diagnóstico por imagem e
de laboratório e pelos Centros Cirúrgicos.
(D) portas hospitalares de urgência, enfermarias de retaguarda, leitos de cuidados intensivos,
serviços de diagnóstico por imagem e pelos laboratórios.
(E) portas hospitalares de urgência, enfermarias de retaguarda, leitos de cuidados intensivos,
serviços de diagnóstico por imagem e de laboratório e pelas linhas de cuidados prioritárias.

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29. Homem, 38 anos, ao ser admitido na Clínica Cirúrgica para realização de herniorrafia
eletiva, foi puncionado catéter venoso periférico de poliuretano em antebraço esquerdo. Entre
os cuidados com esse catéter, é recomedado
(A) trocar o catéter a cada 72 horas.
(B) manter a permeabilidade do catéter com solução de heparina após o uso.
(C) proteger o sítio de inserção do catéter com fita hipoalergênica.
(D) trocar diariamente o curativo do catéter.
(E) utilizar cobertura estéril semi-oclusiva ou membrana transparente semi-permeável.

30. Médico prescreveu para criança internada na Pediatria: Metronidazol 125mg EV a cada 8
horas. Na instituição, há disponível Metronidazol 0,5% com 100ml de solução injetável. Para
execução da prescrição, quantos ml da droga serão necessários?
(A) 5.
(B) 10.
(C) 12,5.
(D) 25.
(E) 50.

31. Bradisfigmia, pirexia, hemianópsia são termos utilizados respectivamente para descrever:
(A) frequência cardíaca abaixo do normal, sensação de ardor, ruptura prematura da membrana
amniótica.
(B) frequência cardíaca abaixo do normal, febre, ruptura prematura da membrana amniótica.
(C) frequência cardíaca abaixo do normal, febre, perda da visão em uma das metades do campo
visual.
(D) pulso lento e filiforme, febre, ruptura prematura da membrana amniótica.
(E) pulso lento e filiforme, febre, perda da visão em uma das metades do campo visual.

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32. Idoso, 72 anos, diabético, hipertenso, admitido no setor de geriatria, com escala de coma
de Glasgow de 15 pontos, refere nictúria e em seu regime terapêutico foi incluído Clonidina e
Levodopa. Diante desse caso, um diagnóstico de enfermagem a ser considerado no
estabelecimento do plano de cuidados de enfermagem é:
a) nutrição desequilibrada: menos do que as necessidades corporais.
b) confusão crônica.
c) risco de quedas.
d) integridade da pele prejudicada.
e) percepção sensorial auditiva prejudicada.

33. Paciente internado na Clínica Médica apresenta ferida de aproximadamente 8cm de


diâmetro com o leito recoberto com tecido hipergranulado. O produto mais indicado no
tratamento dessa ferida é
(A) placa hidrocelular.
(B) placa de polímeros de carboximetilcelulose.
(C) gel hipertônico a base de sódio a 20%.
(D) malha de acetato de celulose com emulsão de petrolato.
(E) Ácido graxo essencial.

34. Homem, 21 anos, tetraplégico por trauma raquimedular há cerca de um ano, foi admitido
no início da manhã na Clínica Médica, para tratamento de infecção de trato urinário. Ele
apresenta-se consciente, orientado, pouco comunicativo, mantendo pressão arterial basal de
90/60mmHg, temperatura axilar de 38,4 C com frequência cardíaca de 102bpm, eupneico,
o

sendo puncionado acesso venoso periférico em membro superior esquerdo para


administração de anti-térmico e início de esquema antimicrobiano prescrito pelo médico.
Durante o decorrer do dia teve boa aceitação alimentar e hídrica, via oral, com necessidade de
auxílio, sem eliminações fisiológicas espontâneas, sendo mantido no leito, com mudança de
decúbito realizada pela equipe de enfermagem a cada duas horas. No final da tarde,
apresentava-se sudoreico, com faces ruborizadas, piloereção, dilatação das pupilas,

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queixando-se de cefaleia, com pressão arterial de 130/80mmHg, frequência cardíaca de


110bpm, discreto aumento da frequência respiratória e temperatura axilar de 37,5ºC. Diante
desse quadro, a conduta imediata a ser adotada é
(A) o esvaziamento vesical com sonda de alívio e colocação do paciente na posição sentada.
(B) o esvaziamento vesical com sonda de alívio e colocação do paciente em decúbito dorsal.
(C) o estimulação reto-digital e colocação do paciente em decúbito lateral esquerdo.
(D) a administração de nova dose de anti-térmico e colocação do paciente na posição sentada.
(E) a administração de nova dose de anti-térmico e colocação do paciente em decúbito dorsal.

35. Homem, 52 anos, com diagnóstico de hanseníase, com contração muscular sem movimento
em membro superior direito, receberá alta da unidade hospitalar. Qual orientação para o
autocuidado deve constar no plano de alta desse paciente?
(A) Exercícios ativos com resistência.
(B) Exercícios ativos sem resistência.
(C) Alongamento e exercícios ativos, com pouca resistência.
(D) Alongamento e exercícios passivos, com ajuda da mão esquerda.
(E) Alongamento e exercícios passivos, com ajuda da mão direita.

36. De acordo com a Lei n o. 7.498/1986, regulamentada pelo Decreto n o. 94.406/1987, o


Auxiliar de Enfermagem executa as atividades auxiliares, de nível médio, atribuídas à equipe
de Enfermagem, o que NÃO inclui
(A) emitir parecer sobre matéria de enfermagem.
(B) aplicar oxigenioterapia, nebulização, enteroclisma, enema e calor ou frio.
(C) executar tarefas referentes à conservação e aplicação de vacinas.
(D) realizar testes e proceder a sua leitura, para subsídio de diagnóstico.
(E) ministrar medicamentos por via oral e parenteral.

37. De acordo com a Resolução RDC ANVISA n°. 36/2008, o Serviço de Atenção Obstétrica e
Neonatal deve dispor de materiais e equipamentos para alívio não farmacológico da dor e de
estímulo à evolução fisiológica do trabalho de parto, tal como:
(A) Pinard.
(B) Eletroestimulador.

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(C) Espirômetro.
(D) Escada de Ling.
(E) Banheira terapêutica.

38. A fototerapia é a modalidade terapêutica mais utilizada mundialmente para o tratamento


da hiperbilirrubinemia neonatal. Considerando os cuidados com esse tipo de tratamento,
informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma a seguir e assinale a alternativa com a
sequência correta.
( ) Ao utilizar lâmpada fluorescente branca, o foco deve ser posicionado em uma distância mínima
de 50 cm do recém-nascido.
( ) Ao utilizar lâmpada de halogêniotungstênio, o foco deve ser posicionado em uma distância
máxima de 30 cm do recém-nascido.
( ) O uso de fraldas durante a fototerapia deve ser evitado.
( ) É importante proteger da irradiação a região ocular.
(A) V – F – V – V.
(B) F – V – V – V.
(C) F – F – V – V.
(D) F – F – V – F.
(E) V – F – F – V

39. Homem, 44 anos, hipertenso, diabético, portador de insuficiência renal crônica, está
internado na Clínica Médica para tratamento de crise hipertensiva, com dieta hipossódica e
ingestão hídrica limitada a 1500ml por dia. Ontem, estava muito quente e o referido paciente
não aceitou a dieta oferecida, tomou 4 copos de água e meio copo de chá com adoçante.
Recebeu infusão endovenosa de 40ml, evacuou uma vez em pequena quantidade de
consistência semi-pastosa, anúrico. Foi acompanhado ao serviço de hemodiálise, onde atingiu
ultrafiltração objetivada de 4000ml. Ao considerar que os copos da instituição são de 200ml e
não sendo consideradas as perdas insensíveis, o balanço hídrico nesse dia foi de
(A) - 3060ml.
(B) - 3000ml.
(C) + 900ml.
(D) + 1000ml.

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(E) + 4900ml.
40. Criança, 5 anos de idade, chegou ao serviço hospitalar de emergência com mal-estar
súbito, febre alta, calafrios, próstata, com petéquias pelo corpo, sinais de Brudzinski e Kernig
positivos. Diante desse caso, deve-se estabelecer
(A) isolamento protetor.
(B) apenas precauções padrão.
(C) precauções de contato.
(D) precauções para aerossóis.
(E) precauções para gotículas.

41. De acordo com a Portaria n°. 104/2011, fazem parte da Lista de Notificação Compulsória
Imediata, surtos ou agregação de casos ou óbitos por:
(A) Poliomielite; Raiva Humana; Sarampo; Rubéola; Tuberculose.
(B) Febre Maculosa; Febre Tifoide; Hanseníase; Tétano; Cólera.
(C) Botulismo; Hepatites Virais; Carbúnculo; Dengue; Síndrome da Imunodeficiência Humana
Adquirida.
(D) Difteria; Doença Meningocócica; Doença Transmitida por Alimentos (DTA) em embarcações
ou aeronaves; Influenza Humana; Meningites Virais.
(E) Febre Amarela; Febre do Nilo Ocidental; Hantavirose; Influenza humana por novo subtipo;
Peste.

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42. Mulher, 29 anos, 1,65m de altura, 75Kg de peso corporal, tabagista, usuária ativa de
contraceptivo hormonal oral, chegou ao serviço hospitalar de emergência às 8:00h, devido a
um quadro de 30 minutos de evolução caracterizado por algia em membro inferior esquerdo,
associada à aumento do volume, empastamento da panturrilha e cor violácea desta
extremidade. Às 8:30h, o médico a avaliou e a paciente era capaz de caminhar sozinha com
claudicação moderada, mas o pulso distal do membro afetado estava diminuído em relação ao
membro contra-lateral, sendo solicitado vaga na Clínica Médica. Como havia leito disponível
para internação, a paciente foi caminhando em companhia de um dos auxiliares de
enfermagem até o setor de destino, onde foi recebida às 8:50h pelo enfermeiro, que a
acompanhou até seu leito e coletou o histórico de enfermagem. O enfermeiro, no entanto,
precisou retornar ao Posto de Enfermagem para buscar o estetoscópio que havia esquecido na
bancada. Enquanto isso, a paciente decidiu ir ao banheiro para urinar e com muita
dificuldade e extremamente dispneica, ainda conseguiu voltar para o seu leito, mas evoluiu
com Parada Cardiorrespiratória (PCR). Identificada rapidamente pelo enfermeiro quando
esse retornou para terminar o exame físico, foram iniciadas as manobras de Reanimação
Cardiopulmonar (RCP), intubação orotraqueal e, ao ser verificado o ritmo, constatou-se
atividade elétrica sem pulso. Diante desse caso e de acordo com as Diretrizes da American
Heart Association, informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma a seguir e assinale
a alternativa com a sequência correta.
( ) O enfermeiro deve ter feito o reconhecimento da PCR ao verificar que a paciente estava
irresponsiva, sem respiração ou com gasping e sem pulso palpado em 10 segundos.
( ) Na desfibrilação, deve ser utilizada carga de 360J se o desfibrilador for monofásico.
( ) Deve-se considerar a administração de trombolítico na RCP.
( ) Após estabelecimento de via aérea avançada, deve-se manter a relação compressão-
ventilação em 30:2.
(A) F – V – F – V.
(B) V – F – V – F.
(C) V – F – F – F.
(D) F – V – V – V.
(E) F – F – F – V.

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43. Idoso, 67 anos, internado na Clínica Médica, apresentou bloqueio atrioventricular de 2º


grau Mobitz II com indicação de marcapasso transcutâneo. Esse marcapasso também é
denominado como
(A) transtorácico.
(B) percutâneo.
(C) transvenoso.
(D) intravenoso.
(E) trans-esofágico.

44. Para algumas medicações, há possibilidade de reversão de seus efeitos com outras drogas.
Desse modo, o antídoto para a varfarina é
(A) flumazenil.
(B) fitomenadiona.
(C) protamina.
(D) naloxane.
(E) ácido ascórbico.

45. Dentre os cuidados para prevenção de infecção do trato urinário relacionado ao catéter
vesical de demora está
(A) evitar fixá-lo à pele para que não ocorra tração à movimentação.
(B) manter sempre a bolsa coletora acima do nível da bexiga.
(C) esvaziar a bolsa coletora regularmente, utilizando recipiente coletor individual e evitar contato
do tubo de drenagem com o recipiente coletor.
(D) higienizar o meato uretral com solução antisséptica, no mínimo, duas vezes por dia.
(E) fechar previamente o catéter antes da sua remoção.

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46. Homem, 48 anos, em tratamento de hemorragia digestiva alta. Na Clínica Médica, recebe,
a cada 12 horas, 2 unidades de plasma fresco congelado e, diante do resultado do hemograma,
também teve indicação de 2 unidades de concentrado de hemácias ontem. Durante a infusão
da segunda unidade de concentrado de hemácias, apresentou febre alta associada à
taquicardia e calafrios. A conduta diante desse caso NÃO inclui
(A) interromper imediatamente a transfusão e comunicar o médico.
(B) retirar o acesso venoso periférico utilizado.
(C) verificar sinais vitais.
(D) manter equipo e bolsa intactos e encaminhá-los ao serviço de hemoterapia.
(E) coletar e enviar uma amostra de sangue do paciente pós-transfusional junto com a bolsa e o
equipo para o serviço de hemoterapia.

47. Raphaello, 26 anos, com pneumotórax por fratura de arcos costais à direita, ocasionados
por queda de cavalo no Rodeio, encontrava-se internado na Clínica Cirúrgica, com escala de
coma de Glasgow de 15 pontos, deambulando, ainda com dreno torácico em hemitórax
direito. Como em todos os seus plantões, o enfermeiro da manhã passava visita a todos os
pacientes internados no setor e, ao conversar com Raphaello o mesmo pediu-lhe permissão
para tomar banho mais cedo, porque estava muito quente. O enfermeiro autorizou e
perguntou ao paciente se ele precisava de ajuda e o mesmo respondeu-lhe que não. No
entanto, ao levantar da cama, o paciente não percebeu que o dreno estava enroscado na grade
e, acidentalmente, houve saída do dreno torácico. O enfermeiro ainda estava no quarto e
presenciou a ocorrência. Ao considerar que não há fístula aérea, a conduta imediata é
(A) ocluir rapidamente o orifício do dreno.
(B) ocluir o orifício na inspiração e abrir na expiração.
(C) ocluir o orifício na expiração e abrir na inspiração.
(D) pedir para o paciente prender a respiração e buscar material para curativo compressivo.
(E) pedir para o paciente respirar calmamente e buscar material para curativo oclusivo.

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48. Em reunião dos enfermeiros, Marina e Marília estavam solicitando férias para o mês de
janeiro, mas só uma poderia gozar desse benefício devido à quantidade de atestados médicos
no setor. Como critério definido em reunião setorial prévia, o profissional que possui mais
tempo de serviço na instituição tem preferência na escolha do período de férias, mas os que
não são beneficiados costumam instigar discussões e dar justificativas para merecer a
concessão. Mesmo trabalhando há mais tempo do que Marília, Marina abriu mão de gozar
suas férias como havia solicitado, para prevenir aborrecimentos e frustrações, já que não
gostava muito da postura que a colega costumava adotar. Diante desse caso, a estratégia de
gerenciamento de conflito adotada por Marina foi:
(A) Amenização.
(B) Compromisso.
(C) Competição.
(D) Evitação.
(E) Acomodação.

49. Paciente tem prescrição médica de Epinefrina 0,5ml SC agora. Na instituição há seringa
de 100 unidades. Quantas unidades correspondem ao volume prescrito?
(A) 5.
(B) 10.
(C) 25.
(D) 50.
(E) 100.

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50. De acordo com a Resolução COFEN n°. 311/2007, na Seção I - das relações com a pessoa,
família e coletividade, constitui direito do profissional de enfermagem
(A) assegurar à pessoa, família e coletividade assistência de enfermagem livre de danos decorrentes
de imperícia, negligência ou imprudência.
(B) aprimorar os conhecimentos técnicos, científicos, éticos e culturais, em benefício da pessoa,
família e coletividade e do desenvolvimento da profissão.
(C) recusar a execução de atividades que não sejam de sua competência técnica, científica, ética e
legal ou que não ofereçam segurança ao profissional, à pessoa, família e coletividade.
(D) encaminhar a pessoa, família e coletividade aos serviços de defesa do cidadão, nos termos da
lei.
(E) participar da prática multiprofissional e interdisciplinar com responsabilidade, autonomia e
liberdade.

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Lista de Questões com Comentários

26. Assinale a alternativa cujo procedimento de enfermagem seja mais apropriado à situação.
(A) Homem, 21 anos, deu entrada no Pronto Socorro após atropelamento, com escala de coma de
Glagow de 3 pontos, intubado no local da ocorrência, apresentando-se na admissão com hematoma
periorbital, otorreia e rinorragia serossanguinolenta; à indicação de passagem de sonda para
esvaziamento gástrico, foi passado sonda nasogástrica de polietileno.
(B) Criança, 8Kg de peso corporal, acompanhada no Ambulatório de Hematologia, tem indicação
de Complexo de Hidróxido de Ferro III Polimaltosado (Ferro III 100mg/2ml) 1ml IM a cada 2 dias;
na primeira aplicação, foi puncionado quadrante superior externo do glúteo direito com técnica em
Z.
(C) Mulher, 67 anos, 1,50m de altura, 38Kg de peso corporal, com sequela de acidente vascular
cerebral isquêmico há 2 anos, encontra-se internada na Clínica Médica devido à desidratação e
desnutrição grave, recebendo nutrição parenteral total associada à dieta enteral hipercalórica via
sonda nasoenteral, com indicação de Fitomenadiona 10mg/1ml 1 ampola IM, 2 vezes por semana;
na primeira aplicação foi puncionado região deltoide direita com introdução de agulha 25x0,7mm a
90o.
(D) Mulher, 49 anos, em quimioterapia ambulatorial após mastectomia com esvaziamento axilar à
direita, foi admitida na Clínica Médica para tratamento de leucopenia febril, sendo indicado
Cefepime 1g EV 8/8 horas; para administração de medicações endovenosas foi puncionado catéter
venoso periférico em membro ipsilateral à cirurgia mamária.
(E) Homem, 59 anos, portador de insuficiência renal crônica, com uma fístula artério-venosa em
membro superior direito trombosada e duas no membro superior esquerdo em que apenas uma é
funcionante para realização de 3 sessões de hemodiálise semanais, encontra-se internado na Clínica
Médica devido crise hipertensiva; ao controle de sinais vitais de horário, foi aferida pressão arterial
pelo método palpatório-auscultatório de artéria basílica esquerda.
COMENTÁRIOS
Caros colegas, essa é a típica questão que necessita de paciência e bastante atenção. Bastante
extensa, cada item traz um assunto diferente e precisa de reflexão.

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Vamos analisar item por item.


Item A. Incorreto. Pela história clínica descrita, pode-se entender que se trata de um paciente
com possível traumatismo encefálico, indicado pela presença de hematoma periorbital, otorreia e
rinorragia serossanguinolenta, além do coma. Nesse caso, é totalmente contraindicada a
passagem de Sonda Nasogástrica. Quando há risco de lesão de base de crânio ou fraturas na
face deve-se passar sonda orogástrica.
Item B. Correto. Esse item está de acordo com o que é proposto na bula da medicação, na qual
o dorsoglúteo aparece como única opção para administração e a técnica em Z é indicada para evitar
o aparecimento de manchas pelo retorno do líquido.
-Nota: ao afirmar que a criança possui 8kg, sugere-se um lactente menor de um ano, e a
literatura científica não recomenda injeção intramuscular no dorsoglúteo de crianças até os dois
anos ou que não deambulem (varia com a literatura). Sabe-se que em questões de concurso, muitas
vezes, você deve marcar a mais correta possível, portanto esse item é o mais adequado, embora haja
discordâncias da literatura. Um recurso poderia ter sido proposto.
Item C. Incorreto. A bula da fitomenadiona recomenda a administração dessa medicação de
forma intramuscular profunda, de preferência na região dorsoglútea. Além disso, deve-se levar em
consideração o estado nutricional da paciente na hora da administração, portanto o músculo deltoide
não seria adequado e, ainda que realizado a angulação da agulha deveria estar a 45º.
Item D. Incorreto. Não se deve realizar nenhum procedimento em membro ipsilateral à
cirurgia mamária.
Item E. Incorreto. Não se deve aferir a pressão arterial (PA) do lado em que há a fístula
funcionante. Além disso, não existe artéria basílica, mas sim a veia basílica e a PA não é aferida em
veia.
Diante do exposto, a alternativa correta é o item B.

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27. Quanto aos procedimentos adequados para cada caso, de acordo com a Portaria n°.
3.318/2010, assinale a alternativa correta.
(A) Trabalhador rural, 48 anos, com ferimento penetrante grave em região plantar, provocado por
prego enferrujado, com comprovação de vacina adsorvida difteria e tétano há 7 anos: Programar
dose de reforço para daqui 3 anos.
(B) Prematuro, nascido com 34 semanas e 1.950g de peso ao nascer: Administrar vacina contra
Hepatite B (recombinante) com 0, 1, 2 e 6 meses de vida.
(C) Recém-nascido a termo, de mãe portadora da hepatite B: Não administrar a vacina contra
Hepatite B e administrar imunoglobulina humana anti-hepatite B\ (HBIG) nas primeiras 12 horas do
nascimento ou, no máximo, até sete dias de vida.
(D) Recém-nascido a termo, sem complicações obstétricas: Administrar ao nascimento vacina BCG
e a primeira dose das vacinas contra Hepatite B (recombinante) e meningocócica C conjugada.
(E) Parturiente, 39 semanas de idade gestacional, com registro de última de vacina adsorvida
difteria e tétano há 12 anos: Administrar dose de reforço antes do parto.
COMENTÁRIOS¹:
A questão apresenta-se desatualizada, pois a Portaria nº. 3.318/10 que tratava em todo o
território nacional do Calendário Básico de vacinação da Criança, o Calendário do Adolescente e o
Calendário do Adulto e Idoso foi atualizada pela Portaria nº 1.498/2013
Vamos analisar cada assertiva, conforme diretrizes atuais:

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Ao nascer, o recém-nascido deve ser vacinado com a vacina contra a hepatite B e BCG.
Vejam, na tabela abaixo, maiores informações sobre o Calendário Nacional de Imunização.

Fonte: Portaria do Ministério da Saúde nº 1498/2013.

Item A. Incorreto. No caso de ferimentos graves, antecipar a dose de reforço quando a


última dose foi administrada há mais de 5 anos. Portanto, no caso do trabalhador rural, como a
última dose foi administrada há 7 anos, deve-se antecipar o reforço e não programá-lo para daqui 3
anos.
Item B. Correto. De acordo com a Portaria nº. 3.318/10, nos prematuros, menores de 36
semanas de gestação ou em recém-nascidos à termo de baixo peso (menor de 2 Kg), seguir
esquema de quatro doses: 0, 1, 2 e 6 meses de vida.
Item C. Incorreto. Na prevenção da transmissão vertical em recém-nascidos (RN) de mães
portadoras da hepatite B administrar a vacina e a imunoglobulina humana anti-hepatite B
(HBIG), disponível nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais - (CRIE) nas
primeiras 12 horas ou no máximo até sete dias após o nascimento.

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Item D. Incorreto. Ao nascer, devem ser administradas no recém-nascido a termo apenas as


vacinas BCG e a primeira dose da vacina contra Hepatite B. A meningocócica C conjugada só será
administrada aos 3 meses de idade.
Item E. Incorreto. Em caso de gravidez, antecipar a dose de reforço quando a última dose foi
administrada há mais de 5 (cinco) anos. Mas deve ser administrada pelo menos 20 dias antes da
data provável do parto.
Segue abaixo um quadro com as vacinas e suas indicações para as gestantes²:

O gabarito apontado pela banca é a letra B. Mas, essa questão deverá ser anulada, pois
abordou o esquema antigo da vacina contra Hepatite B.

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Vejamos abaixo como é o esquema atual, após a inserção da vacina pentavalente:


Desde o 2º semestre de 2012, a nova vacina pentavalente agregou duas vacinas que eram
administradas separadamente: a tetravalente (contra difteria, tétano, coqueluche, meningite e
outras infecções pelo Haemophilus influenza tipo b) e a vacina contra a hepatite B.

tetravalente (contra difteria, tétano,


Vacina coqueluche, meningite e outras vacina contra a hepatite
Pentavalente infecções pelo Haemophilus influenza B.
tipo b);

Além da pentavalente, a criança manterá os dois reforços com a vacina tríplice bacteriana -
DTP (difteria, tétano, coqueluche). O primeiro reforço deverá ser administrado aos 12 meses e o
segundo reforço aos 4 anos de idade. Os recém-nascidos continuam a receber a primeira dose da
vacina hepatite B nas primeiras 24 horas de vida, preferencialmente nas primeiras 12 horas, para
prevenir a transmissão vertical. Ou seja, há uma dose da vacina hepatite B (monovalente) cujo
público alvo são as crianças com até 30 dias de vida, bem como outras crianças que já tinham
esquema completo para tetravalente, mas não tinham para a Hepatite B.
Como era antes:
1 - Tetravalente (contra difteria, coqueluche, tétano, meningite e outras infecções por
Haemophilus influenza b) - vacina injetável em três doses (2, 4 e 6 meses). Reforço da tríplice
bacteriana (incluída na tetravalente) aos 15 meses e aos 4 anos.
Segue o antigo calendário da vacina tetravalente: 2 meses -> 4 meses -> 6 meses -> reforço da tríplice
bacteriana (DTP) aos 15 meses -> reforço da tríplice bacteriana (DTP) aos 4 anos.
2 - Hepatite B - vacina injetável aplicada ao nascer (ou na primeira visita à unidade de
saúde), com 1 mês de vida e novamente aos 6 meses.
Segue o antigo calendário da vacina contra hepatite B: ao nascer -> 1 mês -> 6 meses.

Meus amigos, como é a regra atual do calendário de vacinação da pentavente


e hepatite B?
1 - Pentavalente (contra hepatite B, difteria, coqueluche, tétano, meningite e outras
infecções por Haemophilus influenza b) - vacina injetável aos 2, 4 e 6 meses. Reforço da tríplice
bacteriana aos 15 meses e aos 4 anos.
Segue o calendário da vacina pentavalente: 2 meses -> 4 meses -> 6 meses -> reforço da tríplice
bacteriana (DTP) aos 15 meses -> reforço da tríplice bacteriana (DTP) aos 4 anos.

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2 - Hepatite B - com a inclusão na pentavalente, passa a ser aplicada sozinha apenas na


criança ao nascer, de forma injetável, para evitar a transmissão vertical.
Segue o calendário da hepatite B: ao nascer, podendo ser feita até o primeiro mês de vida da criança.
Outras três doses dessa vacina foram incluídas na pentavalente (2, 4 e 6 meses).
Atenção! Adolescente e adultos que não apresentam o esquema vacinal completo
contra hepatite B (três doses) deverão seguir as regras anteriores, ou seja, devem
receber até três doses.
Em síntese, a pentavalente é composta pela vacina adsorvida difteria, tétano, pertussis1,
hepatite B (recombinante) e Haemophilus influenzae tipo b (conjugada) - DTP/HB/Hib 2. É indicada
para imunização ativa de crianças a partir de dois meses de idade.

difteria

Triplice Bacteriana (DTP) tétano

Vacina coqueluche (pertussis)


hepatite B
Pentavalente
Haemophilus influenzae
tipo b (conjugada)

1
Pertússis, coqueluche ou tosse convulsa é uma doença altamente contagiosa e perigosa para crianças causada
pelas bactérias Gram-negativas Bordetella pertussis e Bordetella parapertussis (geralmente com sintomas mais ligeiros), que
causa tosse violenta contínua e dolorosa. A patologia é prevenível por vacinação.
2
Vacina pentavalente (DTP - difteria, tétano e coqueluche + HB - hepatite B + Hib - Haemophilus influenzae tipo b).

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28. De acordo com a Portaria n°. 1.600/2011, que reformula a Política Nacional de Atenção à
Urgências e institui a Rede de Atenção às Urgências no Sistema Único de Saúde (SUS), o
componente hospitalar será constituído por
(A) unidades de Pronto Atendimento 24 horas, enfermarias de retaguarda, leitos de cuidados semi-
intensivos, leitos de cuidados intensivos, serviços de diagnóstico por imagem e de laboratório e
pelas linhas de cuidados prioritárias.
(B) unidades de Pronto Atendimento 24 horas, enfermarias de retaguarda, leitos de cuidados
intermediários, leitos de cuidados intensivos, serviços de diagnóstico por imagem e pelos
laboratórios.
(C) enfermarias de retaguarda, leitos de cuidados intensivos, serviços de diagnóstico por imagem e
de laboratório e pelos Centros Cirúrgicos.
(D) portas hospitalares de urgência, enfermarias de retaguarda, leitos de cuidados intensivos,
serviços de diagnóstico por imagem e pelos laboratórios.
(E) portas hospitalares de urgência, enfermarias de retaguarda, leitos de cuidados intensivos,
serviços de diagnóstico por imagem e de laboratório e pelas linhas de cuidados prioritárias.
COMENTÁRIOS:
A Portaria nº 1.600 de 7/07/2011 reformula a Política Nacional de Atenção às Urgências e
institui a Rede de Atenção às Urgências no SUS. De acordo com o art. 4º, a Rede de Atenção às
Urgências é constituída pelos seguintes componentes:
I - Promoção, Prevenção e Vigilância à Saúde;
II - Atenção Básica em Saúde;
III - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) e suas Centrais de Regulação Médica
das Urgências;
IV - Sala de Estabilização;
V - Força Nacional de Saúde do SUS;
VI - Unidades de Pronto Atendimento (UPA 24h) e o conjunto de serviços de urgência 24 horas;
VII - Hospitalar; e
VIII - Atenção Domiciliar.
O Componente Hospitalar será constituído pelas Portas Hospitalares de Urgência, pelas
enfermarias de retaguarda, pelos leitos de cuidados intensivos, pelos serviços de diagnóstico por
imagem e de laboratório e pelas linhas de cuidados prioritárias (art. 11).
Desse modo, o gabarito é a letra E.

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29. Homem, 38 anos, ao ser admitido na Clínica Cirúrgica para realização de herniorrafia
eletiva, foi puncionado catéter venoso periférico de poliuretano em antebraço esquerdo. Entre
os cuidados com esse catéter, é recomedado
(A) trocar o catéter a cada 72 horas.
(B) manter a permeabilidade do catéter com solução de heparina após o uso.
(C) proteger o sítio de inserção do catéter com fita hipoalergênica.
(D) trocar diariamente o curativo do catéter.
(E) utilizar cobertura estéril semi-oclusiva ou membrana transparente semi-permeável.
COMENTÁRIOS
Os cuidados com cateter periférico são constantemente cobrados em provas. Agora com o
Manual da ANVISA, que padronizou vários procedimentos de enfermagem, facilitou nossos
estudos haja vista a variedade de protocolos institucionais existentes.
Vamos relembrar as recomendações do Manual de Medidas de Prevenção de Infecção
Relacionada à Assistência à Saúde da ANVISA (2013) para prevenção de complicações
relacionadas a cateter venoso periférico já vistas na aula 1.
Higiene das mãos: com água e sabonete líquido quando estiverem visivelmente sujas ou
contaminadas com sangue e outros fluidos corporais:

* Usar preparação alcoólica para as mãos (60 a 80%) quando não


estiverem visivelmente sujas;
* O uso de luvas não substitui a necessidade de higiene das mãos.
* No cuidado específico com cateteres intravasculares, a higiene
das mãos deverá ser realizada antes e após tocar o sítio de
inserção do cateter, bem como antes e após a inserção, remoção,
manipulação ou troca de curativo.

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Seleção do cateter periférico: com base no objetivo pretendido, na duração da terapia, na


viscosidade do fluido, nos componentes do fluido e nas condições de acesso venoso.

* Devem ser selecionados cateteres de menor calibre e comprimento


de cânula para conseguir bom fluxo sanguíneo e evitar:
# flebite mecânica (irritação da parede da veia pela cânula);
# obstrução do fluxo sanguíneo dentro da veia (dobradura da cânula);

* Assegurar o bom fluxo sanguíneo garante: distribuição dos


medicamentos administrados e reduz o risco de flebite química
(irritação da parede da veia por produtos químicos irritantes ou
vesicantes).
Fármacos irritantes( Figura 1): pH extremo (<5 ou >9) e/ou extrema
osmolaridade (>600 mOsmol/litro);
Figura 1
Fármacos vesicantes ( Figura 2): causa necrose dos tecidos se houver
Figura 2
extravasamento para fora do vaso. Essa droga provoca alteração de
DNA celular, causando a morte da mesma, permanecendo ativo e
provocando lesão até que seja inativado com outra droga ou por
remoção cirúrgica.

* Evitar agulha de aço para a administração de fluidos ou


medicamentos que possam causar necrose tecidual se ocorrer
extravasamento. Restringir o uso de agulhas de aço para situações
como, coleta de amostra sanguínea, administração de dose única ou
bolus de medicamentos.

Sítio de inserção do cateter

* Adultos: superfícies dorsal e ventral dos membros superiores. As veias de


membros inferiores não devem ser utilizadas rotineiramente devido ao risco de
embolias e tromboflebites. Trocar o cateter inserido nos membros inferiores
para um sítio nos membros superiores assim que possível .

* O sítio de inserção do cateter intravascular não deverá ser tocado após a


aplicação do antisséptico, salvo quando a técnica asséptica for mantida.

* Em pacientes neonatais e pediátricos, além dos vasos supracitados,


também podem ser incluídas as veias da cabeça, do pescoço e de membros
inferiores.

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Preparo da pele:

• Realizar fricção da pele com solução a base de álcool: gluconato de


clorexidina 0,5 a 2%, iodopovidona – PVPI alcoólico 10% ou álcool
70% ;
• Para o álcool e o gluconato de clorexidina aguarde a secagem
(espontânea) antes da punção;
• Para PVPI aguarde pelo menos 1,5 a 2,0 minutos antes da punção.
• Somente uma aplicação é necessária;
• A degermação previamente à antissepsia da pele é recomendada
quando houver necessidade de reduzir sujidade;
• Utilizar o mesmo princípio ativo para degermação e antissepsia;
• Utilizar luvas não estéreis para a inserção do cateter venoso
periférico;
• A remoção dos pelos, quando necessária, deverá ser realizada com
tricotomizador elétrico ou tesoura.

Estabilização do cateter: significa preservar a integridade do acesso, prevenir o deslocamento do


dispositivo e sua perda.

* A cânula do cateter deverá ser estabilizada antes de se realizar


o curativo/cobertura;
* O sítio de inserção do cateter prevê o acesso direto à
circulação e o produto/material que entra em contato com o
sítio de inserção deverá ser estéril;
* A estabilização do cateter deverá ser realizada utilizando
técnica asséptica;
* Os produtos/materiais utilizados para a estabilização dos
cateteres devem incluir dispositivos próprios para estabilização
ou fita adesiva estéril;
* A estabilização dos cateteres não deverá interferir no seu
acesso, na monitorização do sítio de inserção ou impedir a
infusão da terapia.

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Coberturas - propósitos de proteger o sítio de punção e minimizar a possibilidade de infecção por


meio da interface entre a superfície do cateter e a pele e fixar o dispositivo no local e prevenir a
movimentação do dispositivo com dano ao vaso.

• A cobertura deve ser estéril podendo ser semi oclusiva (gaze ou


fixador) ou membrana transparente semipermeável – MTS.
• A cobertura não deve ser trocada em intervalos pré-estabelecidos.
• A cobertura deve ser trocada imediatamente, se houver suspeita de
contaminação, e sempre quando úmida, solta, suja ou com a
integridade comprometida.
• Proteger o sítio de inserção com plástico durante o banho quando
utilizada cobertura não impermeável.

Manutenção

• Acessos vasculares devem ter sua permeabilidade mantida com


cloreto de sódio 0,9%, para promover e manter o fluxo, antes e após
o uso:
–– * Sangue e seus componentes;
–– * Amostra de sangue;
–– * Administração de medicamentos ou soluções incompatíveis;
–– * Administração de medicamentos;
–– * Terapia intermitente;
–– Quando há conversão de terapia contínua para intermitente.
# Além de manter a permeabilidade do aceso esse procedimento
deve ser utilizado para prevenir a mistura de medicamentos e
soluções.
• Examinar o sítio de inserção do cateter no mínimo diariamente. Por
palpação através da cobertura para avaliar a sensibilidade e por
inspeção por meio da cobertura de MTS em uso.

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Remoção do cateter

* O cateter periférico instalado em situação de emergência com


comprometimento da técnica asséptica deve ser trocado tão logo
quanto possível.
* O cateter periférico na suspeita de contaminação, complicações, mau
funcionamento ou descontinuidade da terapia deve ser retirado.
* Recomenda-se a troca do cateter periférico em adultos em 72 horas
quando confeccionado com teflon e 96 horas quando confeccionado
com poliuretano.
* Nas situações em que o acesso periférico é limitado, a decisão de
manter o cateter além das 72-96 horas depende da avaliação do
cateter, da integridade da pele, da duração e do tipo da terapia prescrita
e deve ser documentado nos registros do paciente.
* Em pacientes neonatais e pediátricos não devem ser trocados
rotineiramente e devem permanecer até completar a terapia
intravenosa, a menos que indicado clinicamente (flebite ou infiltração).

Voltando a análise de cada item da questão


Item A. Incorreto. Trocar o catéter a cada 96 horas quando confeccionado com poliuretano.
Item B. Incorreto. Manter a permeabilidade do catéter com solução de cloreto de sódio 0,9%
após o uso.
Item C. Incorreto. O sítio de inserção deve ficar visível, quando possível, com a utilização da
membrana transparente semipermeável (MTS), tendo sua inspeção diária.
Item D. Incorreto. A cobertura não ser trocada em intervalos pré-estabelecidos. Deve ser
trocada imediatamente, se houver suspeita de contaminação, e sempre quando úmida, solta,
suja ou com a integridade comprometida.
Item E. Correto. Utilizar cobertura estéril semi-oclusiva ou membrana transparente
semipermeável (MTS).
Nesses termos, o gabarito é a letra E.

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30. Médico prescreveu para criança internada na Pediatria: Metronidazol 125mg EV a cada 8
horas. Na instituição, há disponível Metronidazol 0,5% com 100ml de solução injetável. Para
execução da prescrição, quantos ml da droga serão necessários?
(A) 5.
(B) 10.
(C) 12,5.
(D) 25.
(E) 50.
COMENTÁRIOS:
Esta questão pede que nos recordemos de alguns conceitos matemáticos:
Quando a questão nos trouxer que a medicação possui um valor em PORCENTAGEM na
sua concentração, lembre-se:
A PORCENTAGEM deverá ser transformada em GRAMAS. Como assim, professora?
Exemplo: Uma solução de soro glicosado a 5%, significa que há 5g em 100 ml da sua
composição.
Vamos a nossa questão:
O,5 g ----- 100 ml
X ------ 100 ml
X= 0,5 g, lembrando-se que 0,5g é o mesmo que 500 mg. Como a questão trabalha com
miligrama vamos trabalhar também.
500 mg – 100 ml
125 mg – x
500X=12500
X= 12500
500
X= 25 ml, logo o gabarito da questão é a letra D.

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31. Bradisfigmia, pirexia, hemianópsia são termos utilizados respectivamente para descrever:
(A) frequência cardíaca abaixo do normal, sensação de ardor, ruptura prematura da membrana
amniótica.
(B) frequência cardíaca abaixo do normal, febre, ruptura prematura da membrana amniótica.
(C) frequência cardíaca abaixo do normal, febre, perda da visão em uma das metades do campo
visual.
(D) pulso lento e filiforme, febre, ruptura prematura da membrana amniótica.
(E) pulso lento e filiforme, febre, perda da visão em uma das metades do campo visual.
COMENTÁRIOS:
Vamos relembrar os conceitos solicitados na questão:
Bradisfigmia: pulso filiforme e lento.
Pirexia: estado febril/febre
Hemianópsia: Perda parcial ou completa da visão em uma das metades do campo visual.
(A)Item errado. As três descrições de significado encontram-se erradas.
(B) Item errado. Duas das descrições estão erradas, somente febre está descrito corretamente.
(C) Item errado. Uma das descrições encontra-se errada que é a que fala sobre frequência
cardíaca, os demais estão corretos.
(D) Item errado. Duas descrições corretas e uma errada, pois ruptura prematura da membrana
amniótica é conhecido como Roprema e não como Hemianópsia.
(E) Item correto. Pulso lento e filiforme, febre, perda da visão em uma das metades do campo
visual.
Portanto, o gabarito é a letra E.

32. Idoso, 72 anos, diabético, hipertenso, admitido no setor de geriatria, com escala de coma
de Glasgow de 15 pontos, refere nictúria e em seu regime terapêutico foi incluído Clonidina e
Levodopa. Diante desse caso, um diagnóstico de enfermagem a ser considerado no
estabelecimento do plano de cuidados de enfermagem é:
a) nutrição desequilibrada: menos do que as necessidades corporais.
b) confusão crônica.
c) risco de quedas.
d) integridade da pele prejudicada.
e) percepção sensorial auditiva prejudicada.

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COMENTÁRIO:
Vejamos o quadro clinico do idoso:
- diabetes
- hipertensão
- escala de coma de Glasgow de 15 pontos: normal
- nictúria
- regime terapêutico: Clonidina (hipotensor) e Levodopa (tratamento de escolha da Doença
de Parkinson).
Diante do regime terapêutico apresentado (Levodopa), além do diabetes e da hipertensão, o
idoso apresenta mal de Parkinson. A doença de Parkinson é doença neurodegenerativa
caracterizada por sintomas motores (rigidez, bradicinesia, tremor de repouso e instabilidade
postural) e não motores (distúrbios neuropsiquiátricos, do sono, autonômicos e sensitivos). A
levodopa (L-dopa) é a terapia mais eficaz no controle dos sintomas 3.
Portanto, um dos diagnósticos que pode ser considerado é RISCO DE QUEDA.
Sendo assim, o gabarito é a letra C.

33. Paciente internado na Clínica Médica apresenta ferida de aproximadamente 8cm de


diâmetro com o leito recoberto com tecido hipergranulado. O produto mais indicado no
tratamento dessa ferida é
(A) placa hidrocelular.
(B) placa de polímeros de carboximetilcelulose.
(C) gel hipertônico a base de sódio a 20%.
(D) malha de acetato de celulose com emulsão de petrolato.
(E) Ácido graxo essencial.
COMENTÁRIOS:
O tratamento adequado de uma ferida depende da competência e do conhecimento dos
profissionais atuantes, de sua capacidade para avaliar e selecionar adequadamente técnicas e
recursos, e do conhecimento sobre os fatores que interferem na cicatrização, como é o caso da
hipergranulação.

3
Tosta E.D. et al. Doença de Parkinson: recomendações. 1. ed. São Paulo: Omnifarma, 2010. Disponível em:
http://neurologiahu.ufsc.br/files/2012/08/Manual-de-recomenda%C3%A7%C3%B5es-da-ABN-em-Parkinson-2010.pdf

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A hipergranulação é resultado do crescimento excessivo de tecido granular, sendo um fator


que impede a cicatrização. Uma opção de tratamento para a hipergranulação de feridas é o gel
hipertônico a base de sódio a 20%.
O gel hipertônico a base de sódio a 20% é uma substância amorfa, estéril, composta por
20% de cloreto de sódio e goma xantana (usada como o agente espessante da formulação), cujo
mecanismo de limpeza se processa por meio de osmose, sendo indicado para a realização de
desbridamento autolítico em feridas.
A placa hidrocelular é indicada para o tratamento de feridas superficiais, com perda parcial
ou total de tecido, úlceras de perna, úlceras por pressão, feridas malignas, feridas cirúrgicas,
queimaduras de primeiro e segundo grau, áreas doadoras e feridas fúngicas.
A placa de polímeros de carboximetilcelulose é composta por uma camada interna
autoadesiva contendo hidrocolóide e carboximetilcelulose sódica, poli-isobutileno, conservantes e
uma camada externa de filme de poliuretano. Quando em contato com o exsudato da ferida há a
formação de um gel, que promove o desenvolvimento de um meio ambiente úmido otimizando o
processo de cicatrização da ferida e permitindo a troca do curativo sem causar danos ao tecido
recém-formado.
A malha de acetato de celulose com emulsão de petrolato é uma malha impregnada com
uma emulsão especial composta basicamente por petrolato puro, água purificada e outros
componentes surfactantes. Assim, a emulsão não obstrui os poros da malha e permite que tanto
componentes do exsudato, bem como o sangue, passem livremente pela trama sem formar áreas de
adesão devido à formação de coágulos ou tecidos em desenvolvimento, evitando danificar o leito e
atrasar o reparo tecidual. São indicadas para feridas com nível de exsudato variando de leve a alto,
onde se queira evitar a aderência, incluindo: queimaduras de 1º e 2º graus, abrasões, enxertos,
úlceras de perna, úlceras por pressão, eczemas, incisões cirúrgicas, lacerações.
O ácido graxo essencial (AGE) é uma loção oleosa a base de ácidos graxos essenciais
enriquecida com lecitina de soja, vitaminas A e E. É um curativo primário que favorece o processo
de cicatrização, desbridamento e alívio da dor. Além disso, o produto é indicado para hidratação da
pele íntegra, evitando o aparecimento de lesões.
Diante do exposto, o gabarito só pode ser a letra C.

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34. Homem, 21 anos, tetraplégico por trauma raquimedular há cerca de um ano, foi admitido
no início da manhã na Clínica Médica, para tratamento de infecção de trato urinário. Ele
apresenta-se consciente, orientado, pouco comunicativo, mantendo pressão arterial basal de
90/60mmHg, temperatura axilar de 38,4 C com frequência cardíaca de 102bpm, eupneico,
o

sendo puncionado acesso venoso periférico em membro superior esquerdo para


administração de anti-térmico e início de esquema antimicrobiano prescrito pelo médico.
Durante o decorrer do dia teve boa aceitação alimentar e hídrica, via oral, com necessidade de
auxílio, sem eliminações fisiológicas espontâneas, sendo mantido no leito, com mudança de
decúbito realizada pela equipe de enfermagem a cada duas horas. No final da tarde,
apresentava-se sudoreico, com faces ruborizadas, piloereção, dilatação das pupilas,
queixando-se de cefaleia, com pressão arterial de 130/80mmHg, frequência cardíaca de
110bpm, discreto aumento da frequência respiratória e temperatura axilar de 37,5ºC. Diante
desse quadro, a conduta imediata a ser adotada é
(A) o esvaziamento vesical com sonda de alívio e colocação do paciente na posição sentada.
(B) o esvaziamento vesical com sonda de alívio e colocação do paciente em decúbito dorsal.
(C) o estimulação reto-digital e colocação do paciente em decúbito lateral esquerdo.
(D) a administração de nova dose de anti-térmico e colocação do paciente na posição sentada.
(E) a administração de nova dose de anti-térmico e colocação do paciente em decúbito dorsal.
COMENTÁRIOS:
O trauma raquimedular (TRM) é uma agressão à medula espinhal que pode ocasionar danos
neurológicos, tais como alterações da função motora, sensitiva e autônoma, ocorrendo
predominantemente nos homens em idade produtiva. Metade dos traumatismos resulta de acidentes
com veículos motorizados, quedas, acidentes de trabalho, esportivos (principalmente aquáticos), e
outros decorrentes de ferimento por armas de fogo. A pessoa com lesão medular apresenta múltiplas
incapacidades e, com isso, requer cuidados complexos pertinentes a tantas alterações. Você pode
saber mais sobre esse assunto acessando as Diretrizes de Atenção à Pessoa com Lesão Medular
que o Ministério da Saúde publicou em 2013.
De acordo com essas diretrizes, as repercussões urológicas causadas pela lesão na medula
espinhal constituem umas das maiores preocupações para a equipe de reabilitação, pois o mau
funcionamento vesical pode, quando assistido inadequadamente, acarretar complicações que vão

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desde a infecção urinária, cálculos vesicais até fístulas penoescrotais, refluxo vésico--ureteral,
hidronefrose e em casos extremos, perda da função renal.
A micção normal envolve complexos mecanismos de integração do sistema nervoso
autônomo (involuntário) e piramidal (voluntário). O ciclo normal de micção deve permitir
armazenamento de urina, percepção de bexiga cheia e eliminação voluntária com baixa pressão
vesical. Para o esvaziamento vesical adequado, deve haver relaxamento voluntário do esfíncter em
sincronia com a contração do detrusor (involuntária). Se o relaxamento do esfíncter externo não é
possível e ocorre contração involuntária do detrusor, há aumento da pressão intravesical com risco
de refluxo vésico ureteral e falência renal a longo prazo por obstrução pós-renal. A estase urinária
leva infecções urinárias de repetição e risco de cálculos urinários.
O manejo da bexiga neurogênica deve garantir esvaziamento vesical a baixa pressão, evitar
estase urinária e perdas involuntárias. Na maior parte dos casos, este esvaziamento deverá ser feito
por cateterismo vesical intermitente, instituído de forma mandatória, independente da realização
precoce do exame de urodinâmica, desde a alta hospitalar.
Infecções do trato urinário são extremamente frequentes nos lesados medulares sendo a
principal doença infecciosa que os acomete tanto na fase aguda quanto na fase crônica da lesão
medular. A principal causa relaciona-se com a retenção e esvaziamento incompleto da bexiga. Os
pacientes que realizam cateterismo vesical intermitente são todos virtualmente colonizados em seu
trato urinário, devendo-se tomar cuidado para o diagnóstico correto de infecção nestes pacientes.
Quando o paciente desenvolve infecções do trato urinário, pode apresentar sinais e sintomas como
mal estar, febre, dor lombar, calafrios, taquicardia.
O comando da questão afirma que, durante o decorrer do dia, o paciente teve boa aceitação
alimentar e hídrica, via oral, com necessidade de auxílio, sem eliminações fisiológicas espontâneas.
Apresenta também sinais e sintomas compatíveis com infecção urinária. Nesses casos, é
recomendado o esvaziamento vesical com sonda de alívio e colocação do paciente na posição
sentada, para auxiliar no esvaziamento vesical.
Isto posto, vamos avaliar as assertivas da questão em relação à conduta imediata a ser adotada
no paciente tetraplégico por trauma raquimedular há cerca de um ano que foi hospitalizado para
tratamento de infecção de trato urinário:
(A) Correta. A conduta imediata a ser adotada é o esvaziamento vesical com sonda de alívio e
colocação do paciente na posição sentada.

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(B) Incorreta. A conduta imediata a ser adotada é o esvaziamento vesical com sonda de alívio
e colocação do paciente em posição sentada, e não em decúbito dorsal.
(C) Incorreta. Não são condutas recomendadas a estimulação reto-digital e colocação do
paciente em decúbito lateral esquerdo.
(D) Incorreta. Não são condutas recomendadas a administração de nova dose de anti-térmico
e colocação do paciente na posição sentada.
(E) Incorreta. Não são condutas recomendadas a administração de nova dose de anti-térmico e
colocação do paciente em decúbito dorsal.
Dessa forma, o gabarito é a letra A.

35. Homem, 52 anos, com diagnóstico de hanseníase, com contração muscular sem movimento
em membro superior direito, receberá alta da unidade hospitalar. Qual orientação para o
autocuidado deve constar no plano de alta desse paciente?
(A) Exercícios ativos com resistência.
(B) Exercícios ativos sem resistência.
(C) Alongamento e exercícios ativos, com pouca resistência.
(D) Alongamento e exercícios passivos, com ajuda da mão esquerda.
(E) Alongamento e exercícios passivos, com ajuda da mão direita.
COMENTÁRIOS4:
Caros concurseiros(as), como bem se sabe a hanseníase é uma doença infecto-contagiosa de
evolução lenta que se manifesta principalmente e sinais e sintomas dermatoneurológicos e o grau de
imunidade do individuo acometido é que determina a manifestação clínica e a evolução da doença.
É o comprometimento dos nervos periféricos a característica principal que confere um
grande potencial incapacitante a essa doença. Estas lesões neurais quando não tratadas
precocemente podem levar a incapacidade tais como: mãos e pés insensíveis, que possibilitam
queimaduras, fissuras, úlceras, predispondo a infecções que podem destruir estrutura da pele,
músculo, ossos e assim promover as deformidades. As estruturas oculares também podem ser
acometidas.

4
Fonte: Autocuidado em Hanseníase face, mãos e pés. Brasil, Ministério da saúde, 2010.

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As incapacidades e deformidades podem acarretar problemas para o doente, como


diminuição da capacidade de trabalho, limitação de trabalho, limitação da vida social e problemas
psicológicos, sendo responsáveis, também pelo estigma e preconceito contra a enfermidade.
Segundo o Ministério da Saúde, o autocuidado é a ação que o indivíduo tem para consigo e
um dever para com a saúde dele. São procedimentos, técnicas e exercícios que podem ser
desenvolvidos em casa, trabalho ou qualquer lugar para prevenir as incapacidades e/ou seus
agravos.
Em casos de mãos e braços com fraqueza muscular se deve orientar aos pacientes o hábito de
fazer os exercícios indicados para evitar incapacidades e deformidades. Se o paciente tem “mãos
fracas”, podem fazer exercícios de alongamento e fortalecimento de forma passiva com ajuda da
mão contralateral. Antes de iniciar os exercícios, deve-se preparar a pele de suas mãos para alcançar
um melhor resultado.
Procedimento:
1º) Ensina ao paciente a preparar a mão hidratando-a e lubrifica-a
2º) Apoiar a mão na mesa ou colo (desenho abaixo)
3º) Com a outra iniciar o deslizamento desde o cotovelo até o dedo
4º) Ao final segurar o dedo o mais aberto possível e contar até 30 devagar.

Logo podemos concluir que a resposta correta é a letra D.

36. De acordo com a Lei no. 7.498/1986, regulamentada pelo Decreto n o. 94.406/1987, o
Auxiliar de Enfermagem executa as atividades auxiliares, de nível médio, atribuídas à equipe
de Enfermagem, o que NÃO inclui
(A) emitir parecer sobre matéria de enfermagem.

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(B) aplicar oxigenioterapia, nebulização, enteroclisma, enema e calor ou frio.


(C) executar tarefas referentes à conservação e aplicação de vacinas.
(D) realizar testes e proceder a sua leitura, para subsídio de diagnóstico.
(E) ministrar medicamentos por via oral e parenteral.
COMENTÁRIOS:
Queridos concurseiros de plantão, a Lei do Exercício Profissional (7.498/86) e o Decreto
94.406/87 são assuntos sempre presentes em concursos e não foi diferente nesse certame.
É pré-requisito que o candidato saiba as atribuições de cada profissional da equipe de
enfermagem.
Vamos relembrar?!
Segundo o inciso I do art. 8º do Decreto N°. 94.406/87, são atividades privativas dos
enfermeiros, e portanto, não podem ser delegadas:
a) direção do órgão de Enfermagem integrante da estrutura básica da instituição de saúde,
pública ou privada, e chefia de serviço e de unidade de Enfermagem;
b) organização e direção dos serviços de Enfermagem e de suas atividades técnicas e
auxiliares nas empresas prestadoras desses serviços;
c) planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos serviços da assistência
de Enfermagem;
d) consultoria, auditoria e emissão de parecer sobre matéria de Enfermagem;
e) consulta de Enfermagem;
f) prescrição da assistência de Enfermagem;
g) cuidados diretos de Enfermagem a pacientes graves com risco de vida;
h) cuidados de Enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam conhecimentos
científicos adequados e capacidade de tomar decisões imediatas;
Diante disso, analisaremos os itens da questão.
Item A - emitir parecer sobre matéria de enfermagem.
Trata-se de uma atividade privativa do enfermeiro. Logo, item que atende ao comando da
questão, pois pergunta qual atividade não inclui uma competência do auxiliar de enfermagem.
Item B - aplicar oxigenioterapia, nebulização, enteroclisma, enema e calor ou frio.
Segundo o Decreto no. 94.406/1987 compete ao auxiliar de enfermagem executar as
atividades auxiliares, de nível médio atribuídas à equipe de enfermagem, cabendo lhe aplicar
oxigenioterapia, nebulização, enteroclisma, enema e calor ou frio.

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Item C - executar tarefas referentes à conservação e aplicação de vacinas.


Compete ao auxiliar de enfermagem conforme art. 11 alínea “e”.
Item D - realizar testes e proceder a sua leitura, para subsídio de diagnóstico.
Compete ao profissional auxiliar de enfermagem conforme artigo 11 alínea “g”.
Item E - ministrar medicamentos por via oral e parenteral.
Compete ao auxiliar de enfermagem conforme menciona o artigo 11 inciso III
Nesses termos, o gabarito da questão é a letra A.

37. De acordo com a Resolução RDC ANVISA n°. 36/2008, o Serviço de Atenção Obstétrica e
Neonatal deve dispor de materiais e equipamentos para alívio não farmacológico da dor e de
estímulo à evolução fisiológica do trabalho de parto, tal como:
(A) Pinard.
(B) Eletroestimulador.
(C) Espirômetro.
(D) Escada de Ling.
(E) Banheira terapêutica.
COMENTÁRIOS³:
A RDC N° 36, de 03 de junho de 2008, dispõe sobre Regulamento Técnico para
Funcionamento dos Serviços de Atenção Obstétrica e Neonatal. Estipula que o Serviço de Atenção
Obstétrica e Neonatal deve possuir equipamentos, materiais e medicamentos de acordo com sua
complexidade e necessidade de atendimento à demanda. Dentre tais materiais, deve possuir material
necessário para alívio não farmacológico da dor e de estímulo à evolução fisiológica do trabalho de
parto, tais como:
a) barra fixa ou escada de Ling;
b) bola de Bobat ou cavalinho;
A escada de Ling permite a realização de exercícios de agachamento e de levantamento para
mulheres em trabalho de parto, o que ajuda no alívio das dores provocadas pelas contrações.
Figura- ESCALA DE LING

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Fonte: <http://noticias.r7.com/distrito-federal/hospital-publico-do-df-utiliza-escada-para-auxiliar-partos-naturais-05032014>

A utilização da bola de Bobat propicia exercícios de vai e vem, de um lado para o outro,
ajudando na mobilidade das articulações da bacia e ajudarão no trabalho de parto.

Figura – BOLA DE BOBAT

Fonte: < http://floresertaohumanizar.blogspot.com.br/2011/05/mexa-se.html>

Logo, o gabarito é a letra D.

38. A fototerapia é a modalidade terapêutica mais utilizada mundialmente para o tratamento


da hiperbilirrubinemia neonatal. Considerando os cuidados com esse tipo de tratamento,
informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma a seguir e assinale a alternativa com a
sequência correta.
( ) Ao utilizar lâmpada fluorescente branca, o foco deve ser posicionado em uma distância mínima
de 50 cm do recém-nascido.

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( ) Ao utilizar lâmpada de halogêniotungstênio, o foco deve ser posicionado em uma distância


máxima de 30 cm do recém-nascido.
( ) O uso de fraldas durante a fototerapia deve ser evitado.
( ) É importante proteger da irradiação a região ocular.
(A) V – F – V – V.
(B) F – V – V – V.
(C) F – F – V – V.
(D) F – F – V – F.
(E) V – F – F – V
COMENTÁRIOS:
Para respondermos essa questão, vamos relembrar sobre a icterícia neonatal.
A icterícia constitui-se em um dos problemas mais frequentes no período neonatal e
corresponde à expressão clínica da hiperbilirrubinemia.
Hiperbilirrubinemia é definida como a concentração sérica de bilirrubina indireta(BI) maior que
1,5mg/dL ou de bilirrubina direta (BD) maior que 1,5mg/dL, desde que esta represente mais que
10% do valor de bilirrubina total (BT)1.

Na maioria das vezes, a icterícia reflete uma adaptação neonatal ao metabolismo da


bilirrubina e é denominada de “fisiológica”. Por outras vezes decorre de um processo patológico,
podendo alcançar concentrações elevadas e ser lesiva ao cérebro, instalando-se o quadro de
encefalopatia bilirrubínica aguda com letargia, hipotonia e sucção débil nos primeiros dias de vida.
Esta condição pode ocasionalmente ser reversível, desde que haja uma intervenção terapêutica
imediata e agressiva, mas na maioria das vezes evolui para a forma crônica da doença com sequelas
neurológica permanente denominada kernicterus ou para óbito.
A hiperbilirrubinemia significante presente na primeira semana de vida é um problema
preocupante em RN a termo e prematuros tardios e com frequência está associada à oferta láctea
inadequada, perda elevada de peso e desidratação, muitas vezes decorrente da alta hospitalar antes
de 48 horas de vida e da falta do retorno ambulatorial em 1 a 2 dias após a alta hospitalar.
A hiperbilirrubinemia indireta denominada “fisiológica” caracteriza-se na população de termo
por início tardio (após 24 horas) com pico entre o 3º e 4º dias de vida e bilirrubinemia total (BT)
máxima de 12 mg/dL.

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A presença de icterícia antes de 24-36 horas de vida ou de valores de BT > 12 mg/dL,


independentemente da idade pós-natal, alerta para a investigação de processos patológicos.

Atualmente, a maioria dos casos de hiperbilirrubinemia indireta é controlada pela fototerapia


quando aplicada de maneira adequada, sendo a doença hemolítica grave por incompatibilidade Rh a
principal indicação de exsanguíneotransfusão (EST). Como a EST acompanha-se de elevada
morbidade e mortalidade, deve ser indicada com precisão e praticada exclusivamente por equipe
habilitada em cuidados intensivos neonatais.

A fototerapia é utilizada para o tratamento da hiperbilirrubina neonatal. Assim, os seguintes


cuidados devem ser seguidos durante o uso de fototerapia: como posicionar o aparelho 30 cm a 50
cm do RN; utilizar aparelho com sete ou oito lâmpadas fluorescentes; manter nutrição enteral
sempre que possível; deixar uma distância de cinco a oito cm entre a incubadora e o protetor das
lâmpadas; e principalmente controlar a irradiância. No caso das fototerapias equipadas com
lâmpadas halogêniotungstênio devem ser sempre mantidas a uma distância a cerca de 50 cm do
recém-nascido, pelo significante risco de queimaduras. Outros cuidados com os RN’s com uso de
fototerapia são: usar protetores oculares (evitando lesões na retina); controlar a temperatura
corporal a cada três horas para detectar hipotermia ou hipertermia; pesar uma vez ao dia ou sempre
que possível; manter o recém-nascido totalmente despido; realizar mudança de decúbito
frequentemente; permanecer em tempo integral na fototerapia.
Quanto maior a superfície corpórea exposta à luz, maior é a eficácia da fototerapia. Portanto,
RN que recebem a luz na parte anterior e posterior do tronco, membros e permanecem sem fraldas
recebem maior irradiância espectral. Dessa forma, a fototerapia é mais eficaz quando a irradiância é
adequada.
Dito isso, vamos analisar agora as assertivas da questão.
Item 1. Incorreto. Ao utilizar lâmpada fluorescente branca, o foco deve ser posicionado em
uma distância mínima de 50 cm do recém-nascido. Na verdade, o aparelho deve ser posicionado
com uma distância de 30 cm a 50 cm do recém-nascido.
Item 2. Incorreto. Ao utilizar lâmpada de halogêniotungstênio, o foco deve ser posicionado
em uma distância máxima de 30 cm do recém-nascido. Ora, quando na fototerapia é utilizada

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esses tipos de lâmpadas é recomendado que seja mantido uma distância a cerca de 50 cm do
recém-nascido, devido ao risco de queimaduras.
Item 3. Correto. O uso de fraldas durante a fototerapia deve ser evitado. Estudamos, que
quanto maior a superfície corpórea exposta à luz, maior é a eficácia da fototerapia. Desse modo,
devemos manter o recém-nascido totalmente despido, sem fraldas no momento da fototerapia.
Item 4. Correto. É importante proteger da irradiação a região ocular. Outros cuidados com
os recém-nascidos na fototerapia é o uso de protetores oculares para evitar lesões na retina.
Assim, o gabarito da questão é a letra C.

39. Homem, 44 anos, hipertenso, diabético, portador de insuficiência renal crônica, está
internado na Clínica Médica para tratamento de crise hipertensiva, com dieta hipossódica e
ingestão hídrica limitada a 1500ml por dia. Ontem, estava muito quente e o referido paciente
não aceitou a dieta oferecida, tomou 4 copos de água e meio copo de chá com adoçante.
Recebeu infusão endovenosa de 40ml, evacuou uma vez em pequena quantidade de
consistência semi-pastosa, anúrico. Foi acompanhado ao serviço de hemodiálise, onde atingiu
ultrafiltração objetivada de 4000ml. Ao considerar que os copos da instituição são de 200ml e
não sendo consideradas as perdas insensíveis, o balanço hídrico nesse dia foi de
(A) - 3060ml.
(B) - 3000ml.
(C) + 900ml.
(D) + 1000ml.
(E) + 4900ml.
COMENTÁRIOS:
Esta questão necessita de muita atenção para resolução. Sugiro que quando aparecer uma
questão assim, monte uma mini tabelinha com ganhos e outra com as perdas para que não sejam
perdidos dados na hora dos cálculos. Então vamos montar as mini tabelas para facilitar o
entendimento.
Ganhos Perdas

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4 copos de água Ultrafiltração na hemodiálise de 4000 ml


½ copo de chá com adoçante Fezes em pequena quantidade
Infusão endovenosa de 40 ml

A questão nos trouxe alguns dados que devem ser levados em consideração para acertamos a
questão:
 Os copos da instituição são de 200 ml
 Não considerar as perdas insensíveis

Somando os ganhos:
4 copos de agua = 200 ml x 4 = 800 ml
½ copo de chá = 100 ml
Infusão endovenosa = 40 ml
Total = 940 ml

Somando as Perdas:
Hemodiálise = 4000 ml
Como sabemos, o balanço hídrico é realizado através da soma de tudo que foi adicionado ao
paciente (alimentação, medicação, soro etc.), diminuído de tudo que foi eliminado (urina, vômito,
perdas sanguíneas, etc.).

Ganhos – Perdas = Balanço Hídrico


940 – 4000 = - 3060 ml.
Logo o gabarito da questão é a letra A.

40. Criança, 5 anos de idade, chegou ao serviço hospitalar de emergência com mal-estar
súbito, febre alta, calafrios, próstata, com petéquias pelo corpo, sinais de Brudzinski e Kernig
positivos. Diante desse caso, deve-se estabelecer
(A) isolamento protetor.
(B) apenas precauções padrão.

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(C) precauções de contato.


(D) precauções para aerossóis.
(E) precauções para gotículas.
COMENTÁRIOS
A questão nos apresenta sintomas clássicos de meningite, não é mesmo?
Conforme o Guia de Bolso de Doenças Infecciosas e Parasitárias (2010):
A Doença Meningocócica (DM) é uma entidade clínica que apresenta diversas formas e
prognósticos. Há relatos de que a DM pode se apresentar sob a forma de doença benigna,
caracterizada por febre e bacteremia, simulando uma infecção respiratória, quase sempre
diagnosticada por hemocultura. Porém, em geral, o quadro é grave, a exemplo de septicemia
(meningococcemia), caracterizada por mal estar súbito, febre alta, calafrios, prostração,
acompanhada de manifestações hemorrágicas na pele (petéquias e equimoses), e, ainda, sob a
forma de meningite, com ou sem meningococcemia, de início súbito, com febre, cefaleia intensa,
náuseas, vômitos e rigidez de nuca, além de outros sinais de irritação meníngea (Kernig e
Brudzinski – Ilustração1).
Agente etiológico - Neisseria meningitidis (meningococo), bactéria em forma de diplococos
gram-negativos.
Reservatório - O homem doente ou portador assintomático.
Modo de transmissão - Contato íntimo de pessoa a pessoa (pessoas que residem no mesmo
domicílio ou que compartilham o mesmo dormitório em internatos, quartéis, creches, etc.), por meio
de gotículas das secreções da nasofaringe. O principal transmissor é o portador assintomático.
Período de incubação - De 2 a 10 dias; em média, de 3 a 4 dias.
Período de transmissibilidade - Enquanto houver o agente na nasofaringe. Em geral, após
24 horas de antibioticoterapia, o meningococo já desapareceu da orofaringe.

Figura - Sinais de Brudzinski e Kernig

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Paciente em decúbito dorsal:


eleva-se o tronco, fletindo-o
Flexão involuntária
Brudzinski

sobre a bacia; há flexão da


da perna sobre a
perna sobre a coxa e dessa
coxa e dessa sobre a

Kernig
sobre a bacia; ou eleva-se o
bacia, ao se tentar membro inferior em
antifletir a cabeça. extensão, fletindo-o sobre a
bacia após pequena
angulação, há flexão da
perna oposta sobre a coxa.
Essa variante chama-se,
também, manobra de
Laségue.

Então, diante do modo de transmissão da Doença Meningocócica (DM), qual medida de


precaução devemos estabelecer?
Como vimos a DM, e as outras formas de meningite, são de transmissão respiratória
por disseminação de gotículas (partículas maiores do que 5 μm), geradas durante tosse, espirro,
conversação ou na realização de diversos procedimentos tais como: inalação, aspiração, etc.
Quadro - Doenças transmitidas por gotículas, segundo o tipo de transmissão
e o período de isolamento.
INFECÇÃO/CONDIÇÃO TIPO DE
PERÍODO DE ISOLAMENTO
/MICRORGANISMO TRANSMISSÃO
Meniginte por Haemophylus
Até concluir o período de 24 horas de
influenzae (suspeita ou Gotículas
terapêutica eficaz.
confirmada)
Meningite por Nisseria
Até concluir o período de 24 horas de
meningitidis(suspeita ou Gotículas
terapêutica eficaz.
confirmada)
Até concluir o período de 24 horas de
Meningococemia Gotículas
terapêutica eficaz.
Fonte: Anvisa (2009)5

5
BRASIL. ANVISA. Cartilha de Proteção Respiratória contra Agentes Biológicos para Trabalhadores da Saúde. 1ª
edição. Brasília. 2009.

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Portanto, devemos estabelecer a Precaução Respiratória por Gotícula.


Figura - Ilustração das Medidas da Precaução por Gotícula ou Perdigoto

Fonte: ANVISA.

Indicações: pacientes portadores ou com infecção por micro-organismos transmissíveis por


gotículas de tamanho maior que 5μ, que podem ser gerados por tosse, espirro, conversação, ou
durante procedimentos como aspiração e broncoscopia. Exemplos: parotidite, coqueluche, difteria,
rubéola, meningite por meningococos, síndrome aguda respiratória grave (pneumonia asiática).
Os principais cuidados são os seguintes:
 Internação de paciente: quarto privativo ou, caso não seja possível, em quarto de paciente com
infecção pelo mesmo micro-organismo (coorte); a distância mínima entre os leitos deve ser de um
metro.
 Máscara: deve ser utilizada a máscara cirúrgica quando a proximidade com o paciente for menor
de um metro.
 Transporte de paciente: limitado, mas quando necessário, utilizar máscara cirúrgica para o
paciente.
 Visitas: restritas e orientadas.
Desse modo, nosso gabarito é a alternativa E.

41. De acordo com a Portaria n°. 104/2011, fazem parte da Lista de Notificação Compulsória
Imediata, surtos ou agregação de casos ou óbitos por:
(A) Poliomielite; Raiva Humana; Sarampo; Rubéola; Tuberculose.
(B) Febre Maculosa; Febre Tifoide; Hanseníase; Tétano; Cólera.

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(C) Botulismo; Hepatites Virais; Carbúnculo; Dengue; Síndrome da Imunodeficiência Humana


Adquirida.
(D) Difteria; Doença Meningocócica; Doença Transmitida por Alimentos (DTA) em embarcações
ou aeronaves; Influenza Humana; Meningites Virais.
(E) Febre Amarela; Febre do Nilo Ocidental; Hantavirose; Influenza humana por novo subtipo;
Peste.
COMENTÁRIOS
Existe a lista Nacional de Doenças e Agravos de Notificação Compulsória e as de notificação
compulsória imediata. A de notificação compulsória imediata é subdividida em:
- Casos suspeitos ou confirmados;
- Surto ou agregação de casos ou óbitos;
- Doença, morte ou evidência de animais com agente etiológico que podem acarretar a
ocorrência de doenças em humanos.
A questão solicita que saibamos sobre as doenças e agravos de notificação IMEDIATA nos
casos de surtos ou agregação de casos ou óbitos. Vamos a elas:

Doenças e Agravos de notificação imediata


III. Surto ou agregação de casos ou de óbitos por:
1. Difteria;
2. Doença meningocócica;
3. Doença transmitida por alimentos (DTA) em embarcações ou aeronaves;
4. Influenza humana;
5. Meningites virais;
6. Outros elementos de potencial relevância em saúde pública, após a avaliação de risco de
acordo com o anexo II do RSI 2005, destacando-se:
a) Alterações no padrão epidemiológico de doença conhecida, independente de constar na
lista de notificação compulsória;
b) Doença de origem desconhecida;
c) Exposição a contaminantes químicos;
d) Exposição à água para consumo humano fora dos padrões preconizados pelo SVS;

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e) Exposição ao ar contaminado, fora dos padrões preconizados pela Resolução do


CONAMA;
f) Acidentes envolvendo radiações ionizantes e não ionizantes por fontes não controladas, por
fontes utilizadas nas atividades industriais ou médicas e acidentes de transporte com produtos
radioativos da classe 7 da ONU;
g) Desastres de origem natural ou antropogênica quando houver desalojamento ou
desabrigados;
h) Desastres de origem natural ou antropogênicos quando houver comprometimento da
capacidade de funcionamento e infraestrutura das unidades de saúde locais em consequência
evento.
Conhecer a lista completa é fundamental, indispensável. Leiam, estudem, é praticamente certo
cair uma questão sobre esse assunto. Encontre a lista completa das doenças de notificação
compulsória no site do Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação) ou no link:
http://dtr2004.saude.gov.br/sinanweb/novo/Documentos/Portaria_GM-MS_n_104_de_25-01-
2011_-_Pag_37_e_38.pdf.
Essa questão foi bem específica, pois além de solicitar que o candidato saiba sobre as doenças
de notificação compulsória, ele pediu as de notificação imediata e dentre essas as que são
ocasionadas por surtos ou agregação de casos ou óbitos, ou seja, bem específico. Vamos comentar
os itens da questão.
Item A. Poliomielite; Raiva Humana; Sarampo; Rubéola; Tuberculose. Incorreto.
Tuberculose é doença de notificação compulsória não imediata. Já poliomielite, raiva humana,
sarampo e rubéola são de notificação imediata para casos suspeitos ou confirmados. Atenção! A
questão pede para os casos de surtos ou agregação de casos ou óbitos.
Item B. Febre Maculosa; Febre Tifoide; Hanseníase; Tétano; Cólera. Incorreto. Febre
maculosa, febre tifoide, hanseníase e tétano não são doenças de notificação imediata. Cólera é uma
doença de notificação imediata para casos suspeitos ou confirmados.
Item C. Botulismo; Hepatites Virais; Carbúnculo; Dengue; Síndrome da Imunodeficiência
Humana Adquirida. Incorreto. Hepatites virais, síndrome da imunodeficiência humana adquirida,
não são de notificação imediata. Dengue será de notificação imediata para casos suspeitos ou
confirmados em alguns casos (com complicação, choque da dengue, hemorrágica, óbito ou dengue
do sorotipo 4 nos estados sem transmissão endêmica do mesmo). Botulismo e carbúnculo são
doenças de notificação imediata para casos suspeitos ou confirmados.

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Item D. Difteria; Doença Meningocócica; Doença Transmitida por Alimentos (DTA) em embarcações
ou aeronaves; Influenza Humana; Meningites Virais. Correto. Todas essas doenças e agravos são de
notificação imediata nos casos de surtos ou agregação de casos ou óbitos.
Item E. Febre Amarela; Febre do Nilo Ocidental; Hantavirose; Influenza humana por novo
subtipo; Peste. Incorreto. Nenhuma dessas é de notificação para os casos de surto ou agregação de
casos ou óbito. Contudo, ela é a pegadinha da questão, pois todas são doenças de notificação
compulsória imediata, sendo que na classificação de caso suspeito ou confirmado e não na de surto
ou agregação de casos ou óbitos. ATENÇÃO!
Nesses termos, o gabarito é a letra D.

42. Mulher, 29 anos, 1,65m de altura, 75Kg de peso corporal, tabagista, usuária ativa de
contraceptivo hormonal oral, chegou ao serviço hospitalar de emergência às 8:00h, devido a
um quadro de 30 minutos de evolução caracterizado por algia em membro inferior esquerdo,
associada à aumento do volume, empastamento da panturrilha e cor violácea desta
extremidade. Às 8:30h, o médico a avaliou e a paciente era capaz de caminhar sozinha com
claudicação moderada, mas o pulso distal do membro afetado estava diminuído em relação ao
membro contra-lateral, sendo solicitado vaga na Clínica Médica. Como havia leito disponível
para internação, a paciente foi caminhando em companhia de um dos auxiliares de
enfermagem até o setor de destino, onde foi recebida às 8:50h pelo enfermeiro, que a
acompanhou até seu leito e coletou o histórico de enfermagem. O enfermeiro, no entanto,
precisou retornar ao Posto de Enfermagem para buscar o estetoscópio que havia esquecido na
bancada. Enquanto isso, a paciente decidiu ir ao banheiro para urinar e com muita
dificuldade e extremamente dispneica, ainda conseguiu voltar para o seu leito, mas evoluiu
com Parada Cardiorrespiratória (PCR). Identificada rapidamente pelo enfermeiro quando

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esse retornou para terminar o exame físico, foram iniciadas as manobras de Reanimação
Cardiopulmonar (RCP), intubação orotraqueal e, ao ser verificado o ritmo, constatou-se
atividade elétrica sem pulso. Diante desse caso e de acordo com as Diretrizes da American
Heart Association, informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma a seguir e assinale
a alternativa com a sequência correta.
( ) O enfermeiro deve ter feito o reconhecimento da PCR ao verificar que a paciente estava
irresponsiva, sem respiração ou com gasping e sem pulso palpado em 10 segundos.
( ) Na desfibrilação, deve ser utilizada carga de 360J se o desfibrilador for monofásico.
( ) Deve-se considerar a administração de trombolítico na RCP.
( ) Após estabelecimento de via aérea avançada, deve-se manter a relação compressão-
ventilação em 30:2.
(A) F – V – F – V.
(B) V – F – V – F.
(C) V – F – F – F.
(D) F – V – V – V.
(E) F – F – F – V.
COMENTÁRIOS:
Caros alunos. Esse tipo de questão pode assustar a primeira vista, considerando o enunciado
que é extremamente longo. Entretanto, vocês devem grifar as informações mais importantes, que
serão usadas para respondê-la. Nesse caso, essas informações são:
 mulher, tabagista, usuária ativa de contraceptivo hormonal oral, algia (dor) em membro
inferior esquerdo, associada à aumento do volume, empastamento da panturrilha e cor
violácea desta extremidade, pulso distal do membro afetado estava diminuído em relação ao
membro contra-lateral => a paciente provavelmente apresenta um quadro de TVP (trombose
venosa profunda);
 paciente evoluiu com Parada Cardiorrespiratória (PCR);
 a PCR foi identificada rapidamente pelo enfermeiro e foram iniciadas as manobras de
Reanimação Cardiopulmonar (RCP);
 intubação orotraqueal;
 ao ser verificado o ritmo, constatou-se atividade elétrica sem pulso.
A atividade elétrica sem pulso (AESP) representa um grupo heterogêneo de ritmos
organizados e semiorganizados, mas sem pulso palpável. Na AESP existe atividade mecânica,

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porém essas contrações não produzem débito cardíaco suficiente para produzir uma pressão
sanguínea detectável pelos métodos clínicos usuais. O principal ponto crítico nestas arritmias é que
elas estão frequentemente associadas a um estado clínico específico, que pode ser revertido quando
identificado precocemente e tratado apropriadamente. A ausência de pulso detectável e a presença
de algum tipo de atividade elétrica definem este grupo de arritmias.
Possíveis causas reversíveis de PCR
Hs Ts
- Hipóxia - Toxinas/tóxicos
- Hipovolemia - Tamponamento cardíaco
- Tensão no tórax (pneumotórax
- Hidrogênio (acidose)
hipertensivo)
- Trombose (coronária ou
- Hiper/hipocalemia
pulmonar)
- Hipotermia - Trauma
Fonte: Suporte Avançado de Vida em Cardiologia (ACLS)/AHA; SBC (adaptado).

Os pacientes em AESP não se beneficiam de desfibrilação. O foco da ressuscitação é na


RCP de alta qualidade com mínimas interrupções e a identificação de causas tratáveis e reversíveis.
As recomendações da American Heart Association (AHA) para o suporte básico de vida (SBV)
e RCP por profissionais de saúde são:
 verificar rapidamente se não há respiração ou se a mesma e anormal (isto e, não respirando ou
apenas com gasping) ao verificar a capacidade de resposta da vitima. O profissional de saúde não
deve levar mais do que 10 segundos verificando o pulso e, caso não sinta o pulso em 10 segundos,
deve iniciar a RCP;
 deve-se minimizar interrupções nas compressões torácicas;
 tem-se dado maior ênfase em RCP de alta qualidade (com frequência e profundidade de compressão
torácicas adequadas, permitindo retorno total do tórax entre as compressões);
 os socorristas devem iniciar as compressões torácicas antes de aplicar ventilações de resgate (C-A-B,
em vez de A-B-C); iniciar a RCP com 30 compressões, em vez de 2 ventilações (30:2), diminui a
demora em aplicar a primeira compressão.
 a frequência de compressão foi modificada para um mínimo de 100 por minuto, em vez de
aproximadamente 100/minuto;

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 a profundidade da compressão em adultos foi ligeiramente alterada para, no mínimo, 2 polegadas


(cerca de 5 cm), em lugar da faixa antes recomendada de cerca de 1 A 2 polegadas (4 a 5 cm).
 ventilações com via aérea avançada: 1 ventilação a cada 6 a 8 segundos (8 a 10 ventilações/min)
assíncronas com compressões torácicas; cerca de 1 segundo por ventilação com elevação visível do
tórax.
Após exposição inicial do tema, vejamos os itens da questão:
Item I. Verdadeiro. O enfermeiro deve ter feito o reconhecimento da PCR ao verificar que a
paciente estava irresponsiva, sem respiração ou com gasping e sem pulso palpado em 10 segundos.
Item II. Falso. Os pacientes em AESP não se beneficiam de desfibrilação.
Item III. Verdadeiro. Deve-se considerar a administração de trombolítico na RCP.
Considerando que a TVP pode ser uma das causas da PCR em AESP, há indicação do uso de
trombolíticos.
Item IV. Falso. Após estabelecimento de via aérea avançada, deve-se realizar 1 ventilação a
cada 6 a 8 segundos (8 a 10 ventilações/min) assíncronas com compressões torácicas; cerca de 1
segundo por ventilação com elevação visível do tórax.
Diante do exposto, o gabarito é a letra B.

43. Idoso, 67 anos, internado na Clínica Médica, apresentou bloqueio atrioventricular de 2º


grau Mobitz II com indicação de marcapasso transcutâneo. Esse marcapasso também é
denominado como
(A) transtorácico.
(B) percutâneo.
(C) transvenoso.
(D) intravenoso.
(E) trans-esofágico.
COMENTÁRIO:
Vamos conhecer um pouco sobre os principais tipos de marcapasso:
 Marca-passo Transvenoso: dispositivo gerador de pulso temporário, necessário para
controlar bradiarritmias transitórias ou taquiarritmias. O eletrodo elétrico é introduzido pela veia
subclávia, jugular ou cefálica, avançando inicialmente até o átrio direito e então até o ventrículo
direito.

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 Marcapasso Transcutâneo: é uma medida de urgência para manter a frequência cardíaca


adequada. Também chamados de marcapasso transtorácico, utilizam duas pás de eletrodos
descartáveis e adesivas que são fixadas no tórax e dorso do paciente e conectadas a um aparelho de
desfibrilador ajustado no modo de marcapasso.
 Marcapasso Definitivo: também chamado de permanente, interno, implantado,
intravenoso. Indicado em casos de bloqueio cardíaco completo, ou de segundo grau, acompanhado
de bradicardia, eletrodo é inserido por via intravenosa, pode ser uni ou bicameral e o gerador é
implantado sob a pele, abaixo da clavícula direitas ou esquerda.
 Marcapasso trans-esofágico é mais comum em pediatria. A proximidade entre o
esôfago e parede posterior do átrio esquerdo possibilita a estimulação atrial através de um cabo-
eletrodo trans-esofágico. A técnica é relativamente simples, necessitando de treinamento mínimo
para ter sucesso.
Portanto, a alternativa da questão é o item A.

44. Para algumas medicações, há possibilidade de reversão de seus efeitos com outras drogas.
Desse modo, o antídoto para a varfarina é
(A) flumazenil.
(B) fitomenadiona.
(C) protamina.
(D) naloxane.
(E) ácido ascórbico.
COMENTÁRIOS:
Para responder essa questão é essencial que tenhamos conhecimento de farmacologia. Para
tanto, veremos a seguir as indicações de cada uma das alternativas de acordo com o que diz as bulas
de cada substância.
FLUMAZENIL
Ação: antagonista benzodiazepínico que bloqueia especificamente, por inibição competitiva, osefeitos
centrais das substâncias que agem ao nível dos receptores benzodiazepínicos.

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Indicações: Encerramento de anestesia geral induzida e mantida com benzodiazepinas em pacientes


hospitalizados; Neutralização do efeito sedativo dos benzodiazepínicos em procedimentos diagnósticos e terapêuticos
de curta duração em pacientes hospitalizados e de ambulatório; Neutralização de reações paradoxais dos
benzodiazepínicos; Diagnóstico e tratamento de superdosagem com benzodiazepinas.
FITOMENADIONA (Vitamina K)
Ação: Como componente de um sistema enzimático, a vitamina K1 está envolvida na formação intra-hepática
dos fatores de coagulação II (protrombina), VII, IX e X. Anticoagulantes do tipo dicumarol causam um deslocamento
reversível da vitamina K1 para fora do sistema enzimático.
Não inibe a ação da heparina, cujo antídoto é a Protamina.
Indicações: Hemorragia ou perigo de hemorragia por hipoprotrombinemia grave (insuficiência dos atores de
coagulação II, VII, IX, X), hemorragia fisiológica do recém-nascido (profilaxia e terapêutica) ou devida a
superdosagem de anticoagulantes cumarínicos ou a efeitos da sua administração simultânea com a fenilbutazona,
salicilatos, etc. Hipovitaminose K, resultante de icterícia obstrutiva, transtornos digestivos ou hepáticos ou
administração prolongada de antibióticos, sulfonamidas ou preparados salicílicos.
A protrombinopenia excessiva, com ou sem sangramento, é rapidamente controlada pela descontinuação
da varfarina e, se necessário, administração oral ou parenteral de vitamina K.

PROTAMINA
Ação: As protaminas são proteínas de baixo peso molecular, com uma elevada proporção de arginina e são
extraídas dos testículos de diversas espécies de salmão. As protaminas combinam-se com a heparina, formando
complexos inativos destituídos de ação anticoagulante. Administrada isoladamente, a protamina pode apresentar um
efeito anticoagulante.

Indicações: Inativação da heparina em casos de hemorragias severas consecutivas à heparinoterapia;


inativação da heparina após emprego de circulação extracorpórea e diálise.
NALOXANE
Ação: previne os efeitos dos opioides, incluindo depressão respiratória, sedação e hipotensão. Ele também pode
reverter os efeitos disfóricos ou psicotomiméticos de agentes agonista-antagonistas, tal como a pentazocina. É um
antagonista puro de opioide, isto é, não possui as propriedades agonísticas ou características morfinomiméticas de
outros antagonistas de opioide. Narcan® não produz depressão respiratória, efeitos psicotomiméticos ou contração
pupilar. Na ausência de narcóticos ou de efeitos antagonistas de outro antagonista do narcótico ele não apresenta
atividade farmacológica.

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Indicações: é indicado para reversão completa ou parcial da depressão causada por opioide, inclusive
depressão respiratória, induzida por ingestão de narcóticos opioides naturais ou sintéticos, como propoxifeno, metadona
e certos analgésicos agonistas-antagonistas como nalbufina, pentazocina, butorfanol e ciclazocina. É também indicado
para o diagnóstico de superdosagem aguda suspeita ou conhecida por opioides.
ÁCIDO ASCÓRBICO
Interação com a varfarina sódica pode ocorrer aumento do tempo de protrombina
Indicações: profilaxia e tratamento da carência de vitamina C devido a suprimento deficiente, ou por
aumento das necessidades, como ocorre nas gripes e resfriados e nos casos de ferimentos intensos, queimaduras
profundas, fraturas e infecções crônicas. Na profilaxia e tratamento do escorbuto, da metemoglobinemiaidiopática, da
cárie dentária, da desnutrição, das infecções em geral e como acidificante da urina.
A partir dessas informações, podemos verificar que a alternativa correta é o item B, ou seja, o
antagonista da varfarina é o Fitomenadiona.

45. Dentre os cuidados para prevenção de infecção do trato urinário relacionado ao catéter
vesical de demora está
(A) evitar fixá-lo à pele para que não ocorra tração à movimentação.
(B) manter sempre a bolsa coletora acima do nível da bexiga.
(C) esvaziar a bolsa coletora regularmente, utilizando recipiente coletor individual e evitar contato
do tubo de drenagem com o recipiente coletor.
(D) higienizar o meato uretral com solução antisséptica, no mínimo, duas vezes por dia.
(E) fechar previamente o catéter antes da sua remoção.
COMENTÁRIOS:
De acordo com o Manual da Anvisa - Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à
Assistência à Saúde (2013), as recomendações são as seguintes:
 Após a inserção, fixar o cateter de modo seguro e que não permita tração ou
movimentação;
 Manter o sistema de drenagem fechado e estéril;
 Não desconectar o cateter ou tubo de drenagem, exceto se a irrigação for necessária;
 Trocar todo o sistema quando ocorrer desconexão, quebra da técnica asséptica ou
vazamento;
 Para exame de urina, coletar pequena amostra através de aspiração de urina com agulha
estéril após desinfecção do dispositivo de coleta:
o Levar a amostra imediatamente ao laboratório para cultura.

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 Para coleta de grandes volumes de urina para exames específicos (não urocultura),
obtenha a amostra da bolsa coletora de forma asséptica;
o Manter o fluxo de urina desobstruído;
 Esvaziar a bolsa coletora regularmente, utilizando recipiente coletor individual e
evitar contato do tubo de drenagem com o recipiente coletor;
 Manter sempre a bolsa coletora abaixo do nível da bexiga;
 Limpar rotineiramente o meato uretral com soluções antissépticas é desnecessário, mas
a higiene rotineira do meato é indicada;
 Não é necessário fechar previamente o cateter antes da sua remoção.
Analisando todos os itens:
(A) Item incorreto. Após a inserção do cateter você deve fixa-lo.
(B) Item incorreto. Manter sempre a bolsa coletora abaixo do nível da bexiga;
(C) Item correto.
(D) Item incorreto. A recomendação correta seria a seguinte: limpar rotineiramente o meato
uretral com soluções antissépticas é desnecessário, mas a higiene rotineira do meato é indicada
(E) Item incorreto. A recomendação sobre este tópico é a de que não é necessário fechar
previamente o cateter antes da sua remoção.
Deste modo, o gabarito da questão é a letra C.

46. Homem, 48 anos, em tratamento de hemorragia digestiva alta. Na Clínica Médica, recebe,
a cada 12 horas, 2 unidades de plasma fresco congelado e, diante do resultado do hemograma,
também teve indicação de 2 unidades de concentrado de hemácias ontem. Durante a infusão
da segunda unidade de concentrado de hemácias, apresentou febre alta associada à
taquicardia e calafrios. A conduta diante desse caso NÃO inclui
(A) interromper imediatamente a transfusão e comunicar o médico.
(B) retirar o acesso venoso periférico utilizado.
(C) verificar sinais vitais.
(D) manter equipo e bolsa intactos e encaminhá-los ao serviço de hemoterapia.
(E) coletar e enviar uma amostra de sangue do paciente pós-transfusional junto com a bolsa e o
equipo para o serviço de hemoterapia.

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COMENTÁRIOS6:
Caríssimos, essa questão traz como tema a conduta adequada diante da reação transfusional.
Para respondê-la vamos relembrar um pouco sobre esse tipo de reação.
Quadro: Tipos de reação transfusional
IMUNE NÃO IMUNE
IMEDIATA (<24h) - Reação febril não-hemolítica - Sobrecarga volêmica
(RFNH) - Contaminação bacteriana
- Reação hemolítica aguda (rha) - Hipotensão por inibidores da ECA
- Reação alérgica (leve, - Hemólise não imune
moderada, grave) - Hipocalcemia
- TRALI (Transfusion Related - Embolia pulmonar
Lung Injury - hipotermia

TARDIA (>24h) Aloimunização eritrocitária Hemossiderose


Aloimunização HLA Doenças infecciosas
Reação enxerto x hospedeiro
Púrpura pós transfusional
Imunomodulação

Sinais e sintomas das reações transfusionais:

Febre com ou sem calafrios (definida como elevação de 1°C na temperatura corpórea),
associada à transfusão; Calafrios com ou sem febre; Dor no local da infusão, torácica ou abdominal;
Alterações agudas na pressão arterial, tanto hipertensão como hipotensão; Alterações respiratórias
como: dispneia, taquipneia, hipóxia; sibilos; Alterações cutâneas como: prurido, urticaria, edema
localizado ou generalizado; Náusea, com ou sem vômitos.
Conduta Clínica
 Interromper imediatamente a transfusão e comunicar o médico responsável pela
transfusão.
 Manter acesso venoso com solução salina a 0,9%.
 Verificar sinais vitais e observar o estado cardiorrespiratório.
 Verificar todos os registros, formulários e identificação do receptor.
 Verificar à beira do leito, se o hemocomponente foi corretamente administrado ao
paciente desejado.
 Avaliar se ocorreu a reação e classificá-la, a fim de adequar a conduta específica.

6
Essa questão usou como referência o Guia para o uso de Hemocomponentes do ministério da saúde (BRASIL, 2010).

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 Manter o equipo e a bolsa intactos e encaminhar este material ao serviço de


hemoterapia.
 Avaliar a possibilidade de reação hemolítica, TRALI, anafilaxia, e sepse relacionada à
transfusão, situações nas quais são necessárias condutas de urgência.
 Se existir a possibilidade de algumas destas reações supracitadas, coletar e enviar
uma amostra pós transfusional junto com a bolsa e os equipos (garantir a não-contaminação
dos equipos) ao serviço de hemoterapia, assim como amostra de sangue e/ou urina para o
laboratório clinico quando indicado pelo médico.
 Registrar as ações no prontuário do paciente.
NOTA 1: As amostras devem ser colhidas preferencialmente de outro acesso que não aquele
utilizado para a transfusão.
NOTA 2: Em casos de reação urticariforme ou sobrecarga circulatória, não é necessária a
coleta de amostra pós transfusional.
Após esse breve resumo, podemos identificar que o acesso venoso deve ser mantido, portanto,
a alternativa da questão é o item B.

47. Raphaello, 26 anos, com pneumotórax por fratura de arcos costais à direita, ocasionados
por queda de cavalo no Rodeio, encontrava-se internado na Clínica Cirúrgica, com escala de
coma de Glasgow de 15 pontos, deambulando, ainda com dreno torácico em hemitórax
direito. Como em todos os seus plantões, o enfermeiro da manhã passava visita a todos os
pacientes internados no setor e, ao conversar com Raphaello o mesmo pediu-lhe permissão
para tomar banho mais cedo, porque estava muito quente. O enfermeiro autorizou e
perguntou ao paciente se ele precisava de ajuda e o mesmo respondeu-lhe que não. No
entanto, ao levantar da cama, o paciente não percebeu que o dreno estava enroscado na grade
e, acidentalmente, houve saída do dreno torácico. O enfermeiro ainda estava no quarto e
presenciou a ocorrência. Ao considerar que não há fístula aérea, a conduta imediata é
(A) ocluir rapidamente o orifício do dreno.
(B) ocluir o orifício na inspiração e abrir na expiração.
(C) ocluir o orifício na expiração e abrir na inspiração.
(D) pedir para o paciente prender a respiração e buscar material para curativo compressivo.
(E) pedir para o paciente respirar calmamente e buscar material para curativo oclusivo.

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COMENTÁRIOS:
O fator responsável pela entrada e saída de ar dos pulmões é o gradiente de pressão gerado
pela movimentação da caixa torácica. Esse gradiente, transmitido através do espaço pleural (espaço
compreendido entre as pleuras parietal e visceral) que mantém sempre uma pressão negativa, faz
com que mesmo em repouso os pulmões permaneçam expandidos.
Inúmeras causas como traumas, atos cirúrgicos e doenças pleurais podem provocar acumulo
de gás ou líquido na cavidade pleural alterando esse sistema pressórico, determinando colapso
pulmonar e insuficiência respiratória de intensidade varável. Nessas situações uma drenagem
pleural está indicada.
A drenagem torácica tem como objetivo a manutenção ou restabelecimento da pressão
negativa do espaço pleural. Ela é responsável pela remoção de ar, líquidos e sólidos (fibrina) do
espaço pleural ou mediastino, que podem ser resultantes de processos infecciosos, trauma,
procedimentos cirúrgicos entre outros.
O funcionamento do sistema é simples: uma vez introduzido na cavidade pleural, o dreno é
conectado ao restante do sistema, que ficará submetido às mesmas variações de pressão que
ocorrem na caixa torácica. A válvula unidirecional, criada pela submersão do tubo longo na coluna
líquida, permitirá a transferência de líquido ou ar da cavidade pleural para o frasco valvular
(coletor) quando a pressão intrapleural aumentar (durante a expiração), porém o fluxo no sentido
inverso será bloqueado quando esta pressão diminuir (na inspiração).

Sistema de drenagem de tórax Dreno de tórax Frasco para


drenagem de tórax

A saída acidental de um dreno de tórax nunca deveria ocorrer! Por isso é fundamental que o
mesmo esteja adequadamente fixado. Se ocorrer saída acidental do dreno em paciente que não tem
fístula aérea:

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 ocluir RAPIDAMENTE o orifício do dreno; não fique esperando material de curativo, use o
que tiver às mãos (lençol, toalha, etc.) ou simplesmente aproxime as bordas do orifício com
os dedos;
 avisar o médico responsável;
 fazer curativo compressivo;
 não deixe o paciente sozinho; procure tranquilizá-lo;
 administrar O2 se o paciente apresentar desconforto respiratório.
Dito isso, o gabarito é a assertiva A.

48. Em reunião dos enfermeiros, Marina e Marília estavam solicitando férias para o mês de
janeiro, mas só uma poderia gozar desse benefício devido à quantidade de atestados médicos
no setor. Como critério definido em reunião setorial prévia, o profissional que possui mais
tempo de serviço na instituição tem preferência na escolha do período de férias, mas os que
não são beneficiados costumam instigar discussões e dar justificativas para merecer a
concessão. Mesmo trabalhando há mais tempo do que Marília, Marina abriu mão de gozar
suas férias como havia solicitado, para prevenir aborrecimentos e frustrações, já que não
gostava muito da postura que a colega costumava adotar. Diante desse caso, a estratégia de
gerenciamento de conflito adotada por Marina foi:
(A) Amenização.
(B) Compromisso.
(C) Competição.
(D) Evitação.
(E) Acomodação.
COMENTÁRIOS:
O conflito é inerente à vida em sociedade, associado a divergências ou a incompatibilidades
entre pessoas ou grupos, dentro e fora das organizações. Sabemos que, em ambientes profissionais,
ele pode ser causado por fatores externos aos indivíduos, como disputas por recursos e cargos, ou
mesmo por fatores internos a cada pessoa, de ordem subjetiva e emocional, como expectativas,
interpretações, ideias e motivações.
Em uma organização, contudo, o conflito não é necessariamente algo negativo ou
disfuncional. Sendo um fenômeno inevitável, torna-se necessária a sua gestão e compreensão, para
que as suas vantagens sejam aproveitadas e os seus efeitos danosos sejam diminuídos ou anulados.

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Essa administração do conflito só é possível a partir da identificação das causas que o geraram.
Falaremos um pouco mais sobre alguns estilos de gestão de conflitos e suas características:
Gerenciar conflitos na enfermagem consiste em tratar os conflitos na medida em que estes
aparecem (reativamente), ou atuar antes que o conflito apareça para minimizar o impacto
(proativamente). Cabe ao enfermeiro criar soluções, minimizar as diferenças de percepção entre os
envolvidos, gerenciar a diversidade, saber ouvir e saber falar (se expressar) tratar as pessoas com
respeito e de modo inteligente, compreendendo que as diferenças podem conduzir a um crescimento
pessoal e profissional. A partir destas atitudes, o enfermeiro frente a uma situação de conflito tem
como objetivo criar uma solução que seja satisfatória para todos os envolvidos, o que nem sempre é
possível.
Para lidar com conflito temos que conhecê-lo, saber qual é a sua amplitude e como estamos
preparados para lidar com ele. De modo geral os autores, apesar de darem nomes diferenciados,
consideram que existem algumas estratégias que são mais utilizadas na solução dos conflitos, o que
apresentaremos de modo resumido a seguir:
• Comprometimento/compromisso: ambas as partes envolvidas no conflito abrem mão de
alguma coisa para que se possa caminhar na direção da solução do conflito.
• Evitação/evitamento: é quando as partes envolvidas não encaram o conflito fazendo a
opção por não reconhecer ou não tentar solucionar o conflito.
• Acomodação-suavização/cooperação: uma das partes abre mão de suas crenças e permite a
vitória da outra parte. Não há solução do problema que levou ao conflito.
• Competição: uma das partes consegue o que quer pela força ou poder, modalidade do tipo
perde-ganha, causa frustração e desejo de vingança.
• Amenização: é quando se busca mais as semelhanças do que as diferenças, de modo a
abrandar e reduzir o componente emocional presente no conflito, também não leva a resolução do
verdadeiro conflito.
• Colaboração: método cooperativo e positivo, solução do conflito de forma conjunta, através
de um comum acordo, forma assertiva de resolver um conflito, pois todas as partes vencem. Deve-
se deixar as metas originais de lado e trabalhar juntos para estabelecer novas metas comuns.
Diante do exposto, a alternativa correta é a letra E: uma das partes abre mão de suas crenças
(Marina abriu mão de gozar suas férias) e permite a vitória da outra parte. Não há solução do
problema que levou ao conflito.

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49. Paciente tem prescrição médica de Epinefrina 0,5ml SC agora. Na instituição há seringa
de 100 unidades. Quantas unidades correspondem ao volume prescrito?
(A) 5.
(B) 10.
(C) 25.
(D) 50.
(E) 100.
COMENTÁRIOS:
Vamos relembrar a formula da seringa de insulina.

Fórmula :
Frasco ------------ seringa

Prescrição --------X

Vamos identificar cada dado da fórmula no comando da questão:

Seringa: 100 ui
Prescrição: 0,5 ml
Frasco: 1 ml. Mas professora, em qual lugar está escrito que o frasco tem 1 ml? Caros
concurseiros, o examinador queria que vocês soubessem que toda ampola de epinefrina (adrenalina)
só contém 1 ml. Não existe outra apresentação.
1 ml -----100
0,5 ------x
1X=0,5. 100
X= 50
1
X= 50 UI.
Portanto, o gabarito da questão é a letra D.

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50. De acordo com a Resolução COFEN n°. 311/2007, na Seção I - das relações com a pessoa,
família e coletividade, constitui direito do profissional de enfermagem
(A) assegurar à pessoa, família e coletividade assistência de enfermagem livre de danos decorrentes
de imperícia, negligência ou imprudência.
(B) aprimorar os conhecimentos técnicos, científicos, éticos e culturais, em benefício da pessoa,
família e coletividade e do desenvolvimento da profissão.
(C) recusar a execução de atividades que não sejam de sua competência técnica, científica, ética e
legal ou que não ofereçam segurança ao profissional, à pessoa, família e coletividade.
(D) encaminhar a pessoa, família e coletividade aos serviços de defesa do cidadão, nos termos da
lei.
(E) participar da prática multiprofissional e interdisciplinar com responsabilidade, autonomia e
liberdade.
COMENTÁRIOS:
Queridos concurseiros de plantão, vamos analisar cada item.
Lembrem-se a questão solicita um DIREITO do profissional de enfermagem referente a
Seção I - das relações com a pessoa, família e coletividade.
Item A - assegurar à pessoa, família e coletividade assistência de enfermagem livre de danos
decorrentes de imperícia, negligência ou imprudência.
Item não atende ao comando da questão, pois menciona uma responsabilidade do
profissional, conforme artigo 12 do código de ética dos profissionais de enfermagem.
Item B - aprimorar os conhecimentos técnicos, científicos, éticos e culturais, em benefício da
pessoa, família e coletividade e do desenvolvimento da profissão.
Item menciona uma responsabilidade do profissional de enfermagem, conforme artigo 14 do
código de ética dos profissionais de enfermagem.
Item C - recusar a execução de atividades que não sejam de sua competência técnica,
científica, ética e legal ou que não ofereçam segurança ao profissional, à pessoa, família e
coletividade.
Item correto, pois atende ao que foi solicitado no enunciado da questão. O art. 10 do código
de ética menciona que é um direito do profissional de enfermagem “recusar a execução de
atividades que não sejam de sua competência técnica, científica, ética e legal ou que não ofereçam
segurança ao profissional, à pessoa, família e coletividade”.

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Item D - encaminhar a pessoa, família e coletividade aos serviços de defesa do cidadão, nos
termos da lei.
O art. 23 do código de ética dos profissionais de enfermagem trata de responsabilidades e
deveres da SEÇÃO I - DAS RELAÇÕES COM A PESSOA, FAMILIA E COLETIVIDADE.
Item E - participar da prática multiprofissional e interdisciplinar com responsabilidade,
autonomia e liberdade.
Conforme o artigo 36 do código de ética, trata-se de um direito do profissional. No entanto, é
mencionado na SEÇÃO II -DAS RELAÇÕES COM OS TRABALHADORES DE
ENFERMAGEM, SAÚDE E OUTROS DIREITOS.
Atenção para comando da questão!
Foi solicitado um DIREITO do profissional de enfermagem referente a Seção I - das
relações com a pessoa, família e coletividade.
Portanto, gabarito C.

=============
A AOCP novamente castigou muitos candidatos! Mas, com vocês, será diferente. Mantenham
a força. A APROVAÇÃO está próxima.
Professores do site www.romulopassos.com.br.

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REFERÊNCIAS:
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. ANVISA. Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à
Assistência à Saúde. Módulo 4 – Segurança do paciente e Qualidade em Serviço de Saúde. 2013.
(2013).
_________.___________.__________. Cartilha de Proteção Respiratória contra Agentes Biológicos para
Trabalhadores da Saúde. 1ª edição. Brasília:2009.
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de
Vigilância Epidemiológica. Doenças infecciosas e parasitárias: guia de bolso / Ministério da
Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. – 8. ed.
rev. – Brasília : Ministério da Saúde, 2010. 444 p. : Il. – (Série B. Textos Básicos de Saúde).
TIMBY, B. K. Assistência prestada ao pacientes com arritmias cardíacas. In: TIMBY, B. K.
Enfermagem-Medico-cirurgico. 8ª ed. Manole, 2005.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção
Especializada.Guia para o uso de hemocomponentes / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à
Saúde, Departamento de Atenção Especializada. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2010.
140 p.

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