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UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS

GFI128 – LABORATÓRIO DE FÍSICA B

PRÁTICA 1:
DETERMINAÇÃO DA DENSIDADE DE
SÓLIDOS E LÍQUIDOS

Júlio César Silva


Júlio César Silvério
Pedro Henrique Oliveira
Luiz Otavio Aguiar
Murilo Titimura
Turma 30H

Lavras
04/09/2018
Resumo.
Quando o assunto se trata sobre densidade muitas pessoas realizam associações
equivocadas, como levar em consideração que a densidade refere-se apenas sobre um
simples método matemático de massa (M) por volume (V). Porém, essa propriedade
física vai muito além desse princípio. Neste relatório iremos introduzir e demonstrar,
através de experimento, os conceitos sobre densidade levando em consideração corpos
sólidos e líquidos.

1 - Introdução.

No estudo da física, muitos alunos apresentam dificuldades em diferenciar


densidade de massa específica. De fato, é um pouco difícil, pois ambas são
determinadas pela mesma equação. O que difere densidade de massa específica é que
densidade leva em conta o volume total de um corpo, seja ele oco ou maciço, já a massa
específica leva em consideração somente a parte maciça. Pois bem, vamos às
definições.

A densidade é umas das propriedades que caracterizam uma substância, onde é


uma característica própria de cada material, por isso é classificada como sendo uma
propriedade específica. A mesma existe para determinar a quantidade de matéria que
está presente em certa quantidade de volume.

Por outro lado, na física, definimos a massa específica de uma substância como
sendo a massa por unidade de volume dessa substância. Nesse caso, nos interessa
somente a massa desse objeto. Por exemplo, supondo que temos um tijolo furado, para
sabermos a massa específica dele, temos que primeiramente determinar qual é sua
massa e o volume da parte maciça, isto é, o volume do tijolo menos o volume da parte
oca.

Na obtenção da densidade de sólidos e líquidos muitas vezes não dispomos de


meios para determinar corretamente o seu volume. A maioria das experiências
realizadas em aulas práticas de Física utiliza o princípio de Arquimedes e uma balança
como equipamento básico para determinação de densidade.
2 – Métodos
2.1 - Modelos Teóricos
Conceito de Densidade
O conceito de densidade (ou massa específica) é defino como a quantidade de
massa em uma unidade de volume, sendo expressada matematicamente pela formula:

D= M
V
Sendo: D= densidade
M= massa
V=volume

Deste modo, para sabermos a densidade de um corpo (ou objetos), precisamos apenas
saber a sua massa total e seu volume.
Segundo o Sistema Internacional de Unidades (SI), a unidade de densidade de
sólidos e líquidos é dada em quilograma por metro cúbico (kg/m3). Entretanto, pode ser
também expressa em g/cm3 (gramas por centímetro cubico) ou g/mL (gramas por
milimetro).
Observando a formula acima, vemos que a densidade dos matérias é
inversamente proporcional ao volume, e o volume, por sua vez, é uma grandeza que
varia com a temperatura e pressão, logo, se aumentarmos a temperatura, as partículas ou
moléculas constituintes do corpo irão se expandir, aumentando o volume e diminuindo a
densidade.
A densidade é, portanto, uma propriedade específica que pode ser usada para
identificar uma substância pura. Ela mostra também se foram adicionadas substâncias,
formando uma mistura, pois isso altera a densidade da substância.

Princípio de Arquimedes
Sendo assim, calcular a densidade de sólidos e de líquidos regulares é fácil. Os
líquidos podem ser “pesados” em uma balança, descobrindo sua massa, e medido seu
volume em algum cilindro graduado. Já os sólidos regulares, também podem ser
“pesados” em uma balança para descobrir sua massa, e seu volume é dado por formulas
especificas, apresentadas abaixo:

Fonte: uol, 2018. Disponível em: <https://alunosonline.uol.com.br>

Onde: altura (h); Comprimento (c); Largura (l); Raio (r); Pi (π) = 3,14; Base (b).

Entretanto, caso o sólido for irregular (como um tijolo furado ou uma pedra)
pode-se utilizar um conceito bem simples, que é o princípio de Arquimedes, ele
descobriu que o volume de água deslocado por um sólido irregular é exatamente igual
ao volume do próprio sólido.
Por exemplo, digamos que você quer descobrir a densidade de uma pedra irregular.
Depois de determinar a massa desse objeto, você determinará o volume dele seguindo
estes passos:
1. Coloque determinado volume de água em uma proveta;
2. Depois coloque a pedra totalmente submersa na água;
3. Anote qual foi a diferença no volume da água, este será o volume do sólido.
Fonte: uol, 2018. Disponível em: <https://alunosonline.uol.com.br>

Após seguir estes passos, resta apenas realizar os cálculos para descobrir a densidade do
corpo (ou objeto).

Variância ( ) e Desvio-padrão (
É possível calcular a incerteza total de uma medida direta (como, por exemplo,
o tempo, segundos e minutos, e a distância, metros e centímetros) a partir da soma da
média dos desvios das medidas com a incerteza de calibração, ou seja:

Onde ( ) é a incerteza total da medição, ( ) é a incerteza de calibração, que pode ser


encontrada no próprio instrumento, ou dividindo por dois a menor divisória da
graduação, e ( ) que indica a média dos desvios.
Entretanto, há outra forma de se obter incertezas aleatórias, por meio do desvio-
padrão, sabendo que manipular dados experimentais a partir de seus desvios-padrões, é
certo que se terão informações mais precisas. Definindo-se, primeiramente, a variância (
) de n-ésimo dados:

O desvio-padrão será:

Desvio-padrão populacional ( ) e amostral ( )

Um conjunto de dados amostrais é definido como um subconjunto de dados


populacionais, tendo eles, como principal diferença, a quantidade de informações que se
está analisando. Sabendo disso, na estatística, foi desenvolvido o conceito de desvio-
padrão amostral e desvio-padrão populacional, seguindo a mesma definição. Quanto
maior for o número de medidas, dados, entre outros, a utilização de ( ) é mais
adequada. O desvio-padrão populacional e amostral são calculados, respectivamente, da
seguinte forma:

Desvio-padrão total ( )

Além do desvio-padrão a partir da média dos desvios, há outra forma mais


precisa de se calcular a incerteza total de uma medida, cujo é o desvio-padrão total. Esse
desvio é definido como a soma do desvio aleatório ( ou ) ao quadrado e a incerteza
de calibração ( ) ao quadrado, ou seja:

Amostral:
Populacional:

Propagação de erro da densidade e volume.

Como definição, a propagação de erro se refere a um método matemático de


verificação da confiabilidade dos dados de uma medida ou amostra após a realização de
operações com os mesmos. Dado respectivos valores de massa, volume e as dimensões
de um objeto, é possível calcular a propagação do erro da massa e volume, sendo elas:

𝛿𝑀 𝑀
Propagação de Erro da densidade: 𝛿𝜌 = + 𝑉 2 𝛿𝑉
𝑉

Propagação de Erro do Volume: 𝛿𝑣 = 𝐵𝐶(𝛿𝐴) + 𝐴𝐶(𝛿𝐵) + 𝐴𝐵(𝛿𝐶)

Regressão linear

Regressão linear nada mais é do que estudar em números a relação entre


variáveis. Em geral, tem como objetivo tratar de um valor que não se consegue estimar
inicialmente.

A regressão linear é chamada "linear" porque se considera que a relação da


resposta às variáveis é uma função linear de alguns parâmetros, sendo uma das
primeiras formas de análise regressiva a ser estudada rigorosamente, e usada
extensamente em aplicações práticas. Isso acontece porque modelos que dependem de
forma linear dos seus parâmetros desconhecidos são mais fáceis de ajustar que os
modelos não lineares aos seus parâmetros, e porque as propriedades estatísticas dos
estimadores resultantes são fáceis de determinar.

Modelos de regressão linear são frequentemente ajustados usando a abordagem


dos mínimos quadrados.
Equação da regressão linear.

Para se estimar a reta linear em gráficos, precisa-se partir de uma equação, que
determina a relação entre ambas as variáveis.

Em que:

– Variável dependente, valor a se atingir.

– Coeficiente angular, coeficiente que representa o declive da reta.

– Coeficiente linear, coeficiente que representa a intercepção da


reta com o eixo (y). – Variável aleatória que indica possíveis erros
de medição.

Cálculo dos fatores ( ) e ( ).

Estas fórmulas podem ser definidas a partir do método dos mínimos quadrados,
onde se determina os coeficientes de forma que a soma dos quadrados dos erros seja
mínima, ou seja, deve-se minimizar:
2.2 - Métodos Experimentais.
Neste experimento trabalhamos com quatro blocos de alumínio em formato
retangular com diferentes tamanhos, calculados com o auxílio de um paquímetro
(incerteza de ±0,05 mm), os quais apresentaram diferentes massas que foram calculadas
através de uma balança digital (incerteza de ±0,01). O objetivo foi determinar a
densidade de cada amostra utilizando proveta de 250 ml (incerteza ± 2 ml) e que
posteriormente se realizasse uma comparação entre os resultados obtidos.

Inicialmente, se realizou as medidas dos lados A, B e C (62,90 x 19,15 x 12,75


mm, respectivamente) do bloco 1 e a mensuração de sua massa. Logo em seguida,
calculamos o seu volume. Após isso, realizamos novamente a mensuração das massas
dos blocos 2,3,4 obtendo os seguintes resultados:

Tabela 01 – Valores da massa dos blocos analisados no experimento.


Bloco Massa (g)
1 39,49 ±0,01
2 27,92 ± 0,01
3 32,51 ± 0,01
4 19,52 ± 0,01
Fonte: Dados levantados em laboratório (UFLA, 2018).

Para a caracterização do volume dos blocos mergulharam-se os corpos no


líquido (água) e observou-se a variação do volume na proveta levando em consideração
a quantidade de 150 ml de água colocados inicialmente. No próximo tópico
discutiremos sobre os resultados e mostraremos os dados experimentais obtidos.
3 - Resultados e Discussão.

A primeira etapa do experimento foi realizado o cálculo do volume do bloco 1


(B1) pela equação: altura (h) X Comprimento (c) X Largura (l), obtendo:

V= (15113,66 ±110,94) mm³

Logo após, mesurado sua massa em uma balança, obtendo:

M= (39,49 ± 0,01) g

Obtido estes resultados, foi calculo a densidade do bloco 1:

D= (2,61x10-3 ± 0,25x10-3) g/mm³


Devido ao bloco 1 ser um objeto regular e com massa uniforme, podemos
realizar os princípios matemáticos para determinar seu volume e densidade.

A segunda etapa do experimento foi realizado o calculo do volume de quatro


blocos utilizando o princípio de Arquimedes e a mensuração das massas obtidas por
uma balança digital, obtendo os seguintes valores:

Tabela 02. Calculo da massa, volume e densidade dos blocos.


Experimentos Massa 𝛿𝑀 Vol. Vol. Vol. 𝛿𝑉 Densidade 𝛿𝜌
(g) (g) inicial Final Objeto (ml) (g/mm³) (g/mm³)
(ml) (ml) (ml)
B1 39,49 0,01 150 164 14 2 0,00282 0,0007
B2 67,41 0,02 150 174 24 2 0,00280 0,001
B3 99,92 0,03 150 186 36 2 0,00270 0,0008
B4 119,44 0,04 150 194 44 2 0,00271 0,0012
Fonte: Dados levantados em laboratório (UFLA, 2018).

Através dos resultados obtidos nas duas etapas, realizando suas comparações
com o valor retirado da literatura, podemos dizer que os experimentos foram um
sucesso, pois a diferença de densidade foi de 0,0001 g/mm³ (0, 01 g/cm³), onde essa
diferença provém de pequenos erros experimentais, como a incerteza de calibração que
o equipamento apresenta.

Densidade obtida na etapa 1: 0,00261 g/mm³;


Média das densidades obtidas na etapa 2: 0,00275 g/mm³
Densidade literal do alumínio: 2 700 kg/m³ ou 0,00270 g/mm³.
Para melhor análise dos dados, construiu-se um gráfico do volume deslocado em
função da massa (Gráfico 1), levando em consideração os dados da tabela 02.
Utilizando o Excel e o software SciDAVIs, calculou-se a partir da regressão linear, os
coeficientes lineares e angular da curva formada, assim como os coeficientes de
determinação, correlação e R².

Tabela 03. Regressão linear obtida pelo Excel.

Fonte: Dados levantados em laboratório (UFLA, 2018).

Contudo, observando as barras de erro, os dados finais dos experimentos se


diferenciaram pouco, logo, obtendo uma fidelidade nos resultados. Todavia, analisando
os valores da tabela 03 e do Gráfico 1, pode-se concluir que os coeficientes de
correlação e determinação estão bem próximos de 1, sendo assim, a reta de regressão
está adequada ao ajuste e os valores experimentais correlacionados com o ajuste feito. O
coeficiente angular refere-se à densidade dentre os objetos do experimento e o linear
surge a partir do reajuste da curva, onde erros que influenciam no experimento também
alteram o seu valor.
4- Conclusão.
Após todos os procedimentos realizados, podemos analisar os resultados e
perceber que a densidade encontrada na forma teórica e pela forma experimental acabou
sendo bem parecidas, resultando em valores bem próximos, sendo que a densidade
encontrada por meio da etapa 1 foi de 0,00261 g/mm³, a média da etapa 2 sendo
0,00275 g/mm³ e a densidade literal do alumínio é 0,00270 g/mm³. Assim, podemos
concluir que o experimento está bem condizente com o verdadeiro valor da densidade
deste objeto, sabendo que existe uma margem de erro bem pequena.

5- Bibliografia
HEWITT, Paul G. Física conceitual. Líquidos, capitulo 13, parte 1. 12. ed. Porto
Alegre, RS: Bookman, 2015. xxv, 790 p.

Fogaça. J. Densidade de sólidos irregulares (Princípio de Arquimedes). Disponível em:


<https://alunosonline.uol.com.br/quimica/densidade-solidos-irregulares-principio-
arquimedes.html>. acesso em 03 de setembro de 2018.

SILVA, Domiciano Correa Marques da. "Definição física de densidade"; Brasil Escola.
Disponível em <https://brasilescola.uol.com.br/fisica/definicao-fisica-densidade.htm>.
Acesso em 04 de setembro de 2018.

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