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MINERAÇÃO – ATIVIDADES & RESPONSABILIDADES

Ricardo Dutra – Engenheiro de Minas

1. CONCEITOS GERAIS.

Minerar é arte de extrair economicamente bens minerais da crosta terrestre,


utilizando técnicas adequadas a cada situação. Estas técnicas visam minimizar os
impactos ao meio ambiente, dentro dos princípios da conservação mineral, e têm como
compromisso a recuperação das áreas mineradas durante a extração e após a
desativação, dando a estas áreas um outro uso apropriado.
Extrair economicamente significa que todos os bens minerais implicam na
existência de procedimentos e aproveitamento com lucro das riquezas minerais existentes
na natureza. A utilização de técnicas adequadas ao meio ambiente implica na
manutenção da qualidade ambiental do local e em menos dispêndio de recursos a serem
gastos na recuperação das áreas mineradas no futuro.
A conservação mineral caracteriza-se pela ativa descoberta e conseqüente
aumento das reservas disponíveis; pela completa extração, evitando-se desperdício na
lavra e no beneficiamento; e pela adequada utilização de materiais, não se lançando mão
dos nobres quando as necessidades puderem ser atendidas com a utilização de outros,
de menor qualidade.
A recuperação de áreas degradadas pela mineração já é uma realidade e faz
parte de um compromisso assumido pela empresa desde o início da exploração mineral.
Esta recuperação pode ser efetuada durante a lavra, quando da exaustão de algumas
frentes e após a desativação da mina. Para que isso ocorra e a área recuperada tenha um
uso apropriado, é necessário um planejamento desde o início das atividades mineiras e
que este planejamento seja revisto periodicamente ao longo da vida útil da mina.

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2. A IMPORTÂNCIA DOS RECURSOS MINERAIS PARA A HUMANIDADE.

Assim como a agricultura, a mineração é uma das primeiras indústrias básicas da


civilização, sendo a agricultura a primeira e a mineração a segunda atividade da espécie
humana.
A importância da mineração para a humanidade remonta de milhares de anos
atrás, quando os recursos minerais eram utilizados para a confecção de ferramentas
(sílex) para a caça e pesca, armas para a guerra (bronze e ferro); ornamentos (pedras e
metais preciosos), construção civil (areia, argilas, pedras, etc...), bem como moeda (ouro,
prata e cobre) destinada à diversas transações comerciais.
A partir da Revolução Industrial, outros minérios ganharam importância tais como
aqueles utilizados pela indústria do aço (minérios de ferro e manganês, carvão mineral,
etc...), geração de energia térmica e elétrica (carvão mineral e petróleo), combustíveis
para veículos diversos (carvão mineral e petróleo), indústria eletro-eletrônica (cobre,
alumínio, silício, etc...), indústria química (cloretos, nitratos, fosfatos, etc...) e, mais
recentemente, energia nuclear gerada por minerais radioativos (eletricidade, medicina e
armas nucleares).
Um bom exemplo da importância dos recursos minerais do nosso cotidiano é uma
casa, onde todos os utensílios que a compõem provêm dos recursos minerais.

3. FASES DE MINERAÇÃO.

A mineração envolve procedimentos que vão desde a procura e descoberta de


ocorrências minerais com possível interesse econômico, até o reconhecimento do seu
tamanho, forma e valor econômico. As fases de prospecção e pesquisa mineral poderão
revelar dados promissores para a futura lavra, se demonstrarem a existência de reservas
econômicas capazes de suportar um empreendimento de natureza industrial. A mineração
engloba ainda o transporte, o processamento e a concentração dos minérios e toda a
infra-estrutura necessária a estas operações, dando lugar aos processos da metalurgia e
da indústria transformadora.

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A mineração compreende diversas fases que estão interligadas entre si e são
descritas a seguir:

• Prospecção e Pesquisa Mineral – ela se inicia com a procura do bem mineral,


visando definir áreas com indícios de ocorrência mineral. É seguida pelo estudo
mais profundo da ocorrência mineral descoberta, visando qualificar e
quantificar as reservas minerais existentes, bem como definir o seu valor
econômico.
• Lavra de Jazidas – é a fase onde começa o aproveitamento econômico /
industrial da jazida. Pode ser desenvolvida a céu aberto ou em subsolo,
envolvendo basicamente as seguintes operações unitárias: perfuração,
desmonte, carregamento e transporte.
• Beneficiamento de Minérios – abrange a transformação física do minério bruto
em produtos minerais (concentrados) com especificações técnicas bem
definidas e compatíveis com as exigências do mercado consumidor.
• Recuperação Ambiental – é a fase final de preparação para a devolução das
áreas utilizadas e degradadas pela mineração à comunidade, ao governo ou a
particulares.

Com estas fases fecha-se o ciclo da mineração com responsabilidade ambiental,


passando a mineração a ser encarada como uma atividade meio e não como atividade fim
como era no passado.

4. PROSPECÇÃO E PESQUISA MINERAL.

Pode-se conceituar prospecção mineral como sendo a arte / ciência de rastrear,


localizar e avaliar ocorrências minerais.
Os trabalhos preparatórios para uma prospecção mineral começam com estudos
de mapas topográficos e geológicos, e com a pesquisa bibliográfica aproveitando
publicações e relatórios disponíveis.

Condição básica para o sucesso do projeto é o conhecimento profundo da


geologia regional e local, das condições estruturais, além da estratigrafia e a petrografia.

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Os trabalhos de campo começam com as visitas iniciais para se familiarizar com o
terreno. Nesta ocasião deverão ser examinados afloramentos e ou ocorrências já
conhecidas.
Os principais métodos utilizados são os seguintes:

• Prospecção de minerais pesados.


• Prospecção por luminescência (fluorescência, fosforescência e
termoluminescência).
• Prospecção geofísica (magnetometria, polarização induzida, eletroresistividade
e sísmica de refração).
• Prospecção geoquímica.

Entende-se por pesquisa mineral a execução dos trabalhos necessários à


definição da jazida, sua avaliação e a determinação da exeqüibilidade do seu
aproveitamento econômico.
A pesquisa mineral compreende, entre outros, trabalhos de campo e de
laboratório, tais como levantamentos geológicos pormenorizados da área a pesquisar, em
escala conveniente, estudos dos afloramentos e suas correlações, levantamentos
geofísicos e geoquímicos de detalhe, abertura de escavações visitáveis e execução de
sondagens no corpo mineral, amostragens sistemáticas, análises físicas e químicas das
amostras e dos testemunhos de sondagem, ensaios exploratórios de beneficiamento dos
minérios ou das substâncias minerais úteis, para obtenção de concentrados de acordo
com as especificações do mercado ou aproveitamento industrial.

A definição da jazida resultará da coordenação, correlação e interpretação dos


dados colhidos nos trabalhos executados e conduzirá a uma medida das reservas e dos
teores.

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A exeqüibilidade do aproveitamento econômico resultará da análise preliminar dos
custos de produção, dos fretes e do mercado.
Os principais métodos de pesquisa mineral utilizados são os seguintes:

• Escavações diretas (poços, trincheiras e galerias).


• Sondagens (trado, percussiva, rotativa e rotopercussiva).
• Amostragem (canal, testemunhos de sondagem e pó de perfuratriz).
• Análises físicas e químicas.
• Tratamento de dados (softwares especiais).
• Relatórios técnicos.
• Avaliação econômica.

Os profissionais legalmente qualificados e habilitados para desempenhar a função


de responsável técnico pelas atividades de prospecção e pesquisa mineral são os
geólogos e os engenheiros de minas.
Todo projeto de prospecção e pesquisa mineral (e sua subseqüente implantação)
deverá ser elaborado por um profissional legalmente habilitado de forma a garantir a
qualidade dos trabalhos realizados. É imprescindível a emissão das Anotações de
Responsabilidade Técnica (ART) pertinentes.

5. LAVRA DE JAZIDAS.

Entende-se por lavra o conjunto de operações coordenadas objetivando o


aproveitamento industrial de uma jazida, a começar da extração das substâncias minerais
úteis que contiver até o seu beneficiamento.
Os trabalhos de lavra se dividem basicamente em duas fases: o desenvolvimento
e a lavra propriamente dita.
A extração das substâncias úteis de uma jazida não deve ser iniciada
imediatamente nos locais onde a mesma aflora.
A eventual adoção de tal prática, denominada “extrativismo mineral”, pode
comprometer de forma irreversível o aproveitamento econômico de todo o jazimento.

Deve-se proceder a uma preparação do local, dentro de um determinado


planejamento, envolvendo uma série de operações e atividades denominadas
desenvolvimento.

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Trata-se de uma fase que envolve investimentos significativos e que, por
segurança, deve ser iniciada somente após a certeza de posse da jazida.
Seu planejamento está intimamente ligado ao tipo de jazimento e ao método de
lavra a ser adotado.
No desenvolvimento das jazidas de médio e grande porte, se faz necessário
efetuar sua divisão em módulos de menor porte, compatíveis com a geologia e morfologia
do corpo de minério, visando o planejamento racional e sistemático das futuras operações
de lavra.
Compreendem também a implantação de vias de acesso e obras de infra-
estrutura para suprimento dos insumos necessários (água, energia, ar comprimido, etc...).
A lavra de uma jazida mineral pode ser realizada por trabalhos a céu aberto,
subterrâneos ou por uma combinação dos mesmos.
A opção depende de um fator denominado relação de mineração limite, isto é,
relação estéril / minério limite. Trata-se de um número adimensional que expressa uma
relação entre massas ou volumes. Esta relação é um dos valores fundamentais para o
planejamento de lavra.
O planejamento de lavra, de uma maneira geral, envolve o estabelecimento de
programas de trabalho de curto, médio e longo prazo exigindo basicamente:

• Desenvolvimento de um inventário da mineralização.


• Escolha da técnica de planejamento.
• Estabelecimento dos parâmetros básicos.
• Estabelecimento do limite final da cava.
• Disposição de serviços.
• Planos de curto e médio prazo.
• Seleção de equipamentos.

Os métodos de lavra são definidos basicamente em função das características


geológicas e geotécnicas do minério e das encaixantes, assim como dos custos
envolvidos.
São divididos classicamente em métodos a céu aberto e subterrâneo.
A lavra a céu aberto apresenta, com relação à lavra subterrânea, as vantagens do
menor custo de produção, maior facilidade de supervisão, melhores condições de
trabalho, uso mais racional e eficiente dos explosivos, riscos mais reduzidos, maior nível
de produção, emprego de equipamentos de grande porte, etc...

Como desvantagens, exige grande movimentação de materiais (minério e estéril),


imobiliza expressivas áreas superficiais, expõe os trabalhadores às intempéries, limita a
lavra a profundidades moderadas, etc...
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Os principais métodos de lavra a céu aberto são os seguintes:

• Lavra por bancadas.

• Lavra por tiras.

• Lavra por desmonte hidráulico.

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• Lavra por dragagem.

A lavra subterrânea é aquela executada no interior da crosta terrestre. É aplicável


a jazidas minerais situadas sob espessas camadas de capeamento, cuja remoção seria
anti-econômica para ser realizada a céu aberto.

Uma mina subterrânea produtiva necessita de um sistema de poços, galerias e


chaminés cuidadosamente planejado.
Os principais métodos de lavra subterrânea são os seguintes:

• Mineração tipo realce em subníveis (“Sublevel Stoping”).

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• Mineração em salões e pilares (“Room and Pillar”).

• Mineração tipo realce com enchimento temporário (“Shrinkage Stoping”).

• Mineração tipo corte e enchimento (“Cut and Fill”).

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• Mineração tipo abatimento em subníveis (“Sublevel Caving”).

• Mineração tipo abatimento de blocos (“Block Caving”).

As principais operações unitárias utilizadas na lavra de jazidas são:

• Perfuração de rochas.

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• Desmonte (escavação mecânica ou com utilização de explosivos).

• Carregamento.

• Transporte.

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O profissional legalmente qualificado e habilitado para desempenhar a função de
responsável técnico pelas atividades de lavra de jazidas é o engenheiro de minas.
Todo projeto de lavra (e sua subseqüente implantação) deverá ser elaborado por
um profissional legalmente habilitado de forma a garantir a qualidade dos trabalhos
realizados. É imprescindível a emissão das Anotações de Responsabilidade Técnica
(ART) pertinentes.

6. BENEFICIAMENTO DE MINÉRIOS.

A tecnologia mineral constitui o único arsenal de informações e metodologias ao


qual se pode recorrer para promover o fortalecimento da indústria de mineração,
principalmente as de pequeno e médio porte, visando sua sobrevivência e crescimento
num mercado globalizado altamente competitivo.

O beneficiamento de minérios pode ser conceituado basicamente como sendo a


ciência que transforma “pedras” em matérias primas para suprir os mais diversos ramos
industriais. Na realidade, compreende um universo amplo e multidisciplinar, envolvendo
diversos campos de engenharia e da ciência propriamente dita.
Hoje em dia, poucos minérios brutos são passíveis de utilização direta como
produto final. Na maioria dos casos necessitam de um determinado beneficiamento,
utilizando essencialmente processos físicos, sem alterar a estrutura química dos minerais
presentes. Os materiais assim obtidos são usualmente denominados concentrados.

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O desenvolvimento do processo de beneficiamento de um determinado bem
mineral demanda inicialmente sua detalhada caracterização tecnológica, seguido da
análise dos mecanismos de fratura, processos de separação, além do conhecimento
profundo de mecânica dos fluidos e comportamento de superfícies e interfaces.
O beneficiamento de minérios compreende basicamente as seguintes operações:

• Cominuição (britagem e moagem).

• Classificação (peneiramento e classificação).

• Concentração (gravimétrica, magnética, flotação, etc...).

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• Desaguamento (sedimentação, filtragem, centrifugação e secagem).

• Manuseio de materiais (sólidos secos, polpas, disposição de rejeitos).

• Amostragem.

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O profissional legalmente qualificado e habilitado para desempenhar a função de
responsável técnico pelas atividades de beneficiamento de minérios é o engenheiro de
minas.
Todo projeto de beneficiamento (e sua subseqüente implantação) deverá ser
elaborado por um profissional legalmente habilitado de forma a garantir a qualidade dos
trabalhos realizados. É imprescindível a emissão das Anotações de Responsabilidade
Técnica (ART) pertinentes.

7. RECUPERAÇÃO AMBIENTAL.

A mineração, independente do tipo ou característica do depósito mineral, causa


diversos mudanças no meio ambiente.

A lavra subterrânea torna a área pouco afetada superficialmente, ao contrário da


lavra a céu aberto que, pela maior movimentação de materiais, impacta de maneira
acentuada a superfície com significativas mudanças na topografia e estabilidade da
paisagem, além da remoção e disposição de rocha estéril com as aberturas de cavas.
A recuperação e reabilitação de áreas mineradas têm como objetivo primordial:

• Proteção da saúde e segurança da comunidade.


• Minimizar ou eliminar o impacto ambiental.
• Permitir, no local, um uso produtivo similar ao original ou uma alternativa
aceitável.

Estes objetivos só podem ser aceitos se o local apresentar condições aceitáveis


de:
• Estabilidade Física – estruturas tais como: pilares e aberturas subterrâneas,
cavas, barragens de rejeitos e vertedouros devem ser estabilizados para evitar
qualquer dano à comunidade local.
• Estabilidade Química – águas superficiais e subterrâneas devem ser protegidas
contra impactos ambientais adversos resultantes das atividades de lavra e
beneficiamento.

Uso futuro da área, quando do fechamento da mina, a reabilitação e recuperação


dos sítios minerados devem ser compatíveis com o uso futuro das áreas vizinhas.

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• Restauração da área lavrada semelhante à área antes da lavra com a
restauração do escossistema nativo.
• Restauração da área lavrada com o retorno da vegetação nativa, restaurando
as atividades anteriores à lavra, tais como: agricultura ou florestas nativas.
• Desenvolvimento da área para usos significativos, mas diferentes do existente
antes da mineração. Criação de uma nova forma de benefícios para a
comunidade local. Ex.: áreas de lazer, habitação, florestas temáticas,
agricultura, etc...

Estes trabalhos geralmente compreendem os estágios de reconformação do solo


e reconstrução de uma superfície estável; e a revegetação ou desenvolvimento do uso
alternativo ao solo reconformado e construído.

Diante desse panorama, os seguintes princípios básicos devem ser seguidos:

• Preparar a recuperação por meio de planos no início da mineração; é


necessário um plano prévio e dinâmico o suficiente para ser aperfeiçoado ou
modificado durante a vida da mina.
• Sempre que possível, minimizar as áreas que devem ser desmatadas, quanto
menos áreas desmatadas menor a quantidade de áreas a serem recuperadas.
• Caracterizar e estocar o solo fértil para uso futuro, evitando assim o
decapeamento de outros locais para a coleta destes solos.
• Recuperar progressivamente a área à medida que a lavra avança, diminuir a
quantidade de áreas a serem recuperadas da mina e os seus custos de
recuperação, quando da desativação da mina.
• Reconformar as áreas lavradas, tornando-as estáveis, drenadas e adequadas
para o uso futuro do solo.
• Minimizar, sempre que possível, os impactos visuais causados pela mineração,
isto pode ocorrer através da recuperação simultânea à lavra e instalação de
cortinas arbóreas no entorno da mina.
• Após a lavra, reinstalar drenagens naturais existentes anteriormente, sempre
que possível.
• Minimizar a erosão eólica e hídrica após o fechamento da mina, por meio de
revegetação e instalação de drenagens naturais;
• Remover e controlar os materiais tóxicos e residuais, controlando o transporte,
utilização e despejo de resíduos tóxicos.
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• Preparar o solo após a lavra para permitir infiltração de ar, água e o
crescimento da raiz, necessidade de descompactação do solo lavrado para
permitir a instalação da vegetação.
• Revegetar a área minerada com espécies consistentes com o uso do solo após
o fechamento da mina.
• Monitorar e gerenciar as áreas recuperadas até a vegetação tornar-se auto-
sustentáveis e a completa integração da área reabilitada às áreas
circunvizinhas.

A recuperação de áreas mineradas deve, sempre que possível, ser executada


através de um plano estabelecido antes da implantação da mina, e, à medida que as
operações mineiras estejam sendo desenvolvidas, programas de controle e preservação
ambiental devem ser implementados. Finalizadas as operações mineiras, iniciam-se os
trabalhos de recuperação ambiental destas.
Obviamente, ajustes no plano inicialmente estabelecido deverão ser realizados ao
longo da vida útil da mina até a sua completa desativação quando então medidas mais
concretas serão aplicadas.
Os tipos de recuperação comumente utilizados são:

• Recuperação de áreas mineradas após a desativação completa das atividades


mineira, mesmo planejada, só deve ser executada em operações que durante a
vida útil da mina, não puderem ser executadas. Ex. cavas de grande porte,
bacias ou barragens de rejeitos, construções, etc.
• Recuperação simultânea à lavra ocorre geralmente após a desativação de
frentes de lavra e desenvolve-se paralelamente às atividades mineiras.
Utilizada freqüentemente para cavas de pequeno porte e pilhas de estéril.

Estes trabalhos, quando realizados de acordo com o citado anteriormente, têm


um custo de controle, preservação e recuperação ambiental, inicialmente mais elevado,
no período em que a empresa está capitalizada, tendendo a diminuir após a completa
desativação da mina, período em que a mina está descapitalizada, além de reduzir ou
eliminar o passivo ambiental deixado pela atividade mineira.
Dentre os trabalhos de recuperação planejada, pode-se citar ainda mais dois tipos
de recuperação:

• Recuperação provisória – implementada em áreas sem um uso final definido,


ou, ainda, quando a desativação prevista estiver para se executada em longo
prazo. Recupera-se a área para o período que esteja sem ocupação.
• Recuperação definitiva – quando o uso final do solo estiver definido, devendo
ocorrer simultaneamente à lavra e voltada a estabilização da área e em
conformidade com a utilização prevista no Plano de Recuperação de Áreas
Degradadas (PRAD).

Os profissionais qualificados e habilitados para desempenhar a função de


responsável técnico pelas atividades de recuperação ambiental na mineração são os
geólogos e os engenheiros de minas, assessorados por profissionais afins (biólogos,
agrônomos, etc...) devidamente qualificados em gestão ambiental.
Todo projeto de recuperação ambiental (e sua subseqüente implantação) deverá
ser elaborado por profissionais legalmente habilitados de forma a garantir a qualidade dos
trabalhos realizados. É imprescindível a emissão das Anotações de Responsabilidade
Técnica (ART) pertinentes.

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