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Nutrição enteral

A Nutrição Enteral ou NE é segundo o Ministério da Saúde do Brasil, designa todo e qualquer


"alimento para fins especiais, com ingestão controlada de nutrientes, na forma isolada ou
combinada, de composição definida ou estimada, especialmente formulada e elaborada para uso por
sondas ou via oral, industrializado ou não, utilizada exclusiva ou parcialmente para substituir ou
complementar a alimentação oral em pacientes desnutridos ou não, conforme suas necessidades
nutricionais, em regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, visando a síntese ou manutenção dos
tecidos, órgãos ou sistemas".

Para verificação e mais detalhes sobre as normas e definições da NE e Terapia Nutricional Enteral
(TNE), o conteúdo completo está em Portaria nº 337 de 1999 no site da ANVISA.

Indicações para Nutrição Enteral em Adultos

 AVC
 Doenças Desmielinizantes
 Anorexia Nervosa
 Neoplasia de esôfago
 Perfuração Traumática de esôfago
 Doenças inflamatórias intestinais
 Síndrome do Intestino Curto
 Fístulas Digestivas
 Queimaduras
 Câncer

Indicações para NE em crianças

 Tubo gastrointestinal funcionante, mas incapaz de se alimentar VO


 Necessidade de alimentação noturna
 Necessidade de gotejamento contínuo após diarréia grave
 Anorexia
 Estados hipercatabólicos
 Motilidade gástrica prejudicada
 Refluxo gastroesofagiano
 Pneumonia aspirativa

Contra-indicações

 Obstrução intestinal
 Iléo Paralítico
 Obstrução Gástrica

Complicações

 Obstrução da sonda
 Saída ou migração acidental da sonda
 Erosões nasais, necrose e abcesso de septo nasal
 Sinusite aguda, rouquidão, otite
 Esofagite, Ulceração esofágica e estenose
 Ruptura de varizes de esôfago
 Fístula traqueo esofágica
 Complicações pulmonares (pneumonia, pneumotórax, etc)
Nutrição parenteral

Nutrição parenteral (NP) é a alimentação dada através de uma veia.

A nutrição parenteral serve para complementar ou substituir completamente a alimentação oral


(dada pela boca) ou enteral.

Uma pessoa que não pode, não consegue ou não deve alimentar-se utilizando seu aparelho
digestivo necessita de uma outra maneira de alimentação que o mantenha com um estado
nutricional adequado, pois o paciente desnutrido enfrenta muito mal as enfermidades e
invariavelmente evolui para óbito quando não é revertida esta situação.

São exemplos desta necessidade:

 recém-nascidos prematuros, cujo sistema digestivo não é capaz de processar (digerir) o leite
de modo suficiente à sua necessidade
 pacientes submetidos a cirurgias gastrintestinais de grande porte que complicam com fístulas
(vazamentos).
 pacientes com a sindrome do intestino curto.

A nutrição parenteral pode ser "Total" ou "Parcial", conforme a necessidade.

Componentes

Os componentes da nutrição parenteral são:

 Água

É o de maior volume, necessário para repor as perdas e transportar os outros componente. O


cálculo da quantidade total de fluido necessário (o volume) deve levar em conta as necessidades e
as perdas. Pode ser usado o peso e a diurese neste balanço. No adulto segue-se um padrão de
2000 a 2500 ml no frasco de nutrição parenteral e o restante é administrado através de soros em
veias periféricas. Na neonatologia, depende de fatores como a idade pós-natal (quanto maior a
idade, maior a necessidade até cerca de 15 dias de idade, quando se estabiliza) e a idade
gestacional(quanto mais prematuro, maior a necessidade). Idealmente, a diurese deve estar entre 1-
2 ml/Kg/hora tendo uma densidade urinária de 1005-1010. Após o nascimento, o peso cai por cerca
de 4-5 dias, mas pode cair por até 12 dias, dependendo das condições clínicas (prematuros por
exemplo). Quanto mais prematuro, maior a perda de peso em porcentagem do peso original. Um RN
normal pode perder 5-10% de seu peso, já um prematuro pode chegar a perder 20% de seu peso ao
nascimento.

 Glicose

Utilizada na forma de soluções hipertonicas de glicose, geralmente a 50% - ou seja, 50 gramas de


glicose para cada 100 ml.

 Aminoácidos

Necessário para formar a proteína, utilizam-se soluções a 10% (10 gramas por 100 ml). Existem
comercialmente soluções especiais para problemas renais e hepáticos e soluções especiais para
recém-nascidos muito prematuros.
 Lipídios

Utilizado preferencialmente todos os dias como fonte de energia, juntamente a glicose, apresnta-se
em soluções a 10 e 20% (10 ou 20 g/100 ml)

-Eletrólitos

 Sódio - na forma de NaCl a 20%.


 Potássio- na forma de KCl e fosfato ácido de potássio.
 Cálcio- Utilizado em veia periférica para evitar precipitação do soluto.
 Fósforo na forma de fosfato ácido de potássio
 Magnésio na forma de sulfato de magnésio.

-Vitaminas

 A
 B1
 B6
 B12
 C
 D
 E
 K- utilizado uma vez por semana, preferencialmente em veia periférica.

Elementos minerais:

 Ferro
 Zinco
 Cobre
 Cromo
 Iodo

Complicações

Como principal complicação, por tratar-se de uma solução altamente nutritiva, é a contaminação por
bactérias e fungos que colonizam os frascos. Para evitar este problema técnicas de esterilização dos
frascos e materiais, bem como uma técnica asséptica são necessárias.

O acesso venoso da nutrição perenteral total deve ser uma veia central para evitar a flebite, isto é,
deve ser em uma veia calibrosa próximo ao coração para evitar uma reação inflamatória da veia,
devido a concentração alta de glicose.

Desnutrição

A desnutrição é uma doença causada por dieta inapropriada, hipocalórica e hipoprotéica; também
pode ser causada por má-absorção de nutrientes ou anorexia. Tem influência de fator social,
psiquiátrico ou simplesmente patológico. Acontece principalmente em indivíduos de baixa classe
social e principalmente as crianças de países subdesenvolvidos.

Causas
A causa mais freqüente da desnutrição é a má alimentação pela pobreza. Há anorexia e bulimia
causada por doença psiquiátrica, acontece principalmente em mulheres que nunca estão satisfeitas
com sua auto-imagem, apesar de serem de fato extremamente magras. Ainda, outras patologias
podem desencadear má absorção ou dificuldade de alimentação (disfagia) e causar a desnutrição.

Fisiopatologia e quadro clínico

Em um indivíduo primeiramente com estado nutricional normal, ao ter sua alimentação altamente
limitada, sofre primeiramente com o gasto energético. Gasta-se rapidamente os ATPs produzidos
pelas mitocôndrias e em seguida a glicose dos tecidos e do sangue com a liberação de insulina.

Com o esgotamento da glicose, a próxima fonte de energia a ser utilizada é o glicogênio


armazenado nos músculos e no fígado. Ele é rapidamente lisado em glicose e fornece um aporte
razoável de energia. Sua depleção irá causar apatia, prostração e até síncopes - o cérebro que
utiliza apenas a glicose e corpos cetônicos, como fonte de energia sofre muito quando há
hipoglicemia.

Em seguida, a gordura(triacilglicerol) é liberada das reservas adiposas, é quebrada em acido-graxo


mais glicerol.O glicerol e transportado para o fígado a fim de produzir novas moléculas de glicose.O
ácido-graxo por meio de beta-oxidação forma corpos cetônicos que causa aumento da acidez
sangüinea( ph sanguineo normal 7,4). O acumulo de corpos cetônicos no sangue pode levar a um
quadro de cetomia sua progressão tende a evoluir com o surgimento de ceto-
acidose(ph<7,3)compensado pelo organismo com liberação de bicarbonatos na circulação.

A pele fica mais fina, sem o tecido adiposo subcutâneo. Nessa etapa, as proteínas dos músculos e
do fígado passam a ser quebredas em aminoácidos para que esses por meio da gliconeogênese
passem a ser a nova fonte de glicose (energia). Na verdade, o organismo pode usar ainda várias
substâncias como fonte de energia além dessas, se for possível. Há grande perda de massa
muscular e as feições do indivíduo ficam mais próximas ao esqueleto e caveira. A força muscular é
mínima, no cas e a conseqüência seguinte é o óbito.

Complicações

Coração: o coração perde massa muscular, assim como os outros músculos do corpo. Em estágio
mais avançado há insuficiência cardíaca e posteriormente morte.

Sistema imune: torna-se ineficiente. O corpo humano não vai ter os nutrientes necessários para
produzir as células de defesa. Logo, é comum infecções intestinais subseqüentes, respiratórias e
outros acometimentos. A duração das doenças é maior e o prognóstico é sempre pior em
comparação a indivíduos normais. A cicatrização é lentificada.

Sangue: É possível ocorrer um quadro de anemia ferropriva relacionada à desnutrição.

Trato gastro-intestinal: há menor secreção de HCl pelo estômago, tornando esse ambiente mais
propício para proliferação bacteriana. O intestino diminui seu ritmo de peristalse e a absorção de
nutrientes fica muito reduzida.

Desnutrição Kwashiorkor - Marasmo


Avitaminose Vitaminas B: B1: Beribéri/Encefalopatia de Wernicke, B2: Ariboflavinose,
B3: Pelagra, B6: Deficiência de piridoxina, B7: Deficiência de biotina, B9:
Deficiência de folato, B12: Deficiência de vitamina B12
outras vitaminas: A: Deficiência de vitamina A/Manchas de Bitot, C:
Escorbuto, D: Raquitismo/Osteomalacia
Deficiência de zinco - Deficiência de ferro - Deficiência de magnésio -
Deficiência de minerais
Deficiência de cromo
Obesidade - Envenenamento por vitamina (Hipervitaminose A,
Hiperalimentação
Hipervitaminose D)

Nutrição Enteral em Crianças

É comum o crescimento linear ser prejudicado antes do diagnóstico da doença de Crohn


pediátrica no seu início, bem como durante os anos subseqüentes, o mesmo podendo acontecer, na
maturidade, com a altura [1]. Dos múltiplos fatores que contribuem para isto, a inadequação
nutricional crônica e os efeitos inibitórios do crescimento diretos das citocinas produzidas pelo
intestino inflamado são os mais importantes. Portanto, uma nutrição adequada e uma redução da
inflamação intestinal são vitais para o manejo das crianças. Os méritos especiais da nutrição enteral
em crianças vêm do potencial que a terapia de dieta líquida tem de facilitar a consecução destes
dois objetivos.
A nutrição enteral é empregada no manejo de pacientes pediátricos com doença de Crohn não
apenas para melhorar a sua ingestão de calorias e o seu estado nutricional, intensificando, através
disto, o crescimento, mas também como um tratamento básico da inflamação intestinal ativa.
Meta-análises de dados de experiência controlada randomizada mostraram que os corticosteróides
são mais eficazes do que a nutrição enteral exclusiva na doença de Crohn ativa tanto em adultos
como em crianças [2]. No maior estudo pediátrico, 76% das crianças tratadas com dieta
nasogástrica noturna exclusiva de uma fórmula semi-elementar obtiveram remissão clínica dentro de
4 semanas em comparação com 90% daquelas tratadas com doses convencionais de prednisona
[3]. Nenhuma experiência de nutrição enteral, controlada com placebo, foi realizada, mas as taxas
de resposta à nutrição enteral, em experiências comparando o tratamento dietético com os
corticosteróides, são claramente superiores às taxas de resposta ao placebo em outros contextos
semelhantes de experiência controlada randomizada (Tabela 1). Além do mais, as considerações de
custo/benefício justificam uma preferência pelo tratamento nutricional em crianças com crescimento
comprometido, mesmo quando a probabilidade de remissão é maior com corticosteróides.
A modalidade de ação da nutrição enteral como tratamento básico ainda se encontra em nível de
conjectura. As hipóteses têm incluído alteração na flora microbiana intestinal, eliminação da ingestão
de antígenos dietéticos, diminuição da síntese intestinal dos mediadores inflamatórios através de
uma redução na gordura dietética, reposição nutricional global e administração de micronutrientes
importantes ao intestino doente. A importância da composição da fórmula é controversa. Os dados
de experiências controladas aleatoriamente são, atualmente, insuficientes para estabelecer se a
antigenicidade diminuída relacionada com o teor de proteínas ou um efeito imunomodulador
relacionado com baixo teor de gordura são importantes na redução da inflamação intestinal. Estas
duas hipóteses estão sendo investigadas em estudos clínicos correntes.

Uma grande limitação da nutrição enteral tem sido a tendência dos sintomas de ocorrer novamente
quando a alimentação normal é retomada. A manutenção da remissão nutricionalmente induzida é
particularmente importante em pacientes pediátricos se o crescimento tiver que ser facilitado. Duas
estratégias nutricionais foram sugeridas. Uma recente experiência pediátrica controlada prospectiva,
comparou a nutrição enteral exclusiva cíclica (um mês em quatro) versus prednisona de baixa dose
em dias alternados [4]. Embora o tempo até a primeira recidiva e o número de recidivas clínicas
fossem comparáveis, as crianças que seguiram o regime nutricional obtiveram ganhos maiores em
altura durante o período de estudo de 18 meses. Como uma estratégia alternativa, a continuação da
nutrição enteral suplementar de quatro a cinco noites por semana, além de uma dieta diurna ad
libitum regular, foi associada a uma remissão clínica prolongada e um melhor crescimento linear em
um estudo histórico "cohort" [5].
Referências
1. Markowitz J, Grancher K, Rosa J, et al. Growth failure in pediatric inflammatory
bowel disease: a prospective study. Gastroenterology 1993;105:681-91.
2. Griffiths AM, Ohlsson A, Sherman P, Sutherland L. Meta-analysis of enteral
nutrition as primary therapy of active Crohn's disease. Gastroenterology 1995;108:1056-1067.

Doenças Cardiovasculares em Crianças

Segundo o Doutor Claude Yanaret, Pediatra da Organização Sanitas Internacional, os problemas de


coração em crianças podem ser detectados desde a décima oitava e décima nona semana de
gestação e alguns outros casos desde a décima terceira.

Desta forma os pediatras têm em suas mãos, a tarefa fundamental de detectar os sintomas e sinais
de provável origem cardiovascular, contando para isso com ferramentas tecnológicas que hoje em
dia complementam a função deste profissional. Com estas novas possibilidades pode-se reconhecer
de maneira exata a presença de determinadas enfermidades que dificultam as funções do coração,
das artérias, e outros componentes do aparelho cardiovascular de uma criança.

Médicos como o Doutor Esteban Carmuega - médico do Centro CESNI de Buenos Aires e
colaborador da Organização Mundial de Saúde - afirma que "durante as gestação e nos primeiros
três anos, é que são estabelecidos certos mecanismos biológicos que nos acompanharão ao longo
da vida."Daí a necessidade do papel do pediatra na atenção ao recém-nascido.

Deve-se levar em conta que durante os primeiros dias de vida se desencadeiam as mudanças mais
importantes no aparelho cardiovascular infantil, há de se adaptar a circulação uterina à vida fora do
ventre materno. É por isso que é importante conhecer e seguir tais mudanças através de exames
complementares, que incluem a medida do peso, altura, idade gestacional, a forma da alimentação
do bebê, a respiração o nível de atividade física, a presença de dores ou dificuldades articulares, os
resultados destes estudos de diagnóstico e a consideração dos antecedentes hereditários, assim
como também as características da saúde da mãe durante os meses da gravidez.

Em geral as cardiopatias congênitas resultam em ser as patologias mais comuns quando se detecta
alguma dificuldade cardiovascular em crianças. Através do reconhecimento clínico, de
eletrocardiogramas, radiografias e da correta valorização da função cardíaca, poderá ser tratado
rapidamente um caso concreto de insuficiência cardíaca, bem como evitar um alarme excessivo
causado pela identificação de um sopro discreto, onde a saúde da criança quase nunca está
comprometida.

De todas as formas a oportunidade de atuação de um especialista no tema em conjunto com o


médico clínico, determinará as medidas subseqüentes e a real importância dos sinais e sintomas
encontrados. O risco da doença cardíaca congênita é alarmante. Adquire-se maior incidência se um
familiar direto for portador de uma patologia.

Deve ter-se em conta que nestes casos as conclusões dependerão dos especialistas e sobre a base
do tipo de antecedente familiar em relação à cardiopatia envolvida.

As Causas

Algumas causas de doenças cardíacas congênitas alem da herança e dos fatores genéticos, são de
natureza ambiental, tais como a radiação, infecções, drogas, diabetes, lupus, Síndrome de Down,
entre outras.
As tipologias mais freqüentes de cardiopatias congênitas podem ser classificadas em cianóticas e
acianóticas.

Para dar uma explicação simples e para se compreender o tema, teremos em conta que o coração é
um músculo que bombeia o sangue pelo corpo. Está dividido em quatro partes denominadas
câmaras cardíacas (dois átrios e dois ventrículos). Um átrio e um ventrículo estão localizados no
lado direito do coração e os outros dois no lado esquerdo. Dentro do coração existem quatro
válvulas- abertas unidirecionalmente - que permitem ao sangue circular unicamente em uma
determinada direção (entrado ou saindo).

O sangue vai do coração aos pulmões, onde recebe oxigênio, necessário a todo o corpo, e adquire
uma cor brilhante regressando ao coração. Este, logo bombeia o sangue através do corpo pelas
artérias. Conforme o oxigênio é usado pelos tecidos e órgãos do corpo, o sangue volta a escurecer e
retorna pelas veias ao coração de onde o processo começa todo novamente.

As anomalias congênitas podem impedir que este processo se desencadeie corretamente e em grau
menor afetar a capacidade da criança. Alguns bebês já apresentam sintomas. Outros podem possuir
apenas um ruído diferente na ausculta do coração - denominado normalmente de sopro - os que por
sua vez podem ser inocentes ou funcionais. Outra possibilidade é a existência de um desarranjo dos
tecidos do coração.

Em alguns casos estas patologias impedem que o coração bombeie sangue adequadamente até os
pulmões e outras partes do corpo, fato que pode causar uma insuficiência cardíaca. A criança
afetada sentirá palpitações e dificuldades para respirar. Outras vezes pode suceder que as
manifestações não serão evidentes até a adolescência ou a idade adulta.

Tratamento e Prevenção

Dependendo do caso as diferentes patologias podem ser tratadas clinicamente com atenção médica
e farmacológica, ou nos casos mais complexos há que se intervir cirurgicamente, seja com práticas
reparadoras, paliativas ou até o transplante. A ciência atualmente permite a implementação de
técnicas cada vez mais aplicáveis e com maiores possibilidades para a cirurgia, podendo ser
realizadas em recém-nascidos, lactentes e crianças na primeira e segunda infância.

Algumas destas patologias cardiovasculares são como explicado anteriormente, as cardiopatias


congênitas, a endocardite infecciosa, a miocardite, a pericardite, a insuficiência cardíaca, a
hipertensão arterial e mais outras relacionadas às anteriores. Cada uma representará uma
sintomatologia particular na criança e deverá também ser tratada de maneira específica.

Entre os antecedentes na Argentina sobre patologias cardiovasculares comprometidas, está o Dr.


Florentino Vargas, especialista em transplantes cardíacos infantis, tendo realizado mais de 30
intervenções no país desde o ano de 1996. Em sua maioria os resultados foram positivos. "Esta
experiência Argentina foi representada e publicada em congressos nacionais e internacionais, mas a
sua principal importância foi no impacto sobre a vida e a doação de órgãos" descreveu o especialista
para o jornal Clarín de Buenos Aires.

A experiência e as expectativas com relação às enfermidades cardiovasculares em crianças são


cada vez mais animadoras. O principal é o controle médico e a atenção dos pais diante dos sinais e
sintomas que seus filhos podem desenvolver. Dificuldades respiratórias, palpitações, falta de apetite,
perda de peso, antecedentes familiares ou algum outro sintoma que chame à atenção deve ser
motivo para uma consulta ao pediatra.

O especialista será a pessoa mais indicada para reconhecer a presença de algum incoviniente de
saúde. Não se deve ter uma preocupação desmedida sem antes ouvir a opinião de um médico. O
Dr. Mario Ciruzzi, chefe da Unidade Coronariana do Hospital Pirovano, relembra a importância das
consultas periódicas ao médico, dos bons hábitos de vida e sempre ter em conta antecedentes
familiares. "Os antecedentes são um fator de risco imutável, por que fazem parte de uma bagagem
genética, conhecê-los é poder prevení-los".

A boa alimentação, a atividade física e outras medidas preventivas são fatores variáveis que
melhoram a qualidade de vida e a chegada da maturidade. O antecedente familiar é um fator de
risco fácil de identificar, daí a importância da atenção médica e o acompanhamento tanto da mãe,
desde a gestação, como do filho, desde o nascimento até a vida adulta.

Contaminação dos alimentos

Os alimentos são excelentes substratos onde se desenvolvem numerosas espécies e variedades de


microrganismos, por vários fatores ambientais. De todos os micro-organismos as bactérias são as de
maior participação nos processos de contaminações de alimentos, pois atuam sob numerosos tipos
de substratos, sob diferentes faixas de temperatura e de PH, bem como de condições do meio
ambiente.

A contaminação microbiana do alimento acontece direta ou indiretamente. Na forma direta ela ocorre
no tecido animal ou vegetal vivo, antes do abate ou colheita, já na forma indireta, acontece depois do
abate ou colheita dos alimentos, por mecanismo cruzado ou não. A higiene pessoal dos
manipuladores de alimentos, higiene do ambiente de trabalho e de utensílios utilizados para o
preparo de alimentos, são itens imprescindíveis para o cuidado de uma alimentação sem
contaminação e de boa qualidade.

Fontes de microorganismos contaminantes:

• Indivíduo (manipulador): o indivíduo enfermo ou portador assintomático de microrganismos


patogênicos é portador ativo de contaminação de alimentos.
Boca e nariz: espirros, tosse, focos dentários, inflamações bucais, etc.
• Mãos: procedimentos anti-higiênicos (esfregar o nariz, alisar o cabelo, etc).
• Lesões cutâneas: ferimentos, espinhas, furúnculos, queimaduras, etc.
• Animais: como o cachorro, gato, pássaros, podem constituir graves focos de contaminação e
transmissão de microrganismos que se estende a ali-mentos e ao próprio indivíduo.
• Insetos: além da degradação física podem transmitir aos produtos microrganismos deteriorantes e
patogênicos. As moscas que tem seu habitat em locais anti - higiênico (lixo, chiqueiros, etc) ,
transportam através de seu corpo grande quantidade de microrganismos sendo depois depositado
sobre equipa-mentos, utensílios e alimentos expostos. As baratas pode contaminar com facilidade os
alimentos pelo fato de coabitarem os locais de preparo e armazenamento (cozinhas, copas,
despesas). As baratas tem olfato acentuado e por isso localizam os alimentos com muita facilidade.
Além de veicularem microrganismos, prejudicam o odor e o sabor dos alimentos, impregnando com
seu desagradável e característico cheiro.

• Roedores: atuam principalmente sobre os alimentos armazenados, contaminando-os através de


seus pelos, fezes e urina. Os alimentos preferencialmente consumidos pelos roedores são os
cereais, as frutas, o leite, embutidos e queijos.

• Aves : os ovos podem ser contaminados devido à alimentação das aves e também a manipulação
do homem.

• Mamíferos: especialmente os bovinos e suínos, podem vincular diretamente microrganismos para


os alimentos posteriormente constituídos , como a carne e o leite.

• Pescados: os peixes, camarões, lagostas, mariscos e outros tipos de pescados podem conter uma
intensa carga microbiana. Os pescados podem tornarem-se produtores de microrganismos desde o
momento de sua captura e visceração das operações de congelamento e descongelamento, de seu
transporte e processamento e sua estocagem.

OS MACRONUTRIENTES: QUEM SÃO ELES?

Quando o assunto é alimento, a maioria das pessoas tende a pensar somente nas calorias
que eles fornecem ao organismo, sem saber de onde esta energia vem. Mas, você sabia que
são os macronutrientes que fornecem as calorias aos alimentos?

Quer saber quem são os macronutrientes? Leia o texto a seguir e descubra um pouco mais dessas
substâncias e sua importância para o organismo

Carboidratos: a primeira fonte de energia do corpo

Erroneamente, muitos acreditam que os carboidratos são os vilões das dietas. É muito comum,
quando se pretende emagrecer, fazer a restrição de alimentos fontes desse nutriente, o que pode
trazer algumas conseqüências como, fraqueza e sonolência. Além disso, os carboidratos são a única
fonte de energia para o cérebro e

são os primeiros a serem utilizados como fonte de energia para o funcionamento do corpo. São
classificados em monossacarídeos (glicose, frutose e galactose); dissacarídeos (sacarose, maltose e
lactose) e polissacarídeos (amido, dextrina, glicogênio e celulose).

Entre os alimentos ricos em carboidratos encontram-se: macarrão, pães, batata, batata doce,
mandioca, mandioquinha, grão de bico, lentilha, cará, pinhão, farinhas, arroz, frutas, mel, geléias e
leite.

Cada grama de carboidrato fornece 4 Kcal.

Proteínas: os alimentos construtores


Elas estão intimamente relacionadas com a fabricação de proteínas que compõem os tecidos do
organismo como, também, na composição de enzimas e hormônios. Participam da defesa do
organismo na forma de anticorpos.

A quebra da proteína resulta em aminoácidos. Alguns aminoácidos são descritos como essenciais,
pois o organismo não consegue produzí-los em quantidades suficientes, por isso, eles devem ser
adquiridos através da alimentação. Os aminoácidos têm importância na síntese de vitaminas e de
transmissores cerebrais como a serotonina.

Os alimentos ricos em proteínas são os de origem animal (carne vermelha, aves e peixes). Entre
a leguminosas que apresentam teores significativos de proteínas estão os feijões, a soja, lentilha,
ervilha, nozes e amêndoas.

Cada grama de proteína fornece 4 Kcal.

Lipídeos: o nutriente energético

Por muito tempo, acreditava-se que o vilão das dietas seriam os carboidratos. Mas, agora já se sabe
que o maior fornecedor de energia são os lipídeos ou gorduras. Assim, ele deve compor, no máximo,
30% do valor calórico total da dieta. Entretanto, alguns pequenos cuidados podem ser tomados.
Quando for ao supermercado, dê preferências às gorduras de origem vegetal. Prefira as margarina
ao invés de manteigas. Compre óleos de canola, milho ou girassol. Com esse simples cuidado,
ocorre um aumento da ingestão de gorduras insaturadas e polinsaturadas, relacionadas com o
aumento do bom colesterol.
Alimentos fonte ou ricos em gorduras: óleos, manteigas, margarinas, azeites, castanhas, nozes,
bolos, tortas, doces, maioneses, molhos e cremes.

Cada grama de gordura fornece 9 Kcal.

Macronutrientes

Os alimentos são a nossa principal fonte de energia, necessários para o bom funcionamento do
organismo e para a própria manutenção da vida. Alguns nutrientes, os chamados macronutrientes,
devem ser ingeridos em quantidades maiores, na proporção ideal de 55 a 60% de carboidratos, 25 a
30% de gorduras e 12% de proteínas. Podemos definí-los da seguinte maneira: as proteínas
constroem e reparam o corpo, gorduras e carboidratos são combustíveis.

A digestão é o primeiro passo para retirar energia dos alimentos. Lembrando que quando falamos
em energia, estamos falando em calorias. Sob esse aspecto, é importante destacar que o total
dessa energia ingerida é resultado da soma de todo o alimento e os líquidos com valor calórico que
a pessoa consome ao longo do dia, sem exceção.

Mas os macronutrientes têm valores calóricos diferentes, como podemos ver abaixo:

Macronutrientes Composição Energética (kcal/g)

Gorduras 9
Carboidratos 4
Proteínas 4
Fibras ---

Essas diferenças se refletem também quando pensamos no principal causador do excesso de peso.
Durante anos, acreditou-se que os carboidratos (açúcar e amido) estavam diretamente relacionados
à obesidade. Hoje sabemos que essa premissa não é a mais correta e a gordura vem ser o grande
problema.
A explicação básica é simples. As calorias dos carboidratos transformam-se rapidamente em energia
a ser consumida pelo organismo, enquanto que as gorduras são usadas como forma de
armazenamento de energia.

Com isso, se consumirmos mais calorias do que o nosso corpo precisa para satisfazer o requisitado
pela atividade física diária, teremos um acúmulo maior de gorduras armazenadas, o que é sinônimo
de obesidade.

Gorduras

Gorduras, óleos e substâncias similares são classificados como lipídios, devido às suas
semelhanças em solubilidade. Eles são os macronutrientes responsáveis por diversas funções
importantes para o organismo. Além de sua função energética, pois liberam maior quantidade de
calorias por grama, as gorduras são também excelentes veículos de vitaminas lipossolúveis
(solúveis em gordura).

Fornecem moléculas fundamentais para o organismo (prostaglandinas, lipoproteínas e colesterol),


são matérias-primas para síntese de vários hormônios e ácidos graxos essências (ou seja,
incapazes de serem sintetizados pelo organismo, necessitando serem introduzidos pela
alimentação); incrementam o paladar dos alimentos e protegem contra variações de temperatura e
contra a excessiva perda de água por transpiração.

Quimicamente os lipídios simples são ésteres de glicerol, isto é, moléculas constituídas por glicerol --
que é um álcool -- mais ácidos graxos.

Ácido graxo + Glicerol = Triglicerídio = Lipídio

Grupo de Alimentos Composição Função


Óleos, produtos derivados do leite Ácidos graxos e Fornecer fonte concentrada de
integral e sementes glicerol energia de longo prazo

Classificação das gorduras

Entre as gorduras circulantes no sangue, as mais importantes são o colesterol e os trigilicérides. No


que se refere ao colesterol, há três tipos diferentes dessa gordura necessária ao metabolismo do
organismo, que é transportada no sangue pelas proteínas: a lipoproteína HDL, também conhecida
como colesterol benigno porque não provoca as doenças isquêmicas do coração; a lipoproteína
LDL, chamada de colesterol maligno, pelo motivo contrário ao da anterior; e a VLDL, que é a
lipoproteína que transporta, além do colesterol, grande quantidade de triglicérides.

Os riscos de doenças isquêmicas do coração ocorrem quando o nível de colesterol total, ou seja, a
soma das HDL, LDL e VLDL for superior a 200 mg/dl ou o nível de LDL for maior que 130 mg/dl. A
chance de uma pessoa sofrer uma doença coronariana cresce proporcionalmente à medida que
sobem os níveis de colesterol total e/ou de LDL.

Muitas vezes, o excesso de colesterol no sangue (hipercolesterolemia) pode ter causas genéticas.
Nesses casos, somente uma dieta alimentar pode não ser suficiente para normalizar os níveis de
colesterol no sangue, exigindo também a prescrição de medicamentos específicos.

Precaução
Para manter controle dos níveis de colesterol é recomendável evitar leite integral, laticínios em geral,
carne de porco e derivados, gema de ovo, carnes gordas, fígado, miúdos, cacau e guloseimas, além
de frutas oleaginosas como coco e abacate. Somando-se a isso, a prática de exercícios físicos, visto
que eles aumentam a atuação da lipase lipoprotéica, que é a enzima responsável pelo metabolismo
do colesterol.

Triglicérides

Resultado da associação de três ácidos graxos e do glicerol, os triglicérides são menos prejudiciais
ao coração quando comparados ao colesterol, embora também devam merecer atenção especial
sempre que estiverem em níveis altos.

As frações aceitas como normais para os triglicérides no Brasil são de até 200 mg/dl. Se ultrapassar
esse limite, as medidas a serem seguidas são idênticas às adotadas em situações de níveis altos de
colesterol: dietas e exercícios, além de evitar açúcares (chocolates, doces e refrigerantes) e
derivados de milho (farinhas, batatas e outros).

Digestão e absorção das gorduras

Em linhas gerais, o processo ocorre da seguinte maneira:

As gorduras ingeridas com os alimentos passam momentaneamente sem transformação pelo


estômago e é só no duodeno que se transformam em uma fina emulsão sob a influência da
bile, sendo então desagregadas pelas lipases pancreáticas em glicerol e ácidos graxos. Com
isso, os seus componentes podem atravessar as paredes do intestino, passadas as quais
voltam a transformar-se em gordura e, pelo sangue, chegar ao fígado.

Carboidratos

Também conhecidos como hidratos de carbono, glicídios ou açúcares são considerados alimentos
energéticos, ou seja, destinados a gerar calorias quando queimados pelo organismo. É o que ocorre,
por exemplo, durante os exercícios físicos.

Quando não aproveitados, os carboidratos transformam-se em gorduras. Temos:

 os carboidratos simples, também chamados de monossacarídeos (como a glicose e a


frutose), que são absorvidos diretamente pelo organismo (pelo intestino). Os mais complexos,
como a sacarose (açúcar de cana e da beterraba), a lactose (do leite), o amido (da batata,
trigo e arroz), antes de serem absorvidos, precisam ser transformados em monossacarídeos,
pela ação de determinados fermentos digestivos.

 alguns carboidratos não são digeridos nem tampouco absorvidos pelo organismo, como, por exemplo: a
celulose. Juntamente com a lignina e outras substâncias, constituem as chamadas fibras dietárias ou
alimentares, extremamente úteis em estimular os movimentos peristálticos intestinais, favorecendo as
evacuações. Além de combaterem a prisão de ventre, auxiliam a diminuir a incidência de doenças ano-
retais e a baixar o teor de colesterol e triglicérides no sangue.

Grupo de Alimentos Composição Função


Complexos Produzir e regenerar tecidos do corpo
amido
(grãos integrais e raízes)
Simples açúcar Fornecer fonte de energia de curto
(frutas, açúcar refinado e prazo
xaropes)
Não Digeríveis Laxativa e anti-lipêmica
fibras
(vegetais fibrosos, folhas)

Proteínas

Formadas de aminoácidos alinhados de ponta a ponta como vagões de trem, as proteínas podem
ser vegetais (hortaliças, leguminosas, féculas, cereais, grãos, levedo, nozes, cogumelos etc.) e
animais (carnes, laticínios, ovos, peixes, crustáceos etc.).

Para serem absorvidas, elas precisam ser divididas em aminoácidos no intestino delgado, onde são
absorvidos pelas células da parede intestinal e levados pelo sangue até as células que os utilizam
para fabricar suas próprias proteínas.

Com uma alimentação variada, proveniente do reino vegetal, é impossível que faltem aminoácidos
essenciais no organismo. Estudos científicos mostram que os alimentos vegetais não provocam os
problemas de saúde causados por uma alimentação rica em produtos animais.

Libertar-se do mito da necessidade e da superioridade das proteínas de origem animal representa um passo
importante em direção à saúde e como ferramenta para a perda de peso. Sem renunciar para sempre à carne e
aos produtos animais, podemos fazer a experiência de substituí-los, durante algum tempo, por cereais e outros
vegetais. Guiando-se pelo seu bem-estar, cada um vai descobrir a quantidade que pode suportar sem problemas.

Grupo de Alimentos Composição Função


Aminoácido Produzir e regenerar
Carne, peixes,
s
aves, leite e
tecidos do corpo
derivados, ovos,
feijões e sementes

Oligoelemento

Os oligoelementos (Microminerais) são elementos químicos essenciais para os seres vivos,


geralmente são encontrados em baixa concentração nos organismos, mas são essenciais aos
processos biológicos por serem fundamentais para a formação de enzimas vitais para determinados
processos bioquímicos como por exemplo a fotossíntese ou a digestão.

Lista de Oligoelementos

 Ferro
 Zinco
 Cobre
 Manganésio
 Selénio
 Crómio
 Iodina
 Flúor
 Enxofre
 Arsénico

Ferro

Ponte pensil de aço (Golden Gate, São Francisco, EUA)

O ferro (do latim ferrum) é um elemento químico, símbolo Fe, de número atômico 26 (26 prótons e
26 elétrons) e massa atómica 56 u. À temperatura ambiente, o ferro encontra-se no estado sólido. É
extraído da natureza sob a forma de minério de ferro que, depois de passado para o estágio de
ferro-gusa, através de processos de transformação, é usado na forma de lingotes. Adicionando-se
carbono dá-se origem a várias formas de aço.

Este metal de transição é encontrado no grupo 8B da Classificação Periódica dos Elementos. É o


quarto elemento mais abundante da crosta terrestre (aproximadamente 5%) e, entre os metais,
somente o alumínio é mais abundante.

É um dos elementos mais abundantes do Universo; o núcleo da Terra é formado principalmente por
ferro e níquel (NiFe). Este ferro está em uma temperatura muito acima da temperatura de Curie do
ferro, dessa forma, o núcleo da Terra não é ferromagnético.

O ferro tem sido historicamente importante, e um período da história recebeu o nome de Idade do
ferro.

O ferro, actualmente, é utilizado extensivamente para a produção de aço, liga metálica para a
produção de ferramentas, máquinas, veículos de transporte (automóveis, navios, etc), como
elemento estrutural de pontes, edificios, e uma infinidade de outras aplicações.

Aplicações

O ferro é o metal mais usado, com 95% em peso da produção mundial de metal. É indispensável
devido ao seu baixo preço e dureza, especialmente empregado em automóveis, barcos e
componentes estruturais de edifícios.

O aço é a liga metálica de ferro mais conhecida, sendo este o seu uso mais frequente. Os aços são
ligas metálicas de ferro com outros elementos, tanto metálicos quanto não metálicos, que conferem
propriedades distintas ao material. É considerada aço uma liga metálica de ferro que contém menos
de 2% de carbono; se a percentagem é maior recebe a denominação de ferro fundido.

As ligas férreas apresentam uma grande variedade de propriedades mecânicas dependendo da sua
composição e do tratamento que se tem aplicado.

 Os aços são ligas metálicas de ferro e carbono com concentrações máximas de 2,2% em
peso de carbono, aproximadamente. O carbono é o elemento de ligação principal, porém os
aços contêm outros elementos. Dependendo do seu conteúdo em carbono são classificados
em:
o Aço baixo em carbono. Contém menos de 0.25% de carbono em peso. São frágeis
porém dúcteis. São utilizados em veículos, tubulações, elementos estruturais e outros.
Também existem os aços de alta resistência com baixa liga de carbono, entretanto,
contêm outros elementos fazendo parte da composição, até uns 10% em peso;
apresentam uma maior resistência mecânica e podem ser trabalhados facilmente.
o Aço médio em carbono. Entre 0,25% e 0,6% de carbono em peso. Para melhorar suas
propriedades são tratados termicamente. São mais resistentes que os aços baixo em
carbono, porém menos dúcteis, sendo empregados em peças de engenharia que
requerem uma alta resistência mecânica e ao desgaste.
o Aço alto em carbono. Entre 0,60% e 1,4% de carbono em peso. São os mais
resistentes, entretanto, os menos dúcteis. Adicionam-se outros elementos para que
formem carbetos, por exemplo, formando o carbeto de tungstênio, WC, quando é
adicionado à liga o wolfrâmio. Estes carbetos são mais duros, formando aços utilizados
principalmente para a fabricação de ferramentas.

 Um dos inconvenientes do ferro é que se oxida com facilidade. Existem uma série de aços
aos quais se adicionam outros elementos ligantes, principalmente o crômio, para que se
tornem mais resistentes à corrosão. São os chamados aços inoxidáveis.
 Quando o conteúdo de carbono da liga é superior a 2,1% em peso, a liga metálica é
denominada ferro fundido. Estas ligas apresentam, em geral, entre 3% e 4,5% de carbono em
peso. Existem diversos tipos de ferros fundidos: cinzento, esferoidal, branco e maleável.
Dependendo do tipo apresenta aplicações diferentes: em motores, válvulas, engrenagens e
outras.
 Por outro lado, os óxidos de ferro apresentam variadas aplicações: em pinturas, obtenção de
ferro, e outras. A magnetita (Fe3O4) e o óxido de ferro III (Fe2O3) têm aplicações magnéticas.

Zinco

O zinco (do alemão Zink) é um elemento químico de símbolo Zn , número atômico 30 ( 30 prótons e
30 elétrons ) com massa atómica 65,4 uma. À temperatura ambiente, o zinco encontra-se no estado
sólido. Está situado no grupo 12 ( 2 B ) da Classificação Periódica dos Elementos.

As ligas metálicas de zinco têm sido utilizadas durante séculos - peças de latão datadas de 1000-
1400 a.C. foram encontrados na Palestina , e outros objetos com até 87% de zinco foram achados
na antiga região da Transilvânia. A principal aplicação do zinco - cerca de 50% do consumo anual - é
na galvanização do aço ou ferro para protegê-los da corrosão, isto é, o zinco é utilizado como ânodo
de sacrifício. Ele também pode ser usado em protetores solares, em forma de óxido, pois tem a
capacidade de barrar a radiação solar.

O zinco é um elemento químico essencial para as pessoas: intervém no metabolismo de proteínas e


ácidos nucleicos, estimula a atividade de mais de 100 enzimas, colabora no bom funcionamento do
sistema imunológico, é necessário para cicatrização dos ferimentos, intervém nas percepções do
sabor e olfato e na síntese do ADN.

Foi descoberto pelo alemão Andreas Marggraf em 1746.

Características principais

O zinco é um metal, às vezes classificado como metal de transição ainda que estritamente não o
seja, apresenta semelhanças com o magnésio e o berílio além dos metais do seu grupo. Este
elemento é pouco abundante na crosta terrestre, porém pode ser obtido com facilidade.

É um metal de coloração branca azulada que arde no ar com chama verde azulada. O ar seco não o
ataca, porém, na presença de umidade, forma uma capa superficial de óxido ou carbonato básico
que isola o metal e o protege da corrosão.

Praticamente o único estado de oxidação que apresenta é +2. Reage com ácidos não oxidantes
passando para o estado de oxidação +2 e liberando hidrogênio, e pode dissolver-se em bases e
ácido acético.
O metal apresenta uma grande resistência à deformação plástica a frio que diminui com o
aquecimento, obrigando a laminá-lo acima dos 100ºC.

O zinco é empregado na fabricação de ligas metálicas como o latão e bronze, além de ser utilizado
na produção de telhas e calhas residencial. O zinco é, ainda, utilizado como metal de sacrifício para
preservar o ferro da corrosão em algumas estruturas, na produção de pilhas secas e como pigmento
em tinta de coloração branca.

Cobre

O cobre é um elemento químico de símbolo Cu (do latim cuprum), número atômico 29 (29 prótons e
29 elétrons) e de massa atómica 63,6 uma. À temperatura ambiente, o cobre encontra-se no estado
sólido.

Classificado como metal de transição, pertence ao grupo 11 (1B) da Classificação Periódica dos
Elementos. É um dos metais mais importantes industrialmente, de coloração avermelhada, dúctil,
maleável e bom condutor de eletricidade.

Conhecido desde a antiguidade é utilizado, atualmente, para a produção de materiais condutores de


eletricidade (fios e cabos ), e em ligas metálicas como latão e bronze.

Características principais

O cobre é um metal de transição avermelhado, que apresenta alta condutibilidade elétrica e térmica,
só superada pela da prata.

É possível que o cobre tenha sido o metal mais antigo a ser utilizado, pois se têm encontrado
objetos de cobre de 8.700 a.C. Pode ser encontrado em diversos minerais e pode ser encontrado
nativo, na forma metálica, em alguns lugares.

A condutividade elétrica do cobre merece especial menção por ter sido adotada pela Comissão
Eletrotécnica Internacional em 1913 como base da norma IACS.

Na maioria de seus compostos apresenta estados de oxidação baixos, sendo o mais comum o +2 ,
ainda que existam alguns com estado de oxidação +1. Exposto ao ar, a coloração vermelho salmão
inicial torna-se vermelho violeta devido à formação do óxido cuproso ( Cu2O ) para enegrecer-se
posteriormente devido à formação do óxido cúprico ( CuO ). Exposto longamente ao ar úmido forma
uma capa aderente e impermeável de carbonato básico de coloração verde, característica de seus
sais, que é venenosa. Quando se utilizam caçarolas de cobre para a cocção de alimentos não são
infrequentes as intoxicações, devido à ação dos ácidos da comida que originam óxidos,
contaminando os alimentos.

Os halogênios atacam com facilidade o cobre, especialmente em presença de umidade; no seco o


cloro e o bromo não produzem efeito e o flúor só o ataca a temperaturas superiores a 500 °C. Os
oxiácidos atacam o cobre.

Conhecido desde a antiguidade é utilizado, actualmente, para a produção de materiais condutores


de eletricidade (fios e cabos), e em ligas metálicas como latão e bronze. Com o enxofre forma um
sulfeto (CuS) de coloração branca.

Entre as suas propriedades mecânicas destacam-se sua excepcional capacidade de deformação e


ductibilidade. Em geral, suas propriedades melhoram em baixas temperaturas, o que permite utilizá-
lo em aplicações criogênicas.
Enxofre

O enxofre (do latim sulfur) é um elemento químico de símbolo S , número atômico 16 (16 prótons e
16 elétrons) e de massa atómica 32 u. À temperatura ambiente, o enxofre encontra-se no estado
sólido.

É um não-metal insípido e inodoro, facilmente reconhecido na forma de cristais amarelos que


ocorrem em diversos minerais de sulfito e sulfato, ou mesmo em sua forma pura (especialmente em
regiões vulcânicas). O enxofre é um elemento químico essencial para todos os organismos vivos,
sendo constituinte importante de muitos aminoácidos. É utilizado em fertilizantes, além de ser
constituinte da pólvora, de medicamentos laxantes, de palitos de fósforos e de inseticidas.

Características principais

Este não-metal tem uma coloração amarela, mole, frágil, leve, desprende um odor característico de
ovo podre ao misturar-se com o hidrogênio, e arde com chama azulada formando dióxido de
enxofre. É insolúvel em água, parcialmente solúvel em álcool etílico, porém se dissolve em dissulfeto
de carbono. É multivalente e apresenta como estados de oxidação mais comuns os valores -2, +2,
+4 e +6.

Em todos os estados, sólido, líquido e gasoso apresenta formas alotrópicas cujas relações não são
completamente conhecidas. As estruturas cristalinas mais comuns são o octaedro ortorrômbico
( enxofre α ) e o prisma monoclínico ( enxofre β ) sendo a temperatura de transição de 95,5 °C; em
ambos os casos o enxofre se encontra formando moléculas S8 na forma de anel. As diferentes
disposições destas moléculas é que produzem as diferentes estruturas cristalinas. À temperatura
ambiente, a transformação de enxofre monoclínico em ortorrômbico, mais estável, é muito lenta.

Ao fundir-se o enxofre, obtém-se um líquido que flui com facilidade formado por moléculas de S 8 ,
porém ao aquecê-lo se torna marrom levemente avermelhado apresentando um aumento na sua
viscosidade. Este comportamento se deve a ruptura dos anéis formando longas cadeias de átomos
de enxofre que se enredam entre sí diminuindo a fluidez do líquido; o máximo de viscosidade é
alcançado numa temperatura em torno de 200 °C. Esfriando-se rapidamente este líquido viscoso
obtém-se uma massa elástica, de consistência similar a da goma, denominada enxofre plástico
( enxofre γ ) formada por cadeias que não tiveram tempo para reorganizarem em moléculas de S 8;
após certo tempo a massa perde a sua elasticidade cristalizando-se no sistema rômbico. Estudos
realizados com raios X mostram que esta forma amorfa pode estar constituida por moléculas de S 8
com uma estrutura de hélice em espiral.

No estado de vapor também forma moléculas de S 8, porém a a 780 °C já se alcança um equilíbrio


com moléculas diatômicas, S2, e acima de aproximadamante 1800 °C a dissociação se completa
encontrando-se átomos de enxofre.

NUTRIÇÃO E ATIVIDADE FÍSICA: QUAIS SÃO AS SUAS DÚVIDAS?

Devido à grande procura por informações relativas à alimentação e atividade física, falaremos nesta
matéria sobre perguntas e respostas que são feitas freqüentemente sobre alimentação, nutrição e
atividade física

Para ganho de massa muscular é preciso ter uma alimentação específica?


Sim, quando o objetivo é
somente ganho de massa magra, a alimentação deve ser diferente no que se refere aos
macronutrientes. A sua distribuição deve ser feita de outra maneira. A necessidade protéica deve ser
em torno de 1,7g/kg/dia e de carboidratos
de 8-10g/kg/dia. Um nutricionista deve ser consultado para montar um plano alimentar
individualizado e de acordo com as características de cada um.

O que é maltodextrina?

Maltodextrina é um tipo de carboidrato complexo, que apresenta características de carboidrato


simples por ter um alto índice glicêmico.

Assim, é utilizada como suplemento durante a atividade física, se


a mesma for prolongada e se o requerimento de carboidratos for necessário. Ela mantém a glicemia
e repõe estoques de glicogênio muscular e hepático. Ou seja, deve ser utilizada quando realmente
houver necessidade.

Deve haver alimentação específica para perda de gordura


e ganho de massa muscular?
Para o ganho de massa muscular é preciso que haja um consumo de calorias adequado, bem como
atividade física específica. Já para o emagrecimento e redução de gordura corporal é preciso um
aporte calórico reduzido. Então, são dois tipos de alimentação diferentes. Porém, com o aumento da
massa muscular haverá também aumento do gasto energético, sendo necessário uma restrição
calórica menor. Assim, uma nutricionista elaborará um plano alimentar que não seja muito restritivo e
que junto com o exercício físico contribuirá para a modelação do corpo.

O que deve ser consumido antes e depois da atividade


física quando o objetivo é emagrecer?

É preciso consumir alimentos ricos em carboidratos antes da atividade física por estabilizar a
glicemia, fornecer energia para
a atividade e iniciar a oxidação da gordura com mais eficiência.

Qualquer pessoa pode tomar suplementos esportivos?


Não, algumas pessoas não devem consumir tais suplementos.
É importante lembrar que os suplementos apresentam nutrientes e, como tudo em excesso, é
prejudicial. Principalmente para quem já possui alguma patologia ou comprometimento de saúde que
necessite de alimentação específica. Quando a recomendação de nutrientes é atingida para
praticantes de atividade física principalmente, dificilmente haverá a necessidade de prescrição de
suplementos nutricionais. Vale lembrar que é sempre importante consultar um médico ou
nutricionista antes de tomar qualquer suplemento nutricional.

Nutrição e atividade física


É fundamental uma boa nutrição para quem busca saúde. A prática de exercícios, aliada à boa
alimentação leva a resultados surpreendentes, chegando-se a conclusão de que uma inexiste sem a
outra.

Para que se possa aproveitar bem o esforço que você faz indo á academia, ou realizando um treino
freqüente é fundamental que a alimentação tenha foco no seu organismo, cada indivíduo tem uma
identidade fisiológica diferente, e só conhecendo suas particularidades é possível melhorar o seu
potencial.

Uma boa nutrição traz benefícios ao organismo desde a redução e manutenção do peso, até a
prevenção e melhora de estados de doença, sendo assim, imagine o que é possível em um
organismo saudável, e em plena atividade. Algumas regras são fundamentais e podem ser aplicadas
de maneira geral, como:
- Nunca inicie uma atividade física em jejum, ou após muitas horas sem se alimentar, além de piorar
o seu rendimento se o objetivo for redução de peso, você só estará atrapalhando o processo de
queima de gordura do organismo;

- Mantenha seu corpo hidratado, a falta de líquido leva a sinais de fadiga, que certamente irão
prejudicar seu desempenho no esporte, a sede já é um sinal de que seu corpo está desidratado;

- Adeque sua alimentação ao horário em que você inicia seu exercício, a alimentação que deverá
ocorrer antes e depois dele, irá mudar de acordo com cada período do dia;

- Não “pule” refeições, esta prática irá fazer com que seu corpo tente economizar mais energia
durante o dia, para não ser prejudicado;

- Uma alimentação equilibrada irá melhorar seu estado de saúde, permitindo que a ocorrência de
gripes, e outras doenças ocorra com menor freqüência;

- Não exclua grupos alimentares do seu hábito alimentar, sem ter acompanhamento de um
nutricionista, você poderá prejudicar seu organismo a longo prazo.

Nutrição Inteligente + Atividade Física


Um Passaporte para a Saúde & o Bem Estar"Dobradinha" perfeita e infalível quando o objetivo é
manter a forma, promover a saúde e o bem estar.

É interessante diferenciarmos atletas de pessoas fisicamente ativas. Os primeiros são esportistas


profissionais que se submetem em seus treinos diários a uma carga de exercícios bastante intensa e
por conta disso tem seu metabolismo e necessidades nutricionais completamente alterados e
aumentados. Ao passo que pessoas fisicamente ativas são aquelas que buscam na prática de
atividades físicas, a promoção da saúde, a qualidade de vida e o bem estar. Os cuidados nutricionais
com atletas devem ser não só de melhora da performance durante os treinos e provas, mas também
de reposição das perdas de vários nutrientes que ocorrem durante os exercícios. Pessoas
fisicamente ativas não podem ter como referência a alimentação de atletas profissionais. A
alimentação nos dois casos, atletas e fisicamente ativos, é uma grande aliada, mas com estratégias
e objetivos diferentes.A abordagem nutricional que segue, refere-se aos cuidados com a alimentação
de pessoas fisicamente ativas.

Carboidratos

A alimentação tanto das pessoas sedentárias como daquelas praticantes de atividades físicas deve
conter, em grande parte, alimentos que fornecem carboidratos, fontes de glicose, o principal
combustível do nosso corpo. Cerca de 60 a 65% do total de calorias de uma alimentação saudável
deve ser proveniente de alimentos ricos em carboidratos, a base da Pirâmide de Alimentos (pães,
arroz, macarrão, batata).A glicose é armazenada em nosso corpo sob a forma de glicogênio
muscular e hepático. Os carboidratos são a matéria-prima para a produção do glicogênio que é a
primeira e principal fonte de energia utilizada durante o exercício. Os estoques musculares e
hepáticos de glicose são limitados e por isso é importante atentar para o consumo de carboidratos
quando se pratica exercícios.De 2 a 3 horas antes das atividades físicas é importante fazer uma
refeição basicamente com alimentos ricos em carboidratos ou um pequeno lanche, 1 hora
antes.Após os exercícios os músculos têm "fome e sede" de carboidratos. Logo após as atividades
físicas, o carboidrato é muito bem vindo, pois repõe os estoques de glicogênio, beneficiando assim a
recuperação e a preparação dos músculos para atividades posteriores.
 Proteínas

A ingestão de proteínas deve manter a mesma proporção máxima recomendada para indivíduos
saudáveis e sedentários, ou seja, 12 a 15% em relação ao valor calórico total da alimentação diária.
Os alimentos fontes de proteínas (leite, iogurtes, queijos, carnes, ovos, feijões, nozes) não devem
ser consumidos muito próximos do início e término das atividades físicas, uma vez que têm uma
digestão mais lenta e, com isso, provocam o desconforto gástrico. Alimentos ricos em proteínas
devem ser consumidos distantes dos horários de atividade física e de forma fracionada, ou seja, em
várias refeições ao longo do dia, garantindo o melhor aproveitamento dos aminoácidos na
manutenção e formação dos músculos.

Quer hipertrofiar??

Para quem está preocupado com a definição e o aumento dos músculos (hipertrofia muscular) é
importante saber que uma alimentação que fornece diariamente de 12 a 15% do valor calórico total
em proteínas é suficiente para atender as necessidades de quem pratica atividade física com essa
finalidade. Os resultados sobre o uso da suplementação com aminoácidos para o aumento de
massa muscular assim como seus respectivos efeitos colaterais à longo prazo, são controversos.
Por isso, uma alimentação equilibrada, planejada e individualizada que garanta a ingestão de
porções adequadas de alimentos fontes de proteínas é o caminho mais saudável, além da prática de
exercícios indicados para este fim e orientados por um profissional. É importante também não
descuidar do consumo de carboidratos na quantidade e horários recomendados. Além de garantir a
manutenção do tônus muscular, os carboidratos mantêm os depósitos de glicogênio muscular e
hepático sempre repletos e preservam a utilização da proteína dos músculos como fonte de energia.

Lipídeos

O consumo de gorduras deve ficar entre 20% e 25% do valor calórico total da alimentação diária,
tanto para pessoas sedentárias como para indivíduos fisicamente ativos.Quando a prática de
atividades físicas visa o emagrecimento e a manutenção do peso corporal, os resultados são mais
rápidos se houver maior controle e restrição no consumo de gorduras pela alimentação.Assim como
os alimentos fontes de proteínas, os alimentos que contém gorduras, por terem a digestão mais
lenta, não devem ser consumidos próximos aos horários dos exercícios. Do total de 25% das
calorias provenientes das gorduras recomenda-se:
Acima de 40% de gorduras monoinsaturadas (azeite de oliva extra virgem processado à frio, óleo de
canola, abacate, nozes, castanhas, linhaça, semente de abóbora, semente de girassol, gergelim e
peixes de águas frias - atum, arenque, salmão, cavalinha, truta e sardinhas); Abaixo de 33% de
gorduras saturadas (alimentos de origem animal, azeite de dendê, coco, óleo de coco e banha) e
gorduras hidrogenadas (alimentos industrializados); Em torno de 33% de gorduras poliinsaturadas
(margarinas e óleos).

Hidratação

A ingestão de água e/ou água de coco, antes, durante e após as atividades é necessária para o bom
desempenho físico, manutenção dos líquidos corporais e temperatura corporal. Somente a água
e/ou água de coco é suficiente para repor a perda hídrica e de minerais em atividades leves e
moderadas (caminhada, musculação, ginástica, hidroginástica, dança). A ingestão de bebidas
isotônicas para a reposição rápida de água e sais minerais é indicada para atletas profissionais que
tem um treinamento intenso e freqüente. O uso de carboidratos em gel ou soluções com algum tipo
de carboidrato simples diluído seguem o mesmo critério.

Vitaminas, minerais e Antioxidantes


As vitaminas e minerais são encontrados naturalmente nos alimentos e atuam na produção de
energia e em uma série de reações metabólicas que envolvem proteínas, carboidratos e
lipídeos.Teoricamente uma alimentação equilibrada e planejada, onde estejam presentes,
diariamente, as porções adequadas de todos os Grupos alimentares, é suficiente para atender aos
requerimentos de vitaminas e minerais dos indivíduos sedentários e praticantes de atividades físicas
moderadas. Entretanto, sabe-se que a prática de atividade física leva ao aumento do consumo de
oxigênio e, conseqüentemente, da produção de radicais livres, sendo assim é importante atentar
para que alimentos fontes de antioxidantes estejam presentes na alimentação diária e assim
promovam o fortalecimento das defesas imunológicas e retardem o envelhecimento
precoce.Seguem alguns antioxidantes essenciais e suas respectivas fontes alimentares:
Betacaroteno (pré-vitamina A): abóbora, moranga, agrião, batata doce, brócolis, pimentas, cenoura,
couve, espinafre, melão amarelo, mamão, damasco, pêssego. Vitamina C: melão, pimentão e frutas
cítricas como kiwi, goiaba, caju, abacaxi, morango, laranja, tangerina, maracujá, cereja e acerola.
Vitamina E: amêndoas, avelãs, amendoim, castanha do para, azeite de oliva, óleo de girassol, leite,
batata doce, abacate, manga, gérmen de trigo. Cobre: grãos integrais, chocolate amargo, carnes e
legumes. Zinco: carnes, ostras, moluscos, grãos, cereais integrais e alimentos enriquecidos. Selênio:
grãos, alho, cebola, castanha do pará, carnes, peixes, leite e derivados. Antocianidas: frutas
Catequinas: chás de folhas verdes, ban-chá. Flavonas: frutas e vegetais Sulfuranos: vegetais
crucíferos - brócolis, couve-flor, repolho liso, repolho roxo, couve manteiga, couve de Bruxelas.
Quercetinas: cebolas roxa e amarela, brócolis, uvas rosadas. Glutationa: abacate, aspargos,
brócolis, melancia. Resveratrol: uvas rosadas com casca, vinho tinto, suco de uvas rosadas.
Licopeno: tomate, molho de tomate, goiaba, melancia.Observação: O licopeno é melhor absorvido
em nosso organismo após ter passado pelo processo de cozimento e na presença de gorduras, de
preferência monoinsaturadas (azeite, nozes, castanhas).

Guia Alimentar para Indivíduos Fisicamente Ativos

Sugestões de alimentos 4 horas ou mais antes e 4 horas após os exercícios:

Arroz, carnes magras e frutas. Lanches de peito de peru com folhas e tomate. Massas ao molho de
tomate com carnes magras, queijos magros, leite ou iogurte desnatado.Biscoitos ou bolo
simples.Barra energética ou protéica Frutas frescas ou secas (passas, damasco)Sucos de
frutas.Água de coco.Água.
Sugestões de alimentos 2-3 horas antes e 2 horas após os exercícios:

Cereais com leite ou iogurte desnatado.Pães, biscoitos sem recheio, batatas assadas ou cozidas,
bolo simples. Frutas frescas ou secas. Barra energética e protéica. Água de coco.Água.

Sugestões de alimentos 1 hora ou menos antes e 30 minutos depois do exercício:

Barra energética e protéica. Frutas frescas ou secas.Suco de frutas.Água de coco.Água.

Higiene Alimentar

Preparação e Confecção de Alimentos

Preparação
As zonas de preparação devem ser limpas e desinfetadas imediatamente após a conclusão de cada
tarefa, sendo ainda importante ter em consideração os seguintes aspectos:
Os manipuladores de alimentos devem respeitar todas as regras de higiene pessoal, lavando as
mãos no espaço destinado para o efeito, antes de iniciar cada tarefa;
Todos os equipamentos, bancadas e utensílios devem ser cuidadosamente lavados e desinfetados
antes da preparação;
Na mesma bancada não podem existir alimentos crus e confeccionados, ou
alimentos na proximidade de lixos ou objetos sujos, de forma a evitar a contaminação cruzada;
Não é permitido que a mesma faca ou tábua de corte contate simultaneamente com alimentos crus
e confeccionados, e com alimentos de origem animal e vegetal;
Os alimentos deverão permanecer na “zona de perigo” (entre 4ºC e 63ºC) o menor tempo possível,
apenas o estritamente necessário para a preparação, tendo a tarefa que ser realizada rapidamente
e sem interrupções;
Todos os materiais devem ser utilizados apenas para uma tarefa, sendo lavados e desinfetados
assim que esteja terminada;
Os alimentos devem ser colocados na câmara de refrigeração, devidamente
acondicionados, após a sua preparação e até à sua confecção.
O espaço destinado à preparação dos alimentos, deverá ser dividido em três
zonas. Uma para a preparação do pescado, outra para a preparação da carne e outra para os
produtos hortícolas. Cada zona deve estar devidamente identificada e equipada com o material
adequado a cada preparação. Caso não seja possível a existência de três zonas distintas, por falta
de espaço, a preparação dos diferentes tipos de alimentos deverá ser efetuada em diferentes
momentos, desinfetando sempre o local depois de cada preparação. Para cada tipo de alimento a
preparar devem existir tábuas de corte e facas de cozinha distintas.
A manipulação de alimentos crus deve efetuar-se em zonas distintas daquelas
onde são manipulados os alimento confeccionados. Nos casos em que a disposição do local não o
permita, as operações devem ser separadas no tempo por uma fase de limpeza e desinfecção.

Preparação de alimentos crus


Preparação de carnes
Os procedimentos operacionais na zona de preparação de carnes (lavagem, corte e tempo de
espera para confecção) deverão seguir uma seqüência que assegure que:
Os produtos perecíveis crus de origem animal não estejam expostos mais que 1 hora à
temperatura de risco;
As carnes de aves, coelhos e vísceras não estejam expostas mais que 30 minutos à temperatura
de risco.
Em unidades de restauração deve-se ter sempre presente que: Não devem adquirir carnes frescas
para congelar;
Aquando da aquisição de carnes embaladas em vácuo, esta deverá ser retirada 2 horas antes da
sua preparação, de modo a retomar a sua coloração natural e o odor a vácuo desaparecer. Durante
este período a carne deverá estar armazenada
em câmaras de refrigeração;
A preparação de carne picada deve ser realizada na unidade, o mais próximo
possível da sua confecção;
Os enchidos a servir crus deverão ser previamente escaldados, devendo ser
introduzidos em água a ferver durante 4 a 5 segundos.

Preparação de pescado
Os procedimentos operacionais na zona de preparação de pescado (evisceração, remoção das
cabeças, descamação, lavagem, corte e tempo de espera para confecção) deverão seguir uma
sequência que assegure que o pescado e moluscos não estejam expostos mais que 30 minutos à
temperatura de risco.
No final de todas estas operações, os desperdícios gerados devem ser
imediatamente retirados, realizando-se uma lavagem do pescado com água corrente.
A compra ou congelação de pescado desfiado ou picado é proibida, devendo esta operação ser
realizada na unidade de restauração, o mais próximo possível da sua confecção.
Relativamente ao bacalhau, quer seja seco ou salgado, depois de cortado em
postas, deve ser demolhado em água fria corrente. Em alternativa, pode ser demolhado em 48
horas, num recipiente coberto, com mudanças de água freqüentes e, de preferência, em ambiente
refrigerado.

Preparação de hortícolas e frutícolas


Todos os produtos hortícolas e frutícolas a serem servidos crus, incluindo as
ervas aromáticas, têm que ser bem lavados e desinfetados. De modo seqüencial, deve-se:
Rejeitar as folhas exteriores dos vegetais, que acumulam mais nitratos e outros poluentes,
insetos, larvas e demais parasitas, e todas as partes velhas, pisadas, etc.;
Lavar em água fria corrente, para remover todas as poeiras e outros contaminantes;
Mergulhá-los numa solução de água e desinfetante apropriada, seguindo as
indicações recomendadas relativamente à dosagem e tempo de ação;
Passar novamente por água fria corrente.
Depois de cuidadosamente lavados, desinfetados e preparados, os produtos a
servir em cru devem ser guardados na câmara de refrigeração, devidamente
cobertos com película aderente, até ao momento de servir.
1.1.4 Preparação de ovos
Devido à sua estrutura física e à casca coberta por uma fina camada protetora, o ovo encontra-se
relativamente protegido de contaminantes. Mas, se a porosidade da casca é fragilizada, os
microrganismos podem facilmente passar para o seu interior. Assim sendo, os ovos devem ser
rejeitados sempre que a casca esteja suja, rachada, partida ou com manchas.
Com exceção dos ovos que irão ser servidos estrelados, todos os restantes devem ser partidos na
zona de preparação de carnes cruas, tendo em atenção os seguintes aspectos:
A quebra dos ovos não deverá ser efetuada nos bordos do recipiente onde o
conteúdo destes vai ser colocado.
Os ovos devem ser partidos um a um, num recipiente à parte, antes de serem
adicionados aos restantes, de modo a que, caso um ovo aparente estar estragado, possa ser
rejeitado, sem necessidade de rejeitar todos os outros.
As cascas, após ter sido partido cada ovo, deverão ser colocadas imediatamente nos recipientes
de lixo e a superfície onde foram quebrados deverá ser lavada e desinfetada no final da operação.

1.2 Descongelação
A correta descongelação dos alimentos é muito importante na higiene e segurança alimentar.
Os alimentos devem ser colocados a descongelar com a devida antecedência, no máximo 72 horas,
em ambiente refrigerado (temperatura entre 1 e 4ªC). Depois de totalmente descongelados, os
produtos têm que ser consumidos no prazo de 24 horas, devendo, durante esse período de tempo,
ser conservados na câmara de refrigeração.
Existem, no entanto, alguns alimentos de pequena dimensão, que podem ser
retirados da câmara de conservação de congelados diretamente para a confecção, sem
descongelação prévia. É o caso de legumes, batata pré-frita, rissóis, pastéis de bacalhau e
mariscos.
Deve-se evitar que o alimento, durante e após a fase de descongelação, entre em contacto com o
suco de descongelação, devendo-se por isso coloca-lo em grelhas de plástico ou inox, ou em
tabuleiros adequados que permitam que os sucos escorram.
Todos os alimentos em descongelação devem estar cobertos com a própria tampa do recipiente,
com película aderente ou com um saco de plástico transparente e, devem ser devidamente
acondicionados nas prateleiras inferiores das câmaras de refrigeração.
Também se pode realizar a descongelação em microondas, se o alimento for
confeccionado imediatamente a seguir.
A descongelação do pescado e da carne deve ser realizada em câmaras de
refrigeração separadas. Se tal não for possível, os produtos devem estar
cobertos, de forma a evitar contaminações cruzadas e mistura de odores.
Todos os recipientes e utensílios utilizados no processo de descongelação devem ser limpos e
desinfetados o mais rapidamente possível.
Produtos que tenham sido descongelados nunca podem ser congelados outra vez.

2. Confecção a quente
A confecção é a última hipótese de destruição dos microrganismos que possam
estar presentes nos alimentos. Para assegurar a sua destruição durante o
processo de confecção (a quente) do alimento, a temperatura deve ser superior a 75ºC.
Na confecção de alimentos de origem animal, deve evitar-se a confecção de peças de carne inteiras
com peso superior a 2,5kg, devido à dificuldade de se atingir aquela temperatura no interior da peça.
Deve-se ter em consideração, que destruição microbiana não depende somente da temperatura mas
também do tempo a que o alimento se encontra submetido a essa temperatura e da sua
contaminação inicial.
Na tabela seguinte são apresentadas as temperaturas mínimas de segurança e o tempo de
permanência nessa temperatura, durante a confecção dos diferentes tipos de alimentos.

Manutenção da temperatura

A temperatura óptima de multiplicação dos microrganismos responsáveis pelos


problemas de saúde no homem situa-se nos 36-37ºC. Qualquer valor acima ou abaixo desta gama
de temperaturas afeta o crescimento dos microrganismos mas não impede o seu desenvolvimento.
Embora este seja mais lento, o desenvolvimento dos microorganismos dá-se entre os 4ºC e os 63ºC,
sendo este intervalo designado "zona de perigo". Assim, é importante que as temperaturas de
conservação se mantenham fora desta zona, mantendo-se os alimentos na zona fria (<4ºC) ou na
zona quente (>63ºC).

Manutenção a frio
Os pratos confeccionados mantidos em frio, até ao momento do seu consumo ou da sua
regeneração, devem conservar-se a uma temperatura inferior a 4ºC. Para o controlo do tempo de
conservação é necessário que as comidas sejam etiquetadas com a data da sua elaboração. Para
evitar as contaminações cruzadas, as comidas devem ser tapadas até ao momento em que se
proceda à sua regeneração e/ou serviço.
A manutenção de alimentos confeccionados no frio não poderá ser por muito tempo.
Isto porque o frio não destrói os microrganismos, apenas retarda o seu crescimento. Assim:
Os pratos confeccionados a serem consumidos em quente, devem ser mantidos no máximo 5 dias
em refrigeração, sendo aconselhável não superar os 3 dias.
Os pratos que incorporem ovo, nunca devem ser mantidos mais de 24 horas, a uma temperatura
máxima de 8ºC.

Manutenção a quente
Os alimentos a servir quentes devem ser mantidos acima dos 63ºC, até ao momento do seu
consumo. Devem ser conservados em mesas, armários ou banhos quentes, a temperaturas de 80-
90ºC, para que a temperatura interior seja superior a 63ºC.

Arrefecimento
O arrefecimento dos alimentos confeccionados deve ocorrer o mais rapidamente possível, de modo
a manter uma boa qualidade física e microbiológica dos alimentos. Após a sua confecção os
alimentos devem ser arrefecidos, em menos de 2 horas, até aos 10ºC, sendo posteriormente
acondicionados a temperaturas iguais ou inferiores a 4ºC.
O uso de células de arrefecimento rápido é recomendado. Este é um tipo de
equipamento concebido especialmente para arrefecer alimentos, elaborados a
quente, de forma rápida. Caso estas não existam, o arrefecimento deverá ser
efetuado colocando o recipiente com o alimento num banho de água fria,
introduzindo-o posteriormente na câmara de refrigeração.
Nunca se devem deixar arrefecer os alimentos à temperatura ambiente, durante um longo período
de tempo, pois esta prática coloca os alimentos na “zona de perigo”.

Reaquecimento
O reaquecimento é o processo em que um alimento confeccionado a quente e mantido durante um
determinado tempo em refrigeração, volta a sofrer um tratamento térmico antes de ser servido. A
temperatura de reaquecimento (ou regeneração) deve atingir os 75ºC em pelo menos 2 horas.
Qualquer alimento reaquecido não pode ser refrigerado outra vez.

Óleos de fritura
Durante a confecção de alimentos, deve-se ter em conta a possibilidade de
poderem ocorrer contaminações químicas por via do próprio processo de confecção.
É o caso da degradação dos óleos alimentares no decurso dos processos de
fritura.
O aquecimento prolongado a altas temperaturas, com a presença de água e oxigênio contidos nos
alimentos, provoca a oxidação do óleo de fritura originando compostos químicos tóxicos.
Existem algumas boas práticas que, se estabelecidas, permitem alargar a durabilidade dos óleos,
nomeadamente:
O uso de óleos de boa qualidade, resistentes a altas temperaturas;
A implementação de uma prática de substituição de óleo, adequada e previamente validada,
sendo totalmente proibida a junção de óleo novo com óleo usado ou dois tipos de óleo distintos;
O não aquecimento do óleo a temperaturas superiores a 180ºC;
A filtração do óleo após cada utilização e após arrefecimento, de forma a
remover as partículas sólidas;
Não ultrapassar o número de frituras que um óleo pode suportar;
Proteger o óleo nas fritadeiras do contacto com o ar e da luz;
Esvaziar e limpar as cubas das fritadeiras após cada utilização.

Serviço
Após a confecção, os diversos alimentos que compõem as ementas são empratados.
Nesta etapa deve-se respeitar todas as regras de higiene pessoal, nunca tocando os alimentos
diretamente com as mãos, mas usando sempre pinças, colheres ou espátulas adequadas para o
efeito.
Nas situações de self-service deve-se ter o cuidado de colocar os talheres
destinados ao utilizador, inclusive os talheres de sobremesa, em saquetas
apropriadas, juntamente com o guardanapo. Nas situações em que o consumidor se serve da
quantidade desejada (pão, saladas, etc.), devem existir utensílios adequados e exclusivos para cada
alimento, de modo a evitar possíveis contaminações cruzadas. Estes alimentos devem estar
disponíveis em equipamentos protegidos (com tampa, porta, prateleira, etc.), de modo a impedir a
queda sobre os alimentos de gotículas respiratórias, cabelos, objetos, pó, etc.

Com uma nutrição saudável e equilibrada você garante


um bom desenvolvimeto de seu bebê, e uma gestação melhor.

A nutrição desempenha um importante papel na gestação. Foi demonstrado através de testes


laboratoriais que dietas deficientes causam efeitos prejudiciais tanto à mãe quanto ao feto.
Constatado por alguns estudos que a má nutrição materna pode ser uma causa de deficiência no
crescimento, resultando em bebês pequenos e de baixo peso.

As conseqüências da má nutrição para o feto dependem do período, severidade e duração da


restrição dietética. Adicional energia, proteínas, vitaminas e minerais são requeridos durante a
gravidez para suportar a demanda metabólica da gravidez e do crescimento fetal.

Adicionando Energia à Sua Dieta


Encontrar o requerimento energético ideal é difícil, porque ele está correlacionado com o peso da
mulher antes da gravidez, o ganho de peso, período da gestação e a atividade física. De acordo com
as Quotas Dietéticas Recomendadas (RDAs) é necessário um adicional de 300Kcal no período da
gestação, em especial no segundo e terceiro trimestre.

Adicionando Proteínas à Sua Dieta

Ocorre a necessidade de um adicional proteíco para suportar a síntese de tecidos maternal e fetal. É
importante compreender que é importante adequar a alimentação em relação a energia e proteína.
O crescimento é um processo complexo que requer mais do que um fornecimento adequado de
proteínas e energia. Para garantirmos uma gestação saudável, ocorre a necessidade de uma
ingestão de vitaminas e minerais dietéticos e/ou suplementados.

Adicionando Vitaminas e Minerais à Sua Dieta

Todos as vitaminas e minerais são de suma importância. Na gestação, podemos dar maior ênfase ao
acido fólico, acido ascórbico, vitaminas B6, A, D, E, K, cálcio, fósforo, ferro, zinco, cobre, sódio,
magnésio, flúor e iodo. Para suprir as nossas necessidades é extremamente importante uma
alimentação diversificada incluindo cereais, produtos integrais, oleaginosas, frutas, legumes,
verduras, laticínios e carnes nas quantidades recomendadas. Os minerais e as vitaminas possuem
funções específicas que garantem a saúde da mãe e o perfeito desenvolvimento fetal. É
fundamental que a "futura mamãe" tenha hábitos alimentares saudáveis e "escolha" os alimentos
corretamente garantindo a ingestão de todos os nutrientes necessários.

A Dieta da Mãe que Amamenta

O mesmo podemos dizer para as mães que amamentam, pois durante este período há um aumento
das necessidades energéticas em função do grande gasto calórico para a produção do leite. A mãe
que está amamentando não pode esquecer de ingerir líquidos em grandes quantidades,
principalmente água (pelo menos um litro por dia), chás e sucos. O baixo consumo de líquido pode
levar a uma diminuição da produção de leite

Precauções Necessárias para as Mães que Amamentam

 Evitar grandes quantidades de café, chá preto, chocolate, alimentos com corante, alimentos
light e adoçantes;
 Não exagerar em temperos de odor forte, como o alho;

 Não fumar nem fazer uso de bebidas alcóolicas;

 Procurar comer peixe duas a três vezes na semana;

 Não tomar medicamentos sem orientação médica, pois algumas drogas podem ser
transmitidas para o leite.

É fundamental que essas fases "especiais de nossas vidas" sejam muito bem programadas e
orientadas por profissionais competentes para garantirmos a nossa saúde e a de nossos filhos.

Modelo de Cardápio para Gestantes

Muita atenção deve ser dada ao se elaborar uma orientação nutricional para uma gestante. O
consumo de alimentos deve ser adequado para atingir as necessidades nutricionais da mãe e do
feto. O planejamento das refeições deve suprir o fornecimento adicional de nutrientes para suportar
as exigências metabólicas da gravidez e ganho de peso. A necessidade energética diária é
individualizada variando de acordo com o peso pré-gravidez e estágio da gestação.
Exemplo de Cardápio

Café da manhã Laticínios: leite ou iogurte ou queijo magro


Pão de centeio ou integral ou francês
Creme vegetal
Frutas ou sucos de frutas ou ambos
Lanche Matinal Vitaminas de frutas ou leite com frutas, laticínios
magros ou frutas
Almoço Verduras e legumes crus ou cozidos, consumir todos os
dias em grandes quantidades.
Arroz integral ou branco ou massas
Carnes magras, no caso de frango, sem pele ( retirar a
pele no preparo)
Acompanhamento – legumes e verduras cozidos, evite
frituras
Sobremesa - frutas ricas em vitamina C ou suco de
frutas ricas em vitamina C - acerola, Kiwi, morango,
goiaba, açai, laranja, limão, tomate e couve –
antioxidante e melhor absorção de ferro.
Lanche
Leite magro + café + bolachas ou torrada
Vespertino
Jantar As preparações devem ser de fácil digestão, pois
geralmente as pessoas têm atividade muito sedentária
após o jantar (assistir televisão, dormir, ler, estudar).
Sopas ou saladas completas.
Caso opte pelo consumo de carne, recomenda-se a
ingestão de pequenas quantidades de carne e prefira
as brancas e no caso das vermelhas em preparações
moídas ou em sopas.
Optar pela salada + sopa ou pela salada + lanches.
Lanches com frios magros + verduras cruas e cozidas
+ sucos
Ceia Mingau de aveia + leite magro ou chá + fatia de queijo
magro ou um copo de iogurte magro + uma fruta.

OBS: Não consumir frituras e pratos com molhos gordurosos, atenção ao consumo de sal e óleo.

O ideal é procurar a orientação de um profissional especializado para que a dieta seja direcionada
para "você ", de acordo com as sua necessidades nutricionais, peso atual e exame laboratoriais.

NUTRIÇÃO NA GRAVIDEZ
(2° PARTE)

Vamos falar a seguir, dando continuidade ao assunto,


sobre a importância de uma correta alimentação durante
a gravidez, como deve ser calculado e controlado o aumento
de peso da gestante, e quais as influências no
desenvolvimento do feto e do recém nascido.

Verificamos que as cotas de energia, proteínas e demais nutrientes são mais elevados em função do
desenvolvimento do feto e formação de estruturas maternas (placenta, útero, glândulas mamarias,
sangue).

A RDA (Recommende Dietary Allowences,1989), recomenda a adição de 300 calorias à dieta


normal, com início do segundo trimestre da gestação, com algumas exceções :

 mulheres que iniciam a gravidez com baixo peso ou adolescentes (com menos de cinco
anos pós-menarca), acrescenta-se as 300 calorias desde o inicio da gravidez;
 mulheres que iniciam a gravidez com sobrepeso ou obesidade, nenhum aumento calórico é
recomendado.

Recomendações para o ganho de peso total e no primeiro trimestre na gestação:

Situação pré-gestação Ganho no 1º Ganho total


trimestre recomendado
(Kg)

Abaixo do peso: *IMC < 19,8 2,3 12,5 - 18

Eutrófica: IMC 19,8 a 26 1,6 11,5 - 16

Sobrepeso: IMC 26 a 29 0,9 7,0 -11,5

Obesa: IMC > 29 - 6,0

*IMC ( Índice de Massa Corpórea) = Peso em quilogramas (Kg) dividido pela estatura em metros ao
quadrado.

O estado nutricional da gestante é de suma importância. De acordo com alguns pesquisadores a


deficiência nutricional da gestante pode acarretar repercussões tanto no organismo materno, como
no recém nascido:

 Gestante: anemias, hemorragias, ganho de peso inadequado, parto prematuro, entre outros.
 Recém Nascido: redução de peso e estatura ao nascer, tendência a anemia e infeções,
alterações no desenvolvimento motor, alterações visuais e, posteriormente, menor rendimento
escolar.

É importante ressaltar que a fonte de nutrientes que o feto dispõe é o organismo materno,
compreendendo-se isto há necessidade de aumentar proporcionalmente os constituintes da dieta
materna, controlar o ganho de peso materno e o crescimento fetal.

O estado nutricional antes e durante a gestação está associado ao bem estar do feto. Precisamos
cada vez mais nos conscientizar da importância de uma alimentação nutricionalmente balanceada
para garantirmos a saúde de nossos filhos.
Alimentação e Nutrição na gravidez

A gravidez é um momento especial em sua vida e a boa nutrição é agora, mais importante que
nunca. Aquela velha estória "você terá que comer por dois" não é bem verdadeira, você deverá
comer pelo dois e não por dois, portanto nada de sair comendo qualquer coisa na hora da fome,
você deverá se alimentar de forma equilibrada aproveitando ao máximo os nutrientes dos alimentos,
evitando o ganho de peso excessivo para não trazer riscos tanto para você como para seu bebê.
A dieta ideal é aquela que contem todos os nutrientes necessários para a formação, crescimento e
desenvolvimento adequado de seu bebê.
Na primeira consulta com o obstetra ele vai dizer se o seu peso está adequado e quais orientações
específicas você deverá seguir. Se quiser saber se seu peso está dentro das recomendações utilize
o sistema de cálculo on-line deste site.
Se você estiver com o peso muito acima ou muito abaixo de seu peso ideal vai precisar de
orientação nutricional específica durante a gestação. Fale com seu médico ou nutricionista.
Aqui você vai encontrar algumas dicas e orientações para que possa se alimentar de forma correta e
enfrentar todas as modificações que a gravidez imprime ao seu corpo e até pela alteração
emocional.

ALIMENTAÇÃO EQUILIBRADA
Uma alimentação saudável deve conter quantidades adequadas de nutrientes (proteínas,
carboidratos, gorduras, vitaminas, sais minerais e água). Tanto a falta como o excesso de um ou
mais nutrientes podem causar danos ao organismo.

A pirâmide alimentar é um guia alimentar para orientação de uma alimentação equilibrada, ela é
dividida em várias partes, cada parte que compõe a pirâmide corresponde a um grupo de alimentos.

Na base da pirâmide estão os alimentos ricos em carboidratos, vitaminas do complexo B e fibras


(pães, massas, batatas, arroz etc...) que têm como principal função fornecer energia nosso
organismo e são necessários para o sistema nervoso e cérebro de seu bebê.

Logo acima da base estão dois grupos, um composto por vegetais e o outro por frutas, que são
fontes de vitaminas (ex: A, C, folato...), sais minerais (ex: potássio, ferro...) e fibras, que têm como
função a regulação do nosso organismo além de auxiliar na formação da placenta, vasos
sanguíneos, ossos, dentes, pele e cartilagem.

Acima das frutas e verduras estão três grupos, o grupo do leite e seus derivados, o grupo das
carnes e o grupo das leguminosas (feijão, lentilha, grão-de-bico, ervilha...). Estes grupos são
compostos por alimentos ricos em proteínas, vitaminas A, D,B6 e B12, ácido fólico, ferro, zinco e
cálcio, que desempenham uma função construtora no nosso organismo, ou seja, são necessários
para o crescimento do útero e seios, desenvolvimento de músculos e sistema nervoso, formação dos
diversos órgãos do bebê, bem como da placenta e das membranas que a envolvem. A baixa
ingestão de proteína pode levar à má formação da placenta e ainda atraso no desenvolvimento
motor, celular e nervoso do feto.

No topo da pirâmide estão os açúcares, os óleos e gorduras. Como podemos observar eles
ocupam só a pontinha da pirâmide, portanto devem ser ingeridos em pequena quantidade durante o
dia.

Necessidades nutricionais básicas durante a gravidez e lactação


CALORIAS
As necessidades calóricas variam de acordo com o peso pré-gestacional, estágio da gravidez, nível
de atividade física e aumento de seu metabolismo basal, de um modo geral, recomenda-se que haja
um aumento na ingestão calórica de 300kcal para o 2º e 3º trimestres, não sendo considerada para
o primeiro trimestre.

CÁLCIO
O cálcio é um mineral essencial pois participa na formação e manutenção dos ossos e dentes, ajuda
a regular os batimentos cardíacos e a contração muscular, é necessário para a coagulação
adequado do sangue, auxilia na regulação da pressão sanguínea e no equilíbrio da água intra-
celular. Se você não consumir quantidades suficientes de cálcio pode apresentar gengivite, cãibras
além de má formação óssea e dentária do feto. Durante a amamentação há tendência à
descalcificação dos ossos em virtude da produção do leite para o bebê. As principais fontes de cálcio
são os leites e derivados, tofú, sardinhas com osso, os vegetais e leguminosas também são fontes
de cálcio porém são menos aproveitados pelo organismo.

FERRO
O ferro é um mineral essencial na formação da hemoglobina (que carrega o oxigênio no sangue) e
da mioglobina (que carrega oxigênio nos músculos) sendo que a carência severa provoca anemia.
As principais fontes de ferro são: fígado, carnes, ovos, feijão, verduras. Para melhorar a absorção do
ferro consuma junto com alimentos ricos em vitamina C (ex: frutas cítricas, tomate, couve-flor,
verduras etc) e evite alimentos fontes de cálcio na mesma refeição pois estes diminuem a absorção
do ferro.

FOLATO (Ácido fólico)


O folato é uma vitamina hidrossolúvel que atua na produção de núcleo celular (DNA), que determina
a formação do bebê. A necessidade de folato durante a gravidez esta aumentada e como a maioria
das vitaminas hidrossolúveis, o excesso ingerido é excretado não ficando armazenado no
organismo.
A ingestão entre a 4ª e 9ª semana de gestação, ou mesmo antes da gestação, pode prevenir
malformações abertas do sistema nervoso central (como por exemplo da espinha bífida).
Os alimentos que contém ácido fólico são vegetais verdes escuros, cereais, leguminosas, ovo e
leite.

VITAMINA A
A vitamina A participa no processo visual e no sistema imunológico da gestante além de auxiliar no
desenvolvimento celular, crescimento ósseo e na formação do broto dentário. A vitamina A é
encontrada em leite e derivados, gema do ovo, fígado, folhas verde escura, batata doce e muitas
frutas e vegetais amarelo-alaranjados como laranja, manga, mamão e abóbora.

VITAMINA C
A vitamina C é fundamental para a formação do colágeno, que compõe a pele, ossos, cartilagem e
vasos sanguíneos além de auxiliar na absorção de ferro e fortalece o sistema imunológico. As fontes
de vitamina C são as frutas (ex: kiwi, laranja, morango, melão, melancia, mamão, abacaxi) e
hortaliças (ex: brócolis, pimentões, tomate, couve-flor).

Recomendações Nutricionais

Gestação Lactação
1º semestre 2º semestre
Energia (Kcal/dia) 2200 + 0 (1º trimestre) 500 500
2200 + 300 ( 2º e 3º
trimestre)
Proteína (gramas/dia) 60 65 62
Vitamina A (microgramas/dia) 800 1300 1200
Vitamina D (microgramas/dia) 10 10 10
Vitamina K (microgramas/dia) 65 65 65
Vitamina C (miligramas/dia) 70 95 90
Tiamina (miligramas/dia) 1,5 1,6 1,6
Riboflavina (miligramas/dia) 1,6 1,8 1,7
Niacina (miligramas/dia) 17 20 20
Vitamina B6 (miligramas/dia) 2,2 2,1 2,1
Folato (microgramas/dia) 400 280 260
Vitamina B12 (microgramas/dia) 2,2 2,6 2,6
Cálcio (miligramas/dia) 1200 1200 1200
Fósforo (miligramas/dia) 1200 1200 1200
Magnésio (miligramas/dia) 320 355 340
Ferro (miligramas/dia) 30 15 15
Zinco (miligramas/dia) 15 19 16
Iodo (microgramas/dia) 175 200 200
Selênio (microgramas/dia) 65 75 75
Preocupações comuns na gestação

CAFEÍNA
Os estudos não chegaram a nenhuma conclusão definitiva se a cafeína pode ou não causar
problemas durante a gestação, porém a cafeína pode atravessar a placenta e deixar o bebê agitado,
reduzir a absorção de ferro e em algumas mulheres causar náuseas e azia, além de interagir com
outras substâncias como cigarro e álcool, induzindo a constrição dos vasos sanguíneos do feto. Por
estas razões, recomenda-se limitar o consumo diário de café em 4 xícaras (200 a 300 ml).

ÁLCOOL
O consumo de bebidas alcoólicas não é recomendada durante a gestação pois podem levar à
conseqüências deletérias ao bebê afetando o sistema nervoso central, atraso no crescimento e
retardamento mental.
Recomendações gerais:

Nos primeiros 3 a 4 meses é freqüente a presença de náuseas e vômitos, por isso siga
algumas sugestões:
1. Divida ao máximo suas refeições, fazendo de 5 a 6 pequenas refeições durante o dia, em horários
regulares, evitando jejuns prolongados e grandes refeições;
2. Mantenha bolacha água e sal, torradas ou cereais secos na mesa de cabeceira, para comer pela
manhã, antes de se levantar da cama;
3. Limonada ou limão pode ajudar a controlar a náusea;
4. Evite alimentos com odores e sabores fortes;
5. Evite alimentos gordurosos e muito condimentados.

OBS: Diferentes soluções funcionam para diferentes mulheres, veja o que serve para você. Se tiver
náuseas e/ou vômitos por muito tempo, converse com seu médico. Quando se sentir melhor, você
irá precisar de uma dieta equilibrada, com alimentos de todos os grupos.

• Coma devagar e mastigue bem os alimentos;


• Consuma pelo menos três frutas por dia, variando os tipos e de preferência com a casca;
• Dê preferência aos grãos integrais (aveia, arroz integral, gérmen de trigo, farelo de trigo, etc), pois
são ricos em nutrientes e fibras;
• Beba bastante líquidos ao longo do dia, evitando o consumo durante as refeições;
• Evite excessos de gorduras e açúcares;
• Não sente ou deite logo após as refeições;

Caso você tenha que ficar hospitalizada ou de repouso absoluto:


Reduza o valor calórico da sua dieta, para não ganhar peso além do programado:
Evite alguns alimentos como feijão, repolho, couve-flor, ovo, batata doce, pimentão, cebola e brócolis
pois favorecem a formação de gases, provocando assim dor e mal-estar em algumas pessoas que
possuem maior predisposição.

Cuidados Nutricionais em Pacientes HIV+

Atualmente, a sobrevida de indivíduos portadores do HIV/AIDS tende a ser cada vez maior,
devido aos avanços da terapia anti-retroviral. No entanto, inúmeras alterações do metabolismo e do
estado nutricional podem afetar a qualidade de vida desses pacientes. Uma das implicações mais
comuns para a saúde é a desnutrição protéico-calórica e a conseqüente deficiência de nutrientes,
causadas por aumento do gasto energético, infecções oportunistas, má-absorção e pela diminuição
multifatorial da ingestão alimentar. Após diagnóstico da patologia o paciente com HIV/AIDS deve
passar por uma avaliação nutricional, para que seja determinada e priorizada a intervenção
dietoterápica apropriada conforme cada paciente.
È de fundamental importância que o paciente com HIV/AIDS seja orientado sobre hábitos
alimentares, para que tenha uma melhora ou recuperação do seu estado nutricional e da sua
qualidade de vida. Já em crianças a dieta deve ser individualizada e monitorada, pois sabe-se pouco
sobre as necessidades para estes pacientes.A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) foi
descrita pela primeira vez pelo Centers of Disease Control (CDC) em 1981.Vários adultos jovens
fizeram o relato de várias infecções oportunistas incomuns, como pneumonia por Pneumocystis
carinii, citomegalovírus ou candidíase ou um raro câncer de pele (Sarcoma de Kaposi) associados
com grave depressão da imunidade celular.
Em 1983, os pesquisadores isolaram o agente etiológico, um retrovírus que foi denominado
vírus da imunodeficiência adquirida (HIV) (Mahan & Escott – Stump, 2002).No Brasil, até maio de
1999, 163.355 casos da doença foram notificados, totalizando uma incidência de 113/100.000
habitantes. Somente em 1999, 18 mil adultos e crianças morreram de AIDS (Polacow et al., 2004).
Até dezembro de 2003 foram notificados pelo Programa Nacional de Doenças Sexualmente
Transmissíveis e AIDS 310 mil casos de AIDS no Brasil, sendo que cerca de 140 mil pessoas
necessitam do tratamento que o programa de combate à AIDS brasileiro fornece na rede pública de
saúde (MS, 2004).
O grupo etário mais atingido desde o início da epidemia no Brasil, tem sido o de 20 a 39 anos, de
ambos os sexos, o que corresponde a 70% dos casos de AIDS notificados até 26 de fevereiro de
2000 (Polacow et al., 2004).O risco pelo qual um paciente com infecção pelo HIV não tratado pode
desenvolver AIDS é estimado em 1-2% por ano nos primeiros anos de doença (Duarte, 2003).
Devido ao aumento da transmissão heterossexual, é cada vez maior o número de mulheres
infectadas pelo vírus da AIDS. Conseqüentemente, vem aumentando o número de crianças
infectadas por transmissão vertical, cujas taxas chegam a variar de 15 a 30% em diferentes países.
No período entre 1980 e 1996, foram computados 2.447 casos de crianças menores de 13 anos com
AIDS no Brasil. Desse total 1.097 tiveram evolução fatal (Hamamoto et al., 2000). Até dezembro de
2002, foram notificados pela.

Coordenação Nacional de Doenças Sexualmente Transmissíveis e AIDS 8.721 casos pediátricos de


AIDS no Brasil. Segundo estimativas do Ministério da Saúde, havia cerca de 12.800 casos de
crianças vivendo com o HIV em 2000. Entretanto, o uso da terapia anti-retroviral por crianças tem
prolongado significativamente a sobrevida e diminuído o desenvolvimento clássico da AIDS. È de
grande importância que todas as crianças soropositivas tenham acesso ao tratamento desde o início
da vida (MS, 2004).

DOENÇAS INFLAMATÓRIAS INTESTINAIS

O QUE SÃO?
Denominam-se Doenças Inflamatórias Intestinais um grupo de distúrbios inflamatórios
crônicos envolvendo os intestinos delgado e grosso, representadas pela Retocolite Ulcerativa,
Doença de Crohn e pelas Colites Indeterminadas, que são formas que apresentam sinais e sintomas
que podem ser comuns entre estas duas doenças. A Retocolite Ulcerativa e a doença de Crohn são
doenças, as quais apresentam relatos de sua ocorrência desde o Século XIX. Os relatos históricos
mostram que, após a década de 30, ocorreu um sensível aumento do número de casos relatados a
nível mundial, sendo que as duas doenças apresentam na atualidade uma freqüência semelhante,
com incidência aproximada de até 20 por 100.000 habitantes. Regiões que apresentam uma elevada
incidência de Retocolite Ulcerativa também têm uma alta incidência de doença de Crohn. Existe uma
tendência de ocorrência familiar e racial na Doença Inflamatória Intestinal, possibilitando a afirmativa
da importância do fator genético, sendo que uma história familiar de doença de Crohn está
associada a um aumento tanto para a doença de Crohn como para a Retocolite Ulcerativa e vice
versa. Determinados perfis de personalidade também podem relacionar-se com o aparecimento
destas doenças.
Admite-se que o fumo constitui um fator ambiental que tem sido consistentemente associada
a um menor risco de Retocolite Ulcerativa e um maior risco de doença de Crohn. A relação da
ocorrência destas doenças com o estado sócio-econômico, as atividades físicas, a dieta e os
anticoncepcionais orais foram propostos, mas os resultados dos diversos estudos são
inconsistentes. Podem ocorrer em ambos os sexos, todas as raças e qualquer faixa etária, porém
geralmente em jovens.
Alguns estudos tem proposto que ocorrências nos primeiros anos de vida de situações como
infecções graves, maus hábitos de higiene estão associados com o aparecimento destas doenças.

COMO SE MANIFESTAM?
A Retocolite Ulcerativa é uma doença crônica, com característica de ser recorrente, localizada
no intestino grosso (cólon), que é a porção terminal do intestino, com aproximadamente noventa
centímetros de comprimento que inicia-se na porção inferior direita do abdome (cólon ascendente),
terminando no reto. Esta estrutura do intestino tem como uma de suas funções, a de desidratar as
fezes, e a outra,é a de armazenar fezes já formadas até o momento da evacuação. Quando a
Retocolite Ulcerativa afeta o cólon, há no revestimento interno do intestino inflamação em algum
segmento e formação de úlceras. A doença pode envolver todo o cólon ou somente parte, como no
reto, ou mais correntemente, alguma área localizada entre eles. A Colite Ulcerativa caracteriza-se
por uma reação inflamatória que envolve sobretudo a mucosa do intestino grosso. Esta doença
inflamatória crônica e ulcerativa da mucosa do intestino grosso quase sempre começa no reto.
Quando está ativa, a mucosa intestinal torna-se maciçamente infiltrada por células inflamatórias de
fases aguda e crônica. A musculatura intestinal pode estar danificada, levando ao que se chama de
megacólon (dilatação importante do intestino grosso).
Seus principais sintomas são: diarréia sanguinolenta e dor abdominal, esses sintomas são
freqüentemente acompanhados por febre e perda de peso. O paciente grave queixa-se de cólicas
fortes e demonstra sinais e sintomas de desidratação, anemia, febre e perda de peso. Diante de
comprometimento predominantemente retal, pode ocorrer em vez de diarréia, constipação. As
manifestações fora do intestino são artrite, alterações cutâneas ou evidências de doenças no fígado;
pode ser um fator predisponente para câncer de intestino grosso. A deficiência de ferro pode ocorrer
decorrente da perda crônica de sangue. Certas anormalidades dos eletrólitos, sobretudo baixo nível
de potássio sanguineo (hipopotassemia), refletem o grau de diarréia. A perda de proteína para o
lúmem, através da mucosa ulcerada, pode levar a hipoalbuminemia.
A doença de Crohn e a colite ulcerativa afetam principalmente os intestinos, resultando em
dor, diarréia severa, hemorragia intestinal, perda de peso e febre. A Doença de Crohn e a Colite
Ulcerativa afetam igualmente ambos os sexos. São mais comuns em indivíduos brancos que em
negros ou asiáticos; com maior incidência em judeus. Podem ocorrer em todas as faixas etárias, no
entanto, costumam aparecer entre os 15 e 35 anos de idade.
Os intestinos delgado e grosso são fundamentais para a digestão e absorção de nutrientes,
auxiliado por de secreções vindas do fígado, pâncreas e intestino delgado que ocorre o
prolongamento da digestão no duodeno e jejuno, antes já iniciada na boca e estômago. A absorção
ocorre primariamente no jejuno; sendo que algumas substâncias são absorvidas no íleo terminal,
como é o caso das gorduras, sais biliares e vitamina B12. O Intestino grosso, ou cólon, é o
responsável por absorver água e excretar massa fecal. A Doença de Crohn caracteriza-se por
inflamação crônica que se estende por todas as camadas da parede intestinal. Envolve
predominantemente a parte distal do intestino delgado (íleo). Um quadro inflamatório semelhante
pode ocorrer no intestino grosso (cólon) isoladamente ou com acometimento concomitante do
intestino delgado. A Doença de Crohn localizada em segmentos do íleo também é conhecida como
Enterite Regional.
Este distúrbio tanto pode desaparecer eventualmente, apresentando um curso benigno,
quanto pode levar a complicações graves, como obstrução intestinal ou formação de fístula. Suas
principais manifestações clínicas são: febre, dor ou cólica abdominal, fadiga generalizada, diarréia
por período de tempo prolongado ou recorrente, anorexia e perda de peso. Pode haver anemia
causada pela perda de sangue oculto, pelo efeito da inflamação crônica sobre a medula óssea ou
pela má absorção de folato e vitamina B12. Outras manifestações não relacionadas com o aparelho
digestivo podem ocorrer, como artrite, conjuntivite, uveíte, lesões na pele.
Nos casos de doença de Crohn, a diarréia pode resultar de malabsorção de sais biliares, área
da superfície intestinal inadequada, tratamento fistulosos ou crescimento bacteriano excessivo. Em
relação a consistência das fezes, quando estas se apresentam aquosas e soltas sugerem o
envolvimento ileal, enquanto a incontinência, urgência ou sangramento retal (o que é mais comum
na Colite Ulcerativa) sugerem envolvimento do intestino grosso. Os casos que apresentam diarréia
importante, podem acontecer anormalidades dos sais do organismo, os eletrólitos (hipopotassemia,
hipomagnesemia). A hipocalcemia (baixos níveis de cálcio sangüíneo) pode refletir extenso
envolvimento da mucosa e má absorção de vitamina D. A má absorção de aminoácidos, bem como
uma enteropatia perdedora de proteína podem levar a diminuição da síntese protéica, com baixos
níveis plasmáticos de albumina. Esteatorréia pode acontecer decorrente da depleção de sais biliares
e da lesão da mucosa.

CAUSAS
A causa básica destas doença é ainda desconhecida, muito embora pesquisadores acreditam
que pode ser um defeito no sistema imunológico, em que os anticorpos do próprio organismo
ataquem o cólon. Outros especulam que um microorganismo não identificado seja responsável pela
doença. Muito provavelmente, a combinação desses fatores, incluindo hereditariedade, podem estar
envolvidos na causa. Pesquisadores já estabeleceram desenvolveram o primeiro perfil genético para
a doença de Crohn e a Retocolite Ulcerativa, dois tipos de doenças inflamatórias do intestino.
Segundo estes, alguns dos genes identificados devem estar envolvidos em eventos primários,
causando as doenças diretamente, enquanto outros são importantes na determinação da evolução
da doença. Esta caracterização genética poderá auxiliar os médicos a diagnosticar mais
especificamente pacientes que permanecem na categoria inespecífica de "Colite indeterminada".
Muitos estudos já demonstraram taxas aumentadas de câncer de cólon em pacientes com
RCU e a superexpressão de vários genes de câncer fortalece o elo entre a doença e o câncer de
cólon. A expressão aumentada de genes anti-germes em casos de DC, e mesmo em casos de RCU,
aumenta a suspeita de que micróbios têm importante papel para o início da condição.
Estes distúrbios quase sempre possuem origem desconhecida. Fatores ambientais,
genéticos, alimentares, imunológicos, infecciosos e até raciais tem sido investigados como seus
possíveis causadores. Já se sabe que fatores psicológicos são provavelmente não primários, mas
podem estar envolvidos também em sua etiologia.
Outros fatores, relacionados com a ingestão alimentar, sugerem que altos níveis de ingestão
de proteína animal e ácidos graxos poliinsaturados, reduzida ingestão de ácidos graxos ômega-3 e
ausência de fibras dietética possam ser aspectos que levam ao desenvolvimento destas doenças.

DIAGNÓSTICO
O diagnóstico é suspeitado pelos sintomas e evolução clínica recorrente dos mesmos. Um
exame com endoscopia (colonoscopia, retosigmoidoscopia) é sempre necessário, pos fornece
detalhes característicos destas doenças. A Tomografia Computadorizada e o Raios-X do intestino
também podem fornecer importantes elementos diagnósticos. Eventualmente a biópsia se fará
necessária para melhores esclarecimentos.

COMPLICAÇÕES
Muitas pessoas com estas doenças respondem bem ao tratamento e conseguem ter uma vida
confortável. Entretanto a doença pode tornar-se bastante severa necessitando de internação e
Raios-X do cólon. Em raros casos há necessidade de cirurgia de emergência em função do
megacólon tóxico ou perfuração intestinal. A doença pode afetar a parte nutricional, causando
retardo no crescimento infantil e do adolescente. Fígado, pele, olhos ou articulações ocasionalmente
podem ter problemas mesmo antes de ter sintomas intestinais. A longo prazo a colite ulcerativa gera
uma grande preocupação que é o câncer de cólon. O risco de desenvolver o câncer de cólon
aumenta significativamente quando a doença começa na infância, quando se apresenta pior dos 8 a
10 anos, ou quando há história familiar de câncer de cólon. Nestas situações é particularmente
importante a vigilância do intestino, mesmo quando não haja sintomas. Análise do cólon com
biópsias realizadas durante a colonoscopia podem freqüentemente predizer se o câncer de cólon
ocorrerá. Nestes casos, a cirurgia preventiva é recomendada.

TRATAMENTO
Há vários tipos de tratamento disponíveis: as substâncias anti-inflamatórias como
sulfazalazina, mesalina, imunosupressores (Azathioprina, 6-MP, ciciclosporina e methotrexate) e
glicocorticóides são basicamente o que se utiliza no tratamento medicamentoso das doenças
intestinais inflamatórias. Algumas complicações da Doença de Crohn, como obstrução e fístula,
requerem tratamento cirúrgico. Este melhora as condições clínicas de pessoas que apresentam
complicações agudas ou crônicas, mas não cura a doença, uma vez que esta recorre e persiste
mesmo após a ressecção cirúrgica. Em muitos casos de Colite Ulcerativa o cólon deve ser removido
e uma bolsa ileal ou anastomose ileoanal deve ser criada.
Os medicamentos utilizados na Doença Intestinal Inflamatória estabelecem forte interação
com os nutrientes essenciais para o organismo. O glicocorticóide por exemplo, diminui a absorção
dos minerais Cálcio e Fósforo e das vitaminas B6, C e D; aumenta o catabolismo protéico e inibe a
síntese de proteína; aumenta a glicemia e aumenta a excreção urinária de Magnésio, Zinco, Cálcio,
vitaminas K e C e Nitrogênio. Pode aumentar o colesterol sangüíneo e triglicerídeo.
A sulfazalazina inibe a absorção de ácido fólico, e pode levar a anemia megaloblástica.
Especialmente nessas doenças em que se observam redução do apetite, diarréia, má absorção dos
nutrientes; fatores que prejudicam a assimilação de fluidos, minerais e vitaminas pelo corpo; a boa
nutrição se faz essencial. A conduta dietoterápica para portadores de doença intestinal inflamatória
deve ser individualizada, pois cada paciente necessita de cuidados específicos que variam de
acordo com seu estado clínico. Pacientes graves, enfermos, são tratados com nutrição parenteral já
que os nutrientes não são absorvidos adequadamente pelo trato intestinal, que nesta ocasião deve
ficar em repouso.
A dieta na Doença de Cronh e Colite Ulcerativa deve ter alto teor protéico-calórico porque
pacientes com doença intestinal inflamatória freqüentemente necessitam repor os depósitos
corporais, para evitar quadros como anemia e perda de massa muscular. A interação com o
glicocorticóide e a perda de proteína através dos episódios de diarréia também são fatores que
contribuem para uma dieta hiperprotéica. O caseinato de cálcio, por seu efeito constipante, deve ser
utilizada.
Atenção especial deve ser dada para os alimentos protéicos derivados de leite. Na Doença de
Crohn, a atividade da enzima lactase pode ser reduzida, levando a intolerância à lactose. Caso esta
situação aconteça, o leite e seus derivados são desaconselhados, no entanto, alguns produtos
lácteos como queijos, iogurtes e leite com baixo teor de lactose podem ser consumidos por serem
bem tolerados.
Na doença de Crohn, as gorduras devem ser restringidas da dieta devido a deficiência em
absorvê-las, formando a chamada esteatorréia (diarréia com coloração amarelada). Nesta situação
os triglicerídeos de cadeia média são úteis por serem de fácil absorção.
Na Colite Ulcerativa onde o segmento intestinal mais afetado é o reto, quadros de esteatorréia
são menos comuns; mesmo assim os triglicerídeos de cadeia média devem ser utilizados pelo seu
alto valor calórico. A suplementação com fontes de ácidos graxos ômega-3 tem sido defendida para
ajudar a minimizar o componente inflamatório das duas doenças. O ácido graxo ômega-3 pode ser
encontrado em óleo de peixe, peixes de água fria e na semente de linhaça.
Os glicídios devem estar em quantidades normais ou levemente reduzidos na dieta, sem
concentração de dissacarídeos (açúcares simples); preferindo os polissacarídeos. Esta medida tem
como objetivo evitar ou não potencializar distensão e dor abdominal, achados físicos característicos
em ambas as doenças. Os açúcares simples podem ainda na Colite Ulcerativa levar a diarréia,
devido a ação fermentativa que seus resíduos sofrem no intestino grosso. Se no tratamento da
doença intestinal inflamatória estiver sendo usado glicocorticóide, atenção para a probabilidade do
paciente em desenvolver hiperglicemia.
As fibras, principalmente celulose e hemicelulose, devem ser restritas na dieta uma vez que
podem causar obstrução dos segmentos intestinais afetados. Portanto, vegetais e frutas crus,
cereais ricos em fibras como farinha de aveia não devem ser administrados. Uma fibra que se faz
necessária na doença intestinal inflamatória é a pectina, por ajudar a moldar a massa fecal. Pode ser
encontrada em frutas como maçã, pêra, pêssego e banana, no entanto deve ser oferecida
amassadas e/ou cozidas.
Refeições pequenas e freqüentes, ou seja, com menos volume e mais fracionada são,
geralmente, mais bem toleradas do que grandes refeições e podem fazer com que o paciente se
alimente melhor. As preparações não devem apresentar temperaturas extremas, principalmente fria,
o que aumentaria a motilidade intestinal.
A ingestão abundante de líquidos, de forma que se previna desidratação mediante aos
episódios de diarréia, é outra medida a ser considerada na dieta usualda Doença de Crohn e Colite
Ulcerativa.
A suplementação das vitaminas K e B12, e possivelmente o ferro, devem ser dados como
medicações injetáveis, já que não são absorvidos adequadamente pelo trato intestinal. A vitamina A
e o mineral zinco são dois nutrientes que devem ser oferecidos por atuarem no processo de
regeneração da mucosa intestinal e por beneficiarem o sistema imunológico. Além disso, esta
vitamina atua na síntese protéica e, principalmente sob a forma de betacaroteno possui
propriedades antioxidantes, assim como também possui a vitamina E os minerais Selênio, Cobre,
Cromo, Magnésio e Manganês, que também ajuda no combate a hipocalcemia ao mobilizar Cálcio
ósseo e fosfato. A vitamina C é outro nutriente essencial na doença intestinal inflamatória, por
auxiliar no processo de cicatrização da mucosa intestinal e síntese de massa magra. Também
previne a anemia ferropriva ao aumentar a absorção intestinal de ferro, além da sua ação
antioxidante. O complexo B é outro grupo de micronutrientes essencial na doença de Crohn e
Retocolite Ulcerativa por atuar como auxiliar no metabolismo de proteínas, lipídios e glicídios e, além
disso são úteis para reverter ou prevenir quadros de anemia. Vitaminas como a B1(Tiamina) atuam
ainda na normalização da peristalse ao controlar a função tônica do intestino. O Cálcio, Potássio,
Zinco, Ferro, Manganês, Fósforo e até mesmo o Sódio, são os minerais mais perdidos pelos
episódios de diarréia, por isso também devem estar presentes na dieta.
Nestas doenças, devem ser eliminados do cardápio os condimentos, os alimentos de difícil
digestibilidade e ricos em enxofre. A purina, por ser capaz de aumentar o peristaltismo, e agravar o
quadro de diarréia, também deve estar isenta da dieta.
Os alimentos ricos em enxofre devem ser evitados por provocarem o acúmulo de gases no
intestino, formando a flatulência. Pertencem a este grupo de alimentos o brócolis, couve-de-
bruxelas, couve-flor, feijão e ervilhas secos, leite e laticínios (para pessoas com dificuldade de digerir
o açúcar natural do leite), cebola, soja e nabo. Os gases podem ser diminuidos com uso de
alimentos como gengibre e os chás de erva-doce e cidreira.
O controle do estado emocional é importante, na medida em que se correlacione a piora do
estado clínico com distúrbios nesta esfera.
Portanto, a Doença de Crohn e a Retocolite Ulcerativa são passíveis de controle clínico
apropriado, desde que as orientações médicas sejam seguidas à risca, quando a maioria dos
pacientes poderão viver normalmente, com poucas restrições. Muito embora não haja cura, o
controle medicamentoso e dietético é possível; casos que requerem intervenção cirúrgica são
eventuais e pouco freqüentes.

ORIENTAÇÕES PARA PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA RENAL

O que é o rim ?
O rim é um órgão duplo, situado na parte mais posterior do abdômen; um deles
fica junto à coluna, à direita, logo abaixo do fígado; o outro se situa à
esquerda, logo abaixo do baço. Cada rim pesa em torno de 150 gramas e mede de 11 a 12 cm.
É um órgão extremamente vascularizado, recebendo a quarta parte de todo o sangue que sai do
coração. O sangue que passa pelos rins é filtrado, retirando as impurezas através de um processo
chamado de filtração renal. Assim, o rim é um órgão depurador de substâncias indesejáveis ou que
estejam em excesso no nosso organismo e, por isso, precisam ser eliminadas.
A urina produzida diariamente tem um volume de 700 a 1500 mililitros, contém
sais (sódio, potássio, cálcio, fósforo, amônia) e outras substâncias, como
uréia, creatinina e ácido úrico. O volume de urina aumenta ou diminui conforme a necessidade de
eliminar água, evitando que falte ou se acumule no organismo.
Além de eliminar as impurezas e controlar o volume dos líquidos do organismo, o rim produz
hormônios. Dentre os muitos hormônios produzidos pelos rins,
destacam-se a eritropoetina, que ajusta a produção de glóbulos vermelhos
evitando a anemia e a vitamina D3, que regula a absorção do cálcio no intestino.

Doenças renais
Infelizmente, uma em cada 5.000 pessoas adoece dos rins por motivos diversos.
Quando o rim adoece, ele não consegue realizar as tarefas para as quais foi
programado, tornando-se insuficiente. As principais doenças que tornam o rim
incapaz ou insuficiente são as seguintes:
Nefrites (50%)
Hipertensão arterial severa
Infecção dos rins
Diabete (25%)
Doenças hereditárias (rim policístico)
Pedras nos rins (cálculos)
Obstruções

Das doenças acima citadas, muitas podem ser evitadas quando precocemente
identificadas e acompanhadas pelos médicos especializados em doenças renais (nefrologistas),
prolongando, assim, a vida normal dos pacientes.
Geralmente, quando surge uma doença renal, ela ocorre nos dois rins, raramente de um lado só.
Quando a doença renal se torna irreversível, na maioria das vezes, a perda da função é lenta e
progressiva. Daí a importância do acompanhamento e da orientação médica, que visa a prolongar o
funcionamento adequado do rim, mesmo com algum grau de deficiência.
A perda de 25%, 50% ou de até 75% das funções renais apresenta poucos problemas médicos.
Porém, perdas superiores a 75% da função renal alteram de tal modo o funcionamento do
organismo, que modificam a qualidade de vida do paciente.
São facilmente identificáveis os problemas clínicos que a insuficiência renal traz aos pacientes que
perderam mais de 75% da função do rim:
hipertensão arterial, de moderada a severa;
anemia severa, que não responde ao tratamento com sulfato ferroso;
edema por todo o corpo, aumentando o peso;
pele pálida (cor de palha);
fraqueza, cansaço, emagrecimento, coceira no corpo;
anorexia, náuseas, vômitos e gastrite;
cheiro desagradável na boca (cheiro de urina);
piora da pressão arterial e aborto em mulheres grávidas;
aumento do volume e da micção urinária, com maior volume urinário noturno.
a urina é sempre muito clara e da mesma cor;
alterações dos exames plasmáticos, uréia sempre superior a 150mg% e a
creatinina maior do que 6mg%.

Quando a doença avança, destruindo 90% da capacidade funcional do rim, os 10% restantes pouco
poderão fazer para manter a saúde do paciente.
Neste estágio da doença, o médico deve avisar que o tratamento conservador
sozinho não terá mais efeito desejado e a diálise irá substituir o rim irreversivelmente doente e
incapaz de manter a vida do paciente crônico.

O que é a diálise ?
É um processo mecânico e artificial utilizado para limpar o sangue das impurezas acumuladas pelo
organismo. Os "tóxicos" que devem sair do organismo são eliminados através de uma membrana
filtrante do rim artificial ou a do peritônio (uma membrana do nosso abdômen). Assim, existem dois
tipos de diálise: a peritoneal que usa o peritônio como membrana filtrante e a hemodiálise que usa
uma membrana artificial como filtro.
Para realizar uma hemodiálise o sangue deve chegar ao filtro em grande
quantidade num volume superior a 200 ml. Para obter um volume de sangue tão grande é
necessário que um cirurgião vascular una uma veia a uma artéria do braço para aumentar bastante
o volume de sangue que passa no vaso, tornando-o volumoso e resistente. A fístula artério-venosa,
assim formada, deverá ser sempre bem protegida e vigiada pelo paciente para ter um longo período
de uso.
Uma hemodiálise eficiente e prolongada depende muito dos cuidados com a fístula artério-venosa.
Para isso, é preciso manter o braço limpo sem traumatismos e infecções. A ruptura ou o corte da
fístula produz uma perda rápida e importante de sangue. Se isto acontecer fora do local onde o
paciente realiza as hemodiálises, ele deve colocar um garrote bem apertado acima da fístula,
cobrindo o local com um pano limpo e dirigir-se, imediatamente, a um hospital preparado para
atender estas emergências.
Em caso de qualquer outra alteração na fístula, tal como um ponto vermelho ou se surgir um
aumento de temperatura local ou geral, o médico deve ser imediatamente comunicado.

Qual o efeito da diálise ?


O rim artificial tem a mesma capacidade do rim humano. Assim, uma hora de
diálise equivale a uma hora de funcionamento do rim normal. A diferença é que, no tratamento
dialítico, realizamos 3 sessões de 4 horas cada uma, num total de 12 horas semanais. Um rim
normal trabalha na limpeza do organismo 24 horas por dia, sete dias, perfazendo 168 horas
semanais. Assim, o tratamento com rim artificial, deixa o paciente 156 horas sem depuração (168-
12=156). Apesar destas poucas horas (12 horas semanais em média), já está provado que uma
pessoa pode viver bem nesse esquema de hemodiálise.
A hemodiálise é adequada quando o paciente vive em boas condições:
sem hipertensão (inferior a 150/90 mm/hg);
sem edema e sem falta de ar;
sem grande aumento de peso entre uma e outra hemodiálise;
com o potássio normal (menos de 5);
sem acidose (pH do sangue);
com o fósforo normal (menos de 5)
com anemia discreta e sem desnutrição
com uma fístula funcionante.

Com estas condições, poderá viver muito tempo realizando hemodiálise.


A hemodiálise tem seus riscos como qualquer tipo de tratamento e apresenta
complicações que devem ser evitadas. Por isso, os médicos controlam os sinais exteriores:
temperatura corporal, peso, edema, pressão arterial, tosse, falta de ar, anemia e estado da fístula
em cada sessão de hemodiálise. Uma vez por mês devem ser solicitados exames de sangue para
ver como estão as taxas de uréia, creatinina, potássio, cálcio, fósforo, ácido úrico e sódio (sal). É
importante verificar,também, o pH sangüíneo, a nutrição (albumina) e a anemia (hemograma).
Cuidados necessários durante o tratamento dialítico

Dieta
Comer bem, sem sal e com a quantidade de água ajustada, é o grande trunfo do paciente em
hemodiálise. Quem consegue isso é um felizardo. Por isso, informe-se com seu médico o que pode
e o que não pode comer para conseguir manter seu estado nutricional em boas condições. Lembre-
se que comer carne faz menos mal do que sal e água, porque o rim artificial depura muito bem a
uréia. O doente renal crônico precisa cuidar da sua alimentação,
principalmente, da ingestão de calorias, proteínas, açúcares e gorduras em quantidades
adequadas para não emagrecer.

Água
A água do nosso organismo é eliminada 90 % pelos rins e 10% pela respiração, pele e fezes.
Assim, quem não urina e bebe água, vai acumulá-la, aumentando o peso. O que fazer então?
Equilibrar a entrada e saída de água, ou seja, se a quantidade de urina é de 500 ml, o paciente só
pode beber 500 ml de líquidos. Mas atenção, todos os alimentos têm água. Alguns, praticamente, só
têm água, como as frutas. Outros têm 50% de água quando cozidos, como feijão, arroz, legumes,
grãos e massas. Esta água deve ser somada também. A água é um grande risco para quem não
urina, pois cria muitas complicações e alguns pacientes podem perder a vida nestas complicações.
Algumas das complicações do excesso de água são:
tremores, tonturas, náuseas, dores de cabeça, hipertensão, falta de ar, edema generalizado,
insuficiência cardíaca e edema agudo de pulmão. Se o doente renal crônico urinar menos de 500
mililitros por dia, deve abandonar os copos grandes, usar aqueles para vinhos ou mesmo os
pequenos copos para licor. As frutas podem ser consideradas como água pura ingerida. Quando,
no verão, a sede é muito grande, chupar pequenos cubos de gelo feitos com água pura: a água pura
gelada "mata" mais a sede do que qualquer outro tipo de líquido. Se gostar de água mineral com
gás, também pode tomar.

Sal
É um dos maiores inimigos do doente renal, pelas diversas complicações que causa e,
logicamente, também afeta os pacientes em hemodiálise. O sal e a água juntos produzem sede
intensa, edema, falta de ar, aumento de peso, hipertensão, tonturas, mal-estar, confusão mental,
tremores e abalos musculares. Cada pessoa doente tem um limite de sal que pode ingerir. O
seu médico vai lhe dizer qual é a quantidade que pode ingerir por dia, em gramas.Informação
prática sobre o sal Tente se acostumar com comida praticamente sem sal. Para manter o sabor,
use temperos verdes, ou outras especiarias. Fuja dos enlatados e de carnes processadas, tais
como salames, presuntos, mortadelas, salsichas, sardinhas em lata e outros embutidos
semelhantes.

Proteínas
Existem dois tipos de proteínas: as de origem animal (alto valor biológico) e as de origem
vegetal (baixo valor biológico). O nosso organismo utiliza e assimila melhor as proteínas animais
que as vegetais, por isso, para o doente renal crônico é melhor ingerir proteína animal: carnes,
ovos, leite, queijos. Consulte seu médico para saber qual a quantidade diária que pode ingerir.
Proteínas de origem vegetal, tais como amêndoas, amendoim, aveia, cacau, ervilha seca, feijões,
soja e seus derivados devem ser consumidos com parcimônia, por serem de baixo valor biológico.
Três gramas de proteínas vegetais equivalem a uma de alto valor, mas produzem mais uréia para
ser eliminada. Os conselhos dietéticos de um nutricionista sempre serão importantes e bem
recebidos.

Açúcar
Se você não tem problema com os açúcares, nem é diabético, é importante
que ingira boas quantidades de açúcares, porque eles diminuem a produção de uréia (menor
catabolismo protéico).

Gorduras
Como em toda alimentação sadia, não se deve usar mais do que 20% em
gordura. O azeite de oliva é um excelente alimento, use-o nas saladas e
nos alimentos para aumentar as calorias. Evite as gorduras animais e
frituras.

Potássio
O potássio deve ser ingerido com muito cuidado, pois seu excesso no doente renal crônico é
muito perigoso. Os alimentos mais ricos em potássio são: frutas secas (uva, damasco e ameixa),
amêndoa, amendoim, avelã, bacalhau, cacau, castanhas, chocolate em pó, cogumelo, ervilha, fava,
feijões, leite em pó, lentilha seca, melado e rapadura de cana, gérmen de trigo e caldas
das compotas de frutas. As frutas, em geral, contêm muito potássio. A banana é a fruta que
contém mais potássio. Elas não devem ser ingeridas, em demasia, por dois motivos: ninguém
consegue comer pouca quantidade e
elas são em sua maioria constituídas quase só de água, o que prejudica o
controle do potássio e dos líquidos. Se você tem problema de potássio alto, atente para estes
alimentos. Se tiver "desejos" de comer frutas, deve ingeri-las durante a sessão de hemodiálise, pois
o rim artificial se encarrega de eliminar o excesso de potássio.

Cálcio
No nosso organismo, os ossos sustentam os músculos, protegem o cérebro dos traumatismos e
armazenam o cálcio e o fósforo. Os rins normais controlam o cálcio e fósforo do nosso corpo,
poupando ou eliminando estes sais quando necessário. Na insuficiência renal, ocorre um
desequilíbrio do cálcio e do fósforo, provocando doença óssea (osteodistrofia renal). Isto ocorre
porque o rim é o produtor de um hormônio, a Vitamina D³, que promove a absorção do cálcio no
intestino. Sem a Vitamina D³, a taxa de cálcio no sangue é sempre inferior ao normal (hipocalcemia).
Havendo hipocalcemia, o organismo tenta normalizar a taxa de cálcio através da retirada de cálcio
do osso, surgindo a osteodistrofia renal. Assim o osso desmineralizado apresenta-se dolorido, fratura
fácil e o andar pode ser difícil. Com a queda do cálcio, o fósforo aumenta e produz coceiras por todo
o corpo,
acompanhadas de lesões dermatológicas. O tratamento da hipocalcemia é
feito com uma ingestão abundante de cálcio, junto com a Vitamina D³, que,
além de melhorar o cálcio, também regulariza o fósforo.

Fósforo
Os alimentos ricos em fósforo devem ser ingeridos com cuidado. Os
alimentos que devem ser evitados são: amêndoa, amendoim, aveia, bacalhau, cacau em pó,
castanha de cajú, farinha de soja, feijão, gema de ovo, germen de trigo, leite desidratado,
chocolate, bacalhau e peixes salgados, sardinha em conserva, alguns tipos de queijo, alimentos
desidratados ou salgados em geral. Se o médico lhe recomendar atenção e cuidado com o
fósforo, procure evitar esses alimentos e solicite medicação para diminuí-lo no sangue. É importante
retirar o excesso de fósforo do organismo para evitar que, junto com a hipocalcemia, provoque e
acentue as lesões ósseas. Quando há excesso de fósforo no sangue, o paciente se queixa de muita
coceira pelo corpo todo.

Remédios
O paciente de insuficiência renal crônica sempre vai necessitar deles para tratar a
hipertensão, anemia, hipocalcemia e hiperfosfatemia.

Transfusões
Quando a anemia é muito intensa, pode provocar sintomas, como tontura, cansaço, falta de ar, dor
no peito, coração acelerado (taquicardia) e queda de pressão arterial. Nesta situação, a transfusão
de glóbulos torna-se necessária. Quanto menos transfusões, menos complicações, como hepatite e
sensibilização imunológica, que podem dificultar o transplante futuro. Para recuperar os pacientes
anemiados evitando os sintomas, é usada a eritropoetina sintética que mantém a hemoglobina em
níveis adequados.

Instruções gerais
Com os rins artificiais modernos e o uso de medicações adequadas, o tempo de sobrevivência e a
qualidade de vida dos renais crônicos vêm melhorando muito.
Como o indivíduo com insuficiência renal é potencialmente produtivo é importante que ele seja
orientado para adquirir capacidade física para o trabalho. Os exercícios para o sistema
cardiovascular são importantes para aumentar o desempenho diário.
Além disso, o paciente que faz hemodiálise deve: comparecer a todas as sessões
de diálise; realizar sempre diálises de no mínimo quatro horas; evitar o excesso
de sal, potássio, fósforo e água; manter a taxa de uréia do plasma inferior a
150 mg% e manter a fístula em boas condições. As mulheres, devem evitar a
gravidez, porque piora o estado geral de saúde e o aborto é muito comum.
Quem pode fazer transplante ?
Todo o paciente renal crônico pode submeter-se a um transplante, desde que
apresente as seguintes condições:
possa suportar uma cirurgia; não apresente doenças em outros órgãos, por exemplo: cirrose,
câncer, acidentes vasculares; não tenha infecção ou focos ativos: urinários, dentários, tuberculose,
fungos; não tenha problemas imunológicos provocados por muitas transfusões e/ou múltiplas
gravidezes.

Se o paciente tiver um doador vivo aparentado é melhor. Porém, em todo o mundo, cresce o número
de transplantes de cadáver. Esperar um rim de cadáver, entretanto, no nosso país, requer paciência
e hemodiálises por um longo período, às vezes anos.
Durante o tempo em que aguarda um transplante ou enquanto estiver em hemodiálise, o paciente
renal crônico deve assumir algumas atitudes: manter os seus familiares informados sobre a doença
renal crônica; observar e avisar o médico de qualquer desvio ou complicação que tenha surgido;
conhecer todas as condutas para evitar as complicações; lutar pela doação de órgãos, ajudando e
incentivando as campanhas neste sentido lutar para que todos tenham acesso e facilidades no
tratamento, quando infelizmente adoecerem.
Um lema e uma luta: "Não enterre seus rins, transplante-os!" Perguntas que você pode fazer ao seu
médico
A hemodiálise é segura?
Quais são as principais complicações das diálises?
Qual é a melhor diálise?
A lista para o transplante é para todos?
O doador vivo fica prejudicado com um só rim?

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