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https://doi.org/10.15202/1981996x.

2016v10n2p40

COMUNIDADE MACROBENTÔNICA DE COSTÕES ROCHOSOS


DE DUAS PRAIAS DO MUNICÍPIO DE NITERÓI-RJ
COMMUNITY OF MACROBENTHIC HEADLANDS ROCKY TWO BEACHES OF
NITERÓI-RJ MUNICIPALITY

GISA ENEIDA MARQUES MAC


Mestre em Ciências Biológicas pelo Museu Nacional (UFRJ), Rio de Janeiro, RJ
Faculdades Integradas Maria Thereza (FAMATH), Niterói, RJ
gisaeneida@gmail.com

VITOR LOPES TUTUNJI CAVALCANTE DA SILVA


Graduando em Ciências Biológicas nas Faculdades Integradas Maria Thereza (FAMATH), Niterói, RJ
Faculdades Integradas Maria Thereza (FAMATH), Niterói, RJ.

GRAÇA MARIA BISPO


Doutora em Ciências Biológicas (Ecologia) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ),
Rio de Janeiro, RJ
Associação dos Protetores do Mar, Niterói, RJ

RODRIG O GAIÃO BRAULT DE MIRANDA


Graduado em Ciências Biológicas pelas Faculdades Integradas Maria Thereza (FAMATH), Niterói, RJ
Associação dos Protetores do Mar, Niterói, RJ

Resumo está em boas condições ambientais. As análises


multivariadas (MDS, Cluster, ANOSIM) foram
O presente estudo acompanhou as dinâ- satisfatórias na separação dos agrupamentos.
micas estruturais de comunidades bentônicas Este estudo é parte integrante do Projeto UÇÁ,
macrobentônicas em duas praias do municí- realizado pela ONG Guardiões do Mar, com pa-
pio de Niterói-RJ (Leste da entrada da Baía de trocínio Petrobras, por meio do programa Petro-
Guanabara) e teve como objetivos comparar as bras socioambiental.
comunidades que se estabelecem nos costões Palavras-chave: Coleta de mariscos. Baía
rochosos das praias de Itaipu e Eva, analisando de Guanabara.Esgoto. Itaipu.Eva.
diferentes fatores de interferência (i) coleta de
mariscos, (ii) exposição ao ar e (iii) interferência Abstract
de esgoto doméstico. Foram encontradas 12 ta-
xons de algas (10 em Eva e 8 em Itaipu), e 21 ta-
This study followed the structural dynamics of
xons de macroinvertebrados (16 em Eva e 10 em
macrobenthic benthic communities in two be-
Itaipu). Os costões em estudos são caracteriza- aches in the city of Niteroi-RJ (East entrance
dos por povoamentos distintos, Eva = tapete de of Guanabara Bay) and aimed to compare the
calcárias articuladas com esponjas e anêmonas communities that are established on the rocky
e Itaipu = crosta de calcárias crostosas com ou- shores of the Itaipu and Eve beaches, analyzing
riços. As praias apresentam similaridade quan- different interference factors (i) harvesting of
to à distribuição de organismos verticalmente, shellfish, (ii) air exposure and (iii) sewage in-
mas a faixa infralitorânea é distinta entre elas. terference. 12 taxa of algae were found (10 in
A raspagem de mariscos em Itaipu exerce in- Eva and 8 in Itaipu), and 21 taxa of macroin-
terferência e se torna um impacto constante vertebrates (16 in Eva and 10 in Itaipu). The
na diversidade desse ambiente. A presença de headlands studies are characterized by distinct
uma macroalga do grupo das Ochrophyta é um stands, Eva = calcareous mat articulated with
importante indicador de que o ambiente ainda sponges and anemones and Itaipu = calcareous

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Revista Semioses, v 10, n.02, 2016
Gisa Eneida Marques Mac

crust crusted with hedgehogs. The beaches have análises físicas e químicas, porque apresentam
similarity as to the distribution of organisms maior rapidez e eficácia na obtenção de resulta-
vertically, but the infralitoral range is distingui- dos, baixo custo e podem fornecer avaliação da
shed among them. Scraping seafood in Itaipu qualidade da água in situ, maior abrangência de
carries interference and becomes a constant im- estressores e possibilitam a avaliação e monito-
pact on the diversity of this environment. The ramento ambiental em grande escala. Brigante
presence of macroalgae group of ochrophyta is e colaboradores (2003) também apontam o uso
an important indicator that the environment is de avaliação da estrutura de comunidade de ma-
still in good environmental conditions. Multi- croinvertebrados bentônicos como estudos que
variate analyzes (MDS, Cluster, ANOSIM) were estão ganhando espaço e reconhecimento en-
satisfactory in the separation of the groups. tre os trabalhos de avaliação de impactos sobre
This study is part of the UCA, organized by ecossistemas aquáticos. Giménez-Casalduero
NGO Guardians of the Sea, with sponsorship (2001) aponta poliquetas e os gastropodas como
Petrobras, through Petrobras social environ- os mais usados como indicadores biológicos en-
mental program. tre os macroinvertebrados.
Keywords: collection of shellfish. A Baía de Guanabara é um ecossistema
Guanabara’s Bay.Sewer.Itaipu.Eva. que solicita atenção. A dinâmica das bacias
hidrográficas do entorno da Baía de Guana-
1 INTRODUÇÃO bara (RJ) é um impacto constante e sem pre-
visão de melhoria. Em torno de 200 mil litros
A grande diversidade de espécies pre- de água doce oriundos de aproximadamente 55
sentes nos costões rochosos faz com que, nes- rios que nascem no interior do Estado, e cru-
te ambiente, a ocorrência de fortes interações zam 16 municípios, que abrangem áreas indus-
biológicas (Coutinho 2002) o coloque entre triais da Zona Norte e da baixada Fluminense,
os ecossistemas mais produtivos do ambien- conduzem efluentes onde a carga principal é
te marinho (Mann 1973; Coutinho 2002). esgoto doméstico e lixo. De acordo com Co-
Em regiões costeiras, tanto as atividades que elho (2007), estima-se que quatro milhões de
geram efluentes, quanto as atividades recrea- habitantes urbanos, 45% da população da bacia
tivas, podem resultar em impacto e interferir hidrográfica da BG, possuam renda a baixo de
nas comunidades associadas aos costões ro- dois salários mínimos (população de baixa ren-
chosos (Underwood&Kennely 1990; Pedriniet da). O número de favelas existentes em volta
al. 2007). O pisoteio, a coleta de organismos e da BG é preocupante, pois não são atendidas
outras ações podem desestabilizar algumas co- por redes públicas de esgotamento sanitário,
munidades (Underwood&Kennely 1990). despejando seus esgotos nas águas da baía in
Estudos de estrutura de comunidades natura. Esse esgoto associado à dificuldade de
bentônicas estão sendo usados para monito- escoamento das águas de chuvas formam valas
ramento e acompanhamento de alterações no negras que chegam aos sistemas de drenagem
ambiente marinho. As comunidades de ma- urbana alcançando os rios da baía. As águas
croalgas marinhas, por serem compostas de pluviais contaminadas são uma das principais
organismos sésseis, sofrem efeitos de diversos fontes de carregamento e transporte de poluen-
elementos do meio circundante, o que as faz tes e sedimentos para seu interior. Não só o es-
excelentes sensores biológicos das condições goto doméstico, mas o setor industrial, também
ambientais e das tendências evolutivas de seus contribui com sua parcela nessa contaminação.
ecossistemas (Borowitzka 1972, Littler& Mur- Aproximadamente 20% da carga orgânica lan-
ray 1975, Levine 1984, Pinedoetal 2007). Os çada em suas águas e quase toda a carga de
macroinvertebrados bentônicos também de- substâncias tóxicas são decorrentes desse setor.
sempenham importante papel como indicado- As indústrias instaladas na bacia hidrográfica
res biológicos em ambientes aquáticos. Vários da BG estão centralizadas nos ramos de pro-
estudos ressaltam esse papel, Queiroz e cola- cessamentos de alimentos e bebidas, têxteis e
boradores (2000) apontam o uso de indicado- vestuário, metalúrgicas, químicas e petroquími-
res biológicos de qualidade de água, como mais cas. Aproximadamente 70% das indústrias do
vantajoso que os métodos convencionais de estado do Rio de Janeiro localizam-se na bacia

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Gisa Eneida Marques Mac

hidrográfica da BG (Coelho, 2007). oceânicas. Foi delimitado para estudo o costão


Alguns trabalhos com flora bentônica à esquerda da enseada de Itaipu e o costão à
também são referências importantes para esta esquerda da enseada das praias gêmeas Eva e
região ressaltando a redução da riqueza especí- Adão, áreas submetidas à prática de pesca arte-
fica da flora marinha, em função da degradação sanal e visitação turística em diferentes graus e
ambiental, principalmente em função da eutro- técnicas, respectivamente (Figura 1).
fização, em praias próximas à Baía de Guana-
bara (Carneiro et al. 1987; Teixeira et al. 1987
e Taouil&Yoneshigue-Valentin 2002). Os traba-
lhos de Pedriniet al. (1998; 2002) nas lagunas
de Itaipu e Piratininga, respectivamente relata-
vam diferentes padrões de riqueza de espécie.
Em 1991 esse ecossistema já era considerado de
meso para hipertrófico em decorrência de des-
pejo de esgoto, pouca renovação da água do mar
(Knopperset al. 1991).
O conhecimento da distribuição e a es-
trutura das comunidades bentônicas podem
ser utilizados como um importante instrumen-
to para o monitoramento e gestão ambiental
(Machado et al. 2007). Explorando estas ten-
dências e com o intuito de contribuir para o
conhecimento de áreas da Baía de Guanabara,
fornecendo dados que possam alimentar infor- Figura 1: localização das enseadas onde se encontram os costões rochosos em estudo
OBS: (A)Enseada de Adão e Eva; e (B)Enseada de Itaipu – Fonte: Adaptado de Braga
mações para melhor gestão deste ecossistema, et al. 2014.

o presente estudo acompanhou as dinâmicas


estruturais de comunidades bentônicas, abran-
gendo macroinvertebrados e macroalgas, em 2.2 Metodologia
duas praias do município de Niteroi-RJ e tem
como objetivos comparar as comunidades ma- O trabalho no mar foi realizado através
crobentônicas que se estabelecem nos costões de mergulho autônomo e os dados obtidos atra-
rochosos das praias de Itaipu e Eva, analisando vés de imagens em câmera digital (quadrados
diferentes fatores de interferência (i) coleta de fotografados – fotoquadrados) sempre pelo mes-
mariscos, (ii) exposição ao ar, (iii) interferência mo membro da equipe e no mesmo dia nas duas
de esgoto doméstico. praias. A análise foi realizada em computador,
também por um mesmo pesquisador. Foi utili-
2 DESENVOLVIMENTO zada a técnica de amostragem não-destrutiva,
estimativa visual (Sabino & Villaça 1999), per-
centagem de cobertura no estrato superior na
2.1 Material e Métodos distribuição das faixas de zonação. Essa técnica
foi a escolhida porque um dos pontos de coleta
Área de estudo - Os costões rochosos em está inserido em uma Unidade de Conservação
estudo se localizam em duas praias do municí- (RESEX de Itaipu).
pio de Niterói (RJ) – praia de Eva (22º 55’ 50”S, Foram selecionados dois pontos, em uma
43º 07’ 26”W) e praia de Itaipu (22º 53’14”S, área do costão rochoso de cada praia com topo-
43º 22’48”W). De acordo com a classificação grafia, inclinação e dimensões similares. Para
climática de Köppen-Geiger (Koppen 1984), o caracterização dos costões foi usado o critério
clima na região é definido como Aw- clima tro- de povoamentos proposto por Pereira e Berchez
pical (chuvas no verão). A localização das duas (2007). As faixas de zonação foram definidas a
praias confere aos costões rochosos em estudo partir de observação e medição de suas larguras
exposição à diferentes massas d’água, Eva com no momento de reconhecimento da área de es-
circulação de águas oriundas do interior da tudo, usando como base a distribuição dos or-
Baía de Guanabara e Itaipu banhada por águas ganismos descritores de cada faixa (STEPHEN-

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SON & STEPHENSON 1949; LEWIS 1964). Tabela 1: Organismos que se mantiveram como descritores das faixas de zonação
ao longo do estudo nos dois pontos de coleta e largura das faixas de distribuição.
Análise quantitativa - Foi empregada a
técnica de intersecção (Meese&Tomich, 1992), COSTÃO ROCHOSOS – organismos descritores e dimensões das faixas.

com 25 pontos selecionados em uma malha de

Região
100 pontos em quadrados de 15X15cm. Foram EVA ITAIPU Faixas (cm)
totalizados 5 quadrados em cada faixa de zo-
nação definidas pela distribuição da cobertura

Supralitorânea
de organismos descritores, para melhor carac- Chthamalusbisinnatus, Chthamalusbisinnatus,
Echinolittorinaziczac, e Echinolittorinaziczac, e 30 a 60
terização da dinâmica no costão. Os táxons de microalgas microalgas
grande porte foram identificados em nível de
gênero. Os táxons de pequeno porte, com di-

Mesolitorânea
ferenciação taxonômica baseada em estruturas Perna perna, Perna perna,
anatômicas, foram identificados em nível de Brachidontessolezianus, e Brachidontessolezianus, 60
calcária articulada e calcária articulada
grupos de gêneros, morfotipo ou coletados para
identificação em laboratório.
Análise qualitativa – Para a avaliação da
Infralitorânea
similaridade entre os pontos de coleta foi em- Calcária articulada Calcária crostosa e
300 – 600
pregada a análise multivariada de dois tipos: Esponjas, e Anêmonas Ouriços

classificação hierárquica aglomerativa com es-


tratégia de associação média (UPGMA) e esca- Fonte: Os autores.
lonamento múltiplo não paramétrico (n-MDS),
a partir do Programa PRIMER-E Ltda., versão 5. A cobertura de nuvens esteve semelhante
(2001). Ambas as análises empregaram o coe- nas duas praias, mas a transparência da água
ficiente de Bray-Curtis. A diversidade específica variou entre os pontos. As maiores profundida-
foi determinada pelo índice de Shannon-Wiener des em transparência foram apontadas em Itai-
(H’) e de equitabilidade de Pielou (J’) calculados pu onde o mínimo correspondeu ao máximo em
pelo programa PRIMER-E. Eva. Eva variou de 1,0 a 2,5m de transparência,
Dados abióticos - Foram obtidos em enquanto em Itaipu de 2,5 a 4,8m (tabela 2).
campo: a) Temperaturas - através de termôme-
tro de mercúrio Incoterm L-180/05 (0°~60°); Tabela 2: Dados de transparência da água e cobertura de nuvens nos pontos de
coleta ao longo das quatro estações de coleta.
b) Transparência – disco de Secchi; c) Coorde-
Eva   Itaipu
nadas geográficas - Sistema de Posicionamento
 

Global - GPS, da marca Carmim; d) Hidrodi- mai/15 ago/15 nov/15 fev/16 mai/15 ago/15 nov/15 fev/16

namismo – classificado em relação à presença


Transparência (m)

ou ausência de aparatos às ondas cobertura de


nuvens foi obtida através de estimativa visual - 1,3 1,0 2,5 1,0 2,5 2,8 4,8 4,0
percentagem de presença de nuvens em fração
de oitavos (Széchy e Paula 2000).
Cobertura de nuvens

3. RESULTADOS
3/8 0/8 8/8 5/8   3/8 0/8 6/8 3/8
Os costões em estudo apresentaram pa-
drões de paisagens mantidas ao longo do ano
de estudo. Itaipu crosta de calcárias crostosas
com ouriços e Eva tapete de calcárias articu- OBS: Estes dados refletem o momento da coleta.Fonte: Os autores.
ladas com esponjas e anêmonas (PEREIRA &
BERCHEZ 2007). As faixas de zonação se apre- Nos costões rochosos foram encontradas,
sentaram em estreitas faixas de distribuição de ao longo do estudo, 12 taxons de algas (10 em
organismos e não se alteraram ao longo do es- Eva e 8 em Itaipu), e 21 taxons de macroinverte-
tudo (tabela 1). brados, com 16 em Eva e 10 em Itaipu (tabela 3).

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Tabela 3: Listagem dos táxons com ocorrência para os dois pontos em estudo
ao longo das quatro estações de coleta. As médias de riqueza de espécie (d) por
Eva Itaipu região litorânea (Tabela 4) foram simila-
INVERTEBRADOS MARINHOS res nos dois costões na faixa supralito-
Brachidontesolisianus (Orbigny) 1 1 rânea, e diferiu entre as praias na faixa
BugulaneritinaLinnaeus 1 meso e infralitorânea. O supralitoral
BunodosomacaissarumCorrêa 1 1 manteve menor variação ao longo do
Chthamalusbisinuatus (Pilsbry) 1 1 estudo em ambas as praias, mas com
Echinolittorinaziczac (Gmelin) 1 1 relação às faixas meso e infralitorânea,
Echinometralucunter (Linnaeus) 1 1 Itaipu apresentou maior similaridade,
Glomerulagordiales (Schlotheim) 1 enquanto Eva apresentou médias dife-
Isognomon bicolor (C.B. Adams) 1 renciadas com maior riqueza nas fai-
Obeliadichotoma(Linnaeus) 1 xas meso e infralitorânea. A média da
ParacentrotusgaimartiBlainville 1 diversidade de espécies (H’) por região
Pernaperna (Linnaeus) 1 1 litorânea em Eva seguiu um gradiente
Stramonitahaemastoma (Linnaeus) 1 positivo em relação à profundidade, en-
AnemoniasargassensisHargitt 1 1 quanto em Itaipu, a região mesolitorâ-
Phallusianigra Savigny 1 nea, apresentou menor valor em relação
ScolelepischilensisHartmann-Schröder 1 à faixa supra e infralitorânea.
Styelaplicata(Leseuer) 1
Tabela 4: Médias da Riqueza, diversidade e dominânciados táxons registrados
ao longo das quatro estações de coleta por região litorânea, nos dois pontos de
Tetraclidastalactifera(Lamarck) 1 1 estudo.

INVERTEBRADOS IDENTIFICADOS EM NÍVEL DE GRUPOS Eva Itaipu


 

d (riqueza) J’ H’(diversidade) d (riqueza) J’ H’(diversidade)


Ascídias coloniais 1

Caranguejos 1 1
Supralitorânea

Holotúria 1 1
1,17 0,71 1,59±0,07 1,60 0,82 2,11±0,03
Ostra 1

MACROALGAS
Mesolitorânea

Amphiroa sp. 1 1

Centrocerassp. 1 2,10 0,81 2,31±0,37 1,63 0,72 1,87±0,27

Chondracanthus sp. 1

Cladophorasp. 1
Infralitorânea

Colpomenia sinuosa (Mertensex Roth) Derbès&Solier 1


3,10 0,79 2,71±0,38 1,88 0,83 2,33±0,41
Gelidiaceae 1

Gymnogongrussp. 1
Fonte: Os autores.
Jania sp. 1 1

Ulva fasciataDelile 1 1 Análises Qualitativas


Ulva flexuosaWulfen 1 1
Foi possível realizar todas as análises
Ulva linzaLinnaeus 1 1 multivariadas previstas (MDS, Cluster, ANO-
SIM). A similaridade de Bray-Curtis (PRIMER
ALGAS IDENTIFICADAS EM NÍVEL DE GRUPOS MORFOFUNCIONAIS
v.5), através da sua representatividade balan-
Microalgas 1 1
ceada das espécies raras conseguiu reproduzir
TOTAL 29 20 mais fielmente a natureza encontrada (Field
et al., 1982). Tanto o método de agrupamento
Fonte: Os autores.
hierárquico aglomerativo (Hierarchical Clus-
ter analysis) quanto o método de ligação por

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UPGMA (ligação pela média do grupo não- reunidas no Grupo A. O Grupo B reuniu as amos-
-ponderada) demonstraram boa interpretação nos tras de infralitoral de Itaipu enquanto as amostras
grupamentos formados. A representação gráfica dessa zonação no costão de Eva ficaram reunidas
da similaridade (dendograma) nos forneceu a vi- no Grupo C. O Grupo D que apresentou maior
sualização do agrupamento das amostras com a similaridade entre as amostras reunidas (70,4%)
formação de quatro grupos. As amostras do me- reuniu as amostras do supralitoral de ambos cos-
solitoral de ambos os costões em estudo ficaram tões em estudo (Figura 2).
Figura 2: Dendrograma representativo da análise de agrupamento (UPGMA-porcentagem de Similaridade) das médias mensais de porcentagem de cobertura dos
táxons presentes nos costões rochosos em estudo

OBS: As iniciais correspondem I (Itaipu); E (Eva); F (fevereiro); M (maio); A (agosto); N (novembro); sup (supralitorânea); mes (mesolitorânea); e inf (infralitorânea).

A visualização da ordenação por n-MDS uma ótima representação das distâncias, con-
(Non-metricMulti-DimensionalScaling) apre-
firmando os agrupamentos apresentados pela
sentou stress = 0,09. Segundo Clarke & Wa-
rwick (1994), valores de stress até 0,1 indicam analise de similaridade (Figura 3).

Figura 3: Análise de Escalonamento Multidimensional (nMDS) das médias mensais de porcentagem de cobertura dos táxons presentes nos costões rochosos em estudo

OBS: As iniciais correspondem I (Itaipu); E (Eva); F (fevereiro); M (maio); A (agosto); N (novembro); sup (supralitorÂnea); mês (mesolitorânea); e inf (infralitorânea).

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A ordenação por n-MDS permitiu a vi- reprodução dos indivíduos e consequentemente


sualização da formação de dois grandes grupos nas adaptações aos diferentes ambientes dentro
que foram melhor apresentados no Dendogra- desse ecossistema (NYBAKKEN 1993; BEGON
ma (Cluster) com a formação de 4 grupos, todos et al. 2007 e KREBS 2008; MASI & ZALMON
com similaridade acima de 50 %, e com maior 2008; KROHLING 2009). A estreita faixa de
grau de significância (Clarke & Warwick, 1994). distribuição dos organismos é resultante da for-
No n-MDS os Grupos A, B e C formados te pressão entre esses fatores o que é imposto
no dendograma se agruparam (41% de similari- pela pouca disponibilidade de espaço caracterís-
dade) enquanto o grupo D se manteve afastado tica de costões rochosos com grande inclinação.
com similaridade de 70% entre as amostras. Por Segundo Pereira e Berchez (2007) “o uso
sua vez no dendograma foi possível observar a de povoamentos como unidade amostral dimi-
similaridade entre as amostras em acima de nuiu o tempo de campo possibilitando o ma-
50%. O agrupamento com maior similaridade peamento do costão de forma confiável, onde
foi o Grupo D (70,4%), seguido pelo Grupo C a maior parte dos táxons podem ser visualiza-
(60,5%), Grupo A (59%) e por fim o Grupo B das ” e dessa forma, facilita a escolha adequada
(53,4%). da amostragem a ser empregada naquela pai-
O teste ANOSIM (oneway) foi empre- sagem. Os modelos de povoamentos identifi-
gado para considerar parâmetros que possam cados nos costões em estudos facilitaram a es-
estar contribuindo para a formação dos grupa- colha das dimensões e técnica de amostragem.
mentos. Foi analisada a interferência da coleta A facilidade de visualização da maior parte dos
de mariscos (interferência antrópica física), da táxons, característica ressaltada pelos autores,
exposição ao ar (interferência natural), e a in- orientou nossa amostragem e nos forneceu
terferência de esgoto doméstico (interferência bons resultados.
antrópica química). Foi observado que ambientes não pertur-
Os grupos formados, considerando a co- bados são caracterizados por alta diversidade
leta de marisco e o tempo de exposição ao ar, e equitabilidade, a diminuição na diversidade
demonstraram que os agrupamentos emprega- com aumento na dominância são ocasionados
dos são estatisticamente distintos. A compa- pela perda de organismos mais sensíveis e au-
ração entre os grupos, para os dois descritores, mento na abundância de organismos mais tole-
indicaram que os grupos são significativamente rantes (Silveira 2004).
diferentes. A análise do fator “interferência da Os menores valores de diversidade (H’)
coleta de mariscos” indicou significância sobre e equitabilidade (J’) apontados para as regi-
a formação dos grupos (0,2%) com boa inter- ões meso e infralitorânea da praia de Itaipu
pretação dos dados (R=1). Apesar do fator “in- está relacionado à grande dominância dePer-
terferência da exposição ao ar” ter apresentado na perna(Linnaeus, 1758) ao longo do estudo,
significância (0,2%) o R=0 indica incapacidade caracterizando estatisticamente, as demais es-
de separar os agrupamentos por esse fator. O pécies como raras. O impacto proveniente de
parâmetro “interferência da massa d’água” não raspagem do substrato, pela atividade maris-
apresentou nível de significância na descrição queira, bastante intenso, reflete na comunidade
do agrupamento das amostras (25,4%). estudada. A raspagem frequente do substrato
também coloca estas regiões bentônicas em
4. DISCUSSÃO constantes estágios de sucessão primaria, ca-
racterizados por espécies de crescimento rápido,
Os organismos citados como descritores como algas filamentosas e foliáceas, observadas
nos costões rochosos em estudos são ampla- neste estudo.
mente citados na literatura (CONNELL & SLA- Foi possível observar que a técnica de
TYER 1977; COUTINHO 1995; 2002). extrativismo empregada no costão de Itaipu
A distribuição dos organismos nos cos- resulta na abertura de pequenas clareiras para
tões rochosos é influenciada por fatores biológi- deixar matrizes que restabelecem a população
cos (competição, predação e herbivoria) e físicos de mariscos em curto prazo, mas acaba interfe-
(temperatura, umidade e disponibilidade de nu- rindo no estabelecimento de outras espécies, o
trientes) porque interferem na sobrevivência e que pode ser observado pela diferença entre as

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médias apontadas para as regiões meso e infra- Tâmega 2007) caracterizam ambas as praias
litorânea entre as praias. como ambientes submetidos a incidência de
Em seu estudo Frey (2011) relacionou distúrbios, por influencias distintas. Em Itaipu
maior substituição de espécies na zona meso- a raspagem de marisco (interferência mecânica)
litorânea do costão submetidos a maior frequ- e Eva esgoto doméstico (interferência química).
ência de abertura de clareiras e apontou que a Em Eva, observando a composição da as-
velocidade da exclusão por competição está in- sembleia de macroalgas, e usando a classifica-
versamente proporcional ao tamanho das cla- ção de acordo com seus grupos morfofuncionais
reiras, ou por pressão dos competidores já esta- (Steneck&Dethier 1994), é possível estabelecer
belecidos ao redor da clareira, ou por uma forte uma relação com a perda da qualidade ambien-
pressão de predação; o que já havia sido obser- tal. Analisando esta listagem e observação a
vado por Souza (1984), em estudos experimen- não ocorrência de algas pardas e a forte expres-
tais com moluscos raspadores, onde ocorreu são do gênero Ulva ao longo do estudo em todas
maior migração desses organismos, para dentro as faixas de zonação desta praia, podemos ter
de clareiras de pequeno porte interferindo no um indicativo de eutrofização deste ambiente.
desenvolvimento das espécies sésseis. Braga e Isso é observado em alguns estudos em que se
colaboradores (2014) já apontam a interferência destaca o uso gênero Ulva como bioindicador
causada por essa técnica de coleta em estudo de poluição (BRAGA et al. 2014; CARNEIRO
de avaliação da composição e estrutura da co- et al. 1987 e MAYER-PINTO & JUNQUEIRA
munidade fitobentônica desta praia. Os autores 2003), e em estudo em áreas com excesso de
ainda alertaram para a baixa ocorrência de ma- N e P provenientes dos efluentes domésticos
croalgas pardas (apenas um taxon em uma épo- (VIDOTTI & ROLLEMBERG 2004). A ocor-
ca do ano), relacionando as características deste rência do invertebrado Styelaplicata(Leseuer)
grupo como indicadores de baixa qualidade de observada apenas para a praia de Eva e classifi-
água, o mesmo que este estudo pode registrar, cada como espécie introduzida em nosso litoral
apenas a ocorrência de um taxon representan- (ROCHA; KREMER; BAPTISTA 2009) também
te das Ochrophytas (algas pardas), Colpomenia reforça essa caracterização ambiental, uma vez
sinuosa (Mertensex Roth) Derbès&Solier, e ape- que é apontada na literatura como um organis-
nas para a praia de Itaipu. mo resistente e indicador de ambientes eutrofi-
Pedriniee colaboradores(1998), em estu- zados. Algumas espécies de ascídias são consi-
dos realizados nesta região, apontaram 65 ta- deradas bioindicadores de qualidade ambiental
xons de macroalgas sendo 8 de Ochrophytas. A (NARANJO et al. 1996), enquanto outras res-
presença deste grupo como indicador de quali- pondem especificamente à poluição ambiental
dade de água é reforçado por estudo realizados nas (CARBALLO & NARANJO 2002, BEIRAS et al.
décadas de 50 a 70 por Oliveira &Qi (2003) onde 2003) e à eutrofização (MARINS et al. 2010).
apontam o desaparecimento de representantes desse A transparência da água apontada para
grupo relacionado ao aumento do despejo de esgoto as praias durante o estudo reforça a presença
na Baía de Santos, pois após a construção de um de fatores que interferem na turbidez do am-
emissário submarino foi possível observar o retorno biente em Eva. Eva apontou menor penetração
das algas pardas. de luz mesmo quando a cobertura de nuvens se
Segundo Marins e colaboradores (2004) apresentava igual para ambas as praias. A des-
a praia de Itaipu está sendo submetida a agres- crição das características da praia de Eva é de
sões ambientais constantes. Suas águas estão areias claras e finas, (facilita a disponibilidade
submetidas à influência do “bota fora” de sedi- de sedimento para a coluna d’água), com águas
mentos dragados da Baía de Guanabara, para a calmas (facilita aumento de temperatura) e de
revitalização do Porto do Rio de Janeiro (RIMA coloração esverdeada (que indica a presença de
2010) – carreando contaminantes de esgoto do- floração de microalgas). Esses fatores, somados,
méstico e industrial. influenciam na turbidez da água e menor pene-
Tanto em Itaipu, quanto em Eva, a for- tração de luz.
te presença de representantes de macroalgas As análises de similaridade demonstra-
de talos mais simples – filamentosas e foliá- ram forte semelhança entre os costões em es-
ceas – consideradas oportunistas (Figueiredo e tudo com agrupamento distinto apenas para a

47
Gisa Eneida Marques Mac

região infralitorânea. O parâmetro “exposição está refletindo na baixa diversidade desse am-
ao ar” foi relevante na separação dos agrupa- biente. Por outro lado, a presença de um repre-
mentos, o que pode ser observado na reunião sentante de macroalgas do grupo Ochrophyta
das amostragens por faixas de zonação, enquan- é um importante indicador de que o ambiente
to o parâmetro “raspagem de marisco” foi des- ainda está em boas condições ambientais. As
critor na separação das amostras infralitorâneas análises multivariadas previstas (MDS, Cluster,
de cada praia em agrupamentos distintos. ANOSIM) foram satisfatórias na separação dos
Apesar das praias estarem geografica- agrupamentos e apoiaram a descrição das co-
mente em áreas banhadas por massas d’água munidades de ambas as praias.
distintas, o parâmetro “interferência de esgoto
doméstico” não foi estatisticamente relevante 6. CONSIDERAÇÕES
na separação dos agrupamentos. Itaipu é conhe-
cida por ser uma praia oceânica e consequente- Devido à diversidade de paisagens ben-
mente era esperado que livre de interferência de tônicas distribuídas ao longo da região costeira
esgoto das águas do fundo da Baia de Guanaba- em nosso país e dos diferentes organismos foco
ra, enquanto Eva normalmente é descrita como de estudos, existem diferenças metodológicas
praia submetida às águas oriundas do fundo da entre eles, mas os resultados fornecidos devem
BG. ser reunidos e disponibilizados para alimentar
Apesar de emissários submarinos serem bases de dados que apoiam propostas de mo-
estruturas que ajudam a minimizar os efeitos nitoramento de diferentes regiões do Brasil. O
dos efluentes em áreas marinhas, no caso de uso de bioindicadores ambientais deve ser con-
Eva, os emissários de Ipanema e de Icaraí so- siderado como estudo em trabalhos futuros,
mados à dinâmica de marés contribuem na ca- pois organismos que evoluíram para colonizar
racterização da massa d’água como submetida à e ocupar esses ambientes devem ser respeitados
interferência de esgoto, assim como o emissário como descritores e registros fiéis da qualidade
de Ipanema somado ao descarte de sedimentos local.
dragados da Baía de Guanabara na região oceâ-
nica nesta região, interfere na caracterização da 7. AGRADECIMENTOS
qualidade ambiental na Enseada de Itaipu.
À DrªPriscilaGrohmann da Universidade
Federal do Rio de Janeiro, pela identificação das
anêmonas e ao Instituto Estadual do Meio
5. CONCLUSÃO
Ambiente - INEA, pela autorização ob-
Foram encontradas 12 taxons de algas, tida para realização desse estudo(nº
sendo um morfotipo (10 em Eva e 8 em Itai-
49652-1 de 04 de fevereiro de 2016).
pu), e 21 taxons de macroinvertebrados, sendo
três em nível de grandes grupos (16 em Eva e
10 em Itaipu). Os costões em estudos são ca-
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estreitas faixas de zonação exercem importante IberianPeninsula); metal concentrations in seawa-
ter, sedimentsandmussels (Mytilusgalloprovincia-
papel na distribuição destas espécies. As praias
lis) versus embryo–larval bioassaysusingParacen-
apresentam semelhanças quanto à distribuição
trotuslividusandCionaintestinalis. Mar. Envir. Res.
de organismos verticalmente, mas a faixa in- 56:531-553,2003.
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