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2016)
0.2 Introdução
O objetivo desta seção consiste em determinar a transformação das coorde-
nadas ou componentes de vetores e transformações lineares como resultado de
uma mudança de base. Consideramos inicialmente que tanto os vetores como as
transformações lineares estão expressas em um sistema de coordenadas carte-
sianas ortonormal. Um novo sistema de coordenadas cartesianas ortonormal é
então obtido pela aplicação de uma transformação de rotação. O problema con-
siste então na determinação das novas componentes ou coordenadas dos vetores
e transformações lineares frente a esta mudança de base.
e1 .e1 = 1
e2 .e2 = 1 (1)
e3 .e3 = 1
e
e1 .e2 = 0
e1 .e3 = 0 (2)
e2 .e3 = 0
Este resultado pode ser expresso de forma mais compacta com a introdução
do delta de Kronecker, i.e.,
ei .ej = δ ij
em que
(3)
1, se i = j
δ ij =
0, se i = j
v = i=1,3 vi ei
= j=1,3 vj ej
(4)
sendo
i ou j indices de soma.
1
Note que vi é a i-ésima componente de v associada à base ei . Adicionalmente,
= vi ei , ej (6)
i=1,3
= vi ei , ej
i=1,3
= vi δ ij
i=1,3
= vj .
i.e.
vj = v.ej (7)
Como resultado, temos
v = vj ej (8)
j=1,3
= v, ej ej
j=1,3
i.e.
v= i=1,3 v, ei ei (9)
A norma Euclideana do vetor v é determinada como
v = v, v (10)
o que implica em
2
v = v, v (11)
= vi ei , vj ej
i=1,3 j=1,3
= vi vj ei , ej
i=1,3 j=1,3
= vi vj δ ij
i=1,3 j=1,3
= vi2
i=1,3
i.e.
v = 2 (12)
i=1,3 vi
2
0.4 Transformação rotação
Seja {x∗1 , x∗2 , x∗3 } um sistema de coordenadas cartesianas ortonormal e seja {e∗1 , e∗2 , e∗3 }
a base natural associada ao sistema de coordenadas em que
e∗j = Rej , para j = 1, 3
e (13)
R - transformação rotação.
Note que se v representa uma grandeza física, por exemplo um deslocamento,
v independe do sistema de coordenadas utilizado. Desta forma,
v = i=1,3 vi ei = j=1,3 vj∗ e∗j
em que
vi - componente de v com relação à base ei (14)
e
vj∗ - componente de v com relação à base e∗j .
A grandeza física v, neste caso, têm duas representações distintas, que são:
v= i=1,3 vi ei
e (15)
∗ ∗
v= j=1,3 vj ej .
a ⊗ b ej = b, ej a (17)
= bj a.
Adicionalmente,
3
Veja que, com relação à base {e1 , e2 , e3 }, obtemos a seguinte representação das
componentes de A,
A11 A12 A13
[A] = A21 A22 A23 . (21)
A31 A32 A33
Por outro lado, de (19),
1 0 0
[e1 ⊗ e1 ] = 0 0 0 (22)
0 0 0
e
0 0 0
[e2 ⊗ e3 ] = 0 0 1 (23)
0 0 0
o que mostra que
A11 A12 A13 1 0 0
A21 A22 A23 = A11 0 0 0 + ... (24)
A31 A32 A33 0 0 0
0 0 0
+A23 0 0 1 + ...
0 0 0
0 0 0
+A33 0 0 0
0 0 1
i.e.
4
Como resultado, de (17), determinamos
= Ars (er ⊗ es ) ej
r=1,3 s=1,3
= Ars es , ej er
r=1,3 s=1,3
= Ars δ sj er
r=1,3 s=1,3
= Arj er
r=1,3
= Arj er , ei
r=1,3
= Arj δ ri
r=1,3
= Aij
o implica em
Aij = Aej .ei . (29)
Logo, Aij representa a componente de A com relação à base (ei ⊗ ej ).
Como e∗j ∈ R3 , e∗j pode ser expresso como combinação linear da base {e1 , e2 , e3 },
i.e.,
= Rej , ei ei .
i=1,3
5
Porém, de (29),
A relação em (33) nos permite determinar, dadas as bases {e1 , e2 , e3 } e {e∗1 , e∗2 , e∗3 }
, a transformação rotação associada, i.e.,
e1 , e∗1 e1 , e∗2 e1 , e∗3
[R] = e2 , e∗1 e2 , e∗2 e2 , e∗3 . (34)
∗ ∗
e3 , e1 e3 , e2 e3 , e∗3
Como a nova base {e∗1 , e∗2 , e∗3 }, obtida de {e1 , e2 , e3 }, através de uma trans-
formação de rotação é ortonormal, ela satisfaz a relação
e∗i .e∗j = δ ij
em que
(36)
1, se i = j
δ ij = .
0, se i = j
De (35) obtemos
e∗i = s=1,3 Rsi es
e (37)
e∗j = r=1,3 Rrj er
= Rsi Rrj es , er
s=1,3 r=1,3
= Rsi Rrj δ sr
s=1,3 r=1,3
= Rsi Rsj
s=1,3
T
= Ris Rsj
s=1,3
= δ ij para i e j = 1, 3.
6
A relação em (38) pode ser expressa na forma compacta, matricial, como
Porém, de (30),
e∗j = [R] ej (40)
o que resulta, pela utilização de (39), em
T T
[R] e∗j = [R] [R] ej (41)
= [I] ej
= ej
i.e.
ej = RT e∗j . (42)
Note que, por analogia com (37) levando em conta que temos a transposta de
R, temos
ei = s=1,3 Ris e∗s
e (43)
ej = r=1,3 Rjr e∗r
o que acarreta pela ortonormalidade da base
= Ris Rjr δ sr
s=1,3 r=1,3
= Ris Rjs
s=1,3
T
= Ris Rsj
s=1,3
= δ ij
7
Combinando os resultados em (39) e (45) temos
i.e.
det [R] = ±1. (49)
No caso de det [R] = −1 temos reflexões, i.e., são transformações ortogonais
impróprias, e para det [R] = +1 temos rotações, i.e., são transformações ortogo-
nais próprias. Consequentemente, nos restringindo à transformações ortogonais
próprias obtemos as seguintes propriedades para as transformações rotação entre
bases cartesianas ortonormais
8
Na expressão acima, Ars representa a componente de A com relação à base
(er ⊗ es ) e A∗ij a componente de A com relação à base e∗i ⊗ e∗j . Note que a
transformação linear A pode ser uma grandeza física como o tensor tensão ou o
tensor deformação o que significa que A independe do sistema de coordenadas
utilizado para representá-lo. Como resultado, as expressões acima consistem
apenas em diferentes representações de A.
o que acarreta
= Rrj vj∗ er
r=1,3 j=1,3
i.e.
vr = Rrj vj∗ (56)
j=1,3
9
Porém, de (37),
e∗i = r=1,3 Rri er
e (60)
e∗j = s=1,3 Rsj es
o que implica
i.e.
T
Ars = Rri A∗ij Rjs para cada r e s = 1, 3 (62)
r=1,3 s=1,3
o que pode ser expresso de forma compacta, matricial, como
[A] = [R] [A∗ ] [R]T (63)
ou, por (51),
[A∗ ] = [R]T [A] [R]. (64)
Esta última relação pode ser expressa, em termos de componentes, como
∗
A11 A∗12 A∗13 A11 A12 A13
A∗21 A∗22 A∗23 = [R]T A21 A22 A23 [R]
A∗31 A∗32 A∗33 A31 A32 A33
em que
e1 , e∗1 e1 , e∗2 e1 , e∗3 (65)
[R] = e2 , e∗1 e2 , e∗2 e2 , e∗3
e3 , e∗1 e3 , e∗2 e3 , e∗3
e
[R]T - é a transposta de [R].
10
A transposta da transformação rotação, sua inversa, é
cos (θ) sin(θ) 0
[R]T = [R]−1 = − sin(θ) cos (θ) 0 . (68)
0 0 1
Av, w = v, Aw , ∀v e w ∈ R3 . (70)
Av, w = v, AT w , ∀v e w ∈ R3 . (71)
AT = A. (72)
Por outro lado, temos um teorema da algebra linear o qual estabelece que
se uma transformação A de R3 em R3 é hermiteana então ela é diagonalizável,
i.e., existe uma base ortonormal, formada por vetores próprios de A na qual a
representação de A é diagonal. Isto significa que
11
0.9 Problem de valor vetor próprio
Por definição, λ é valor próprio de A se existir v ∈ R3 , não nulo, tal que
Av = λv. (74)
Logo, para termos solução não nula [[A] − λ [I]] têm que ser singular. Neste
caso, por um teorema da algebra linear, temos que
x1 ≡ x x∗1 ≡ x′
x2 ≡ y e x∗2 ≡ y ′ (80)
x3 ≡ z x∗3 ≡ z ′
12
o que nos permite expressar um estado plano de tensões como
σxx σ xy 0
[σ] = σxy σ yy 0 (81)
0 0 0
em que consideramos a seguinte transformação de rotação
Como resultado,
′
σ xx σ ′xy 0
σ ′xy σ ′yy 0 =
0 0 0
cos (θ) sin(θ) 0 σxx σ xy 0 cos (θ) − sin(θ) 0
− sin(θ) cos (θ) 0 σxy σ yy 0 sin(θ) cos (θ) 0 =
0 0 1 0 0 0 0 0 1
σ xx +σ yy σ xx −σyy σxx −σ yy
2 + 2 cos 2θ + σxy sin 2θ − 2 sin 2θ + σxy cos 2θ 0
σ xx −σyy σ xx +σyy
− 2 sin 2θ + σ xy cos 2θ 2 − σxx −σ2
yy
cos 2θ − σ xy sin 2θ 0
0 0 0
(82)
13
o que pode ser sintetizado por
σ xx +σyy σxx −σyy
σ ′xx = 2 + 2 cos 2θ + σxy sin 2θ
σxx −σ yy
σ ′xy = − 2 sin 2θ + σxy cos 2θ (83)
σ′xx = σxx +σ
2
yy
+ σxx −σ
2
yy
cos 2θ + σxy sin 2θ
e (84)
σ′xy = − σxx −σ
2
yy
sin 2θ + σxy cos 2θ.
Defina
σ m = σxx +σ
2
yy
σ ≡ σ ′xx (85)
τ ≡ σ′xy .
Logo
2
(σ − σm )2 =
σ xx −σ yy σxx −σ yy
2 cos2 (2θ) + σ 2xy sin2 (2θ) + 2σxy 2 cos (2θ) sin (2θ)
e
2
σxx −σ yy σxx −σyy
τ2 = 2 sin2 (2θ) + σ2xy cos2 (2θ) − 2σ xy 2 sin (2θ) cos 2θ.
(86)
14
Somando as equações acima determinamos
2
(σ − σm ) + τ 2 = R2
em que
( (87)
2
σ xx −σyy
R= 2 + σ 2xy .
15
O círculo de Mohr, para um estado plano de tensões, está ilustrado abaixo
16
0.10.3 Problemas propostos - Resistência dos Materiais, 5 edição,
R.C. Hibbeler.
1.
2.
3.
17
4.
5.
18
6.
7.
19
0.11 Transformação de deformações
No caso particular de um estado de deformação plana, A = ε, em que ε repre-
senta o tensor deformação infinitesimal. No caso de um estado plano de defor-
mações, no plano {x, y}, temos
εxx εxy 0
[ε] = εxy εyy 0 . (88)
0 0 0
20
sentado por
Como resultado,
ε′xx ε′xy 0
ε′xy ε′yy 0 =
0 0 0
cos (θ) sin(θ) 0 εxx εxy 0 cos (θ) − sin(θ) 0
− sin(θ) cos (θ) 0 εxy εyy 0 sin(θ) cos (θ) 0 =
0 0 1 0 0 0 0 0 1
εxx +εyy εxx −εyy εxx −εyy
2 + 2 cos 2θ + εxy sin 2θ − 2 sin 2θ + εxy cos 2θ 0
εxx −εyy εxx +εyy εxx −εyy
− 2 sin 2θ + εxy cos 2θ 2 − 2 cos 2θ − εxy sin 2θ 0
0 0 0
(89)
o que pode ser sintetizado, para um estado plano de deformações, por
εxx +εyy εxx −εyy
ε′xx = 2 + 2 cos 2θ + εxy sin 2θ
εxx −εyy
ε′xy = − 2 sin 2θ + εxy cos 2θ (90)
21
tado por
22
abaixo
23
como
εxx = ∂U(x,y,z)
∂x
εyy = ∂V(x,y,z)
∂y
εzz = ∂W(x,y,z)
∂z
εxy = 12 ∂U(x,y,z) + ∂V(x,y,z) (96)
∂y ∂x
1 ∂W(x,y,z) ∂U(x,y,z)
εxz = 2 ∂x + ∂z
1 ∂W(x,y,z) ∂V(x,y,z)
εyz = 2 ∂y + ∂z
o qual pode ser expresso na forma compacta através da relação
1
ε= ∇x u + [∇x u]T . (97)
2
Considere o problema abaixo
24
sujeito às condições de contorno:
−
→
• σn = t̄ em Γt - parte do contorno em que a tração é prescrita.
−
→
• u = ū D em Γu - parte do contorno em que o deslocamento é prescrito.
25
O tensor de quarta ordem D possui as seguintes propriedades de simetria
Dijkl = Dklij
Dijkl = Djikl
(104)
e
Dijkl = Dijlk .
Neste caso
σ (u)ij = Dijkl ε (u)kl (105)
k=1,3 l=1,3
sym
= [2µII +λ (I ⊗ I)] ε (u)
= 2µε (u)ij + λ ε (u)kk δ ij
k=1,3
26
Note que
E>0
e (110)
−1 < ν < 21 .
Como o tensor tensão σ e o tensor deformação infinitesimal são simétricos,
podemos reescrever a lei de Hooke como segue
ν ν
1 (1−ν) (1−ν) 0 0 0
ν
1 (1−ν) 0 0 0
(1−ν)E
1 0 0 0
σ = (1+ν)(1−2ν) ε
α 0 0
α 0
sym α
sendo os vetores σ e ε definidos por
(111)
σ = {σ xx , σ yy , σ zz , σxy , σxz , σyz }
& '
ε = εxx , εyy , εzz , γ xy , γ xz , γ yz
sendo
γ xy = 2εxy , γ xz = 2εxz , γ yz = 2εyz
e
(1−2ν)
α = 2(1−ν) .
Note que no caso (b) o cubo está sujeito a um carregamento axial σ xx . Este
carregamento dá origem a uma deformação axial
εbxx = σExx
εbyy = −νεbxx = −ν σExx (112)
εbzz = −νεbxx = −ν σExx
27
em que ν e E representam respectivamente o coeficiente de Poisson e o módulo
de Young. No caso (c) temos um cubo sujeito a um carregamento axial σyy .
Este carregamento dá origem a uma deformação axial
σ
εcyy = Eyy
εcxx = −νεcyy = −ν σEyy (113)
σ
εczz = −νεcyy = −ν Eyy .
εdzz = σEzz
εdxx = −νεdzz = −ν σEzz (114)
εdyy = −νεdzz = −ν σEzz .
σ xy = Gγ xy
em que
E (118)
G = 2(1+ν) - módulo de cisalhamento
( material isotrópico )
σxz = Gγ xz
e (119)
σyz = Gγ yz
28
Combinando os resultados acima, através da aplicação do princípio de super-
posição, podemos obter, para uma material elástico linear e isotópico, a seguinte
relação constitutiva:
1 −ν −ν
εxx E E E 0 0 0 σ xx
−ν 1 −ν
εyy
E E E 0 0 0
σ yy
−ν −ν 1
εzz E E E 0 0 0 σzz
= 1
γ xy
0 0 0 G 0 0 σ xy
1
γ xz
0 0 0 0 G 0
σ xz
(120)
1
γ yz 0 0 0 0 0 G σ yz
em que
E
G = 2(1+ν) - módulo de cisalhamento
( material isotrópico ).
σ = D̄ ε
em que
ν ν
1 (1−ν) (1−ν) 0 0 0
ν
1 (1−ν) 0 0 0
(1−ν)E
1 0 0 0
D̄ = (1+ν)(1−2ν) (122)
α 0 0
α 0
sym α
sendo
(1−2ν)
α = 2(1−ν) .
29
temos
σxx 1 ν 0 εxx
E ν 1 0
σyy = (1−ν )
2 εyy . (124)
(1−ν)
σxy 0 0 2
γ xy
−
→
Note que, como condição de contorno em Γt , σ (u) n = t̄ . Logo, em regiões em
−
→
que a superfície é livre a tração prescrita t̄ é nula, i.e.,
−
→
σ (u) n = t̄ = 0 (125)
em superfícies livres.
30
mos
ε′xx ε′xy 0
ε′xy ε′yy 0 =
0 0 ε′zz
cos (θ) sin(θ) 0 εxx εxy 0 cos (θ) − sin(θ) 0
− sin(θ) cos (θ) 0 εxy εyy 0 sin(θ) cos (θ) 0 =
0 0 1 0 0 εzz 0 0 1
εxx +εyy εxx −εyy εxx −εyy
2 + 2 cos 2θ + εxy sin 2θ − 2 sin 2θ + εxy cos 2θ 0
εxx −εyy εxx +εyy εxx −εyy
− 2 sin 2θ + εxy cos 2θ 2 − 2 cos 2θ − εxy sin 2θ 0
0 0 εzz
(130)
i.e.
εxx +εyy εxx −εyy
ε′xx = 2 + 2 cos 2θ + εxy sin 2θ
εxx −εyy
ε′xy = − 2 sin 2θ + εxy cos 2θ
ε′zz = εzz
em que
ν
εzz = − (1−ν) (εyy + εxx ).
0.13 Rosetas
Utilização de extensômetros de resistência elétrica. Note que em uma superfície
livre, em que vão ser colados os extensômetros, ocorre um estado plano de
tensão. Este estado local, plano de tensão, considera que a direção local ez = n,
sendo n o vetor normal unitário à superfície,o qual é dado por
σ xx σxy 0
[σ] = σ xy σyy 0 . (132)
0 0 0
31
o qual se relaciona com a tensão, supondo um material isotrópico, pela seguinte
equação constitutiva
σxx 1 ν 0 εxx
σyy = E ν 1 0 εyy . (134)
(1−ν 2 ) (1−ν)
σxy 0 0 2
γ xy
Note que como εzz pode ser determinado em função de εyy e εxx , necessitamos
apenas determinar as componentes {εxx , εyy , εxy }, já que γ xy = 2εxy . Como
cada extensômetro fornece apenas a deformação axial, na direção de seu com-
primento, são necessários três extensômetros para determinarmos o estado de
deformação na região da roseta e consequentemente determinarmos a tensão na
região.
De um modo geral, as rosetas podem ser caracterizadas pelo seguinte arranjo
obtemos
εxx +εyy εxx −εyy
εa = 2 + 2 cos (2θ a ) + εxy sin (2θa )
32
No caso de uma roseta de ângulo α = 60◦ , ilustrada em
temos
εxx +εyy εxx −εyy
εa = 2 + 2 cos (2θ a ) + εxy sin (2θa )
33
1.
2.
34
3.
4.
35
Solução: Neste caso temos
εxx +εyy εxx −εyy
εa = 2 + 2 cos (2θa ) + εxy sin (2θ a )
εxx +εyy
−0.25 × 10−3 = 2 + εxy
o que pode ser expresso como
1 1
2 2 −1 εxx 0.3 × 10−3
1 0 0 εyy = 0.18 × 10−3 (143)
1 1
2 2 1 εxy −0.25 × 10−3
36
i.e.
1 1
−1
εxx 2 −12 0.3 × 10−3
εyy = 1 0 0 0.18 × 10−3 (144)
1 1
εxy 1 −0.25 × 10−3
2 2
0 1.0 0 0.3 × 10−3
= 1.0 −1.0 1.0 0.18 × 10−3
−0.5 0 0.5 −0.25 × 10−3
0.00018
= −0.00013
−2.75 × 10−4
ε1 = 3.4067 × 10−4
ε2 = −2.1429 × 10−5 (146)
ε3 = −2.9067 × 10−4
37
As tensões atuando na região pode ser determinada por
σ xx 1 ν 0 εxx
σ yy = E ν 1 0 εyy
(1−ν 2 )
σ xy 0 0 (1−ν)2
γ xy (149)
em que
γ xy = 2εxy = (2) × −2.75 × 10−4 = −0.00055
38
Para determinarmos o estado de tensão associado a este estado plano de defor-
mações consideramos a equação constitutiva geral em (120), dada por
1 −ν −ν
εxx E E E 0 0 0 σ xx
−ν 1 −ν
εyy
0 0 0
σ yy
E
−ν −ν
E E
1
εzz 0 0 0 σ zz
=
E E E
1
γ xy
0 0 0 G 0 0 σ xy
1
γ xz
0 0 0 0 G 0
σ xz
(155)
1
γ yz 0 0 0 0 0 G σ yz
em que
E
G = 2(1+ν) - módulo de cisalhamento
( material isotrópico ).
γ xz = 0 → σ xz = 0
γ yz = 0 → σ yz = 0 (156)
εzz = 0 → σzz = ν (σxx + σyy ).
Note que como as rosetas são coladas em superfícies livres, i.e., em locais em
que ocorrem um estado plano de tensões, o tensor deformação no local não
corresponde a um estado plano de deformação, mas sim ao estado
εxx εxy 0
ε = εxy εyy 0
0 0 εzz (158)
em que
ν
εzz = − (1−ν) (εyy + εxx ).
39