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Uma publicação da Igreja Batista da Lagoinha

Edição Junho/2008

Gerência de Comunicação

Ana Paula Costa

Transcrição:

Raquel Ribeiro

Copidesque:

Jussara Fonseca

Revisão:

Adriana Santos

Capa e Diagramação:

Luciano Buchacra e Junio Amaro


CRESCENDO NO
CONHECIMENTO
DE DEUS

“P or esta razão, também nós, desde o dia em


que o ouvimos, não cessamos de orar por vós
e de pedir que transbordeis de pleno conhecimento
da sua vontade, em toda a sabedoria e entendimento
espiritual; a fim de viverdes de modo digno do Senhor,
para o seu inteiro agrado, frutificando em toda boa
obra e crescendo no pleno conhecimento de Deus;
sendo fortalecidos com todo o poder, segundo a força
da sua glória, em toda a perseverança e longanimi-
dade; com alegria, dando graças ao Pai, que vos fez

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idôneos à parte que vos cabe da herança dos santos
na luz.” (Colossenses 1.9-12).
A vida cristã é muito simples. O motivo de toda
confusão que o homem causa à própria vida e à
vida dos outros é unicamente a falta do conheci-
mento de Deus. Todo drama que aflige nosso cora-
ção vem da falta do conhecimento de Deus. Se o
marido briga com a mulher em casa é devido a falta
do conhecimento de Deus. Os filhos são rebeldes?
A causa é a falta do conhecimento de Deus, ou seja,
todas as confusões que nós conhecemos aqui na
Terra são causadas apenas e tão somente pela falta
do conhecimento de Deus.
E o profeta Oséias diz: “O meu povo está sendo
destruído, porque lhe falta o conhecimento.” (Oséias
4.6). O conhecimento de um conjunto de doutri-
nas? Não! Não são doutrinas, ou dogmas eclesiásti-
cos, ou regras de bons costumes implantados pelas
igrejas. O profeta está se referindo às palavras do
próprio Deus ao seu povo, ao conhecimento do seu
caráter. O Senhor Deus colocou na boca do profeta
aquilo que Ele queria dizer para o seu povo. E o Se-
nhor estava dizendo claramente que todo fracasso
na história do homem provém da falta do conheci-
mento do seu Criador. O homem que não conhece
Deus está à mercê do diabo.
Procure se lembrar de todas as vezes que você
brigou, ou irou-se sobremaneira, ou pecou de al-

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gum outro modo e deixou de ser aquilo que Deus
havia sonhado para sua vida. Tudo isso aconteceu
porque você não conhece Deus, pelo menos não
profundamente, porque conhecer Deus é viver se-
gundo o seu padrão. Paulo escreveu: “Dando graças
ao Pai, que vos fez idôneos à parte que vos cabe da
herança dos santos na luz.” (Colossenses 1.12). Que
herança é essa que eu posso tomar posse dela e
que muda completamente todas as coisas? É a falta
do conhecimento de Deus. Mas, quando eu tomo
posse dessa herança e passo a conhecer a Deus,
tudo muda.

Um crescimento paulatino
Meu pai foi um homem muito simples, mas
muito sábio também. Ele era um sapateiro e, nor-
malmente, sempre trazia algumas pérolas bastante
fortes, como esta: “Se você quer conhecer alguém,
você deve comer um saco de 60 quilos de sal com
ele”. Ora, ninguém come meio quilo de sal de uma
vez. Come-se uma pitadinha por vez. Um saco de 60
quilos de sal é, praticamente, toda uma vida para se
conhecer alguém.
Para conhecermos Deus e ter intimidade com
Ele, para desenvolvermos um relacionamento pro-
fundo com Ele, temos de viver dia a dia na sua pre-
sença. Nos momentos de alegria e nas tristezas, Ele
tem de ser a nossa base, a nossa sustentação. Nor-

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malmente, nós dividimos as pessoas em duas clas-
ses. Dividimos em feio/bonito, gordo/magro, rico/
pobre, culto/ignorante e assim sucessivamente. Aos
olhos de Deus, porém, os homens são divididos em
três classes: aqueles que não conhecem Deus, aque-
les que ainda vão conhecer Deus e aqueles que co-
nhecem Deus. Não podemos dividir as pessoas em
apenas dois grupos: aqueles que não conhecem a
Deus e os que conhecem Deus. Se desprezarmos o
grupo “os que ainda vão conhecer Deus”, estaremos
negligenciando o Ide e nos omitindo de evangeli-
zar.
“Outrora, porém, não conhecendo a Deus, servíeis
a deuses que, por natureza, não o são; mas agora que
conheceis a Deus ou, antes, sendo conhecidos por
Deus, como estais voltando, outra vez, aos rudimen-
tos fracos e pobres, aos quais, de novo, quereis ainda
escravizar-vos? Guardais dias, e meses, e tempos, e
anos. Receio de vós tenha eu trabalhado em vão para
convosco.” (Gálatas 4.10-11).
“Mas agora”, Paulo faz esse levantamento e diz:
“olha, parece que eu estou trabalhando em vão,
parece que vocês não estão crescendo em Deus”.
Quando a pessoa conhece Deus, sua vida tem de
ser diferente. Nesse texto, Paulo se refere ao tem-
po “outrora”. Outrora é o tempo de antes, antes de
conhecer Jesus. “Outrora, porém, não conhecendo
a Deus, servíeis a deuses que, por natureza, não o

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são”. Antes de se converter, a pessoa não conhece
Deus, por isso ela serve a deuses que verdadeira-
mente não é o Deus Criador, o Todo Poderoso. Ser-
ve a ídolos, outras vezes serve ao dinheiro, outras
vezes serve à lascívia; sempre haverá um deus para
servir.
Quando a pessoa entrega sua vida para Jesus,
ela começa a conhecer Deus e todos os “mistérios”
vão sendo revelados pelo Espírito Santo. É o Logus
se transformando em Rhema – a palavra escrita se
transforma na revelação de Deus. Esse conheci-
mento é paulatino, não acontece de uma só vez. Ela
ainda não conhece o Senhor em toda a sua pleni-
tude, ela começa a conhecer Deus e a compreen-
der a razão pela qual Ele nos criou. Deus não criou
o homem simplesmente porque não tinha nada
para fazer. Não! Deus criou o homem para que ele o
conhecesse. Deus sempre quis ser conhecido pelo
homem. Nenhuma das espécies da criação de Deus
pode conhecê-lo, exceto o homem. A Bíblia diz que
Deus fez o homem à sua própria imagem e seme-
lhança (Gênesis 1.6-27). E quando Deus o formou
do pó da terra, e soprou nele do seu espírito, e da
sua própria natureza, a finalidade era para que o
homem pudesse ter comunhão com Ele. Para que
o homem pudesse conhecê-lo! Nós vivemos pelo
amor e pela graça de Deus, e conhecê-lo e adorá-lo
é a nossa razão de viver (Efésios 1.11-12).

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A Bíblia diz que lá no jardim do Éden, na viração
do dia (Gênesis 3.8), Deus caminhava pelo Jardim.
Deus não se encontrava com o homem para fazer
“Cooper” juntos. Esse caminhar com ele era exata-
mente para se relacionarem, para estreitarem a co-
munhão. Porque quanto mais o conhecemos, mais
nos conheceremos. E isso não mudou. Deus quer se
relacionar profundamente conosco. Ele quer que
o conheçamos intimamente, a nós mesmos e mais
e mais nos afastemos do pecado. Então tudo seria
muito diferente para nós, porque estaríamos viven-
do a plenitude de Deus.
Quando uma pessoa está naufragando na vida,
porque não está vivendo a vontade do Senhor aqui
na Terra, você pode ter certeza de que ela não co-
nhece Deus, mesmo que se diga crente. Mas, quan-
do ela começa a conhecer Deus, tudo muda, porque
ela passa a ter a consciência da presença de Deus, e
do propósito dele para sua vida. Ela caminha no te-
mor de Deus, não com medo, porque agora existe a
compreensão em Deus. Quando conhecemos Deus,
passamos a ter um brilho especial nos olhos. Mas
como adquirir esse conhecimento?
“Visto como, na sabedoria de Deus, o mundo
não o conheceu por sua própria sabedoria, aprouve
a Deus salvar os que crêem pela loucura da prega-
ção.” (1 Coríntios 1.21). Nós só podemos conhecer
Deus porque Ele se faz conhecido. E Ele usou uma

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estratégia fantástica para que o homem pudesse
conhecê-lo.
Toda estrutura do mundo, todo esforço dos fi-
lósofos e teólogos e toda a ciência não conseguem
levar as pessoas a conhecer Deus. Eles podem co-
nhecer fatos, intervenções e histórias sobre Deus,
mas conhecê-lo é uma coisa totalmente diferente,
porque “aprouve a Deus salvar os que crêem pela
loucura da pregação”. Conhecemos Deus median-
te nossa entrega total a Ele e pelo relacionamento
contínuo com Ele. Quando alguém chega na igreja
pela primeira vez, o impacto que ele recebe é a ên-
fase que damos à Palavra de Deus, a pregação da
Palavra de Deus.
Eu me converti no dia 19 de maio de 1966. Na-
quela época, se você andasse pela avenida Afon-
so Pena perceberia uma coisa muito interessante.
Praticamente em cada esquina, você encontraria
alguém com a Bíblia aberta, pregando a Palavra de
Deus. Eu era um deles. Eu não só ia para a Afonso
Pena, como também para a Praça da Estação. Não
tínhamos aparelhagem de som, microfones, vio-
lão, ou uma orquestra bonita. Abríamos a Bíblia e
começávamos a pregar. Era comum ver as pessoas
passarem na minha frente e gesticularem como
se dissessem: “tá louco”. A Bíblia diz que “aprouve
a Deus salvar os homens pela loucura da pregação.”
E a fé vem pelo ouvir a Palavra de Deus (Romanos

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10.17) e é pela fé que recebemos a Salvação (Efé-
sios 2.8).
A nossa fé, a fé evangélica está centrada em Je-
sus (Filipenses 1.27). A verdade do Evangelho está
centralizada na pregação da Palavra de Deus. Paulo
soube expressar isso com excelência: “Ó profundi-
dade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhe-
cimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos,
e quão inescrutáveis, os seus caminhos! Quem, pois,
conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi o seu con-
selheiro?” (Romanos 11.33-34). João, no seu evange-
lho, foi preciso na sua declaração: “No princípio era o
Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus
[...] E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de
graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como
do unigênito do Pai.” (João 1.1,14).
Jesus caminhou diariamente com seus discípu-
los, mas houve um momento em que eles pediram:
“Queremos conhecer Deus. Queremos ver Deus”.
Naquele momento, Jesus se voltou para um de seus
discípulos, chamado Filipe, e lhe disse: “Filipe, há tanto
tempo estou convosco, e não me tens conhecido? Quem
me vê a mim vê o Pai; como dizes tu: Mostra-nos o Pai?”
(João 14.9). Ou seja, conhecer Jesus Cristo é conhecer
a Deus. Conhecer Deus é conhecer Jesus. Temos esse
compromisso aqui na Terra, não como opção, mas
como sobrevivência. Conhecer Deus é algo inerente
àqueles que são seguidores de Jesus Cristo.

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“Antes, crescei na graça e no conhecimento de
nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja a gló-
ria, tanto agora como no dia eterno.” (2 Pedro 3.18).
Graça é o favor imerecido de Deus; é aquilo que eu
preciso, mas eu não mereço. Não mereço, mas Deus
me dá apesar de não merecê-lo. Existem pessoas
que crescem na graça, se apropriam das bênçãos do
Senhor, mas por outro lado, não têm equilíbrio. Não
podemos nos esquecer das nossas obrigações, dos
compromissos com nossa família, nosso trabalho e
nossos amigos. Temos de crescer no conhecimento
de Deus, mas quanto mais o conhecemos mais nos
tornamos responsáveis e amorosos.
“Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Se-
nhor; como a alva, a sua vinda é certa; e ele descerá
sobre nós como a chuva, como chuva serôdia que
rega a terra.” (Oséias 6.3). A vinda de Jesus é fato, e é
certo que Ele não levará estranhos para seu reino:
“Quando o dono da casa se tiver levantado e fe-
chado a porta, e vós, do lado de fora, começardes a
bater, dizendo: Senhor, abre-nos a porta, ele vos res-
ponderá: Não sei donde sois. Então, direis: Comíamos
e bebíamos na tua presença, e ensinavas em nossas
ruas. Mas ele vos dirá: Não sei donde vós sois; apartai-
vos de mim, vós todos os que praticais iniqüidades. Ali
haverá choro e ranger de dentes, quando virdes, no
reino de Deus, Abraão, Isaque, Jacó e todos os profe-
tas, mas vós, lançados fora.” (Lucas 13.25-28).

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Este texto de Ezequiel ilustra perfeitamente o
processo de conhecer o Senhor.
“Saiu aquele homem para o oriente, tendo na mão
um cordel de medir; mediu mil côvados e me fez pas-
sar pelas águas, águas que me davam pelos tornoze-
los. Mediu mais mil e me fez passar pelas águas, águas
que me davam pelos joelhos; mediu mais mil e me fez
passar pelas águas, águas que me davam pelos lom-
bos. Mediu ainda outros mil, e era já um rio que eu não
podia atravessar, porque as águas tinham crescido,
águas que se deviam passar a nado, rio pelo qual não
se podia passar.” (Ezequiel 47.3-5).
Não haverá um momento que iremos chegar
e dizer: “Eu cheguei ao topo, alcancei o fim da li-
nha!” Entretanto, haverá um momento em que co-
meçaremos a entender que a cada dia podemos
conhecê-lo mais e mais. Oséias 6.3 diz: “como a alva,
a sua vinda é certa.” É certo que o conhecimento
virá como a manhã que surgirá, e que a escuridão
refere-se à falta de conhecimento. Ao observarmos
a aurora, perceberemos que por volta das 5h30, a
escuridão já não é tão intensa e que às seis horas,
a escuridão já acabou. Assim é o conhecimento até
chegar o meio-dia, quando o sol está no seu zêni-
te. O pleno conhecimento é esse, quando não se vê
treva alguma.
É quando não tem nenhuma área escura na nos-
sa vida, isso é, quando o conhecimento de Deus nos

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leva à santidade no Senhor. Se nós soubéssemos o
valor que tem o conhecimento de Deus, nossa vida
entraria numa dimensão que jamais sonhamos po-
der existir: uma vida de santidade. Não adianta, po-
demos até falar: “olha conserte sua vida sua vida”. A
pessoa continua pecando do mesmo jeito sabe por
quê? Porque ela não tem o conhecimento de Deus.
Se ela realmente o conhecesse, o Espírito não a dei-
xaria enganada, e ela obedeceria.
“Pois misericórdia quero, e não sacrifício, e o conhe-
cimento de Deus, mais do que holocaustos.” (Oséias
6.6). Oséias diz isso porque as pessoas naquela épo-
ca levavam tudo o que era tipo de animais: bois, cor-
deiros, pássaros, aves de todas as espécies para se-
rem sacrificados ao Senhor. Aquilo passou a ser um
ritual religioso. Deus não estava interessado naque-
les sacrifícios de animais. Deus estava interessado
numa coisa que mudaria o coração daquele povo:
“e o conhecimento de Deus, mais do que holocaus-
tos”. “Ouvi a palavra do Senhor, vós, filhos de Israel,
porque o Senhor tem uma contenda com os habitan-
tes da terra, porque nela não há verdade, nem amor,
nem conhecimento de Deus.” (Oséias 4.1). O povo de
Israel, naqueles dias, vivia um período muito confu-
so, um período decadente, de sequidão espiritual.
Não existia aquele reboliço de alegria e de prazer,
as coisas se tornaram mera religiosidade. A religião
apenas como rituais mecânicos, como costume, tra-

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dição, não gera nem amor nem conhecimento de
Deus. O conhecimento de Deus traz a verdade e o
amor dele para nossa vida. Uma pessoa que conhe-
ce a Deus é uma pessoa extremamente amorosa e
verdadeira. A falta do conhecimento de Deus é que
destrói todas as coisas, que quebra relacionamen-
tos e gera dor.

Conhecimento profundo
“O boi conhece o seu possuidor, e o jumento, o
dono da sua manjedoura; mas Israel não tem conhe-
cimento, o meu povo não entende.” (Isaías 1.3).
Eu nunca tive boi ou jumento. Mas algum tempo
atrás, a Mariana ganhou uma cadelinha e colocou o
nome dela de Mel. A Mel ganhou cinco filhotinhos, e
nós ficamos com um que se chama Jujuba. E o Jujuba
é da Renata. Depois disso, a Renata arranjou um papa-
gaio e colocou o nome dele de Bonitinho. Uma coisa
interessante é que se eu me aproximo do papagaio ele
fica mudo, não fala nada, mas quando a Renata chega
perto dele e diz: Bonitinho! Ele começa uma algazarra
“Glória a Deus, aleluia, Deus é bom”. Isso significa que
ele conhece a voz da sua dona. A cadelinha Mel sabe
que a Mariana é a dona dela. O Jujuba sabe que a sua
dona é a Renata. Deus está falando que “o boi conhece
o seu possuidor, e o jumento, o dono da sua manjedou-
ra, mas Israel não tem conhecimento, o meu povo não
entende.” Deus está dizendo aqui que o povo dele não

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ouve a sua voz, não conhece o seu dono. Precisamos
ser íntimos de Deus para conhecê-lo melhor.
“Mas tu, ó Israel, servo meu, tu, Jacó, a quem ele-
gi, descendente de Abraão, meu amigo.” (Isaías 41.8).
Amigo fala de relacionamento, fala de intimidade.
Jó experimentou todo tipo de sofrimento, de
desgraça e de perda. Quando lemos o livro de Jó,
percebemos ali um homem, em cuja vida a desgra-
ça havia alojado. Ele havia perdido seus filhos, seus
bens, sua saúde e, durante todo o caminho, alguns
amigos tentam trazer consolo para ele, mas Jó en-
tre tantas coisas escreve: “Bem sei que tudo podes, e
nenhum dos teus planos pode ser frustrado. Quem é
aquele, como disseste, que sem conhecimento enco-
bre o conselho? Na verdade, falei do que não enten-
dia; coisas maravilhosas demais para mim, coisas que
eu não conhecia. Escuta-me, pois, havias dito, e eu fa-
larei; eu te perguntarei, e tu me ensinarás. Eu te conhe-
cia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem. Por
isso, me abomino e me arrependo no pó e na cinza.”
(Jó 42.1-6). A falta do conhecimento de Deus levou
Jó a falar muitas coisas sem o pleno conhecimen-
to de Deus, Jó diz que “na verdade, falei do que não
entendia; coisas maravilhosas demais para mim, coi-
sas que eu não conhecia” e, porque ele falou tantas
coisas sem conhecer, atribuindo a Deus atos que
Ele nunca havia feito, Jó se arrepende, e diz: “Eu te
conhecia só de ouvir falar, mas agora os meus olhos

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te vêem.” Tudo muda quando passamos a conhecer
Deus.
Qual é o nível do seu conhecimento sobre Deus?
Só de ouvir falar? Jó dizia “Eu te conhecia só de ouvir,
mas agora os meus olhos te vêem.” Mas como pode-
mos ver Deus se Ele é invisível? Quando começa-
mos a conhecer a Palavra de Deus, nos tornamos
íntimos dele. Passamos a sentir prazer em Deus.
Sentimos prazer em ir à casa de Deus. A nossa prio-
ridade é a vontade dele e não mais a nossa. Antes,
se a Seleção do Brasil estivesse jogando, deixava de
ir à igreja para assistir ao futebol, agora, a igreja me
é bem melhor. O nosso coração, já está sendo movi-
do para conhecer Deus. Fé é você crer que Deus vai
cumprir tudo que Ele prometeu na Palavra dele. Isso
que é conhecer Deus. Nós só conhecemos alguém,
na medida que entendemos seu caráter. O principal
motivo de não buscarmos a Deus é a incredulidade.
Queremos alguma coisa palpável, algo que possa-
mos tocar.
A falta do conhecimento de Deus faz com que
as pessoas fofoquem, lancem calúnias. Inventam
coisas as mais absurdas, só por não conhecerem o
Senhor. “Curvam a língua, como se fosse o seu arco,
para a mentira; fortalecem-se na terra, mas não para
a verdade, porque avançam de malícia em malícia e
não me conhecem, diz o Senhor.” (Jeremias 9.3). Pes-
soas que lançam dardos de mentira, pessoas que se

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fortalecem na terra, mas não com a verdade, pes-
soas que avançam no caminho da malícia e falam
do que não conhecem, é porque não conhecem a
Deus. Entretanto, a pessoa que conhece o Senhor, é
totalmente diferente, ela é apegada à verdade, por-
que Jesus é a verdade que liberta verdadeiramente
(João 8.36).
“Mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em me co-
nhecer e saber que eu sou o Senhor e faço misericór-
dia, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me
agrado, diz o Senhor.” (Jeremias 9.24). Hoje, as pes-
soas se gloriam em muitas coisas. Quando ouvimos
um servo de Deus tocar um instrumento com ma-
estria, ficamos maravilhados e emocionados. Mas
se a glória dele for apenas a sua capacidade para
tocar desse modo tão maravilhoso, o que iria acon-
tecer se o ladrão roubasse o saxofone? O que po-
deria acontecer se ele perdesse as duas mãos? Mas,
quando conhecemos Deus, passamos a ter o enten-
dimento de que a fonte da nossa glória é o próprio
Senhor e que a nossa vida, como temos aprendido,
é como a erva tudo passa, aprendemos a valorizar
o que realmente tem valor. A glória desse mundo
passa. Você pode olhar para a mulher mais bonita
do Planeta. Ela pode estar com 80 anos, e ter uma
boa aparência pelas inúmeras operações plásticas
às quais se submetera. Mas não adianta, o vigor não
é mais o mesmo, a gloria passa.

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Diz o Senhor: “Mas o que se gloriar, glorie-se nisto:
em me conhecer.” Sabe o que é gloriar-se? Nós po-
demos usar outra expressão para gloriar-se, é “ter
auto-estima”. Ou seja, nós temos de nos gloriar em
Deus. Você tem de levantar a cabeça e sempre falar
“eu posso tocar, Deus me deu esse dom, eu tenho
me esforçado, eu tenho treinado, eu sou um exímio
instrumentista. Mas tudo vem de Deus!” Você tem
que falar, eu me glorio nisto. Precisa ter o entendi-
mento de que a honra passa, que o instrumento
passa, que as mãos podem não ter mais força.
O grande drama é que as pessoas valorizam essa
glória que passa. Não é errado sentirmos a bondade
de Deus e nos gloriarmos naquilo que Ele nos tem
dado. O que precisamos fazer é dar “glória a Deus”, é
devolver a Ele o que lhe é de direito. Precisamos, tam-
bém, entender que essa glória é passageira. Por isso
o Senhor diz: “Mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em
me conhecer.” Precisamos nos gloriar em conhecer
o Senhor porque à medida que o conhecemos tudo
muda em nossa vida. Jó disse: “Porque eu sei que o meu
Redentor vive e por fim se levantará sobre a terra.” (Jó
19.25). Paulo dizia: “Combati o bom combate, completei
a carreira, guardei a fé.” (2 Timóteo 4.7). Desde agora a
coroa da justiça está reservada. Mas, qual combate é o
bom combate? É o combate de conhecer a Deus.
Muitas vezes, o inimigo tem dito para você as-
sim: “Deus não está nem aí para você. Deus não

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liga para você. Ele nem sabe o seu nome. Nem sabe
onde você mora. Não está nem aí para as suas lá-
grimas, para o seu sofrimento, para a sua dor, para
a sua angústia, para o seu desespero. Deus se im-
porta apenas com os seus pecados para te castigar”.
Mas se você conhece Deus, você confia no seu cui-
dado e proteção e, por isso, rechaça toda malícia de
Satanás. “Mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em me
conhecer e saber que eu sou o Senhor e faço misericór-
dia, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me
agrado, diz o Senhor.” (Jeremias 9.24). Deus se agra-
da de um coração faminto por Ele e se agrada quan-
do nós deixamos qualquer outra coisa e qualquer
outro amor por Ele. Deus se agrada quando nós o
colocamos como o primeiro na nossa vida. Isto é
nossa glória.
“E todos nós, com o rosto desvendado, contem-
plando, como por espelho, a glória do Senhor, somos
transformados, de glória em glória, na sua própria
imagem, como pelo Senhor, o Espírito.” (2 Coríntios
3.18). Essa transformação vem na nossa vida e é um
processo. “Conheçamos e prossigamos em conhecer
o Senhor.” Quanto mais vamos conhecendo o Se-
nhor, mais íntimos vamos ficando dele e o nosso
rosto também vai sendo transformado.
Aos 18 anos, eu fui para o seminário, e lá eu co-
nheci um rapaz muito interessante. Ele era gago. Eu
achava que para conversar com um gago eu tinha

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que gaguejar também e, de tanto andar com ele,
comecei a falar gaguejando. Realmente, eu achava
que tinha de falar como ele falava. E, de uma ma-
neira bem natural eu comecei a gaguejar, até que
depois que ele saiu do seminário, eu não gaguejei
mais. Com o Senhor Deus, esse fenômeno também
é assim. Dizem as Escrituras que houve um momen-
to quando Moisés subiu no alto do monte e Moisés
ficou durante 40 dias ali envolvido pela glória do
Senhor, conhecendo Deus. Quando Moisés desceu
do monte, a mesma glória que Jesus Cristo revelou
no monte da transfiguração, quando o seu corpo
resplandecia, assim a face de Moisés também res-
plandecia.
“Somos transformados de glória em glória”, na
própria imagem do nosso Senhor Jesus Cristo. Nós
podemos ir ao melhor cirurgião plástico e fazer vá-
rias operações plásticas, esticar daqui e dali, colo-
car lente de contato, fazer o olho ficar verde, azul,
amarelo, cor de rosa. Mas uma coisa não muda: o
coração continua sendo o mesmo.
A Palavra diz transformado na sua própria ima-
gem. A imagem de Jesus Cristo. Quando Saulo ia
pelo caminho de Damasco perseguindo os cris-
tãos, Jesus o encontrou e diz: “Saulo, Saulo, porque
me persegues” (Atos 9.4). Ele não diz “Saulo, Saulo,
porque está perseguindo os cristãos”. Ele diz “Saulo,
Saulo, porque me persegues.” Por quê? Porque aque-

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le a quem Saulo perseguia, tinha o rosto diferente,
a cor dos olhos diferente, mas a imagem refletida
nele era a vida de Jesus. Ser cristão não é o que as
pessoas dizem por aí. Ser cristão significa ser da
“mesma natureza de Cristo”. Ser cristão é ser aquela
pessoa que conhece Deus. Jesus Cristo viveu aqui
na Terra conhecendo Deus. Ele orava e nenhuma
resposta às suas orações foi-lhe negada, porque
Ele conhecia Deus. O conhecimento de Deus muda
completamente todas as coisas.
“Mas o que, para mim, era lucro, isto considerei
perda por causa de Cristo. Sim, deveras considero tudo
como perda, por causa da sublimidade do conheci-
mento de Cristo Jesus, meu Senhor; por amor do qual
perdi todas as coisas e as considero como refugo, para
ganhar a Cristo e ser achado nele, não tendo justiça
própria, que procede de lei, senão a que é mediante a
fé em Cristo, a justiça que procede de Deus, baseada
na fé; para o conhecer, e o poder da sua ressurreição, e
a comunhão dos seus sofrimentos, conformando-me
com ele na sua morte; para, de algum modo, alcançar
a ressurreição dentre os mortos.” (Filipenses 3.7-11).
Paulo era fariseu, um doutor, um teólogo, penso
que até as paredes da sala da casa dele eram cheias
de diplomas. Paulo era um homem rico e, após co-
nhecer Deus, ele passou a dizer: “o que para mim
era lucro, isso considerei perda”. Quando o conhe-
cimento de Jesus passa ser a sua riqueza, nada é

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mais precioso que Ele. “Deveras considero tudo como
perda, por causa da sublimidade do conhecimento de
Cristo Jesus.” Isso é a sublimidade do conhecimento
do Senhor de um modo intenso.
“Por esta causa eu, Paulo, sou o prisioneiro de
Cristo Jesus, por amor de vós, gentios, se é que tendes
ouvido a respeito da dispensação da graça de Deus
a mim confiada para vós outros; pois, segundo uma
revelação, me foi dado conhecer o mistério, conforme
escrevi há pouco, resumidamente; pelo que, quando
ledes, podeis compreender o meu discernimento do
mistério de Cristo, o qual, em outras gerações, não foi
dado a conhecer aos filhos dos homens, como, ago-
ra, foi revelado aos seus santos apóstolos e profetas,
no Espírito, a saber, que os gentios são co-herdeiros,
membros do mesmo corpo e co-participantes da pro-
messa em Cristo Jesus por meio do evangelho; do qual
fui constituído ministro conforme o dom da graça de
Deus a mim concedida segundo a força operante do
seu poder. A mim, o menor de todos os santos, me foi
dada esta graça de pregar aos gentios o evangelho das
insondáveis riquezas de Cristo e manifestar qual seja a
dispensação do mistério, desde os séculos, oculto em
Deus, que criou todas as coisas, para que, pela igreja,
a multiforme sabedoria de Deus se torne conhecida,
agora, dos principados e potestades nos lugares celes-
tiais, segundo o eterno propósito que estabeleceu em
Cristo Jesus, nosso Senhor, pelo qual temos ousadia e

24
acesso com confiança, mediante a fé nele. Portanto,
vos peço que não desfaleçais nas minhas tribulações
por vós, pois nisso está a vossa glória. Por esta causa,
me ponho de joelhos diante do Pai, de quem toma o
nome toda família, tanto no céu como sobre a terra,
para que, segundo a riqueza da sua glória, vos conce-
da que sejais fortalecidos com poder, mediante o seu
Espírito no homem interior; e, assim, habite Cristo no
vosso coração, pela fé, estando vós arraigados e ali-
cerçados em amor, a fim de poderdes compreender,
com todos os santos, qual é a largura, e o comprimen-
to, e a altura, e a profundidade e conhecer o amor de
Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais
tomados de toda a plenitude de Deus. Ora, àquele que
é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo
quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder
que opera em nós, a ele seja a glória, na igreja e em
Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sem-
pre. Amém!” (Efésios 3.1-21).
Em conhecer a cruz resume todo o poder de
Deus. Toda a vontade de Deus é revelada na cruz.
Deus não tem outra resposta a qualquer outra ne-
cessidade do coração humano a não ser a cruz.
Como este conhecimento muda tudo.
“O mistério que estivera oculto dos séculos e das
gerações; agora, todavia, se manifestou aos seus san-
tos; aos quais Deus quis dar a conhecer qual seja a
riqueza da glória deste mistério entre os gentios, isto

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é, Cristo em vós, a esperança da glória.” (Colossenses
1.26-27).
Quando eu afirmo que a falta do conhecimento
é que gera toda a desgraça é exatamente por que
eu posso viver uma vida santa. Você, leitor, pode vi-
ver uma vida santa. Nós todos podemos viver uma
vida santa. Basta entregarmos nossa vida a Jesus,
nos empenharmos a conhecer Deus, e Ele endirei-
tará as nossas veredas (Provérbios 3.6).
E esse conhecimento é Cristo. É Cristo em mim!
É Cristo em você! É Cristo em nós! O Espírito tem
trazido esta revelação, “aos quais Deus quis dar a
conhecer qual seja a riqueza da glória deste mistério
entre os gentios, isto é, Cristo em vós, a esperança da
glória” (Colossenses 1.27.)
“Gostaria, pois, que soubésseis quão grande luta ve-
nho mantendo por vós, pelos laodicenses e por quantos
não me viram face a face; para que o coração deles seja
confortado e vinculado juntamente em amor, e eles
tenham toda a riqueza da forte convicção do entendi-
mento, para compreenderem plenamente o mistério de
Deus, Cristo, em quem todos os tesouros da sabedoria e
do conhecimento estão ocultos.” (Colossenses 2.1-3).
Conhecer Jesus significa conhecer todas as
respostas para os dramas, para as dores, para os
danos, para as lágrimas e para os desencontros.
“Conhecer” é muito diferente. “Ora, como recebes-
tes Cristo Jesus, o Senhor, assim andai nele, nele ra-

26
dicados, e edificados, e confirmados na fé, tal como
fostes instruídos, crescendo em ações de graças.”
(Colossenses 2.6-7).
“Portanto, se fostes ressuscitados juntamente com
Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive,
assentado à direita de Deus. Pensai nas coisas lá do
alto, não nas que são aqui da terra; porque morrestes,
e a vossa vida está oculta juntamente com Cristo, em
Deus. Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifes-
tar, então, vós também sereis manifestados com ele,
em glória.” (Colossenses 3.1-4).
Peça isso ao Senhor. Diga para Ele que esse é o
seu desejo. Diga para Ele: “Senhor eu quero te bus-
car. Eu quero te conhecer mais, Senhor”. Há uma
música que nós cantamos que diz assim: “conhece-
rei e prosseguirei em conhecer-te Senhor”. Se você
puder cante-a para Ele. Faça dela a sua oração. Cla-
me a Ele: “Senhor, eu preciso de ti. Eu sei que preciso
conhecer-te mais e mais”. Muitas vezes, as pessoas
não se aproximam de Deus porque acham que ao
se aproximarem dele e passarem a conhecê-lo, te-
rão sua liberdade cerceada. Não pense assim, isso
é coisa do diabo, a única pessoa que quer que você
não conheça a Deus é o diabo. Ele sabe que se você
conhecer Deus e deixar Jesus governar sua vida, ele
nunca mais poderá atormenta-lo.
“Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso res-
peito, diz o Senhor; pensamentos de paz e não de mal,

27
para vos dar o fim que desejais. Então, me invocareis,
passareis a orar a mim, e eu vos ouvirei. Buscar-me-eis
e me achareis quando me buscardes de todo o vosso
coração. Serei achado de vós, diz o Senhor, e farei mu-
dar a vossa sorte; congregar-vos-ei de todas as nações
e de todos os lugares para onde vos lancei, diz o Se-
nhor, e tornarei a trazer-vos ao lugar donde vos man-
dei para o exílio.” (Jeremias 29.11-14).
Tudo será mudado nesta caminhada com o Se-
nhor. Se, agora, você tem este desejo intenso de
conhecer Deus, ou quem sabe ainda não tem esse
forte desejo, comece como o profeta Ezequiel, co-
loque seus pés nas águas, vá caminhando devagar,
deixe as águas subirem pelos tornozelos, alcançar
os joelhos. Continue caminhando, tateando com os
pés o fundo do rio, deixe essas águas chegarem aos
seus lombos, vá mergulhando nesse conhecimento
do Senhor. A essa altura, você não quererá mais pa-
rar em conhecê-lo. E na medida que você vai conhe-
cendo as pessoas em sua volta, logo perceberá que
algo está diferente. Perceberá que conhece Deus e
que tem as respostas de Deus para as dificuldades
da vida.
Deus quer que nos aproximemos dele porque
Ele quer tratar o nosso caráter. É como nós nos
vemos por um espelho. O espelho é a Palavra. O
espelho não faz ninguém ficar bonito. O espelho
apenas reflete o retrato daquele que está diante

28
dele. Quando você se levanta pela manhã e vai ao
banheiro, ao chegar diante do espelho, você verá
que os seus olhos estão inchados e seus cabelos es-
tão desarrumados. O espelho não vai mostrar algo
diferente. À medida que você vai se aproximando
de Deus e passa a conhecê-lo, as coisas começam a
mudar em sua vida.
Deus quer alcançá-lo para que o mundo seja
transformado pela sua vida. “Conheçamos e prossi-
gamos em conhecer o Senhor.”
“Ora, sabemos que o temos conhecido por isto: se
guardamos os seus mandamentos. Aquele que diz: Eu
o conheço e não guarda os seus mandamentos é men-
tiroso, e nele não está a verdade. Aquele, entretanto,
que guarda a sua palavra, nele, verdadeiramente, tem
sido aperfeiçoado o amor de Deus. Nisto sabemos que
estamos nele: aquele que diz que permanece nele,
esse deve também andar assim como ele andou.” (1
João 2.3-6).
O versículo 3 diz: “Ora, sabemos que o temos co-
nhecido por isto: se guardamos os seus mandamen-
tos.” Mas não no sentido de guardar os mandamen-
tos como se obrigados. Quando você está dirigindo
numa estrada, vê sinalização de ponto em ponto.
Placas que dizem: “curva fechada, diminua a veloci-
dade”; “cuidado, animais na pista”; “cruzamento de
vias”; “não pare no acostamento”; e tantas outras.
Certo dia, eu estava dirigindo numa estrada e ha-

29
via uma placa sinalizando “ponte estreita à frente”.
A estrada era bonita e dava gosto observar a paisa-
gem. Novamente, “ponte estreita à frente”, e depois
de outra curva “ponte estreita à frente”. Essas placas
estavam bem distantes uma da outra. Mas a estrada
realmente afinou e havia uma ponte que só passava
um carro. O fato é que se eu tivesse ignorado aque-
las placas, talvez hoje, os irmãos estariam dizendo
assim: “estou com uma saudade do Pr. Márcio”. Mas
eu observei a sinalização e fui obediente.
Os mandamentos são proteção para a nossa
vida e um dos mandamentos do Senhor é este: “Tra-
zei todos os dízimos à casa do Tesouro, para que haja
mantimento na minha casa; e provai-me nisto, diz o
Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do
céu e não derramar sobre vós bênção sem medida.”
(Malaquias 3.10). É um mandamento, e mandamen-
to é para ser cumprido. E se é mandamento Deus
não precisava dizer: “e provai-me nisto, diz o Senhor
dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e
não derramar sobre vós bênção sem medida.” Ele
o fez por causa da dureza do coração do homem.
Muitas vezes não alcançamos tudo que o Pai tem
pra nós, por causa da dureza de nosso coração. João
diz: “Ora, sabemos que o temos conhecido por isto: se
guardamos os seus mandamentos. Aquele que diz: Eu
o conheço e não guarda os seus mandamentos é men-
tiroso, e nele não está a verdade. Aquele, entretanto,

30
que guarda a sua palavra, nele, verdadeiramente, tem
sido aperfeiçoado o amor de Deus. Nisto sabemos que
bestamos nele” (1 João 2.3-5.)
Quando eu disse que o conhecimento de Deus
muda tudo na nossa vida, é porque aquela pessoa
que conhece o Senhor, no momento do culto em
que trazemos as ofertas e os dízimos ao Senhor,
elas vêm com alegria, com gozo. Porque os manda-
mentos do Senhor não são penosos para quem o
conhece. E nós devemos entregar nossos dízimos
sem precisar perguntar a Deus: “Ó Deus, quanto é
que o Senhor quer que eu entregue?” Não! Os dízi-
mos nós sabemos, já pertencem a Ele, são dez por
cento de tudo o que ganhamos. Com as ofertas é
diferente, precisamos que o Espírito Santo nos fale.
Mas os dízimos não.
A oferta não é uma coisa que fazemos de qual-
quer maneira. É um ato de culto. Quando nós ex-
pressamos nosso amor a Deus através de nossas
ofertas, selamos nossa própria prosperidade. Nos-
sas ofertas traduzem ações de graças, louvor, grati-
dão e adoração.
Outro mandamento muito importante é a ce-
lebração da ceia. Todas as vezes que celebramos a
ceia, nós proclamamos a morte do Senhor Jesus até
que Ele venha. Mas a Palavra de Deus diz que antes
da celebração nós devemos discernir o corpo, ou
seja, eu preciso me ver como parte do Corpo, como

31
parte da Igreja de Jesus. Por causa disso, nós pre-
cisamos viver essa realidade. Tudo que você tinha
de fazer para ser salvo, Jesus Cristo já fez por você.
Quem sabe um dia você começou andar com Jesus,
mas se desviou, se afastou dos caminhos dele, ago-
ra, neste momento, é dia de você voltar.
“Certo homem tinha dois filhos; o mais moço deles
disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me cabe.
E ele lhes repartiu os haveres. Passados não muitos
dias, o filho mais moço, ajuntando tudo o que era seu,
partiu para uma terra distante e lá dissipou todos os
seus bens, vivendo dissolutamente. Depois de ter con-
sumido tudo, sobreveio àquele país uma grande fome,
e ele começou a passar necessidade. Então, ele foi e se
agregou a um dos cidadãos daquela terra, e este o
mandou para os seus campos a guardar porcos. Ali,
desejava ele fartar-se das alfarrobas que os porcos co-
miam; mas ninguém lhe dava nada. Então, caindo em
si, disse: Quantos trabalhadores de meu pai têm pão
com fartura, e eu aqui morro de fome! Levantar-me-ei,
e irei ter com o meu pai, e lhe direi: Pai, pequei contra
o céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado
teu filho; trata-me como um dos teus trabalhadores. E,
levantando-se, foi para seu pai. Vinha ele ainda longe,
quando seu pai o avistou, e, compadecido dele, cor-
rendo, o abraçou, e beijou. E o filho lhe disse: Pai, pe-
quei contra o céu e diante de ti; já não sou digno de ser
chamado teu filho. O pai, porém, disse aos seus servos:

32
Trazei depressa a melhor roupa, vesti-o, ponde-lhe um
anel no dedo e sandálias nos pés; trazei também e
matai o novilho cevado. Comamos e regozijemo-nos,
porque este meu filho estava morto e reviveu, estava
perdido e foi achado. E começaram a regozijar-se.”
(Lucas 15.11-24).
O moço saiu de casa porque ele não conhecia
seu pai. A vida dele virou uma bagunça. Mas houve
um tempo que lhe bateu aquela saudade do pai e
ele voltou para casa. E quando ele voltou, ele dis-
se para o seu Pai: “Meu pai, eu não sou digno, eu
não mereço ser seu filho. Deixe-me ficar aqui cui-
dando de porcos. Aqui, mas eu quero ficar junto do
Senhor”. O pai não queria mais um empregado. Ele
queria um filho. E esse filho voltou. Se você está na
mesma condição desse filho, agora é o momento
de sua reconciliação. Se você ainda não entregou
a sua vida a Jesus, já ouviu tantas vezes o Evange-
lho, a Salvação vêm exatamente pela loucura da
pregação. Uma pessoa pode ser salva, ter a vida
transformada, mas só pelo fato dele abrir o coração
e convidar Jesus para entrar, Ele entra, transforma, e
o milagre acontece.
Ore assim:
“Senhor Jesus, eu quero te conhecer. Mas exis-
tem tantas coisas que me atraem, mas eu li, aqui nes-
te livro, que o conhecimento do Senhor vai mudar a
minha vida. Eu reconheço que preciso de ti e, nesta

33
hora, eu abro o meu coração e te convido, ó Jesus,
entra agora na minha vida, eu te recebo como meu
Senhor e meu Salvador. Senhor Jesus, eu que andei
em teus caminhos, mas me desviei, perdoa-me, eu
quero voltar, eu quero te conhecer mais, por isso eu
dou esse passo indo em tua direção. Amém”!

Deus abençoe,

Pr. Márcio Valadão

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Uma publicação da Igreja Batista da Lagoinha

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CEP 31110-440 - Belo Horizonte - MG

www.lagoinha.com

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