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A Garantia da Qualidade e o

Ana Liddy Cenni de Castro Magalhães

Treinamento – SPIN-SP – 25/Abril/2006


Motivação

O que é qualidade?
 Como avaliar a qualidade de um produto?
 O que garante a qualidade de um produto?

O que é garantia da qualidade?


 Qual a diferença entre planejamento, gestão,
controle e garantia da qualidade?
 Como estes conceitos estão relacionados?

O que uma organização deve esperar da área da qualidade?


 O que a área da qualidade deve realmente verificar?
 Quem é responsável pela verificação dos produtos gerados?
 Quem é responsável pela verificação dos processos executados?
Motivação

Porque as pessoas não gostam de auditoria?


 Por que estereótipos tão fortes são criados e se perpetuam?
 Por mais que o trabalho do SQA auxilie a organização no
desenvolvimento de seus projetos, ele é visto com rejeição...

De quem é a culpa?
 Dos auditados, que receiam ter
seus erros expostos
e receber críticas?
 Do SQA, que alimenta seu ego
com o medo demonstrado
pelos auditados?
Objetivos

Apresentar os conceitos que permeiam


a garantia da qualidade
 Planejamento, gestão, controle e garantia da qualidade

Apontar motivos que geram este clima de


desconfiança e medo
Relatar a experiência vivenciada
Mostrar como o SQA pode mudar sua
relação com pessoas / organização
 Como ajudar ou atrapalhar a
institucionalização de processos
 Como enfrentar as dificuldades
surgidas e quebrar este estereótipo
Agenda

 O Contexto da Garantia da Qualidade de Software


 Entendendo o conceito de qualidade
 Planejamento, garantia, controle e gerência da qualidade
 A garantia da qualidade nos principais modelos
 O Caminho da Maturidade e o Papel do SQA
 Principais características de cada nível de maturidade
 Evolução das atribuições: o SQA e a equipe de projeto
 A Postura do SQA e a Organização
 Conduta pessoal, profissional e na auditoria
 A postura do auditado e os resultados de uma auditoria
 Experiência Vivenciada pelos SQAs da FITec
 Visão Geral da FITec
 Mudança da percepção dos SQAs nos projetos
 Considerações Finais
Qualidade: Conceito

Você vive com qualidade?


Você trabalha com qualidade?
O que é qualidade para você?
E para seus clientes?
Como você comprova a
qualidade do seu trabalho?
Qualidade: Conceito
Atratividade
Valor por dinheiro de mercado

Conformidade com
as especificações

Adequação ao uso
Qualidade: Conceito

Satisfação do Cliente: busca da cadeia do sucesso


Qualidade: Conceito
Produto
(bem ou serviço)

A totalidade das características de uma entidade


que lhe confere a capacidade de satisfazer às
necessidades explícitas e implícitas (NBR ISO 8402)
Condições e objetivos Visão
propostos / definidos subjetiva

É o grau em que um sistema, componente ou


processo satisfaz as necessidades ou
expectativas do cliente ou usuário
Qualidade é ...

Atender a 100% das necessidades (requisitos) do cliente, já


conhecidos e aceitos por nós...
Manter os clientes atuais satisfeitos e buscar novos clientes,
atendendo expectativas quanto a produtos e serviços atuais e futuros

Mas... quem é o cliente?


 É todo aquele que recebe o resultado de um conjunto de atividades,
podendo ser:
 Interno: recebe os resultados
do trabalho que você faz
 Externo: recebe os resultados
do trabalho que a organização faz
Qualidade:
Relação entre Produto e Processo

Estágio de Insumo Estágio de Conversão Estágio de Produto


Matérias-primas PROCESSOS Bens
Capital e recursos Maquinários Serviços
Recursos humanos Habilidades humanas

Requisitos Processo Produto


Problemas no processo  Problemas no produto
Qualidade no processo  Qualidade no produto
Qualidade do Produto
 Conformidade do produto com os requisitos

Qualidade do Processo
 Grau em que o processo garante a qualidade do produto
Qualidade:
Relação entre Produto e Processo
Diversas atividades do processo afetam a qualidade
final do produto
 Se as atividades não forem bem definidas, ao serem executadas,
o produto poderá sofrer as conseqüências

O objetivo do processo é gerar um produto de qualidade


 Se o produto gerado não tiver qualidade satisfatória,
o processo deverá ser revisto

Definir o Desenvolver o Avaliar a qualidade


processo produto do produto

Melhorar o N Qualidade S Padronizar o


processo OK? processo
Qualidade:
Principais Áreas

Planejamento Garantia da
da Qualidade Qualidade
Qualidade

Gestão da Controle da
Qualidade Qualidade
Gestão da Qualidade

Objetivos
 Determinar e implementar
a Política da Qualidade

A Gestão da Qualidade deve:


 Fazer planejamento estratégico
- estabelecer metas
- definir responsabilidades
 Alocar recursos para as atividades sistemáticas da qualidade
- planejamento, controle, garantia
- melhoria contínua da própria qualidade
Planejamento da Qualidade

Objetivos
 Desenvolver produtos e processos
para atender às necessidades dos clientes

O Planejamento da Qualidade deve:


 Entender as necessidades dos clientes
 Desenvolver características de produto que
atendam às necessidades
 Identificar processos e padrões capazes
de produzi-las
 Concretizar os planos
Controle da Qualidade

Objetivos
 Planejar, manter e melhorar a qualidade (Trilogia de Juran)
 Monitorar resultados, a fim de determinar se eles estão de
acordo com os padrões relevantes de qualidade
 Atuar na eliminação e bloqueio da causa fundamental
de problemas e resultados insatisfatórios

O Controle da Qualidade deve:


 Gerenciar processos, de forma a mantê-los
sob controle
 Identificar formas de eliminar as causas de um
desempenho insatisfatório
 Incluir inspeções, revisões e testes
Garantia da Qualidade

Objetivos
 Aplicar as atividades de Qualidade planejadas
para que sejam utilizados todos os processos
necessários para
atender aos requisitos

A Garantia da Qualidade deve:


 Prover visibilidade (por meio de evidências) de que se está
satisfazendo requisitos e padrões relevantes de qualidade
definidos no plano
 Assegurar que artefatos e processos estão
em conformidade com o plano
 Certificar que todas as atividades da qualidade planejadas
estão sendo executadas
Qualidade de Software:
Conceito

É o grau de conformidade do sistema,


componente ou processo com:
 Requisitos funcionais e de desempenho
explicitamente declarados
 Padrões de desenvolvimento claramente documentados
 Características implícitas definidas, esperadas
de todo software profissional
(necessidades e expectativas)
Qualidade de Software:
Dificuldades
Características gerais de um software
 Produtos de software são geralmente complexos
 Software não tem produção em série
 Software não se desgasta e nem se modifica
com o uso
 Utiliza representações variadas e imprecisas
 A engenharia de software é uma tecnologia
em evolução
Qualidade de Software:
Dificuldades
Características técnicas
 Existência de requisitos implícitos
 Especificação possui características desejadas pelo cliente
 A organização pode ter requisitos não incluídos
• Ex: facilidade de uso e manutenibilidade
 Existência de requisitos ambíguos
 Impossível especificar certas características
sem ambigüidade
 Dificuldade para escrever uma especificação completa
Qualidade de Software:
Necessidade
Ciclo de Vida Básico de Software
 Perspectiva de um projeto

Idéias / Necessidades (Cliente)

Requisitos

Projeto Projeto
de
Codificação Software

Testes

Produto (Cliente)
Qualidade de Software:
Necessidade
Cada etapa pode acabar introduzindo erros
 É necessário seguir processos que possibilitem garantir a
qualidade dentro das restrições de imperfeição impostas...

Requisitos Requisitos
corretos defeituosos

I Projeto Projeto Erros inseridos Vida Real


D correto defeituoso p/ requisitos
E
A
L Código correto Código Erros inseridos Erros inseridos
defeituoso p/ requisitos p/ projeto

Testes Testes Erros inseridos Erros inseridos Erros inseridos


corretos defeituosos p/ requisitos p/ projeto p/ código
Qualidade de Software:
Impactos
Impactos no Produto
 Requisitos incompletos, faltantes ou não testáveis
 Defeitos identificados tardiamente
(dificultando a correção)
 Documentação do produto incompleta
ou inconsistente
 Rejeição ao produto

Impactos no Custo
 Grande retrabalho
 Aumento exponencial com a complexidade do projeto
 Detecção/correção de defeitos aumenta em relação
ao tempo em que o defeito está presente
 % crescente dos custos de manutenção
Qualidade de Software:
Impactos
Impactos no Tempo
 Tempo para testes aproxima (ou supera!) o de desenvolvimento
 Projeto excede prazo de entrega, podendo ocasionar:
 Perda de mercado
 Cancelamento do projeto
 Perda do retorno sobre o investimento e do próprio investimento

A qualidade de um produto de software


é altamente influenciada pela
qualidade do processo utilizado em seu
desenvolvimento e manutenção!
Garantia da Qualidade
de Software

É o conjunto de atividades projetadas para avaliar o


processo pelo qual o software é desenvolvido
 Embute mecanismos preventivos que diminuem o número
de defeitos injetados ao longo do projeto
 Os processos podem ser apoiados pelo uso de ferramentas
que integrem o uso de padrões de qualidade

Também denominada SQA


(Software Quality Assurance)
Garantia da Qualidade
de Software
Envolve definir, selecionar e seguir padrões
 Padrões de produto
 Se aplicam ao produto gerado na saída dos processos
• Padrões de artefatos (ex: especificação de requisitos)
• Padrões de documentação (ex: cabeçalho/comentários no código)
• Padrões de codificação (como utilizar a linguagem)

 Padrões de processo
 Definem atividades a serem realizadas para assegurar que os
padrões de produto estão sendo seguidos
• Ex: definições de atividades de especificação de requisitos,
processos de projeto e validação, descrição dos
documentos a serem gerados
Garantia da Qualidade
de Software: Importância

Assegura que a qualidade não será comprometida


 Fazer direito, para evitar retrabalho, reduzindo custos e prazo
 Encontrar erros antes que se transformem em defeitos
 Relatar à alta gerência desvios que não podem ser
tratados dentro do escopo de projetos
 Acompanhar a resolução de desvios,
garantindo sua execução
Fornece uma visão objetiva e independente
 Tanto para atividades de processo quanto de produto,
em relação a desvios e pontos de melhoria
 Avalia a aderência dos produtos a padrões, processos,
procedimentos e requisitos estabelecidos e aplicáveis
Garantia da Qualidade de
Software: Evidência Objetiva
Evidência Objetiva
 Informação qualitativa ou quantitativa, registro ou declaração de
fato pertinente às características daquilo que está sendo
analisado
 Baseada na observação, medição ou teste
 Deve ser verificável
 Algo que você veja
 Algo que é dito por um representante da gerência como
sendo a política ou prática da empresa
 Algo que é dito por um funcionário descrevendo sua
compreensão do que é a prática da empresa

Não é Evidência Objetiva


 “Ouvir dizer”
 Algo dito por alguém sobre o que outra pessoa faz
A Garantia da Qualidade de
Software nos Principais Modelos
Normas ISO 9000: Sistema de Gestão da Qualidade
 Consenso internacional sobre boas práticas de gerenciamento para garantir
o atendimento aos requisitos do cliente e melhoria contínua
 Aplicável em qualquer tipo de organização
 Seção 8: Medição, Análise e Melhoria
 8.2.2 a 8.2.4: auditoria interna, avaliação objetiva de processos e produtos
 8.5.2 e 8.5.3: ações corretivas e preventivas
A Garantia da Qualidade de
Software nos Principais Modelos

Norma ISO/IEC 12207: Processo de Ciclo de Vida


 Descreve a arquitetura dos
processos de ciclo de vida
 Não especifica detalhes de
como executar as atividades
 Não prescreve:
 Modelo de ciclo de vida
 Método de desenvolvimento
 Linguagem de programação
 Garantia da Qualidade
 Processo de Apoio
A Garantia da Qualidade de
Software nos Principais Modelos
Norma ISO/IEC 15504 e Projeto SPICE:
Software Process Improvement and Capability dEtermination
 Modelo de referência com processos e níveis de capacidade
 Guias: avaliação, melhoria, determinação de capacidade, qualificação de auditores
 Garantia da Qualidade: processo da categoria Suporte (SUP.3)
 Gerência da Qualidade: processo da categoria Gerência (MAN.3)
A Garantia da Qualidade de
Software nos Principais Modelos
Projeto mps.Br: Melhoria de Processo do Software Brasileiro
 Objetivos e práticas distribuídos em 7 níveis de maturidade:
A Em Otimização
B Gerenciado Quantitativamente
C Definido
D Largamente Definido
E Parcialmente Definido
F Gerenciado
G Parcialmente Gerenciado

 Garantia da Qualidade:
 Processo de Apoio (GQA), do Nível F
A Garantia da Qualidade de
Software nos Principais Modelos
CMMI: CMM Integration
 Área de Proceso (PA) PPQA: Process and Product Quality Assurance

Versão Por Estágio Contínua

1 2 3 4 5
N5

Capacidade
Nível de
N4

N3

N2 PPQA

0
N1 PA PA PPQA
Avaliação de um conjunto Avaliação por PA ou
predefinido de PAs por nível por grupo de PAs
O Caminho da Maturidade:
Nível 1- Inicial

Objetivo: conseguir entregar


 Processo de desenvolvimento inexistente ou improvisado
 O sucesso depende do esforço individual
 Grande dependência de pessoas: heroísmo

Faça alguma coisa! Para produzir


Atividade Resultados

Comprometimento com a qualidade


 Variável, em função do cronograma (pouca visibilidade)
 A responsabilidade pela qualidade é um desafio pessoal
Área da qualidade (quando existente) sem nenhuma autoridade
A iniciativa pela qualidade compete com várias outras
atividades com visibilidade similar
O Caminho da Maturidade:
Nível 2 - Gerenciado
Objetivo: disciplina e gestão de projetos
 Foco: desenvolvimento do projeto de software
 Processos básicos de gestão de projetos são estabelecidos
para acompanhar o custo, cronograma e funcionalidade
 A disciplina necessária é estabelecida para repetir sucessos
anteriores em projetos semelhantes

Planejamento

Pense antes e Para produzir


Atividade Resultados
depois de agir
Entrada

Tenha certeza Para melhorar


de que foi feita a Avaliação
coisa certa!
Figura adaptada de L. C. Parzianello
Organização Nível 2:
O Papel do SQA

Principais Objetivos
 Garantir a disciplina por meio da garantia dos processos
 Garantir o seguimento da política e a aplicação dos processos definidos
 Atividades de revisão ainda limitadas
 Tratamento de problemas reincidentes
 Ainda não existem metas de qualidade definidas
 Prover à gerência visibilidade em relação a processos e produtos
 Durante todo o ciclo de vida: avaliação de atividades e produtos de trabalho
 Em cada processo do nível 2: garantia da conformidade com o CMMI
 Orientar o desenvolvimento do produto e atividades, com base no CMMI
 Novos procedimentos e padrões (formato / conteúdo)

Implementação Típica
 Gerência de SQA: posição permanente e independente dos projetos
 Existem analistas da qualidade dedicados
 Freqüentemente não técnicos
 Relacionamento com a equipe do projeto
 Efetivo, provendo limitada consultoria
 Faz revisões / auditorias e acompanha ações decorrentes
O Caminho da Maturidade:
Nível 3 - Definido
Objetivo: padronização dos processos (com adaptação)
 Foco: processo de desenvolvimento de produtos e seu suporte
 Processos padrão para o desenvolvimento e manutenção de
produtos são documentados e usados em toda a organização
 Disciplina de processos é estabelecida para garantir a padronização
e a consistência nos resultados dos projetos com aplicações similares

Planejamento Faça uso das lições aprendidas!


Entrada

Atividade
Para produzir Resultados
Padrões

Entrada
Para melhorar
Entrada Avaliação

Figura adaptada de L. C. Parzianello


Organização Nível 3:
O Papel do SQA
Principais Objetivos
 Garantir a padronização e adaptações com critérios corretos
 Assessorar decisões de adaptação de processos e produtos aos projetos
 Prover consultoria na aplicação de padrões
 Aprimorar visibilidade e confiança da gerência em relação aos processos
 Atividades de revisão e auditorias de produto mais efetivas e eficientes
 Tratamento de soluções sistemático
 Ajudar na manutenção da base histórica e de conhecimento

Implementação Típica
 Grupo de SQA com conhecimento técnico e experiência
 Auxílio efetivo no desenvolvimento de padrões e procedimentos
 Grande canal com o SEPG
 Relacionamento com a equipe do projeto
 Ativamente envolvido no desenvolvimento e aplicação
de “guias de adaptação”
 Intimamente ligado a todos os grupos relativos
ao desenvolvimento do produto
O Caminho da Maturidade: Nível 4
- Quantitativamente Gerenciado
Objetivo: gestão quantitativa dos processos e projetos
 Foco: estabelecimento e alcance de metas de qualidade quantitativas
de processos e de produtos
 Projetos alcançam controle, estreitando a variação de performance
 A gerência tem uma base objetiva para a tomada de decisão
 Baseada em controle estatístico de processos
 Capaz de prever a performance dentro de limites quantitativos
Preveja os resultados que você
necessita e espera e então crie
Planejamento oportunidades para alcançá-los!

Entrada Para prever

Padrões Atividade Para produzir Resultados

Entrada
Entrada
Para melhorar
Avaliação
Figura adaptada de L. C. Parzianello
Organização Nível 4:
O Papel do SQA
Principais Objetivos
 Garantir o uso e a aderência aos processos, com menor variação
 Orientar decisões de adaptação de processos e produtos aos projetos
 Orientar na utilização de padrões de processos e produtos
 Aumentar e visibilidade e confiança da gerência nos resultados
 Medição da performance do processo e estabelecimento de metas
• Controle estatístico de processos
 Atividades de revisão e auditorias de produto efetivas e eficientes
 Acompanhar baseline da capacidade do processo

Implementação Típica
 SQA se torna “SQE” - Engenheiro da Qualidade de Software
 Relacionamento com a equipe do projeto
 SQAs / SQEs totalmente integrados à equipe
• Fornecendo suporte na implementação da qualidade
• Definindo objetivos da qualidade
• Ativamente envolvidos em definir e implementar a coleta e análise de dados
 Relatórios provêem subsídios para a identificação e resolução de
causas especiais de variação de performance e ajuste de metas
O Caminho da Maturidade:
Nível 5 - Em Otimização
Objetivo: melhoria contínua tecnológica e dos processos
 Foco: melhoria contínua da organização como um todo,
de forma madura e proativa
 Busca contínua de maior efetividade e eficiência de seus processos
Investimento contínuo na melhoria da capacidade dos processos e
da performance destes nos projetos
Crie lições aprendidas e
utilize-as para criar mais
Planejamento lições e assim por diante ...

Entrada Para prever

Para produzir
Padrões Atividade Resultados

Entrada
Entrada
Para melhorar
Para melhorar Avaliação

Figura adaptada de L. C. Parzianello


Organização Nível 5:
O Papel do SQA
Principais Objetivos:
 Ser um canal de comunicação para a melhoria
 Cuidar da prevenção de problemas de qualidade nos produtos
 Agente na prevenção de defeitos (DP)
 Continuar garantindo o uso e a aderência aos processos, assessorando:
 Decisões de adaptação de processos e produtos aos projetos
 Medição e estabelecimento de metas
 Ajustes na capacidade do processo
 Continuar proporcionando visibilidade adequada
 Atividades de revisão e auditorias de produto efetivas e eficientes

Implementação Típica
 Estrutura de SQA / SQE / DP consolidada
 Relacionamento com a equipe do projeto
 Propostas de melhoria e inovação
 Canal totalmente aberto e mais efetivo
Garantia da Qualidade
de Software: Problemas

O papel de SQA não está claramente definido


nas organizações
Normalmente as organizações não possuem um
Grupo de QA ou pessoas especializadas para
realizar as atividades
Falta de apoio e incentivo da alta gerência
Falta de patrocínio para as
atividades de QA
A Postura de um SQA:
Comportamento Humano

Trabalha aspectos humanos Desconsidera aspectos humanos


 Ouve, orienta, encoraja  Sentimentos, receios
 Mantém-se neutro em  Envolve-se em interesses,
conflitos de interesses jogo de poder
Comportamento profissional Não segue valores e princípios
e ético morais
 Adequado, conveniente  Discute assuntos delicados ou
 Discute assuntos pertinentes confidenciais

Honesto, direto, justo Desonesto, polêmico, irônico


Respeitoso Arrogante
Confiante e decidido Insolente (atrevido) e inseguro
Usa seu próprio julgamento Age em função dos outros
A Postura de um SQA:
Comportamento Humano

Bom ouvinte, interessado, Desinteressado, mal ouvinte,


simpático e compreensivo antipático e autoritário
Perseverante e inquisitivo Argumentativo e teimoso
Imagem e conduta correta Comportamento imprevisível
Não abre mão de suas Crédulo (inocente), sem
convicções argumentação
Paciente, amigável e respeitoso Impaciente e indelicado
Cultiva a cooperação e a Faz intrigas e atrapalha as
confiança atividades
Considera-se parte da equipe, Julga-se superior à equipe
mas age como um convidado do projeto, “não se mistura”
Não dá conselhos Considera-se “o
dono da verdade”
A Postura de um SQA:
Conduta Profissional

Atribui culpa ao processo Atribui culpa às pessoas


Utiliza termos mais “suaves” Utiliza termos “pesados”
 Verificação de SQA  Auditoria
 Oportunidade de melhoria  Não conformidade
Postura consultiva, próxima Postura distante da equipe
 Consultor dos processos  Só “audita” e aponta “erros”
Entende a resistência como Entende a resistência como
parte da cultura existente algo pessoal
Trabalha de maneira Não possui autonomia
independente (possui “rabo preso”)
 Critérios de atuação bem  Sem critérios claros para atuação
definidos  Tendencioso no relato
 Impessoalidade no relato  Dependência de
 Canal direto com a alta gerência outros canais
A Postura de um SQA:
Conduta Profissional

Introduz processos de forma Impõe processos, obriga


planejada e “informativa” seu uso, sem ponderação
Possui atitude preventiva Possui atitude reativa
 Evita que problemas ocorram  Resolve problemas ocorridos
Orienta como fazer Pune pelo não cumprimento
Cria um clima encorajador Cria um clima frio, neutro
É um instrutor, comunicativo Pouco comunicativo
 Educador em melhoria de  Atrapalhado, confuso, de
processos e CMM difícil compreensão
Uma ajuda e um benefício Um complicador e um
para os projetos em que obstáculo a mais para os
atua projetos em que atua
A Postura de um SQA:
Conduta na Auditoria

Planeja e agenda as auditorias com Surpreende a equipe com


antecedência auditorias não planejadas
Direciona as informações Reporta tudo a todos
 Busca o consenso antes de relatar  Divulga resultados sem validá-los
 Resolve questões com os envolvidos  Comenta / usa as informações
antes de informar seu superior obtidas de forma arbitrária
Gerencia pendências de auditoria até Negligencia e não acompanha
o seu fechamento pendências de auditoria
 Controla datas e prazos, examina ações  Fica perdido sem saber o que
propostas, atribui responsabilidades falta e o que deve fazer
Trabalha objetivamente Não possui critérios claros
 Baseia-se em fatos  Baseia-se em deduções
 Possui critérios bem definidos  Age arbitrariamente
Ouve e respeita o auditado, sem Não sabe ouvir e respeitar o
interrompê-lo ou menosprezá-lo auditado, discute com ele
Reporta o que é importante, Se perde em meio a fatos e
significativo, fundamental suposições, sem compreender
(evita adjetivos e advérbios) sua relevância
A Postura de um SQA:
Conduta na Auditoria

Atua como consultor interno, Atua como fiscal, desconsidera o


passando feedback para o SEPG SEPG como parte integrante do
sobre adequação dos processos processo de melhoria
Pergunta de forma clara Induz a resposta, “joga verde”
Observa, verifica o que vê e ouve, Satisfaz-se com amostras de
de forma independente evidências providas por outros
Baseia-se em fatos Baseia-se em deduções
É pontual e controla o tempo da Indisciplinado, descontrolado em
auditoria, cuidadosamente relação à auditoria
 Consegue fazer tudo aquilo a  Faz “o que for possível” fazer,
que se propõe sem se ater a um plano
Possui “jogo de cintura”, é Desarticulado (confuso, vago,
desembaraçado, claro, franco indistinto, incompreensível)
Aponta problemas imediatamente Aceita julgamentos e aparências
Usa linguagem adequada com o Procura mostrar seu “grande”
entrevistado (certifica que entendeu) conhecimento, falando “difícil”
A Postura de um Auditado

Ativo e colaborador – vê o SQA Preguiçoso, “manco”, provocativo


como um assessor / consultor – vê o SQA como uma ameaça
Claro e objetivo Induz o desperdício de tempo
Limita-se a responder o que foi Prolixo, procura sempre por casos
perguntado especiais
Diz o que realmente faz e faz o Diz fazer algo além do que está
que realmente diz sendo solicitado
Fornece somente o documento ou Entrega pastas contendo outros
registro solicitado documentos/registros
Mostra-se “transparente” Adota postura comprometedora
Postura ética e independente Bajulador, faz falsos elogios
Lembra-se de fatos relevantes Possui “péssima memória”
Consciente de seu papel e Esquiva-se de tudo
responsabilidade nos processos (“isso é tarefa do fulano”)
Implicações de uma Auditoria

Obtém um retrato fiel da situação atual Falseia a situação real da


da organização / do projeto organização / do projeto
Inclui preparação, entrevistas, check- Realizada de forma ad-hoc, sem
lists, registros, relatórios “perda de tempo”
Baseada em evidências objetivas Baseada em suposições
Aponta desvios e oportunidades de Aponta resultados pouco precisos
melhoria reais, possibilitando melhor e significativos, atrapalhando o
acompanhamento acompanhamento
Maior chance de detectar problemas Maior chance de incidência de
antes → ganho em produtividade problemas pós-release
Garantia do uso de padrões e processos Uso de padrões e processos em
→ maior qualidade função de outros interesses
Processo decisório pode ser Pouca visibilidade da situação, sem
apoiado em dados confiáveis colaborar com o processo decisório
Aponta o grau de implementação dos Processos e práticas sem
processos, possibilita melhoria contínua referência para melhoria
Experiência da FITec:
Visão Geral da Empresa
Recife
Entidade privada sem fins lucrativos
 criada em 09/2001
P&D Telecom, TI, Energia e Automação
Campinas
 comercial, bancária, industrial, hospitalar
Belo Horizonte
Sites em Campinas, Belo Horizonte e Recife

Principais Tecnologias
 FITuav: Veículo Aéreo Não-Tripulado
 FITphone: Softphone SIP
 FITsurvey: Pesquisa de Opinião em Palm
 FITmetering: Sistema de medição de gás, água e energia
 FITplc: Família de produtos PLC (Power Line Communications)
 FITmanager: Sistema de Gerência de Projetos
Experiência da FITec:
SW-CMM e CMMI na FITec

Unidade de Recife
 Certificada SW-CMM Nível 2 em abril/2005
 Trabalhos para o CMMI Nível 3 em andamento

Unidades de Campinas e Belo Horizonte


 Em fase adiantada de institucionalização do Nível 2
Inicialmente SW-CMM, migrando para CMMI
 Principais dificuldades:
Projetos envolvendo software, hardware, firmware
Projetos desenvolvidos em mais de um site
Grande variedade de tipos e tamanhos de projetos
Cultura de desenvolvimento existente (vícios)
Forte influência do principal cliente na forma de trabalho
Experiência Vivenciada
pelos SQAs da Fitec
Cenário é um pouco diferente nos 3 sites
 Problemas enfrentados pelos SQAs variam
 Tipo de problema semelhante, mas com timing variado
 Possível identificar 3 fases distintas

Fase 1. Durante a escrita dos processos


 Ninguém entende ao certo qual é o papel do SQA
 Chato: cobra execução e cumprimento do prazo de definição dos
processos, templates, procedimentos, etc.
 Preguiçoso: o SQA deveria escrever tudo, para as áreas revisarem
(afinal, esse não é o papel da área de qualidade?)
 Busca poder: quer tirar poder dos gerentes de projeto e mudar toda a
forma como a organização trabalha
Experiência Vivenciada
pelos SQAs da Fitec
Fase 2. Durante o processo de institucionalização
 SQA passa a auditar com base nos processos
 Equipe começa a entender o papel do SQA, mas com resistência
 Acham que o SQA está apontando seus defeitos, gerando atrito
 Crença de que o SQA teria que resolver os desvios encontrados
 Gostariam que o SQA ficasse com o trabalho de acertar os processos
 GP percebe que "perdeu" um pouco do poder que tinha em suas mãos
 Combate à área de qualidade - diversas tentativas:
• Colocar o SQA respondendo ao GP
• Quebrar o canal direto com a gerencia sênior
• Desacreditar o trabalho do SQA: problemas detectados
já conhecidos, de nada ajuda seguir os processos
• Colocar os clientes contra os processos: alega que atrasos
são decorrentes da burocracia gerada pelos processos
 Resistência de alguns à aplicação dos processos
 Estão burocratizando, engessando, tirando a liberdade, complicando
 SQA atua como “psicólogo” para a aceitação dos processos
 Mostra os benefícios que os processos podem trazer ao projeto,
tais como controle e visibilidade do que está sendo feito
Experiência Vivenciada
pelos SQAs da Fitec

Fase 3: Projetos rodando processos nível 2 a pleno vapor


 Equipe entende melhor o papel do SQA  atividade natural
 Desvios não geram mais conflitos entre SQA e equipe
 Desvios passam a ser vistos como problemas da equipe, e não do SQA
 SQA aponta problemas que passavam desapercebidos
 fornece visibilidade
 SQA passa a ser cobrado pela execução das atividades planejadas
 GP/CS sentem falta e já solicitam que seja feita a auditoria
 SQA com canal direto e oficial com a gerência sênior
 Não é mais visto como um problema
 Percepção dos benefícios de se seguir os processos
Considerações Finais

Ser um SQA respeitado e de quem as pessoas gostam não é fácil...


 Ninguém gosta de ser auditado, de receber críticas e ter defeitos apontados
 Somos parte de um sistema, onde todos contribuem para seus resultados
Necessário “medir e regular” a temperatura do ambiente
 Identificar e apontar áreas que estão efetivamente funcionando e áreas onde
existe necessidade de ações corretivas ou oportunidade para melhoria
 Não ter preconceitos: fatos devem prevalecer sobre as opiniões
Necessário ter habilidades técnicas e interpessoais
 Ter perfeito conhecimento dos requisitos requeridos pela norma/modelo e
dos requisitos dos processos organizacionais
 Demonstrar consideração e respeito pelos sentimentos e habilidades do outro
Auditar requer confiança, rastreabilidade, cortesia e sensibilidade
 Ao entrevistar um auditado, pense em como se sentiria em seu lugar
 Perguntas e respostas devem ser construídas em parceria
 Confiança não se conquista de imediato, ela se constrói durante o trabalho

Missão do SQA: deixar o ambiente melhor do que encontrou!!


Dúvidas
Sugestões

Obrigada!
analiddy@gmail.com

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