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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO

CENTRO DE ENGENHARIAS
CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA
Laboratório de Circuitos Eletrônicos T02 – 2017.2

CURVA V x I DO DIODO

Alunos: Brenda Fernandes Ribeiro; Lucas Oliveira de Azevedo; Pablo Preston Queiroz
Leite Batista

Prof: Francisco Magno Monteiro Sobrinho

Mossoró, dezembro de 2017


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1 Objetivo

Levantar e compreender a curva V x I do diodo e os conceitos a ela associados.

2 Desenvolvimento

O experimento consistiu no registro de dados relacionados a um circuito


contendo uma fonte de tensão CC ajustável, um resistor com valor nominal de 1k Ω e
um diodo 1N4001 (Figura 1). As informações foram coletadas para diferentes valores
de tensão fornecida pela fonte, com o objetivo de obter dados suficientes para a
plotagem da curva VD x ID do diodo estudado e para a elaboração da equação de ajuste
da curva.

Figura 1: Configuração do circuito com diodo em série com resistor e fonte de tensão.
Fonte: BOYLESTAD, 2013, p. 49.

2.1 Materiais e Equipamentos


Para a realização do experimento, foram utilizados os seguintes materiais e
equipamentos:
 1 Proto-board
 1 Diodo 1N4001
 1 Resistor de 1kΩ x 1W (valor nominal)
 1 Multímetro digital
 1 Fonte CC ajustável de 0 a 30V
 Cabos e fios de ligação
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2.2 Procedimento Experimental


Com o multímetro digital, foi medida a resistência elétrica do resistor a ser
utilizado. O resultado obtido foi de R = 0,98 kΩ, próximo ao seu valor nominal.
Em seguida, o diodo 1N4001 foi testado com o multímetro digital para que fosse
verificada a sua polaridade e condição de funcionamento. O teste foi efetuado com o
multímetro na escala de diodo. Inicialmente, o fio vermelho (positivo) do multímetro foi
conectado à extremidade do diodo que continha uma listra, e o fio preto (negativo) foi
conectado à outra extremidade. O valor indicado no visor do multímetro foi de 1 V, o
que indica que o diodo funcionou aproximadamente como uma chave aberta (não
conduziu corrente). Com a inversão dos polos, o resultado no visor foi de 0,572 V.
Desta forma, pôde-se confirmar o funcionamento do diodo e identificar corretamente a
sua polarização (Figura 2).

Figura 2: Diodo 1N4001.


Fonte: Adaptado de BOYLESTAD, 2013, p. 31.

Após a verificação do diodo, foi montado no proto-board o circuito ilustrado na


Figura 1. Os valores de tensão da fonte CC foram ajustados para corresponder a
dezessete valores distintos. Para cada tensão ajustada, foram medidos os valores de
tensão no diodo (VD) e no resistor (VR). O valor da corrente no diodo (ID) foi
determinado através da Equação 1.

𝑉𝑅 𝑉𝑅
𝐼𝐷 = 𝐼𝑅 = = (1)
𝑅 0,98 𝑘𝛺
3

2.3 Resultados e Discussões


A relação dos dados registrados e calculados para cada valor de tensão fornecida
pela fonte CC (V) está expressa na Tabela 1.

Tabela 1: Valores de tensão e de corrente do circuito.

V (V) 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9

VR (V) 0 0 0 0,003 0,05 0,117 0,196 0,281 0,369

VD (V) 0,1 0,2 0,3 0,397 0,45 0,483 0,504 0,519 0,531

ID (A) 0 0 0 3,06E-06 5,10E-05 1,19E-04 2,00E-04 2,87E-04 3,77E-04

V (V) 0,1
1 0,2
2 0,3
3 0,4
4 0,5
5 0,6
10 0,7
20 0,8
30 0,9

VR (V) 0
0,458 0
1,41 0
2,38 0,003
3,37 0,05
4,35 0,117
9,32 0,196
19,3 0,281
29,3 0,369

VD (V) 0,1
0,542 0,2
0,59 0,3
0,62 0,397
0,63 0,45
0,65 0,483
0,68 0,504
0,7 0,519
0,7 0,531

ID (A) 4,67E-04
0 0
1,44E-03 0
2,43E-03 3,06E-06 5,10E-05
3,44E-03 4,44E-03 1,19E-04
0,00951 2,00E-04 2,87E-04 3,77E-04
0,019694 0,029898

A plotagem dos dados de tensão (VD) – exibida em Volts – e corrente (ID) –


exibida em Ampères – no diodo revelou um gráfico de curva exponencial (Figura 3).
Para a elaboração de uma equação de ajuste da curva encontrada, os três primeiros
pontos foram desconsiderados, visto que o valor medido de tensão no resistor foi zero e,
consequentemente, a corrente calculada ID também foi nula.

Figura 3: Gráfico VD x ID do diodo 1N4001 analisado.


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Como a literatura a respeito de diodos revela que este elemento de circuito não
consegue funcionar de forma ideal e a reta y = 0 em uma curva exponencial é uma
assíntota horizontal, acredita-se que o valor real da tensão no resistor tenha sido tão
baixo que a precisão do multímetro foi insuficiente para apresentar o valor exato e este
foi exibido como sendo igual a 0 V.
A partir dos catorze pontos com corrente ID não nula, foi gerada a equação de
ajuste da curva (Equação 2):

𝐼𝐷 = 3 × 10−10 ∙ 𝑒 25,829∙𝑉𝐷 (2)

O coeficiente de determinação (R2) da equação foi igual a 0,9741, o que


significa que a equação de ajuste da curva fornece uma boa aproximação dos valores
empíricos coletados.
Considerando a equação que relaciona a corrente no diodo (ID), a tensão (VD) e a
corrente de saturação (IS), tem-se:

𝑉𝐷
𝐼𝐷 = 𝐼𝑆 (𝑒 0,026 − 1) (3)

𝑉𝐷
𝐼𝐷 = 𝐼𝑆 ∙ 𝑒 0,026 − 𝐼𝑆

Para valores não tão pequenos de VD, tem-se:

𝑉𝐷 𝑉𝐷 𝑉𝐷
𝐼𝐷 = 𝐼𝑆 ∙ 𝑒 0,026 − 𝐼𝑆 ≅ 𝐼𝑆 ∙ 𝑒 0,026 (𝑝/ 𝐼𝑆 ∙ 𝑒 0,026 ≫ 𝐼𝑆 ) (4)

Comparando as equações 2 e 4, pode-se estimar que:

𝐼𝑆 ≈ 3 × 10−10 𝐴 = 𝟎, 𝟑𝒏𝑨

A partir da Equação 3, tem-se:

𝐼𝐷
𝐼𝑆 = (5)
𝑒 𝑉𝐷 ⁄0,026 − 1
5

Aplicando na Equação 5 os dados experimentais registrados na Tabela 1, é


possível estimar diversos valores para a corrente de saturação:

Tabela 2: Valores da corrente de saturação calculados a partir dos dados experimentais.

V (V) IS (A)

0,1 0

0,2 0

0,3 0

0,4 7,15406E-13

0,5 1,55278E-12

0,6 1,02119E-12

0,7 7,62779E-13

0,8 6,14178E-13

0,9 5,08359E-13

1 4,13304E-13

2 2,00839E-13

3 1,0693E-13

4 1,03066E-13

5 6,16455E-14

10 4,166E-14

20 3,99749E-14

30 6,06873E-14

Os cálculos da corrente de saturação do diodo (IS) a partir da Equação 5 e dos


dados empíricos coletados revelam, assim como a estimativa feita através da Equação 2,
valores de ordem de grandeza muito pequena (entre 10-12 e 10-14).
Traçando sob o gráfico da curva característica do diodo a reta de carga referente
a uma tensão fornecida igual a 10 V (Figura 4) e observando o ponto de interseção entre
a reta e a curva, é possível descobrir o ponto de operação do diodo para esta tensão.
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Figura 4: Determinação do ponto de operação para V = 10 V.

O ponto de operação obtido através do gráfico é: IDQ ≈ 9,5 mA e VDQ ≈ 0,675 V.


Os valores se aproximam bastante dos resultados experimentais, que revelaram
IDQ = 9,51 mA e VDQ = 0,68 V. O erro experimental quase nulo é reflexo da precisão da
equação da curva encontrada, que apresentou coeficiente de determinação (R2) igual a
0,9741. Além disso, ao longo do experimento a tensão total sob o circuito foi verificada
com o multímetro associado em paralelo com o resistor e o diodo em série, desta forma,
os erros provocados pela baixa precisão da fonte CC, cujo display exibe a tensão
fornecida com somente uma casa decimal, foram reduzidos, pois o multímetro
apresentava a tensão com até três casas decimais (a depender da escala adotada).

3 Conclusão

A realização do experimento possibilitou a desenvoltura e aprimoramento da


compreensão acerca do funcionamento de diodos semicondutores, especialmente no que
se refere à elaboração e análise da curva característica do diodo, à definição da reta de
carga e à verificação do ponto de operação para determinada tensão.
No que diz respeito aos erros experimentais, os dados empíricos coletados
revelaram grande coerência com os conhecimentos adquiridos através de revisão da
literatura e aulas de Circuitos Eletrônicos. Os erros experimentais puderam ser
reduzidos através de procedimentos de verificação de fornecimento de tensão e de
medições cautelosas e repetidas. Em conclusão, os resultados do experimento foram
extremamente satisfatórios e acurados.
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4 Referências Bibliográficas

BOYLESTAD, R. L.; NASHELSKY, L. Dispositivos Eletrônicos e Teoria de


Circuitos. 11 ed. São Paulo: Pearson Education, 2013.

MALVINO, A. Eletrônica. 7ª ed. Porto Alegre: AMGH, 2011.

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