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− Interessa-me saber a que servem de prova e o que lhes permite servir de prova;
− Essas figuras servem para provar isto: existe sentido no que parece não ter, algo de
enigmático no que parece evidente, uma carga de pensamento no que parece ser um
detalhe anódino;
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teoria. Ela conhece apenas o adjetivo “estético”, que designa um tipo de julgamento e não
um domínio de objetos. Apenas no contexto do romantismo e do idealismo pós-kantiano,
através dos escritos de .... Hegel, a estética passará a designar o pensamento da arte – não
sem se fazer acompanhar, de resto, por uma insistente declaração de impropriedade do
termo. É só a partir daí que, sob o nome de estética, se opera uma identificação entre o
pensamento da arte – o pensamento efetuado pelas obras de arte – e certa noção de
“conhecimento confuso”: uma ideia nova e paradoxal, já que, ao fazer da arte o território de
um pensamento presente fora de si mesmo, idêntico ao não-pensamento, ela reúne os
contraditórios: o sensível como ideia confusa de Baumgarten e o sensível heterogêneo à ideia
de Kant. Isto é, ela faz do “conhecimento confuso” não mais um conhecimento menor, mas
propriamente um pensamento daquilo que não pensa.
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