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Matemática 

Maiores de 23 
 
2010 
 
 
Marisa Oliveira 
Susana Nicola Araújo 
Maria Hermínia Amorim
7. Funções

Na resolução de problemas práticos usamos muitas vezes relações entre


grandezas que variam. Por exemplo, a distância percorrida numa viagem e o
tempo gasto, o número de impulsos e o preço de uma chamada telefónica a
temperatura do ar e a altitude. Em Matemática estas grandezas que variam
damos o nome de variáveis e a algumas relações entre elas chamamos
funções.

7.1 Definição, domínio e contradomínio

Dados dois conjuntos A e B, uma função de A em B é uma correspondência


que associa a cada elemento a ∈ A um e um só elemento b ∈ B
(correspondência unívoca). É usual a notação

f :A→B

para representar uma função f de A em B. Para cada a∈ A o correspondente


elemento b ∈ B é a imagem de a por f e é usualmente representado por f(a).

O conjunto A é o domínio de f, também representado por Df .

O conjunto B é o conjunto de chegada de f.

O conjunto das imagens dos elementos de A por f, isto é, o conjunto

{f (a ) ∈ B : a ∈ A}

é o contradomínio de f, usualmente representado por CDf. Naturalmente, tem-


se que CDf ⊆ B.

Uma função está definida quando se conhece o seu domínio, o seu conjunto de
chegada e o modo de identificar ou calcular a imagem de cada elemento do
domínio.

110 Marisa Oliveira, Susana Araújo


Uma função pode ser definida de diversas formas. Por exemplo, a função f de
A = {1, 2, 3, 4, 5} em B = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10} que a cada elemento de A
faz corresponder o seu dobro pode ser definida indicando explicitamente a
imagem f(a) de cada elemento a ∈A:

f :A→B
f (1) = 2
f (2) = 4
f (3) = 6
f (4) = 8
f (5) = 10

Observe-se que se tem CDf = {2, 4, 6, 8, 10}.

Pode também utilizar-se um diagrama:

Este tipo de diagrama designa-se usualmente por diagrama de Venn.

Pode também recorrer-se a uma expressão designatória, neste caso a


expressão designatória 2x, e escrever

f :A→B
f (x ) = 2 x para x ∈ A

Para simplificar pode omitir-se a referência “para x ∈


A” e escrever

f :A→B
x → f (x ) = 2 x

111 Marisa Oliveira, Susana Araújo


ou ainda

f :A→B
x → 2x

Pode também recorrer-se a mais de uma expressão designatória para definir


uma função, caso em que se diz que a função está definida por troços ou
ramos.

Por exemplo, a função f : IR → IR


 x 2 para x ≥ 0
x → f (x ) =  2
− x para x < 0
associa a cada real não negativo x o seu quadrado e a cada real negativo x o
simétrico do seu quadrado.

Exemplo: Seja

f : IN → IN

a correspondência que a cada natural x ∈IN faz corresponder o


natural x ∈IN . Trata-se duma correspondência unívoca nos naturais, logo
temos uma função. Esta função é conhecida como função identidade nos
naturais. Neste caso, o domínio Df é o conjunto dos naturais e contradomínio
Df′ coincide com o conjunto de chegada , isto é

Df = CDf = IN

Ao gráfico desta função pertencem os pares (1,1), (2,2), (5,5), por


exemplo. Em geral, escrevemos para o gráfico

G = {(x, y ) : x ∈ IN, y = x}

cuja representação gráfica (conjunto de pontos discretos) se vê na Fig.


1.

112 Marisa Oliveira, Susana Araújo


Fig. 1. Representação gráfica da função f

Observe-se que é possível efectuar um teste simples à representação


gráfica para determinar se se trata da representação gráfica duma
função (teste do gráfico): se qualquer recta vertical intersectar o gráfico
em, no máximo, um ponto, pode concluir-se que se trata da
representação gráfica duma função.

Se se considerar

g : IR → IR

a correspondência que a cada real x ∈IR associa o real x ∈IR também


se obtém uma função, que é conhecida como função identidade nos
reais. Observe que neste caso, o domínio Dg é o conjunto dos números
reais, bem como o contradomínio CDg, e por isso f ≠g . A representação
gráfica desta função pode ver-se na Fig. 2.

Fig. 2. Representação gráfica da função g

113 Marisa Oliveira, Susana Araújo


Vamos considerar a correspondência h que a cada x ∈IR0+ associa e
. Trata-se duma correspondência que não é unívoca. Por exemplo,
temos que a x = 1 corresponde o valor 1, mas também o valor -1, logo
não temos uma função. Conforme se pode ver na Fig.3, a curva
representada não é o gráfico duma função (observe que falha o teste do
gráfico).

Fig. 3. Representação gráfica da correspondência h

7.2 Funções reais de variável real

Funções reais de variável real são funções cujo domínio é um subconjunto de


IR e o conjunto de chegada é IR.

Ao definir uma função real de variável real f através de uma expressão


designatória f(x), se não se indicar explicitamente o domínio de f deve sempre
assumir-se que este é o conjunto de todos os reais a tais que f(a) representa
um número real. Por exemplo, quando se diz “f é a função real de variável real
definida por f (x ) = x − 1 no seu domínio” tal significa que f é a função

f : [1,+∞[ → IR
x → f (x ) = x − 1

pois Df = [1,+∞[ é precisamente o conjunto dos reais a para os quais a −1


representa um número real.

114 Marisa Oliveira, Susana Araújo


De igual modo, quando se diz “f é a função real de variável real definida por

no seu domínio” tal significa que f é a função f : IR \ − 2  → IR


x
f (x ) =
3x + 2  3
x
x→
3x + 2

 2 a
dado que Df = IR \ −  é o conjunto dos reais a para os quais
 3 3a + 2
representa um número real.

7.2.1 Gráfico

Seja f uma função real de variável real.

O gráfico de f é o conjunto

G = {(x, f (x )) : x ∈ Df }

A representação gráfica de G é constituída pelos pontos do plano cartesiano


que representam os pares (x, f(x)) com x ∈ Df . É usual designar a
representação gráfica do gráfico de f simplesmente por representação gráfica
de f ou gráfico de f.

Considerando o sistema de eixos Oxy na Fig. 2,

Fig. 2. Sistema de eixos Oxy

a recta Ox é usualmente designada eixo das abcissas ou eixo dos xx e a


recta Oy é usualmente designada eixo das ordenadas ou eixo dos yy.
115 Marisa Oliveira, Susana Araújo
Note-se que Df se identifica graficamente com o conjunto das abcissas dos
pontos do gráfico (a azul na Fig. 2) e que CDf se identifica graficamente com o
conjunto das ordenadas dos pontos do gráfico (a cor de laranja na Fig. 2).

Fig. 2. Representação gráfica do gráfico G de uma função f com Df a cor azul e


CDf a cor de laranja.

7.2.2 Igualdade de funções

Duas funções reais de variável real f e g são iguais se

• Df = Dg
• f(x) = g(x) para cada x Df .

7.2.3 Zeros e sinal de uma função

Seja f uma função real de variável real a ∈Df . Diz-se que

• a é um zero de f se f(a) = 0
• f é positiva em a se f(a) > 0
• f é não negativa em a se f(a) 0
• f é negativa em a se f(a) < 0
• f é não positiva em a se f(a) 0

116 Marisa Oliveira, Susana Araújo


Diz-se que a função f é positiva num subconjunto A de Df se f é positiva em a
para cada a ∈ A. De igual modo se define função não negativa, negativa e não
positiva em A.

Fig. 3. Gráfico de uma função f

Na Fig. 3 encontra-se o gráfico de uma função f real de variável real, com


domínio Df=[-2,11/2[. Observe-se que

• -2 e 2 são zeros da função f


• f é positiva em ]2,11/2[
• f é não negativa em [2,11/2[
• f é negativa em ]-2,2[
• f é não positiva em [-2,2]

7.2.4 Monotonia de uma função

Seja f uma função real de variável real e seja A um subconjunto de Df .

Diz-se que

• f é uma função crescente em A se

f(a) > f(b) para cada a, b ∈A tal que a > b

• f é uma função crescente em sentido lato em A se

f(a) f(b) para cada a, b ∈A tal que a > b

117 Marisa Oliveira, Susana Araújo


• f é uma função decrescente em A se

f(a) < f(b) para cada a, b ∈A tal que a > b

• f é uma função decrescente em sentido lato em A se

f(a) f(b) para cada a, b ∈A tal que a > b

Designa-se também por estritamente crescente e estritamente decrescente


em A uma função crescente e decrescente em A, respectivamente.

A função f diz-se monótona em A se for crescente em A ou se for decrescente


em A.

Quando A = Df, pode omitir-se a referência a A. Neste caso, fala-se então


simplesmente de função crescente, função decrescente, função monótona, etc.

Fig. 4. Gráfico de uma função f

Na Fig. 4 encontra-se o gráfico de uma função f real de variável real, com


domínio Df=[-2,11/2[, decrescente em [-2,0] e em [4,11/2[ (a cor de laranja na
Fig. 4) e crescente em [0,4] (a azul na Fig. 4).

118 Marisa Oliveira, Susana Araújo


7.2.5 Extremos de uma função

Vizinhança

Recorde que uma vizinhança de a ∈ IR é um intervalo ]a − ∂, a + ∂[ com ∂∈IR + .

Seja f uma função real de variável real, a ∈ Df.

• Extremos relativos

– f tem um máximo relativo em x = a se existir uma vizinhança I de a tal


que f (a ) ≥ f (x ) para todo o x ∈ I ∩ Df

– f tem um mínimo relativo em x = a se existir uma vizinhança I de a tal


que f (a ) ≤ f (x ) para todo o x ∈ I ∩ Df .

• Extremos absolutos

– f tem um máximo absoluto em x = a se f (a ) ≥ f (x ) para todo x Df ;


f(a) é o maior valor de CDf e é o maior dos máximos relativos

– f tem um mínimo absoluto em x = a se f (a ) ≤ f (x ) para todo x Df ; f(a)


é o menor valor de CDf e é o menor dos mínimos relativos

Fig. 5. Gráfico de uma função f

119 Marisa Oliveira, Susana Araújo


Na Fig. 5 encontra-se o gráfico de uma função f real de variável real, com
domínio Df=[-2,11/2[. A função f tem um mínimo absoluto com valor -2 em x=0
e um máximo absoluto com valor 3 em x=4.

7.2.6 Função par e função ímpar

Seja f uma função real de variável real tal que x ∈ Df se e só se −x ∈ Df , para


todo o x ∈ IR . Diz-se que

• f é uma função par se f(−a) = f(a) para todo a ∈ Df


• f é uma função ímpar se f(−a) = −f(a) para todo a ∈ Df

Fig. 6. Gráfico de uma função ímpar a preto e de uma função par a azul

Note que um gráfico de uma função par é sempre simétrico relativamente ao


eixo Oy.

7.2.7 Função injectiva, sobrejectiva e bijectiva

Seja f uma função real de variável real. Diz-se que

• f é uma função injectiva se

para quaisquer a, b ∈ Df tais que a ≠ b se tem f(a) ≠ f(b)

• f é uma função sobrejectiva se

120 Marisa Oliveira, Susana Araújo


para cada b ∈ IR existe a ∈ Df tal que f(a) = b

• f é uma função bijectiva se é injectiva e sobrejectiva

7.2.8 Função periódica

A função real de variável real f diz-se periódica se existe um número real P


diferente de 0 tal que para todo o x ∈ Df

• x + P ∈ Df e x − P ∈ Df
• f(x + P) = f(x)

Exemplo de funções periódicas são as funções trigonométricas seno, coseno e


tangente.

7.2.9 Função inversa

Seja f uma função real de variável real injectiva. Chama-se função inversa de f
à função que se designa por f−1 e é tal que

• Df−1 = CDf
• dado y ∈ CDf , ou seja y = f(x) então f−1(y) = x.

Observe-se que f(f−1(x)) = x para todo o x ∈ Df−1 e que f−1(f(x)) = x para todo x
∈ Df. Note-se também que CDf−1 = Df.

Note-se ainda que (f−1)−1 = f.

121 Marisa Oliveira, Susana Araújo


Fig. 7. Diagrama de Venn de uma função f (setas a preto) e de f-1 (setas a cor
de laranja).

7.2.10 Operações sobre funções

Sejam f e g função real de variável real.

• A função f + g é a função real de variável real tal que

– Df+g = Df ∩ Dg

– (f + g)(x) = f(x) + g(x).

• A função f − g é a função real de variável real tal que

– Df−g = Df ∩ Dg

– (f − g)(x) = f(x) − g(x).

• A função f × g é a função real de variável real tal que

– Df × g = Df ∩ Dg

– (f × g)(x) = f(x) × g(x).

A função f x g pode também ser designada por fg.

• A função fn, com n∈ IN , é a função real de variável real tal que

– Dfn = Df

– (fn)(x) = (f(x))n.

122 Marisa Oliveira, Susana Araújo


f
• A função é a função real de variável real tal que
g

– D f = (Df ∩ Dg ) \ {x ∈ IR : g (x ) = 0}
g


f
(x ) = f (x ) .
g g (x )

• A função n f , com n ∈ IN ímpar, é a função real de variável real tal que

– Dn f = Df

– ( f )(x ) =
n n f (x ) .

• A função n
f , com n ∈ IN par, é a função real de variável real tal que

– Dn f = Df ∩ {x ∈ IR : f (x ) ≥ 0}

– ( f )(x ) =
n n f (x )

7.2.10 Composição de funções

Sejam f e g função real de variável real. A função composta de g com f é a


função real de variável real que se designa por g o f e é tal que

• Dg of = {x ∈ Df : f (x ) ∈ Dg }

• (g o f )(x ) = g (f (x )) .

As funções f e g dizem-se permutáveis se g o f = f o g .

123 Marisa Oliveira, Susana Araújo


Fig. 8. Diagrama de Venn de f e g (setas a preto) e da composição g o f (setas
as cor de laranja).

7.2.11 Extensão e restrição de função

Seja f uma função real de variável real.

• Uma extensão, ou prolongamento, de f a um conjunto C ⊂ IR tal que


Df = C é uma função real de variável real g tal que

– Dg = C

– g(x) = f(x) para cada x ∈ Df .

Note que se Df ≠ IR existem muitas extensões de f a C, pois o valor de


g(x) quando x ∉ Df pode ser um qualquer valor real.

• A restrição de f a um conjunto C ⊂ Df é a função real de variável real g


tal que

– Dg = C

– g(x) = f(x) para cada x ∈ C .

124 Marisa Oliveira, Susana Araújo


É frequente usar a notação para representar a restrição da função f ao
conjunto C.

1.3 Funções cujos os gráficos são rectas. Função afim.

Existem muitas situações que podem ser traduzidas e resolvidas por


funções lineares ou afins. Estas funções constituem uma família e a
representação gráfica de cada elemento dessa família é sempre uma
recta.

Qual o significado do número 4 nas expressões que definem as


funções?

As rectas que representam as funções intersectam o eixo dos yy no


ponto de ordenada 4.

Qualquer das funções representadas tem a designação de função afim.

Uma função afim é definida por uma expressão algébrica do tipo


y = ax + b, a, b ∈IR ou y = mx + b , m designa o declive da recta e
b a ordenada na origem.

O gráfico de uma função afim é uma recta.

1 1
y=x y = −4 x y = x y =− x
3 3

1.4 Função Módulo

O valor absoluto ou módulo de x representa-se por x e é definido


do seguinte modo:
125 Marisa Oliveira, Susana Araújo
 x se x > 0
 x se x ≥ 0  x se x > 0 
x = ou x =  ou x = 0 se x = 0
− x se x < 0 − x se x ≤ 0 − x se x < 0

A função real de variável real, f :→ y = x é chamada a função

módulo ou valor absoluto.

Outra forma de encontrar o valor absoluto de um número é elevar o


número ao quadrado e em seguida determinar a raiz quadrada.

y = x2

x = x2

Exercícios Resolvidos:

Escreva a expressão algébrica das funções representadas.

126 Marisa Oliveira, Susana Araújo


Resolução:

2
g (x ) = x − 4 + 3 ; h (x ) = − x;
3

i ( x ) = − (x + 6 ) − 2 ; j (x ) = − 2(x − 7 ) − 2 .

7.4.1 Gráfico da função f (x ) .

O que poderá acontecer ao gráfico de uma função se substituirmos


f (x ) por f (x ) ?

127 Marisa Oliveira, Susana Araújo


Nas funções y = x as imagens são sempre positivas. A parte do gráfico da

função y = x que estava “abaixo” do eixo dos xx aparece simetricamente


colocada relativamente ao eixo dos xx.

7.4.2 Gráfico de função f (x )

Quando se substitui x por x , na expressão designatória de unma

função, obtém-se uma nova função que é necessariamente uma


função par.

Seja f :→ y = x

O domínio da função f é ℜ0+ .

Seja g : x → y = x

O domínio da função g é ℜ

128 Marisa Oliveira, Susana Araújo


7.4.3 Generalização dos gráficos das funções f (x ) e f (x )

a) Valor absoluto de variável dependente

y = f (x ) y = f (x )

O gráfico da função y = f (x ) obtém-se do gráfico da função

y = f (x ) mantendo os pontos de ordenada positiva ou nula e


transformando os pontos de ordenada negativa por uma simetria
em relação ao eixo dos xx.

O gráfico de f (x ) está “acima” ou “sobre” o eixo dos xx.

f (x ) ≥ 0

b) Valor absoluto de variável independente

y = f (x ) y = f (x )

129 Marisa Oliveira, Susana Araújo


O gráfico da função y = f (x ) obtém-se do gráfico de f (x )

mantendo os pontos de abcissa positiva e transformando os


pontos de abcissa negativa de modo a que pontos de abcissas
simétricas sejam simétricas em relação ao eixo dos yy.

7.4.4 Resolução de equações com módulos

+4 =4
Note que
−4 =4

a > 0, x = a ⇔ x = a ∨ x = −a

x = 4 ⇔ x = 4 ∨ x = −4

P →4
A distância de P a Q é de 6 unidades
Q→2

Utilizando a definição de módulo, vem:

Representa a distância do ponto de abscissa x


x = x −0
ao ponto de abscissa 0 (de origem)

x−y Representa a distância do ponto de


abscissa x ao ponto de abscissa y.

Assim, a distância entre P e Q é:

− 3 − 2 = 5 2 − (− 3 ) = 5

De um modo geral, se a > 0

x − y = a ⇔ x − y = a ∨ x − y = −a

130 Marisa Oliveira, Susana Araújo


Exemplo:

Resolver a equação com módulos 2 x + 2 = 12

2 x + 2 = 12 ⇔ x + 2 = 6
⇔ x + 2 = 6 ∨ x + 2 = −6
⇔ x = 4 ∨ x = −8

Graficamente:

Considerem-se as funções y = x + 2 e y = 6 .

As soluções da
equação são as
abcissas dos pontos
de intersecção: -8 e 4
.

Exemplo:

Resolva a equação x − 3 = 2x + 3

x − 3 = 2 x + 3 ⇔ x − 3 = 2 x + 3 ∨ x − 3 = −2 x − 3
⇔ − x = 6 ∨ 3 x = 0 ⇔ x = −6 ∨ x = 0

Graficamente:

131 Marisa Oliveira, Susana Araújo


7.4.5 Inequações com módulos

x − y < a ∧ a > 0 ⇔ x − y < a ∧ x − y > −a

x − y > a ∧ a > 0 ⇔ x − y > a ∧ x − y < −a

Exemplo:

x − 3 < 2 ⇔ x − 3 < 2 ∧ x − 3 > −2


⇔ x < 5∧ x >1

A condição é uma conjunção de inequações.

S = ]1,5[

1.5 Função Quadrática

Uma função real de variável real f definida para cada x ∈ IR por

f(x) = ax2 + bx + c

com a ∈ IR \ {0} e b, c ∈ IR , designa-se função quadrática. Recorde que esta


função tem as seguintes propriedades, onde ∆ = b2 - 4ac (binómio
discriminante):

• Domínio: IR
• Zeros e Sinal:
o se ∆ < 0:

não tem zeros

se a > 0 é sempre positiva

132 Marisa Oliveira, Susana Araújo


se a < 0 é sempre negativa

o se ∆ = 0:

−b
tem um zero em z =
2a

se a > 0 é positiva em IR \{z}

se a < 0 é negativa em IR \{z}

o se ∆ > 0:

− b − b 2 − 4ac − b + b 2 − 4ac
tem dois zeros em z1 = e z2 =
2a 2a

133 Marisa Oliveira, Susana Araújo


se a> 0 é positiva em ] - , z1[ ]z2, + [ e negativa em ]z1, z2[

se a< 0 é positiva em ]z1,z2[ e negativa em ] - , z1[ ]z2, + [

• Extremos e Monotonia:
o se a < 0:

não tem mínimos

∆ b
tem um máximo absoluto de valor − em m = −
4a 2a

crescente em ] - ,m] e decrescente em [m, + [

o se a> 0:

não tem máximos

∆ b
tem um mínimo absoluto de valor − em m = −
4a 2a

crescente em [m, + [ e decrescente em ] - ,m]

• Contradomínio:
 ∆
o se a< 0:  − ∞,− 
 4a 

134 Marisa Oliveira, Susana Araújo


 ∆ 
o se a> 0: − ,+∞ 
 4a 
• A função é contínua no seu domínio
• A função é par se b=0
• A função não é injectiva e não é sobrejectiva
• Gráfico é uma parábola com:
 b ∆ 
o vértice no ponto do plano de coordenadas  − ,− 
 2a 4a 
o concavidade voltada para cima se a > 0 e voltada para baixo se a
<0

Nas figuras Fig. 1, Fig. 2 e Fig. 3 encontram-se representados os gráficos de


três funções quadráticas.

Fig. 1. Gráfico da função quadrática f(x)=x2-2x-3

Fig. 2. Gráfico da função quadrática g(x)=-x2+2x-3

135 Marisa Oliveira, Susana Araújo


Fig. 3. Gráfico da função quadrática h(x)=x2+4x+4

1.5.1 Deslocamento do gráfico da função quadrática


1.5.1.1 Deslocação horizontal

Qual a influência do parâmetro h nos gráficos das funções y = a(x − h )2 .

Podemos a partir do gráfico já conhecido y = x 2 , esboçando sucessivamente


os gráficos das funções:

y = ( x + 3)2 translação horizontal de y = x 2 , segundo o vector (-3,0);

y = ( x − 2)2 translação horizontal de y = x 2 , segundo o vector (2,0).

y = (x + 3)2 y = ( x − 2)2

y = x2

136 Marisa Oliveira, Susana Araújo


Os gráficos das funções y = a(x − h )2 são parábolas que se obtêm a partir do

gráfico de y = ax 2 através de uma translação horizontal segundo o vector de


coordenadas (h,0). O vértice é o ponto (h,0).

1.5.1.2 Deslocação vertical

Qual a influência do parâmetro c nos gráficos das funções y = ax 2 + c .

Podemos a partir do gráfico já conhecido y = x 2 , esboçando sucessivamente


os gráficos das funções:

y = x 2 + 1 translação vertical de y = x 2 , segundo o vector (0,1);

y = x 2 − 3 translação vertical de y = x 2 , segundo o vector (0,-3);

Os gráficos das funções y = ax 2 + c são parábolas com a mesma abertura de

y = ax 2 e que sofreram uma de uma translação vertical segundo o vector de


coordenadas (0,c). O vértice é o ponto (0,c).

y = x2 +1

y = x2

y = x2 − 3

137 Marisa Oliveira, Susana Araújo


Limites e Continuidade
(Resumo)
Derivada
(Resumo)

 
 

 
 

 
 

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