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Foi ela a ponte para que a família Siqueira Valle começasse a integrar a
extensa lista de funcionários do clã Bolsonaro, há cerca de 20 anos. Uma
pessoa próxima contou que os parentes nomeados nunca fizeram o
trabalho de assessoria parlamentar. De quatro em quatro anos, a única
coisa que faziam era distribuir santinhos no período de campanha pela
reeleição de Flávio e Jair Bolsonaro. De acordo com essa pessoa, ao menos
dois familiares admitiram que repassavam cerca de 90% dos salários para
os parlamentares.
Jair Bolsonaro e Ana Cristina Valle passaram a viver juntos em 1998. A
família dela morava em Juiz de Fora, em Minas Gerais, e foi levada pela
então mulher do deputado para viver em Resende. Lá, Ana Cristina
começou a recrutar, entre familiares e amigos próximos, interessados em
trabalhar para o clã Bolsonaro. A estratégia da ex-mulher do presidente,
segundo a fonte, era perguntar quem desejava “dar o CPF” para “arrumar
cargo” no gabinete do marido.
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Mais tarde, em 2006, vieram André Luiz Procópio Siqueira Valle, irmão de
Ana Cristina e músico, e André Luiz de Siqueira Hudson, primo e técnico
em informática. A transparência da Câmara dos Deputados não
disponibiliza os salários de assessores anteriores a 2012. Ao longo de todo
esse período, o escritório político de Jair Bolsonaro sempre ficou em uma
casa no bairro de Bento Ribeiro, na capital fluminense.
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Com o tempo, as nomeações dos integrantes da família de Ana Cristina
passaram a ocorrer também no gabinete de Flávio Bolsonaro, eleito
deputado estadual na Alerj a partir de 2003. Andrea e Juliana saíram do
gabinete de Jair Bolsonaro e passaram a constar como funcionárias de seu
primogênito. Com elas, vieram vários outros.
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Com a quebra do sigilo bancário e fiscal dos parentes de Ana Cristina Valle
— e de outras 86 pessoas e empresas — autorizado em 24 de abril, o MP
também passará a investigar Flávio Bolsonaro e os integrantes da família,
tanto pelas devoluções de salários como pela existência de funcionários-
fantasmas e ainda pela prática de nepotismo.
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