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Contabilidade

Governamental
Melissa Moraes

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1. NOVAS NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE APLICADAS AO SETOR PÚBLICO

Não são apenas as empresas que estão tendo de se adequar a um novo padrão contábil. O setor público
também precisa se estruturar.
Considerando a importância da disponibilização de informações contábeis transparentes e comparáveis,
compreensíveis a analistas financeiros, investidores, auditores, contabilistas e demais usuários, independentemente de
sua origem e localização, foram criadas diretrizes para promoção da HARMONIZAÇÃO das práticas contábeis vigentes
no setor público brasileiro às normas internacionais de contabilidade, tendo em vista as condições, peculiaridades e o
estágio de desenvolvimento do país.
De modo geral, tanto em nível de empresas, entidades e órgãos públicos, entidades profissionais, clientes,
instituições de ensino, há uma consonância para uma harmonização de padrões contábeis que promova a comunicação
e colabore para minimizar as diferenças internacionais nos relatórios financeiros admitindo a comparabilidade das
informações.
Segundo Niyama (2006):

“É verdade que o termo harmonização tem sido algumas vezes associado incorretamente com
"padronização" de normas contábeis. Harmonização é um processo que busca preservar as particularidades
inerentes a cada país, mas que permita reconciliar os sistemas contábeis com outros países de modo a
melhorar a troca de informações a serem interpretadas e compreendidas, enquanto padronização é um
processo de uniformização de critérios, não admitindo flexibilização”.(grifo nosso)

O conselho de gestão fiscal é um grupo da mais alta relevância para a implantação da LRF (Lei de
Responsabilidade Fiscal). É responsável pela harmonização de procedimentos e tem, entre outros, o intuito de ser um
grande fórum institucional permanente de discussão sobre questões referentes à Lei. No entanto, sua composição e
funcionamento dependem de lei, que ainda não foi publicada. Sendo assim, fica a cargo do CFC elaborar normas
específicas abordando procedimentos contábeis, ou a Secretaria do Tesouro Nacional que exerce atribuições que
seriam de competência daquele conselho.

CRONOLOGIA

 Portaria CFC n°37, de março de 2004.

Não é de hoje que o Conselho Federal de Contabilidade busca a padronização das normas direcionadas ao
setor público. Em março de 2004, o CFC editou a Portaria CFC nº 37/2004, que instituiu o Grupo de Estudos voltado
para a área pública. A finalidade era estudar e propor Normas de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público, as
chamadas NBCASP, de acordo com as Normas Internacionais de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público (NICSP),
editadas pela International Federation of Accountants (Ifac).
Integram o grupo profissionais de contabilidade vinculados à área pública, em especial, a Secretaria do Tesouro
Nacional (STN) e a Secretaria-Executiva do Ministério da Fazenda. O objetivo é fazer com que o setor seja dotado de
normas que possam fornecer a orientação contábil dentro dos princípios fundamentais de Contabilidade e, ao mesmo
tempo, avance na consolidação e integração com as Normas Internacionais.
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O resultado desse processo foi a elaboração de um documento, pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC)
intitulado “Orientações Estratégicas para a Contabilidade aplicada ao Setor Público no Brasil” com vistas à:

a) convergência aos padrões internacionais de contabilidade aplicados ao setor público;


b) implementação de procedimentos e práticas contábeis que permitam o reconhecimento, a mensuração, a
avaliação e a evidenciação dos elementos que integram o patrimônio público;
c) implantação de sistema de custos no âmbito do setor público brasileiro;
d) melhoria das informações que integram as Demonstrações Contábeis e os Relatórios necessários à
consolidação das contas nacionais;
e) possibilitar a avaliação do impacto das políticas públicas e da gestão, nas dimensões social, econômica e
fiscal, segundo aspectos relacionados à variação patrimonial.

O referido documento estabelece três grandes diretrizes estratégicas, desdobradas em macro-objetivos, que
contribuem para o desenvolvimento da Contabilidade Aplicada ao Setor Público, cujas implantações deverão ocorrer a
partir da celebração de parcerias entre o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e instituições que atuam de forma
direta ou indireta, com a Contabilidade aplicada ao Setor Público:

a) Diretriz 1 - Promover o Desenvolvimento Conceitual da Contabilidade Aplicada ao Setor Público no Brasil.


b) Diretriz 2 - Estimular a Convergência às Normas Internacionais de Contabilidade aplicadas ao Setor Público
(IPSAS).
c) Diretriz 3 - Fortalecer institucionalmente a Contabilidade Aplicada ao Setor Público.

O produto que emerge dessa construção coletiva, fruto de parcerias e debates no âmbito do Grupo Técnico de
Padronização de Procedimentos Contábeis, é o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público.

 Resolução CFC 1.111/07 - Apêndice II-Res.CFC 750/93 - Princípios Fund. Contabilidade (Alterada
pela . Resolução CFC 1.367/11)

Considerando a conveniência de um maior esclarecimento sobre o conteúdo e abrangência dos Princípios de


Contabilidade sob a perspectiva do Setor Público o CFC aprovou o Apêndice II da Resolução CFC nº. 750/93 sobre os
Princípios de Contabilidade.

 Resolução 1.103/07 (Alterada pela Resolução 1.105/07)

Considerando as ações já iniciadas para o processo de convergência com a criação do Comitê de


Pronunciamentos Contábeis (CPC) e a necessidade de estender o escopo dessa convergência às outras áreas,
notadamente auditoria, o CFC cria o Comitê Gestor da Convergência no Brasil.
O Comitê será composto pelas seguintes entidades:

a) CFC – Conselho Federal de Contabilidade;


b) IBRACON – Instituto dos Auditores Independentes do Brasil;
c) CVM – Comissão de Valores Mobiliários;

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d) BACEN – Banco Central do Brasil;
e) SUSEP – Superintendência de Seguros Privados;
f) STN – Secretaria do Tesouro Nacional;
g) BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social

O Comitê Gestor foi criado pela Resolução tem como objetivo identificar e monitorar as ações a serem
implantadas para viabilizar a convergência das Normas Contábeis e de auditoria, a partir das Normas Brasileiras de
Contabilidade editadas pelo CFC, dos Pronunciamentos de Contabilidade e Auditoria editados pelo Comitê de
Pronunciamentos Contábeis (CPC) e IBRACON, respectivamente, bem como de assuntos regulatórios no Brasil, visando
o alinhamento às Normas Internacionais de Auditoria e Asseguração emitidas pela IFAC e às melhores práticas
internacionais em matéria regulatória.

Concluída a convergência contábil societária em 2010;


Concluída a convergência de auditoria (faltando apenas às normas profissionais aplicadas a todos os
contadores).
A convergência aplicada ao setor público deverá ser concluída até 2012.
A Portaria CFC n°54/08 instituiu Grupo de Trabalho da convergência em contabilidade pública (GTCP) com
representantes da STN, Secretaria Executiva do Ministério da Fazenda, Tribunal de Contas da União e universidades
para início dos trabalhos de tradução das Normas Internacionais Aplicadas ao Setor Público.

 Portaria MF n° 184/08

Considerando a importância da disponibilização de informações contábeis transparentes e comparáveis,


compreensíveis a analistas financeiros, investidores, auditores, contabilistas e demais usuários, independentemente de
sua origem e localização, o Ministério da Fazenda publicou a Portaria MF 184/2008, que estabeleceu as diretrizes para
promoção da convergência das práticas contábeis vigentes no setor público brasileiro às normas internacionais de
contabilidade, tendo em vista as condições, peculiaridades e o estágio de desenvolvimento do país.
A referida Portaria estabelece que a Secretaria do Tesouro Nacional deverá editar normativos, manuais,
instruções de procedimentos contábeis e Plano de Contas Nacional, objetivando a elaboração e a publicação de
demonstrações contábeis consolidadas, em consonância com os pronunciamentos do IFAC e com as normas do
Conselho Federal de Contabilidade, aplicadas ao setor público.
Considerando o entendimento de que a produção dos manuais e do Plano de Contas Nacional deve ser
participativa, transparente e preservar o caráter técnico de seu conteúdo, a STN instituiu o Grupo Técnico de
Padronização de Procedimentos Contábeis, por meio da Portaria STN nº 136/2007.
As reuniões do grupo técnico têm se pautado em discussão permanente com diferentes instituições que
representam a classe contábil, a exemplo do Conselho Federal de Contabilidade - CFC, dos contadores de Estados,
Municípios e dos representantes de Tribunais de Contas, com forte integração com outras ações conduzidas em curso,
como a elaboração das Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público - NBCASP e o cronograma do
Comitê Gestor da Convergência Brasil.
Assim, o Grupo Técnico de Padronização de Procedimentos Contábeis apresentou como principal resultado
deste período de trabalho e discussão a primeira edição do Manual Técnico de Contabilidade Aplicada ao Setor

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Público. Hoje, este Manual já está na 4ª edição. Os Manuais foram instituídos por Portaria Conjunta STN/SOF num
esforço das duas secretarias para estabelecer padrões de regras contábeis e orçamentárias.
A busca da padronização contábil a partir da elaboração dos manuais visa à promoção do desenvolvimento
conceitual da Contabilidade Aplicada ao Setor Público.

 Normas Técnicas de Contabilidade 16 (NBC T 16) – Resolução CFC n° 1.128/08 a 1.137/08 e suas
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alterações, e Resolução 1.366/11

Em 2008, foram publicadas Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público (NBC T 16),
alinhadas às Normas Internacionais de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público (IPSAS), objetivando contribuir para o
reconhecimento, a mensuração e a evidenciação de atos e fatos administrativos fundamentados na Teoria da
Contabilidade, de modo que, além de cumprir os aspectos legais e formais, a Contabilidade Pública brasileira reflita a
essência das transações governamentais e seu impacto no patrimônio.

PRINCIPAIS ASPECTOS DAS NOVAS NORMAS

A contabilidade aplicada ao setor público brasileiro vem passando por grandes transformações na busca pelo
aprimoramento da gestão do patrimônio publico, implementando para isso novos procedimentos e praticas contábeis que
visam a convergência aos padrões internacionais de contabilidade e ampliar a transparência sobre as contas públicas.
As principais mudanças na contabilidade governamental:
A) Convergência as padrões internacionais de contabilidade aplicada ao setor público
B) Implementação de procedimentos e praticas contábeis que permitam o reconhecimento, a
mensuração, a avaliação e a evidenciarão dos elementos que integrão o patrimônio publico.
A Contabilidade Aplicada ao Setor Público, diferentemente da Contabilidade Empresarial e Comercial, não se
preocupava, embora a Lei trate sobre o assunto, sobre a função PATRIMONIALISTA dos seus ATIVOS e PASSIVOS,
sendo mais importante para o resultado dos entes públicos, a questão ORÇAMENTÁRIA e FINANCEIRA.
Essas mudanças, estão sendo, na verdade, um novo aprendizado para o contador da área pública, o qual terá
como foco principal o PATRIMÔNIO, objeto de estudo da contabilidade governamental, e não somente o ORÇAMENTO,
como observado anteriormente à aprovação das NBCASPs (Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor
Público). Com isso, a Lei Orçamentária Anual deixa de ser a peça principal da contabilidade aplicada ao setor público, e
juntamente com a contabilidade PATRIMONIALISTA, terá sua grande importância para a tomada de decisão e
levantamentos de balanços mais próximos da realidade dos Entes Públicos.
A ênfase passa a ser o patrimônio como objeto de estudo da contabilidade enquanto ciência. O orçamento deixa
de ser o protagonista da histórica da administração pública para se tornar um coadjuvante importante que trata do fluxo
de caixa do Governo com base em autorização legislativa para arrecadar receitas e realizar despesas.
C) Implantação de sistemas de custo no âmbito do setor público brasileiro

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Resolução CFC n° 1.328/11 - Dispõe sobre a Estrutura das Normas Brasileiras de Contabilidade. As Normas Brasileiras de
Contabilidade editadas pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC) devem seguir os mesmos padrões de elaboração e estilo
utilizados nas normas internacionais e compreendem as Normas propriamente ditas, as Interpretações Técnicas e os Comunicados
Técnicos.

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No gerenciamento dos programas constantes das ações orçamentárias a contabilidade por competência pode
demonstrar os custos totais incorridos, além dos fluxos de caixa, os custos indiretos e seu rateio, inclusive o valor do
ativos tangíveis utilizados na prestação dos serviços à população. Da mesma forma, estimativas dos recursos totais,
alem de auxiliar na alocação dos recursos orçamentários também facilita a tomada de decisões sobre quais os serviços
que devem ser prestados pela própria administração publica e quais os que devem ser fornecidos por empresas
privadas.
D) Melhoria das informações que integram as demonstrações contábeis e os relatórios necessários à
consolidação das contas nacionais.
E) Possibilitara avaliação dos impactos das políticas públicas e da gestão, nas dimensões sociais,
econômicas e fiscais, segundo os aspectos relacionados às variações patrimoniais.
A leitura atenta da Lei de Responsabilidade Fiscal já estabelece a preferência pelo regime de competência, mas
em caráter complementar determina a apuração dos fluxos financeiros pelo regime de caixa (orçamento). Tal redação
consta do inciso II do artigo 50 e representa, para nós, a materialização da importância da evidenciação do patrimônio
com objeto de estudos da contabilidade.

“Art. 50. Além de obedecer às demais normas de contabilidade pública, a escrituração das contas
públicas observará as seguintes:
...
II - a despesa e a assunção de compromisso serão registradas segundo o regime de competência,
apurando-se, em caráter complementar, o resultado dos fluxos financeiros pelo regime de caixa;” ...(Lei
Complementar n° 101/00)

Depois de muitos anos fazendo os registros contábeis como reflexos da execução orçamentária de caixa com
algumas exceções já tratadas acima, diversos países reiniciaram a preocupação com patrimônio público e
conseqüentemente estão implantando o principio contábil da competência. Deve ser notado que estas alterações estão
sendo realizadas em países que anteriormente tinham uma visão do orçamento como limitador de gastos
É preciso reconhecer que a contabilidade por caixa facilita a avaliação do impacto na atividade fiscal, a
reconciliação dos dados monetários e o controle dos recursos disponíveis. Porem, o sistema de caixa é insuficiente para
indicar de forma imediata e mesmo a médio e longo prazo as responsabilidades obrigacionais dos governos como é o
caso das responsabilidades previdenciárias, geralmente suavizadas e muito freqüentemente (ou sempre) com valores
incluídos no orçamento de cada ano bem menores do que os valores efetivamente executados. Além disso, na
contabilidade baseada em caixa, são registradas transações relativas a pagamentos sem informar de modo imediato se
o pagamento efetuado refere-se a serviços executados durante o exercício corrente ou de anos anteriores.
Em contraste com o sistema de caixa, o sistema contábil da competência procura fornecer um quadro com todos
os recebíveis e responsabilidades do governo e, em consequência, constitui uma ferramenta de auxilio na formulação de
políticas fiscais mais realísticas. Também facilita a gestão de caixa por permitir o conhecimento de todos os ativos
geradores de caixa e do universo das obrigações que pesam sobre esse mesmo caixa.

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2. PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO PÚBLICO

As ações das instituições devem ser direcionadas para a realização dos objetivos formulados pelos gestores.
Todavia, os objetivos devem se constituir resultados mensuráveis, alinhados a uma visão/missão que representem as
características singulares de determinada gestão. Um bom trabalho de planejamento das ações de governo contribui
para atender plenamente os preceitos da Lei de Responsabilidade Fiscal.
Com base nas hipóteses consideradas, nas oportunidades e ameaças identificadas, nas diretrizes acordadas e
tudo o mais que ficou estabelecido no plano estratégico, a organização passa a desenvolver seu plano operacional, cuja
peça final é o orçamento.
O Orçamento público é um instrumento de planejamento e execução das Finanças públicas. Na atualidade o
conceito está intimamente ligado à previsão das Receitas e fixação das Despesas públicas. No Brasil, sua natureza
jurídica é considerada como sendo de lei em sentido formal, apenas. Isso guarda relação com o caráter meramente
autorizativo das despesas públicas ali previstas. O orçamento contem estimativa das receitas e autorização para
realização de despesas da administração pública direta e indireta em um determinado exercício, que, no Brasil, coincide
como o ano civil.

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As atividades de planejamento e de orçamento federal, de administração financeira federal, de contabilidade
federal e de controle interno do Poder Executivo Federal são organizadas por sistemas. Assim, a Lei 10.180/2001 trata
da organização e disciplina os Sistemas de Planejamento e de Orçamento Federal, de Administração Financeira
Federal, de Contabilidade Federal e de Controle Interno do Poder Executivo Federal.

EXERCÍCIOS

1) Quanto ao conceito, campo de aplicação e objeto da Contabilidade Pública, conforme NBC T 16 (Normas Brasileiras
de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público), marque a alternativa CORRETA. (MS CONCURSOS - 2010 - CIENTEC-
RS - Contador)

a) Contabilidade Aplicada ao Setor Público é o ramo da ciência contábil que aplica, no processo gerador de
informações, os Princípios Fundamentais de Contabilidade e as normas contábeis direcionados ao controle patrimonial
de entidades do setor público.
b) O objeto da Contabilidade Aplicada ao Setor Público é o orçamento público.
c) O campo de aplicação da Contabilidade Aplicada ao Setor Público abrange todas as entidades do setor público,
exceto as entidades da Administração Indireta.
d) As entidades abrangidas pelo campo de aplicação devem observar as normas e as técnicas próprias da
Contabilidade Aplicada ao Setor Público, considerando-se o seguinte escopo: parcialmente, as entidades
governamentais, os serviços sociais e os conselhos profissionais? e integralmente, as demais entidades do setor
público, para garantir procedimentos suficientes de prestação de contas e instrumentalização do controle social.
e) O campo de aplicação é o espaço de atuação do profissional de contabilidade que demanda estudo, interpretação,
identificação, mensuração, avaliação, registro, controle e evidenciação de fenômenos contábeis decorrentes de
variações financeiras em entidades da Administração Direta e Indireta, excetuando-se somente as Sociedades de
Economia Mista.

2) Segundo a Lei n.º 10.180/2001, as atividades de planejamento e de orçamento federal, de administração financeira
federal, de contabilidade federal e de controle interno do Poder Executivo Federal serão organizadas sob a forma de
(FUNIVERSA - 2010 - CEB - Contador)

a) funções.
b) relatórios.
c) pareceres.
d) atribuições.
e) sistemas.

3) Segundo a norma brasileira de contabilidade no 16.1 e conforme Resolução CFC no 1.128/08, alterada pela Res.
CFC no 1.268/09, a citação "o ramo da ciência contábil que aplica, no processo gerador de informações, os Princípios de
Contabilidade (Res. CFC no 1.282/10) e as normas contábeis direcionados ao controle patrimonial de entidades do setor
público", a fim de "fornecer aos usuários informações sobre os resultados alcançados e os aspectos de natureza

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orçamentária, econômica, financeira e física do patrimônio da entidade e suas mutações, em apoio ao processo de
tomada de decisão; a adequada prestação de contas; e o necessário suporte para a instrumentalização do controle
social", cujo objeto é "o conjunto de direitos e bens, tangíveis ou intangíveis, onerados ou não, adquiridos, formados,
produzidos, recebidos, mantidos ou utilizados por aquelas entidades, que seja portador ou represente um fluxo de
benefícios, presente ou futuro, inerente à prestação de serviços ou à exploração econômica por entidades do setor e
suas obrigações", caracteriza a nova Contabilidade (FCC - 2012 - TRE-CE - Analista Judiciário - Contabilidade)

a) Avançada.
b) Gerencial.
c) Governamental.
d) Integral.
e) Societária.

4) Assinale a opção INCORRETA com base na Lei nº 10.180/2001. (FUNCAB - 2010 - IDAF-ES – Contador)

a) O Sistema de Contabilidade Federal visa evidenciar a situação orçamentária, financeira e patrimonial da União.
b) O Sistema de Contabilidade Federal tem por finalidade registrar os atos e fatos relacionados com a administração
orçamentária, financeira e patrimonial da União.
c) Compete às unidades responsáveis pelas atividades do Sistema de Contabilidade Federal manter e aprimorar o
Plano de Contas Único da União.
d) Subordinam-se tecnicamente à Secretaria do Tesouro Nacional todos os representantes nos conselhos fiscais, ou
órgãos equivalentes das entidades da administração indireta, controladas ou não pela União.
e) O Sistema de Administração Financeira Federal visa ao equilíbrio financeiro do Governo Federal, dentro dos limites
da receita e despesa públicas.

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3. PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS

Fruto da experiência histórica da gestão dos recursos públicos, os princípios orçamentários foram sendo
desenvolvidos pela doutrina e pela jurisprudência, admitindo às normas orçamentárias adquirirem crescente eficácia, ou
seja, que produzissem o resultado almejado, tivessem efetividade social, e fossem realmente observadas pelos
receptores da norma, em especial o agente público. Como princípios informadores do direito - e são na verdade as
idéias centrais do sistema dando-lhe significado lógico - foram sendo, gradativa e cumulativamente, agrupados ao
sistema normativo. Os princípios orçamentários, portanto, projetam efeitos sobre a criação - auxiliando o processo
legislativo -, a integração - possibilitando a vedar lacunas existentes no ordenamento - e a interpretação do direito
orçamentário, auxiliando no exercício da função jurisdicional ao permitir a aplicação da norma a situação não regulada
especificamente.
Desde seus primórdios, a instituição orçamentária foi cercada de uma série de regras com a finalidade de
aumentar-lhe a consistência no cumprimento de sua principal finalidade: auxiliar o controle parlamentar sobre os
Executivos. Essas regras ou princípios receberam grande ênfase na fase que os orçamentos possuíam grande
conotação jurídica, estando alguns literalmente na corrente legislação: basicamente na Constituição, na Lei 4.320/64, no
Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (4a. Edição) e nas Leis de Diretrizes Orçamentárias (LDOs). Os
princípios orçamentários são premissas a serem observadas na concepção da proposta orçamentária.
A lei n° 4.320/64, em seu artigo 2°, estabeleceu as disposições gerais sobre a lei de orçamento e enumerou
alguns princípios a serem obedecidos:

“Art. 2° A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a


política econômica financeira e o programa de trabalho do Govêrno, obedecidos os princípios de unidade,
universalidade e anualidade.” (sic)

PRINCÍPIO DA UNIDADE OU TOTALIDADE

Cada esfera de governo deve dispor de apenas um orçamento, baseado em uma única política orçamentária e
estruturado de maneira uniforme. Assim, existe o orçamento da União, o de cada Estado e o de cada Município.

“Previsto, de forma expressa, pelo caput do art. 2o da Lei no 4.320, de 1964, determina existência de
orçamento único para cada um dos entes federados – União, Estados, Distrito Federal e Municípios – com a
finalidade de se evitarem múltiplos orçamentos paralelos dentro da mesma pessoa política.
Dessa forma, todas as receitas previstas e despesas fixadas, em cada exercício financeiro, devem
integrar um único documento legal dentro de cada esfera federativa: a Lei Orçamentária Anual – LOA.”
(MCASP, 2011)

PRINCÍPIO DA UNIVERSALIDADE

A Lei orçamentária deve congregar todas as receitas e despesas, ou seja, nenhuma instituição pública deve
estar fora do orçamento. A Lei Orçamentária Anual de cada ente federado deverá conter todas as receitas e despesas
de todos os poderes, órgãos, entidades, fundos e fundações instituídas e mantidas pelo poder público.
Além de estar estabelecido, de forma expressa, na Lei no 4.320, a Constituição Federal, determina:
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“Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
...
§ 5º - A lei orçamentária anual compreenderá:
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da
administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a
maioria do capital social com direito a voto;
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da
administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.”

O princípio da universalidade refere-se à compreensão que devemos ter do orçamento como plano financeiro
global, pois, para que o orçamento alcance seu objetivo de controle da atividade econômica do Estado, não devem
existir despesas ou receitas estranhas a esse controle. Isto é, o orçamento deve abranger todas as receitas e os gastos
necessários para a manutenção dos serviços públicos. Ademais, esta regra de centralização das despesas e receitas
num só documento tem por intuito o orçamento equilibrado.

PRINCÍPIO DA ANUALIDADE OU PERIODICIDADE

Decorrente de vários dispositivos expressos da Constituição Federal:

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:


I - o plano plurianual;
II - as diretrizes orçamentárias;
III - os orçamentos anuais.
...
§ 5º - A lei orçamentária anual compreenderá:

Esse princípio delimita o exercício financeiro orçamentário: período de tempo ao qual a previsão das receitas e a
fixação das despesas registradas na LOA irão se referir. O princípio da anualidade estabelece, em suma, que as receitas
e as despesas, correntes e de capital, devem ser previstas com base em planos e programas com duração de um ano.

Art. 34. O exercício financeiro coincidirá com o ano civil. (Lei 4.320/64)

PRINCÍPIO DA DISCRIMINAÇÃO OU ESPECIALIZAÇÃO

A observação deste princípio permite a inibição de autorizações genéricas que deem ao Executivo descomedida
flexibilidade e arbítrio na programação da despesa.
As receitas e as despesas devem aparecer no orçamento de modo discriminado, demonstrando a origem e
aplicação dos recursos. Quanto maior a discriminação, maior será a clareza e a possibilidade de fiscalização pelos
agentes competentes.
Verifica-se esse arcabouço através dos seguintes artigos da Lei 4.320/64:

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“Art. 5º A Lei de Orçamento não consignará dotações globais destinadas a atender indiferentemente a
despesas de pessoal, material, serviços de terceiros, transferências ou quaisquer outras, ressalvado o disposto
no artigo 20 e seu parágrafo único.”
...
“Art. 15. Na Lei de Orçamento a discriminação da despesa far-se-á no mínimo por elementos.
§ 1º Entende-se por elementos o desdobramento da despesa com pessoal, material, serviços, obras e
outros meios de que se serve a administração publica para consecução dos seus fins.”
...
“Art. 20. Os investimentos serão discriminados na Lei de Orçamento segundo os projetos de obras e de
outras aplicações.
Parágrafo único. Os programas especiais de trabalho que, por sua natureza, não possam cumprir-se
subordinadamente às normas gerais de execução da despesa poderão ser custeadas por dotações globais,
classificadas entre as Despesas de Capital.”

A Constituição Federal ainda acrescenta:

“Art. 167. São vedados:


...
VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação
para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa;
VII - a concessão ou utilização de créditos ilimitados;”

PRINCÍPIO DA EXCLUSIVIDADE

A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se
abrangendo no impedimento a autorização para a abertura de créditos suplementares e contratação de operação de
crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei, conforme Constituição Federal, art. 165, § 8º:

“Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:


...
§ 8º - A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da
despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de
operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.”

PRINCÍPIO DO EQUILÍBRIO

Deve haver o equilíbrio entre receita e despesa. Trata-se de princípio clássico de Finanças Públicas. A
Constituição Federal de 1988 impôs sua aplicação no que tange às operações correntes, haja vista que o art. 167, inciso
III, da CF:
“Art. 167. São vedados:
...

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III - a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital,
ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados
pelo Poder Legislativo por maioria absoluta;”

A Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar 101/00) também faz uso desse princípio:

“Art. 12. As previsões de receita observarão as normas técnicas e legais, considerarão os efeitos das
alterações na legislação, da variação do índice de preços, do crescimento econômico ou de qualquer outro
fator relevante e serão acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos últimos três anos, da projeção
para os dois seguintes àquele a que se referirem, e da metodologia de cálculo e premissas utilizadas.
...
§ 2o O montante previsto para as receitas de operações de crédito não poderá ser superior ao das
despesas de capital constantes do projeto de lei orçamentária.”

PRINCÍPIO DO ORÇAMENTO BRUTO

Todas as receitas e despesas devem aparecer no orçamento em seus valores brutos. Tem a finalidade de
impedir a inclusão de importâncias líquidas, a fim de dar maior transparência aos gastos públicos. Previsto pelo art. 6o
da Lei no 4.320, de 1964, obriga registrarem-se receitas e despesas na LOA pelo valor total e bruto, vedadas quaisquer
deduções.

“Art. 6º Tôdas as receitas e despesas constarão da Lei de Orçamento pelos seus totais, vedadas
quaisquer deduções.”

Com essa definição, que é uma extensão do princípio da Universalidade, busca-se garantir a transparência e
exatidão dos dados orçamentários.

PRINCÍPIO DA NÃO-AFETAÇÃO (NÃO-VINCULAÇÃO) DAS RECEITAS

Estabelecido pelo inciso IV do art. 167 da CF/88, proíbe vinculação da receita de impostos a órgão, fundo ou
despesa, salvo ressalvas instituídas pela própria Constituição Federal:
“Art. 167. São vedados:
[...]
IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do
produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as
ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de
atividades da administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, §2o, 212 e 37,
XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, §8o,
bem como o disposto no §4o deste artigo; (Redação dada pela Emenda Constitucional no 42, de 19.12.2003);
[...]
§4.o É permitida a vinculação de receitas próprias geradas pelos impostos a que se referem os arts.
155 e 156, e dos recursos de que tratam os arts. 157, 158 e 159, I, a e b, e II, para a prestação de garantia ou
13
contragarantia à União e para pagamento de débitos para com esta. (Incluído pela Emenda Constitucional no
3, de 1993).”

As restrições são estabelecidas pela própria Constituição e estão associados à repartição do produto da
arrecadação dos impostos (Fundos de Participação dos Estados (FPE) e Fundos de Participação dos Municípios (FPM)
e Fundos de Desenvolvimento das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste) à destinação de recursos para as áreas de
saúde e educação, além do oferecimento de garantias às operações de crédito por antecipação de receitas.
Esse ordenamento visa garantir que o gestor possa alocar recursos para atender as despesas de acordo com as
prioridades que cada circunstância demanda.
Porém, o exagero de vinculações no Orçamento Geral da União aumentou nos últimos anos, o que levou a
União a se endividar no mercado para pagamento de despesas obrigatórias quando contava com recursos sobrando em
outros itens.
Essas vinculações, somadas a gastos em boa medida que não reduzem - pagamento de pessoal, benefícios
previdenciários, contrapartidas de empréstimos externos - impedem a capacidade do governo federal de destinar
recursos de acordo com suas prioridades sem trazer endividamento suplementar para a União.
Assim, o Poder Executivo sugeriu ao Congresso Nacional em 1994 um projeto de emenda à Constituição que
autorizava a desvinculação de 20% de todos os impostos e contribuições federais que compunha uma fonte de recursos
livre de carimbos. Foi criado o Fundo Social de Emergência, em seguida denominado Fundo de Estabilização Fiscal que
vigorou até 31 de dezembro de 1999. A partir do ano 2000 foi reformulado e passou a se chamar DRU-Desvinculação
de Receita da União tendo sua prorrogação aprovada pelo Congresso Nacional até 2007.
A DRU pretende tão somente dar uma maior flexibilidade à alocação dos recursos públicos e não constitui
elevação das receitas disponíveis para o governo federal. Além disso, não atinge as transferências constitucionais para
Estados e municípios, cuja fonte basilar de receita é o IPI e o Imposto de Renda, uma vez que a desvinculação é feita
após os cálculos das transferências.
Em votação o plenário do Senado aprovou, em segundo turno, a proposta que prorroga a chamada DRU até
dezembro de 2015. De acordo com a Emenda Constitucional n°68, de 2011, o art.76 no Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias apresenta a seguinte redação:

Art. 76. São desvinculados de órgão, fundo ou despesa, até 31 de dezembro de 2015, 20% (vinte por
cento) da arrecadação da União de impostos, contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico, já
instituídos ou que vierem a ser criados até a referida data, seus adicionais e respectivos acréscimos legais.
§ 1° O disposto no caput não reduzirá a base de cálculo das transferências a Estados, Distrito Federal
e Municípios, na forma do § 5º do art. 153, do inciso I do art. 157, dos incisos I e II do art. 158 e das alíneas a,
b e d do inciso I e do inciso II do art. 159 da Constituição Federal, nem a base de cálculo das destinações a
que se refere a alínea c do inciso I do art. 159 da Constituição Federal.
§ 2° Excetua-se da desvinculação de que trata o caput a arrecadação da contribuição social do salário-
educação a que se refere o § 5º do art. 212 da Constituição Federal.
§ 3° Para efeito do cálculo dos recursos para manutenção e desenvolvimento do ensino de que trata o
art. 212 da Constituição Federal, o percentual referido no caput será nulo.

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PRINCÍPIO DA UNIDADE DE TESOURARIA OU UNIDADE DE CAIXA

Princípio pelo qual é disciplinada a realização da receita e da despesa da União, através do SIAFI, significando
que o Governo Federal mantém, em seu agente financeiro, para o conjunto de gestores, uma posição financeira global,
cabendo ao SIAFI o controle individualizado da posição de cada unidade.

Art. 56. O recolhimento de tôdas as receitas far-se-á em estrita observância ao princípio de unidade de
tesouraria, vedada qualquer fragmentação para criação de caixas especiais.(Lei 4.320/64)

PRINCÍPIO DA TRANSPARÊNCIA

O princípio da transparência sugere que o orçamento estabeleça as entradas e as despesas com clareza e
fidelidade. Condena as classificações tortuosas e distanciadas da metodologia e os incentivos encobertos ou
camuflados.
Aplica-se ao orçamento público, pelas disposições contidas nos arts. 48, 48-A e 49 da Lei de Responsabilidade
Fiscal – LRF (LC 101/00).

“Art. 48. São instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais será dada ampla divulgação,
inclusive em meios eletrônicos de acesso público: os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias; as
prestações de contas e o respectivo parecer prévio; o Relatório Resumido da Execução Orçamentária e o
Relatório de Gestão Fiscal; e as versões simplificadas desses documentos.
Parágrafo único. A transparência será assegurada também mediante:
I – incentivo à participação popular e realização de audiências públicas, durante os processos de
elaboração e discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos;
II – liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de informações
pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira, em meios eletrônicos de acesso público;
III – adoção de sistema integrado de administração financeira e controle, que atenda a padrão mínimo
de qualidade estabelecido pelo Poder Executivo da União e ao disposto no art. 48-A.
Art. 48-A. Para os fins a que se refere o inciso II do parágrafo único do art. 48, os entes da Federação
disponibilizarão a qualquer pessoa física ou jurídica o acesso a informações referentes a:
I – quanto à despesa: todos os atos praticados pelas unidades gestoras no decorrer da execução da
despesa, no momento de sua realização, com a disponibilização mínima dos dados referentes ao número do
correspondente processo, ao bem fornecido ou ao serviço prestado, à pessoa física ou jurídica beneficiária do
pagamento e, quando for o caso, ao procedimento licitatório realizado
II – quanto à receita: o lançamento e o recebimento de toda a receita das unidades gestoras, inclusive
referente a recursos extraordinários.
Art. 49. As contas apresentadas pelo Chefe do Poder Executivo ficarão disponíveis, durante todo o
exercício, no respectivo Poder Legislativo e no órgão técnico responsável pela sua elaboração, para consulta e
apreciação pelos cidadãos e instituições da sociedade.
Parágrafo único. A prestação de contas da União conterá demonstrativos do Tesouro Nacional e das
agências financeiras oficiais de fomento, incluído o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social,
especificando os empréstimos e financiamentos concedidos com recursos oriundos dos orçamentos fiscal e da
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seguridade social e, no caso das agências financeiras, avaliação circunstanciada do impacto fiscal de suas
atividades no exercício.”

Em síntese, para compor a lei orçamentária deverão ser observados os princípios anteriormente explanados,
enquanto para execução da Lei Orçamentária e dos créditos adicionais deverão ser satisfeitos os princípios
constitucionais da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência da administração pública (art. 37.
CF/88).

EXERCÍCIOS

1) Relacione os itens a seguir. Posteriormente, assinale qual a alternativa corre

( ) As receitas de impostos não devem ser vinculadas a órgãos , fundos


1) Exclusividade
ou despesas.
( ) 0 total de despesas fixadas não deve ser superior ao total de receitas
2) Universalidade
previstas.
3) Orçamento Bruto ( ) Todas as receitas e despesas devem ser incluídas no orçamento.
( ) Também denominado de periodicidade, dispõe que as previsões da
4) Não-afetação de Receitas
receita e da despesa devem se referir a um período limitado de tempo.
( ) Todas as receitas e despesas constarão da lei orçamentária anual
5) Anualidade pelos seus totais, vedadas quaisquer deduções.

( ) A Lei Orçamentária somente poderá conter matérias orçamentárias.


6) Equilíbrio Não poderá conter dispositivo estranho à previsão de receitas e fixação
de despesas.
( ) Dispõe que o orçamento não consignará dotações globais para
7) Especificação
atender às despesas.
( ) O orçamento deve se constituir em uma única peça, abrangendo as
8) Unidade
receitas e despesas do exercício.

a) 1,2,3,4, 5, 6, 7, 8.
b) 3, 1, 2, 5, 4, 7, 8, 6.
c) 4, 6, 2, 5, 3, 1, 7, 8.
d) 4, 6, 2, 3, 5, 7, 1,8.
e) 4, 6, 2, 5, 3, 1, 8, 7.

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2) As previsões de receitas e fixação das despesas sempre se referem a um período limitado de tempo. Esse enunciado
é definido pelo princípio da

a) universalidade.
b) anualidade.
c) especificação.
d) exclusividade.
e) n.d.a.

3) O princípio do equilíbrio é aquele em que

a) todas as receitas e despesas devem estar previstas no Orçamento.


b) todas as receitas e despesas devem ser detalhadas para que as pessoas possam entender o Orçamento.
c) todas as receitas e despesas sejam previstas para um determinado período de tempo e que esse período seja igual
ao ano civil.
d) o montante da despesa fixada não pode ultrapassar ao montante da receita prevista.
e) n.d.a.

4) O princípio da exclusividade estabelecido pela Constituição Federal/88 prevê que o orçamento somente deva tratar
de matéria orçamentária. Uma das exceções é a(o)

a) autorização para abertura de créditos especiais.


b) autorização para contratação de operações de crédito por antecipação da receita orçamentária.
c) aprovação das alterações na legislação tributária.
d) estabelecimento da política das despesas com pessoal.

5) Aponte a opção que apresenta o princípio orçamentário que estaria sendo desobedecia caso uma determinada lei de
orçamento contivesse dispositivo não relacionado à matéria orçamentária.

a) Equilíbrio.
b) Especificação.
c) Exclusividade.
d) Universalidade.

6) O princípio orçamentário da exclusividade significa que

a) somente certos tributos podem ser instituídos pela lei orçamentária.


b) unicamente a lei pode autorizar a realização de gastos por parte do Poder Público.
c) exclusivamente contribuições podem ser criadas pela lei orçamentária.
d) somente matéria de natureza financeira pode estar contida na lei orçamentária.
e) somente é permitido que receitas patrimoniais estejam fora do orçamento.

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7) Qual das opções abaixo não representa um dos princípios jurídicos dos orçamentos públicos?

a) Unidade.
b) Anualidade.
c) Universalidade.
d) Anterioridade.
e) Exclusividade.

8) Embora existam excelentes sistemas orçamentários que não os adotem, os princípios orçamentários tradicionalmente
contidos nas boas obras de doutrina acerca da matéria são orientações preciosas a serem seguidas na administração
orçamentária pública. A respeito da utilização desses princípios no Brasil, julgue os itens que se seguem.

a) Consoante o princípio da anualidade, as previsões de receita e despesa devem referir-se sempre a um período
limitado de tempo. O período de vigência do orçamento chama-se exercício financeiro e, de acordo com a lei n°
o
4.320/64, coincide com o ano civil: 1 de janeiro a 31 de dezembro.
b) Segundo o princípio do orçamento bruto, todas as parcelas da receita e da despesa devem aparecer no orçamento em
seus valores brutos, sem qualquer tipo de dedução.
c) O orçamento deve conter apenas matéria orçamentária e não deverá cuidar de assuntos estranhos, conforme previsto
na Constituição Federal, exceção feita à autorização para a abertura de créditos suplementares e a contratação de
operações de crédito. Tal preceito caracteriza o principio da não-afetação.
d) A Lei n° 4.320/64 dispõe que, na lei de orçamento, a discriminação da despesa será feita, no mínimo, por elementos.
Tal preceito vem corroborar a prática do princípio do equilíbrio. :

9) (Subprocurador/TCE-SE/FCC/2002) – Dentre os vários princípios orçamentários, que devem ser observados pela
Administração Pública, destaca-se o princípio

a) da anterioridade, segundo o qual as previsões de receita e despesa devem se referir a um período limitado de tempo,
ou seja, período de um ano, denominado exercício fiscal, o qual não coincide com o ano civil.
b) orçamentário da não afetação, segundo o qual o orçamento deve conter apenas matéria orçamentária e não deverá
cuidar de assuntos estranhos ao orçamento.
c) da universalidade, consagrado na Constituição Federal, que impede a criação de créditos adicionais suplementares,
especiais e extraordinários.
d) da anualidade, segundo o qual as previsões de receitas e despesas devem se referir a um período limitado de tempo,
ou seja, período de um ano, denominado exercício financeiro, o qual coincide com o ano civil.
e) da unidade, segundo o qual a elaboração do orçamento anual dispensa a elaboração do plano plurianual e da lei de
diretrizes orçamentárias.

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10) (TRT 22ª Região - Anal.Jud-Contabilidade 2004 FCC) A elaboração e a autorização do orçamento público, a ser
executado em período determinado de tempo, obedece ao princípio orçamentário

a) da Não-Afetação.
b) da Exclusividade.
c) da Anualidade.
d) do Equilíbrio.
e) da Publicidade.

11) (TRT 22ª Região - Anal.Jud-Contabilidade 2004 FCC) A identificação de cada receita e despesa pública, de forma
que não figurem globalizadas no orçamento, obedece ao princípio orçamentário da

a) Especialização.
b) Unidade.
c) Universalidade.
d) Anualidade.
e) Exclusividade.

12) (TRT 6ª Região - Anal.Jud-Contabilidade 2006 FCC) A Constituição Federal de 1988 dispõe, em seu art. 167, inciso
IV, que é proibida a vinculação de impostos à órgão, fundo ou despesa, ressalvadas as exceções contidas nesse mesmo
dispositivo legal. Essa proibição decorre do princípio orçamentário da

a) exclusividade.
b) universalidade.
c) unidade.
d) não-afetação.
e) especificação.

13) (TRE/AM - Anal.Jud-Contabilidade 2003 FCC) “Todas as receitas e despesas constarão da Lei do Orçamento pelos
seus totais, vedadas quaisquer deduções”, constitui enunciado do princípio orçamentário

a) da unidade.
b) da universalidade.
c) da não-afetação da receita.
d) do orçamento bruto.
e) da exclusividade.

19
14) (MPU Téc.Apoio-Orçamento 2007/FCC) A Lei nº 4.320/64, em seu art. 6º, dispõe que todas as receitas e despesas
constarão da lei orçamentária anual pelos seus totais, sem quaisquer deduções. Esse dispositivo legal consagra que o
orçamento no Brasil atende ao princípio

a) da publicidade.
b) da exclusividade.
c) da unidade do caixa.
d) do orçamento bruto.
e) do equilíbrio.

15) (MPU Téc.Apoio-Orçamento 2007/FCC) O princípio orçamentário que determina que as despesas e receitas devam
aparecer de forma detalhada no orçamento, para que se possa conhecer, pormenorizadamente, as origens e aplicações
dos recursos levantados junto à sociedade é o princípio

a) do equilíbrio.
b) da clareza.
c) da discriminação.
d) da não-afetação.
e) da unidade orçamentária.

16) (MPU Téc. Controle Interno 2007/FCC) O princípio orçamentário que veda que a receita de impostos esteja
vinculada a órgão, fundo, ou despesa, ressalvadas as exceções admitidas pela Constituição Federal, é o princípio

A) da clareza.
B) da discriminação.
C) do equilíbrio.
D) da unidade orçamentária.
E) da não-afetação.

17) (TRT 23ª Região - Anal.Jud-Contabilidade 2007 FCC) Considere as afirmações abaixo.

I. Todas as receitas e as despesas constarão na Lei Orçamentária pelos seus totais, vedadas quaisquer deduções.
II. A Lei Orçamentária não conterá qualquer dispositivo estranho à estimativa da receita e à fixação da despesa, exceto
as ressalvas previstas na Constituição.
III. A Lei Orçamentária não consignará dotações globais destinadas a atender indiferentemente despesas de pessoal,
material, serviços de terceiros, transferências ou quaisquer outras.
IV. A Lei Orçamentária não poderá vincular a receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, exceto as ressalvas
previstas na Constituição.
V. A Lei Orçamentária compreenderá todas as receitas, inclusive das operações de crédito e todas as despesas próprias
dos órgãos do Governo.

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O princípio orçamentário da exclusividade está descrito APENAS em

(A) I.
(B) II.
(C) III.
(D) IV.
(E) V.

18) (TRT 23 Região - Anal.Jud-Administrativa 2007 FCC) No que se refere ao orçamento público, considere:

I. A discriminação das receitas e das despesas deve ser feita por unidade administrativa, de tal forma que se possa
saber quanto poderá render ou despender cada unidade considerada.
II. A recomendação de que todas as receitas e todas as despesas devem ser incluídas no orçamento, com a eliminação
de qualquer vinculação entre umas e outras

Tais situações dizem respeito, respectivamente, aos princípios da

(A) especialização e da universalidade.


(B) unidade e da não-afetação.
(C) anterioridade e da exclusividade.
(D) não-afetação e da especificação.
(E) universalidade e da finalidade.

19) (TRT 20ª Região – Anal. Jud. – Contabilidade 2006 FCC) Em relação ao princípio orçamentário da universalidade, é
correto afirmar que

a) em regra, não se inclui na lei de orçamento, normas estranhas à previsão de receita e à fixação de despesa.
b) cada orçamento deve se ajustar a um método único não querendo dizer que deva compreender todas as receitas e
despesas numa única peça.
c) O orçamento inclui todas as receitas e despesas, quer da Administração direta, quer da Administração indireta.
d) O orçamento deve ser expresso de forma clara, ordenada e completa, e manter o equilíbrio, do ponto de vista
financeiro, entre os valores de receita.
e) O orçamento inclui somente as receitas e despesas da Administração direta.

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4. PROCESSO ORÇAMENTÁRIO

O processo orçamentário envolve as fases de elaboração e execução das leis orçamentárias – PPA, LDO e
LOA. Cada uma dessas leis tem métodos próprios de elaboração, aprovação e implementação pelos Poderes Legislativo
e Executivo.
O ciclo orçamentário, também conhecido como processo orçamentário, pode ser denominado como um processo
de caráter continuado e simultâneo, através do qual se Elabora, Aprova, Executa, Controla e Avalia o plano de gastos
do setor público nos aspectos físico e financeiro. Logo, o ciclo orçamentário tem relação com o período de tempo em que
se realizam as atividades típicas do orçamento público, desde sua concepção até a apreciação final.
É fácil, assim, perceber como o ciclo orçamentário se distingui do exercício financeiro, este bem mais restrito;
de duração rigorosamente estabelecida; e representado por etapas consecutivas e não superpostas. O ciclo
orçamentário abrange um período muito maior que o exercício financeiro, uma vez que compreende todas as fases do
processo orçamentário: elaboração da proposta, discussão e aprovação, execução e acompanhamento e, por fim,
controle e avaliação do orçamento.
O exercício financeiro é o espaço de tempo compreendido entre primeiro de janeiro e trinta e um de dezembro
de cada ano, no qual se impulsiona a execução orçamentária e demais fatos referentes às variações qualitativas e
quantitativas que afetam os elementos patrimoniais dos órgãos/entidades do setor público.

PPA (PLANO PLURIANUAL)

O Plano Plurianual – PPA – é o instrumento que aponta, de forma pormenorizada, a programação do governo,
comprometida com a produção de resultados e realizar corretamente o equilíbrio fiscal. Na qualidade de instrumento
definido pela Constituição Federal de 1988, art. 165, o PPA sintetiza o esforço da administração em planejar sua
atuação:
O PPA é doutrinariamente conhecido como o planejamento estratégico de médio prazo da administração pública
brasileira. (Manual Técnico do Orçamento – MTO – 2012)

“Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:

I - o plano plurianual;
...
§ 1º - A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos
e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as
relativas aos programas de duração continuada.” (CF/88)

Diretrizes: é um conjunto de instruções ou indicações para se tratar e levar a termo um plano, uma ação, um
negócio. Exemplos: Universalização dos serviços de saneamento básico; Redução das desigualdades sociais; etc.
Objetivos: são alvos que se pretende atingir, mediante a execução de uma ou mais ações. Exemplos:
Duplicação do número de passageiros transportados pelo sistema metroviário, até o final da década; Redução de 70%
dos casos de dengue nos próximos três anos; etc.

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Metas: Pode ser sinônimo de objetivo, porém, no processo de planejamento a meta é geralmente definida como
a quantificação daquilo que se pretende realizar. Exemplos: Duplicação de 150 km de rodovias; Construção de 300 salas
de aula; Fornecimento de livros didáticos para 250 mil alunos do ensino fundamental, etc.
Despesas de capital: são os gastos com investimentos do governo, como por exemplo, as obras em geral e a
aquisição de equipamentos para a saúde e qualquer outra finalidade.
Despesas decorrentes das despesas de capital: são as despesas destinadas a manter e conservar os
investimentos. Por exemplo: a construção de um hospital dá origem às despesas com a sua manutenção e
funcionamento.
Programas de duração continuada: são as despesas que não se interrompem no tempo, como é o caso das
despesas com Ensino Fundamental, coleta de lixo, etc.

A lei do plano plurianual é uma lei ordinária, da mesma forma que as leis de diretrizes orçamentárias e a lei
orçamentária anual.
A Lei de Responsabilidade Fiscal e a Constituição Federal , estabelecem a harmonização da Lei do Orçamento
– LOA com o PPA e a Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO, evidenciando a importância da ação planejada e
transparente como conjetura de uma gestão fiscal responsável. Assim sendo, o PPA, apoiado na legislação vigente,
busca evidenciar a necessidade do planejamento como base de uma gestão orientada para resultados, e deve ser a
primeira lei a ser aprovada, dentro do processo de planejamento orçamentário.

“Art. 35.
...
§ 2º - Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º, I e II, serão
obedecidas as seguintes normas:
I - o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do mandato
presidencial subseqüente, será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do primeiro
exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa;” (ADCT, CF/88)

Cabe à lei complementar dispor sobre a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do PPA. Essa lei
complementar ainda não foi promulgada, portanto ainda estão em vigor os preceitos determinados no art. 35, § 2º, I do
Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, reproduzido no parágrafo anterior.
Após aprovação, sanção e publicação, esse instrumento passa a vigorar no segundo ano do mandato do chefe
do Poder Executivo e termina no primeiro ano do mandatário subsequente. Portanto, apesar de sua duração ser de
quatro anos, sua vigência não corresponde ao do mandato presidencial.

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O PPA não é imutável no seu período de vigência. Lei específica, com a mesma tramitação descrita supra,
poderá alterá-lo, conforme já ocorrido.

“Art. 167. São vedados:


...
§ 1º - Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem
prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de
responsabilidade.”(CF/88)

LDO (LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS)

A lei de diretrizes orçamentárias (LDO) orienta a elaboração e execução do orçamento anual e trata de vários
outros temas, como alterações tributárias, gastos com pessoal, política fiscal e transferências da União.

“Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:


...
I - as diretrizes orçamentárias;
...
§ 2º - A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública
federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente, orientará a elaboração da lei
orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação
das agências financeiras oficiais de fomento” (CF/88)

Instituída pela CF, a LDO é o instrumento norteador da elaboração da LOA na medida em que dispõe, para cada
exercício financeiro sobre: (Manual Técnico do Orçamento – MTO – 2012)

• as prioridades e metas da Administração Pública Federal;


• a estrutura e organização dos orçamentos;
• as diretrizes para elaboração e execução dos orçamentos da União e suas alterações;
• a dívida pública federal;
• as despesas da União com pessoal e encargos sociais;
• a política de aplicação dos recursos das agências financeiras oficiais de fomento;
• as alterações na legislação tributária da União; e
• a fiscalização pelo Poder Legislativo sobre as obras e os serviços com indícios de irregularidades graves.

A LDO estabelece , dentre os programas incluídos no PPA, quais os que terão prioridade na programação e
execução do orçamento, além de disciplinar a elaboração deste.
A LRF atribuiu à LDO a responsabilidade de tratar de outras matérias, tais como: (Manual Técnico do Orçamento
– MTO – 2012)

• estabelecimento de metas fiscais;


• fixação de critérios para limitação de empenho e movimentação financeira;
24
• publicação da avaliação financeira e atuarial dos regimes geral de previdência social e próprio dos
servidores civis e militares;
• avaliação financeira do Fundo de Amparo ao Trabalhador e projeções de longo prazo dos benefícios da
LOAS;
• margem de expansão das despesas obrigatórias de natureza continuada; e
• avaliação dos riscos fiscais.

“Art. 4o A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2o do art. 165 da Constituição e:


I - disporá também sobre:
a) equilíbrio entre receitas e despesas;
b) critérios e forma de limitação de empenho, a ser efetivada nas hipóteses previstas na alínea b do
inciso II deste artigo, no art. 9o e no inciso II do § 1o do art. 31;
c) (VETADO)
d) (VETADO)
e) normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados com
recursos dos orçamentos;
f) demais condições e exigências para transferências de recursos a entidades públicas e privadas;
II - (VETADO)
III - (VETADO)
§ 1o Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias Anexo de Metas Fiscais, em que serão
estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados
nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes.
§ 2o O Anexo conterá, ainda:
I - avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior;
II - demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia de cálculo que justifiquem
os resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas nos três exercícios anteriores, e evidenciando a
consistência delas com as premissas e os objetivos da política econômica nacional;
III - evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios, destacando a origem e a
aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos;
IV - avaliação da situação financeira e atuarial:
a) dos regimes geral de previdência social e próprio dos servidores públicos e do Fundo de Amparo ao
Trabalhador;
b) dos demais fundos públicos e programas estatais de natureza atuarial;
V - demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da margem de expansão das
despesas obrigatórias de caráter continuado.
§ 3o A lei de diretrizes orçamentárias conterá Anexo de Riscos Fiscais, onde serão avaliados os
passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, informando as providências a
serem tomadas, caso se concretizem.
§ 4o A mensagem que encaminhar o projeto da União apresentará, em anexo específico, os objetivos
das políticas monetária, creditícia e cambial, bem como os parâmetros e as projeções para seus principais
agregados e variáveis, e ainda as metas de inflação, para o exercício subsequente.” (LC 101/2000)

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O Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) deve ser enviado pelo Poder Executivo ao Congresso
Nacional até o dia 15 de abril de cada ano.

“Art. 35.
...
§ 2º - Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º, I e II, serão
obedecidas as seguintes normas:
...
II - o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até oito meses e meio antes do
encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento do primeiro período da
sessão legislativa;” (ADCT, CF/88)

“Art. 57. O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17 de


julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro
...
§ 2º - A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do projeto de lei de diretrizes
orçamentárias.” (CF/88)

A LDO é o instrumento defendido pela Constituição, para fazer o elo entre o PPA (planejamento estratégico) e as
leis orçamentárias anuais.

”Art. 166.
...
§ 4º - As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser aprovadas quando
incompatíveis com o plano plurianual” (CF/88)

LOA (LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL OU LEI DO ORÇAMENTO)

“Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:


...
I - as diretrizes orçamentárias;
...
III - os orçamentos anuais.” (CF/88)

A lei orçamentária anual (LOA) estima as receitas que o governo espera arrecadar durante o ano e fixa os gastos
a serem realizados com tais recursos, de forma a evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do
governo. É também conhecida como Lei de Meios, porque possibilita os meios para o desenvolvimento das ações
relativas aos diversos órgãos e entidades que integram a administração pública.

“Art. 2° A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a


política econômica financeira e o programa de trabalho do Govêrno, obedecidos os princípios de unidade
universalidade e anualidade.” (Lei 4.320/64)

26
Na LOA,as esferas de governo tem por finalidade identificar se a despesa pertence ao Orçamento Fiscal (F), da
Seguridade Social (S) ou de Investimento das Empresas Estatais (I), conforme disposto no § 5o do art. 165 da CF.

“§ 5º - A lei orçamentária anual compreenderá:


I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da
administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a
maioria do capital social com direito a voto;
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da
administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.”

O § 2o do art. 195 da CF estabelece que a proposta de Orçamento da Seguridade Social será elaborada de
forma integrada pelos órgãos responsáveis pela saúde, previdência social e assistência social, tendo em vista as metas
e prioridades estabelecidas na LDO, assegurada a cada área a gestão de seus recursos.
A LOA deve ser compatível com o PPA (porque foi a definição do planejamento) e com a LDO (porque são as
diretrizes e orientações para elaboração da LOA).

Art. 5o O projeto de lei orçamentária anual, elaborado de forma compatível com o plano plurianual, com
a lei de diretrizes orçamentárias e com as normas desta Lei Complementar:
I - conterá, em anexo, demonstrativo da compatibilidade da programação dos orçamentos com os
objetivos e metas constantes do documento de que trata o § 1o do art. 4o; (Anexo de Metas Fiscais)
II - será acompanhado do documento a que se refere o § 6o do art. 165 da Constituição ( O projeto de

lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas,
decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e
creditícia)., bem como das medidas de compensação a renúncias de receita e ao aumento de despesas
obrigatórias de caráter continuado;
III - conterá reserva de contingência, cuja forma de utilização e montante, definido com base na receita
corrente líquida, serão estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, destinada ao:
a) (VETADO)
b) atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos.(LC 101/00)

Com base na LDO aprovada pelo Legislativo, é elaborada a proposta orçamentária para o ano seguinte. Por
determinação constitucional, o governo é obrigado a encaminhar o Projeto de Lei do Orçamento ao Congresso Nacional
até o dia 31 de agosto de cada ano.

“Art. 35.
...
§ 2º - Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º, I e II, serão
obedecidas as seguintes normas:
...
III - o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro meses antes do encerramento
do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa.” (ADCT,CF/88)
27
O governo define no Projeto de Lei Orçamentária Anual, as prioridades contidas no PPA e as metas que deverão
ser atingidas naquele ano. A Lei Orçamentária disciplina todas as ações do governo federal. Nenhuma despesa pública
pode ser executada fora do Orçamento.

“Art. 167. São vedados:


I - o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual;” (CF/*88)

“Art. 166
...
§ 3º - As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente
podem ser aprovadas caso:
I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;” (CF/88)

EXERCÍCIOS

1) (TRE/PE - ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA 2004/FCC) O instrumento que contém a previsão de


receita e a fixação da despesa para um determinado exercício, elaborado em consonância com a LDO – Lei de
Diretrizes Orçamentárias, é denominado

a) leverage financeiro.
b) cash-flow.
c) orçamento público.
d) contabilidade pública.
e) programa de governo.

2) (TRF 4ª Região - Anal.Jud-Contadoria 2004 FCC) A lei orçamentária anual, segundo a Constituição, é de iniciativa

a) do Congresso Nacional.
b) do Senado Federal.
c) do Presidente da República.
d) da Câmara Federal.
e) do Ministro da Fazenda.
3) (TRF 4ª Região - Anal.Jud-Contadoria 2004 FCC) Estabelece as diretrizes e objetivos da Administração Pública

a) a Constituição Federal.
b) o plano plurianual.
c) os planos e programas gerais, setoriais e regionais.
d) a lei de diretrizes orçamentárias.
e) a lei orçamentária anual.

28
4) (TRT 24ª Região – Anal. Jud. – Contabilidade 2006 FCC) O orçamento da seguridade social deve abranger, sem
exceção, as seguintes funções:

a) assistência social, saúde e saneamento.


b) assistência social, saúde e previdência social.
c) saúde, saneamento e trabalho.
d) saúde, educação e saneamento.
e) assistência social, educação e previdência social.

5) (Ag. Fisc. Financeira – Adm. Geral TCE/SP 2005/FCC) Quando a lei orçamentária estabelecer, de forma
regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras
delas decorrentes e para as despesas relativas aos programas de duração continuada, estará instituindo a espécie de
orçamento denominado.

a) orçamento anual.
b) planos regionais.
c) planos setoriais.
d) plano plurianual.
e) lei de diretrizes orçamentárias.

6) (TRF 4ª Região-Analista Judiciário/Contadoria 2000/2001 FCC) Estabelece as metas e as prioridades orçamentárias


da Administração Pública Federal:

a) o plano plurianual;
b) o orçamento anual;
c) as diretrizes orçamentárias;
d) a lei complementar sobre finanças públicas;
e) a lei complementar que estabelece normas de gestão financeira e patrimonial

7) (TRE/SP Analista Judiciário/Contabilidade 2006 FCC) O número de anos subseqüentes à sua elaboração para o qual
deverão estar previstos investimentos no Plano Plurianual é de

a) 4
b) 5
c) 6
d) 7
e) 8

8) (TRT 6ª Região - Anal.Jud-Contabilidade 2006 FCC) De acordo com o artigo 165, a Lei de Diretrizes Orçamentárias
(LDO) compreenderá

29
(A) o orçamento fiscal referente aos poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e
indireta.
(B) o orçamento de investimento das empresas nas quais a União tenha a maioria do capital social.
(C) as despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente.
(D) as metas e prioridades da administração federal da União, dos Estados e dos Municípios.
(E) o orçamento da seguridade social, abrangendo todos os órgãos e entidades a ela vinculados.

9) (Analista Administrativo TRE/PB 2007 FCC) Nos termos da Constituição Federal, compõe a lei de diretrizes
orçamentárias:

(A) metas e prioridades para os 4 (quatro) anos do mandato e orientações para elaboração do orçamento anual.
(B) orçamento fiscal; orçamento de investimento das estatais; orçamento da seguridade social.
(C) metas e prioridades para o exercício subseqüente; alterações na legislação tributária;
política de aplicação das agências oficiais de fomento.
(D) programas de duração continuada; diretrizes e objetivos para as despesas de capital; critérios para limitação de
empenho.
(E) todos os investimentos cuja execução ultrapasse um exercício financeiro.

10) (MPU Analista de Orçamento 2007/FCC) A vigência do Plano Plurianual de Investimentos é de ...I... anos, iniciando-
se no ...II... exercício financeiro do mandato do Chefe do Poder Executivo e terminando no ...III... exercício financeiro do
mandato subseqüente.
Preenchem respectiva e corretamente as lacunas I, II e III:

a) três, primeiro, segundo


b) quatro, primeiro, segundo;
c) quatro, segundo, primeiro
d) cinco, primeiro, segundo
e) cinco, segundo, primeiro

11) (MPU Analista de Orçamento 2007/FCC) A política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento é
estabelecida na Lei

a) orçamentária anual (LOA).


b) de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar nº 100/2000).
c) de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
d) específica aprovada pela maioria absoluta do Congresso Nacional.
e) que aprovar o Plano Plurianual de Investimentos.

12) (TRF 2ª Região - Téc.Jud-Contabilidade 2007 FCC) A lei que regula os projetos governamentais, com existência
temporal superior a um exercício financeiro, denomina-se

(A) Lei Orçamentária.

30
(B) Plano Plurianual.
(C) Lei de Diretrizes Orçamentárias.
(D) Lei de Diretrizes e Bases.
(E) Plano Diretor.

13) (TRF 2ª Região - Téc.Jud-Contabilidade 2007 FCC) A Lei Orçamentária anual se divide em

(A) 3 orçamentos: Receita, Despesa e Investimentos.


(B) 5 orçamentos: Receita, Despesa, Fiscal, Seguridade Social e Investimentos.
(C) 2 orçamentos: Fiscal e Seguridade Social.
(D) 2 orçamentos: Receita e Despesa.
(E) 3 orçamentos: Fiscal, Seguridade Social e Investimentos.

14) (TRT 23ª Região - Anal.Jud-Contabilidade 2007 FCC) A Lei das Diretrizes Orçamentárias contém

(A) o orçamento de investimento das empresas em que o Estado, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital
social com direito a voto.
(B) o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta
ou indireta.
(C) o demonstrativo regionalizado do efeito decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de
natureza financeira, tributária e creditícia.
(D) as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente e a política de aplicação das agências financeiras
oficiais de fomento.
(E) o relatório resumido da execução orçamentária dos dois últimos exercícios anteriores ao corrente.

15) (Analista Administrativo TRF 1ª REGIÃO 2006 FCC) Considere as seguintes afirmativas:

I. A Lei Orçamentária Anual compreenderá o orçamento fiscal, o orçamento de investimento das empresas em que o
Estado, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto e o orçamento da seguridade
social.
II. A Lei de Diretrizes Orçamentárias tem a finalidade de nortear a elaboração dos orçamentos anuais de forma adequá-
los às diretrizes, objetivos e metas da administração pública, estabelecidos no plano plurianual.
III. O Plano Plurianual é um plano de médio prazo, por meio do qual procura-se ordenar as ações do governo que levem
à realização dos objetivos e metas fixadas para um período de dez anos.
IV. A lei dos orçamentos anuais é o instrumento utilizado para a consequente materialização do conjunto de ações e
objetivos que foram planejados visando ao atendimento e bem-estar da coletividade.
V. A Lei de Diretrizes Orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública.

Sobre o Orçamento Público no Brasil está correto o que se afirma SOMENTE em

(A) I, II, IV e V.
(B) II e IV.

31
(C) IV e V.
(D) I, II e V.
(E) I, III e V.

16) (Analista Jud.: Contabilidade TRE/MS 2007 FCC) NÃO corresponde ao planejamento orçamentário:

(A) a Lei Orçamentária Anual não consignar dotação para investimento com duração superior a um exercício financeiro
que não esteja previsto no plano plurianual.
(B) a Lei das Diretrizes Orçamentárias direcionar a elaboração dos orçamentos anuais, de acordo com as metas,
objetivos da Administração Pública estabelecidos no Plano Plurianual.
(C) a Lei de Diretrizes Orçamentárias conter o Anexo de Riscos Fiscais, onde serão avaliados os passivos contingentes
e outros riscos capazes de afetar as contas públicas.
(D) o Plano Plurianual estabelecer ações do Governo para atingir objetivos e metas da administração Pública no período
de 5 anos.
(E) no Anexo de Metas Fiscais do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias estabelecer metas anuais, relativas a
receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública.

17) (TCE/CE Auditor 2006 FCC) Considere as seguintes afirmações:

I. o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do mandato presidencial
subseqüente, será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do primeiro exercício financeiro e devolvido
para sanção até o encerramento da sessão legislativa.
II. o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até seis meses antes do encerramento do exercício
financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa.
III. o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do exercício
financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa.

SOMENTE está correto o que se afirma em

a) I.
b) II.
c) I e II.
d) I e III.
e) II e III.

32
CRÉDITOS ADICIONAIS

Durante a execução do orçamento, ao longo do exercício financeiro podem ocorrer variados fatores que
repercutem direta ou indiretamente na arrecadação das receitas ou na execução das despesas públicas.
Para corrigir ou adequar as distorções orçamentárias existem alguns mecanismos ou procedimentos legais que
podem ser colocados em prática.
Os créditos adicionais são instrumentos de adequação orçamentária de autorizações de despesas não
contempladas ou insuficientemente dotadas na lei orçamentária. Têm por propósito realizar ajustes advindos da
mudança de rumo das políticas públicas, variações de preço de mercado dos bens e serviços a serem adquiridos pelo
governo, ou ainda, situações emergenciais inesperadas e imprevisíveis.
O assunto é ordenado principalmente na Lei nº 4.320/64 e na Constituição Federal de 1988.

“Art. 40. São créditos adicionais, as autorizações de despesa não computadas ou insuficientemente
dotadas na Lei de Orçamento.

Art. 41. Os créditos adicionais classificam-se em:


I - suplementares, os destinados a reforço de dotação orçamentária;
II - especiais, os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica;
III - extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra, comoção
intestina ou calamidade pública.” (Lei 4.320/64)

“Art. 167
...
§ 3º - A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas
imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública, observado o
disposto no art. 62.” (CF/88)

O Poder Legislativo pode autorizar a abertura de crédito adicional suplementar na própria LOA, até determinado
valor.
Essa autorização está prevista na CF/88 que fundamenta a exceção ao princípio da exclusividade, onde a LOA
não pode tratar de dispositivos estranhos à previsão da receita e fixação da despesa

“Art. 165
...
§ 8º - A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da
despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e
contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.” (CF/88)

“Art. 7° A Lei de Orçamento poderá conter autorização ao Executivo para:


I - Abrir créditos suplementares até determinada importância obedecidas as disposições do artigo 43;”
(Lei 4.320/64)

33
Já no caso de crédito especial, este indica novo item de despesa e se reserva a atender um escopo não previsto
quando da elaboração da proposta orçamentária.
Portanto, poderíamos dizer que crédito adicional é o gênero, e as espécies são os suplementares, especiais e
extraordinários,conforme demonstrado a seguir:

“Art. 167. São vedados:


I - o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual;
II - a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os créditos
orçamentários ou adicionais;
III - a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital,
ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa,
aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta;” (CF/88)

Os créditos suplementares e especiais carecem de autorização do Poder Legislativo para serem abertos.

“Art. 42. Os créditos suplementares e especiais serão autorizados por lei e abertos por decreto
executivo.
Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos
disponíveis para ocorrer a despesa e será precedida de exposição justificativa” (Lei 4.320/64)

“Art. 167. São vedados:


...
V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem indicação
dos recursos correspondentes;” (CF/88)

Porém, no crédito extraordinário não há autorização legislativa e sim aviso célere ao Poder Legislativo. Ou seja,
os créditos extraordinários serão abertos por decreto do Poder Executivo, que deles dará imediato conhecimento ao
Poder Legislativo, conforme dispõe a Lei nº 4.320/64.

“Art. 44. Os créditos extraordinários serão abertos por decreto do Poder Executivo, que dêles dará
imediato conhecimento ao Poder Legislativo.” (Lei 4.320/64)

Todavia, a Constituição Federal, em seu artigo 167, §3º, c/c (combinado com) o art. 62, monta que a abertura de
crédito extraordinário apenas será admitida para acolher despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de
guerra, comoção interna ou calamidade pública, e que em caso de relevância e urgência, o Presidente da República
poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.

34
“Art. 167
...
§ 3º - A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas
imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública, observado o
disposto no art. 62.” (CF/88)

“Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas
provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.” (CF/88)

Dessa forma, na União, a abertura de créditos extraordinários é desempenhada por meio de medida provisória,
por conseqüência de dispositivo constitucional, porém, nos estados ou municípios em que não haja regulamentação na
constituição estadual ou na lei orgânica (município) prevendo o instituto da medida provisória para abertura de crédito
extraordinário, deve-se executar por decreto do executivo.
Os créditos adicionais terão validade limitada ao exercício financeiro em que forem abertos, exceto expressa
disposição legal em contrário, quanto aos especiais e extraordinários, se o ato de autorização for promulgado nos
últimos quatro meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão agrupados ao
orçamento do exercício financeiro subseqüente.

“Art. 167.
...
§ 2º - Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem
autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, caso
em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro
subseqüente.” (CF/88)

A abertura dos créditos suplementares e especiais está sujeito à existência de recursos disponíveis para que
ocorra a despesa e será precedida de exposição justificativa.
São considerados recursos para abertura dos créditos suplementares e especiais, desde que não
comprometidos:

“Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos
disponíveis para ocorrer a despesa e será precedida de exposição justificativa.
§ 1º Consideram-se recursos para o fim deste artigo, desde que não comprometidos:
I - o superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior;
II - os provenientes de excesso de arrecadação;
III - os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos
adicionais, autorizados em Lei;
IV - o produto de operações de credito autorizadas, em forma que juridicamente possibilite ao poder
executivo realiza-las
...

35
§ 2º Entende-se por superávit financeiro a diferença positiva entre o ativo financeiro e o passivo
financeiro, conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos adicionais transferidos e as operações de credito a
eles vinculadas.
§ 3º Entende-se por excesso de arrecadação, para os fins deste artigo, o saldo positivo das diferenças
acumuladas mês a mês entre a arrecadação prevista e a realizada, considerando-se, ainda, a tendência do
exercício.
§ 4° Para o fim de apurar os recursos utilizáveis, provenientes de excesso de arrecadação, deduzir-se-
a a importância dos créditos extraordinários abertos no exercício.”(Lei 4.320/64)

“Art. 166
....
§ 8º - Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária
anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos
especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa.” (CF/88)

“Art. 91. Sob a denominação de Reserva de Contingência, o orçamento anual poderá conter dotação
global não especificamente destinada a determinado órgão, unidade orçamentária, programa ou categoria
econômica, cujos recursos serão utilizados para abertura de créditos adicionais” (Dec. Lei 200/67)

Como é possível observar, nenhum dos artigos acima reproduzidos cita os créditos extraordinários. Apesar de
não ser necessária a indicação da fonte de recursos, eles contam com a Reserva de Contingência para concretizar seus
objetivos..

o
“Art. 5 O projeto de lei orçamentária anual, elaborado de forma compatível com o plano plurianual,
com a lei de diretrizes orçamentárias e com as normas desta Lei Complementar:
...
III - conterá reserva de contingência, cuja forma de utilização e montante, definido com base na receita
corrente líquida, serão estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, destinada ao:
a) (VETADO)
b) atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos..” (Lei 101/00)

EXERCÍCIOS

1) (TRE/MG - ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA 2005/FCC) Na Lei do Orçamento, as autorizações de


despesa não computadas ou insuficientemente dotadas, denominam-se

a) Despesas Correntes.
b) Despesas de Capital.
c) Despesas Operacionais.
d) Restos a Pagar.
e) Créditos Adicionais.

36
2) (TRF 2ª Região - Téc.Jud-Contabilidade 2007 FCC) De acordo com o artigo 41, da Lei no 4.320/64, os créditos
adicionais classificam-se em:

(A) financeiros, patrimoniais e orçamentários.


(B) modificativos, mistos e compensativos.
(C) extraordinários, suplementares e especiais.
(D) ordinários, extraordinários e suplementares.
(E) correntes e de capital.

3) (TCE/CE Auditor 2006 FCC) Os créditos adicionais destinados ao reforço de dotação orçamentária denominam-se

a) especiais.
b) extraordinários.
c) superávit.
d) suplementares.
e) excedentes.

4) (TRE/PI - ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA 2002/FCC) Quanto aos créditos adicionais previstos na
Lei nº 4.320, de 17/03/64, observa-se que, aqueles destinados a despesas, para as quais não haja dotação orçamentária
específica, classificam-se como

a) comuns.
b) suplementares.
c) extraordinários.
d) especiais.
e) empenhados.

5) (TRT 20ª Região – Anal. Jud. – Contabilidade 2006 FCC) Créditos adicionais são autorizações de despesas não-
computadas ou insuficientemente dotadas na Lei Orçamentária Anual. Créditos adicionais especiais, extraordinários e
suplementares, respectivamente, são autorizações para

a) despesas não consideradas na Lei Orçamentária; atender a despesas imprevisíveis e urgentes; reforço de dotações
orçamentárias que se acrescem aos valores das dotações constantes da Lei Orçamentária.
b) atender a despesas imprevisíveis e urgentes; reforço de dotações orçamentárias que se acrescem aos valores das
dotações constantes da Lei Orçamentária; cobertura de despesas eventuais não consideradas na Lei Orçamentária.
c) cobertura de despesas eventuais não consideradas na Lei Orçamentária; reforço de dotações orçamentárias que se
acrescem aos valores das dotações constantes da Lei Orçamentária; atender a despesas imprevisíveis e urgentes;
d) reforço de dotações orçamentárias que se acrescem aos valores das dotações constantes da Lei Orçamentária;
atender a despesas imprevisíveis e urgentes; despesas eventuais não consideradas na Lei Orçamentária.
e) reforço de dotações orçamentárias que se acrescem aos valores das dotações constantes da Lei Orçamentária;
cobertura de despesas eventuais não consideradas na Lei Orçamentária; atender a despesas imprevisíveis e urgentes.

37
6) (TRT 23ª Região - Anal.Jud-Contabilidade 2007 FCC) Os créditos adicionais especiais

(A) destinam-se ao reforço de dotação orçamentária já existente.


(B) somente têm vigência no exercício financeiro em que forem autorizados.
(C) têm por objetivo atender a despesas urgentes e imprevisíveis.
(D) independem da prévia existência de recursos para financiar o gasto.
(E) devem ser autorizados por lei e abertos por decreto do Poder Executivo.

7) (TRF 2ª Região - Téc.Jud-Contabilidade 2007 FCC) Os créditos suplementares e especiais, de acordo com o artigo
42, da Lei no 4.320/64, serão autorizados por lei e abertos por

(A) Instrução Normativa.


(B) Resolução do Poder Legislativo.
(C) Portaria do Executivo.
(D) Decreto Executivo.
(E) Ato Administrativo.

8) (Auditor/TCE-SE/FCC/2002) – Os créditos adicionais que dependem da prévia autorização legislativa e de indicação


de recursos disponíveis para sua cobertura são

a) Suplementares e Extraordinários.
b) Especiais e Extraordinários.
c) Suplementares, apenas.
d) Suplementares e Especiais.
e) Suplementares, Especiais e Extraordinários.

9) (Analista Jud.: Contabilidade TRE/MS 2007 FCC) É característica dos créditos adicionais Especiais:

(A) ter como finalidade atender despesas as quais não haja categoria de programação orçamentária específica e objetivo
não previsto no orçamento.
(B) Possuírem a possibilidade de prorrogação para o exercício seguinte desde que sua autorização ocorra seis meses
antes do exercício seguinte.
(C) Serem autorizados exclusivamente pelo poder legislativo para o atendimento imediato de casos graves e urgentes
que envolvem comoção interna no país.
(D) O atendimento de gastos urgentes e imprevisíveis, como nos casos de calamidade pública que requer uma ação
urgente e impreterível.
(E) O reforço de uma categoria de programação orçamentária já existente quando os recursos orçamentários para as
despesas se tornam insuficientes.

10) (Analista Administrativo TRE/PB 2007 FCC) Ao longo do exercício financeiro, o Governo do Estado precisou instituir
novo programa de assistência ao educando. Para tanto, valeu-se de um

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(A) crédito adicional suplementar.
(B) crédito adicional especial.
(C) crédito financeiro.
(D) crédito extra-orçamentário.
(E) crédito orçamentário.

11) (Analista Jud.: Contabilidade TRE/PB 2007 FCC) De acordo com a Lei no 4.320, de 1964, os créditos adicionais
extraordinários são

(A) abertos por lei.


(B) autorizados por lei.
(C) autorizados por lei e abertos por decreto.
(D) autorizados por decreto.
(E) abertos por decreto.

12) (MPU Analista de Orçamento 2007/FCC) Os créditos adicionais especiais têm por característica

a) independerem de autorização legislativa.


b) dependerem da existência de recursos para financiá-los.
c) destinarem-se ao reforço de dotação orçamentária insuficiente.
d) serem previstos na lei orçamentária anual.
e) atenderem a despesas de caráter urgente e imprevisto.

13) (MPU Téc. Controle Interno 2007/FCC) Os créditos extraordinários têm por característica

A) independerem de prestação de contas ao Poder Legislativo.


B) serem destinados ao reforço de dotação orçamentária já existente.
C) atenderem a programas novos, não previstos na lei orçamentária anual.
D) independerem de prévia autorização legislativa.
E) dependerem da existência de recursos disponíveis para seu financiamento.

14) (Analista Jud.: Contabilidade TRE/PB 2007 FCC) Nos termos da Lei no 4.320, de 1964, os recursos que podem
financiar créditos suplementares e especiais são:

(A) superávit financeiro do ano anterior, excesso de arrecadação, anulação de dotação, operação de crédito.
(B) superávit orçamentário do ano anterior, ativo real líquido, anulação de dotação, operação de crédito.
(C) operação de crédito por antecipação da receita, superávit financeiro, excesso de arrecadação, anulação de dotação.
(D) superávit econômico, excesso de arrecadação, anulação parcial de dotação e operação de crédito.
(E) superveniências e insubsistências ativas.

15) (Técnico Judiciário – Contabilidade TRF 1ª Região 2006 FCC) A origem dos recursos para o atendimento de
Créditos Adicionais

39
(A) deverá constar obrigatoriamente da Lei Orçamentária Anual, vedada qualquer exceção.
(B) deriva exclusivamente de eventual excesso de arrecadação.
(C) deriva de anulação de Créditos Orçamentários, dentre outras.
(D) será obtida sempre que as Disponibilidades superem os Restos a Pagar.
(E) Deve sempre e sob qualquer situação ser plenamente identificada para sua regular autorização.

16) (TRT 20ª Região – Anal. Jud. – Contabilidade 2006 FCC) Não são considerados recursos para cobertura de
créditos adicionais os provenientes de:

a) operação de crédito realizada para atender insuficiência de caixa, possuindo natureza extraorçamentária.
b) anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos autorizados em lei.
c) superávit financeiro do exercício anterior apurado em balanço patrimonial.
d) excesso de arrecadação.
e) empréstimos e financiamentos de natureza orçamentária.

17) (TCEMG - Téc-Cont-Ext - Direito 2007 FCC) Sobre os créditos adicionais, é correto afirmar:

(A) O ato que abrir crédito adicional não precisa indicar a classificação da despesa e a importância correspondente.
(B) A abertura dos créditos suplementares e especiais é autorizada por decreto executivo.
(C) Os créditos suplementares são os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica.
(D) Os créditos extraordinários são os destinados a reforço de dotação orçamentária.
(E) Os créditos suplementares terão vigência adstrita ao exercício financeiro em que forem abertos.

18) (TCEMG - Téc-Cont-Ext – Economia 2007 FCC) Dispõe a Lei no 4.320/64 que a Lei de Orçamento

(A) consignará dotações globais destinadas a atender, indiferentemente, a despesas de pessoal, material, serviços de
terceiros, transferências ou quaisquer outras.
(B) compreenderá todas as receitas, excluindo-se as operações de créditos, mesmo quando essas operações forem
autorizadas por lei.
(C) poderá conter autorização ao Executivo para abrir créditos suplementares até determinada importância.
(D) conterá as receitas e as despesas pelos seus totais e respectivas deduções.
(E) dispensará autorização do Executivo para realizar operações de crédito por antecipação de receitas.

19) (MPU Téc.Apoio-Orçamento 2007/FCC) Na lei orçamentária anual, o termo Reserva de Contingência designa uma
dotação orçamentária que

a) pode ser utilizada como fonte de recurso para a abertura de créditos suplementares.
b) somente pode ser destinada à amortização das dívidas flutuante e fundada.
c) pode ser utilizada pelo Poder Executivo da forma que lhe convier.
d) é fonte de recurso para despesas com indenização de imóveis para fins de reforma agrária.
e) destina-se atender créditos extraordinários não previstos no orçamento.

40
CICLO ORÇAMENTÁRIO

O orçamento percorre diversas fases, até estar concluído para ser executado, e por outras, mesmo depois de
sua execução, com a intenção de aprimoramento e controle. A esse processo sequencial de fases dá-se o nome de
ciclo orçamentário.
O método de elaboração do orçamento público no Brasil obedece a um “ciclo” conexo ao planejamento de
ações, que, de acordo com a Constituição Federal de 1988, envolve o Plano Plurianual - PPA, a Lei de Diretrizes
Orçamentárias - LDO e a Lei Orçamentária Anual - LOA.
Logo, o orçamento público passa pelas seguintes fases:

• elaboração do projeto de lei;


• apreciação, estudo e proposição de emendas;
• votação, sanção e publicação da Lei Orçamentária;
• execução da Lei Orçamentária;
• acompanhamento e avaliação da execução orçamentária.

O Ciclo Orçamentário qualifica-se em Ciclo Orçamentário Amplo (que envolve o processo orçamentário do Plano
Plurianual, da Lei de Diretrizes Orçamentárias e da Lei Orçamentária Anual) e em Ciclo Orçamentário Estrito (que
abrange o processo orçamentário da Lei Orçamentária Anual).
A partir desse ponto, será elencado basicamente as etapas do CICLO ORÇAMENTÁRIO ESTRITO, que se
refere, apenas, à Lei Orçamentária Anual (LOA).
O processo de elaboração da LOA inicia-se com a exposição das propostas orçamentárias pelas UG (Unidades
Gestoras), verificados o PPA e a LDO. As propostas são remetidas para consolidação setorial na COF/SAG
(Coordenadoria de Orçamento e Finanças/ Seção de Auditoria de Gestão) de cada Ministério ou equivalente nos
41
Órgãos, seguindo para a consolidação geral pela SOF/MPO (Secretaria de Orçamento e Finanças/Ministério do
Planejamento e Orçamento) formando, então, a Proposta Orçamentária que o Chefe do Poder Executivo encaminha ao
Congresso na forma de Projeto de Lei.
Unidade gestora é a unidade orçamentária ou administrativa investida do poder de administrar recursos
orçamentários e financeiros, próprios ou sob descentralização. Em suma, as unidades gestoras podem receber
recursos diretamente da lei orçamentária, quando serão denominadas unidades orçamentárias, ou podem receber os
recursos orçamentários de outras unidades orçamentárias, quando serão denominadas unidades administrativas.
Cada unidade gestora, portanto, deve preparar sua proposta orçamentária para o ano subsequente e expedi-la a
sua setorial orçamentária. A setorial orçamentária é unidade responsável por recepcionar e consolidar as propostas
parciais de todas as unidades gestoras que integram o órgão. Compete à setorial orçamentária consolidar as propostas
parciais das unidades gestoras em uma única proposta do órgão.
Depois, cada setorial orçamentária de cada órgão de cada um dos poderes encaminha as propostas setoriais
para o órgão central do sistema de orçamento e gestão, para nova consolidação. Atualmente, o órgão central do sistema
de orçamento e gestão é a Secretaria de Orçamento Federal, órgão ligado ao Ministério do Planejamento, Orçamento e
Gestão. Uma vez feita a consolidação (com os devidos ajustes e cortes orçamentários), surge o projeto de lei
orçamentária. Esse projeto deverá ser submetido ao presidente da República que fará o encaminhamento do projeto ao
Congresso Nacional, por meio de mensagem.
A elaboração do orçamento é processada pelo SIDOR (União) e SIPLAG (Estado RJ), que trata as informações
de cunho orçamentário inseridas pelas UO no sistema. O acesso ao SIDOR é exclusivo das Unidades e Órgãos
envolvidos na elaboração da Proposta Orçamentária.
As instruções para elaboração da Proposta Orçamentária da União encontram-se dispostas no Manual Técnico
do Orçamento, desde a utilização do sistema informatizado até as informações complementares devidas ao Órgão
Central de Orçamento.
O projeto de lei orçamentária, depois de consolidado pelo Poder Executivo, deve ser remetido ao Congresso
Nacional até 31 de agosto onde passa a ser examinada pela Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e
Fiscalização. Lá ele será apreciado pela Comissão Mista Permanente de Orçamento, composta de deputados e
senadores, prevista no artigo 166 da CF. Essa comissão tem a função de examinar e emitir parecer sobre o projeto, bem
como acompanhar e fiscalizar o orçamento.

“Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento
anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do
regimento comum.
§ 1º - Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e Deputados:
I - examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas apresentadas
anualmente pelo Presidente da República;
II - examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos
nesta Constituição e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem prejuízo da atuação das
demais comissões do Congresso Nacional e de suas Casas, criadas de acordo com o art. 58.”(CF/88)

“Art. 58. O Congresso Nacional e suas Casas terão comissões permanentes e temporárias,
constituídas na forma e com as atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato de que resultar sua
criação.

42
§ 1º - Na constituição das Mesas e de cada Comissão, é assegurada, tanto quanto possível, a
representação proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que participam da respectiva Casa.
§ 2º - às comissões, em razão da matéria de sua competência, cabe:
I - discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do regimento, a competência do Plenário,
salvo se houver recurso de um décimo dos membros da Casa;
II - realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil;
III - convocar Ministros de Estado para prestar informações sobre assuntos inerentes a suas
atribuições;
IV - receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa contra atos ou
omissões das autoridades ou entidades públicas;
V - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão;
VI - apreciar programas de obras, planos nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento e sobre
eles emitir parecer.
§ 3º - As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das
autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela
Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um
terço de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for
o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos
infratores.
§ 4º - Durante o recesso, haverá uma Comissão representativa do Congresso Nacional, eleita por suas
Casas na última sessão ordinária do período legislativo, com atribuições definidas no regimento comum, cuja
composição reproduzirá, quanto possível, a proporcionalidade da representação partidária.” (CF/88)

O projeto de lei orçamentária, assim como as emendas propostas ao projeto após parecer da comissão mista
permanente, será apreciado pelo plenário das duas Casas do Congresso Nacional, nos termos da Constituição Federal:
Enquanto ainda é projeto, a LOA pode ser emendada por deputados e senadores.

“Art. 166
...
§ 2º - As emendas serão apresentadas na Comissão mista, que sobre elas emitirá parecer, e
apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas Casas do Congresso Nacional.
§ 3º - As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente
podem ser aprovadas caso:
I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;
II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa,
excluídas as que incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou
III - sejam relacionadas:
a) com a correção de erros ou omissões; ou
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.” (CF/88)

43
Sintetizando, os deputados e senadores podem modificar o projeto de lei criando novas despesas, desde que
façam a anulação de outra. Entretanto, não é qualquer despesa que pode ser anulada.
O presidente da República (ou o chefe do Executivo) também pode sugerir alterações no projeto de lei
orçamentária.

“Art. 166
...
§ 5º - O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor
modificação nos projetos a que se refere este artigo enquanto não iniciada a votação, na Comissão mista, da
parte cuja alteração é proposta.” (CF/88)

Ao final do mês de setembro a Comissão Mista acolhe as emendas aos projetos de lei. As emendas são
publicadas em avulsos para divulgação e apreciação.
Com a aprovação do projeto pelo plenário do Congresso Nacional, o projeto será devolvido ao presidente da
República até final da legislatura, 22 de dezembro que poderá sancioná-lo ou propor vetos, dentro dos prazos
estabelecidos pelo art. 66 da CF. Havendo a sanção o projeto deverá ser encaminhado para publicação.

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No começo do exercício financeiro, antes de se iniciar a execução orçamentária, é indispensável a publicação do
Quadro de Detalhamento da Despesa (QDD). O QDD é um documento que abrange dados mais analíticos relativamente
a autorização dada na lei, em nível de projeto, atividade, operação especial e elemento de despesa. Em seguida a
publicação do QDD, os órgãos começarão a executar o orçamento.
A execução orçamentária da despesa autorizada na Lei Orçamentária Anual será delimitada em Decreto,
anualmente. O decreto anual deverá ser publicado até trinta dias após a publicação da LOA.

Art. 8° Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes
orçamentárias e observado o disposto na alínea c do inciso I do art. 4º (vetado), o Poder Executivo
estabelecerá a programação financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso.(Lei 101/00 –
LRF)

Para que os órgãos tenham a capacidade de dar início à execução o orçamento, a Secretaria do Tesouro
Nacional providencia a consignação da dotação orçamentária, em nível de QDD, a todos os órgãos e ministérios
contemplados na LOA.
Após a publicação da LOA e a decretação das diretrizes de programação financeira, tem início a execução
orçamentária, a partir de 1 de janeiro. As Unidades Orçamentárias podem, nesse momento, realizar a movimentação dos
créditos, independentemente da existência de saldos bancários ou recursos financeiros.
Caso ocorra algum eventualidade no transcorrer das etapas que evite a disponibilização da dotação
orçamentária (como, por exemplo, a não aprovação da LOA até o início do exercício), os órgãos poderão valer-se, desde
que haja previsão na LDO, dos duodécimos.
Duodécimo é o preceito que permite aos órgãos, caso permitido na LDO, executar, a cada mês do exercício
financeiro, um doze avos do projeto de lei orçamentária que está sendo analisado de modo a não comprometer
totalmente a execução prevista para o exercício.
Os duodécimos podem ser empregados quando o executivo se vê tolido a executar despesas, por exemplo em
razão da não aprovação da lei orçamentária anual pelo Poder Legislativo. Nesse caso, a LDO autoriza a execução do
orçamento que ainda está em pauta por meio dos duodécimos, apenas para as despesas que não podem aguardar a
aprovação (salários, juros, despesas com manutenção etc).
Outra situação é a falha é do Executivo, que não remete a proposta de lei orçamentária para o Poder Legislativo
apreciar. Nesse caso, quando o Legislativo não recebe o projeto de lei orçamentária no prazo fixado, considerará como
proposta a lei de orçamento vigente.

“Art. 32. Se não receber a proposta orçamentária no prazo fixado nas Constituições ou nas Leis
Orgânicas dos Municípios, o Poder Legislativo considerará como proposta a Lei de Orçamento vigente.” (Lei
4.320/64)

Cada Unidade Orçamentária, quando conveniente e necessário, poderá partilhar seu limite financeiro entre as
suas Unidades Administrativas Gestoras;
A LOA leva em consideração as unidades setoriais orçamentárias de cada órgão com dotações orçamentárias.
Essas dotações devem ser descentralizadas para que as unidades gestoras administrativas tenham a possibilidade de
efetuar a sua execução A descentralização dos créditos orçamentários ou adicionais poderá ocorrer das seguintes
formas:

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Dotação: é a transferência de créditos orçamentários e adicionais feita pelo órgão central do sistema de
orçamento (Secretaria de Orçamento Federal – SOF, do Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão – MPOG) às
unidades setoriais de orçamento.
Provisão ou descentralização interna de créditos: é a transferência de créditos orçamentários e adicionais
feita entre unidades gestoras de um mesmo órgão, ministério ou entidade integrante do orçamento fiscal e do orçamento
da seguridade social.
Destaque ou descentralização externa de créditos: é a transferência de créditos orçamentários e adicionais
feita entre unidades gestoras de órgãos, ministérios ou entidades de estruturas administrativas diferentes, ou seja, de um
órgão para outro.

“Art. 1° Os créditos orçamentários serão utilizados de acordo com as normas de execução da despesa
pública e com o disposto neste decreto, observando-se rigorosamente o princípio da anualidade da lei
orçamentária.
Art. 2° A execução orçamentária poderá processar-se mediante a descentralização de créditos entre
unidades gestoras de um mesmo órgão/ministério ou entidade integrantes dos orçamentos fiscal e da
seguridade social, designando-se este procedimento de descentralização interna.
Parágrafo único. A descentralização entre unidades gestoras de órgão/ministério ou entidade de
estruturas diferentes, designar-se-á descentralização externa.“ (Decreto n°825/93)

“Art. 3º O Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal compreende as atividades de elaboração,


acompanhamento e avaliação de planos, programas e orçamentos, e de realização de estudos e pesquisas
sócio-econômicas.
Art. 4º Integram o Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal:
I - o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, como órgão central;
II - órgãos setoriais;
III - órgãos específicos.
§ 1o Os órgãos setoriais são as unidades de planejamento e orçamento dos Ministérios, da Advocacia-
Geral da União, da Vice-Presidência e da Casa Civil da Presidência da República.
§ 2o Os órgãos específicos são aqueles vinculados ou subordinados ao órgão central do Sistema, cuja
missão está voltada para as atividades de planejamento e orçamento.
§ 3o Os órgãos setoriais e específicos ficam sujeitos à orientação normativa e à supervisão técnica do
órgão central do Sistema, sem prejuízo da subordinação ao órgão em cuja estrutura administrativa estiverem
integrados.
§ 4o As unidades de planejamento e orçamento das entidades vinculadas ou subordinadas aos
Ministérios e órgãos setoriais ficam sujeitas à orientação normativa e à supervisão técnica do órgão central e
também, no que couber, do respectivo órgão setorial.
§ 5o O órgão setorial da Casa Civil da Presidência da República tem como área de atuação todos os
órgãos integrantes da Presidência da República, ressalvados outros determinados em legislação específica.
Art. 5o Sem prejuízo das competências constitucionais e legais de outros Poderes, as unidades
responsáveis pelos seus orçamentos ficam sujeitas à orientação normativa do órgão central do Sistema.
Art. 6o Sem prejuízo das competências constitucionais e legais de outros Poderes e órgãos da
Administração Pública Federal, os órgãos integrantes do Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal e

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as unidades responsáveis pelo planejamento e orçamento dos demais Poderes realizarão o acompanhamento
e a avaliação dos planos e programas respectivos.” (Lei 10.180/01)

EXERCÍCIOS

1) (Ag. Fisc. Financeira – Adm. Geral TCE/SP 2005/FCC) Tendo em vista as normas constitucionais que versam sobre
finanças públicas, é correto afirmar que
(A) a lei que insitui o plano plurianual abrangerá todas as despesas da administração pública federal, exceto as de
capital.
(B) A lei orçamentária anual compreende apenas o orçamento fiscal dos poderes da União e o orçamento da seguridade
social.
(C) É vedada a utilização dos recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária
anual, ficarem sem despesas correspondentes.
(D) É vedada a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação para
outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa.
(E) É permitida a concessão ou utilização de créditos ilimitados, desde que aprovados pelo Poder Legislativo por maioria
absoluta.

2) (TRF 4ª Região-Analista Judiciário/Contadoria 2000/2001 FCC) As emendas à proposta orçamentária devem ser
apresentadas, especificamente:

a) à mesa da Câmara;
b) à mesa do Senado;

47
c) ao Presidente da República;
d) ao Ministro da Fazenda;
e) à comissão mista permanente.
3) (ARCE-Analista de Regulação/Contador 2006 FCC) Emendas legislativas ao orçamento podem valer-se da anulação
parcial ou total de

a) despesas de pessoal.
b) encargos patronais.
c) gastos voltados ao serviço da dívida.
d) serviços de terceiros
e) transferências tributárias constitucionais.

4) (TRE/SP Analista Judiciário/Contabilidade 2006 FCC) Em relação ao ciclo orçamentário anual, é correto afirmar que

a) a elaboração da lei orçamentária anual deve preceder à da Lei das Diretrizes Orçamentárias.
b) a Lei das Diretrizes Orçamentárias deve conter as despesas de capital do exercício seguinte.
c) somente os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, segundo a Constituição Federal de 1988, têm autonomia para
elaborar a proposta orçamentária.
d) a competência para a coordenação, consolidação e elaboração da proposta orçamentária da União é da Secretaria do
Tesouro Nacional (STN).
e) a competência privativa para encaminhar o projeto de lei orçamentária anual da União ao Congresso Nacional é da
Secretaria de Orçamento e Finanças (SOF).

5) (TRT 22ª Região - Anal.Jud-Contabilidade 2004 FCC) A elaboração da proposta orçamentária pública, segundo a
Constituição Federal de 1988, é de competência privativa do chefe do

(A) Ministério da Fazenda.


(B) Poder Legislativo.
(C) Poder Judiciário.
(D) Ministério do Planejamento.
(E) Poder Executivo.

6) (TRT 24ª Região - Anal.Jud-Contabilidade 2003 FCC) Emitir parecer sobre as emendas apresentadas ao projeto de
lei orçamentária cabe

(A) ao Tribunal de Contas.


(B) à mesa da Câmara.
(C) à mesa do Senado.
(D))à comissão mista permanente de orçamento.
(E) ao Plenário das duas Casas do Congresso Nacional

7) (Analista Jud.: Contabilidade TRE/PB 2007 FCC) No processo orçamentário nacional

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(A) as emendas ao projeto de lei orçamentária podem se amparar no corte de qualquer despesa prevista.
(B) remetido o projeto orçamentário ao Legislativo, o Chefe do Poder Executivo não pode mais solicitar qualquer
modificação.
(C) os Poderes Legislativo e Judiciário também podem iniciar projetos de lei relativos ao plano plurianual, diretrizes
orçamentárias e orçamento anual.
(D) a criação de fundos dispensa autorização legislativa.
(E) as operações de crédito, em regra, não podem superar o montante das despesas de capital

8) (Analista Administrativo TRF 5ª REGIÃO 2003 FCC) As emendas ao projeto de lei do orçamento anual podem ser
aprovadas se indicados os recursos necessários provenientes de anulação de despesa, que podem incidir sobre
dotações para

(A) pessoal.
(B) encargos de pessoal.
(C) amortização da dívida.
(D) encargos da dívida.
(E) transferências constitucionais não tributárias.

9) (MPU Analista de Orçamento 2007/FCC) Analise as afirmações a seguir, relativas à elaboração, acompanhamento e
fiscalização do orçamento público no Brasil.

I – O projeto de lei orçamentária anual deverá ser encaminhado pelo Chefe do Poder Executivo ao Poder Legislativo até
31 de agosto do exercício financeiro corrente.
II – Os parlamentares poderão apresentar emendas ao projeto de lei orçamentária anual, desde que sejam compatíveis
com o plano plurianual e a lei de diretrizes orçamentárias.
III – O Presidente da República deverá sancionar o projeto de lei orçamentária aprovado pelo Congresso Nacional,
estando impedido de vetá-lo, no todo ou em parte.
IV – O controle externo das contas públicas da União está a cargo do Congresso Nacional e será exercido com o auxílio
do Tribunal de Contas da União.

a) I e II.
b) I e III.
c) II e III.
d) III e IV.
e) I, II e IV.

10) (MPU Analista administrativo 2007/FCC) A consolidação do projeto de lei orçamentária anual da União é de
responsabilidade

a) do Ministério da Fazenda.
b) da Secretaria do Tesouro Nacional.

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c) da Secretaria da Receita Federal.
d) do Ministério da Indústria e do Comércio.
e) do Ministério do Planejamento.

11) (TRT 23ª Região - Anal.Jud-Contabilidade 2007 FCC) Sobre a elaboração, discussão, votação e aprovação da
proposta orçamentária, é correto afirmar que:

(A) a proposta orçamentária poderá prever a realização de despesas que excedam os créditos orçamentários ou
adicionais.
(B) de acordo com o disposto na Constituição Federal, o Poder Judiciário não tem autonomia para elaborar sua proposta
orçamentária.
(C) a União pode baixar medida provisória sobre a matéria orçamentária se o Congresso Nacional não aprovar o projeto
de lei dentro do prazo.
(D) o projeto de lei orçamentária deve ser apreciado pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do Regimento
Comum.
(E) atos do Presidente da República que atentem especificamente contra a lei orçamentária não são considerados
crimes de responsabilidade.

12) (TRT 23 Região - Anal.Jud-Administrativa 2007 FCC) Dentre outras, é peculiaridade constitucional do processo
legislativo orçamentário

(A) a aprovação do projeto orçamentário pelo Senado Federal e a obrigatoriedade de sua sanção pelo Poder Executivo.
(B) o não cabimento da apresentação de qualquer emenda na Comissão Mista.
(C) a atuação da Comissão Mista caracterizada pela sua temporariedade e representação por integrantes de partidos
políticos.
(D) a competência privativa da Câmara dos Deputados para emitir parecer sobre o projeto orçamentário.
(E) a aplicação subsidiária das normas referentes ao processo legislativo comum.

13) (TCE/CE Auditor 2006 FCC) Em termos constitucionais, se o projeto de lei orçamentária anual for rejeitado,

a) deverá ser enviado novo projeto de lei orçamentária pelo Chefe do Poder executivo, até o final do exercício financeiro
em que vai vigorar.
b) Deverá ser aplicada a lei de diretrizes orçamentárias como lei orçamentária anual, já que aquela não pode deixar de
ser votada.
c) Deverá o Presidente da Câmara dos Deputados apresentar um projeto de lei orçamentária com antecedência de até
noventa dias para o término do exercício financeiro.
d) As despesas serão processadas conforme as necessidades, sem prévia dotação e autorização legal, configurando
para o Chefe do Poder Executivo responsabilidade político administrativa.
e) Os recursos que ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados mediante créditos especiais ou
suplementares, com prévia e específica autorização legal.

50
PROGRAMAÇÃO E EXECUÇÃO FINANCEIRA

As execuções orçamentária e financeira acontecem simultaneamente. Esta afirmação tem como embasamento o
fato de que a execução tanto orçamentária como financeira estão vinculadas uma a outra. Existindo orçamento e não
possuindo o financeiro, não poderá incidir a despesa. Em contrapartida, pode haver recurso financeiro, mas não se
poderá dispo destes, se não houver a autorização orçamentária.
A execução financeira reflete o emprego de recursos financeiros, tendo em vista atender à realização dos
projetos e/ou atividades atribuídas às Unidades Orçamentárias pelo Orçamento.
Orçamento é uma autorização precedente do Poder Legislativo para se constituir a previsão das Receitas e a
fixação da Despesa de um ente Público, satisfazendo um determinado período de tempo. Por meio do Orçamento,
podem-se destacar os gastos com: saúde, educação, saneamento, obras públicas e etc.
Os recursos financeiros não são totalmente liberados junto com o orçamento. Eles vão sendo
disponibilizados conforme os contribuintes e demais devedores do tesouro público recolhem seus tributos e
outros valores.
Atualmente, o fluxo de liberação de recursos do Governo Federal é fixado anualmente pelo poder executivo via
Decreto, chamado de Decreto de Programação Financeira (Decreto nº 7.680 de 2012 e anexos e suas alterações).
Dentre os objetivos do Decreto de programação orçamentária e financeira, evidenciam-se os seguintes:

 estabelecer normas específicas de execução orçamentária e financeira para o exercício;


 estabelecer um cronograma de compromissos (empenhos) e de liberação (pagamento) dos recursos
financeiros para efetivação dos pagamentos respectivos;
 cumprir a legislação orçamentária (Lei 4.320/1967 e LC nº 101/2000 – LRF);
 e, assegurar o equilíbrio entre receitas e despesas ao longo do exercício financeiro.

“Art. 8o Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que dispuser a lei de
diretrizes orçamentárias e observado o disposto na alínea c do inciso I do art. 4o, o Poder Executivo
estabelecerá a programação financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso.
Parágrafo único. Os recursos legalmente vinculados a finalidade específica serão utilizados
exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em exercício diverso daquele em que
ocorrer o ingresso.” (Lei 101/2000 – LRF)

“Art. 9o Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o
cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os
Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias
subseqüentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os critérios fixados pela lei de
diretrizes orçamentárias.
§ 1o No caso de restabelecimento da receita prevista, ainda que parcial, a recomposição das dotações
cujos empenhos foram limitados dar-se-á de forma proporcional às reduções efetivadas.
§ 2o Não serão objeto de limitação as despesas que constituam obrigações constitucionais e legais do
ente, inclusive aquelas destinadas ao pagamento do serviço da dívida, e as ressalvadas pela lei de diretrizes
orçamentárias.

51
§ 3o No caso de os Poderes Legislativo e Judiciário e o Ministério Público não promoverem a limitação
no prazo estabelecido no caput, é o Poder Executivo autorizado a limitar os valores financeiros segundo os
critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias. (Vide ADIN 2.238-5)
§ 4o Até o final dos meses de maio, setembro e fevereiro, o Poder Executivo demonstrará e avaliará o
cumprimento das metas fiscais de cada quadrimestre, em audiência pública na comissão referida no § 1o do

art. 166 da Constituição ou equivalente nas Casas Legislativas estaduais e municipais.


§ 5o No prazo de noventa dias após o encerramento de cada semestre, o Banco Central do Brasil
apresentará, em reunião conjunta das comissões temáticas pertinentes do Congresso Nacional, avaliação do
cumprimento dos objetivos e metas das políticas monetária, creditícia e cambial, evidenciando o impacto e o
custo fiscal de suas operações e os resultados demonstrados nos balanços.” (Lei 101/2000 – LRF)

A Programação Financeira se concretiza em três níveis diversos, sendo a Secretaria do Tesouro Nacional o
órgão central, contando ainda com a participação das Subsecretárias de Planejamento, Orçamento e Administração (ou
equivalentes os órgãos setoriais de programação financeira - OSPF) e as Unidades Gestoras Executoras (UGE).

“Art. 10. O Sistema de Administração Financeira Federal compreende as atividades de programação


financeira da União, de administração de direitos e haveres, garantias e obrigações de responsabilidade do
Tesouro Nacional e de orientação técnico-normativa referente à execução orçamentária e financeira.
Art. 11. Integram o Sistema de Administração Financeira Federal:
I - a Secretaria do Tesouro Nacional, como órgão central;
II - órgãos setoriais.
§ 1o Os órgãos setoriais são as unidades de programação financeira dos Ministérios, da Advocacia-
Geral da União, da Vice-Presidência e da Casa Civil da Presidência da República.
§ 2o Os órgãos setoriais ficam sujeitos à orientação normativa e à supervisão técnica do órgão central
do Sistema, sem prejuízo da subordinação ao órgão em cuja estrutura administrativa estiverem integrados.”
(Lei 10.180/01)
52
Cabe ao Tesouro Nacional instituir as diretrizes para a elaboração e formulação da programação financeira
mensal e anual, bem como a adoção dos procedimentos indispensáveis a sua execução. Aos órgãos setoriais competem
a reunião das propostas de programação financeira dos órgãos vinculados (UGE) e a descentralização dos recursos
financeiros recepcionados do órgão central. Às Unidades Gestoras Executoras cabem a realização da despesa pública
nas suas três fases, ou seja: o empenho, a liquidação e o pagamento.
Na sua primeira etapa, a programação financeira caracteriza-se pela solicitação de recursos financeiros,
documentada na PPF (Proposta de Programação Financeira) que fazem as Unidades Executoras aos Órgãos Setoriais
e, também, esses ao Órgão Central. Em seguida, cabe ao Órgão Central a aprovação dos valores a serem liberados
aos Órgãos Setoriais. Esses, por sua vez, aprovam os valores a liberar às unidades executoras, dentro do limite
estabelecido pelo órgão central, dentro do subsistema CPR (Contas a Pagar e a Receber), por intermédio de PFA
(Programação Financeira Aprovada).
No elo órgão central X órgão setorial, a STN recebe a solicitação concretizada na PPF (proposta de
programação financeira), preparada pelo órgão setorial; aprova o valor a liberar dentro do CPR, gerando a PFA
(proposta de programação financeira aprovada); e libera os recursos financeiros, por meio da NS – Nota de Sistema.
Cabe ao OSPF apenas conduzir a solicitação sob a forma de PPF, para o Órgão Central.
No elo órgão setorial X unidade executora, o OSPF encarrega-se das funções do Órgão Central, pois tem
competências semelhantes às da STN, que são: receber a PPF (proposta de programação financeira) elaborada pelas
unidades executoras, aprovar a quantia de recursos a liberar dentro do CPR, originando a PFA (proposta de
programação financeira aprovada); e libera os recursos financeiros, através da NS – Nota de Sistema; enquanto que a
unidade executora somente faz a solicitação, elaborando uma PPF para o OSPF.

Em Resumo:
As unidades executoras elaboram a PPF (proposta de programação financeira) solicitando ao OSPF (órgãos
setoriais de programação financeira) o montante de recursos financeiros que necessitam para atender seus gastos
Os OSPF (órgãos setoriais de programação financeira) consolidam as solicitações das suas unidades
executoras e encaminham uma única solicitação referente ao ministério ao órgão central (STN/MF) por meio de nova
PPF (proposta de programação financeira);
A STN/MF, após examinar cada solicitação dos OSPF (órgãos setoriais de programação financeira), emite a PFA
(proposta de programação financeira aprovada) dentro do subsistema CPR (Contas a Pagar e a Receber), aprovando o
montante de recursos financeiros que serão liberados para cada OSPF;
Os OSPF (órgãos setoriais de programação financeira), em face do montante individual aprovado pela STN/MF,
redistribui o valor às suas unidades executoras, emitindo nova PFA (proposta de programação financeira aprovada)
dentro do subsistema CPR (Contas a Pagar e a Receber), onde fica indicado o montante aprovado a ser liberado;

“Art. 17. Serão objeto de programação financeira, as fontes cujos recursos transitem pelo órgão central
de programação financeira.
Art. 18. A programação financeira correspondente às dotações descentralizadas, quando decorrentes
de termo de convênio ou similar, será da responsabilidade do órgão descentralizador do crédito.
Art. 19. A liberação de recursos se dará por meio de:
I - liberação de cotas do órgão central para o setorial de programação financeira;
II - repasse:
a) do órgão setorial de programação financeira para entidades da Administração indireta, e entre estas;

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b) da entidade da Administração indireta para órgão da Administração direta, ou entre estes, se de
outro órgão ou Ministério;
III - sub-repasse dos órgãos setoriais de programação financeira para as unidades gestoras de sua
jurisdição e entre as unidades gestoras de um mesmo ministério, órgão ou entidade.
Art. 20. Os limites de saque de recursos do Tesouro Nacional restringir-se-ão aos cronogramas
aprovados pelo órgão central de programação financeira.
Parágrafo único. Caberá aos órgãos setoriais de programação financeira fixar os limites de que trata
este artigo, referentes às suas unidades subordinadas. (Dec. 825/93)

A movimentação de recursos financeiros oriundos do Orçamento da União, entre as Unidades Gestoras que
compõem o Sistema de Programação Financeira, se dá sob a forma de liberação de cotas, repasses, sub-repasses
para o pagamento de despesas e por meio de concessão de limite de saque à Conta Única do Tesouro.
A primeira fase da movimentação dos recursos é a liberação de Cota e deve ser realizada em consonância com
o cronograma de desembolso aprovado pela Secretaria do Tesouro Nacional. Assim, cota é o montante de recursos
colocados à disposição dos Órgãos Setoriais de Programação Financeira – OSPF pela Coordenação-Geral de
Programação Financeira – COFIN/STN mediante movimentação intra-SIAFI dos recursos da Conta Única do Tesouro
Nacional.
A segunda fase é a liberação de Repasse ou Sub-repasse. Repasse é a movimentação de recursos realizada
pelos OSPF para as unidades de outros órgãos ou ministérios e entidades da Administração Indireta, bem como entre
esses; e sub-repasse é a liberação de recursos dos OSPF para as unidades sob sua jurisdição e entre as unidades de
um mesmo órgão, ministério ou entidade.

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A partir daí, com recursos em caixa, ou seja, com disponibilidades financeiras, as unidades podem dar início à
fase de pagamento de suas despesas.
As figuras da descentralização orçamentária têm uma estreita relação com as figuras de descentralização
financeira.
A unidade orçamentária que recebe créditos orçamentários sob a forma de dotação (fixação) receberá sob a
forma de cota os recursos financeiros;
A unidade administrativa que recebe créditos orçamentários por descentralização de uma U.O. sob a forma de
destaque receberá os recursos financeiros sob a forma de repasse;
A unidade administrativa que recebe créditos orçamentários por descentralização de uma U.O. sob a forma de
provisão receberá os recursos financeiros sob a forma de sub-repasse.

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EXERCÍCIOS

1) (MPU Analista de Orçamento 2007/FCC) Na execução orçamentária e financeira, os termos destaque e repasse
estão relacionados, respectivamente, com

a) obtenção de autorização para créditos extraordinários e créditos especiais.


b) fixação da reserva de contingências e liberação financeira de créditos adicionais.
c) autorização de despesa orçamentária e previsão de receita extra-orçamentária.
d) autorização orçamentária e transferência de recursos financeiros.
e) autorização de despesa extra-orçamentária e arrecadação de receita orçamentária.

2) (CESPE - 2007 - TCU - Técnico de Controle Externo) São operações descentralizadoras de crédito orçamentário o
destaque e a provisão. Acerca do destaque, julgue o item abaixo. Julgue Certo ou Errado.
Consiste na movimentação de créditos orçamentários em que a unidade orçamentária detentora de um crédito
descentraliza em favor de outra unidade orçamentária ou administrativa do próprio órgão o poder de utilizar esse crédito
ou parte dele.

3) (FUNCAB - 2010 - IDAF-ES – Contador) A movimentação de créditos orçamentários entre unidades gestoras de um
mesmo órgão/ministério ou de uma mesma entidade, integrantes dos orçamentos fiscal e da seguridade é denominada:

a) destaque.
b) provisão.
c) repasse.
d) cota.
e) sub-repasse.

4) (CESPE - 2011 - Correios - Analista de Correios – Administrador) Julgue os itens que se seguem, acerca de
orçamento público.
O principal agente de articulação entre as unidades gestoras e as secretarias do tesouro e orçamento federal são as
unidades orçamentárias.

5) (CESPE - 2011 - STM - Analista Judiciário - Área Administrativa – Específicos) Acerca das normas de execução do
orçamento, julgue os itens seguintes.
A unidade administrativa se distingue da unidade orçamentária, porque depende de destaques ou provisões para
executar seus programas de trabalho.

6) (UFF - 2009 - UFF – Administrador) Na execução orçamentária pública, a cessão de créditos orçamentários entre
unidades orçamentárias ou unidades gestoras integrantes de diferentes Ministérios ou entidades é denominada:

a) provisão;
b) repasse;

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c) subrepasse;
d) descentralização interna;
e) destaque

7) (CESPE - 2010 - DPU – Contador) Com relação aos conceitos associados aos processos de descentralização de
créditos e de movimentação de recursos, na execução orçamentária e financeira, assinale a opção correta.

a) As descentralizações de créditos orçamentários a outros entes da Federação, a exemplo das transferências


voluntárias, devem ser classificadas como operações especiais.
b) A descentralização de créditos orçamentários transfere a programação para outra unidade orçamentária.
c) A provisão é também chamada de descentralização interna, por efetuar-se entre unidades gestoras de um mesmo
órgão.
d) A cota corresponde à movimentação de recursos entre as unidades do sistema de programação orçamentária e se
efetua mediante destaque.
e) O repasse ocorre quando a liberação de recursos se efetua entre unidades gestoras de um mesmo órgão ou entidade.

8) (FCC - 2010 - TRE-AL - Analista Judiciário - Área Administrativa) A descentralização externa de créditos
orçamentários realizada em nível de órgão setorial entre unidades gestoras de Órgãos/Ministérios denomina-se:

a) Provisão.
b) Destaque.
c) Dotação.
d) Repasse
e) Sub-repasse.

9) (ESAF - 2009 - Receita Federal - Analista Tributário da Receita Federal - Prova 2) A movimentação de recursos do
orçamento entre órgãos e entre unidades de um mesmo órgão é uma necessidade intrínseca à execução do orçamento.
Assinale a opção falsa a respeito da descentralização de créditos e descentralização financeira.

a) A movimentação de créditos entre unidades gestoras de um mesmo órgão independe da programação financeira.
b) A movimentação financeira entre órgãos necessita de prévia e expressa autorização do Tesouro Nacional, em razão
de restrições impostas pela Constituição Federal.
c) As cotas financeiras são movimentações financeiras entre o Tesouro Nacional e as setoriais financeiras.
d) Os sub-repasses estão relacionados à descentralização interna de crédito.
e) A movimentação financeira entre o Tesouro Nacional e as setoriais financeiras dos órgãos não está vinculada à
movimentação de crédito.

10) (CESPE - 2009 - ANTAQ - Analista Administrativo) Com relação ao orçamento público e à administração financeira,
julgue os itens

O destaque, que é a descentralização das disponibilidades financeiras vinculadas ao orçamento, compete aos órgãos
setoriais de programação financeira, que transferem tais disponibilidades para outro órgão ou ministério.

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11) (CESPE - 2011 - STM - Analista Judiciário - Contabilidade - Específicos) Acerca da programação orçamentária,
créditos adicionais e programação financeira no âmbito da administração pública federal, julgue os itens subsequentes.

Os compromissos financeiros, exceto aqueles financiados por operações de crédito internas e externas, ficam
subordinados aos limites fixados na programação financeira de desembolso aprovada pela Secretaria do Tesouro
Nacional.

12) (CESPE - 2010 - MS - Contador) A respeito da programação financeira e da contabilização das operações típicas
na administração federal, julgue os itens subsequentes.

A transferência do limite de saque da Secretaria do Tesouro Nacional para os órgãos setoriais do sistema de
programação financeira (OSPF) ocorre por meio do repasse, enquanto a cota refere-se à liberação dos recursos do
OSPF para entidades da administração indireta.

13) (FCC - 2007 - MPU - Analista - Orçamento) Na execução orçamentária e financeira, os termos destaque e repasse
estão relacionados, respectivamente, com

a) obtenção de autorização para créditos extraordinários e créditos especiais.


b) fixação da reserva de contingências e liberação financeira de créditos adicionais.
c) autorização de despesa orçamentária e previsão de receita extra-orçamentária.
d) autorização orçamentária e transferência de recursos financeiros.
e) autorização de despesa extra-orçamentária e arrecadação de receita orçamentária.

14) (CESPE - 2009 - ANTAQ - Analista Administrativo)Com relação ao orçamento público e à administração financeira,
julgue os itens

Proposta e aprovação são etapas da programação financeira, contabilizadas por meio de documento próprio do Sistema
Integrado de Administração Financeira (SIAFI) denominado nota de provisão financeira

15) (ESAF - 2009 - Receita Federal - Analista Tributário da Receita Federal - Prova 2) Assinale a opção que indica uma
exceção aos objetivos do decreto de programação financeira, no âmbito federal.

a) Cumprir a Legislação Orçamentária.


b) Limitar o volume de recursos destinados a investimentos colocados à disposição das unidades orçamentárias.
c) Assegurar o equilíbrio entre receitas e despesas ao longo do exercício financeiro e proporcionar o cumprimento da
meta de resultado primário.
d) Estabelecer um cronograma de compromissos (empenhos) e de liberação (pagamento) dos recursos financeiros para
o Governo Federal.
e) Estabelecer normas específicas de execução orçamentária e financeira para o exercício.

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5. RECEITA ORÇAMENTÁRIA

Receita Pública é a soma de ingressos, impostos, taxas, contribuições e outras fontes de recursos, arrecadados
para atender às despesas públicas.
Segundo Aliomar Baleeiro, receita pública é a entrada que, integrando-se no patrimônio público sem quaisquer
reservas, condições ou correspondência no passivo, vem acrescer o seu vulto como elemento novo e positivo.
Examinando o referido conceito, observa-se que a entrada de dinheiro nos cofres públicos somente será
considerada receita pública se atendidos os seguintes requisitos: integrar-se de modo permanente no patrimônio do
Estado, pelo que as entradas com natureza transitória, como as decorrentes de fiança, não constituem receita pública;
não estar sujeita esta integração a quaisquer condições de devolução, pelo que os ingressos provenientes de
empréstimos não constituem receita pública; em decorrência da aludida integração, o patrimônio público deve ser
acrescido de um elemento novo, e desse modo a venda de um bem não se inclui na noção de receita pública, eis que
determinará uma baixa patrimonial correspondente à saída do bem.
Segundo Luiz Emygdio Franco Rosa Junior, denomina-se qualquer entrada de dinheiro nos cofres públicos de
entrada ou ingresso, mas se reserva a denominação de receita pública ao ingresso que se faça de modo permanente no
patrimônio estatal e que não esteja sujeito à condição devolutiva ou correspondente baixa patrimonial. Assim, ingresso
ou entrada é o gênero do qual a receita pública é espécie, embora do ponto de vista contábil as duas expressões sejam
equivalentes. Receita pública é a entrada que, integrando-se no patrimônio público sem quaisquer reservas, condições
ou correspondência no passivo, vem acrescer o seu vulto, como elemento novo e positivo.
Além dos Princípios Fundamentais de Contabilidade, a Contabilidade Pública deve seguir o disposto nas normas
de Direito Financeiro, em especial, na Lei nº 4.320/64, que instituiu um regime contábil misto para receitas e despesas
orçamentárias.

“Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro:


I - as receitas nele arrecadadas;
II - as despesas nele legalmente empenhadas.”

Além do registro dos fatos ligados à execução orçamentária, exige-se a evidenciação dos fatos ligados à
execução financeira e patrimonial, exigindo que os fatos modificativos sejam levados à conta de resultado e que as
informações contábeis permitam o conhecimento da composição patrimonial e dos resultados econômicos e financeiros
de determinado exercício

“Art. 100 - As alterações da situação líquida patrimonial, que abrangem os resultados da execução
orçamentária, bem como as variações independentes dessa execução e as superveniências e insubsistências
ativas e passivas, constituirão elementos da conta patrimonial.
Art. 104 - A Demonstração das Variações Patrimoniais evidenciará as alterações verificadas no
patrimônio, resultantes ou independentes da execução orçamentária, e indicará o resultado patrimonial do
exercício.” (Lei nº 4.320/64)

Com o objetivo de evidenciar o impacto no Patrimônio, deve haver o registro da receita em função do fato
gerador, observando os Princípios da Competência e da Oportunidade. No momento da arrecadação da receita deve

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haver o registro em contas específicas, demonstrando a visão orçamentária exigida no art. 35 da Lei nº 4.320/64.
Observa-se que é possível compatibilizar e evidenciar, de maneira harmônica, as alterações patrimoniais e as alterações
orçamentárias ocorridas na entidades, cumprindo assim, os Princípios Fundamentais de Contabilidade e o disposto na
Lei nº 4.320/64.

INGRESSOS ORÇAMENTÁRIOS E EXTRAORÇAMENTÁRIOS

Receita, pelo enfoque orçamentário, são todos os ingressos disponíveis para cobertura das despesas públicas,
em qualquer esfera governamental.
A Lei nº 4.320/64 regulamenta os ingressos de disponibilidades de todos os entes da federação, classificando-os
em dois grupos: orçamentários e extra-orçamentários.

Art. 103. O Balanço Financeiro demonstrará a receita e a despesa orçamentárias bem como os
recebimentos e os pagamentos de natureza extra-orçamentária, conjugados com os saldos em espécie
provenientes do exercício anterior, e os que se transferem para o exercício seguinte. (Lei nº 4.320/64)

Os ingressos orçamentários são aqueles pertencentes ao ente público, arrecadados exclusivamente para
aplicação em programas e ações governamentais.
Esses ingressos são denominados Receita Orçamentária. Os ingressos extra-orçamentários são aqueles
pertencentes a terceiros, arrecadados pelo ente público exclusivamente para fazer face às exigências contratuais
pactuadas para posterior devolução. Esses ingressos são denominados recursos de terceiros.
Em sentido amplo, receitas públicas são ingressos de recursos financeiros nos cofres do Estado, que se
desdobram em receitas orçamentárias, quando representam disponibilidades de recursos financeiros para o erário, e em
ingressos extraorçamentários, quando representam apenas entradas compensatórias.
Em sentido estrito, são públicas apenas as receitas orçamentárias

Segundo o MCASP 2012:

“INGRESSOS EXTRAORÇAMENTÁRIOS: São recursos financeiros de caráter temporário e não integram a Lei
Orçamentária Anual. O Estado é mero depositário desses recursos, que constituem passivos exigíveis e cujas
restituições não se sujeitam à autorização legislativa. Exemplos: Depósitos em caução, Fianças, Operações de Crédito
por Antecipação de Receita Orçamentária – ARO, Emissão de moeda e outras entradas compensatórias no ativo e
passivo financeiros.
RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS: São disponibilidades de recursos financeiros que ingressam durante o exercício
orçamentário e constituem elemento novo para o patrimônio público. Instrumento por meio do qual se viabiliza a
execução das políticas públicas, as receitas orçamentárias são fontes de recursos utilizadas pelo Estado em programas
e ações cuja finalidade precípua é atender às necessidades públicas e demandas da sociedade.

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Essas receitas pertencem ao Estado, transitam pelo patrimônio do Poder Público, aumentam-lhe o saldo
financeiro, e, via de regra, por força do Princípio Orçamentário da Universalidade, estão previstas na Lei Orçamentária
Anual – LOA.
Nesse contexto, embora haja obrigatoriedade de a LOA registrar a previsão de arrecadação, a mera ausência
formal do registro dessa previsão, no citado documento legal, não lhes retiram o caráter de orçamentárias, haja vista o
art. 57 da Lei no 4.320, de 1964, determinar classificar-se como Receita Orçamentária toda receita arrecadada que
porventura represente ingressos financeiros orçamentários, inclusive se provenientes de operações de crédito, exceto:
operações de crédito por antecipação de receita – ARO, emissões de papel moeda e outras entradas compensatórias no
ativo e passivo financeiros.”

O que é uma operação de crédito?

“Art. 3º A Lei de Orçamentos compreenderá tôdas as receitas, inclusive as de operações de crédito


autorizadas em lei.
Parágrafo único. Não se consideram para os fins deste artigo as operações de credito por antecipação
da receita, as emissões de papel-moeda e outras entradas compensatórias, no ativo e passivo financeiros .

Art. 57. Ressalvado o disposto no parágrafo único do artigo 3. desta lei serão classificadas como
receita orçamentária, sob as rubricas próprias, tôdas as receitas arrecadadas, inclusive as provenientes de
operações de crédito, ainda que não previstas no Orçamento.” (Lei nº 4.320/64)

A operação de crédito de curto prazo enquadrada nos limites e condições estabelecidos pelo Senado Federal é a
operação por Antecipação de Receitas Orçamentárias, conhecida como operação de ARO, destinada a atender
eventuais insuficiências de caixa durante o exercício financeiro.

“Art. 29. Para os efeitos desta Lei Complementar, são adotadas as seguintes definições:
...
III - operação de crédito: compromisso financeiro assumido em razão de mútuo, abertura de crédito,
emissão e aceite de título, aquisição financiada de bens, recebimento antecipado de valores provenientes da
venda a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras operações assemelhadas, inclusive com o
uso de derivativos financeiros;
...
§ 1o Equipara-se a operação de crédito a assunção, o reconhecimento ou a confissão de dívidas pelo
ente da Federação, sem prejuízo do cumprimento das exigências dos arts. 15 e 16.” (LC 101/00 - LRF)

As operações de crédito dos Entes públicos podem ser (Lei nº 4.320, de 1964 e Lei Complementar nº 101/2000)
de curto prazo (de até 12 meses), que integram a dívida flutuante, como as operações de ARO, e de médio ou longo
prazo (acima de 12 meses), as quais compõem a dívida fundada ou dívida consolidada.
A operação de crédito de curto prazo enquadrada nos limites e condições estabelecidos pelo Senado Federal é a
operação por Antecipação de Receitas Orçamentárias, conhecida como operação de ARO, destinada a atender
eventuais insuficiências de caixa durante o exercício financeiro.

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RECEITA ORÇAMENTÁRIA EFETIVA E NÃO EFETIVA

De acordo com o MCASP 2012:

Para fins contábeis, quanto ao impacto na situação líquida patrimonial, a receita pode ser “efetiva” ou “não-
efetiva”:
Receita Orçamentária Efetiva – aquela que, no momento do reconhecimento do crédito, aumenta a situação
líquida patrimonial da entidade. Constitui fato contábil modificativo aumentativo.
Receita Orçamentária Não Efetiva – aquela que não altera a situação líquida patrimonial no momento do
reconhecimento do crédito e, por isso, constitui fato contábil permutativo, como é o caso das operações de crédito.

O conceito da classificação das despesas em efetivas ou não efetivas é saber qual o impacto patrimonial trazido
pelas mesmas, devido à execução do orçamento.
A LOA é uma lei de execução financeira, onde fazem parte fluxos de caixa de entradas e saídas de recursos,
autorizados por lei pelo poder legislativo. Por natureza, receitas deveriam acrescer o patrimônio da entidade que as
reconhece e as despesas deveriam reduzi-lo. Mas essa sistemática não funciona no conjunto da execução orçamentária,
devido ao conceito de receita e despesa, sob o ponto de vista do patrimônio, ser distinto daquele conceito orçamentário,
de fluxo de caixa.
No patrimônio, receita representa o aumento definitivo de recursos, sem o aparecimento de um passivo
relacionado a esse ou o dispêndio de um ativo. Já no orçamento, receita é entrada, em dinheiro e disponível para tornar
efetivas as políticas públicas.
No momento em que o conceito de receita, sob o aspecto patrimonial, faz correspondência com o conceito
orçamentário, de fluxo de caixa de entrada, temos uma receita efetiva, que afeta o patrimônio positivamente.
EX: arrecadação de impostos.
Acontece que nem toda receita orçamentária tem resultado positivo no patrimônio, porque tem como
contrapartida a baixa de um ativo ou o surgimento de um passivo.
Ex: arrecadação da dívida ativa (entra dinheiro, mas se baixa o direito a receber, previamente contabilizado
quando da inscrição), obtenção de empréstimos (entra dinheiro, mas surge um passivo - empréstimos a pagar).

Não se pode misturar a receita orçamentária não efetiva com os ingressos extraorçamentários, pois a primeira
provoca uma mutação patrimonial e é empregada no pagamento da despesa pública orçamentária. Ao passo que o
segundo, apesar de também não alterar o patrimônio líquido e representar um fato permutativo, não gera mutação
patrimonial e é usado apenas para realizar desembolsos extraorçamentários, além de ser um recurso de caráter
temporário pertencente a terceiros.

62
RECEITA ORÇAMENTÁRIA ORIGINÁRIA E DERIVADA

A doutrina qualifica as receitas públicas, quanto à procedência, em Originárias e Derivadas. Essa classificação
possui caráter acadêmico e não é normatizada; portanto, não prevalece como classificador oficial da receita pelo Poder
Público.
Receitas Públicas Originárias - São aquelas impetradas pela exploração do próprio patrimônio da
administração, com a intervenção da venda de bens ou serviços. Neste caso, a administração opera sem exercer o seu
poder de soberania, não possuindo, pois, obrigatoriedade no seu pagamento pelo particular. São, portanto, receitas
contratuais de direito privado, também chamadas receitas patrimoniais. Decorrem, principalmente, de rendas do
patrimônio mobiliário e imobiliário do Estado (receita de aluguel), de preços públicos, de prestação de serviços
comerciais e de venda de produtos industriais ou agropecuários.
A Constituição Federal cita bens de domínio da União e dos Estados nos arts. 20 e 26. Assim também o faz o
Código Civil, no art. 99 e parágrafo único.
O art. 103 do Código Civil cria o conceito elementar de receita originária ou patrimonial, ao permitir a
remuneração do uso deste patrimônio:

Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido
legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem.

Receitas Públicas Derivadas - São as receitas para cuja obtenção, o Estado aciona a qualidade de soberania,
exigindo-as de forma compulsória, empreendendo financeiramente bens pertencentes ao patrimônio de particulares.São
coercitivamente atribuídas ao cidadãos, constituindo receitas obrigatórias de direito público. Assim sendo, os tributos e
as de contribuições especiais são ingressos públicos próprios derivados (receitas derivadas).

CLASSIFICAÇÃO DA RECEITA ORÇAMENTÁRIA

Compete à SOF pormenorizar a classificação da receita a ser utilizada, no âmbito da União, que é constituída
através de portaria de classificação orçamentária por natureza de receita.

As Receitas Orçamentárias são classificadas segundo os seguintes critérios:

 Natureza;
 Fonte/Destinação de Recursos; e
 Indicador de Resultado Primário.

I. NATUREZA DA RECEITA

Atualmente, existe a padronização da classificação da receita orçamentária por natureza econômica, empregada
tanto no planejamento (orçamento) quanto na execução.
O parágrafo 1º do art. 8º da Lei nº 4.320/1964 define que os itens de distinção da receita, referidos no seu art.
11, serão reconhecidos por números de código decimal. Estabeleceu-se por convenção designar este código de
natureza de receita. Esse código procura qualificar a receita identificando a origem do recurso segundo seu fato gerador.
63
“Art. 8º A discriminação da receita geral e da despesa de cada órgão do Govêrno ou unidade
administrativa, a que se refere o artigo 2º, § 1º, incisos III e IV obedecerá à forma do Anexo n. 2.
§ 1° Os itens da discriminação da receita e da despesa, mencionados nos artigos 11, § 4°, e 13, serão
identificados por números de códigos decimal, na forma dos Anexos ns. 3 e 4.

Art. 11 - A receita classificar-se-á nas seguintes categorias econômicas: Receitas Correntes e Receitas
de Capital.
§ 1º - São Receitas Correntes as receitas tributária, de contribuições, patrimonial, agropecuária,
industrial, de serviços e outras e, ainda, as provenientes de recursos financeiros recebidos de outras pessoas
de direito público ou privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis em Despesas Correntes.
§ 2º - São Receitas de Capital as provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de
constituição de dívidas; da conversão, em espécie, de bens e direitos; os recursos recebidos de outras pessoas
de direito público ou privado, destinados a atender despesas classificáveis em Despesas de Capital e, ainda, o
superávit do Orçamento Corrente.
§ 3º - O superávit do Orçamento Corrente resultante do balanceamento dos totais das receitas e
despesas correntes, apurado na demonstração a que se refere o Anexo nº 1, não constituirá item de receita
orçamentária.
§ 4º - A classificação da receita obedecerá ao seguinte esquema:
RECEITAS CORRENTES
RECEITA TRIBUTÁRIA
Impostos
Taxas
Contribuições de Melhoria
RECEITA DE CONTRIBUIÇOES
RECEITA PATRIMONIAL
RECEITA AGROPECUÁRIA
RECEITA INDUSTRIAL
RECEITA DE SERVIÇOS
TRANSFERÊNCIAS CORRENTES
OUTRAS RECEITAS CORRENTES
RECEITAS DE CAPITAL
OPERAÇÕES DE CRÉDITO
ALIENAÇÃO DE BENS
AMORTIZAÇÃO DE EMPRÉSTIMOS
TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL
OUTRAS RECEITAS DE CAPITAL “ (Lei 4.320/64)

Assim sendo, a natureza da receita orçamentária busca reproduzir o fato gerador que acarretou o ingresso dos
recursos nos cofres públicos. É a menor célula de informação na conjuntura orçamentária para as receitas públicas,
necessitando, deste modo, possuir todas as informações imperativas para as devidas vinculações, quando se aplicarem.
Para melhor identificação dos ingressos nos cofres públicos, o código identificador da natureza de receita é
dividido em níveis:

64
a) CATEGORIA ECONÔMICA

Receitas Orçamentárias Correntes são arrecadadas dentro do exercício financeiro, majoram as


disponibilidades financeiras do Estado, geralmente com impacto positivo sobre o Patrimônio Líquido e configuram
ferramenta para financiar os objetivos delimitados nos programas e ações orçamentários, com o propósito de satisfazer
finalidades públicas.

Receitas Orçamentárias de Capital também ampliam as disponibilidades financeiras do Estado e são


ferramentas de financiamento dos programas e ações orçamentários, a fim de se alcançarem as finalidades públicas. No
entanto, de maneira distinta das Receitas Correntes, as Receitas de Capital em regra não implicam no Patrimônio
Líquido.

De acordo com MCASP 2012:

Receitas de Operações Intraorçamentárias:


Operações intraorçamentárias são aquelas realizadas entre órgãos e demais entidades da Administração
Pública integrantes do orçamento fiscal e do orçamento da seguridade social do mesmo ente federativo; por isso, não
representam novas entradas de recursos nos cofres públicos do ente, mas apenas movimentação de receitas entre
seus órgãos. As receitas intraorçamentárias são a contrapartida das despesas classificadas na Modalidade de
Aplicação “91 – Aplicação Direta Decorrente de Operação entre Órgãos, Fundos e Entidades Integrantes do
Orçamento Fiscal e do Orçamento da Seguridade Social” que, devidamente identificadas, possibilitam anulação do
efeito da dupla contagem na consolidação das contas governamentais.
Dessa forma, a fim de se evitar a dupla contagem dos valores financeiros objeto de operações
Intraorçamentárias na consolidação das contas públicas, a Portaria Interministerial STN/SOF nº 338, de 26 de abril de
2006, incluiu as “Receitas Correntes Intraorçamentárias” e “Receitas de Capital Intraorçamentárias”, representadas,
respectivamente, pelos códigos 7 e 8 em suas categorias econômicas. Essas classificações, segundo disposto pela
Portaria que as criou, não constituem novas categorias econômicas de receita, mas apenas especificações das
Categorias Econômicas “Receita Corrente” e “Receita de Capital”.
Os recursos da transferência ficam vinculados à finalidade pública e não a pessoa. Podem ocorrer a nível
intragovernamental (dentro do âmbito de um mesmo governo) ou intergovernamental (governos diferentes, da
União para Estados, do Estado para os Municípios, por exemplo), assim como recebidos de instituições privadas (do
exterior e de pessoas).

65
b) ORIGEM

A origem faz referência à pormenorização da classificação econômica das receitas, ou seja, ao detalhamento
das receitas correntes e de capital de acordo com a Lei nº 4.320/64.

c) ESPÉCIE

A espécie compõe uma maior particularização da categoria anterior (origem). Essa classificação não está
pautada na Lei no 4.320/64, mas sim à classificação adotada pela SOF/STN (classificação discricionária).

Categoria Econômica da
Origem ESPÉCIE
Receita

1. RECEITAS
1. Tributária 1 – Impostos 2 – Taxas 3 – Contribuições De Melhoria
CORRENTES
2. Contribuições 1 – Sociais 2 – Econômicas 3 – Iluminação Pública
1 – Imobiliárias 2 – Valores Mobiliários 3 –
3. Patrimonial Concessões/Permissões 4 – Compensações Financeiras 5 –
Exploração de Bens Públicos 6 – Cessão de Direitos 9 – Outras
Receitas
Orçamentárias
4. Agropecuária 1 – Produção Vegetal 2 – Produção Animal 9 – Outras
(Receitas
Públicas)
1 – Indústria Mineral 2 – Indústria De Transformação 3 – Indústria
5. Industrial
De Construção 9 – Outras

6. Serviços 0 – Serviços

7. Transferências 2 – Intergovernamentais 3 – Instituições Privadas 4 – Do Exterior


Correntes 5 – De Pessoas 6 – Convênios 7 – Combate à Fome

9. Outras Receitas 1 – Multas e Juros de Mora 2 – Indenizações e Restituições 3 –


Correntes Dívida Ativa 9 – Diversas

Ingressos de Valores
2. RECEITAS de CAPITAL 1. Operações de Crédito 1 – Internas 2 – Externas
nos Cofres Públicos
2. Alienação de Bens 1 – Bens Móveis 2 – Bens Imóveis
3. Amortização de
0 – Amortizações
Empréstimos

2 – Intergovernamentais 3 – Instituições Privadas 4 – Do Exterior


4. Transferências de
5 – De Pessoas 6 – De Outras Instituições Públicas 7 –
Capital
Convênios 8 – Combate à Fome

2 – Integralização Do Capital 3 – Resultado do BCB 4 –


5. Outras Receitas de Remuneração Disponibilidades do TN 5 – Dívida Ativa da Amort.
Capital de Emp. e Financiamentos 6 – Dívida Ativa da Alienação de
Estoques de Café 9 – Outras

Ingressos Extra-
Orçamentários

66
d) RUBRICA

A rubrica é o grau que detalha a espécie com maior precisão, apontando a origem dos recursos financeiros.
Reúne determinadas receitas com particularidades e semelhanças entre si.

e) ALÍNEA

A alínea é o nível que expõe o nome da receita propriamente dita e que obtém o registro pela entrada de
recursos financeiros.

f) SUBALÍNEA

A subalínea forma o nível mais analítico da receita, o qual recebe o registro de valor, pela entrada do recurso
financeiro, quando houver necessidade de maior detalhamento da alínea.

II. FONTE/DESTINAÇÃO DE RECURSOS

A categorização por natureza da receita tem a intenção de identificar a origem do recurso segundo seu fato
gerador. Todavia, permanece o imperativo de classificar a receita segundo a destinação legal dos recursos arrecadados.
Essa classificação orçamentária empenha-se em determinar as origens dos ingressos financeiros que custeiam
os gastos públicos. Certas Naturezas de Receita são reunidas em Fontes de Recursos satisfazendo a uma regra
previamente estabelecida. Através do orçamento público, essas Fontes são destinadas a determinadas despesas de
forma a demonstrar os meios para alcançar os objetivos públicos.
Deste modo, o mesmo código usado para controle das destinações da receita orçamentária também é
aproveitado na despesa, para controle das fontes financiadoras da despesa orçamentária. Logo, este mecanismo
coopera para o atendimento do parágrafo único do art. 8º da LRF (LC n° 101/00) e o art. 50, inciso I da mesma Lei:

67
“Art. 8º
...
Parágrafo único. Os recursos legalmente vinculados a finalidade específica serão utilizados
exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em exercício diverso daquele em que
ocorrer o ingresso.

Art. 50. Além de obedecer às demais normas de contabilidade pública, a escrituração das contas
públicas observará as seguintes:
I – a disponibilidade de caixa constará de registro próprio, de modo que os recursos vinculados a
órgão, fundo ou despesa obrigatória fiquem identificados e escriturados de forma individualizada;”

O estabelecimento de vinculações para as receitas deve ser relacionada em mandamentos legais que
regulamentam o aproveitamento de recursos, seja para funções essenciais, seja para entes, órgãos, entidades e fundos.
Outro modelo de vinculação é aquela emanada de convênios e contratos de empréstimos e financiamentos, cujos
recursos são adquiridos com finalidade específica.
A classificação de fonte/destinação é formada por um código de três dígitos. O 1° dígito representa o grupo de
fonte, enquanto o 2° e o 3° representam a especificação da fonte.

68
III. INDICADOR DE RESULTADO PRIMÁRIO.

Esta classificação orçamentária da receita não é obrigatória e foi estabelecida para a União com o propósito de
assinalar quais são as receitas e as despesas que produzem o resultado primário do Governo Federal, que é
representado pela diferença entre as Receitas Primárias e as Despesas Primárias.
As receitas do Governo Federal podem ser separadas entre primárias e não primárias (financeiras). O primeiro
conjunto reporta-se principalmente a receitas correntes e é formado daquelas que advêm dos tributos, das contribuições
sociais, das concessões, dos dividendos recebidos pela União, da cota-parte das compensações financeiras, das
decorrentes do próprio esforço de arrecadação das unidades orçamentárias, das provenientes de doações e convênios e
outras também consideradas primárias.
Já as receitas não primárias (financeiras) são aquelas que não colaboram para o resultado primário ou não
modificam o endividamento líquido do Governo (setor público não financeiro) no exercício financeiro correspondente,
visto que produzem uma obrigação ou suprimem um direito, ambos de natureza financeira, junto ao setor privado interno
e/ou externo, alterando simultaneamente o ativo e o passivo financeiros. São contraídas junto ao mercado financeiro,
decorrentes da emissão de títulos, da contratação de operações de crédito por organismos oficiais, das receitas de
aplicações financeiras da União (juros recebidos, por exemplo), das privatizações e outras.
O cálculo da Receita Primária é efetuado somando-se as Receitas Correntes com as de Capital e, depois,
excluindo da conta as receitas: de operações de crédito e seus retornos (juros e amortizações), de aplicações
financeiras, de empréstimos concedidos e do superávit financeiro. É o somatório das receitas fiscais líquidas (aquelas
que não motivam obrigatoriedade de contraprestação financeira, como ônus, encargos e devolução).
A receita é classificada, também, como Primária (P) quando seu valor é incluído na apuração do Resultado
Primário no conceito acima da linha, e Não-Primária ou Financeira (F) quando não é incluído nesse cálculo. Esse
conceito surgiu quando o Brasil adotou metodologia de apuração do resultado primário oriunda de acordos com o Fundo
Monetário Internacional - FMI.

RELACIONAMENTO DO REGIME ORÇAMENTÁRIO COM O REGIME CONTÁBIL

O art. 35 menciona o regime orçamentário (regime misto, regime de caixa para receitas e regime de
competência para as despesas) e não o regime contábil (patrimonial), pois a contabilidade é abordada em título
específico da citada lei, no qual se institui que as variações patrimoniais precisam ser demonstradas, sejam elas
independentes ou resultantes da execução orçamentária.

“Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro:


I – as receitas nele arrecadadas;
II – as despesas nele legalmente empenhadas.” (Lei 4.320/64)

Portanto, com a finalidade de destacar o impacto no patrimônio, deve haver o registro da variação patrimonial
aumentativa, independentemente da execução orçamentária, em razão do fato gerador, observando-se os princípios
contábeis da competência e da oportunidade (regime contábil).
Ocorrido o fato gerador, deve-se proceder ao registro contábil do direito a receber em correspondência à
variação patrimonial aumentativa, o que importa o registro da variação patrimonial aumentativa por competência.

69
“Título IX – Da Contabilidade
[...]
Art. 85. Os serviços de contabilidade serão organizados de forma a permitirem o acompanhamento da
execução orçamentária, o conhecimento da composição patrimonial, a determinação dos custos dos serviços
industriais, o levantamento dos balanços gerais, a análise e a interpretação dos resultados econômicos e
financeiros.
[...]
Art. 89. A contabilidade evidenciará os fatos ligados à administração orçamentária, financeira,
patrimonial e industrial.
[...]
Art. 100. As alterações da situação líquida patrimonial, que abrangem os resultados da execução
orçamentária, bem como as variações independentes dessa execução e as superveniências e insubsistências
ativas e passivas, constituirão elementos da conta patrimonial.
[...]
Art. 104. A Demonstração das Variações Patrimoniais evidenciará as alterações verificadas no
patrimônio, resultantes ou independentes da execução orçamentária, e indicará o resultado patrimonial do
exercício.”

ETAPAS DA RECEITA ORÇAMENTÁRIA

a) Previsão

A previsão evolve planejar e estimar a arrecadação das receitas orçamentárias que figurarão na proposta
orçamentária. Isso deverá ser efetivado em conformidade com as normas técnicas e legais correlatas e, em especial,
com as disposições constantes na Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000 – LRF:

Art. 12. As previsões de receita observarão as normas técnicas e legais, considerarão os efeitos das
alterações na legislação, da variação do índice de preços, do crescimento econômico ou de qualquer outro
fator relevante e serão acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos últimos três anos, da projeção
para os dois seguintes àquele a que se referirem, e da metodologia de cálculo e premissas utilizadas.

A previsão de receitas é o passo que precede à fixação da quantia de despesas que irão constar nas leis de
orçamento, além de ser alicerce para se avaliar as necessidades de financiamento do governo.

70
b) Lançamento

O art. 53 da Lei no 4.320, de 17 de março de 1964, define o lançamento como ato da repartição competente, que
verifica a procedência do crédito fiscal e a pessoa que lhe é devedora e inscreve o débito desta. Por sua vez, para o art.
142 do Código Tributário Nacional, lançamento é o procedimento administrativo que verifica a ocorrência do fato gerador
da obrigação correspondente, determina a matéria tributável, calcula o montante do tributo devido, identifica o sujeito
passivo e, sendo o caso, propõe a aplicação da penalidade cabível. Uma vez ocorrido o fato gerador, procede-se ao
registro contábil do crédito tributário em favor da fazenda pública em contrapartida a uma variação patrimonial
aumentativa.
Lançamento é Procedimento Administrativo do Fisco, por isso alguns autores não consideram essa fase como
“estágio” de execução da Receita. No entanto, o MCASP considera o “Lançamento” estágio intermediário entre a
“Previsão” e a “Arrecadação” da receita.

Art. 52. São objeto de lançamento os impostos diretos e quaisquer outras rendas com vencimento
determinado em lei, regulamento ou contrato.
Art. 53. O lançamento da receita, o ato da repartição competente, que verifica a procedência do crédito
fiscal e a pessoa que lhe é devedora e inscreve o débito desta.

Destaca-se que as receitas patrimoniais e as empresariais não se submetem ao lançamento, haja vista
ingressarem diretamente no estágio da Arrecadação, mas as tributárias e de contribuições carecem do procedimento
administrativo citado antes de entrarem no estágio da “Arrecadação”.

c) Arrecadação

Fundamenta-se no recebimento da receita pelo agente devidamente autorizado, agentes arrecadadores, através
de estabelecimentos bancários oficiais ou privados, devidamente credenciados, a fim de se liquidarem compromissos
com o ente público.

d) Recolhimento

Fase na qual os agentes arrecadadores confiam o produto da arrecadação ao Caixa Único: Conta Única do
Tesouro Nacional, no Banco Central do Brasil, no caso da União. É somente nesse estágio que advém a efetiva entrada
dos recursos financeiros arrecadados nos cofres públicos.

Art. 56. O recolhimento de todas as receitas far-se-á em estrita observância ao princípio de unidade de
tesouraria, vedada qualquer fragmentação para criação de caixas especiais.

Deve ser observado, entretanto, que nem todas os momentos apresentados ocorrem para todos os tipos de
receitas orçamentárias. Exemplificando, o caso da arrecadação de receitas orçamentárias que não foram previstas, não
tendo, logicamente, passado pela etapa da previsão. Da mesma maneira, algumas receitas orçamentárias não
percorrem o estágio do lançamento, como é a ocorrência de uma doação em espécie recebida pelos entes públicos.

71
EXERCÍCIOS

1) (TCE/AM – Auditor 2007/FCC) É definição de Receitas Públicas, em sentido estrito:

(A) Entrada que, integrando-se no patrimônio público, sem nenhuma reserva, condições ou correspondência no passivo,
vem acrescer o seu vulto, como elemento novo e positivo.
(B) Somas de dinheiro recebidas pelo Estado e demais entes públicos para cobertura de seus gastos.
(C) Todos os créditos ou proventos destinados à despesa geral do Estado e à manutenção do seu patrimônio.
(D) Entrada que, integrando-se no patrimônio público, sem nenhuma reserva, porém com condições ou correspondência
no passivo, vem acrescer o seu vulto, como elemento novo e positivo.
(E) Conjunto de ingressos financeiros com fonte e fatos geradores próprios e permanentes, oriundos da ação e de
atributos inerentes à instituição, e que integrando o patrimônio na qualidade de elemento novo, produz-lhe acréscimos,
podendo, contudo, gerar obrigações, reservas ou reivindicações de terceiros.

2) (TRE/RN - ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA 2005/FCC) A receita pública é classificada em dois


grupos:

a) patrimonial e serviços.
b) patrimonial e tributária.
c) serviços e tributária.
d) orçamentária e tributária.
e) orçamentária e extra-orçamentária.

72
3) (TRF 2ª Região - Téc.Jud-Contabilidade 2007 FCC) A receita pública, de acordo com a Lei no 4.320/64, será
classificada nas seguintes categorias econômicas:

(A) Receitas de Custeio e Investimentos.


(B) Receitas Tributárias e Receitas de Capital.
(C) Receitas Correntes e Receitas de Capital.
(D) Receitas Orçamentárias e Extra-orçamentárias.
(E) Receitas Financeiras e Patrimoniais.

4) (TRE/PE - ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA 2004/FCC) A correlação entre o tipo de receita e seu
respectivo conceito está em:

5) (Analista Jud.: Contabilidade TRE/PB 2007 FCC) Fonte que classifica a receita de dividendos distribuídos por
empresa da qual a Prefeitura é acionista:

(A) de capital.
(B) Tributária.
(C) Patrimonial.
(D) Transferência intergovernamental.
(E) Industrial.

6) (TRF 2ª Região - Anal.Jud-Administrativa 2007 FCC) A fonte de receita gerada por meio de recursos financeiros
recebidos de outras entidades de direito público ou privado e destinados ao atendimento de gastos, classificáveis em
despesas correntes denominasse

(A) receita de serviços.


(B) receita de contribuições.
(C) receita patrimonial.
(D) transferências correntes.
(E) receita industrial.

73
7) (TRE/PI - ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA 2002/FCC) A Lei nº 4.320, de 17/03/64, ao tratar da Lei
de Orçamento e classificar a receita corrente, considera as multas e a cobrança da dívida ativa como receitas

a) de capital.
b) tributárias.
c) patrimoniais.
d) industriais.
e) diversas.

8) (MPU Analista administrativo 2007/FCC) É exemplo de receita de capital:

a) Receita de alienação de bens.


b) Receita Patrimonial.
c) Inscrição de dívida ativa do ente público.
d) Receita industrial.
e) Aluguéis de imóveis públicos.

9) (MPU Téc.Apoio-Orçamento 2007/FCC) Classificam-se como receitas de capital as receitas

a) industriais.
b) de operações de crédito.
c) provenientes da cobrança da dívida ativa.
d) patrimoniais.
e) decorrentes de indenizações recebidas pelo ente público.

10) (MPU Analista de Orçamento 2007/FCC) É exemplo de receita de capital:

a) receita decorrente de prestação de serviços.


b) receita industrial.
c) receita da venda de títulos da dívida pública.
d) receita decorrente da exploração de atividade agropecuária.
e) receita de aluguéis, foros e laudêmios.

11) (Ag. Fisc. Financeira – Adm. Geral TCE/SP 2005/FCC) São Receitas de Capital

(A) as receitas tributarias.


(B) o superávit do orçamento corrente.
(C) as receitas de contribuições.
(D) as provenientes de recursos financeiros recebidos de outras entidades para atender
despesas com pessoal.
(E) as receitas patrimonial, agropecuária, industrial, de serviços e outras.

74
12) (Aux. Fisc. Financeira TCE/SP 2005/FCC) As receitas tributárias, as receitas de serviços e o superávit do
orçamento corrente classificam-se, respectivamente, como receitas

(A) correntes, correntes e de capital.


(B) correntes, de capital e correntes.
(C) de capital, de capital e correntes.
(D) de capital, correntes e correntes.
(E) correntes, de capital e de capital.

13) (MPU Téc.Apoio-Orçamento 2007/FCC) É um exemplo de receita extra-orçamentária:

a) aluguéis recebidos pelo ente público.


b) foros e laudêmios.
c) recebimento de depósitos judiciais.
d) receita de alienação de imóveis.
e) juros e multas sobre a dívida ativa.

14) (TRT 23ª Região - Anal.Jud-Contabilidade 2007 FCC) É um exemplo de receita extraorçamentária:

(A) A venda de produtos agrícolas efetuada por uma autarquia.


(B) O aluguel de imóveis de propriedade do ente público.
(C) Os juros recebidos por aplicações financeiras efetuadas pelo ente público.
(D) O recebimento do pagamento de foros e laudêmios pela União.
(E) Os depósitos e cauções recebidas pelo ente público.

15) (Analista Jud.: Contabilidade TRE/PB 2007 FCC) Receita efetiva é

(A) a colocação de títulos públicos no mercado financeiro.


(B) a operação de crédito.
(C) a alienação de bens imóveis.
(D) o recebimento de valores emprestados.
(E) a cota-parte do Fundo de Participação dos Estados.

16) (Analista Administrativo TRF 1ª REGIÃO 2006 FCC) Considere o texto abaixo. De acordo com os conceitos
contábeis e orçamentários estabelecidos, receita ..... é aquela em que os ingressos de disponibilidades de recursos não
foram precedidos de registro de reconhecimento do direito e não constituem obrigações correspondentes e por isto
alteram a situação líquida patrimonial; enquanto receita ..... é aquela em que os ingressos de disponibilidades de
recursos foram precedidos de registro do reconhecimento do direito e por isto não alteram a situação líquida patrimonial.
Para completá-lo corretamente as lacunas devem ser preenchidas, respectivamente, por

(A) estimada – incorporada.


(B) efetiva – não-efetiva.

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(C) nominal – real.
(D) prevista – não-prevista.
(E) antecipada – postergada.

17) (TRT 23ª Região - Anal.Jud-Contabilidade 2007 FCC) Um ingresso de recursos que aumenta a situação líquida do
ente público é a receita

(A) de operação de crédito por antecipação de receita.


(B) extra-orçamentária.
(C) patrimonial.
(D) de cauções.
(E) de amortização de empréstimos concedidos.

18) (MPU Téc.Apoio-Orçamento 2007/FCC) Trata-se de uma receita derivada:

a) receitas de aluguéis de imóveis de propriedade do ente público.


b) dividendos recebidos de empresas estatais.
c) receitas de atividades industriais promovidas pelo ente público.
d) receitas de contribuições sociais.
e) doações recebidas pelo ente público.

19) (TCEMG – Procurador 2007 FCC) São receitas derivadas

(A) as multas em geral, o imposto sobre a renda, a taxa e a contribuição de melhoria.


(B) as tarifas, as contribuições em geral, os depósitos e os empréstimos públicos.
(C) os preços públicos, os empréstimos compulsórios e as contribuições especiais e demelhoria.
(D) os depósitos, os empréstimos públicos em geral e os preços públicos.
(E) as reparações de guerra, as multas penais e administrativas, os tributos em geral, os preços públicos e as tarifas.

20) (TCEMG - Téc-Cont-Ext - Direito 2007 FCC) As taxas e os preços públicos são, respectivamente,

(A) receitas originárias e meros ingressos (entradas).


(B) meros ingressos (entradas) e receitas derivadas.
(C) receitas privadas e receitas públicas.
(D) receitas originárias e receitas derivadas.
(E) receitas derivadas e receitas originárias.

21) (MPU Téc.Apoio-Orçamento 2007/FCC) Os estágios da receita são, em ordem cronológica,

a) lançamento, previsão, recolhimento e arrecadação.


b) lançamento, previsão, arrecadação e recolhimento.
c) previsão, lançamento, recolhimento e arrecadação.

76
d) previsão, lançamento, arrecadação e recolhimento.
e) arrecadação, lançamento, previsão e recolhimento.

22) (Técnico Judiciário – Contabilidade TRF 1ª Região 2006 FCC) A receita pública percorre fases claramente
identificadas de procedimentos administrativos e contábeis. Pode-se afirmar que a proposição está

(A) parcialmente correta, visto que, embora existam etapas, não são claramente identificadas.
(B) correta, sendo que as fases são: lançamento, arrecadação e recolhimento.
(C) correta, pois a receita percorre a etapa de liquidação, contribuição e recolhimento.
(D) incorreta, dado o fato que o regime de caixa é o que determina a contabilização da receita.
(E) parcialmente incorreta, pois as fases distinguem-se contabilmente e não administrativamente.

23) (TRF 2ª Região - Téc.Jud-Contabilidade 2007 FCC) O ato da repartição competente, ue verifica a procedência do
crédito fiscal e a pessoa que lhe é devedora e inscreve o débito desta, denomina-se

(A) cobrança administrativa.


(B) liquidação.
(C) lançamento.
(D) arrecadação.
(E) cobrança judicial.

24) (TRF 4ª Região - Téc.Jud-Contabilidade 2004 FCC) Para que uma receita orçamentária seja considerada como tal
na execução da receita, é necessário que tenha sido

(A) prevista no orçamento, lançada, arrecadada e recolhida.


(B) prevista no orçamento, lançada, arrecadada.
(C) lançada e arrecadada.
(D) arrecadada e recolhida.
(E) arrecadada.

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