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Neste sentido, Bitencourt (2015, p.445) leciona que Goldschmidt afasta os elementos
fáticos da culpabilidade, reduzindo-a a juízo de contrariedade ao dever, chamando
atenção para o fato de que este deverá ter caráter normativo referente a uma “vontade
contrária ao dever”.
Finalmente, Mezger (1957, p. 199 apud Bitencourt, 2008, p. 339) como
defensor da teoria exposta, entende referente a culpabilidade:
“É o conjunto daqueles pressupostos da pena que fundamentam, frente
ao sujeito, a reprovabilidade pessoal da conduta antijurídica. [...] A ação
aparece, por isso, como expressão juridicamente desaprovada da
personalidade do agente.”
Ademais, a culpabilidade para Mezger era um reflexo da vida do sujeito, ou seja, este
seria culpável, censurado, pelos maus hábitos que adquiriu ao longo da vida. Mezger
considerava como núcleo da culpabilidade o autor.
Bitencourt (2015, p. 452 apud Welzel, 1970, p. 197-8) cita:
“Segundo Welzel, culpabilidade é a reprovabilidade da configuração da
vontade. Portanto, toda culpabilidade é culpabilidade de vontade, ou seja,
somente se pode reprovar agente, como culpabilidade, aquilo a respeito
do qual pode algo voluntariamente”