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Biologia – Geologia (10º ano)

COMPREENDER A ESTRUTURA E
A DINÂMICA DA GEOSFERA
✓Métodos para o estudo do interior da geosfera

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ESTUDANDO A GEOSFERA

Açores – Porquê um “laboratório” de Ciências da Terra?


O arquipélago açoriano localiza-se num ramo da crista média do Atlântico,
que é uma zona de produção de crosta oceânica.

Este ramo, que se junta a Oeste à crista médio- atlântica, prolonga-se para
Este através da falha Açores-Gibraltar. Esta região é um autêntico
“laboratório geológico”, na medida em que se pode estudar a grande
atividade sísmica e vulcânica que a afeta. Os desastres naturais de cariz
geológico são, portanto, um risco sempre associado ao enquadramento
tectónico dos Açores, arquipélago que se encontra sujeito a fenómenos
sísmicos e vulcânicos frequentes, os mesmos que, afinal, deram
origem ao arquipélago.

Atualmente, é bem conhecida a atividade vulcânica submarina da


Serreta (Ilha Terceira), facto, aliás, bastante referenciado na imprensa diária.
Trata-se de um tipo de atividade vulcânica submarina muito particular que já
se designa de “tipo serretiano”.
Adaptado de Programa de Biologia-Geologia (10º ano)

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CONTEXTO GEOLÓGICO DOS AÇORES

… Açores, ilhas gerados pelo fogo no seio da água…

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CONTEXTO GEOLÓGICO DOS AÇORES

Os limites entre as placas não são nítidos – existem zonas altamente


fraturadas e, muitas vezes, o magma ascende por lá originando
aparelhos vulcânicos que, ao ficarem submersos, formam ilhas!

… O contexto geológico dos Açores é muito específico e complexo…


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CONTEXTO GEOLÓGICO DOS AÇORES

A dorsal médio-atlântica é cortada por diversas falhas ativas, sendo


de realçar a que atravessa a Ilha de São Jorge …
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CONTEXTO GEOLÓGICO DOS AÇORES

Ilha do Pico
Lagoa das 7 cidades – São Miguel

AÇORES, UM EXCELENTE
LABORATÓRIO PARA OS
INVESTIGADORES DAS CIÊNCIAS
DA TERRA …
tanta instabilidade traduz-se numa grande
atividade sísmica, vulcânica e tectónica

Furnas
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CONTEXTO GEOLÓGICO DOS AÇORES

Nos Açores é bem explorada a emissão “anormal” de calor


(fluxo térmico elevado)

Central geotérmica
COMPREENDER A ESTRUTURA E
DINÂMICA DA GEOSFERA

“Na sua tranquila casa de Hamburgo, o


excêntrico Professor Lidenbrock descobre, por
acaso, o manuscrito de um alquimista islandês
do século XVI, no qual este revela ter atingido
o centro da Terra através da cratera do
Sneffels, vulcão extinto da Islândia. Seguir-lhe
as pisadas é a determinação imediata do
sábio que, logo um mês depois, inicia a sua
arriscada viagem na companhia do sobrinho
Axel e de um guia local chamado Hans.”

“Os três homens penetram pois, nas entranhas


do globo terrestre, mas muitas e pasmosas
1864 surpresas os aguardam, ultrapassando mesmo
todas as mais ousadas expectativas de
qualquer dos viajantes: depois de
percorrerem inúmeros poços e corredores
deparam com uma caverna enorme na qual
existe um mar, atravessam uma floresta de
cogumelos e outros …”
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DINÂMICA DA GEOSFERA

Que fenómenos permitem provar que a geosfera


apresenta um forte dinamismo?
✓A formação de novas montanhas é uma evidência do permanente dinamismo terrestre

✓A vida interna da Terra revela-se aos nossos olhos quando vulcões entram em atividade
✓O “arrastamento” de placas litosféricas …

✓O ciclo das rochas recicla os materiais …

✓Processos subtilmente lentos que pouco a pouco


e continuamente, soergam massas continentais
– isostasia.
✓Sismos que, sendo dos mais temidos fenómenos
naturais pela sua imprevisibilidade e pelas suas
pesadas consequências, nos permitiram abrir uma
janela de conhecimento para o interior do
planeta….
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DINÂMICA DA GEOSFERA
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http://www.dandanowski.com/portfolio/index.php?show=isostasy
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DINÂMICA DA GEOSFERA

Sendo a astenosfera uma zona com


comportamento plástico, a litosfera (menos
densa), está em equilíbrio sobre aquela zona.
Quando se rompe este equilíbrio ocorrerão
movimentos verticais de ascensão ou descida!
Sedimentação e glaciações alteram o equilíbrio
isostático e provocam afundamentos…

A erosão e o degelo alteram também este


equilíbrio e provocam soerguimentos!

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DINÂMICA DA GEOSFERA

Estes movimentos verticais da litosfera


podem ocorrer quando uma região é
sobrecarregada com algum material,
causando movimentos de subsidência
(afundamento), ou descarregada, causando
soerguimento.

Este tipo de fenómeno faz “desacreditar”,


em parte, as consequências gravosas do
efeito de estufa, como inundações…
Na Escandinávia, após o último período de
glaciação (há 10.000 anos), o nível do mar elevou-se
rapidamente. Mas a Escandinávia, que estava
recoberta por uma camada de gelo, continua a
soerguer-se até hoje, segundo uma taxa média de 1
cm/ano!
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ESTUDANDO A GEOSFERA

MÉTODOS PARA O
ESTUDO DA GEOSFERA

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ESTUDANDO A GEOSFERA

✓ Observação e estudo direto da superfície visível (afloramentos)

✓ Exploração de jazidas minerais em minas e escavações

✓ Magmas e xenólitos

✓ Sondagens

✓ Movimentos tectónicos

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ESTUDANDO A GEOSFERA

Grand Canyon, Arizona – U.S.A. Minas e escavações

Vulcões – “janelas” para o interior


da Terra

Sondagens (perfurações)
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ESTUDANDO A GEOSFERA

Cortes de estrada

Construção de túneis

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ESTUDANDO A GEOSFERA

✓ Observação e estudo direto da superfície visível


… em cortes de estradas, túneis, afloramentos, etc…

Estudando diretamente a superfície (crusta)


visível podem-se determinar as
características das rochas, deformações
sofridas, idade das estruturas, entre outros…

NO ENTANTO …

A observação limitar-se-á apenas à


superfície …

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ESTUDANDO A GEOSFERA

✓ Exploração de jazidas minerais em minas e escavações

Só permite conhecer a Terra em profundidade


… (3 a 4 Km)…

INSUFICIENTE!

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ESTUDANDO A GEOSFERA

✓ Magmas e xenólitos Por norma, quando os vulcões entram em


atividade lançam para o exterior
material que se encontra no interior da
Terra. Sendo a maior parte do magma
de origem mantélica (100 ou mais Km),
podemos estudar diretamente a
composição e estado físico do material
que abunda nesta zona da Terra …

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ESTUDANDO A GEOSFERA

✓ Magmas e xenólitos

Por vezes, e durante a ascensão, o magma arranca bocados da chaminé e da câmara


magmática (xenólitos) os quais podem também ser estudados!
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ESTUDANDO A GEOSFERA

✓ Sondagens

São perfurações que se fazem no solo e que


permitem recolher amostras de camadas
interiores da Terra (darão indicações preciosas
sobre a sua constituição).

As máquinas com que se executam as


perfurações denominam-se de Sondas. A
profundidade máxima atingida foi cerca de
12 km, correspondendo portanto à camada
mais externa da estrutura interna da Terra - a
crosta

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ESTUDANDO A GEOSFERA

✓ Sondagens
Já foram feitas milhares de
sondagens com o objetivo de
prospecção de jazigos de
petróleo e outros minerais.
Estas, contudo, não costumam
exceder a profundidade de
2.500 metros. Quando a
ultrapassam dizem-se
ultraprofundas e podem ir até
aos 9.000 metros);

Efetuaram-se já algumas sondagens ultraprofundas com o objetivo de conhecer a


constituição do interior da Terra. A perfuração mais profunda atingiu a profundidade de
12.023 metros, realizou-se em 1984 na Península de Kola (ex-URSS), o que corresponde a
0,19% do raio da Terra… (um “arranhão”)…
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ESTUDANDO A GEOSFERA

✓ Sondagens – os projetos mais conhecidos


Projecto Mohole

Planeado em 1957, tinha um objectivo


ambicioso: perfurar a crusta terrestre e
atingir o manto superior!
A sondagem foi feita na crusta oceânica mas
o furo atingiu apenas 197 m abaixo do
fundo oceânico, junto às Ilhas Guadalupe, no
Pacífico! O projecto, devido aos
elevadíssimos custos, e ausência de
resultados, acabou por ser cancelado…

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ESTUDANDO A GEOSFERA

✓ Sondagens
Estes métodos continuam a ser limitados… os materiais
usados nas perfurações têm de ser resistentes às
elevadas temperaturas e, em simultâneo, suficientemente
leves para serem manejados…

Este é um dos principais problemas deste tipo de


métodos pois o Homem não conseguiu ainda fabricar
materiais com tais características…

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ESTUDANDO A GEOSFERA

✓ Movimentos tectónicos

Rochas que estavam em


profundidade (crusta inferior ou
manto superior) se se situarem em
zonas de limites convergentes,
podem sofrer cavalgamentos,
acabando por aflorar! … Devido
às forças, elas vão sendo
lentamente transferidas de zonas
profundas para a superfície!

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ESTUDANDO A GEOSFERA

✓ Movimentos tectónicos

in Cientic – José Salsa


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ESTUDANDO A GEOSFERA

TERÃO LIMITAÇÕES …?
Sim! São métodos altamente
insuficientes para quem pretende
conhecer o interior da Terra: não
permitem obter informações acerca
das camadas mais inferiores, mais
profundas!

Para isso teremos de estudar dados obtidos


através de métodos indiretos!
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ESTUDANDO A GEOSFERA

“É muito difícil, para não se dizer impossível, observar diretamente o interior do nosso planeta.
Sendo assim, do planeta onde vivemos apenas explorámos a superfície (e não toda), mantendo-
se o seu interior como um “grande desconhecido”.
Todavia, sabemos que a temperatura aumenta com a profundidade, que a temperatura do interior
da Terra é elevada e supomos conhecer, também, a estrutura e composição interna do nosso
planeta - a maioria dos nossos conhecimentos é proveniente de dados obtidos por meio de
observações indiretas.
Adaptado de Programa de Biologia-Geologia (10º ano)
ano

GEOFÍSICA ASTROGEOLOGIA PLANETOLOGIA

Sismologia Gravimetria Densidade Magnetismo Geotermia

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ESTUDANDO A GEOSFERA

Sismologia
Sempre que ocorre um sismo, a propagação das ondas sísmicas irá “radiografar” o
interior da Terra!

✓As ondas sísmicas propagam-se por


todo o globo …!

✓Existem aparelhos precisos que as


registam (sismógrafos)!

✓A velocidade das ondas sísmicas


varia de acordo com as propriedades
físicas do material que estão a
atravessar!
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ESTUDANDO A GEOSFERA

Sismologia

Se a Terra fosse homogéna / não


diferenciada, as ondas sísmicas … Como isso não acontece podemos chegar a
propagar-se-iam a uma velocidade uma conclusão: a Terra tem uma estrutura
sempre constante e retilínea (estavam, diferenciada, heterogénea, diferenciada em
durante todo o seu percurso, a camadas de rigidez e densidade diferentes
atravessar material igual…). (há zonas onde certas ondas sísmicas deixam de se
propagar)!
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… as verdadeiras responsáveis pela destruição de vidas e bens, são as mesmas que
nos possibilitam detetar a estrutura íntima da quase esfera em que vivemos: a existência
de descontinuidades profundas entre zonas de composição e propriedades distintas, sem
que, para tal, tenhamos que realizar a sonhada viagem ao interior da Terra…
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DINÂMICA DA GEOSFERA
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As ondas sísmicas propagam-se, no interior da Terra


a partir do hipocentro

À medida que vão percorrendo o interior da


Terra as ondas sísmicas vão mudando de direção
e velocidade ao encontrarem materiais de
constituição diferente

As ondas sísmicas permitem,


indiretamente, estudar o interior da
Terra
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ESTUDANDO A GEOSFERA

Gravimetria
Área que se ocupa da medição da força gravítica e na sua
variação no globo (usa instrumentos próprios – gravímetros)

Gravímetro estável

LEI DA
GRAVITAÇÃO
UNIVERSAL
Gravímetro lunar
força gravítica é inversamente proporcional à distância!
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ESTUDANDO A GEOSFERA

Gravimetria
ENTÃO TENTA EXPLICAR…
Por que motivo um objecto que pese 90,5 Kg nos pólos
regista um peso de apenas 90 Kg no equador ???

“QUEM ME DERA VIVER NO EQUADOR”.

É que a distância do equador ao centro da Terra é superior à distância


entre os pólos e o centro, logo a força gravítica no equador é inferior.
A TERRA NÃO É UMA ESFERA PERFEITA – OS PÓLOS SÃO ACHATADOS!
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ESTUDANDO A GEOSFERA

Gravimetria
A superfície terrestre não é lisa e
regular: há zonas planas, grandes
depressões, etc…

Assim, há uma variação


da medida da força
gravítica ao longo da
superfície terrestre!

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ESTUDANDO A GEOSFERA

Gravimetria
Para conseguirmos comparar a força gravítica em diferentes pontos da Terra foi
necessário introduzir correções relativas aos vários parâmetros que a fazem variar
(latitude, altitude, etc).

Era esperado, após a introdução destas correções, que agora a força gravítica medida
fosse igual em qualquer ponto da Terra, como se ela fosse regular! … MAS ISSO NÃO
ACONTECEU!
Diferença entre os valores
esperados de gravidade para
um determinado local e os
valores obtidos por medição.

Estas anomalias indiciam que existem,


naquela área, e em profundidade,
materiais rochosos com diferentes
densidades!
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ESTUDANDO A GEOSFERA

Gravimetria

Quando se obtêm valores da força gravítica acima dos esperados;

Quando se obtêm valores da força gravítica inferiores aos esperados.

MASSA = d (densidade) x V (volume)

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ESTUDANDO A GEOSFERA

Gravimetria

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ESTUDANDO A GEOSFERA

Gravimetria

Muitas vezes associado


à génese de petróleo

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ESTUDANDO A GEOSFERA

Gravimetria

Rochas com reduzida densidade (sedimentares, domos de sal-gema) ou grutas, despoletam


a ocorrência de anomalias gravimétricas negativas;
Rochas de densidade elevada (intrusões magmáticas) provocam a ocorrência de anomalias
gravimétricas potivivas!
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ESTUDANDO A GEOSFERA

Gravimetria
Convencionalmente: força gravítiva = 0 ao nível da água do mar;
acima e abaixo desse valor entra-se no domínio das anomalias

Por ser menos densa que as rochas Por apresentar uma maior Por ser mais densa que as rochas
encaixantes, a zona onde se quantidade de rochas densas, irá encaixantes, a zona onde se
encontra o sal-gema irá provocar existir à superfície dessa área valor encontra o minério irá provocar
uma menor atração gravítica de gravidade superior ao esperado: uma maior atração gravítica
(anomalia gravimétrica negativa) (anomalia gravimétrica posiviva) (anomalia gravimétrica positiva)
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ESTUDANDO A GEOSFERA

Gravimetria

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ESTUDANDO A GEOSFERA

Gravimetria

Nas grandes montanhas não se registam anomalias gravimétricas positivas o que


pressupõe que essas mesmas montanhas apresentam grandes e profundas raízes
(inclusivamente maiores que as zonas visíveis) formadas por materiais pouco densos!

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ESTUDANDO A GEOSFERA

Gravimetria
Quando analisamos
o perfil gravimétrico
ao longo de um
continente
verificamos que
apresenta
globalmente uma
gravidade inferior
às regiões
oceânicas e que as
anomalias
negativas são mais
intensas nas
… é que a crusta continental, apesar de mais espessa, é pouco
regiões
densa, quando comparada com a crusta oceânica e com o manto.
montanhosas.
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ESTUDANDO A GEOSFERA

Gravimetria
A prospeção de metais de valor económico
(densos) e a variação de volume de magma
nas câmaras magmáticas podem ser
monitorizados através de variações
gravimétricas (câmaras magmáticas vazias
– anomalias gravimétricas negativas)!

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ESTUDANDO A GEOSFERA

Gravimetria

Variações de densidade
podem também evidenciar
variações de pressão em
profundidade

GRADIENTE GEOBÁRICO
(a pressão aumenta da superfície
para o centro da Terra)

Ficha nº 12 – Grupo II - TPC

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ESTUDANDO A GEOSFERA

Geotermia

Área que estuda a variação da


temperatura em função da
profundidade terrestre

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ESTUDANDO A GEOSFERA

Geotermia
Outros conceitos importantes:

GRADIENTE Taxa de aumento da temperatura com a profundidade


GEOTÉRMICO (aumento da temperatura por cada Km)
(ºC / Km)

GRAU Número de metros em profundidade necessários para


GEOTÉRMICO ocorrer aumento de um grau na temperatura
(m/ ºC)

FLUXO Medição do calor libertado à superfície da Terra por


TÉRMICO unidade de tempo e por unidade de superfície

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ESTUDANDO A GEOSFERA

Geotermia
O gradiente geotérmico não é constante, ou seja, o
aumento da temperatura não é regular à medida
que avançamos em profundidade…

O gradiente geotérmico parece diminuir com a


profundidade, isto é, o aumento da temperatura
faz-se de um modo mais lento.

Se tal não acontecesse a Terra atingiria no seu


interior temperaturas de muitos milhares de
graus, o que provocaria a fusão de todos os
materiais. No entanto, sabe-se, através da
sismologia, que a maioria das camadas
estruturais terrestres está no estado sólido…!
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ESTUDANDO A GEOSFERA

Geotermia
Os valores de temperatura propostos para o
interior da Terra são inferidos com base em
dados recolhidos pela vulcanologia, sismologia e
modelos teórico-experimentais (temperaturas a
que fundem em laboratórios rochas com
diferentes composições sujeitas a pressões
varíáveis)

O grau geotérmico não corresponderá por isso


a uma distância fixa. Se para as zonas mais
superficiais da geosfera o valor do grau
geotérmico ronda os 33 metros (são precisos 33 m
para aumentar 1º C), à medida que a profundidade
aumenta este valor tende a aumentar (são
necessários mais metros para que a temperatura aumente em
1ºC).
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ESTUDANDO A GEOSFERA

Geotermia
Terãos todas as áreas do
globo igual fluxo térmico?

Equivalente a perguntar: todas as


áreas do globo libertam a mesma
quantidade de calor?

Em zonas de rift e de
vulcanismo/magmatismo
O fluxo térmico é contínuo mas não uniforme: varia desde os altos valores
intenso o fluxo térmico
erificados nos riftes aos valores mínimos verificados no interior das grandes medido é superior!
placas continentais (Americana e Euro-Asiática).
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ESTUDANDO A GEOSFERA

Geotermia

Por que motivo será importante


estudar a variação da
temperatura no interior da Terra?

A temperatura, conjugada com valores de


pressão e composição mineralógica, irá
determinar o estado físico dos materiais!

Ficha de Trabalho nº12 – Grupo III - TPC

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ESTUDANDO A GEOSFERA

Densidade
A densidade global da
Terra é de 5.5 (conhecendo o
volume e a massa da Terra
facilmente se calcula a sua
densidade)
As rochas da superfície
terrestre são muito menos
densas, apresentando uma
densidade média de 2.8.

ISTO SÓ PODE SIGNIFICAR ALGO…


Há materiais no interior da Terra muito mais densos
(Lógico… é que com a profundidade, os materiais estão sujeitos a uma pressão
cada vez maior e consequentemente ficam cada vez mais comprimidos - os valores
da densidade aumentarão! A sismologia também comprova estes fatos!)
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ESTUDANDO A GEOSFERA

Densidade

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ESTUDANDO A GEOSFERA

GRADIENTE GEOBÁRICO E
GEOTÉRMICO DA GEOSFERA
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ESTUDANDO A GEOSFERA

Magnetismo

Existe um padrão regular nas


inversões de polaridade
magnéticas registadas nos
fundos oceânicos.

Comprovam a ocorrência de um
mecanismo de formação de
crusta oceânica a partir de um
eixo central correspondente à
dorsal médio-oceânica.

Disposição
simétrica em
relação ao rifte
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ESTUDANDO A GEOSFERA

Magnetismo
POR QUE RAZÃO O ESTUDO DO MAGNETISMO PODE SER IMPORTANTE PARA O ESTUDO
DO INTERIOR DA GEOSFERA?

Ficha nº 12 – Grupo I
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ESTUDANDO A GEOSFERA

Magnetismo

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ESTUDANDO A GEOSFERA

Astrogeologia
O estudo dos meteoritos, muitos dos quais são
semelhantes a rochas vulcânicas da Terra ou
são formados por ligas de ferro e de níquel,
materiais que se crê constituírem o núcleo da
Terra.

Os meteoritos constituem, pois, amostras


representativas das diferentes zonas da Terra,
do núcleo à crosta e o seu estudo laboratorial
permite aos cientistas manusear algum do “pó
das estrelas” a partir do qual o Sol, a Terra e
os outros planetas e nós próprios se formaram.

Ela fornece, portanto, uma imensa riqueza de


informação e a aproximação a respostas às
quais os geólogos se colocam todos os dias.
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ESTUDANDO A GEOSFERA

Planetologia

Comparar os processos geológicos terrestres com os que ocorrem nos restantes corpos
celestes, permite um ganho de dados relativos aos processos de formação e até de
diferenciação da Terra.
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ESTUDANDO A GEOSFERA

São estes métodos indirectos que os geólogos e os geofísicos utilizam


para estudar a crosta, o manto e o núcleo da Terra. Os dados de
Geofísica, no entanto, podem ser complementados pelo
estabelecimento da composição químico- mineralógica das zonas
definidas sismicamente, bem como por dados da Astrogeologia
(estudo comparado de corpos celestes, numa perspectiva geológica) e
por dados da Planetologia (ciência que tem como objectivo o estudo
“geológico” comparado dos planetas do Sistema Solar). Do vasto
campo de conhecimentos que estas ciências nos fornecem, salienta-se,
como exemplo, o estudo dos meteoritos, muitos dos quais são
semelhantes a rochas vulcânicas da Terra ou são formados por ligas
de ferro e de níquel, materiais que se crê constituírem o núcleo da
Terra. Os meteoritos constituem, pois, amostras representativas das
diferentes zonas da Terra, do núcleo à crosta e o seu estudo
laboratorial permite aos cientistas manusear algum do “pó das
estrelas” a partir do qual o Sol, a Terra e os outros planetas e nós
próprios se formaram. Ela fornece, portanto, uma imensa riqueza de
informação e a aproximação a respostas que os geólogos se colocam
todos os dias.
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ESTUDANDO A GEOSFERA

62
o
rt
s
a
C
a “Descortinando” as
n
r profundidades da
A
o
p
o
d
a
Terra…
r
o
b O acessível e o inacessível, os métodos e a
a
el abordagem multidiciplinar fazem com que a
atividade científica seja um empreendimento
rpreendente, cheio de limitações que estão em
su constante superação!
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ESTRUTURA INTERNA DA GEOSFERA

Se bem que a Terra emita constantemente para o exterior, de uma forma


praticamente imperceptível, uma grande quantidade de calor, são os vulcões e os sismos
que, de um modo repentino e violento, nos dão uma ideia mais precisa dessa formidável
quantidade de energia que a Terra guarda dentro de si.
Enquanto o calor interno do planeta é a causa da
fusão parcial das rochas em determinadas zonas do seu
interior, originando magmas que permitem estudar a
composição química-mineralógica dessas zonas, são as ondas
sísmicas geradas pelos tremores de terra que se constituem
como o método mais eficaz para “radiografar” o interior da
Terra.

A vulcanologia e a investigação sísmica e a evolução


da teoria da tectónica de placas permitiram estabelecer modelos
para a estrutura interna da geosfera:
- um, geoquímico, que representa a estrutura da Terra como uma
sucessão de camadas de diferente composição química;
-

- outro, estrutural, que representa a estrutura da Terra em função da


rigidez e do comportamento dos materiais das diferentes camadas
face às deformações
Adaptado de Programa de Biologia-Geologia 10º ano
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ESTUDANDO A GEOSFERA

À custa de uma reformulação constante dos nossos modelos e


teorias, vamos conhecendo melhor a estrutura e dinâmica da
geosfera!

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O conhecimento directo da Terra limita-se a uma fina zona superficial.

O conhecimento das zonas inacessíveis, baseia-se em

informações indirectas da planetologia, astrogeologia e geofísica.

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Questões de aula

1 - Explica por que razão estudos gravimétricos são importantes para


conhecer o interior da geosfera.
A - A gravimetria mede os valores de forma gravítica na superfície da Terra.
B - Este valor é diretamente proporcional à densidade dos materiais encontrados no seu
interior. C - Variações no valor da aceleração da força gravítica evidenciam a existência
de materiais de diferentes densidades no interior da Terra.

2 - Só no final dos anos 60 do século XX, com um programa conhecido por Deep Sea
Drilling Project, foi possível efectuar perfurações e recolher amostras de rochas dos fundos
oceânicos. O estudo destas amostras permitiu comprovar a mobilidade da litosfera.

Infere que tipo de características terão sido descobertas nessas amostras.


A - A idade das amostras aumentava com o aumento da distância relativamente ao rifte
B - … o que significa que é a partir deste que os fundos oceânicos são criados – gerando a sua
mobilidade: afastamento de placas litosféricas

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Questões de aula

1. – Calcule o gradiente geotérmico


ao nível da dorsal para uma
profundidade de cerca de 60 km.
1500/60 = 25º/km

2.– O gradiente geotérmico diminui


com a profundidade. Justifique esta
afirmação com dados do gráfico.
1600/120 = 13º/km
Na dorsal, e a uma maior
profundidade (120 km) o
gradiente geotérmico diminui!
Nos primeiros 20 km a
temperatura aumenta muito
com a profundidade; a partir
daí, esse aumento é muito
menos evidente!
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Questões de aula

3.2 – Mencione a profundidade e a temperatura a que o peridotito pode


começar a fundir sob as dorsais.
20 km

3.3 – Com base nos dados referidos, em que estado se encontra o


peridotito a uma profundidade de 60 km ao nível:
a) Parcialmente fundido
a) - da dorsal b) - do fundo oceânico
b) Sólido

3.4 – Quais as afirmações verdadeiras:

A – Para profundidades inferiores a 80 km o gradiente geotérmico é menor sob a dorsal oceânica do


que sob os fundos oceânicos.

B – A uma temperatura de 1000 ºC e a uma pressão de 25 kbar o peridotito encontra-se totalmente


sólido.

C – A uma profundidade de 40 km o peridotito deve estar parcialmente fundido ao nível da dorsal e


completamente sólido ao nível dos fundos oceânicos

D – Nas condições indicadas, a formação de magmas a partir do peridotito do manto é mais provável
sob as dorsais.

E – O peridotito pode estar completamente fundido ao nível do manto superior. B, C e D


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Questões de aula

4 - Explica por que razão se verificam anomalias gravimétricas


negativas nas regiões montanhosas.
A – Nessas zonas os valores de gravidade detetados são abaixo do esperado
(anomalias negativas)
B - … uma vez que as montanhas apresentam em profundidade enormes “raízes”
constituídas por materiais menos densos.

5 - Explica por que motivo o estudo do magma constitui um bom método


directo para conhecer a geosfera.
A – O magma corresponde a uma mistura de material rochoso num estado fundido que se forma no
interior da Terra;

B – Não podendo o Homem avançar a profundidades mais elevadas no interior da Terra (devido aos
crescentes valores de pressão e temperatura), sempre que o magma, naturalmente, ascende à superfície, os
vulcanólogos podem estudá-lo e, por isso, observar diretamente algo que proveio do interior da Terra!

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