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Utilização da tecnologia da informação

por grupos integrados de manufatura


para o controle de indicadores de
produção enxuta
USAGE OF THE INFORMATION TECHNOLOGY BY INTEGRATED MANUFACTURING TEAMS TO CONTROL
LEAN PRODUCTION INDICATORS

Mestre LAÉRCIO BARIANI


Departamento de Economia, Contabilidade e Administração
Universidade de Taubaté.

Dr. ANTÔNIO PASCOAL DEL’ARCO JÚNIOR


Departamento de Economia, Contabilidade e Administração
Universidade de Taubaté.

RESUMO tornar a organização mais competitiva por meio da


Este trabalho tem por objetivo analisar o sistema de redução do lead time e dos custos gerados por des-
produção enxuta em uma empresa de componentes perdícios, da redução de trabalho em processo e in-
automotivos e verificar os métodos e procedimentos ventário de produtos acabados. Em adição aos benefí-
adotados pela empresa para a gestão eficaz das ferra- cios de um melhor atendimento ao cliente por meio
mentas de produção enxuta nos vários processos pro- de um tempo de resposta mais rápido, a redução de
dutivos. Também aborda o controle estratégico da in- inventário também contribui sensivelmente às perdas
formação na empresa e apresenta alguns indicadores de produção e custos de distribuição.
de produção enxuta e a análise de seus resultados A proposta deste estudo surgiu da percepção da
por um período de cinco anos, bem como sua influ- necessidade que empresas de manufatura têm em
ência quanto ao ganho de qualidade e competitividade estabelecer recursos para que seus colaboradores
da empresa, proporcionado pelo uso da tecnologia da implementem, de uma forma mais eficiente, o pro-
informação e da gestão por indicadores de desempe- cesso de produção enxuta e alcancem melhores re-
nho para a melhoria de qualidade e produtividade, sultados quanto à qualidade e à produtividade. Este
aplicadas a processos de manufatura enxuta. estudo analisou o sistema de gestão de informações
adotado pela empresa e suas características-chave, que
PALAVRAS-CHAVE lhe permitiram alcançar melhorias nos níveis de seu
Produção enxuta. Indicadores de produção. Ges- sistema de produção e na implementação dos con-
tão do conhecimento. ceitos de manufatura enxuta.

PROBLEMA DE PESQUISA E OBJETIVOS


INTRODUÇÃO Dada a polêmica em relação à utilização da produ-
A produção enxuta pode ser classificada como um ção enxuta como ferramenta de promoção da quali-
sistema de produção que faz extensiva utilização de dade e da produtividade, o problema de pesquisa que
grupos de trabalho, comunicação, eficiência de recur- se coloca é: qual a eficácia da utilização da tecnologia
sos, efetiva aplicação de maquinário e equipamentos, de informação para se alavancar a implementação de
eliminação de desperdícios e melhoria contínua. A conceitos de produção enxuta em empresa de manu-
produção enxuta é amplamente utilizada tanto para fatura?
processos discretos quanto para processos contínuos Tem-se por objetivo analisar a eficácia dos grupos
de produção. O objetivo básico da produção enxuta é integrados de manufatura na gestão de indicadores

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para melhoria da qualidade e da produtividade da em- production) e manufatura enxuta (lean manufacturing)
presa. tem sido o grande desafio. De maneira geral, todas as
empresas que competem em produtos que são pa-
DELIMITAÇÃO dronizados e/ou normatizados devem pautar sua es-
Estudo realizado em uma empresa de componen- tratégia pela excelência operacional.
tes automotivos, com aproximadamente 2000 traba- Em termos de equipe, a noção de competência,
lhadores, sendo que na produção, o nível médio de lança luz sobre um aspecto importante: se, por um
escolaridade é o segundo grau completo; atuante no lado, agrega valor econômico à organização, por ou-
comércio local e de exportação, cujos fatores críticos tro, e não menos relevante, deve agregar valor social
de sucesso são preço, qualidade e entrega, e que ao indivíduo, ou seja, as pessoas, ao desenvolverem
possui um parque de equipamentos considerado ob- competências essenciais para o sucesso da empresa,
soleto. O estudo analisa o sistema integrado de estão também investindo em si mesmas não só como
tecnologia da informação utilizado pelos grupos inte- cidadãos organizacionais, mas como cidadãos do pró-
grados de manufatura em seus processos de produ- prio país e do mundo.
ção para a gestão da informação e controle de indica- Produção enxuta é um conceito de estrutura de
dores de produção. trabalho popularizado em muitas empresas america-
nas desde o início da década de 1990. Inicialmente,
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA a publicação do livro “A máquina que mudou o mun-
Segundo Daft (1999), basicamente, as empresas do” (WOMACK et al; 1990) iniciou a difusão de algu-
competem estrategicamente pela excelência mas práticas de produção enxuta desenvolvidas pelas
operacional, inovação em produtos ou orientação para empresas fabricantes de veículos mais competitivas
serviços, em função de diferentes tipos de relações do mundo.
entre empresas e mercados. Apresentam, também, Segundo estudos de Sanches e Perez (2001), o
competência para o negócio, competência social ou interesse na produção enxuta está baseado principal-
competência técnica. A competência para o negócio mente na evidência empírica de que ela aumenta a
está associada ao processo de formulação de estraté- competitividade da empresa. O principal objetivo para
gias e a competência social deve estar disseminada se introduzir qualquer programa de produção enxuta
por toda a empresa. Mas cada tipo de estratégia vai em uma fábrica é o de aumentar a produtividade, re-
basear-se em diferentes composições de competên- duzir tempo de processamento, reduzir custos, me-
cias técnicas, considerando-se competência em ope- lhorar a qualidade, entre outros. Entretanto, nem sem-
rações, inovação em produtos, marketing ou finanças. pre é fácil se justificar a implementação do programa
A empresa que adota a estratégia de excelência de manufatura enxuta devido à queda de produtivida-
operacional procura oferecer ao mercado um produ- de nos primeiros estágios da implementação, sendo
to que otimize a relação qualidade/preço. O exemplo fortemente desencorajado pelo sistema de
típico da excelência operacional é a indústria automo- gerenciamento contábil tradicional. Todavia, alguns
bilística, escopo deste estudo de caso, mas, em geral, indicadores intermediários são necessários para se
produtos padronizados do tipo commodity exigem verificar as mudanças adotadas durante o processo de
esse tipo de estratégia. implementação.
Fleury e Fleury (2001) mencionam que Operações Womack e Jones (1996) notam que um dos princi-
é a função crítica para o sucesso da empresa e que pais objetivos da produção enxuta é a eliminação de
inclui todo o ciclo logístico: suprimento, produção, tudo que não agrega valor ao produto ou serviço,
distribuição e serviços. Observam que é para essa fun- embora estas atividades existam na maioria das áreas
ção que a empresa tem que orientar seus esforços de da companhia. O descontrole do inventário é uma
aprendizagem e inovação e que, na prática, a exce- das principais fontes de ineficiência em uma compa-
lência operacional começa no projeto do produto. nhia industrial.
Após o processo de preparação vem a execução, A organização do trabalho em grupos integrados
que tem que atender a critérios que realmente garan- facilita rotatividade de atividades e flexibilidade para
tam a competitividade da empresa. Na indústria auto- se acomodar em mudanças nos níveis de produção.
mobilística, a consecução da produção enxuta (lean Segundo Davenport e Prusak (1998), o sucesso ou o

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fracasso organizacional muitas vezes pode depender o conhecimento criado pelos indivíduos, cristalizan-
de se saber de qual deles precisamos, com qual deles do-o como parte da rede de conhecimento da organi-
contamos e o que podemos ou não fazer com cada zação. Na dimensão epistemológica, os autores men-
um deles. Entender o que são esses três elementos e cionam que o conhecimento tácito é pessoal, especí-
como passar de um para outro é essencial para a rea- fico ao contexto e, assim, difícil de ser formulado e
lização bem sucedida do trabalho ligado ao conheci- comunicado, inclui elementos cognitivos e técnicos e
mento. que o conhecimento explícito ou codificado refere-se
Para Senge (1999), a visão compartilhada é essen- ao conhecimento transmissível em linguagem formal
cial para a organização que aprende, pois fornece o e sistemática.
foco e a energia para a aprendizagem. Embora a apren- Juran (1993) descreve que qualidade é adequação
dizagem adaptativa seja possível sem uma visão, a ao uso, que a qualidade consiste nas características
aprendizagem generativa só ocorre quando as pesso- do produto que atendem às necessidades do cliente
as estão lutando para alcançar um objetivo de profun- e, menciona também, que a qualidade consiste na
da importância para elas. Na verdade, a idéia da apren- ausência de deficiências. Define que a medida usual
dizagem generativa – expandir sua habilidade para não é em termos de ausência de deficiências, mas
criar – será aparentemente abstrata e sem significado em termos de extensão de deficiências, tais como
até as pessoas se sentirem entusiasmadas em relação freqüência de erros ou fração defeituosa. gerenciais
a uma visão que realmente desejam realizar. de planejamento, controle e melhoramento. Descre-
O’Brien (2003) observou que a administração do ve ainda que um sensor é um dispositivo especializa-
conhecimento tornou-se um dos maiores usos estra- do de detecção e é projetado para reconhecer a pre-
tégicos da tecnologia da informação e que muitas sença e intensidade de certos fenômenos e conver-
empresas estão montando sistemas de gerenciamento ter esse conhecimento em informação. Essa informa-
do conhecimento para administrar a aprendizagem ção torna-se então o meio de se avaliar o desempe-
organizacional e seu know-how. Destaca que o objeti- nho real. O propósito final dos sensores é prestar in-
vo dos sistemas de administração do conhecimento é formações para a tomada de decisão.
ajudar os trabalhadores do conhecimento a criarem,
organizarem e disponibilizarem conhecimento empre- METODOLOGIA
sarial importante, sempre e onde ele for necessário Trata-se de pesquisa exploratória, utilizando-se de
em uma organização. dados históricos da empresa, registrados em documen-
Nonaka e Takeuchi (1997) observam que o conhe- tos ou em sistema eletrônico desenvolvido pela em-
cimento diz respeito a crenças e compromissos, sen- presa para controle de informações sobre o sistema
do função de uma atitude, perpectiva ou intenção de produção. As informações obtidas foram compila-
específica, e que está relacionado à ação humana. Eles das e adequadas para a apresentação acadêmica, a
mostram que o conhecimento é criado por um fluxo princípio, eliminando-se características que evidenci-
de informações, ancorado nas crenças e compromis- em a origem da fonte pesquisada.
sos de seu detentor, enfatizando que o conhecimen- O universo da pesquisa foi composto por amos-
to está essencialmente relacionado com a ação hu- tras de documentos das áreas de Manufatura, Quali-
mana. dade Assegurada e Tecnologia da Informação, relacio-
Davenport e Prusak (1998) observam que esses nadas aos controles internos do sistema de gestão e
grupos de pessoas geralmente compartilham o co- controle de indicadores de produção; relatórios de
nhecimento e resolvem problemas em conjunto, for- qualidade e produtividade de grupos integrados de
mando redes de conhecimento informais e auto-or- manufatura, no período de 2000 a 2004, seguida de
ganizadas dentro da organização. Citam também que, análise de alguns indicadores de produção enxuta:
na falta de políticas e processos formais, as redes fun- Overall Equipment Effectiveness (OEE), First Time
cionam como condutores fundamentais de grande vo- Through (FTT), Built To Schedule (BTS), Dock to dock
lume de pensamento inovador. (DTD) e Custos.
Nonaka e Takeuchi (1997) citam que a criação do A coleta dos dados ocorreu por meio da interação
conhecimento organizacional deve ser entendida com os funcionários da empresa, pelo engajamento
como um processo que amplia organizacionalmente na vida dos diversos grupos integrados e pela partici-

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pação em suas atividades de gestão da informação e são correspondentes ao desempenho das quatro fá-
dos mecanismos de controle adotados. Não houve bricas da empresa, cada qual com processos e produ-
necessidade de destinação de verbas para condução tos distintos.
do estudo de caso. Atualmente, todos os processos operam em três
Os dados foram, primeiramente, tratados de for- turnos, sendo que o processo A produz 300.000 uni-
ma qualitativa, classificando-os por tipo de indicador, dades/ano e realiza operações de usinagem e monta-
grupo multifuncional de trabalho, processo de produ- gem, com um parque de máquinas instalado há apro-
ção e, em seguida, foram tratados comparativamen- ximadamente 20 anos. O processo B produz 380.000
te, por área de negócio da empresa. unidades/ano e realiza operações de usinagem e
Foram analisados 34 grupos da produção (distribu- montagem, com um parque de máquinas instalado
ídos em quatro linhas de produtos), 11 grupos da ad- há aproximadamente 10 anos. O processo C produz
ministração (Qualidade Assegurada, Engenharia de 250.000 unidades/ano e realiza operações de
Manufatura, Logística, Faturamento, Controladoria, usinagem de componentes, com um parque de má-
Manutenção Site, Sistemas, Recursos Humanos, Bom- quinas instalado há aproximadamente 30 anos. O pro-
beiros, Engenharia do Produto, entre outros), e 12 gru- cesso D produz 340.000 unidades/ano e realiza ope-
pos de áreas suporte (Sala de Medidas, Laboratório rações de fundição de componentes, sendo fornece-
Técnico, Ferramentaria, Setor de Afiação, Casa de For- dor do processo A e C, com um parque de máquinas
ça, Oficina de Veículos, entre outros). instalado há aproximadamente 20 anos.
Devido à idade das instalações, o processo de
ANÁLISE E AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS manutenção preventiva tem que ser muito bem exe-
O sistema de gestão de indicadores e da informa- cutado para que não haja impacto nos resultados da
ção, analisado neste estudo, utilizado pelos grupos produção.Também, deve-se considerar que o lay-out
integrados de manufatura e pelas áreas suporte, con- antigo dos processos atende apenas parcialmente os
templa os indicadores dos elementos de segurança, conceitos de produção enxuta.
qualidade, produção, custos, moral e meio ambiente.
O sistema de gestão da informação da empresa con- INDICADOR FIRST TIME THROUGH (FTT)
tém várias aplicações, tanto em baixa como em alta O FTT é o indicador da capacidade de fazer certo
plataforma, disponíveis a todos os trabalhadores da na primeira vez, mede a porcentagem de peças que
empresa, facilitando a interação dos membros dos completaram o processo de produção e atendem aos
grupos integrados de manufatura tanto na geração padrões de qualidade sem serem refugados,
quanto na recepção de informações. Também, con- retrabalhados, reparados ou retestados. Este indicador
tém várias planilhas e formulários elaborados em fer- reflete as oportunidades para melhoria da qualidade
ramentas de automação de escritório, em sua maio- e busca eliminar os desperdícios da produção utilizan-
ria, padronizadas em formatação de informações re- do-se algumas ferramentas da manufatura enxuta, tais
ferentes ao desempenho das atividades dos grupos. como Métodos de Solução de Problemas (MSP) e Zero
Estes controles são gerenciados, conforme as agen- Defeito (ZD). Também, verifica a efetividade das ações
das dos programas de produção e de qualidade, pro- implementadas.
piciando um ótimo grau de atualização de informa- Exemplo de cálculo do FTT:
ção e de acompanhamento gerencial, favorecendo a ( A ) - Unidades produzidas: 500
tomada de decisões e geração de ações de melhoria. ( B ) - Unidades de refugos do fornecedor: 0
Na prática, todos os controles que geram indicadores ( C ) - Unidades de reparo/retrabalho do fornece-
são apresentados em planilhas denominadas de dor: 3
scorecard, sendo elaboradas por grupos integrados e ( D ) - Unidades de refugos do grupo de trabalho:
por fábrica, possibilitando o acompanhamento do de- 4
sempenho, caso a caso, tanto pelos trabalhadores, ( E ) - Unidades de reparo/retrabalho/ do grupo de
quanto pela gerência. trabalho: 2
A seguir, temos a apresentação de alguns resulta- ( F ) - Unidades de refugos do cliente interno: 1
dos da revisão integrada do sistema de produção da ( G ) - Unidades de reparo/retrabalho do cliente
empresa, objeto deste estudo de caso. Os gráficos interno: 0

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Portanto: reparadas ou retestadas, por meio de cartões colori-
FTT = [A - (B+C+D+E+F+G) / A] x 100 dos e uso de caçambas apropriadas para separação e
FTT = [500 - (0 +3 + 4 + 2 + 1 + 0) / 500] x 100 segregação. Estabeleceu-se controle Kanban e Just-in-
FTT = 98,0 %
time, restringindo-se os volumes de peças dentro dos
À medida que aumenta seu valor, nota-se aumen-
limites desejáveis. Estabeleceu-se processo de acom-
to da eficiência da produção; melhoria da qualidade
do produto para os clientes internos e externos; redu- panhamento e visitas de engenheiros de processo e
ção de inventário; melhoria da capacidade de manter de qualidade nos fornecedores, a fim de trocar expe-
uma seqüência de processo para aumento da flexibi- riências e dar andamento em melhorias nos produtos
lidade no atendimento do programa de produção; e processos.
ganho na eficiência dos equipamentos gargalos; re- A Figura 1 apresenta os resultados do indicador FTT,
dução do custo total com a eliminação de desperdíci-
considerando-se a média dos resultados obtidos pelos
os devido a refugos, reparos e excesso de inventário;
grupos integrados nos processos das quatro unidades
aumento da receita pela venda de produtos com um
baixo custo; otimização do espaço tomado pelos pro- de negócio da empresa (A, B, C, D). Verificou-se uma
cessos e aumento da qualidade interna e externa dos tendência de melhoria contínua na maioria dos pro-
produtos gerando aumento da satisfação dos clientes. cessos, indicando maior capacidade de produzir pe-
Os processos tiveram resultados satisfatórios de ças que completam o processo e encontram os pa-
produção, apresentando baixos índices de refugos e drões de qualidade especificados já na primeira vez.
retrabalhos, tanto de fornecedores externos quanto
dos grupos integrados, apesar de também sofrer au-
mento dos volumes de produção, porém já operavam
em três turnos e as equipes tiveram aumento entre
5% a 10% da mão-de-obra. Houve melhor planejamen-
to de treinamento da mão-de-obra e realocação de
empregados entre os turnos de trabalho. Em todos os
processos, ocorreu a implementação de Folhas de
Processos em larga escala, ajustes de máquinas e fer-
ramentas, a fim de se evitar produção de peças defei-
tuosas. Foi disponibilizado um sistema de
gerenciamento visual de controle de peças refugadas,

Figura 1 - Comparativo de evolução de indicadores FTT

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INDICADOR OVERALL EQUIPMENT EFFECTIVENESS Foi estabelecido processo de tear down, destina-
(OEE) do à análise de peças ou conjuntos que apresentaram
O OEE é o indicador da Eficiência Global dos Equi- problemas, rastreando-se as causas e estabelecendo-
pamentos e é utilizado para que os grupos de traba- se planos de correção para se evitar reocorrências.
Implementou-se plano de treinamento de operado-
lho identifiquem as perdas relacionadas ao equipa-
res e manutencistas, por processo fabril e por tipo de
mento gargalo de sua área e façam melhorias
atuação, agindo de forma especializada em proble-
direcionadas. Fornece um método para análise das mas mecânicos, elétricos, eletrônicos ou de fluidos.
perdas e medição dos resultados das ações tomadas. Exemplo de cálculo do indicador OEE:
O OEE mede a habilidade do equipamento em pro- ( A ) - Tempo operacional programado: 480 min.
duzir consistentemente peças que atendam aos pa- ( B ) - Tempo operacional disponível: 375 min.
drões da qualidade dentro de um tempo de ciclo de- ( C ) - Total de peças produzidas: 318 un.
signado e sem interrupções, a disponibilidade, a ( D ) - Total de peças refugadas/retrabalhadas: 2
performance e a taxa de qualidade de uma máquina. un.
( E ) - Número de ocorrências de quebra / falha: 1
Sendo que:
( F ) - Tempo de quebra / falha: 20 min.
Disponibilidade: É a quantidade de tempo em que
( TC ) - Tempo de Ciclo Ideal: 1,16 min.
um equipamento esteve disponível para trabalhar com- Sendo:
parado com a quantidade de tempo em que foi pro-
Disponibilidade (%) = ( B / A ) x 100 = ( 375 / 480
gramado para trabalhar.
) x 100 = 78,1 %
Performance: É o quanto o equipamento trabalha Performance (%) = [(TC x C ) / B ] x100 = [(1,16 x
próximo do tempo de ciclo ideal para produzir uma 318 ) / 375 ] x 100 = 98,4%
peça. Qualidade (%) = [( C - D ) / C ] x 100 = [( 318 -
Taxa de Qualidade: É o número total de peças boas 2 ) / 318] x 100 = 99,4 %
produzidas comparado com o número total de peças OEE Interno (%) = (Disponibilidade x Qualidade) /
produzidas. 100 = (78,1 x 99,4 ) / 100 = 77,6%
OEE Global (%) = (OEE Interno x Performance) /
Foi instalado sistema de controle da efetividade
100 = (77,6 x 98,4) / 100 = 76,4%
total do equipamento, permitindo informações sobre
Verifica-se, na Figura 2, tendência de melhoria
o tempo total programado para produção, o tempo contínua em todos os processos, indicando o quanto
operacional programado, o tempo operacional dispo- o equipamento esteve disponível, considerando-se a
nível, o tempo de ciclo, as perdas por deficiência na média dos resultados obtidos pelos grupos integrados
performance, redução de velocidades, pequenas pa- nos processos das quatro unidades de negócio da
radas, falta de energia e falta de material. empresa (A, B, C, D).

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Figura 2 - Comparativo de evolução de indicadores OEE

INDICADOR BUILT TO SCHEDULE (BTS) a demanda diária de seus clientes, suportar o princí-
É o indicador de atendimento do programa de pro- pio da Produção Enxuta, alinhando a capacidade da
dução e é utilizado para medir o quão bem a empre- empresa com a demanda do mercado. Requer
sa e os grupos de trabalho planejam e possuem flexi- confiabilidade dos processos internos da empresa e
bilidade para produzir o número correto de diferen- de seus fornecedores.
tes modelos de produtos dentro do dia e na seqüên- A seguir, no Quadro 01 vemos um exemplo de
cia requerida. O programa de produção deve refletir valores programados versus produzidos.

Quadro 01 – Exercício para cálculo do BTS

Onde: Mix (%): (C / Menor valor entre A e B ) x 100 = (

(A) – Unidades programadas: 950 740 / 950 ) x 100 = 78 %

(B) – Unidades produzidas: 970 Seqüência (%): ( D / C ) x 100 = ( 650 / 740 ) x

(C) – Unidades produzidas dentro do Mix (A+B+C) 100 = 88 %

: 500 + 150 + 90 = 740

(D) – Unidades produzidas na Seqüência e Fre- BTS (%): (Volume x MIX x Seqüência) / 100 =
( 100 x 78 x 88 ) / 100 = 68 %
qüência corretas (A+B+C): 500 +150 + 0 = 650

Volume (%): (B / A) x 100 = (970 / 950 ) x 100 Quanto aos resultados do indicador, verifica-se ten-

= 102 % ou seja: 100 % (Valor Máximo) dência de melhoria contínua em todos os processos.

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Figura 3 - Comparativo de evolução de indicadores BTS

INDICADOR DOCK TO DOCK (DTD) ( C ) - Unidades produzidas por hora: ( A / B ) =


É o indicador da velocidade com que uma deter-
37,5
minada matéria-prima passa pelos processos da em-
( D ) - Inventário de peças brutas: 365
presa, desde o seu recebimento até a sua expedição. ( E ) - Inventário de peças em processo: 420
É o indicador que melhor representa o nível de ( F ) - Inventário de peças boas para linha de mon-

implementação da manufatura enxuta de uma em- tagem: 982


( G ) - Inventário total de peças (D+E+F): 1767
presa e ajuda os grupos integrados na identificação

de desperdícios que ocorre no processo de manufa-


DTD (horas): G / C = 1767 / 37,5 = 47,2 horas
tura. O desperdício gera aumento dos custos sempre
Quanto aos resultados do Indicador DTD, verifica-
que uma peça pára ou espera no processo de produ- se, na Figura 4, tendência de melhoria contínua em
ção. todos os processos, considerando-se a média dos re-
Exemplo de cálculo do DTD: sultados obtidos pelos grupos integrados nos proces-

( A ) - Unidades produzidas: 600 sos das quatro unidades de negócio da empresa (A, B,

( B ) - Horas de produção: 16 C, D).

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Figura 4 - Comparativo de evolução de indicadores DTD

INDICADOR DE CUSTOS obra, despesas com suprimentos, despesas com ferra-

O indicador de custos é utilizado pelos grupos in- mentas, despesas com manutenção, despesas com

tegrados para que tenham o controle e visibilidade horas extras e outras despesas. É estabelecido um

de seus custos de produção, orientando-os na tomada objetivo de custo por unidade produzida, custo hora/

de planos de ações corretivos ou preventivos. homem, tempo horas/peça, em que se controlam os

Este indicador é monitorado diariamente e as in- valores diariamente e o acumulado mensal. Avalia-se

formações são registradas no sistema integrado de a efetividade de cada grupo multifuncional de traba-

controle de indicadores, disponibilizado à liderança, lho, verificam-se as oportunidades de melhoria para

redução de custos, elaboram-se planos de ações e


finanças e demais interessados nos controles inter-
realiza-se o acompanhamento dos resultados.
nos. Verifica-se: quantidade de produtos produzidos
Quanto aos resultados do indicador de Custos ve-
corretamente, quantidade de horas gastas na produ-
rifica-se, na Figura 5, tendência de melhoria contínua
ção, despesas com refugos, despesas com mão-de- em todos os processos (A, B, C, D).

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Figura 5 - Comparativo de evolução de indicadores de Custos

INDICADOR GERAL DO SISTEMA DE PRODUÇÃO Verifica-se, na Figura 6, a média das notas de to-
DA EMPRESA dos os grupos integrados, por área. Nota-se forte ten-
Este indicador demonstra o nível de maturidade dência positiva desde o primeiro ano de
do sistema de produção da empresa, considerando-se implementação, evoluindo de nível 3,5 em 2000 para
a média dos resultados obtidos pelos grupos integra- 7,9 em 2004; conforme critérios internos desta em-
dos nos processos das quatro unidades de negócio da presa, equivalente às melhores práticas de empresas
empresa (A, B, C, D). concorrentes no Brasil e em outros países.

Figura 6 - Comparativo de níveis de gestão do sistema de produção.

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O início da implementação do sistema de gestão rantir a aceitação com os líderes da empresa. A estru-
de indicadores de produção enxuta requer acompa- tura do sistema integrado permite que a comunica-
nhamento constante nos Grupos integrados de manu- ção, de baixo para cima, de informações que possibi-
fatura pelo pessoal de suporte de Tecnologia da Infor- litam que aqueles no topo saibam o que está aconte-
mação e da Qualidade, pois falta disciplina para o apon- cendo lá embaixo, no chão-de-fábrica e, também, fa-
tamento das perdas nas planilhas de controle, além cilita a troca de informações entre os próprios grupos
de gerar erros de lançamentos. integrados de manufatura.
Deve-se estabelecer ambiente de confiança, sem A administração das informações de desempenho
punição, em função das perdas geradas por falha hu- pelos próprios grupos integrados ajuda os trabalhado-
mana. A prática e a correção de falhas, de modo con- res a criarem, organizarem e disponibilizarem conhe-
tínuo, leva as equipes a melhorar seus desempenhos. cimento empresarial importante. Também, auxilia no
Deve-se optar por cálculo manual no início da desenvolvimento de planos de ações para resolução
implementação dos indicadores, pelos operadores, a de problemas.
fim de gerar conhecimento, envolvimento com os O sistema de gestão da informação apresentado
resultados do grupo multifuncional e da empresa, além neste trabalho mostrou-se uma excelente ferramenta
de ajudar a fixar os conceitos da produção enxuta e aos colaboradores dos grupos integrados de manufa-
da filosofia do sistema de produção da empresa. Deve- tura e de áreas de suporte na identificação de oportu-
se evitar registros em papel porque estes se perdem nidades para a eliminação de desperdícios e verifica-
facilmente nos Grupos integrados, e fomentar o uso ção da efetividade das ações de melhoria. Também,
do sistema integrado de informação. permite visão dos indicadores de todos os elementos
O uso de planilhas eletrônicas facilita o cálculo e a do sistema de produção e da qualidade, de todos os
organização dos dados de forma extratificada para fa- grupos integrados de manufatura e seus processos de
cilitar a análise das perdas, proporcionando maior ve- trabalho, de todas as fábricas e da empresa como um
locidade no processo de controle. Planilhas eletrôni- todo; provê dados e informações aos grupos integra-
cas fazem com que os conceitos aprendidos com o dos e à gerência para a análise detalhada e efetiva
cálculo manual pelos Grupos integrados sejam esque- tomada de decisão e elaboração de planos de melhoria
cidos ao longo do tempo, devido a falta de prática, contínua.
devendo ser reciclados os conceitos com a ajuda de O sistema de gestão da informação foi utilizado
Facilitadores. para se avaliar o desempenho da empresa quanto à
Não se deve implementar um número de indica- operação de manufatura, rastrear os resultados ao longo
dores maior do que a capacidade da Liderança e dos do tempo e para prover feedback quanto à efetividade
Grupos integrados de manufatura em analisá-los peri- das ações de melhoria adotadas. Permite, por exem-
odicamente. É fundamental prover treinamento para plo, a visão da sub-utilização da mão-de-obra, do des-
os integrantes dos Grupos integrados e Liderança na perdício de tempo, material e ineficiência de equipa-
utilização de Métodos de Solução de Problemas. mentos.
Deve-se garantir a existência de um plano de ações Os indicadores permitem, aos trabalhadores e à
(Roadmap) consistente, para se alcançar o objetivo e gerência, a visão do desperdício de esforços, suges-
a melhoria-contínua. A integridade dos dados é res- tões de melhorias, falhas na utilização da capacidade
ponsabilidade da Liderança que atua nos Grupos inte- dos equipamentos, uso demasiado de material e de
grados e geralmente, é afetada pela sua influência. ferramentas, execução de tarefas desnecessárias ou
Deve-se orientar os trabalhadores para não alterar o mesmo de movimentos desnecessários à execução
critério do indicador quando este apresenta um resul- das tarefas, movimentação de materiais ou de equi-
tado negativo pois o indicador está cumprindo sua pamentos que não agregam valor ao processo, exces-
função de demonstrar os resultados, cabe ao respon- so de matéria prima, de produto acabado ou em
sável/grupo multifuncional identificar as falhas e me- processamento, entre outros itens.
lhorar o processo. O sistema integrado de gestão de informações,
Deve-se procedimentar, desde o início da analisado neste estudo de caso, foi desenvolvido para
implementação da produção enxuta, os critérios de auxiliar os trabalhadores no entendimento e adoção
cálculo dos indicadores, escrever os conceitos e ga- da filosofia do sistema de produção da empresa, vol-

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tado aos princípios de produção enxuta. Permitiu, tam- tanto, grandes desafíos dos trabalhadores quanto à
bém, à empresa mudar sua visão de produzir na quan- aprendizagem no manuseio do recurso e conhecimen-
tidade conforme o programado, com a menor variabi- to de informática. A somatória dos vários sistemas e
lidade e a melhor qualidade possível para a visão de planilhas de controle, favoreceu à criação de um am-
construir um produto focado no cliente, de forma pre- biente computacional de fácil acesso a todos os níveis
visível e estável, ao menor custo e tempo e com me- de usuários. A evolução no conhecimento dos indica-
lhor qualidade possível. Desta forma, os trabalhadores dores e da informática dos trabalhadores dos grupos
da empresa passaram a entender os benefícios na integrados permitiu à empresa que fossem analisadas
adoção da filosofia do sistema de produção da em- as ocorrências no processo de maneira muito rápida,
presa, suportando a eliminação de desperdícios de evitando-se, assim, conseqüentes desperdícios de re-
forma continuada, monitorando os progressos de qua- cursos materiais e financeiros.
lidade e produtividade e competitividade de empre- A análise das diversas variáveis de um sistema pro-
sa, provendo níveis mais elevados de qualidade, de- dutivo pode, desta forma, ser aprimorada e agilizada,
sempenho e flexibilidade. com alto grau de acerto nos resultados obtidos, de-
Inovação tecnológica somada à estratégia de tra- monstrando, assim, que o sistema de gestão de indi-
balho em grupos integrados apresentou-se efetiva para cadores aliados à tecnologia de informação pode au-
alavancar mudanças nas estruturas organizacionais e xiliar na adoção e aprimoramento contínuo dos con-
resultar benefícios em melhores índices de qualida- ceitos de produção enxuta e de qualidade total em
de, produtividade e competitividade da empresa. A diversos tipos de processos.
adoção de novos modelos de gestão garantiu melhorias A empresa deve evoluir na quantidade de indica-
nos processos de produção, favorecendo maior flexi- dores de produção enxuta implementados, visto que
bilidade e agilidade na gestão da informação e nos utiliza apenas uma pequena parte deles, comparan-
controles internos. do-se com empresas japonesas concorrentes e que
O auto-gerenciamento dos grupos integrados, ali- apresentam melhores resultados em seus indicado-
ado aos sistemas tecnológicos, aceleraram, portanto, res.
o ganho de qualidade e produtividade nos processos
fabrís, somando-se ao aumento de satisfação e segu- CONSIDERAÇÕES FINAIS
rança dos trabalhadores. Desta forma, os trabalhado- O sistema de gestão da produção enxuta deste
res dos grupos integrados necessitaram evoluir seu estudo demonstrou ser uma excelente ferramenta de
grau de conhecimento tecnológico para poder trabalho para:
corresponder às expectativas gerenciais quanto aos a) Reduzir índice de desperdícios.
resultados estratégicos previstos. b) Garantir maior efetividade das ações de
O uso de computadores para o gerenciamento das melhoria.
atividades dos grupos favoreceu na consolidação de c) Dar visibilidade dos resultados dos indicadores
informações de desempenho e permitiu que a admi- de todos os elementos do sistema de produção e da
nistração e os próprios grupos detectassem e agis- qualidade.
sem, à tempo, nos pontos fracos e que requeriam d) Alavancar melhorias de qualidade, produtivida-
melhorias. Mesmo para atividades repetitivas, é possí- de e competitividade da empresa.
vel estabelecer-se o uso de indicadores e gerenciar O sistema de gestão da informação permitiu à em-
seus resultados de forma simples e eficaz. presa:
Os indicadores foram aprimorados, ao longo a) Controle do desempenho de cada grupo
do tempo, utilizando-se do conceito de melhoria con- multifuncional de trabalho e unidades de negócio.
tínua PDCA, e reaplicando-se às melhores práticas en- b) Rastreamento dos resultados dos indicadores
tre os grupos integrados, favorecendo-se uma rápida ao longo do tempo.
evolução na melhoria dos processos de forma inte- c) Melhor controle das informações e rapidez na
grada entre os vários processos fabris da empresa. tomada de ações.
Os indicadores foram elaborados com ferramen- d) Maior visibilidade do desempenho da produ-
tas simples de desenvolvimento de sistemas e de re- ção e dos colaboradores.
cursos de automação de escritório, não exigindo, por- e) Maior rendimento dos trabalhadores quanto ao

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controle da informação.
f) Maior satisfação dos trabalhadores e aprendi- FLEURY, M. T. L.; FLEURY, A. Estratégias empresariais e
zado no uso da tecnologia da informação como ins- formação de competências: um quebra-cabeça
trumento de trabalho. caleidoscópico da indústria brasileira. 2. ed. São Pau-
Estes resultados demonstram que os trabalhado- lo: Atlas, 2001.
res, quando aprendem a utilizar recursos tecnológicos,
apresentam maior rendimento em relação às expec- JURAN, J. M. Juran na liderança pela qualidade. Tradu-
tativas gerenciais, elevando sua capacidade de cola-
ção de João Mário Csillag. 2. ed. São Paulo: Pioneira,
boração para com os objetivos da empresa.
A evolução da empresa em relação à 1993.
implementação de conceitos de produção enxuta foi
amplamente favorecida pela facilidade de controles NONAKA, I.; TAKEUCHI, H. Criação do conhecimento
providos pela tecnologia da informação, permitindo na empresa: como as empresas japonesas geram a
que, em um período relativamente curto de tempo, dinâmica da inovação. Tradução de Ana Beatriz
fossem atingidos resultados muito significativos quan-
Rodrigues e Priscila Martins Celeste. Rio de Janeiro:
to à competitividade da empresa.
Campus, 1997.

USAGE OF THE INFORMATION TECHNOLOGY BY


O’BRIEN, J. A. Sistemas de informação e as decisões
INTEGRATED MANUFACTURING TEAMS TO CONTROL
gerenciais na era da internet. Tradução de Cid Knipel
LEAN PRODUCTION INDICATORS
Moreira. São Paulo: Saraiva, 2003.
ABSTRACT
The objective is to analyze a lean production SÁNCHEZ, A. M.; PÉREZ, M. P. Lean indicators and
management system in an automotive components manufacturing strategies. International Journal of
company towards the adoption of concepts on lean
Operations & Production Management, University of
manufacturing processes, and verifies the methods
zaragoza, Spain, V. 21, n.11, p. 1433-1451, Oct. 2001.
and procedures adopted by the company towards an
efficient management on lean production tools for
several manufacturing processes. Also, verifies the SENGE, P. M. A quinta disciplina: a arte e prática da
strategic information control in the company, analyzes organização que aprende. São Paulo: Best Seller, 1999.
the indicators results in a five years period, and
evaluates its effectiveness towards the company quality WOMACK, J. et al. The machine that changed the world.
and competitiveness improvement, presenting the
New York: Rawson Associates, 1990.
advantages of applying the information technology
and the management by performance indicators to
achieve improvements on the quality and productivity WOMACK, J.; JONES, D. Lean thinking: banish waste
in lean manufacturing processes. and create wealth in your corporation. New York: Simon
& Schuster, 1996.
KEY WORDS
Lean production. Production indicators. knowledge
LAÉRCIO BARIANI
management. Departamento de Economia, Contabilidade e Administração
Universidade de Taubaté.

REFERÊNCIAS Rua Síria, 455


Jardim das Nações - Taubaté-SP
DAFT, R. L. Administração. Rio de Janeiro: LTC, 1999. Cep 120360-330

DAVENPORT, T. H.; PRUSAK, L. Conhecimento empre-


TRAMITAÇÃO
sarial: como as organizações gerenciam o seu capital
Artigo recebido em :03/05/06
intelectual. Tradução de Lenke Peres. Rio de Janeiro:
Aceito para publicação:23/05/06
Campus, 1998.

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