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INTRODUÇÃO:

A política de desenvolvimento urbano no país consolida com a Lei de n°


10.257 (Estatuto da cidade) a garantia de um espaço que priorize o pleno
desenvolvimento das suas funções sociais. Portanto esse trabalho tem a finalidade
de realizar uma breve analise crítica do Plano Diretor de Desenvolvimento Municipal
(PDDM) de Caetité – BA, com o intuito de contribuir com o reconhecimento, a
caracterização dos aspectos sociais, e a garantia da regularização de zonas de
interesses socais.
Nesse sentido preza por apontar parâmetros instituídos pelo próprio Estatuto
da Cidade e o modo de como o município Caetiteense conceituou a política de
desenvolvimento municipal, frente ao modo de produção econômica existente na
cidade, e a regulamentação do PDDM como instrumento capaz de construir o direito
social.
Localizada a 645 quilômetros de Salvador, Caetité possuía de acordo ao
Instituto Brasileiro de Geografia e Estáticas (IBGE, 2010) uma população de 47.515
habitantes, apresentando uma taxa de urbanização de 58,88% e tendo sua
população predominantemente residindo em área urbana, sendo uma parcela de
mais de 28 mil habitantes.

CONSOLIDAÇÃO DO ESPAÇO URBANO:

Criado a partir da lei estadual de nº 995 de 26/02/1810, o município de Caetité


consolida-se o seu espaço urbano a partir de atividades econômicas baseadas,
principalmente na agricultura de subsistência, que influenciou na estruturação
espacial do município (TEIXEIRA, S/A).
Compondo o território de identidade do Alto Sertão Produtivo, o município de
Caetité vê uma crescente expansão urbana no final do século XX e inicio do século
XXI devido a forte influencia da economia que se consolidou a partir da indústria
mineradora e no setor comercial. Segundo os paramentos da Superintendência de
Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI, 2016) o município teve um
crescimento na sua taxa populacional entre os anos de 1991 a 2000 de 1,4% ao
ano, e dos anos de 2000 a 2010 uma taxa de crescimento de 0,4% ao ano, tendo
uma projeção de crescimento até o ano de 2020, superando a população de 51 mil
habitantes.
Em 1999 o município começa a se estruturar sua organização espacial
baseada numa conjuntura mineradora com a implantação das Industrias Nucleares
do Brasil (INB), a mineração de pedras preciosas, e mais tarde a criação do
complexo gerador de energia eólica, garantindo a consolidação do município, e do
território do Sertão Produtivo como importante entreposto econômico e político do
Estado.
Com a perspectiva de crescimento em torno da economia municipal, os
primeiros indícios de leis que regulamentam o espaço, e conceitua paramentos
sociais, entra em vigor no município a Lei orgânica de 05 de abril de 1990, que com
as promessas de desenvolvimento em relação à mineração, visava-se um plano de
desenvolvimento e, sobretudo de condicionantes urbanas, destacando de forma
superficial parâmetros de parcelamento do solo, o zoneamento da cidade e exposto
no artigo 7° o intuito de elaboração e execução do Plano Diretor do município, com a
finalidade de garantir a função social do espaço da cidade.

PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO DO MUNICÍPIO (PDDM) PÓS-


OBRIGATORIEDADE DO ESTATUTO DA CIDADE:

Segundo Lopes e Henrique (2010) nas pesquisas integradas a


Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia, referente às cidades
médias e pequenas, destacam as contradições em adjetivar o porte da cidade com
relação à aglomeração populacional e subsequentemente o tamanho conduz aos
estudos de hierarquização urbana, que por sua vez conceitua-se o “tamanho” da
cidade com relação ao seu contingente populacional. Assim a denominação de
cidades media e pequena, é inserido na classificação de que são cidades pequenas
aquelas com até 20 mil habitantes, e cidades médias são consideradas aquelas
superiores a tal quantidade.
De certo modo o conceito de cidades medias e pequenas conduz a uma
adjetivação popular referente a escala de grandeza, levando em consideração ao
porte populacional (LOPES E HENRIQUE, 2010, P. 18). De fato com a
implementação do Estatuto da Cidade, consta a determinação do Plano Diretor no
artigo 41 do Estatuo da Cidade (2001) definindo a obrigatoriedade do mesmo
levando em conta a aglomeração populacional.
Consta no Estatuto das Cidades, a obrigatoriedade do PDDM para cidades:

I – com mais de vinte mil habitantes;


II – integrantes de regiões metropolitanas e aglomerações
urbanas;
III – onde o Poder Público municipal pretenda utilizar os
instrumentos previstos no 4o do art. 182 da Constituição
Federal;
IV – integrantes de áreas de especial interesse turístico;
V – inseridas na área de influência de empreendimentos ou
atividades com significativo impacto ambiental de âmbito
regional ou nacional.
De tal modo, após a obrigatoriedade do Plano Diretor o que antes era uma
peça técnica que condizia o uso e ocupação do solo e expansão do território urbano,
inscrito na Constituição Federal de 1988, passa a ter uma abrangência relativa
contemplando todo espaço território do município, levando em consideração,
teoricamente, a participação popular, e a responsabilidade social da terra (LOPES E
HENRIQUE, 2010).
Segundo Santos (2017) o Estatuto respalda de forma jurídica o plano diretor
como um instrumento normativo de implantação de políticas urbanas municipais,
representando um avanço instituído pela Constituição Federal de 1988.
Nota-se com a implementação do Estatuto da Cidade (2001) a tentativa da
construção do direito social de um espaço caracterizado apropriado para a
população.
Sampaio (2018) implica na criação de paradigmas relacionados ao espaço
urbano das cidades medias e pequenas, criticando a aplicação de uma ideologia
expansionista confundida a noção de desenvolvimento. Tal conceituação acarreta
em equívocos que tratam o desenvolvimento urbano das cidades medias e
pequenas, apenas como um inchaço populacional, se alastrando para os Planos
Diretores a ideia de solucionar um crescimento ilimitado, fugindo assim da
conjuntura apresentada pelas cidades de menor porte.
IMPLEMENTAÇÃO DO PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL
EM CAETITÉ:

Pós-regulamentação do Estatuto da cidade, Lei de n° 10.257 (2001), institui a


obrigatoriedade do Plano Diretor conforme implicações discriminadas no art. 41 do
Estatuto, visando caracterizar medidas como instrumento básico de políticas de
desenvolvimento de expansão urbana, visando assegurar a função social do espaço
urbano, descrito nos art. 39 e 40.
A elaboração do Plano Diretor de Desenvolvimento do Município de Caetité
se deu em contexto de perspectivas de crescimento urbano, e expansões
econômicas visados na implementação da indústria mineradora, implantada em
1999 e ampliadas a partir de 2008 (SEI, 2016). Embora surgir a promessa de
desenvolvimento do município, e o crescimento eminente às únicas leis que
regulamentava o uso do solo urbano, foi à lei orgânica, ou seja, o código de postura
do município, datado de 1990, e o código de obras, instituídos a partir de 2003.
Com a obrigatoriedade do plano diretor destaca-se a obrigatoriedade para o
município, entrando nos critérios populacional, e inserido em um ambiente de
significativo impacto ambiental, devido às atividades mineradoras.
A lei de n° 632 e instituída no município de Caetité em 2006, sobe uma
perspectiva de cumprir a legalidade instituída pelo Estatuto das Cidades. Segundo
Santos (2019) grande parte dos municípios de médio e pequeno porte apresentaram
dificuldades em garantir com eficácia as ferramentas do Estatuto da Cidade, ficando
a elaboração do Plano até o final do prazo de cinco anos definidos pelo Estatuto.
Sampaio (2018) caracteriza a implementação do Plano Diretor de Caetité
como um caso emblemático, que surgiu apenas para constar na obrigatoriedade
instituída pelo Estatuto da Cidade, sendo ignorado pelo poder público e privado,
considerando como ineficaz diante as premissas exigidas por lei.
Consta no artigo 40 do estatuto da Cidade a garantia de um processo de
planejamento participativo, onde ficará por responsabilidades dos poderes Executivo
e Legislativo dos municípios a promoção de audiências públicas que conduzirá a
uma efetiva participação da população assegurando principalmente a função social
da cidade. A promulgação da lei de n° 632, o Plano de Desenvolvimento do
município, foi referido por Sampaio (2018) como um processo lastimável, que foi
elaborado sem a participação da sociedade civil, e aprovado apenas para cumprir
pautas, sem ao menos considerar o processo de expansão da malha urbana do
município.

ANALISE DO PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO MUNICÍPIO DE CAETITÉ

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