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Salmo 23

1
O Senhor é o meu pastor; nada me faltará.

2
Deitar-me faz em pastos verdejantes;
guia-me mansamente a águas tranqüilas.

3
Refrigera a minha alma;
guia-me nas veredas da justiça
por amor do seu nome.

4
Ainda que eu ande
pelo vale da sombra da morte,
não temerei mal algum, porque tu estás comigo;
a tua vara e o teu cajado me consolam.

5
Preparas uma mesa perante mim
na presença dos meus inimigos;
unges com óleo a minha cabeça,
o meu cálice transborda.

6
Certamente que a bondade e a misericórdia
me seguirão todos os dias da minha vida,
e habitarei na casa do Senhor por longos dias.

O Salmo 23 nos ensina a ver o mundo sem ilusões: um mundo que pode não ser perfeito (por
causa do nosso pecado), mas é o mundo criado por Deus, e que isso faz toda a diferença. O
salmista admite que este mundo pode ser perigoso, mas Deus toma conta de nós. Ao invés de
ficar remoendo queixas contra Deus por permitir que coisas ruins nos aconteçam ele prefere
apresentar Deus como algum que está conosco quando a dor vem sobre nós.

Nós podemos ver este salmo como a história de uma jornada, que começa falando sobre (1) a
alegria e o prazer de viver, simbolizado pela grama verde e a água fresca. Mas (2) alguma coisa
acontece que ameaça essa alegria e prazer – a escuridão da morte é, talvez, o ápice desta
ameaça. Quando o salmista percebe a escuridão ao seu redor ele clama ao Senhor e um
milagre acontece! O milagre não foi Deus tirá-lo da escuridão, ou transformar o frio vale da
sombra da morte no verde jardim de antes. Deus responde (3) indo ao encontro do salmista e
estando com ele. No final, o salmista percebe que (4) o passado não pode ser mudado, mas o
futuro pode ganhar um novo significado.

(1) alegria e prazer (vv. 1-3)

O que significa dizer que Deus é meu pastor?

a. Deitar-me faz em pastos verdejantes → Deus nos alimenta: “Quando as tuas palavras
foram encontradas eu as comi; elas são a minha alegria e o meu júbilo, pois pertenço a
ti, Senhor Deus dos Exércitos.” Jeremias 15:16
b. águas tranquilas → segurança
c. refrigera a minha alma = restaura a minha alma = devolve a minha alma → a correria
do dia-a-dia nos desumaniza... o relacionamento com Deus devolve nossa alma...
d. veredas da justiça → o caminho para a santidade: "...sejam santos, porque eu sou
santo." Levítico 11:44-45

Deus não nos promete uma vida segura (sem problemas). Ele promete que não teremos que
enfrenta-la sozinhos.

(2) a ameaça (v.4) Mesmo quando eu andar por um vale de trevas e morte

O salmista segue seu pastor. E de repente ele se vê num vale escuro e medonho. Um vale é
uma região cercada de altas montanhas. Por causa deste relevo acidentado, o caminho
geralmente se torna sinuoso, com subidas e descidas... caminhar por um vale é um desafio!

A ameaça pode surgir quando nos desviamos do pastor, mas a ênfase aqui repousa nas
ameaças que naturalmente fazem parte do ciclo da nossa vida – e que podem se tornar tão
escuras quanto a morte.

Mateus 4:1 “Então Jesus foi levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo Diabo.”
Durante nossa jornada Deus nos conduz em situações difíceis, que tiram o sorriso da nossa
face, e colocam à prova nossa fé.

Precisamos lembrar, porém, que o salmista fala da “sombra da morte”. O que é uma sombra?
A sombra acontece quando algo bloqueia a luz. Não haveria sombra se não houvesse o brilho
do sol. Muitas pessoas são tão afetadas pela “sombra do sofrimento” que perdem as forças
para prosseguir e ficam paralisadas. Elas sabem como sair do vale mas tem medo de se
machucar de novo. Preferem viver uma vida na sombra, contemplam a luz através de uma
sombra. Mas é só quando saímos do vale que conseguimos contemplar toda verdadeira
natureza de Deus.

A ameaça ressalta a tensão do “já” e “ainda não”

1João 3:2 Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de
ser, mas sabemos que, quando ele se manifestar seremos semelhantes a ele, pois o veremos
como ele é.

1Coríntios 13:12a Agora, pois, vemos apenas um reflexo obscuro, como em espelho; mas,
então, veremos face a face.

(3) permanecendo (v. 4) porque tu estás comigo...

Davi muda a maneira como trata Deus.


1
O Senhor [Ele] é o meu pastor; nada me faltará.
2
Deitar-me [Ele] faz em pastos verdejantes;
guia-me [Ele] mansamente a águas tranqüilas.
3
[Ele] Refrigera a minha alma;
guia-me [Ele] nas veredas da justiça
por amor do seu [dEle] nome.
4
Ainda que eu ande
pelo vale da sombra da morte,
não temerei mal algum, porque TU estás comigo;

Davi não nega a ocorrência de coisas ruins àqueles que seguem a Deus, nem diz
(imaturamente) que por ser um seguidor de Deus nenhum mal lhe sobrevirá. Ele afirma a
existência e a ocorrência de coisas ruins, mas afirma a convicção de que não Deus não exige
que enfrentemos essas ocorrências sozinho. Ele está lá conosco. E, mais que isso, podemos
dizer com convicção, Deus está comigo.

As vezes temos uma compreensão limitada da presença de Deus. "Quando Jacó acordou do
sono, disse: "Sem dúvida o Senhor está neste lugar, mas eu não sabia!" Gênesis 28:16

(4) um novo futuro (vv. 5-6)

preparas uma mesa... ao sair do vale Deus guia Davi até uma sala onde está posto uma
refeição. Neste contexto, muito já se falou sobre um banquete onde o rei conquistador
humilha o vassalo conquistado numa refeição de sujeição.

O teólogo Zalman Schachter nos dá uma nova sugestão para pensar neste verso. Ele imagina
Deus nos levando de tempos em tempos para esta mesa e nos pedindo para convidar todos
aqueles que nos fizeram algum mal, nos ofenderam, nos desapontaram – seja na nossa família,
na nossa igreja, na nossa comunidade, no nosso trabalho – se fazendo nosso inimigo (ainda
que por um breve tempo). E, tendo passado pelo vale da sombra da morte e saído deste vale
mais forte (me consolam – v. 4), vê nesta mesa uma oportunidade para reconciliação.

Quando o vale nos ferir, Deus nos conduz a um lugar onde podemos ser curados e curar
outros.

unges a minha cabeça com óleo significa em termos simples: Deus me considera alguém
especial. Quando cada um de nós se der conta disso estaremos aptos a assumir nossa função
de ser uma bênção para o outro.

Qual o resultado deste relacionamento? (v. 6) bondade e a misericórdia me [per]seguirão


Quando eu parar de construir meu próprio caminho rumo à felicidade e tão somente seguir o
caminho que o Pastor me levar, mesmo que este caminho me faça derramar lágrimas, eu me
tornarei um homem maduro, um autêntico “prisioneiro da esperança” (Zc 9:12).
"Voltem à sua fortaleza, ó prisioneiros da esperança; pois hoje mesmo anuncio que restaurarei
tudo em dobro para vocês." Zacarias 9:12

PENSANDO...

A antítese da pós-modernidade

O relógio é meu senhor, não descansarei


Ele me faz deitar non limite do esgotamento
Leva-me às profundezas da depressão
Persegue a minha alma
Me deixa continuamente agitado por causa das atividades
Mesmo com toda esta agitação, jamais desfrutarei os frutos do meu trabalho
Minha necessidade de aprovação me guiará
Exigindo o tempo separado para coisas menores
Unge minha cabeça com enxaquecas
Certamente pressão e fadiga me seguirão todos os dias da minha vida
E viverei coberto de frustração para todo sempre

O sinhô é meu pastô e nada há de me fartá


Ele me faiz caminhá pelos verde capinzá
Ele tamém me leva pros corgos d'água carma
Inda que eu tenha qui andá nos buraco assombrado
lá pelas encruzinhada do capeta;
não careço tê medo di nada
a-modo-de-quê
Ele é mais forte que o “coisa-ruim”
Ele sempre nos aprepara uma boa bóia
na frente di tudo quanto é maracutaia
E é assim que um dia
quando a gente tivé mais-pra-lá-do-qui-pra-cá
nóis vai morá no rancho do sinhô
pra inté nunca mais se acabá…
AMÉIM!

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