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UNIVERSIDADE PAULISTA

ANDRÉ DOS SANTOS TEIXEIRA


CLAUDIO APARECIDO GONZAGA
FÁBIO HENRIQUE DE OLIVEIRA
GUILHERME S. SANTOS
LEONARDO NEMOTO LIMA
LUCAS LIMA
MATHEUS POSSEBON HERRERA

BANCADA DE TESTE DE TURBINA HIDRÁULICA

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

2015
ANDRÉ DOS SANTOS TEIXEIRA
CLAUDIO APARECIDO GONZAGA
FÁBIO HENRIQUE DE OLIVEIRA
GUILHERME S. SANTOS
LEONARDO NEMOTO LIMA
LUCAS LIMA
MATHEUS POSSEBON HERRERA

BANCADA DE TESTE DE TURBINA HIDRÁULICA

Trabalho de conclusão de curso para


obtenção de graduação em
Engenharia Mecânica apresentado à
Universidade Paulista – UNIP

Orientador: Prof. Dr. Marcos Noboru


Arima

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO


2015
ANDRÉ DOS SANTOS TEIXEIRA
CLAUDIO APARECIDO GONZAGA
FÁBIO HENRIQUE DE OLIVEIRA
GUILHERME S. SANTOS
LEONARDO NEMOTO LIMA
LUCAS LIMA
MATHEUS POSSEBON HERRERA

BANCADA DE TESTE DE TURBINA HIDRÁULICA

Trabalho de conclusão de curso para


obtenção de graduação em
Engenharia Mecânica apresentado à
Universidade Paulista – UNIP

Orientador: Prof. Dr. Marcos Noboru


Arima

Aprovado em:

BANCA EXAMINADORA

_____________________________ /__/__
Prof.º Dr. Marcos Noboru Arima
Universidade Paulista – UNIP

_____________________________ /__/__
Prof.ª M.ª Adriana Hélia Caseiro
Universidade Paulista – UNIP

_____________________________ /__/__
Prof.º Me. Alberto Lyra
Universidade Paulista – UNIP
CIP - Catalogação na Publicação

BANCADA DE TESTE DE TURBINA HIDRÁULICA / LEONARDO


LIMA...[et al.]. - 2015.
0073 f. : il. color

Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) apresentado ao Instituto


de Ciência Exatas e Tecnologia da Universidade Paulista, SÃO JOSÉ DO
RIO PRETO, 2015.
Área de Concentração: Mecânica dos Fluidos.
Orientadora: Profª. Dr. Marcos Noboru Arima.

1. BANCADA DE TESTE . 2. MÁQUINAS DE FLUXO. 3. TURBINA. 4.


POTÊNCIA. 5. RENDIMENTO. I. LIMA, LEONARDO. II. Arima, Marcos
Noboru (orientadora).

Elaborada pelo Sistema de Geração Automática de Ficha Catalográfica da Universidade Paulista


com os dados fornecidos pelo(a) autor(a).
DEDICATÓRIA

Os integrantes deste grupo dedicam o presente trabalho para todos os


estudantes de engenharia e áreas relacionadas, que possam utilizar o conteúdo deste
material para aplicações e desenvolvimentos na prática relacionando com a teoria
aprendida em sala de aula.
E também a todos os professores envolvidos em nossa formação, nos
capacitando para a conquista do título de engenheiro mecânico.
AGRADECIMENTOS

Agradecemos primeiramente a Deus por nos guiar e proteger até o presente


momento;
Aos nossos pais e mães, que são à base de nosso aprendizado, nosso espelho,
exemplo de vida e superação.
Às esposas, noivas e namoradas que vivenciam juntos a cada momento, seja
de dificuldade ou de felicidade, que nos confortam, nos auxiliam, nos compreendem,
mesmo nos finais de semana necessários dedicarmos aos estudos, que não foram
poucos.
Toda a equipe de professores e profissionais da UNIP que são responsáveis
por transmitir o conhecimento e suas experiências.
RESUMO

O ensino técnico compreende um grande número de atividades que vão desde as


aulas ministradas em classe até ao experimento prático dos conceitos aprendidos. A
área da mecânica denominada mecânica dos fluidos é responsável pela didática
apresentada nesse trabalho, com ênfase em máquinas de fluxo. Por se tratar desses
tipos de máquinas, podemos trabalhar como uma bomba ou uma turbina. A primeira
é caracterizada por adicionar energia ao fluido, enquanto a segunda retira energia do
mesmo. Os principais tipos de turbina encontrados hoje são: Kaplan, Francis e Pelton.
As principais variáveis que são consideradas na escolha de uma turbina são a vazão
e a diferença de potencial entre a admissão do fluido até a turbina. A compreensão
das variáveis que influenciam o comportamento dessas turbinas é de extrema
importância, com isso a atividade prática torna-se fundamental para observação e
aprendizagem desses sistemas. Na escolha da turbina do tipo Pelton, foram levados
em consideração alguns fatores, dentre eles: a disponibilidade de mercado e a forma
como essa turbina é montada. O objetivo desse trabalho é desenvolver uma bancada
para analise de uma turbina Pelton, onde a energia elétrica obtida através de um
gerador acionado pela energia mecânica do eixo acoplado a turbina, por meio dessa
bancada o aluno pode observar funcionamento, analisar os resultados e confrontá-los
na prática, contribuindo assim para o desenvolvimento técnico e teórico, podendo
aplica-lo em sua vida profissional.

Palavras chave: Turbina Hidráulica. Máquinas de Fluxo. Bancada de teste.


ABSTRACT

Technical teaching includes a great number of activities that goes, since lessons in
classes until practical experiments of already learnt concepts. Fluid Mechanics is in
this paper responsible for the presented didacticism, with focus in flux machines. Being
the paper about these machines, we can work with a pump or a turbine. First one -
pump is featured by adding energy to the flux, while second one - turbine takes energy
out of the flux. The main types of turbines found nowadays are: Kaplan, Francis and
Pelton. The main variables that are considered in choosing a turbine are its flow rate
and potential difference between fluid admission until the turbine. Understanding of the
variables that influence the behaving of these turbines is of extreme importance, so
that, with this, practice activity becomes fundamental for observation and learning of
these systems. In choosing Pelton’s turbine, some factors were taken into
consideration, among them: market availability and the way the turbine is assembled.
The aim of this paper is to develop a stand for analyzing a Pelton’s turbine, where
electric energy obtained through a generator driven by a coupled axle to the turbine.
By this stand the student may observe its working, analyze the results and face them
in practice, contributing this way for technical and theorical developing, being able to
apply them in his/her professional life.

Key-words: Hydraulic Turbine, Flux Machine, Test Stand


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1– Demonstração bancada de teste .............................................................. 16


Figura 2– Campo de aplicação de turbinas hidráulicas ............................................ 19
Figura 3 – Aplicação de turbinas hidráulicas ............................................................ 22
Figura 4 – Exemplos de rotores................................................................................ 24
Figura 5 – Exemplo de sistema diretor de bomba centrífuga. .................................. 24
Figura 6 – Exemplo de sistema diretor de turbina hidráulica .................................... 25
Figura 7 – Bico injetor turbina Pelton ........................................................................ 25
Figura 8 – Esquema de geração de energia através de uma turbina Pelton ............ 26
Figura 9 – Exemplos de turbinas de ação Pelton ..................................................... 27
Figura 10 – Exemplo de Turbina de Reação Francis ............................................... 28
Figura 11- Vista frontal da bancada.......................................................................... 32
Figura 12 – Chassi da bancada ................................................................................ 35
Figura 13 – Reservatório da bancada ...................................................................... 36
Figura 14 – Bomba de água ..................................................................................... 37
Figura 15 – Painel de visualização ........................................................................... 39
Figura 16 – Tacômetro digital ................................................................................... 39
Figura 17 – Manômetro utilizado na bancada de teste ............................................. 40
Figura 18 – Tubos e conexões do sistema hidráulico da bancada ........................... 41
Figura 19 – Sistema hidráulico demonstrando bico acelerador ................................ 42
Figura 20 – Bico acelerador...................................................................................... 42
Figura 21 – Concepção da bancada de teste ........................................................... 43
Figura 22 – Chassi e apoios ..................................................................................... 43
Figura 23 – Tubos, conexões e manômetros de pressão. ........................................ 44
Figura 24 – Energia consumida e energia fornecida ................................................ 44
Figura 25 – Desenho esquemático do sistema medição da rede ............................. 46
Figura 26 – Elementos do cálculo: bico, turbina e gerador ....................................... 47
Figura 27 – Curva de velocidade .............................................................................. 58
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Campo aplicação dos diversos tipos de turbinas .................................... 23
Tabela 2 – Tabela de custos. .................................................................................... 34
Tabela 3 – Dados técnicos da turbina ....................................................................... 38
Tabela 4 – Dados da bomba ..................................................................................... 45
Tabela 5 – Dados coletados ..................................................................................... 47
Tabela 6 – Dados cenário 1 ...................................................................................... 49
Tabela 7 – Dados cenário 2 ...................................................................................... 50
Tabela 8 – Dados cenário 3 ...................................................................................... 51
Tabela 9 – Dados cenário 4 ...................................................................................... 52
Tabela 10 – Dados cenário 5 .................................................................................... 53
LISTA DE GRÁFICOS.

Gráfico 1 – Potência de saída x rotação .................................................................. 54


Gráfico 2 – Potência saída x vazão .......................................................................... 54
Gráfico 3 – Potência de entrada x potência de saída ............................................... 55
Gráfico 4 – Rendimento x rotação ............................................................................ 55
Gráfico 5 – Rendimento x vazão .............................................................................. 56
Gráfico 6 – Rendimento x potência de entrada ........................................................ 56
Gráfico 7 – Pressão x vazão .................................................................................... 57
Gráfico 8 – Potência de entrada x vazão ................................................................. 57
LISTA DE SIMBOLOS E SIGLAS

CCEE = Câmara de Comercialização de Energia Elétrica

W = watts

kW = kilowatts

m = metro

m3 = metros cúbico

s = segundos

H (m) = altura manométrica em metros

Q(m3/s) = vazão em metros cúbicos por segundo

ns = rotações específicas

𝑛 = rotação (rpm)
𝑁 = potência efetiva nominal (cv)
𝐻 = altura de queda da água (m)
rpm = rotações por minuto
cv = cavalo vapor
Re = número de Reynolds
𝜌 = massa específica da água (kg/m³)
𝑉 = Velocidade do fluido (m/s)
𝐷 = diâmetro da tubulação (m)
𝜇 = viscosidade dinâmica (N.s/m²)
Kg = kilograma
N = newton
m2 = metros quadrados
𝑄 = vazão do fluido (m³/s)
𝐴 = área da seção circular da tubulação (m²)
𝐻𝑝 = perda de carga total do sistema
ℎ𝑓 = perda de carga distribuída (m)
ℎ𝑠 = perda de carga local ou singular (m)
𝑓 = fator de atrito
𝐿 𝑟𝑒𝑎𝑙 = comprimento real tubulação do sistema (m)
𝐿 𝑒𝑞 = comprimento perdas (m)
𝑔= gravidade (m/s²)
𝐻𝑛 = altura de queda nominal
𝐻𝑏 = diferença entre altura bruta
𝑁 = potência efetiva nominal
𝑁𝑡 = rendimento total da turbina
Hz = frequência
P = Potência em [W]
l/h = litros por hora
Kgf = kilograma força
mca = metro de coluna da água
Psi = unidade de pressão
l/s = litros por segundo
mm = milímetro
DC = direct current (corrente continua)
AC = alternate current (corrente alternada)
BSP = tipo de rosca utilizadas em tubos
PVC = material polímero utilizado em tubulações
kg/s = vazão mássica em kilograma por segundo
A = corrente
V = tensão
m/s = velocidade
bar = unidade de pressão
𝑊̇ 𝑒𝑖𝑥𝑜 = Potência de eixo
Ẇsaída = Potência de saída
𝑚̇ = Vazão mássica [kg/s]

V2 = Velocidade na seção transversal do tubo [m/s]

P1= Pressão no ponto 1 conforme figura [bar]

ρ = Densidade da água [kg/m3]

ɳ = rendimento
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 15
1.1 Função da bancada...................................................................................... 16
2 MÁQUINAS DE FLUXO ..................................................................................... 17
3 CAMPO DE APLICAÇÃO DAS TURBINAS HIDRÁULICAS. ............................ 18
4 ELEMENTOS DE CONSTRUÇÃO DAS MÁQUINAS DE FLUXO ..................... 23
5 TURBINAS HIDRÁULICAS ................................................................................ 26
6 CLASSIFICAÇÃO DAS TURBINAS .................................................................. 26
6.1 Turbinas de ação ou impulso ....................................................................... 27
6.2 Turbinas de reação ...................................................................................... 27
7 TURBINA PELTON ............................................................................................ 29
8 PRINCIPAIS COMPONENTES .......................................................................... 30
8.1 Distribuidor ................................................................................................... 30
8.2 Câmera de distribuição ................................................................................ 30
8.3 Bico injetor ................................................................................................... 30
8.4 Registros de vazão....................................................................................... 30
8.5 Turbina ......................................................................................................... 30
8.6 Rotor ............................................................................................................ 31
8.7 Pás da turbina .............................................................................................. 31
8.8 Câmera de descarga .................................................................................... 31
8.9 Eixo .............................................................................................................. 31
8.10 Funcionamento ......................................................................................... 31
9 METODOLOGIA ................................................................................................. 32
9.1 Concepção do projeto. ................................................................................. 32
9.2 Método utilizado para criação do chassi da bancada ................................... 33
9.3 Método usado para aferição de pressão no sistema .................................... 33
9.4 Método usado para medição de rotação da turbina ..................................... 33
9.5 Método usado para cálculo de vazão ........................................................... 34
9.6 Custo de fabricação de montagem da bancada. .......................................... 34
10 PROJETO MECÂNICO ................................................................................... 35
10.1 Chassi da bancada ................................................................................... 35
10.2 Reservatório de água ................................................................................ 36
10.3 Bomba de água ......................................................................................... 36
10.4 Turbina ...................................................................................................... 38
10.5 Manômetros medidores de pressão .......................................................... 39
10.6 Tubulação e conexões .............................................................................. 40
10.7 Bico acelerador ......................................................................................... 41
11 DADOS DO PROJETO ................................................................................... 42
12 ANÁLISE DE DESEMPENHO DA BANCADA ............................................... 45
12.1 Desenho esquemático do sistema. ........................................................... 46
12.2 1º Cenário. ................................................................................................ 49
12.3 3º Cenário. ................................................................................................ 51
12.4 4º Cenário. ................................................................................................ 52
12.5 5º Cenário. ................................................................................................ 53
13 GRÁFICOS DE DESEMPENHO ..................................................................... 54
14 CONCLUSÃO ................................................................................................. 59
15 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. .............................................................. 60
16 APÊNDICE ...................................................................................................... 61
16.1 APÊNDICE A – desenho técnico arranjo geral ......................................... 61
16.2 APÊNDICE B – desenho técnico Esquema Hidráulico ............................. 62
16.3 APÊNDICE D – desenho técnico construtivo do bico acelerador ............. 64
16.4 APÊNDICE E – Desenho técnico conjunto do chassi ............................... 65
16.5 APÊNDICE F – Desenho técnico estrutura do chassi ............................... 66
16.6 APÊNDICE G – Desenhos técnicos construtivos da bancada .................. 67
15

1 INTRODUÇÃO

Uma usina hidrelétrica tem a função de gerar energia elétrica para o


abastecimento energético de determinada área, pode ser definida como um conjunto
de obras e equipamentos no qual a finalidade é a geração de energia elétrica. A
construção desse tipo de usina é feita sempre em locais onde podem ser aproveitados
os desníveis naturais dos cursos dos rios, com isso é necessário ter uma vazão
mínima para garantir a produtividade.
O principal componente para a geração de energia nesse sistema é a turbina
hidráulica, pois seu princípio de funcionamento consiste em transformar energia
potencial gravitacional, proveniente da queda d’água, transformando-a em mecânica
através da turbina que é acoplada em um gerador. Esse gerador, conforme a turbina
gira, através do eletromagnetismo gera energia elétrica.
A maior vantagem das usinas hidrelétricas é a transformação limpa do recurso
energético natural. Não há resíduos poluentes e há baixo custo da geração de energia,
já que o principal insumo energético, a água do rio, está inserida à usina. Além da
geração de energia elétrica, o aproveitamento hidrelétrico proporciona outros usos tais
como irrigação, navegação e amortecimentos de cheias. A construção das usinas
hidrelétricas se dá sempre em locais onde podem ser aproveitados os desníveis
naturais dos cursos dos rios e deve-se ter uma vazão mínima para garantir a
produtividade (CCEE, 2015).
As usinas hidrelétricas são a principal fonte geradora de energia em mais de
30 países, o que representa cerca de 20% de toda a energia elétrica gerada no mundo.
Ao contrário de outras fontes renováveis, a energia hidráulica já possui uma
representação significativa na matriz energética mundial e possui tecnologias
consolidadas. Tem como ponto positivo o fato de não poluir o meio ambiente com a
emissão de gases poluentes durante todo o processo, porém causam grande impacto
ambiental devido à área alagada represada pela barragem, causando também a perda
de solos, esses muitas vezes usados para agricultura, mas também sendo florestas e
prejudicando o meio ambiente.
A participação da energia hidráulica na matriz energética nacional é da ordem
de 42%, (CCEE, 2015).
16

1.1 Função da bancada

A principal função da bancada de testes de turbina hidráulica apresentada


nesse trabalho é demonstrar os estudos de uma turbina hidráulica e os dados obtidos
por meio de testes. O dispositivo apresentado consiste em uma bancada, um
reservatório de água, uma bomba d’água (que tem a função de simular uma altura
manométrica), a turbina hidráulica Pelton, um tacômetro, um painel medidor de
voltagem e quatro manômetros, para cálculos de pressão no sistema e em cada saída
e entrada dos bicos Figura 1.
Seu funcionamento consiste na simulação de um sistema de geração de
energia, para a simulação da energia potencial que depende da altura manométrica
de um reservatório de água, foi usado um sistema de bomba d’água, o mesmo tem a
função de fornecer energia potencial à água para que seja acionada a turbina.

Figura 1– Demonstração bancada de teste

Fonte: Elaborada pelo autor, 2015.


17

2 MÁQUINAS DE FLUXO

Máquina de fluxo é um dispositivo fluido mecânico que direciona o fluxo por


meio de pás ou lâminas fixadas a um elemento rotativo, promovendo a transformação
da energia do fluido em energia mecânica ou inversamente. Funcionam cedendo ou
recebendo energia de um fluido em constante movimento. Segundo (Souza, 2011),
máquina de fluxo é toda máquina que se utiliza de um fluido como meio de trabalho.
Segundo (Henn, 2011) existem alguns critérios utilizados na classificação das
máquinas de fluxo, sendo:
Direção da conversão de energia - dividida em duas categorias:
 Máquina de fluxo operatriz (geradora): é aquela que a partir do
fornecimento de energia mecânica realiza o aumento do nível
energético do fluido, como exemplo bombas de líquidos, ventiladores,
e compressores. Em resumo, as máquinas operadoras adicionam
energia ao fluido;
 Máquina de fluxo motriz (motora): é o oposto da geradora, onde a
energia mecânica é produzida a partir da redução do nível energético
do fluido, como exemplo turbinas hidráulicas, turbinas eólicas, turbinas
a vapor e turbinas a gás. Em resumo, as máquinas motrizes extraem
energia do fluido;
Forma dos canais entre as pás do rotor - divididas em dois tipos:

 Máquinas de ação: a função dos canais é simplesmente servir de guia


para o fluxo do fluido, onde a energia cinética aumenta na passagem
de saída do distribuidor e perde intensidade ao atingir as pás, não há
alteração da pressão do fluido que passa pelo rotor, a velocidade da
água é menor na saída da pá do que quando a atingiu;
 Máquinas de reação: a função dos canais é alterar a pressão do fluido,
que dependendo da transformação de energia podem ser chamadas
de bombas ou turbinas (HENN, 2011). No caso das bombas há um
aumento da pressão, já nas turbinas ocorrerá uma redução da pressão
do fluido na passagem do rotor;
18

Trajetória do fluido no rotor – divididas em quatro tipos:

 Fluxo radial: o fluido percorre uma trajetória radial ao eixo do rotor;


 Fluxo axial: o fluido percorre uma trajetória axial ao eixo do rotor;
 Fluxo tangencial: o fluido percorre uma trajetória tangencial ao eixo do
rotor, exemplificado no caso do jato injetor das turbinas Pelton;
 Fluxo misto: o fluido percorre uma trajetória mista, sendo diagonal ou
semiaxial, sentido cônico ao eixo do rotor.

3 CAMPO DE APLICAÇÃO DAS TURBINAS HIDRÁULICAS.

O campo de aplicação dos diferentes tipos de máquinas de fluxo é amplo e


sujeito a regiões de sobreposição, tornando difícil a determinação da melhor máquina
para determinada aplicação.
Nas turbinas hidráulicas para a escolha do modelo ao campo de aplicação,
deve-se definir qual delas atenderá as especificações para melhor aproveitamento,
retirando do sistema o maior desempenho e rendimento.
Antigamente a escolha do tipo de turbina era feita de forma aleatória e por
tentativas, sem auxílio nenhum de instrução técnica, mas que deu lugar ao método
baseado nas informações resultantes das turbinas já instaladas.
Como critério de escolha leva-se em consideração a altura de queda, a vazão
e a potência. Esta escolha depende ainda do número de rotações do gerador que a
turbina irá acionar (Macintyre, 1983).
Embora fique evidenciada a existência de regiões em que prepondera um
determinado tipo de turbina, por exemplo, Kaplan, para grandes vazões e pequenas
alturas de quedas, e Pelton, para maiores alturas de quedas. Existem faixas de altura
de queda e vazão em que mais de um tipo de turbina pode ser utilizada, nesses casos
são empregados critérios adicionais de seleção, como custos do gerador elétrico, risco
de cavitação, construção civil, flexibilidade de operação, facilidade de manutenção,
entre outros.
As turbinas de Michell Banki, também chamadas de Ossberger, não são
utilizadas em centrais hidrelétricas que geram acima de 1000 kW, mas possuem
grande utilização em micro e mini centrais, em virtude da facilidade de fabricação,
baixo custo e bom rendimento para situações de flutuação de vazão.
19

Como pode ser visto na Figura 2, corresponde ao gráfico de campo de


aplicação de turbinas hidráulicas onde é possível visualizar as regiões em que podem
ser selecionados mais de um tipo de turbina.

Figura 2– Campo de aplicação de turbinas hidráulicas

Fonte: Henn, 2011.

Outro método para escolha da turbina é determinado pelas faixas de valores


das rotações específicas (𝑛𝑠).
A rotação específica é dada pela seguinte fórmula.

𝑛∙√𝑁
𝑛𝑠 = 4 (1)
𝐻∙ √𝐻

Onde:
𝑛 = rotação (RPM);
𝑁 = potência efetiva nominal (cv);
𝐻 = altura de queda da água (m).
20

Para resolver a equação da rotação específica (𝑛𝑠) é necessário conhecer a as


variáveis, no qual os cálculos serão demonstrados a seguir.
Inicialmente é preciso achar o número de Reynolds (𝑅𝑒), dado pela expressão
abaixo.

𝜌∙𝑉∙𝐷
𝑅𝑒 = ( 2)
𝜇

Onde:
𝜌 = massa específica da água (kg/m³);
𝑉 = Velocidade do fluido (m/s);
𝐷 = diâmetro da tubulação (m);
𝜇 = viscosidade dinâmica (N.s/m²).

Para determinar a velocidade do fluido (𝑉), utilizamos a seguinte expressão.

𝑄
𝑉= (3)
𝐴

Onde:
𝑄 = vazão do fluido (m³/s);
𝐴 = área da seção circular da tubulação (m²).

A perda de carga total do sistema (𝐻𝑝) é dada por:

𝐻𝑝 = ∑ ℎ𝑓 + ∑ ℎ𝑠 (4)

𝐿 𝑟𝑒𝑎𝑙 𝑉² 𝐿 𝑒𝑞 𝑉²
𝐻𝑝 = 𝑓 ∙ ∙ + 𝑓 ∙ ∙ (5)
𝐷 2𝑔 𝐷 2𝑔

(𝐿 𝑟𝑒𝑎𝑙+𝐿 𝑒𝑞) 𝑉²
𝐻𝑝 = 𝑓 ∙ ∙ (6)
𝐷 2𝑔
21

Onde:
ℎ𝑓 = perda de carga distribuída (m);
ℎ𝑠 = perda de carga local ou singular (m);
𝑓 = fator de atrito;
𝐿 𝑟𝑒𝑎𝑙 = comprimento real tubulação do sistema (m);
𝐿 𝑒𝑞 = comprimento perdas (m);
𝑔= gravidade (m/s²);

A altura de queda nominal (𝐻𝑛) também recebe a nomenclatura de altura de


queda disponível, que corresponde ao rendimento máximo da turbina. Com o 𝐻𝑛 a
turbina desenvolve sua potência nominal sob a vazão especificada e gira de acordo
com a rotação nominal. É a diferença entre altura bruta (𝐻𝑏) e perda de carga total,
conforme expressão a seguir.

𝐻𝑛 = 𝐻𝑏 − 𝐻𝑝 (7)

A potência efetiva nominal (𝑁) é a potência efetiva na turbina, ou seja, é a


potência fornecida pela turbina para um 𝐻𝑛 e rotação nominal 𝑁𝑛 a fim de obter o
máximo de rendimento.
O cálculo de 𝑁 é de acordo com a seguinte expressão.

1000 ∙𝑁𝑡 ∙𝑄 ∙𝐻𝑛


𝑁= (8)
75

Porém é necessário saber o rendimento total da turbina (𝑁𝑡). De acordo com


Macintyre (1983) o rendimento total das turbinas é de 0,8 para as pequenas, 0,85 para
as médias e uma variação de 0,88 a 0,9 para as grandes.
Para finalizar as incógnitas da equação para determinação da rotação
específica (𝑛𝑠), resta definir a rotação do gerador de energia elétrica do sistema, que
são acionados diretamente pelas turbinas, que depois de acoplados, possuem o
mesmo número de rotações. Como no Brasil é utilizada uma frequência de 60 Hz na
rede elétrica, temos:

3600
𝑛= (9)
𝑃
22

Após obter os dados do sistema hidráulico, a fim de obter a rotação específica


(𝑛𝑠), e também junto às grandezas de vazão (𝑄) e a altura de queda (𝐻), por meio da
Figura 3 e da Tabela 1 – Campo aplicação dos diversos tipos de turbinasconsegue-se
definir a melhor turbina hidráulica para o sistema.

Figura 3 – Aplicação de turbinas hidráulicas

Fonte: Macintyre, 1983.


23

Tabela 1 – Campo aplicação dos diversos tipos de turbinas

Fonte: Macintyre, 1983.

4 ELEMENTOS DE CONSTRUÇÃO DAS MÁQUINAS DE FLUXO

Este capítulo apresentará os elementos construtivos fundamentais das


máquinas de fluxo, onde ocorrem os fenômenos fluidos mecânicos essenciais para o
funcionamento. Não havendo citações das partes como, corpo ou carcaça, mancais,
rolamentos, eixos, elementos de vedação, entre outros.
Segundo Barbosa (2010) as máquinas de fluxo são constituídas basicamente
de rotor e sistema diretor.
O rotor, conforme Figura 4, é o principal elemento de uma máquina de fluxo, é
móvel e sempre acoplado a um eixo que o atravessa e se encontra fixo dentro da
carcaça. Responsável transformação de energia mecânica em energia de fluido, ou
energia de fluido em energia mecânica. Constituído por certo número de pás giratórias
ou também denominadas palhetas, dividem os espaços em canais, por onde circula o
fluido de trabalho, que ao entrar em contato com o fluido recebe ou cede energia.
24

Figura 4 – Exemplos de rotores

Fonte: Brasil, 2010.

O sistema diretor tem como finalidade coletar o fluido e dirigi-lo para um


caminho determinado.
Numa máquina de fluxo operatriz (bomba), o sistema diretor, Figura 5, é
colocado após o rotor para orientar o fluxo do fluido a fim de obter menor impacto para
não diminuir a energia cinética fornecida pelo rotor, aumentando assim a energia
potencial da máquina.

Figura 5 – Exemplo de sistema diretor de bomba centrífuga.

Fonte: Gomes, 2013.

Na máquina de fluxo motriz (turbina), o fluido antes de passar pelo rotor,


encontra o distribuidor que é o sistema diretor, conforme Figura 6, cuja função é
orientar o fluxo do fluido para reduzir os efeitos de impactos e transformar a energia
potencial contida no fluido em energia cinética no rotor.
25

Figura 6 – Exemplo de sistema diretor de turbina hidráulica

Fonte: Brasil, 2010.

Para turbina hidráulica do tipo Pelton o sistema diretor é um bico injetor Figura
7, que direciona e regula o jato de água para o acionamento do rotor, transformando
a energia potencial do fluido em energia cinética no rotor.

Figura 7 – Bico injetor turbina Pelton

Fonte: Macintyre, 1983.

Em algumas máquinas não há presença do sistema diretor, como nos


ventiladores domésticos, demonstrando que a existência do rotor é imprescindível
para caracterização de uma máquina de fluxo.
26

5 TURBINAS HIDRÁULICAS

Turbinas hidráulicas são máquinas que convertem a energia da corrente de um


fluido em energia mecânica, através da água vinda de um reservatório com maior
energia potencial gravitacional, que em seguida, é conduzida para o nível mais baixo,
através de um conduto forçado, onde a turbina se encontra Figura 8.
Então, a água é injetada contra as palhetas da turbina, fazendo o rotor girar,
esse movimento é transmitido para um gerador através de um eixo, produzindo
energia elétrica (CORDEIRO, 2015).

Figura 8 – Esquema de geração de energia através de uma turbina Pelton

Fonte: http://www.alterima.com.br/index.asp?InCdSecao=35, 2015.

6 CLASSIFICAÇÃO DAS TURBINAS

Um ponto crucial para o melhor rendimento do sistema é a escolha ideal da


turbina, devendo ser levado em consideração à velocidade especifica e a altura de
queda da água (altura manométrica).
Existem duas classificações de turbinas:
 Turbinas de Ação;
 Turbinas de Reação.
27

6.1 Turbinas de ação ou impulso

Nas turbinas de ação a energia do fluxo da água disponível primeiro é


transformada em energia cinética para, depois incidir nas palhetas ligadas ao rotor e
transformar-se em energia mecânica consequentemente acionando o gerador. Um
grande exemplo desse tipo de turbina é a turbina Pelton, a qual será utilizada e
enfatizada neste trabalho.

Figura 9 – Exemplos de turbinas de ação Pelton

Fonte: Zeco, 2015.

6.2 Turbinas de reação

Nas turbinas de reação ocorre a transformação de energia cinética e de


pressão em energia mecânica. Neste tipo de turbina a pressão da água e velocidade
é relativamente baixa, por isso, á água do fluxo possui uma baixa energia cinética. Um
grande exemplo desse tipo de turbina é a turbina Francis.
28

Figura 10 – Exemplo de Turbina de Reação Francis

Fonte: Brazil, 2015.


29

7 TURBINA PELTON

A turbina Pelton Figura 9 foi criada pelo inventor Lester A. Pelton, na década
de 1870. Em 1850, Com 21 anos Lester A. Pelton foi de Ohio para a Califórnia, EUA
na busca pelo ouro (Munson, 2012). Conhecido como construtor de moinhos, foi na
Califórnia que ficou conhecido pela sua descoberta, qual o fez ficar para a história da
engenharia. Toda energia mecânica necessária para a pratica da extração do minério
era produzida através de grandes rodas da água criadas por Pelton. Após estudos e
análises para o desenvolvimento de sua criação, em 1879 foi testado na Universidade
da Califórnia um protótipo, o qual foi bem sucedido. Em 1880 foi concedida a primeira
patente para Pelton. Em 1889 as Rodas Pelton estavam tão bem sucedidas que a
empresa foi para São Francisco em instalações maiores. Em 1890 as turbinas Pelton
estavam em operação, gerando milhares de cavalos de potência em diversos tipos de
equipamentos. Rodas Pelton são utilizadas no mundo todo até hoje para a geração
de energia em usinas hidrelétricas (RODRIGUES, 2015).
A turbina Pelton geralmente é utilizada em sistemas cuja queda d’água é maior
que 250 metros, embora também seja utilizada em alturas manométricas menores.
Há instalações nos Alpes suíços que a altura chega a 1800 metros.
30

8 PRINCIPAIS COMPONENTES

8.1 Distribuidor

O distribuidor é o local onde os jatos d’água são direcionados nas conchas da


turbina com precisão. O que decide o número de bicos injetores ao redor da turbina é
a potência que será instalada e de acordo com as condições da altura manométrica.
Quanto maior for à queda menor deve ser o número de bicos injetores.

8.2 Câmera de distribuição

Consiste na continuação do conduto forçado, onde os bicos injetores são


acoplados e direcionados as conchas da turbina.

8.3 Bico injetor

É o direcionador do jato de forma tangencial as conchas da turbina. Forma um


ângulo de 90°com as pás da turbina.

8.4 Registros de vazão

É o local onde o fluxo de água é liberado em direção à turbina. Através deste


registro pode ser controlada a velocidade de vazão e consequentemente a rotação da
turbina.

8.5 Turbina

Local onde a energia hidráulica é transformada em mecânica transmitida para


o eixo da turbina.
31

8.6 Rotor

Responsável por transmitir à forca aplicada as conchas da turbina ao eixo de


rotação.

8.7 Pás da turbina

É um dos componentes mais importantes para o bom rendimento, pois o bom


funcionamento do sistema está relacionado ao bom funcionamento das pás.
Na turbina Pelton as pás tem formatos de dupla concha com uma aresta central
que permite a divisão da água.

8.8 Câmera de descarga

Local onde a água direcionada após a colisão com as pás da turbina.

8.9 Eixo

Elemento unido com a turbina para passar a energia mecânica produzida ao


gerador.

8.10 Funcionamento

A turbina Pelton tem seu movimento de rotação iniciado através de um jato de


água injetado paralelamente ao eixo do rotor, por um ou mais bicos injetores,
tangencialmente em suas pás, as quais têm formatos de conchas que podem ser
fundidas ou aparafusadas no disco central formando uma única peça quando fundida.
Este formato permite que forme uma aresta central na concha, onde o jato colide se
subdividindo nas duas partes da concha.
A velocidade de rotação da turbina pode ser controlada através de regulagens
feitas nas válvulas de liberação do fluxo de água.
32

9 METODOLOGIA

9.1 Concepção do projeto.

A concepção do projeto teve como foco a facilidade do entendimento e da


compreensão do funcionamento de um sistema de geração de energia junto as
variáveis do sistema.
No sistema foram projetados dois registros com fins didáticos, esses registros
alteram a velocidade de escoamento, a pressão do sistema, velocidade de rotação da
turbina bem como a vazão da mesma em cada cenário proposto Figura 11. Permitindo
obter dados quanto as características do sistema. Dois manômetros, acoplados na
entrada e na saída dos bicos, permitem verificar a queda de pressão no sistema.

Figura 11- Vista frontal da bancada

Fonte: Elaborada pelo autor, 2015.


33

9.2 Método utilizado para criação do chassi da bancada

Para a composição da estrutura, foi adquirido um perfil “L” laminado em material


ASTM A36, tal material apresenta propriedades mecânicas adequadas ao objetivo do
projeto, esse componente foi adquirido em uma empresa especializada no comercio
de matérias de aços, foram compradas 2 barras de 6 metros com largura de 1.1/2’’ e
espessura ¼’’, para fins práticos de locomoção da bancada, foi instalada na mesmas
quatro rodas, sendo duas giratórias e duas de deslocamento linear em cada
extremidade da bancada.
Para simular a altura manométrica necessária, uma bomba d’agua centrifuga
Figura 14 foi utilizada no sistema, sua função é adicionar energia ao fluido (no caso a
água).
A bomba utilizada, com 1 cv de potência (750 watts). Possui uma rotação de
3500 RPM e uma vazão máxima de 7800 l/h. Pesa 12 Kgf, simula uma altura
manométrica de até 33 mca, tem uma sucção máxima de 7 mca e atinge uma
temperatura de 65ºC. A bomba adotada atende as necessidades do projeto devido
suas características técnicas e construção.

9.3 Método usado para aferição de pressão no sistema

Para medir a pressão no sistema, foram instalados quatro manômetros Figura


17, sendo que, 2 em cada tubo de escoamento, disposto um anterior ao bocal de
redução da seção transversal e outro no próprio bocal, esses manômetros foram
fixados em flexíveis interligados aos dois bicos injetores, a fim de verificar as pressões
na entrada e na saída de cada um desses componentes.

9.4 Método usado para medição de rotação da turbina

Utilizou-se um tacômetro Figura 16 para a medição do número de rotações por


tempo.
34

9.5 Método usado para cálculo de vazão

Para a obtenção da vazão, foi instalado um recipiente ao sistema. Assim, após


um determinado tempo de escoamento, o volume do recipiente foi pesado,
consequentemente o cálculo da vazão foi realizado dividindo a quantidade de fluido
escoado pelo tempo decorrido.

9.6 Custo de fabricação de montagem da bancada.

O custo de fabricação e montagem da bancada estão descrito na Tabela 2, os


alunos proveram os recursos necessários para aquisição dos materiais, fabricação e
montagem.

Tabela 2 – Tabela de custos.


Componentes Elétricos R$ 3075,00
Componentes Estruturais R$ 1186,00
Tubos e Conexões R$ 250,00
Outros R$ 200,00
TOTAL R$ 4711,00
Fonte: Elaborada pelo Autor, 2015
35

10 PROJETO MECÂNICO

O projeto divide-se em duas etapas, sendo, a seleção dos componentes e a


fabricação do projeto propriamente dito, conforme segue:

10.1 Chassi da bancada

Para a composição desta estrutura Figura 12, levamos em conta a facilidade


para encontrar a matéria prima e a facilidade de fabricação, chegando a um perfil
laminado com o material ASTM A36.
Estes materiais foram adquiridos em empresas especializadas em comércio de
aço, os materiais adquiridos conforme descrito no projeto, 2 barras de 6 metros com
largura de 1.1/2” e espessura 1/4".
Junto ao chassi foram inseridos rodízios, 2 fixos e dois giratórios para facilitar
a locomoção do sistema de acordo com a figura 12.
Maiores detalhes nos desenhos técnicos nos apêndices.

Figura 12 – Chassi da bancada

Fonte: Elaborada pelo autor, 2015.


36

10.2 Reservatório de água

O recipiente escolhido para a armazenagem da água foi comprado junto a uma


loja especializada em utensílios para açougues e frigoríficos.
O critério de escolha, além do valor, foi a capacidade de ao estar cheio de água,
o recipiente não deformar. Com base nesta observação, a necessidade de um
recipiente com algum tipo de nervura e travamento para estabilizar a estrutura.
Neste conceito, a caixa frigorífica Figura 13 além de possuir as características
acima citadas, o volume de armazenagem de 130 litros, foi adequando a necessidade
do sistema.

Figura 13 – Reservatório da bancada

Fonte: Elaborada pelo autor, 2015.

10.3 Bomba de água

Para simulação da altura manométrica utilizada no sistema, foi adotado uma


bomba centrifuga acoplada a um motor de 1CV de potência Figura 14.
Ferrari SCM-50 (fig.14) foi escolhida devido suas características, onde sua
especificação técnica possibilitou a observação das variáveis do sistema e sua
influência sobre o rendimento.
37

Segue especificações do equipamento:


Descrição da bomba de água: bomba de água centrifuga 1 CV SCM-50 Ferrari.
 Modelo: SCM-50;
 Motor: 1 cv (750 watts);
 Tensão Nominal: 110 / 220 volts;
 Rotação: 3500 RPM;
 Vazão máx. (Q) L / hora: 7800;
 Altura manométrica máx. (Hm): 33 mca;
 Sucção máx. (Hs): 7 mca;
 Recalque / sucção (pol): 1";
 Amperagem: 110 v 8,0 amperes/220 v 4 amperes;
 Peso: (kgf) 12.

Figura 14 – Bomba de água

Fonte: Ferrari, 2015.


38

10.4 Turbina

Para a conversão de energia de um fluido em energia elétrica, foi utilizada uma


turbina hidráulica acoplada um gerador de energia elétrica.
A turbina hidráulica utilizada neste caso foi um rotor tipo Pelton de
aproximadamente 200 mm de diâmetro e um gerador acoplado em uma caixa
metálica.
O equipamento foi adquirido de um fornecedor externo, as características da
mesma são descrita conforme tabela a seguir.
Dados técnicos da turbina:
Tabela 3 – Dados técnicos da turbina
BICO Ø5 QUEDA PRESSÃO VAZÃO POTENCIA BICO Ø10 QUEDA PRESSÃO VAZÃO POTENCIA
(mm) (m) (psi) (l/s) (W) (mm) (m) (psi) (l/s) (W)
5 7,1 0,18 0 5 7,1 0,78 8
10 14,2 0,28 4 0 14,2 1,1 30
15 21,3 0,34 12 15 21,3 1,35 65
20 28,4 0,39 22 20 28,4 1,56 100
25 35,5 0,43 30 25 35,5 1,74 150
30 42,6 0,48 38 30 42,6 1,91 200
35 47,7 0,51 40 35 47,7 2,06 248
40 56,8 0,55 42 40 56,8 2,2 350
45 63,9 0,58 44 45 63,9 2,33 430
50 71 0,62 49 50 71 2,46 480
55 78,1 0,65 55 55 78,1 2,58 -
60 85,2 0,67 62 60 85,2 2,7 -
65 92,3 0,7 70 65 92,3 2,81 -
70 99,4 0.73 75 70 99,4 2,91 -
75 106,5 0,75 81 75 106,5 3,01 =
Fonte: Fornecido pelo Fabricante, 2015.

Junto à turbina está conectado o painel de visualização Figura 15 de regulagem


da carga gerada.
39

Figura 15 – Painel de visualização

Fonte: Fornecido pelo Fabricante Induel, 2015.

Para medir a velocidade desenvolvida pelo eixo da turbina, utilizou um


tacômetro digital, conforme Figura 16.
Figura 16 – Tacômetro digital

Fonte: Minipa, 2015.

10.5 Manômetros medidores de pressão

Para a verificação da pressão em cada cenário de teste, foram instalados


manômetros Figura 17 no sistema, sendo, dois manômetros em cada duto de
escoamento, medindo a pressão anterior ao bocal e outro no próprio bocal, com isso,
40

a queda de pressão do sistema devido a alteração da seção transversal da tubulação


são assinaladas nos instrumentos.

Figura 17 – Manômetro utilizado na bancada de teste

Fonte: Recordsa, 2015.

10.6 Tubulação e conexões

Para esta parte do equipamento, optou-se pelo uso de tubos de pvc devido a
sua propriedades, sendo que, as mesma são adequadas ao funcionamento do
sistema.
Os tubos e conexões Figura 18 utilizados são de Ø50mm e o tipo da união é a
soldável, onde as peças foram: adaptador soldável curto com bolsa e rosca, curva 90°
soldável, adaptador soldável com anel, luva soldável com rosca, tê soldável, registro
esfera soldável, tubo soldável e união soldável.
41

Figura 18 – Tubos e conexões do sistema hidráulico da bancada

Fonte: Tigre, 2015.

10.7 Bico acelerador

O bico acelerador Figura 20, como o próprio nome diz, é encarregado de


imprimir uma maior velocidade ao fluido. Este tipo dispositivo é amplamente conhecido
nos meios da termodinâmica como bocais.
Um bocal recebe fluido em uma determinada velocidade e, através de uma
mudança em sua seção (de um diâmetro maior para um menor) devolve o fluido ao
sistema com uma maior velocidade, porém, ocorre uma queda de pressão.
No bico foi realizado um furo para a inserção de um manômetro para a
verificação da pressão naquele ponto.
42

Figura 19 – Sistema hidráulico demonstrando bico acelerador

Fonte: Elaborada pelo autor, 2015.

Figura 20 – Bico acelerador

Fonte: Elaborada pelo autor, 2015.

11 DADOS DO PROJETO

A concepção do projeto teve como objetivo, sempre em primeiro plano, a


didática da bancada, facilidade de manutenção (utilizando em sua maioria itens
comerciais padronizados) e também a instalação e funcionamento do sistema.
Para facilitar o entendimento, este projeto foi subdividido e esta subdivisão
enquadrada em áreas da engenharia.
Essas áreas de atuação são:
 Resistencia dos materiais – chassi e apoios Figura 22;
 Hidráulica – tubos, conexões e manômetros de pressão Figura 23;
 Eletrica – energia consumida e energia fornecida Figura 24.
43

Figura 21 – Concepção da bancada de teste

Fonte: Elaborada pelo autor, 2015.

Conforme anteriormente mencionado, este chassi foi confeccionado de perfis


laminados tipo “L” (cantoneiras), confeccionadas em ASTM A36, unidas através de
solda elétrica, utilizando-se eletrodos específicos para o material em questão.
A estrutura é suportada por rodízios para facilitar o transporte do equipamento.

Figura 22 – Chassi e apoios

Fonte: Elaborada pelo autor, 2015.


44

Figura 23 – Tubos, conexões e manômetros de pressão.

Fonte: Elaborada pelo autor, 2015.

Figura 24 – Energia consumida e energia fornecida

Fonte: Elaborada pelo autor, 2015.


45

12 ANÁLISE DE DESEMPENHO DA BANCADA

Para análise da bancada foi usada um bomba d’água para simular a altura
manométrica, as características da bomba são as seguintes:
Fabricante: Ferrari;
Modelo: SCM 50;
Potência: 1cv ou 750 W;
Dados: conforme tabela 2.

Tabela 4 – Dados da bomba

Fonte: Catalogo bombas Ferrari, 2015.


46

12.1 Desenho esquemático do sistema.

Figura 25 – Desenho esquemático do sistema medição da rede

Fonte: Elaborada pelo autor, 2015

Legenda:
1- Pressão anterior ao bico;
2- Pressão no bico.

Dados construtivos:
 Bomba d’ água;
 Tubulação em PVC diâmetro de 1” (polegada);
 Conexões e Válvulas PVC diâmetro de 1” (polegada);
 Bocal diâmetro de 5 mm, fabricado em polímero poliamida;
 Turbina Pelton fabricada em aço fundido.
47

Tabela 5 – Dados coletados


PRESSÃO PRESSÃO VAZÃO
VELOCIDADE TEMPO TENSÃO CORRENTE RENDIMENTO ROTAÇÃO
CENÁRIOS (BAR) (BAR) MASSICA
1 2 1 2 m/s kg/s (s) (V) (A) (%) RPM
1º 1,2 0,3 2,2 0,5 0,3158 0,11 15 12 0,35 5,0 390
2º 1,6 0,4 2,2 0,5 0,3552 0,15 15 12 0,5 5,8 398
3º 2,2 0,5 1,7 0,4 0,3552 0,20 15 12 0,6 6,8 400
4º 2,2 0,5 1 0,3 0,2895 0,20 15 12 0,7 11,4 389
5º 2,2 0,5 2,2 0,5 0,3947 0,20 15 12 1,4 12,7 406
Fonte: Elaborada pelo autor, 2015.

Figura 26 – Elementos do cálculo: bico, turbina e gerador

Fonte: Elaborada pelo autor, 2015.

A potência na entrada foi calculada conforme a seguinte fórmula:

Potência de eixo = Potência mecânica

𝑊̇ 𝑒𝑖𝑥𝑜 = 𝑊̇ 𝑠𝑎í𝑑𝑎

Perdas no gerador foram desconsideradas.

𝑣 2 𝑃1
𝑃 = 𝑚̇. [ + ]
2 𝜌
48

Onde:

P = Potência em [W];

𝑚̇ = Vazão mássica [kg/s];

V2 = Velocidade na seção transversal do tubo [m/s];

P1= Pressão no ponto 1 conforme figura [bar];

ρ = Densidade da água [kg/m3].

Todas as perdas do sistema foram desconsideradas nas avaliações a seguir,


sendo assim, o sistema foi considerado como ideal.
O objetivo dos cenários a seguir é avaliar o rendimento da turbina, mediante
alteração nas condições de funcionamento do sistema.
Os cenários foram definidos da seguinte forma.
49

12.2 1º Cenário.
Dados:
Tabela 6 – Dados cenário 1
PRESSÃO PRESSÃO VAZÃO
VELOCIDADE TEMPO TENSÃO CORRENTE RENDIMENTO ROTAÇÃO
(bar) (bar) MASSICA
1 2 1 2 m/s kg/s (s) (V) (A) (%) RPM
1,2 0,3 2,2 0,5 0,3158 0,11 15 12 0,35 5,00 390
Fonte: Elaborada pelo autor, 2015.

Onde potência em 1, será:


0,3158 ² 1,2 . 105
𝑃1,1 = 0,11. [ + ]
2 1000

𝑃1,1 = 38 𝑊

A potência elétrica obtida, pela seguinte fórmula.

𝑃2,1 = 𝑉 . 𝐴
Onde:

𝑉 = 𝑇𝑒𝑛𝑠ã𝑜 (𝑉)
𝐴 = 𝐶𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 (𝐴)

Temos:
𝑃2,1 = 12 . 0,35
𝑃2,1 = 4,2 𝑊
Portanto, com os dados acima temos o rendimento da seguinte forma.
4,2
𝑛1 = . 100 = 5%
38
O valor de rendimento neste cenário apresenta-se de forma inconsistente, pois
a vazão considerada no calculo é a vazão total do sistema, no entanto, a pressão é
apenas do bocal 1, assim, a pressão do bocal dois foi desconsiderada, influenciando
diretamente nos resultado de eficiência do sistema.
50

2º Cenário.

Dados:

Tabela 7 – Dados cenário 2


PRESSÃO PRESSÃO VAZÃO
VELOCIDADE TEMPO TENSÃO CORRENTE RENDIMENTO ROTAÇÃO
(bar) (bar) MASSICA
1 2 1 2 m/s kg/s (s) (V) (A) (%) RPM
1,6 0,4 2,2 0,5 0,3552 0,15 15 12 0,5 5,8 398
Fonte: Elaborada pelo autor, 2015.

Onde potência em 1, será:

0,3552 ² 1,6. 105


𝑃1,2 = 0,15. [ + ]
2 1000

𝑃1,2 = 58 𝑊

A potência elétrica obtida, pela seguinte fórmula.

𝑃2,2 = 𝑉 . 𝐴
𝑃2,2 = 12 . 0,5
𝑃2,2 = 6 𝑊

Portanto, com os dados acima temos o rendimento da seguinte forma.


6
𝑛2 = . 100 = 5,8%
58

O valor de rendimento neste cenário apresenta-se de forma inconsistente,


pois a vazão considerada no calculo é a vazão total do sistema, no entanto, a
pressão é apenas do bocal 1, assim, a pressão do bocal dois foi desconsiderada,
influenciando diretamente nos resultado de eficiência do sistema.
51

12.3 3º Cenário.
Dados:

Tabela 8 – Dados cenário 3


PRESSÃO PRESSÃO VAZÃO
VELOCIDADE TEMPO TENSÃO CORRENTE RENDIMENTO ROTAÇÃO
(bar) (bar) MASSICA
1 2 1 2 m/s kg/s (s) (V) (A) (%) RPM
2,2 0,5 1,7 0,4 0,3552 0,20 15 12 0,6 6,8 400
Fonte: Elaborada pelo autor, 2015.

Onde potência em 1, será:

0,3552 ² 2,2. 105


𝑃1,3 = 0,2. [ + ]
2 1000

𝑃1,3 = 79 𝑊
A potência elétrica obtida, pela seguinte fórmula.

𝑃2,3 = 𝑉 . 𝐴
𝑃2,3 = 12 . 0,6
𝑃2,3 = 6,8 𝑊

Portanto, com os dados acima temos o rendimento da seguinte forma:


6,8
𝑛3 = . 100 = 6,8%
79

O valor de rendimento neste cenário apresenta-se de forma inconsistente,


pois a vazão considerada no calculo é a vazão total do sistema, no entanto, a
pressão é apenas do bocal 1, assim, a pressão do bocal dois foi desconsiderada,
influenciando diretamente nos resultado de eficiência do sistema.
52

12.4 4º Cenário.
Dados:
Tabela 9 – Dados cenário 4
PRESSÃO PRESSÃO VAZÃO
VELOCIDADE TEMPO TENSÃO CORRENTE RENDIMENTO ROTAÇÃO
(bar) (bar) MASSICA
1 2 1 2 m/s kg/s (s) (V) (A) (%) RPM
2,2 0,5 1 0,3 0,2895 0,20 15 12 0,7 11,4 389

Fonte: Elaborada pelo autor, 2015.

Onde potência em 1, será:

0,2895 ² 2,2. 105


𝑃1,4 = 0,20. [ + ]
2 1000

𝑃1,4 = 65 𝑊

A potência elétrica obtida, pela seguinte fórmula.

𝑃2,4 = 𝑉 . 𝐴
𝑃2,4 = 12 . 0,7
𝑃2,4 = 8,4 𝑊

Portanto, com os dados acima temos o rendimento da seguinte


forma.

8,4
𝑛4 = . 100 = 11,4%
65

O valor de rendimento neste cenário apresenta-se de forma inconsistente,


pois a vazão considerada no calculo é a vazão total do sistema, no entanto, a
pressão é apenas do bocal 1, assim, a pressão do bocal dois foi desconsiderada,
influenciando diretamente nos resultado de eficiência do sistema.
53

12.5 5º Cenário.
Dados:

Tabela 10 – Dados cenário 5


PRESSÃO PRESSÃO VAZÃO
VELOCIDADE TEMPO TENSÃO CORRENTE RENDIMENTO ROTAÇÃO
(bar) (bar) MASSICA

1 2 1 2 m/s kg/s (s) (V) (A) (%) RPM

2,2 0,5 2,2 0,5 0,3947 0,20 15 12 1,4 12,7 406

Fonte: Elaborada pelo autor, 2015.

Onde potência em um, será:

0,3947 ² 2,2. 105


𝑃1,5 = 0,2. [ + ]
2 1000

𝑃1,5 = 88 𝑊

A potência elétrica obtida, pela seguinte formula:

𝑃2,5 = 𝑉 . 𝐴, onde
𝑃2,5 = 12 . 1,4 temos
𝑃2,5 = 16,8 𝑊

Portanto, com os dados acima temos o rendimento da seguinte forma:

16,8
𝑛5 = . 100 = 12,72%
88
O valor de rendimento neste cenário apresenta-se de forma inconsistente,
pois a vazão considerada no calculo é a vazão total do sistema, no entanto, a
pressão é apenas do bocal 1, assim, a pressão do bocal dois foi desconsiderada,
influenciando diretamente nos resultado de eficiência do sistema.
54

13 GRÁFICOS DE DESEMPENHO

Gráfico 1 – Potência de saída x rotação


POTÊNCIA SAÍDA x ROTAÇÃO
20
POTÊNCIA SAÍDA (W)

15

10

0
390 398 400 389 406
ROTAÇÃO (RPM)

Fonte: Elaborada pelo autor, 2015.

Gráfico 2 – Potência saída x vazão


POTÊNCIA SAÍDA x VAZÃO
20
POTÊNCIA SAÍDA (W)

15

10

0
0,32 0,36 0,36 0,29 0,40
VAZÃO (kg/s)

Fonte: Elaborada pelo autor, 2015.


55

Gráfico 3 – Potência de entrada x potência de saída


POTÊNCIA DE ENTRADA x POTÊNCIA SAÍDA
20

POTÊNCIA SAÍDA (W) 15

10

0
38 58 79 65 88
POTÊNCIA DE ENTRADA (W)

Fonte: Elaborada pelo autor, 2015.

Gráfico 4 – Rendimento x rotação


RENDIMENTO x ROTAÇÃO
15,00

10,00
RENDIMENTO (%)

5,00

0,00
390 398 400 389 406
ROTAÇÃO (RPM)

Fonte: Elaborada pelo autor, 2015.


56

Gráfico 5 – Rendimento x vazão


RENDIMENTO x VAZÃO
15,00
RENDIMENTO (%)

10,00

5,00

0,00
0,32 0,36 0,36 0,29 0,40
VAZÃO ( kg/s)

Fonte: Elaborada pelo autor, 2015.

Gráfico 6 – Rendimento x potência de entrada


RENDIMENTO x POTÊNCIA DE ENTRADA
15,00
RENDIMENTO (%)

10,00

5,00

0,00
38 58 79 65 88
POTÊNCIA DE ENTRADA (W)

Fonte: Elaborada pelo autor, 2015.


57

Gráfico 7 – Pressão x vazão


PRESSÃO x VAZÃO
3

2,5

2
PRESSÃO ( bar)

1,5

0,5

0
0,32 0,36 0,36 0,29 0,40
VAZÃO (kg/s)

Fonte: Elaborada pelo autor, 2015.

Gráfico 8 – Potência de entrada x vazão


POTÊNCIA DE ENTRADA x VAZÃO
95
90
TPOTENCIA DE ENTRADA (W)

85
80
75
70
65
60
55
50
45
40
35
30
0,32 0,36 0,36 0,29 0,40
VAZÃO (kg/s )

Fonte: Elaborada pelo autor, 2015.


58

Após uma analise dos gráficos conclui-se que a rendimento do sistema esta
associada a uma determinada velocidade de rotação, conhecida como velocidade
nominal .
Segundo Macintyre (1983), após essa velocidade o sistema perde rendimento
ate certo ponto onde não ocorre a geração de energia, tal fenômeno acontece quando
a turbina atinge a velocidade máxima possível.

Figura 27 – Curva de velocidade

Fonte: Macintyre, 1983.


59

14 CONCLUSÃO

O presente trabalho teve como objetivos desenvolver uma bancada de teste de


uma turbina hidráulica, com objetivos de auxiliar no ensino de um tipo de maquina de
fluxo muito usada nos sistemas de geração de energia elétrica, neste caso uma turbina
tipo Pelton.
No decorrer do trabalho desenvolvido e pelo trabalho ser em grupo, verificou-
se a dificuldade no gerenciamento das atividades de cada membro e a unificação das
ideias propostas, ampliando o dialogo sempre se mostrou essencial para alcançar um
consenso.
Quanto à parte técnica da bancada e o testes realizados, embora poucos,
demonstraram a influência das principais variáveis, neste caso energia fornecida pela
bomba e a vazão sobre comportamento da sistema.
Assim, conclui-se que o objetivo foi alcançando, pois, os resultados obtidos
mostram a importância da compreensão do funcionamento do sistema. O estudo
mostrou-se proveitoso para a conversão de estudos teóricos em práticos e também
contribuindo para o desenvolvimento acadêmico.
60

15 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.

CCEE. Câmara de Comercialização de Energia Elétrica. São Paul, Disponível


em: <http://www.ccee.org.br/portal/faces/pages_publico/ondeatuamos/fontes?_afrLo
op=247712328473553#%40%3F_afrLoop%3D247712328473553%26_adf.ctrlstate%
Dr6857n0jp_4>. Acesso em: 22 de abr. 2015.

SOUZA, Z. Projetos de Máquinas de Fluxo: tomo I, base teórica e experimental.1.


Ed. Rio de Janeiro, Editora Interciência. Minas Gerais, Editora Acta, 2011.

HENN, E. L. Máquinas de Fluido. Santa Maria: Editora UFSM, 2011.

MACINTYRE, Archibald Joseph. Máquinas Motrizes Hidráulicas. Rio de Janeiro:


Editora Guanabara AS, 1983.

BARBOSA, J. R., Notas de aula – Máquinas de Fluxo. Instituto Tecnológico de


Aeronáutica, São José dos Campos, Brasil, 2010.

BRASIL, A. N., Máquinas Termohidráulicas de Fluxo. Faculdade de Engenharia,


Universidade de Itaúna, 2010.

GOMES, G. A. P. M., Seleção de Bomba Centrífuga Vertical para Operação em


um Sistema de Transferência de Enxofre Líquido. Engenharia Mecânica,
Universidade Federal do Rio de Janeiro. 2013

CORDEIRO, Luiz. Máquinas Térmicas e Hidráulicas. Rio de Janeiro: UERJ, 2010.


COSTA, Antônio Simões. Turbinas Hidráulicas e Condutos. Disponível
em: <http://www.labspot.ufsc.br/~simoes/dincont/turb-hidr-2003.pdf>. Acesso em 08
de out. de 2015.

ALTERIMA Turbinas Hidráulicas. Disponível em:


<http://www.alterima.com.br/index.asp?InCdSecao=35. Acesso em: 15 de set. de
2015.

RODRIGUES, Luiz Carlos Miranda J. Mecânica dos fluidos - Bombas hidráulicas.


Disponível em: <http://www.engbrasil.eng.br/pp/mf/aula17.pdf São Paulo 2012>.
Acesso em 11 de out. de 2015.

MUNSON R. BRUCE et. Al. Fundamentals of Fluid Mechanics. 7th. Hoboken:


Wiley,2012.

.
61

16 APÊNDICE
16.1 APÊNDICE A – desenho técnico arranjo geral
62

16.2 APÊNDICE B – desenho técnico Esquema Hidráulico


63

APÊNDICE C – desenho técnico unidade geradora tipo Pelton


64

16.3 APÊNDICE D – desenho técnico construtivo do bico acelerador


65

16.4 APÊNDICE E – Desenho técnico conjunto do chassi


66

16.5 APÊNDICE F – Desenho técnico estrutura do chassi


67

16.6 APÊNDICE G – Desenhos técnicos construtivos da bancada


68
69
70
71
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