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PROJETO DE ADEQUAÇÃO DE DESVIO

FERROVIARIO

TEAG TERMINAL EXPORTADOR DE AÇÚCAR DO


GUARUJÁ

TRECHO - RETRO PÁTIO CONCEIÇÃOZINHA – RUMO


LOGISTICA

MARGEM ESQUERDA DO PORTO DE SANTOS


MUNICIPIO GUARUJA-SP

RELATÓRIO DE ESTABILIDADE E
CAPACIDADE DE CARGA – R1

MUNICÍPIO DE GUARUJÁ-SP
DEZEMBRO / 2018

Rua Don Lino Deodato R. de Carvalho nº 1169, Jardim Proença


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SÚMARIO
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................... 5
2. DADOS DO SOLO .............................................................................................. 6
2.1 ENSAIOS DE CARACTERIZAÇÃO DO SOLO ............................................... 6
2.2 PARÂMETROS DOS SOLOS .......................................................................... 7
3. SOLUÇÃO ADOTADA – TROCA DE SOLO ...................................................... 7
3.1 Condição 1 - Análise de uma ruptura por superfície de ruptura para
esquerda, considerando todas as cargas móveis ................................................. 9
3.2 Condição 2 - Análise de uma ruptura por superfície de ruptura para
esquerda, considerando apenas a carga móvel ferroviária ................................. 9
3.3 Condição 3 - Análise de uma ruptura por superfície de ruptura para
direita, considerando todas as cargas móveis .................................................... 10
3.4 Condição 4 - Análise de uma ruptura por superfície de ruptura para
direita, considerando apenas a carga móvel ferroviária..................................... 11
3.5 Condição 5 - Análise da condição crítica anterior encontrada, sem a
realização da troca de solo.................................................................................... 11
4. MEMORIAL DE CÁLCULO DE CAPACIDADE DE CARGA DO PISO
INTERTRAVADO ..................................................................................................... 13
5. CONCLUSÃO .................................................................................................. 155
ANEXO 1................................................................................................................ 166
ANEXO 2.................................................................................................................. 16
ANEXO 3.................................................................................................................. 16

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FIGURAS

FIGURA 1 – Seção tipo do muro de contenção. .................................................... 5


FIGURA 2 – Seção-tipo. ........................................................................................... 8
FIGURA 3 – Analise de uma ruptura por superficie de ruptura para a esquerda
considerando todas as cargas móveis....................................................................9
FIGURA 4 – Analise de uma ruptura por superficie de ruptura para a esquerda
considerando apenas as cargas ferroviárias........................................................10
FIGURA 5 – Analise de uma ruptura por superficie de ruptura para a direita
considerando todas as cargas móveis..................................................................10
FIGURA 6 – Analise de uma ruptura por superficie de ruptura para a direita
considerando apenas as cargas ferroviárias........................................................11
FIGURA 7 – Analise da condição crítica anterior encontrada, sem realização da
troca de solo............................................................................................................ 12
FIGURA 8 – Propagação de tensões e sapata fictícia..........................................14

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TABELAS

TABELA 1 – Parâmetros de resistência e peso específico dos materiais .......... 7


TABELA 2 – Fatores de Segurança Críticos para cada condição analisada. .... 12
TABELA 3 – Tabela de parâmetros de resistência e forma de Vésic..................15

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1. INTRODUÇÃO

No Pátio de Conceiçãozinha será realizada uma adequação do Terminal


Ferroviário TEAG, localizado na cidade de Guarujá-SP. Em parte das linhas os vagões
serão movimentados com o auxílio de uma Pá Carregadeira ou Locotrator, que será
posicionada sobre um piso de concreto armado que se estende até o limite lateral
margeado pela cerca de alambrado (piso intertravado).
Devido ao carregamento móvel da Pá Carregadeira ou Locotrator e da
qualidade do solo local, foi proposta a realização de troca de um metro de solo por
rachão travado com bica corrida. A troca será realizada sob toda a área em que será
localizado o piso para tráfego móvel. Sobre a camada de rachão travado com bica
corrida serão posicionados o lastro da ferrovia e uma base para o piso, de solo
compactado (Figura 1).
Este documento tem por objetivo apresentar a análise de estabilidade da seção
da Estaca 9, considerada crítica, e verificação da capacidade de carga do piso para o
carregamento móvel da Pá Carregadeira ou Locotrator.

FIGURA 1 - Seção tipo do muro de contenção.

Fonte: Próprio Autor, 2018.

Para a realização das verificações foram utilizados os documentos


“ST-900.018-TER-SE-R1_TEAG.dwg”, que conta com a seção do local, e os boletins
dos ensaios de granulometria, Índice de Suporte Califórnia (CBR) e ensaio de

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compactação Proctor Normal. Foram também, observadas os seguintes documentos
normativos brasileiros e referências:

ABNT NBR 7189:1985 – Cargas móveis para projeto estrutural de obras ferroviárias;

ABNT NBR 6118:2004 – Projeto de Estruturas de Concreto – Procedimento;

ABNT NBR 8800:2008 – Projeto de Estruturas de Aço e de Estruturas Mistas de Aço


e Concreto de Edifícios;

ABNT NBR 11.682:2009 – Estabilidade de Encostas;

ABNT NBR 6122:2010 - Projeto e execução de fundações.

BRINA, H. L. (1979) Estradas de Ferro 1 – Via Permanente. Rio de Janeiro. Livros


Técnicos e Científicos S.A.

STOPATTO, S. (1987) Via permanente ferroviária: conceitos e aplicações. São Paulo.


Editora da Universidade de São Paulo.

Catálogo de escavadeiras médias CAT - https://www.cat.com/pt_BR/news/machine-


press-releases/cat-320d-series-
2hydraulicexcavatorfeaturesnewfuelefficientengin.html (Acessado em 05/12/2018)

Catálogo de escavadeiras Volvo - https://www.volvoce.com/brasil/pt-


br/products/excavators/crawler/ (Acessado em 05/12/2018).

2. DADOS DO SOLO

2.1 ENSAIOS DE CARACTERIZAÇÃO DO SOLO

Foram coletadas duas amostras para análise em laboratório e caracterização do


solo. A primeira amostra foi coletada próximo à Estaca 9, seção objeto da análise
deste relatório.
Através do ensaio de granulometria do solo foi possível classificá-lo como um
SC-SM de acordo com a Classificação Unificada, com aproximadamente 40% de
material passando pela peneira 200. O ensaio de Proctor Normal resultou em peso
específico seco máximo (d,max) de 1,68 g/cm3 e umidade ótima (wo) de 18,7%. O

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ensaio de Índice de Suporte Califórnia apresentou índice CBR de 13% e expansão de
0,34%.
Tal material não é aceitável para ser utilizado como sub-lastro de uma ferrovia,
tanto pela porcentagem de granulometria que passa pela peneira 200, que excede
15%, quanto valor de CBR que é inferior a a 30% (BRINA, 1979; STOPATTO, 1987).

2.2 PARÂMETROS DOS SOLOS

Os parâmetros de resistência e peso específico foram inseridos a partir das


informações disponibilizadas nos boletins dos ensaios de laboratório. As propriedades
adotadas para a análise de estabilidade estão na Tabela 1.

TABELA 1 – Parâmetros de resistência e peso específico dos materiais.

 c
Material  (°)
(kN/m3) (kN/m2)
Areia SC-SM 17,1 15 22
Material para Base 20 15 27
Lastro 20 0 35
Concreto 25 45 35
Rachão 15 0 37
Fonte: Próprio Autor, 2018.

3. SOLUÇÃO ADOTADA – TROCA DE SOLO

A solução adotada, como mencionado anteriormente, para dar suporte ao novo


traçado da linha e ao carregamento móvel das Pá Carregadeira ou Loco trator que
movimentarão os vagões, é a troca do solo local por uma camada de um metro de
rachão travado por bica corrida, sob toda a área em que será realizado o piso
intertravado.
Para o carregamento móvel das Pá Carregadeira ou Loco trator foram
considerados modelos de médios, que resultaram num carregamento de 34,5 kN/m
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para cada linha de roda, com distância de 2,20 m entre as cargas. Para o
carregamento ferroviário foi considerada carga de 90 kN/m.
Na Figura 2 pode-se observar o perfil do terreno com as camadas de solo, o piso
e os carregamentos móveis e a linha férrea (lastro). A seção foi estendida lateralmente
à direita para permitir análise em ambos os lados da via.

FIGURA 2 - Seção tipo.

Fonte: Próprio Autor, 2018.

Foram realizadas cinco análises de estabilidade em busca da situação mais


crítica. As cinco condições observadas foram:

 Análise de uma ruptura por superfície de ruptura para esquerda, considerando


todas as cargas móveis.
 Análise de uma ruptura por superfície de ruptura para esquerda, considerando
apenas a carga móvel ferroviária.
 Análise de uma ruptura por superfície de ruptura para direita, considerando todas
as cargas móveis.
 Análise de uma ruptura por superfície de ruptura para direita, considerando
apenas a carga móvel ferroviária.
 Análise da condição crítica anterior encontrada, entretanto, sem a realização da
troca de solo.

As opções considerando apenas as cargas móveis das Pá Carregadeira ou Loco


trator não foram analisadas pela facilidade de entendimento de que seus resultados
seriam intermediários, não atingindo valores críticos de fatores de segurança.
As análises de estabilidade foram realizadas através do programa Slide, da
RocScience Inc. O método utilizado foi o Método de Bishop.

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3.1 Condição 1 - Análise de uma ruptura por superfície de ruptura para
esquerda, considerando todas as cargas móveis

FIGURA 3 - Análise de ruptura.

Fonte: Próprio Autor, 2018.

Fator de Segurança mínimo de Bishop: 1,751

Condição: Estável e atendendo ao exigido pela NBR11:682 (2009) de FS>1,50.

3.2 Condição 2 - Análise de uma ruptura por superfície de ruptura para


esquerda, considerando apenas a carga móvel ferroviária

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FIGURA 4 - Análise de ruptura

Fonte: Próprio Autor, 2018.

Fator de Segurança mínimo de Bishop: 1,580

Condição: Estável e atendendo ao exigido pela NBR11:682 (2009) de FS>1,50.

3.3 Condição 3 - Análise de uma ruptura por superfície de ruptura para direita,
considerando todas as cargas móveis

FIGURA 5 – Analise de ruptura.

Fonte: Próprio Autor, 2018.

Fator de Segurança mínimo de Bishop: 1,516

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Condição: Estável e atendendo ao exigido pela NBR11:682 (2009) de FS>1,50.

3.4 Condição 4 - Análise de uma ruptura por superfície de ruptura para direita,
considerando apenas a carga móvel ferroviária

FIGURA 6 – Analise de ruptura.

Fonte: Próprio Autor, 2018.

Fator de Segurança mínimo de Bishop: 1,543

Condição: Estável e atendendo ao exigido pela NBR11:682 (2009) de FS>1,50.

3.5 Condição 5 - Análise da condição crítica anterior encontrada, sem a


realização da troca de solo

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FIGURA 7 – Analise da condição crítica existente.

Fonte: Próprio Autor, 2018.

Fator de Segurança mínimo de Bishop: 1,470

Condição: Estável, entretanto, não atende ao exigido pela NBR11:682 (2009) de


FS>1,50.

A seguir é apresentada a Tabela 2 com os valores dos fatores de segurança


mínimos encontrados para as cinco condições analisadas. Observa-se que a condição
5 possuiu menor fator de segurança, não atendendo ao mínimo exigido pela
NBR11:682 (2009) de FS>1,50, enquanto que as quatro condições em que foi
considerada a troca de solo por rachão travado por bica corrida atende ao requisito
de fator de segurança mínimo.

TABELA 2 – Fatores de Segurança Críticos para cada condição analisada.

Condição Fator de Segurança FScrítico


Condição 1 1,751
Condição 2 1,580
Condição 3 1,516
Condição 4 1,543
Condição 5 1,470
Fonte: Próprio Autor, 2018.

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4. MEMORIAL DE CÁLCULO DE CAPACIDADE DE CARGA DO PISO
INTERTRAVADO

Foram realizados os cálculos para verificação da capacidade de carga do piso


intertravado.

A capacidade de carga da laje de concreto foi obtida através da equação de


Vésic, mostrada a seguir:
𝐵
𝜎𝑟 = 𝑐. 𝑁𝑐 . 𝑆𝑐 + 𝛾1 . . 𝑁𝛾 . 𝑆𝑦 + 𝛾2 . ℎ. 𝑁𝑞 . 𝑆𝑞 (1)
2

Sendo r a capacidade de carga (kPa),

c, a coesão do solo abaixo do piso (kPa),

B, a largura do piso (m),

h, a altura de embutimento sobre a piso (m), que é nula,

1, o peso específico do solo abaixo da laje (kN/m3),

2, o peso específico do material acima da laje (kN/m3),

Nc, N e Nq são fatores adimensionais de capacidade de carga,

Sc, S e Sq são fatores adimensionais de forma.

Devido às várias camadas de materiais geotécnicos de pequena espessura e


a profundidade do bulbo de tensões sob o piso intertravado, o cálculo da capacidade
de carga deve ser realizado considerando o perfil semelhante a um perfil do solo
estratificado. Para tal é calculada a capacidade propagação da tensão do até o topo
de uma camada de solo inferior e sua capacidade de carga, considerando uma sapata
fictícia. Tal metodologia é comumente utilizada para perfis de solo em que a camada
inferior é menos resistente que a camada de assentamento (Figura 8), como seria o
caso em que não houvesse a troca de solo por rachão travado por bica corrida.

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FIGURA 8 – Propagação de tensões e sapata fictícia.

Fonte: Próprio Autor, 2018.

Para perfis estratificados a rotina de cálculo baseia-se em calcular a


capacidade de carga da camada superior (r1), da camada inferior (r2) subjacente e
uma diferença entre eles (). Se a diferença for maior que a capacidade da camada
inferior, então é repetido o processo de cálculo da capacidade de carga com a próxima
camada inferior (r3), calculada a nova diferença () e feita uma nova comparação.
Quando a diferença for inferior à capacidade de carga da n-énisma camada
(r,n) são encerrados os cálculos (Equação 2). A capacidade de carga do sistema será
igual à capacidade de carga da n-ésima camada (r,n). Caso seja de interesse saber
a capacidade de carga das camadas anteriores, os valores é uma relação entre as
capacidades de carga das camadas e a diferença entre elas (Equação 3). As
equações de cálculo são mostradas a seguir:

 r1  B  L
    r2 (2)
(B  z)  (L  z)

 r2
 r   r1  (3)


De acordo com as tabelas de parâmetros de resistência e forma de Vésic, os


valores adotados são:

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TABELA 3 – Valores adotados.

Material  (°) Nc N Nq Sc S Sq
Material para Base 27 23,94 13,2 14,47 1 1 1
Rachão travado com
37 55,63 42,92 66,19 1 1 1
bica corrida
Areia SC-SM 22 16,88 7,82 7,13 1 1 1
Fonte: Próprio Autor, 2018.

Para a condição em que não houvesse troca de solo por rachão travado por
bica corrida, os cálculos resultaram que a capacidade de carga do Material para Base
é de r,MB= 1473,18 kPa, para o solo local (Areia SC-SM) é de r,Areia= 995,76 kPa e
 = 1739,41 kPa, ou seja, >r,Areia.
Para a condição da solução adotada, os cálculos resultaram que a capacidade
de carga do Material para Base é de r,MB= 1473,18 kPa, para Rachão travado com
bica corrida é de r,RT= 3605,51 kPa e  = 2564,06 kPa. Portanto, não há propagação
de tensões para a camada de solo natural, pois o rachão absorve as tensões que
ultrapassam a camada de base.

5. CONCLUSÃO
Para verificação da efetividade da solução adotada foram realizadas análises de
estabilidade e a verificação da capacidade de carga do sistema.
As análises de estabilidade consideraram cinco condições diferentes, incluindo
a opção de não realização da troca de solo. Os fatores de segurança mínimos
mostram que é necessária realização de obra de melhoria da resistência do solo e
que a solução adotada atende à essa necessidade, visto que os fatores de segurança
mínimos atendem ao exigido pela NBR11:682 (2009) de FS>1,50.
As verificações das capacidades de carga também evidenciaram a
necessidade de melhoria da resistência do solo e a eficácea da solução adotada.

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ANEXO 1

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ANEXO 2

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ANEXO 3

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