Sie sind auf Seite 1von 1

PARAR, ,

PARAR
POR QUÊ?
Desde o corte de 30% da verba das Universidades Federais e a aberta tentativa de desmonte das
Ciências Humanas, a precarização do ensino público no Brasil está em evidência. Com esta medida, o MEC
inviabiliza a existência de dezenas de centros de pesquisa do país. Para se exemplificar, a UFPR e a UFF
declararam que, com o corte, inviabiliza-se desde o pagamento de bolsas até das contas de água, luz e
necessidades básicas. Na sequência, a Capes cortou uma grande parcela de suas bolsas de mestrado e
doutorado. As ciências humanas já estavam sendo atacadas como propagadoras da “ideologia de gênero”.
Na filosofia, o ataque ao seu ensino nas escolas e às suas pesquisas em graduação e pós-graduação
representam um grande golpe à área como um todo. Por um lado, quem hoje estuda filosofia perde
referencial de para onde vamos enquanto futuros professores e pesquisadores e, por outro lado, é colocado
em questão o futuro de uma sociedade sem possibilidades outras que não a do modelo de produção do
capital, uma sociedade sem a possibilidade de se fazer filosofia, de se fazer pensamento movente.

Em São Paulo, uma CPI foi proposta na Assembleia Legislativa (ALESP) para investigar
“aparelhamento da esquerda” nas universidades, como uma medida de clara censura às três universidades
públicas paulistas: USP, Unesp e Unicamp. A UNESP se viu obrigada a suspender o vestibular de meio
de ano pelo agravamento de sua crise financeira. O governador João Dória já havia declarado um corte de
23% no orçamento designado à cultura em São Paulo. Os cortes da Capes também já se materializaram
na pós-graduação das universidades públicas estaduais.

O contexto de precarização da USP não é recente. Soma-se o recente interdito de acesso ao bilhete
único estudantil para moradores do CRUSP, a moradia universitária que se mantém sem os mínimos
investimentos nas áreas comuns, ao fechamento da Creche Oeste da universidade, tornando a
permanência universitária cada vez menos acessível. Mais além, só no plano de Demissão Voluntária (PIDV)
da USP, promoveu-se o desligamento de cerca de 1500 dos 17 mil funcionários, agravando uma situação
estruturalmente já precária. Para suprir o déficit gerado pelo PIDV e a redução de financiamentos que a
universidade vem sofrendo, a resposta da reitoria foi a contratação de estagiários, reproduzindo o sistema de
relações de trabalho que contrata mão de obra barata que em muito pouco ou nada se relacionam à sua
área de origem e pouco colabora com sua formação. O capítulo mais recente desta política levou à morte
Filipe Varea Leme, estudante da Geografia que estagiava no setor de informática como monitor na Poli-USP
e morreu em um acidente causado enquanto estava em desvio de função.

Por Filipe, pela educação pública, gratuita e de


qualidade, e em defesa das ciências humanas,

NÓS PARAMOS NO DIA 15 DE MAIO!

Das könnte Ihnen auch gefallen