Sie sind auf Seite 1von 61

BiblioCatt

Cláudia Rocha

(Nº 2013274)

Margarida Oliveira

(Nº 2013493)

Neuza Duarte

(Nº 2013277)

Relatório de Estágio apresentado à Escola Superior de Educação de Lisboa no âmbito


da unidade curricular de Projeto Interdisciplinar de Intervenção Profissional II,

3º Ano da Licenciatura em Animação Sociocultural

Docentes: Alfredo Dias, Célia Martins, Joana Campos, Helena Barroso, Carla Rocha, Carlos Luz,
Sandra Fernandes, Abel Arez, Natália Vieira, Maria José Nobre

Ano Letivo 2015/2016

1
Índice
1.INTRODUÇÃO................................................................................................................6
2.REFLEXÃO INICIAL .......................................................................................................7
2.1. Cláudia Rocha ........................................................................................................7
2.1. Margarida Oliveira...................................................................................................8
2.3. Neuza Duarte ..........................................................................................................9
3. METODOLOGIA .......................................................................................................... 11
4. INSTITUIÇÃO .............................................................................................................. 14
4.1. Apresentação sumária da instituição ................................................................... 14
4.1.1. Comunidade/Contexto ................................................................................... 15
4.1.2. Público(s)........................................................................................................ 16
4.1.3. Finalidades e objectivos ................................................................................. 17
4.1.4. Identificação dos Programas, Projetos e Atividades desenvolvidas na/pela
instituição .................................................................................................................. 18
4.2. Identificação e fundamentação das problemáticas de intervenção no
contexto/instituição. ..................................................................................................... 19
4.3. Identificação e fundamentação dos domínios de intervenção da ASC ............... 20
5. PROJETO .................................................................................................................... 21
5.1. Identificação do Programa/ Projeto em que se integra o projeto ........................ 21
5.2. Caracterização do(s) público(s)............................................................................ 21
5.3. Identificação das potencialidades e fragilidades do(s) público(s) e do contexto 22
5.4. Definição da(s) problemática(s) sobre as quais incide o projeto de intervenção,
teoricamente fundamentada(s).................................................................................... 24
5.5. Identificação dos domínios de intervenção da ASC, teoricamente
fundamentado(s) .......................................................................................................... 25
5.6. Identificação dos objetivos gerais da intervenção, justificados com a
caracterização do contexto e do(s) público(s) ............................................................ 26
5.7. Apresentação das estratégias gerais, justificadas com a caracterização do
contexto e do(s) público(s) .......................................................................................... 26
5.8. Apresentação das estratégias e procedimentos de avaliação do projeto, com
definição dos indicadores e instrumentos de avaliação.............................................. 27
5.9. Plano de ação (calendarização: tipologia geral de atividades, recursos e
parcerias previstos)...................................................................................................... 29
REFERÊNCIAS ............................................................................................................... 32
ANEXOS .......................................................................................................................... 34
Anexo A. Nível de Escolaridade Obrigatória/ Nível da Formação Profissional/ Nível
de Estágios Profissionais............................................................................................. 35

2
Anexo B. Atividades desenvolvidas pelos utentes dentro e fora do CATT ................ 36
Anexo C. Organograma do CATT ............................................................................... 37
Anexo D. Definição dos objectivos do CATT .............................................................. 38
Anexo E. Identificação das Parcerias do CATT .......................................................... 54

3
Índice de Tabelas

Tabela 1 – página 11 e 12

Tabela 2 – página 23

Tabela 3 – página 24

Tabela 4 – página 27

Tabela 5 – página 28

Tabela 6 – página 29 e 30

4
Lista de Abreviaturas

ASC – Animação Sociocultural

CATT – Centro de Alojamento Temporário de Tercena

ISS – Instituto da Segurança Social

PIIP – Projeto Interdisciplinar de Intervenção Profissional

ESELx – Escola Superior de Educação de Lisboa

5
1.INTRODUÇÃO

O presente relatório do projecto insere-se no âmbito da Unidade Curricular de


Projeto Interdisciplinar de Intervenção Profissional III (PIIP III), do 3º ano da
licenciatura em Animação Sociocultural (ASC), da Escola Superior de Educação de
Lisboa (ESELx), que tem como instituição o Centro de Alojamento Temporário de
Tercena (CATT). Este dará a conhecer ao leitor, a instituição, a sua comunidade e
contexto, finalidades e linhas de intervenção, assim como todo o projeto e suas fases
de planeamento: programa em que se insere, público-alvo, problemáticas sobre as
quais incide a intervenção, domínios de intervenção da ASC, objetivos gerais,
estratégias e avaliação.

“A animação é um novo tipo de intervenção social, que tende a favorecer e


desenvolver a comunicação, a socialização, e a criatividade através dos meios e uma
linguagem que estimula a fantasia e o prazer de participar” (Cit. por Ander-Egg, E., O
Léxico do Animador, ASPGP, Galiza, 1999.)

A intervenção proposta, no âmbito da prática profissional, tem uma forte


vertente lúdico/lazer e é com esta finalidade que o projeto desenvolver-se-á, numa
perspectiva de dinamizar uma biblioteca comunitária e criar dinâmicas de relação entre
os utentes e o espaço, fomentando uma experiência criativa e inovadora. Assim, com
o nome “BiblioCatt”, o projeto a seguir apresentado tem como finalidade máxima a
dinamização do espaço da biblioteca e o seu reconhecimento. Através de uma
produção de uma dinâmica de Expressão Dramática e de Literatura – uma criação ou
adaptação de um conto, na área da Multimédia pretendemos realizar um exposição
fotográfica relativamente as actividades desenvolvidas pelo CATT, através do
Desporto temos como objectivo realizar um peddy-paper e desta forma cativar os
utentes a frequentarem a biblioteca de uma maneira inovadora e criativa.

6
2.REFLEXÃO INICIAL

2.1. Cláudia Rocha

Sendo que cheguei a esta etapa da Licenciatura e iniciei o PIIP III é necessário
e pertinente começar por estabelecer objetivos pessoais que desejo atingir ao longo
de todo o estágio. Desta forma, antes de os estabelecer, sinto que é preciso
apresentar uma breve explicação do porquê do contexto e da própria instituição que
escolhi.

Desde que ingressei na faculdade e iniciei o meu percurso em estágio que o


público com quem sempre quis intervir, foram Crianças e Jovens em Risco. No PIIP I,
que era só de observação estagiei em contexto de Lar, na Instituição Obra do Ardina,
e em PIIP II no Bairro 6 de Maio, no Programa Escolha. Mas sem dúvida que o
contexto que desejava mesmo era a Institucionalização de Crianças e Jovens em
Risco como no primeiro ano. Desta forma, em conjunto com a minha colega Neuza,
com quem já desenvolvi os dois estágios anteriores, e a minha colega Margarida, que
pela primeira vez queria experimentar este público, pesquisamos e encontramos
Centro de Acolhimento temporário de Tercena, que a nosso ver tinha as
características ideais.

Pondo tudo isto em cima da mesa, tenho expectativas muito elevadas em


relação a este estágio e à implementação do projeto, coisa que não tinha pois todo o
processo de iniciação de estágio foi um pouco complicado, nada sem solução, mas
que me deixou um bocado desmotivada, mas que felizmente se ultrapassou. Devido
ao facto de sermos um trio, e termos o objetivo de realizar um projeto juntas, tenho
plena noção que terá de ser um projeto inovador e que tenha um impacto muito mais
elevado do que se fosse sou eu a realizá-lo.

O principal objetivo deste estágio é planear e realizar um projeto com as


minhas colegas, como já referi, mas que este tem um grande impacto nas crianças e
jovens mas também na própria Instituição, e que dêem continuidade ao nosso projeto.
Desejo que este consiga responder às necessidades e fragilidades do público que
reside no Lar.

Para que isto ocorra de acordo com as minhas expectativas, é necessário


realizar um diagnóstico coerente, através da observação directa, da análise
documental e até das notas de campo, conseguindo ser capaz de refletir sobre a

7
informação que consegui recolher. Devo também conseguir reconhecer e discutir as
problemáticas que existem nesta Instituição para conseguir desenvolver um projeto de
intervenção que incentive o público a demonstrar as suas potencialidades. No
desenvolvimento do projeto devo ser capaz de deslocar os conhecimentos que fui
adquirindo ao longo dos três anos em diversas unidades curriculares, pois toda a
matéria e quadros teóricos irão ajudar-me a realizar um PIIP III com êxito e com um
projeto baseado em metodologias e estratégias para uma boa atuação e uma
avaliação coerente do próprio projeto.

Desejo alcançar os meus objetivos e não sentir que fracassei, pois desejo que
o projeto que implementarmos tenha sucesso e seja reconhecido como algo inovador
e pertinente para todos os que serão beneficiados.

2.1. Margarida Oliveira

No começo no PIIP III é indispensável definir objectivos pessoais, que se


pretendem alcançar no decorrer do estágio. Contundo antes da explicação do porque
ter escolhido o Centro de Alojamento Temporário de Tercena para realizar o último
estágio da minha licenciatura.

A escolha do local de estágio foi realizada tendo em conta que no âmbito de


PIIP I realizei estágio na Lar de Nossa Senhora da Vitória destinado ao público-alvo
idoso e no PIIP II o estágio foi realizado no Museu das Crianças sendo o público
infantil. Como tal decidi escolher um local de estágio em que o público/contexto fosse
diferente dos que anteriormente tinha trabalhado, com o intuito de ter uma melhor
experiencia em contexto diferentes enquanto estou a realizar a minha formação
académica, sendo que fiquei confusa sobre qual instituição deveria colocar na minha
escolha de estágio.

O Centro de Alojamento Temporário de Tercena surgiu no meu conjunto


possível de escolhas. Contundo durante o Seminário Preparatório de PIIP III obtive a
informação que as minha colegas Cláudia Rocha e Neuza Duarte estavam interessada
em realizar o estágio no contexto de Jovens e Crianças em Risco e despertou-me o
interesse por este público e para realizar um estágio a trio, pois é uma experiência
nova.

Como tal, determino então os meus objectivos primordiais no âmbito do PIIP III:

8
•Devo ser capaz de recolher a informação e posteriormente reflectir, de forma a
realizar um bom diagnóstico;

•Devo ser capaz de recrutar conhecimentos adquiridos ao longo do trajecto formativo


efectuado até ao momento nas diversas unidades curriculares, pois estas auxiliam de
base, quer para a reflexão teórica, quer para a utilização de métodos e estratégia.

•Criar um projeto inovador no CATT.

Ao definir estes objectivos, e seguidamente atingi-los, implementando assim o


projecto de intervenção, estarei mais perto de concretizar o PIIP III com sucesso que
pretendo.

2.3. Neuza Duarte

Ao iniciar o PIIP III, sendo este a ultima etapa da licenciatura, tive intenção em
ingressar numa instituição em contexto de Centro de Alojamento de Crianças e Jovens
em risco, para realizar o meu estágio curricular, tendo em conta que sempre foi a
minha área de preferência para intervir.

Tendo o desejo de realizar o meu estágio com as minhas colegas Cláudia (que
já tinha realizado anteriormente) e a Margarida, juntas fizemos uma pesquisa em que
nos despertou um grande interesse o CATT, possuindo um grande leque de
características que considerámos pertinentes para desenvolver o nosso estágio.
Principalmente por ser um contexto de lar, pois no âmbito de PIIP I realizei um estágio
próximo deste contexto na Fundação Obra do Ardina, em que acolhia Crianças e
Jovens do sexo masculino. No decorrer desse estágio, embora fosse apenas de
observação, deu-me certezas definidas de que, era nesta área, que queria atuar
durante o meu percurso académico e prática profissional.

Posto isto, criei expectativas positivas no que diz respeito à implementação do


projeto. Tendo em conta que somos um trio, tenho noção que o nosso projeto tem uma
exigência mais rígida e um grande sentido de responsabilidade.

O meu objetivo principal é desenhar um projeto, em conjunto com as m inhas


colegas de estágio, em que o mesmo tenha continuidade na instituição, com carácter
inovador. Que dê contributo para dar respostas às necessidades e estimular as

9
potencialidades do público residente da instituição, mas também da comunidade
envolvente.

De seguida os meus objetivos passam por realizar um diagnóstico em que


recolha informação através da análise documental e observação direta, e
posteriormente refletir sobre a informação obtida. Identificar problemáticas existentes
no contexto, para depois criar um projeto de intervenção capaz de desenvolver as
potencialidades e combater as fragilidades do público e do contexto.

Espero que as minhas expectativas e objetivos sejam alcançadas,


implementando, bem como, avaliando o meu projeto e que o mesmo tenha sucesso.

10
3. METODOLOGIA

Os métodos e técnicas de recolha de informação utilizados advêm de um


conjunto de objetivos estabelecidos para dar enfâse ao projeto que será desenvolvido.
Os métodos podem ser definidos como: um conjunto concertado de operações que
são realizadas para atingir um ou mais objectivos, um corpo de princípios que
presidem a toda a investigação organizada, um conjunto de normas que permitem
selecionar e coordenar técnicas (Carmo, 1998, p.175 cit. em Sousa & Batista, 2011,
p.53).

De acordo com os objectivos estabelecidos, segundo Carmo, a escolha da


técnica depende dos métodos selecionados.

Tabela 1.

Metodologia de recolha de informação

Objetivo Dados a Técnicas de Instrumentos Fonte/ Momentos de


recolher recolha de interlocutores aplicação
dados
Conhecer o Observação Equipa técnica 15 a 4 de
CATT e os Público; directa; do CATT Março
domínios de
intervenção

Projetos da
instituição;
Parcerias; Análise
Objetivos da documental
instituição;
Instalações
Público;
Organização
interna
Conhecer a Informação Análise Site oficial do 15 a 4 de
missão e os sobre o documental Centro de Março
serviços regulamento alojamento de

11
prestados interno; Tercena
Quais os
serviços Documentos
prestados oficiais
Identificar a Potencialidades Observação 15 a 4 de
problemática e fragilidades Directa Março
do CATT
Conhecer as Plano de Análise Documentos 15 a 4 de
actividades actividades; documental oficiais Março
desenvolvidas facultados
pelos utentes pela equipa
técnica
Definição da Potencialidade e Observação 15 a 4 de
problemática fragilidades do Directa Março
onde o contexto
projecto irá
incidir

Adaptado de Guerra, I. C. (2002)

Através dos métodos utilizados ao longo das três primeiras semanas de


estágio, foi possível realizar um diagnóstico mais aprofundado, para atingir os
objetivos que foram estabelecidos inicialmente, que estão apresentados na tabela 1.

Para Sousa e Batista, “a observação é uma técnica de recolha de dados que se


baseia na presença do investigador no local da recolha de dados” (Sousa e Batista,
2011,p.88).

A observação direta tem como objetivo uma recolha aprofundada de


informação, de forma a atingir os objetivos propostos. Posto isto, optámos pela
utilização deste método, uma vez que é a forma mais fácil e eficaz de conseguir obter
a informação pretendida e que, ao mesmo tempo, permite estar em contacto direto
com todo o meio envolvente e o público-alvo.

Este método foi aplicado de forma a recolher informação sobre as


potencialidades e fragilidades dos utentes do CATT e do contexto.

12
Tendo em conta que os utentes estão informados que se está a desenvolver
um estágio curricular, para além de o método ser uma observação direta, passa a ser
uma observação direta aberta.

Segundo Sousa e Batista (2011), a observação também pode ser participante


quando o próprio investigador integra o meio a investigar e tem acesso às
perspectivas das pessoas com quem interage, vivendo os mesmos problemas e
situações em que a população que está a ser analisada (Sousa & Batista,2011 p.88).

Sendo que o estágio se desenvolve dentro da Instituição, que é a casa das


crianças e jovens, as estagiares encontram-se em contacto direto, não só com as
rotinas diárias de cada um, como participam em algumas das muitas atividades que
são realizadas pelos mesmos, tendo desta forma, acesso ao processo de vida
individual de cada um.

Outro método de recolha de informação utilizado foi a análise documental. Este


consiste numa pesquisa documental que tem como “objecto a literatura científica
relativa ao objecto de estudo e cuja finalidade é a exploração da literatura em vista da
elaboração de uma problemática teórica.” (Bourgeois, 1991).

Para a realização de um bom diagnóstico é necessário a utilização da análise


de documentos oficiais para dar credibilidade à informação recolhida visto ser
fidedigna auxiliando na identificação da problemática da própria Instituição.

Segundo Bourgeois (1991), a análise documental tem um carácter


essencialmente confirmatório e, deste modo, divide-se em dois grandes grupos: a
pesquisa documental e a consulta de arquivos.

Através deste método foi-nos possível a recolha de dados que são essenciais
para conseguir chegar à informação pretendida. Conseguimos chegar à informação
necessária com a análise do Regulamento Interno, Plano de Atividades de 2016 e o
Manual do Acolhimento das crianças e jovens.

13
4. INSTITUIÇÃO

4.1. Apresentação sumária da instituição

O Centro de Alojamento Temporário de Tercena é um centro de acolhimento


gerido pela Santa Casa da Misericórdia de Cascais, sendo que o carácter da
instituição e uma IPSS sem fins lucrativos e necessita de recursos materiais e
humanos. Tendo capacidade para acolher 48 crianças e jovens em risco de ambos os
géneros.

O CATT, constitui uma das medidas de proteção e salvaguarda dos direitos


fundamentais das crianças e jovens que, no seu meio natural de vida, estão expostos
a condições adversas para o seu desenvolvimento integral.

O projecto de intervenção da instituição prevê um diagnóstico adequado à


situação de cada criança ou jovem, consistindo na elaboração de um plano individual
de intervenção que conduz a um projeto de vida individual, bem como, uma
preparação para a autonomia de vida. Para além do projeto de vida de cada um, existe
um trabalho diário com as famílias biológicas e/ou com as famílias amigas (projeto que
será referido posteriormente).

A instituição presta uma gestão e avaliação das actividades curriculares,


desportivas e de tempos livres, formativas e de rotina diária, a prestação de cuidados
de saúde; a dinamização de projectos de voluntariado; a capacidade de captação de
apoios da sociedade civil.

A missão do CATT é “Assegurar um ambiente contentor e familiar, que propicie


um crescimento físico e psicológico equilibrado, promovermos o equilíbrio emocional e
o progresso cognitivo e afectivo destas crianças e jovens, o que implica um trabalho
cada vez mais exigente e inovador e um reforço de competências ao nível dos
recursos humanos, capacitando-as da importância da criação de modelos, exemplos e
estratégias que promovam, junto das crianças e jovens, a aprendizagem de regras e
de um relacionamento interpessoal saudável; uma gestão eficaz dos recursos
disponíveis e uma aposta séria na abertura à comunidade e na procura de parcerias
que constituam uma mais valia para o trabalho que realizamos, possibilitando a
concretização de projectos essenciais para evoluirmos cada vez mais no sentido da
inclusão ao nível da comunidade e do desenvolvimento de competências sociais e
relacionais por parte daqueles que acolhemos” (Plano de Atividades de 2016).

14
Podemos desta forma concluir que a missão do CATT passa por as crianças e
jovens retornarem à família biológica ou serem adotados. Assim irão deixar de estar
institucionalizados e incluídos na sociedade de forma plena, em tempo útil para
conduzir ao seu sucesso futuro.

O CATT encontra-se integrado na Quinta de Santo António, em Tercena, num


edifício centenário com um vasto espaço verde de 3 hectares. Sendo que, o Centro
passa a ser a casa da criança e/ou jovem que pode receber visitas de familiares ou de
amigos para manter um nível saudável de socialização. A quinta tem espaços lúdicos
e de trabalho, comtemplando 15 quartos para dormir, uma sala de convívio, quatro
salas para actividades diversas, uma sala de brinquedos, um ginásio, um refeitório,
uma cozinha, uma lavandaria e quatro gabinetes de trabalho que pertencem à equipa
técnica. No exterior da casa podemos encontrar um parque infantil, um campo de
futsal, um campo de volei.

A equipa de trabalho do CATT é constituída por 32 elementos, divididos por


três turnos, e conta com o apoio semanal de uma médica pediatra.

Devido à Instituição ser aberta a toda a comunidade, este facto trás consigo um
grande apoio por parte de voluntários que tem um papel fulcral no projeto educativo de
cada criança e jovem. Os voluntários dão apoio ao estudo, ajudam na ocupação dos
tempos livres e realizam atividades desportivas com os utentes. Todo este apoio é
orientado e supervisionado pela equipa técnica que realiza uma seleção prévia e
cuidada dos candidatos.

4.1.1. Comunidade/Contexto

O Centro de Alojamento Temporário de Tercena situa-se no conselho de


Sintra, na freguesia de Barcarena.

De acordo com o Instituto Nacional de Estatísticas (2014), o conselho de Sintra


tem um total de população residente com 1 193,3 pessoas, enquanto a freguesia de
Barcarena, tem como área total de 9 km2 e tem como população segundo os Censos
de 2011, 13.861 residentes na sua totalidade.

Tendo em conta que o CATT preza a formação de cada criança e jovem, este
procura responder a todas as necessidades individuais de cada um. As crianças e os
jovens são desta forma encaminhados para o percurso adequado à sua idade e
competências, como é o caso da escolaridade obrigatória, o ensino profissional e os

15
estágios curriculares que se encontram no Anexo A. Todas as entidades particulares
frequentadas pelas crianças e jovens, referidas no anexo, são financiadas pelo Estado
para dar resposta às suas necessidades especiais.

São muito diversificadas as atividades em que as crianças e jovens participam,


não só dentro da própria Instituição, nos locais apropriados, bem como fora do recinto
da mesma. Um ponto fundamental, e utilizado como estratégia no percurso de cada
utente na Instituição é que este seja bastante vincado na área do desporto, para que
as crianças e jovens sejam mais ativos e disciplinados. Todas as atividades realizadas
encontram-se no Anexo B.

Segue no Anexo C o Organograma do CATT, bem como as funções de cada


colaborador da equipa técnica e equipa de auxiliares. Esta informação foi retirada do
Regulamente Interno e do Plano de Actividades de 2016.

4.1.2. Público(s)

Cada vez mais as crianças em situação de perigo ou risco são uma realidade
muito presente na nossa sociedade atual. Em 2013 a Comissão Nacional de Crianças
e Jovens em Perigo (CNCJP) detetou 74 734 casos de crianças e jovens expostas ao
perigo, mais 13 351 casos registados do que em 2007, ano em que foram registados
61 383 casos. Para além destes números, estas situações assumem uma grande
importância social e política, ou seja, são fruto de situações de violência e insegurança
no seio familiar, resultante da rutura da mesma, de condições socioeconómicas
degradadas ou de natureza e tradição cultural prejudicando o desenvolvimento
harmonioso das crianças (Ferreira, 2011).

Desta forma o acolhimento de cada criança na Instituição é solicitado pela


Equipa de Admissão do ISS, para dar resposta a situações de grave risco social em
que as crianças e jovens se encontram. Isto permite assim o afastamento das
possíveis situações de perigo possibilitando o crescimento em condições de
segurança e a definição adequada de projetos de vida. As crianças e jovens são
confiados ao CATT por decisão dos Tribunais de Família e Menores ou das
Comissões de Proteção de Crianças e Jovens em Risco.

A Instituição possui uma tipologia de público flutuante. Estão assim


enquadrados neste tipo de público-alvo, crianças e jovens que se encontram em
situação de risco. Acolhe crianças e jovens da faixa etária dos 4 aos 18 anos, sendo
que o público residente no CATT tem idades compreendidas entre os 8 e os 23 anos.

16
O publico-alvo do CATT caracteriza-se pela diferença de nacionalidades,
provenientes de contextos desfavorecidos a nível socioeconómico e socioafectivo,
com baixa autoestima, com falta de competências sociais e pessoais, com ausência
de projetos e planos de vida, marcado também pelo insucesso e abandono escolar,
bem como o absentismo escolar, e ainda por comportamentos de risco que fazem
evidenciar fenómenos de marginalização social e étnica.

4.1.3. Finalidades e objectivos

O CATT não define uma finalidade estruturada e desta forma procuramos


elaborar uma finalidade que fosse adequada ao contexto onde o estágio está a ser
desenvolvido.

“Os lares são equipamentos sociais que têm por finalidade o acolhimento de
crianças e jovens, proporcionando-lhes estruturas de vida tão aproximadas quanto
possível às das famílias, com vista ao seu desenvolvimento físico, intelectual e moral e
à sua inserção na sociedade”.(Artº. 2º. Decreto-Lei n.º 2/86, de 2 de Janeiro)

Os lares de acolhimento que tem como função o acolhimento definitivo para


crianças e jovens encontram-se situados no contexto do sistema nacional de
acolhimento e acompanhamento infantil e juvenil em situações de risco.

O CATT tem como objetivos primordiais:

1. Assegurar o acolhimento das crianças e jovens;


2. Garantir a satisfação das necessidades básicas das crianças e jovens e
promover o seu desenvolvimento global, em condições tão aproximadas
quanto possível às de uma estrutura familiar;
3. Assegurar os meios necessários ao seu desenvolvimento pessoal e à
formação escolar e profissional das crianças e jovens, em cooperação
com a família, a escola, as estruturas de formação profissional e a
comunidade;
4. Promover, sempre que possível, a integração da criança ou jovem na
família ou definir, atempadamente, outro projeto de vida, em articulação
com as entidades competentes em matéria de infância e juventude, com
vista à sua gradual autonomização.

Estes objetivos primordiais foram estabelecidos para conseguir dar uma


resposta social favorável ao bem estar da criança e jovem em situação de risco.

17
Para além destes objetivos mencionados, a Instituição definiu objetivos
estratégicos e operacionais para um melhor funcionamento do centro que se
encontram no Anexo D.

4.1.4. Identificação dos Programas, Projetos e Atividades desenvolvidas na/pela


instituição

O CATT fundou o projeto “Famílias Amigas” que teve início em 2004, começou
por ser um projeto de famílias voluntárias que apoiavam as crianças no seu projeto de
vida que não passava pelo regresso à família biológica, dando a possibilidade de se
integrarem num ambiente familiar saudável. O projeto tem como objetivo facilitar a
vinculação, equilíbrio emocional, o desenvolvimento do auto estima e da melhoria da
aprendizagem escolar, sendo este crucial para definir os projetos de vida das crianças
e jovens. Este projeto permitiu a adoção/ confiança familiar das várias crianças que
devido ao facto da sua idade mais avançada não haveria lugar a projetos alternativos
a institucionalização prolongada. Este conta com o apoio de várias empresas, através
de ações sociais que têm sido fulcrais para que esta casa mantenha o conforto e o
ambiente familiar que a caracteriza.

No dia 4 de Março de 2016 realizou-se o 1º Congresso de Adopção e


Apadrinhamento Civil - “Famílias Amigas” um sentido comum, com o objetivo de
divulgar este projeto que foi iniciado pelo CATT à comunidade que se encontra ligada
com este tema.

O CATT dispõe de atividades desenvolvidas dentro do mesmo, sendo estas:

1. Acolhimento;
2. Prestação de cuidados de saúde;
3. Educação/formação;
4. Apoio ao estudo;
5. Apoios educativos especiais;
6. Treino de competências pessoais e sociais;
7. Inserção profissional/promoção da autonomia;
8. Articulação com as famílias;
9. Projeto “famílias amigas”;
10. Organização e gestão das atividades:
Da vida diária;
Desportivas;
Lúdicas/culturais;

18
Colónia de férias.
11. Promoção e organização do voluntariado;
12. Articulação com os organismos da comunidade;
13. Promoção de ações de mecenato e de responsabilidade social das empresas.

Esta atividades apresentadas anteriormente esta identificadas no site oficial da


instituição, pois o CATT não possui um plano de atividades anual, visto que tem um
publico alvo flutuante com baixo interesse nas atividades programas a longo prazo.
Desta forma as atividades são planificadas a curto prazo de acordo com a
disponibilidade das entidades parceiras e dos utentes.

Devido a instituição ser de cariz solidariedade social esta para dar resposta às
necessidades de cada criança e jovem, necessita de entidades parceiras para assim
facilitar o bom funcionamento da instituição. Encontra-se no Anexo E a listagem de
parcerias que o CATT estabelece.

4.2. Identificação e fundamentação das problemáticas de intervenção no


contexto/instituição.

“ Assim, numa sociedade em mudança e face a múltiplos factores de risco,


crianças e jovens precisam de alguém que os contenha na sua tendência para a
margem face a um sofrimento interno impossível de gerir.” (Dinis, J.S, 1992, cit. Trilla).

A instituição não define uma problemática estruturada, visto que o CATT tem
como objetivo combater as problemáticas em que cada criança e jovem esteve sujeita.
Desta forma ao longo das três primeiras semanas de estágio, no decorrer do
diagnóstico, identificamos as problemáticas do acolhimento, sendo estas, os maus
tratos continuados que conduzem a situações de risco, tais como o abandono, a
violência, abusos e grave neglicência.

“ O eixo subjectivo de risco procura ter em conta a situação interna do


indivíduo, identificando os principais aspectos da sua dinâmica interior que determina
este tipo de comportamento”. (Dinis, J.S.,1992, cit. Trilla)

Concluímos desta forma, que quaisquer situações de riscos mencionados


anteriormente, são de um grande sofrimento psíquico e físico a que a criança ou jovem
está sujeita, porque não possui um acompanhamento de factores protetores que
permitem às mesmas enfrentá-los de uma forma positiva que conduza ao seu
desenvolvimento enquanto cidadão.

19
4.3. Identificação e fundamentação dos domínios de intervenção da ASC

Um dos domínios de intervenção da ASC presentes na instituição é a


Animação Sociocultural, na Infância e na Juventude e a Educação nos Tempos
Livres, para defini-lo é fundamental ter conhecimento deste conceito.

“Educação e tempos livres são dois conceitos suficientemente amplos e


polissémicos para se poder estabelecer entre eles relações múltiplas.” (Sastre, A. M.,
2004, cit. Trilla).

A instituição permite as crianças ocuparem os seus tempos livres em vários


espaços dinâmicos, tendo como exemplo a sala de convívio, o campo de futsal, entre
outros. O CATT privilegia também a Educação através de uma sala de estudo, que
tem como objetivo a alcançar o sucesso escolar. Ambos os exemplos apresentam
atividades que tem lugar em tempos livres com um sentido directo ou indirectamente
educativo

Outro dos domínios de intervenção da ASC, identificados nesta instituição, é a


Animação e a Educação Não-Formal.

De acordo com Lopes, S.M., 1993 (cit. 2006, pp. 406), educação não formal é
‘’o conjunto de processos, meios e instituições específicas e diferencialmente
desenhados em função de explícitos objectivos de formação ou de instrução, que não
estão directamente dirigidos à provisão de graus próprios do sistema educativo
regulamentado”.

A ASC e a educação não formal complementam-se, visto ser uma das áreas de
intervenção da Animação que tem objetivos educativos, apesar destes não se
concretizarem no âmbito da educação formal.

A sala de estudo do CATT oferece apoio ao estudo pela a equipa técnica e os


voluntários para assim as crianças elaborarem os trabalhos para a sua formação
estudantil.

Para além dos domínios referidos anteriormente a Animação Sociocultural e


a Inclusão Social faz parte destes.

De acordo com o objetivo do CATT, que é definir um projeto de vida individual


de cada utente, achamos pertinente definir a inclusão social como domínio de

20
intervenção, pois este projeto tem como finalidade a inclusão das crianças e jovens
como membros ativos na sociedade.

5. PROJETO

5.1. Identificação do Programa/ Projeto em que se integra o projeto

O nosso projeto integra-se no programa Biblioteca Comunitária. Este programa


tem como objetivo principal aproximar os utentes da comunidade bem como o
contrário

O espaço onde se encontra a biblioteca foi reabilitado em meados do ano de


2014, sendo que anteriormente este se encontrava degradado e ao abandono. A
concretização deste projeto foi possível com a ajuda de parcerias de forma a poder ser
utilizado como biblioteca.

Com esta reconstrução o CATT tinha como intenção de incentivar a


comunidade a requisitar livros e jogos de forma a criar uma relação mais estreita entre
a comunidade e a instituição e os próprios utentes. Para além disto, envolver a
comunidade com os utentes através de dinâmicas lúdicas, visto que o CATT é uma
instituição aberta à população.

Devido a algumas falhas no sistema informático de requisição de livros este


projeto não tem tido o sucesso esperado, pois a comunidade envolvente e não só, não
pode frequentar a biblioteca nem requisitar os recursos existentes.

5.2. Caracterização do(s) público(s)

Devido ao CATT ter uma oferta de atividades extra curriculares muito vasta e
um horário díspar, ainda não nos foi possível definir, juntamente com a equipa técnica
um público concreto para as atividades a desenvolver.

Tendo em conta que a faixa etária e dos 8 aos 23 anos qualquer utente poderá
participar ativamente nas atividades a desenvolver.

21
As Crianças e Jovens Institucionalizadas integram um grupo que é vulnerável,
“devido à existência de circunstâncias específicas ou potenciais da sua vida pessoal,
familiar, social ou económica” (Rodrigues, 1997, p 553).

Concluímos desta forma que este tipo de público é vulnerável a situações de


risco, devemos potencializar as suas competências de acordo com as características
induviais de cada um. Com base nestas características é necessário ter uma atenção
redobrada na utilização de determinadas atividades que podem por em causa o
individuo gerando assim conflitos.

5.3. Identificação das potencialidades e fragilidades do(s) público(s) e do


contexto

Relativamente às potencialidades e fragilidades do público alvo, o facto deste


ser flutuante, pode ser encarado como uma fragilidades. É uma fragilidade pelo facto
de ser um público muito variado com características muito vincadas o que requer uma
atenção minuciosa para evitar conflitos.

Além da diversidade do público outra fragilidade existente é a falta de


consciencialização da oferta que a biblioteca possui. Apesar dos utentes terem
conhecimento da existência da biblioteca e o que a mesma apresenta, não existe uma
sensibilização de que este espaço não e só um local de literatura mas também um
espaço lúdico. Com isto as crianças e jovens revelam falta de interesse em dirigirem
ao próprio local.

Outra fragilidade identificada é a resistência ao cumprimento de regras.


Embora existam regras estabelecidas na instituição por vezes os utentes não as
cumprem e algumas vezes mostram-se contrariados quando são repreendidos por não
cumprirem alguma regra.

No diz respeito as potencialidades do público, estes demonstram empenho


quando estão realmente interessados na atividade em que estão a participar
nomeadamente nas atividades extra curriculares.

Tendo como ponto bastante positivo na existência desta biblioteca é o facto de


terem atribuído a função de bibliotecárias a algumas utentes, que ajudam na
elaboração de atividades que poderão vir a ser realizadas e têm conhecimento da
forma como os materiais presentes estão organizados. Estas fragilidades e
potencialidades referidas anteriormente estão apresentadas na Tabela 2.

22
Tabela 2.

Público
Fragilidades Potencialidades
Público flutuante Demonstram empenho nas atividades
extracurriculares
Falta de consciencialização do que a Existência de bibliotecárias
Biblioteca pode oferecer
Falta de interesse em frequentar a
biblioteca

Resistência ao cumprimento de regras

Relativamente ao contexto, as fragilidades que mais se demonstram é o facto


de existirem atividades esporadicamente no espaço da biblioteca, o que implica um
menor interesse por parte dos utentes em frequentar a mesma o que faz com que não
exista uma relação entre o espaço e os utentes.

Outra fragilidade apresentada e a inutilização dos materiais presentes, visto


que a biblioteca tem um vasto leque de recursos materiais que podem ser utilizados
em dinâmicas.

Em relação as potencialidades, um aspeto bastante pertinente é o espaço da


biblioteca se encontrar dentro do recinto do CATT, sendo este amplo e com uma
grande oportunidade de exploração.

Como mencionado anteriormente a biblioteca dispõe de uma grande


diversidade de recursos materiais, o que pode facilitar a elaboração de diferentes e
inovadoras atividades no local.

Considerando que o CATT apresenta uma vasta listagem de parceiros isto


possibilitou por exemplo a reabilitação da mesma e poderá ser fundamental para dar
continuidade ao projeto da biblioteca comunitária e a outros. Dado que o Nuno Markl
ilustrou e apadrinhou o espaço também e torna um aspecto positivo que pode levar a
cativar a comunidade. As fragilidades e potencialidades referidas anteriormente
encontram-se na tabela 3.

23
Tabela 3.

Contexto
Fragilidades Potencialidades
Realização de atividades A Biblioteca encontra-se no recinto do
esporadicamente no espaço da Biblioteca CATT
Inutilização dos materiais presentes Existência de uma grande diversidade de
recursos materiais
Existência de entidades parceiras

5.4. Definição da(s) problemática(s) sobre as quais incide o projeto de


intervenção, teoricamente fundamentada(s)

A problemática, sobre a qual o projeto pretende incidir, é a Sensibilização


para o reconhecimento e valorização da biblioteca como espaço lúdico e/ou
lazer.

Esta problemática surgiu devido ao facto de ser verificado que o intuito pelo
qual nasceu a Biblioteca não se encontrar em desenvolvimento. Isto aconteceu porque
o programa informático de requisição de livros sofreu um dano o que impossibilitou
que as pessoas da comunidade se pudessem dirigir à mesma para poderem realizar a
sua requisição.

Desta forma embora existam materiais suficientes para a utilização da


Biblioteca, esta perdeu o seu objetivo inicial, de ser aberta à comunidade, bem como
as suas funções essenciais.

Dumazedier, (1973) afirma que lazer é

um conjunto de ocupações às quais o indivíduo pode entregar-se de livre


vontade, seja para repousar, seja para divertir-se, recrear-se, entreter-se ou ainda
para desenvolver a sua formação desinteressada, a sua participação social voluntária,
ou a sua livre capacidade criadora, após livrar-se ou desembaraçar-se das obrigações
profissionais, familiares e sociais

(Dumazedier, 1973 p. 74).

Para colmatar esta problemática optámos por utilizar atividades de lazer que
prezam a utilização e o reconhecimento do próprio espaço, tornando-o dinâmico e
apelativo com o intuito do retorno das crianças e jovens. Com isto pretende-se que os
utentes tenham satisfação e sintam vontade de regressar.

24
Um dos objetivos da animação é criar um fio condutor que trabalha num
definido modelo de desenvolvimento comunitário, e neste caso, este trabalho
desenvolve-se no programa da biblioteca comunitária.

“Este modelo de desenvolvimento em, de e para a comunidade tem como


finalidades ultimas promover a participação e a dinamização social.” (Lenoir, 1989, cit.
p.50).

5.5. Identificação dos domínios de intervenção da ASC, teoricamente


fundamentado(s)

Referido por Correia, H. (2010),

Nos últimos anos tem-se vindo a verificar uma transformação do espaço


biblioteca e, assiste-se hoje a uma saudável coexistência de recursos tecnológicos e
informáticos num espaço que era por excelência dedicado aos livros. A biblioteca
tornou-se num centro de documentação acessível aos leitores, através do seu acervo,
mas também num centro social e cultural pelas actividades de animação aí
promovidas.

Após esta citação podemos afirmar que uma biblioteca pode ser mais do que
um espaço literário podendo articular meios tecnológicos com os próprios livros,
tornando-se assim como um espaço de cariz social e cultural.

Correia, H. (2010) afirma que,

Podemos encarar a animação como um conjunto de práticas que, neste


contexto, além da valorização do património da biblioteca pretende atingir, também, a
valorização do indivíduo, a educação permanente e o enriquecimento da vida cultural
das comunidades. Nesta perspectiva, o grande objectivo do animador é o de quebrar o
estigma social de que as bibliotecas se destinam somente a um determinado público.
O animador em contexto de biblioteca procura promover o livre acesso de todos os
leitores àquele espaço e à informação nele disponível. Procura promover-se o
contacto com o documento, tornar o conhecimento participado.

Reforçando a ideia da Animação em contexto bibliotecário o papel do


animador passa por utilizar a educação não formal, segundo Gohn (2015)

a educação não formal designa um processo com várias dimensões tais como:
a aprendizagem política dos direitos dos indivíduos enquanto cidadãos; a capacitação

25
dos indivíduos para o trabalho, por meio da aprendizagem de habilidades e/ou
desenvolvimento de potencialidades; a aprendizagem e exercício de práticas que
capacitam os indivíduos a se organizarem com objetivos comunitários, voltadas para a
solução de problemas coletivos cotidianos.

Sendo este outro domínio da intervenção da ASC, como estratégia para


enriquecer o indivíduo a nível cultural, cognitivo e social e quebrar assim o estereótipo
de que a biblioteca é só para alguns e acaba por ser maçadora. Um dos papeis do
animador é promover a utilização da biblioteca e dos seus recursos e estabelecer uma
relação próxima e saudável do indivíduo com o espaço.

É importante salientar que o papel do animador numa biblioteca comunitária


não é ser um mediador da leitura, que trabalha apenas para a comunidade, mas sim
na, para e com a comunidade.

5.6. Identificação dos objetivos gerais da intervenção, justificados com a


caracterização do contexto e do(s) público(s)

Na essência do projeto, encontram-se os objetivos gerais da intervenção, que


operam como os primordiais “propósitos que se pretendem alcançar com a execução
de uma ação”. (Espinoza, 1986, cit. por Serrano, 2008, pp. 44).

Ao definir os objetivos gerais do projeto torna-se essencial referir as


necessidades encontradas no diagnóstico inicial tal como os objetivos do mesmo. O
projeto “BiblioCatt “ tem como finalidade dar resposta a estas. Pela falta de
dinamização do espaço, à falha do sistema de requisição e à divulgação da sua oferta
sendo estas as necessidades detetadas.

Posto isto torna-se imprescindível elaborar objetivos gerais da intervenção com


a finalidade de dar resposta às necessidades.

1. Dar a conhecer a Biblioteca como espaço lúdico e de lazer


2. Promover e divulgar a Biblioteca junto da comunidade
3. Motivar os utentes para uma maior utilização da Biblioteca

5.7. Apresentação das estratégias gerais, justificadas com a caracterização do


contexto e do(s) público(s)

Para obter os objetivos que foram definidos anteriormente, foram elaboradas


estratégias que fossem inovadoras e dinâmicas, tendo como linhas de intervenção a

26
expressão dramática, a literatura, a multimédia e o desporto. Estão definidas da tabela
4.

Tabela 4

Objetivos Gerais Estratégias


1- Dar a conhecer a Biblioteca como Através das linhas e domínios de
espaço lúdico e de lazer intervenção, planificar atividades de
carácter lúdico e lazer
2- Promover e divulgar a Biblioteca Através de atividades para, com e na
junto da comunidade comunidade

3- Motivar os utentes para uma Através de atividades de desafios e de


maior utilização da Biblioteca enigmas

Abrignani (2000), defende que “A metodologia é o processo social, educativo


ou organizacional, através do qual tentamos alcançar os nossos objectivos de uma
forma coerente; é a forma como as diferentes actividades se encaixam umas nas
outras de maneira a alcançar os objectivos” (Abrignani, 2000 p. 56).

Desta forma concluímos que uma estratégia é uma metodologia utilizada para
alcançar os objetivos propostos, sendo importante para orientar as atividades a
desenvolver ao longo do projeto.

5.8. Apresentação das estratégias e procedimentos de avaliação do


projeto, com definição dos indicadores e instrumentos de avaliação

Relativamente à elaboração das estratégias e dos procedimentos de avaliação


do projeto “BiblioCatt” com a definição dos respetivos indicadores e instrumentos de
avaliação que estarão esquematizados na tabela 5.

27
Tabela 5

Objetivos Indicadores Estratégias Instrumentos


qualitativos/quantitativos
1- Dar a Nº de participantes. Através das linhas Observação
conhecer a de intervenção, direta;
Biblioteca como O público demonstra sendo estas a
espaço lúdico e de interesse em participar expressão Grelha de
lazer na atividade. dramática, observação;
literatura,
multimédia e Quadro de
desporto. Presenças.
2- Promover e Nº de presenças. Dinamização da Observação
divulgar a biblioteca para, direta;
Biblioteca junto da Os intervenientes com e na
comunidade participam ativamente comunidade Registo de voz;
nas dinâmicas. através da linha
de intervenção da Grelha de
expressão participação.
dramática.
3- Motivar os Nº de participantes Criação de Observação
utentes para uma relativamente ao atividades de direta;
maior utilização da número habitual. caracter lúdico e
Biblioteca de lazer com a Grelha de
Os utentes participam
finalidade de participação;
de forma ativa nas
atividades propostas. mostrar que a
biblioteca é muito Quadro de
mais do que presenças.
livros.

Relativamente aos procedimentos de avaliação, optou-se pela utilização de


técnicas que permitem uma avaliação mais concisa. Tal como, a observação direta, a
grelha de observação, o quadro de presenças e o registo de voz que facilita uma maior
percepção sem influência na opinião de cada indivíduo. Posto isto, são estes os
instrumentos escolhidos, atendendo aos indicadores criados para responder a cada
objetivo geral.

28
5.9. Plano de ação (calendarização: tipologia geral de atividades, recursos e parcerias previstos)
Tabela 6
Fevereiro
Seg Ter Qua Qui Sex Sáb Dom
Semana 1 15 16 17 18 19 20 21
Semana 2 22 23 24 25 26 27 28
Semana 3 29
Março
1 2 3 4 5 6
Semana 4 7 8 9 10 11 12 13
Semana 5 14 15 16 17 18 19 20
Semana 6 21 22 23 24 25 26 27
Semana 7 28 29 30 31
Abril
1 2 3
29
Semana 8 4 5 6 7 8 9 10
Semana 9 11 12 13 14 15 16 17
Semana 10 18 19 20 21 22 23 24
Semana 11 25 26 27 28 29 30
Maio
1
Semana 12 2 3 4 5 6 7 8
Semana 13 9 10 11 12 13 14 15
Legenda:
Diagnóstico/ Preparação do Participação no Congresso Reunião de Aprovação do Sessão do Conto e
Congresso Adopção e Adopção e Apadrinhamento Projeto Workshop Cafinvenções
Apadrinhamento Civil Civil
Tutoria Seminário Intercalar Preparação do Projeto Exposição Fotográfica e
Preparação do Teatro
Visita ao Mercado do Planeamento do Projeto Realização do peddy-paper/ Apresentação do Teatro e
Chocolate Sessão de esclarecimento Nomeação dos Óscares e
Avaliação
30
O projecto, quando pretende adaptar-se a uma realidade exequível, não se
pode edificar ou conceber à margem da realidade da organização vai assumir o seu
desenvolvimento. Trata-se do clássico processo de detecção dos limites e
possibilidades que tem de se conhecer para ponderar os conteúdos, objectivos e a
prioridades da nossa acção. Se o projecto deve ser levado a cabo, e necessário situar
as possibilidades reais e as mudanças ou adaptações que temos de procurar para o
realizar.

(Trilla, 2004 pp. 139/140)

Posto isto, o nosso plano de ação de todo o projeto está sujeito a alterações,
devido ao facto do nosso público ser flutuante, não estando definido e desta forma não
temos ainda informação de quando as nossas atividades poderão ser implementadas.

31
REFERÊNCIAS

Abnignani, Mochila Pedagógica T-Kit nº 3 Gestão de Projetos. Human Global


2000.

Ander-Egg, E. (1992). Desarrollo y Política Cultural.Buenos Aires:


EdicionesCiccus

Carmo, H. & Ferreira, M.M. (1998). Metodologia da investigação: Guia para


Auto-aprendizagem. Lisboa: Universidade Aberta.

Dumazedier, J. Lazer e Cultura Popular. Ed. Perspectiva S. A. 1973, São


Paulo.

Fonseca, A. (2004), Crianças e Jovens em Risco: Análise de algumas questões


actuais. In Alcoforado, L., Fonseca, A., Silva, M., Vieira, C., Vilar, M. (2004), Crianças
e Jovens em risco: da investigação à intervenção. Coimbra: Livraria Almedina.

Guerra, I.C. (2002). Fundamentos e Processos de Uma Sociologia de Acção.


São João do Estoril: Principia Editora.

Lopes, Marcelino de Sousa (2008) A Animação Sociocultural: os velhos e os


novos desafios, Pereira, J.D. e outros (coords) A Animação Sociocultural e os desafios
do século XXI. (pp147-158). Chaves: Intervenção.

Hortas, M. J; Campos, J; Martins, C; Cruz, C; Vonhlgemuth, L. (2014), "Projeto


Interdisciplinar de Intervenção Profissional I, Introdução às metodologias de
investigação e intervenção: recolha e análise de dados.

Instituito de Apoio à Criança (2011). Guia do Animador. Ideias práticas para


criar e inovar. Edição: Silabo.

Instituto Nacional de Estatística (s.d.). Obtido em 16 de março de 2016:


https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpgid=ine_main&xpid=INE.

Revista Prática de Animação. (outubro de 2010). Obtido em 17 de março de


2016, de Correia, H. (2010):

file:///C:/Users/Cl%C3%A1udiaRocha/Downloads/Anima%C3%A7%C3%A3o%20em%
20Contexto%20de%20Bibliotecas.pdf.

32
Rodrigues, A. R. (2010). O Museu Histórico como agente de Ação Educativa.
Revista Brasileira de História & Ciências Sociais, pp. 215-222.

Santa Casa da Misericórdia de Cascais. (s.d.). Obtido em 4 de março de 2016:


http://www.scmc.pt.

Serrano, G. P. (2008). Elaboração de Projectos Sociais - Casos Práticos. Porto:


Porto Editora.

Sousa, M.J.; Batista, C.S.(2011). Como fazer investigação, dissertações, teses


e relatórios segundo Bolonha. Lisboa: Pactor.

Trilla, J. (2004). Conceito, exame e universo da animação sociocultural. Em J.


Trilla, Animação Sociocultural: Teorias, Progamas e Âmbitos. Lisboa: Instituto Piaget.

33
ANEXOS

34
Anexo A. Nível de Escolaridade Obrigatória/ Nível da Formação Profissional/
Nível de Estágios Profissionais

Nível de Escolaridade Obrigatória


Escolas Nº de Crianças/ Jovens
EB1 Santo António de Tercena 1 criança
EB1 nº2 de Massamá 1 criança
EB1 Aquilino Ribeiro 1 criança
EB23 Prof. Noronha Feio 5 crianças
EB23 Prof. Egas Moniz 2 crianças
Eb23 Prof. José Augusto Lucas 2 jovens
EB23 D. Fernando II 6 jovens
Colégio Bola de Neve 2 jovens
ES Maria Amália Vaz Carvalho 3 jovens
Externato Álvares Cabral 1 jovem
EPAV 1 jovem
EB23 Mestre Domingos Saraiva 1 jovem
EB23 Miguel Torga 4 jovens
ES Montelavar 1 jovem
ES Olaias 1 jovem

Nível da Formação Profissional


IEFP- Cozinha e Pastelaria 1 jovem
CECD 1 jovem
Quinta Essência 1 jovem

Nível dos Estágios Profissionais


Tipografia 1 jovem
Hotel Penha Longa 1 jovem

35
Anexo B. Atividades desenvolvidas pelos utentes dentro e fora do CATT

Atividades desenvolvidas pelos utentes


Dentro do CATT Fora do CATT
Arteterapia Basquete
Dança Rugby
Aulas de Música Atletismo
Dança Criativa Orquestra Geração
Hip-Hop Escuteiros
Karaté Bombeiros
Candeia Futsal

36
Anexo C. Organograma do CATT
DIRECTORA TÉCNICA EQUIPA TÉCNICA
EQUIPA AUXILAR
5
EQUIPA
TÉCNICOS SUPERIORES
EDUCATIVA
4
MONITORES
6 8
1 MOTORISTA 1 CONTABILISTA 1 LAVANDARIA 3 SEGURANÇAS
COZINHA 37
AUXILIARES
Anexo D. Definição dos objectivos do CATT
Nº Objectivos Objectivos Indicadores Acções Prazo
Estratégicos Operacionais
1 - Assegurar um rigoroso controlo Manter o saldo de -Número de frequências de - Responder aos pedidos de
orçamental, preservando a qualidade gestão corrente do crianças; acolhimento previstos no
dos serviços. CATT, não deficitário; acordo de gestão;
-Registo dos pagamentos por
Melhorar a qualidade parte do ISS – - Actualizar e enviar mapa de
dos serviços prestados. comparticipações, abonos e frequências mensal;
outras prestações; 1 ano
- Solicitar ao ISS todas as
-Balanço receitas/despesas prestações a que cada
feito ao longo do ano criança/jovem tem direito,
(execução orçamental). nomeadamente abonos de
família, pensões de
sobrevivência, abonos por
deficiência ou outras
prestações sociais;
- Actualizar e certificar o
pagamento de abonos
38
especiais consoante as
necessidades de cada criança
- Contactar fornecedores e
fazer pesquisas de mercado
no sentido de conseguir
preços mais competitivos sem
diminuir a qualidade;
- Manter contactos
privilegiados com o
departamento de obras do
ISS, no sentido da realização
das obras necessárias e da
concretização dos serviços de
manutenção previstos no
acordo.
2 - Promover a qualificação dos - Acções de formação -Número de acções de - Sensibilizar os colaboradores
recursos humanos, através de no CATT; formação e seminários para a importância das acções
39
Formação Profissional. - Participação dos frequentados pela equipa; de formação; 1 ano
colaboradores em
-Certificados ou diplomas das -Seleccionar acções de
seminários e acções de
diversas formações. formação e proceder à
formação externas, ao
inscrição;
longo do ano; privilegiar
acções de formação - Organizar acções de
prestadas formação no CATT,
gratuitamente por articulando com entidades
outras entidades/ externas;
Entreajuda; ISS.
-Enviar para os serviços
administrativos as
qualificações adquiridas pelos
frequentadores das acções de
formação
3 - Desenvolver uma Campanha de - Manter actualizado o - Número de Notícias -Organizar e sistematizar a
Marketing Social. site da SCMC; manter publicadas; informação considerada
o dinamismo da página relevante;
-Feedback recebido;
do Facebook e da
40
Newsletter enviada - Apoios recebidos; -Divulgar projectos que
mensalmente para necessitam de apoios;
- Acções realizadas pelas 1 ano
diversas entidades,
empresas a favor do CATT. - Realizar candidaturas em
empresas, mecenas,
plataformas que apoiam
voluntários, etc…
projectos.
- Estabelecer contactos
com empresas;
-Procurar plataformas
on line que apoiam
projectos.
4 - Definir, atempadamente, os -Mobilizar os meios - Plano de Intervenção (P.I.) - Elaboração dos PI;
projectos de vida e os planos de necessários para elaborado anualmente para
-Cada criança deverá ter um
intervenção para cada criança de agilizar a definição dos cada criança/jovem em
projecto de vida definido nos
modo a que o tempo de projectos de vida; articulação com as ECJ`s e
primeiros 6 meses de
Institucionalização seja o CPCJ`s;
-Minimizar o tempo de institucionalização;
absolutamente necessário à sua
Institucionalização; - Número de crianças
concretização. - Intervenção com as famílias;
integradas na família
41
-Projecto Famílias biológica; - Acompanhamento e registo
Amigas-possibilidade de todas as diligências
- Número de crianças
de integração familiar tomadas com as famílias;
confiadas para adopção ou
de crianças/jovens que
com outras medidas de -Estruturação do projecto;
não têm possibilidade
integração familiar previstas realização de encontros de
de reintegração na
na lei; Famílias Amigas; divulgação
família biológica; do projecto;
- Número de jovens que se
-Autonomização. autonomizaram. - Terapia familiar
e acompanhamento
individualizado das
crianças/jovens abrangidos
pelo projecto, em articulação
com Dra. Rosa Amaral/PIN;
- Articulação com ISS/Equipa
de adopções;
- Publicação de um artigo
cientifico sobre o projecto;
- Apostar numa formação
42
profissional credível e na
efectiva integração profissional
dos jovens;
-Contactos com empresas
com vista à realização de
estágios profissionais-criar
parcerias com as empresas.
5 - Diminuir o insucesso escolar; - Estabelecer planos - Monitorizar a prossecução - Cada criança/jovem deve 1 ano
individuais de dos objectivos definidos nos iniciar a sua vida académica
- Potenciar recursos;
educação e formação; PSEIs; até 15 dias após admissão;
- Diminuir o peso da condição social
-Manter contactos -Registo do aproveitamento; - Devem ser solicitados os
das crianças e jovens
permanentes com os apoios educativos necessários
-Registo das reuniões
acolhidas, no processo de organismos ligados à bem como os apoios do
realizadas com as equipas
aprendizagem. SASE,
educação e formação;
escolares;
até 8 dias após admissão;
- Manter uma
-Garantir regularidade da
articulação estreita com -Definir estratégias de
43
o ISS e com a DREL no frequência escolar. motivação e critérios de
que respeita a crianças exigência; controle rigoroso da
-Nº de crianças a beneficiar
com assiduidade.
de apoios de educação e de
necessidades ensino especial. - Enviar o processo de
educativas especiais; candidatura de subsídio de
-Estabelecer contactos com
educação especial de todas as
-Promover a realização
empresas e entidades crianças sinalizadas para o
de estágios e a
promotoras de estágios efeito e certificar o pagamento
inserção profissional
profissionais.
dos jovens. às técnicas de apoio;
- Devem ser estabelecidos
contactos regulares com as
escolas de formação
profissional e com as
entidades promotoras dos
estágios profissionais.
6 - Eleger a prática desportiva e as - Incentivar as -Nº de crianças a praticar - Estabelecer um programa de
actividades de tempos livres, como crianças/jovens a desporto; actividades desportivas, em
um pilar fundamental da educação e participar nas articulação com a
-Nº de crianças integradas
44
formação das crianças/jovens. actividades em actividades de tempos comunidade;
desportivas, culturais e livres na comunidade;
- Procurar que todas as 1 ano
de tempos livres,
-Nº de crianças e jovens que, crianças/jovens estejam
desenvolvidas
semanalmente, beneficiam abrangidos por actividades
internamente ou na
desta actividade/ 40 crianças desportivas, culturais ou de
comunidade;
e jovens. tempos livres que se realizam
- Implementar, na sala
Na comunidade,ou
de cinema improvisada
internamente, de acordo com
no ginásio, um ciclo de
os seus interesses e aptidões;
cinema didáctico,
cultural e de qualidade, - Promover 1 sessão semanal
com 1 sessão semanal. de cinema, havendo uma
escolha criteriosa dos filmes a
apresentar;
- Responsabilizar os técnicos
designados para implementar
a actividade.
45
7 - Promover o voluntariado nas suas - Estabelecer um plano -Nº de voluntários a apoiar o - Estabelecer programas
vertentes lúdicas ou de anual para as estudo; individuais de apoio ao estudo
acompanhamento individualizado ao actividades de com enquadramento de
-Nº de crianças abrangidas
estudo. voluntariado; voluntários;
por este apoio;
- Organizar e coordenar - Dinamizar actividades de 1 ano
-Nº de crianças abrangidas
as actividades dos voluntariado em articulação
pelas actividades de tempos
voluntários. com Instituições ou
livres ao nível da
associações da comunidade;
comunidade;
- Criar novos projectos e
- Número de crianças
protocolos no âmbito do
abrangidas pelas actividades
voluntariado;
de tempos livres realizadas
no CATT. - Promover e organizar
encontros entre os voluntários;
- Promover reuniões
periódicas de avaliação sobre
a actividade dos voluntários.
9 - Investir nas famílias com - Articular com as - Número de crianças que - Efectuar visitas regulares às 1 ano
capacidade para vir a assumir a famílias e fazer um vierem a integrar o seu
46
responsabilidade pelos seus filhos; acompanhamento de agregado familiar; famílias;
proximidade, investindo
- Potenciar os recursos - Número de famílias - Elaborar um plano de
na criação de
proporcionados pelo Plano SERE+. abrangidas por este intervenção com vista à sua
competências
acompanhamento com reorganização e avaliação das
parentais;
regularidade; suas competências;
- Fazer o diagnóstico
- Resultados obtidos. - Envolver os diversos
atempado da situação
organismos da comunidade
familiar de cada
(serviços habitacionais das
criança/jovem;
câmaras; entidades patronais,
- Programar visitas etc.) na promoção de
condições habitacionais e de
domiciliárias e ajuda
familiar. estabilidade de emprego;
- Promover comportamentos
sociais adequados.
10 - Manter o apoio semanal da - Acompanhamento - Número de consultas -Realização de consultas;
regular de todas as realizadas;
47
médica pediatra. crianças ao nível da - Número de diagnósticos -Elaboração de relatórios;
saúde. elaborados;
-Receituário;
-Número de
-Marcação de exames;
encaminhamentos
realizados. -Encaminhamento para 1 ano
consultas da especialidade;
- Controle da medicação
administrada;
- Actualização do stock da
medicação.
11 - Promover a saúde e o bem-estar - Desenvolver nas - Número de crianças - Articulação estreita com os
das crianças/jovens, procurando crianças/jovens hábitos abrangidas pelas diversos serviços para marcação de
novas parcerias e consolidando as e práticas de uma vida serviços de saúde; consultas da especialidade ou
existentes saudável; exames;
- Número de respostas
- Articular com os efectivas para problemas de - Articulação permanente com
diversos serviços de saúde específicos. o serviço de pedopsiquiatria
48
saúde da comunidade - Número de parcerias do HSFX, do CADIN e de
(públicos ou privados); estabelecidas na área da outras entidades que prestam
saúde. cuidados de saúde nesta área.
- Valorizar o
1 ano
estabelecimento de - Consolidação das actuais
parcerias parcerias com clínicas
privadas que asseguram,
gratuitamente, consultas de
estomatologia;
- Articulação com Centro de
Saúde e Saúde Escolar.
12 -Promover a - A articulação com os - Número de parcerias -Articular com os organismos
articulação com os diversos diversos organismos da (comunidade); da comunidade que, em cada
organismos da comunidade; comunidade deverá situação concreta, se revele a
- Número de contactos
contribuir, de forma mais adequada;
-Promover a articulação com os
estabelecidos com os
organismos oficiais directamente efectiva, para a -Articular com os tribunais,
organismos oficiais; 1 ano
envolvidos com a problemática de agilização dos ECJ, CPCJ, serviços de
49
crianças e jovens em risco. projectos de vida das - Avanços registados nos adopção elaborando relatórios
crianças/jovens. processos individuais de e promovendo a agilização de
cada criança/jovem. procedimentos tendo em vista
o superior interesse da
criança.
13 -Promover a realização das obras -Manter uma rede de -Número de intervenções -Fazer o levantamento das
necessárias, estabelecendo um contactos realizadas ao nível do edifício obras necessárias, informando
plano de prioridades indispensáveis para pelas entidades para o organismo competente
responder responsáveis; do ISS;
em articulação com o ISS;
atempadamente às
- Número de intervenções -Fazer os pedidos de
- Promover o mecenato e apelar à
necessidades de realizadas com o apoio da manutenção de equipamento 1 ano
responsabilidade social das
funcionamento da sociedade civil. que vão sendo necessários –
empresas;
Instituição; acima dos 500€;
- Sensibilizar os diversos organismos
- Valorizar todo o apoio -Em situações de emergência
da comunidade para o
da sociedade civil que fazer a articulação imediata
apoio a projectos possa contribuir para a para se obter a resposta
melhoria do espaço necessária;
50
concretos. físico da Instituição; - Acolher todas as iniciativas
da sociedade civil,
disponibilizando todas as
informações e toda a logística
necessária.
14
- Integrar todas as crianças /jovens - Articular com os - Número de crianças/jovens - Estabelecer os contactos
em colónias de férias, em articulação organismos da abrangidos pelas diversas necessários, com a
com os diversos organismos da comunidade; colónias; antecedência devida, de modo
comunidade. a obter o maior número de
- Organizar e planear Número de instituições que
vagas em colónias que, pela 1 ano
as actividades de modo articulam com o CATT para a
sua qualidade, constituam
a abranger o universo realização de colónias.
uma mais-valia para as
das crianças/jovens.
crianças e jovens.
51
15 - Promover a progressiva - Tornar as crianças/ - Participação das crianças -Realizar reuniões com as
responsabilização e autonomização jovens sujeitos activos na organização; crianças por faixas etárias
das crianças/jovens, de acordo com na definição do seu para abordarem questões do
- Participação da 1 ano
as faixas etárias. projecto de vida e na seu quotidiano ou outros;
criança/jovem na definição
organização da sua
-Estar disponível para ouvir as
vida diária. do seu projecto de vida.
crianças e estar atento aos
sinais.
-Realizar assembleias gerais
para dar voz aos jovens e
responsabilizá-los pela
resolução de questões que
lhes dizem respeito.
52
16 -Manter a actividade realizada na - Criar as condições - Todas as crianças/jovens - Criar planos de estudo 1 ano
Sala de Estudo para que cada da Instituição deverão ser individuais e organizar o apoio
criança/jovem abrangidos. de voluntários;
– Apoio escolar.
frequente diariamente
- Controle de testes de
este espaço e nele
avaliação e trabalhos lectivos
possa beneficiar dos
a realizar;
apoios lectivos de que
necessita. - Análise e registo das notas
de avaliação de cada
criança/jovem.
53
Anexo E. Identificação das Parcerias do CATT

Ao nível dos apoios educativos especializados:

3 técnicos de Educação Especial – Centro de Desenvolvimento Infantil


“Diferenças”; Ministério da Educação e ISPA – subsidiados pela Segurança
Social (apoio a 22 crianças).

Ao nível do apoio ao estudo:

30 voluntários para apoio individual ao estudo (apoio a 30 crianças).

Ao nível da saúde:

Centro de Saúde de Oeiras - sessões de grupo de planeamento familiar/ 1


enfermeira de serviço + 1 enfermeira voluntária (apoio a 20 jovens);
CADIN – Centro de Desenvolvimento Infantil – 2 pedopsiquiatras
(acompanhamento de 4 crianças); 5 psicoterapeutas (apoio a 5 crianças).
Serviço de Pedopsiquiatria do Hospital São Francisco Xavier – 1
pedopsiquiatra (apoio a 5 crianças) e 2 psicólogas (apoio a 3 crianças);
Clínica da Encarnação – Pedopsiquiatria ( apoio a 3 crianças);
Clínica de Estomatologia Gaivota – apoio a 47 crianças;
Clínica Dentária Prime Clinique – apoio em ortodõncia;
Instituto Gama Pinto – Oftalmologia (apoio a 30 crianças);
Futura Visão – apoio a 30 crianças;

Ao nível das actividades desportivas, culturais e de tempos livres:

Clube Atlético de Queluz/ Basquetebol – 2 crianças;


Associação Candeia – apoio a 25 crianças/ jovens – actividades desenvolvidas
quinzenalmente no CATT e campos de Férias;
Belas Clube de Campo/ Treinos de rugby – 3 crianças;

54
Escuteiros/ Corpo Nacional de Escutas – Oeiras – 1 jovem / Mem Martins – 2
jovens;
1 voluntária – Aulas de Dança no CATT – 10 jovens;
Grupo de Marcha do CATT – orientação de 1 monitor;
1 Educadora de Infância voluntária – Sala de Brinquedos – 5 crianças;
Treinos de Futsal na comunidade – 3 jovens;
Aulas Karaté – Ginásio CATT – 6 crianças.

Ao nível da escolaridade obrigatória:

EB2,3 Noronha Feio – 5 crianças;


EB2,3 Fernando II – 4 jovens;
Colégio Bola de Neve – 2 jovens;
EB2,3 Augusto Lucas – 2 jovens;
EB2,3 Egas Moniz – 3 crianças;
EB2 Massamá – 1 crianças;
EB2,3 Miguel Torga – 4 criança;
EB2,3 D.Pedro IV – 1 criança;
EB 1 Porto Salvo – 1 criança.

Ao nível da Formação Profissional / Integração Profissional:

PIEF+CECD – 1 jovem em formação profissional;


Jerónimo Martins – integração profissional de 1 jovem;
IEFP – Cozinha e pastelaria – 1 jovem;
Escola Secundária Maria Amália Vaz de Carvalho – 3 jovens;
Cenintel cozinha e pastelaria –1 jovens;
Escola Profissional Gustavo Eifel – 1 jovem;
Externato Álvares Cabral – 1 jovem;
EPAV – 1 jovem;
Quinta Essência-CAD – 1 jovem;
Hotel Penha Longa – integração profissional de 1 jovem;
Fitonovo SA – integração profissional de 1 jovem;
L2Spirit – integração profissional de 1 jovem;

55
Science 4You – 1 jovem.

Ao nível de Estágios Profissionais:

Hotel Marriott;
Hotel Penha Longa;
TAP.

56
57
58
59
60
61

Das könnte Ihnen auch gefallen