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Medidas de caráter extraordinário e temporário

Decreto-Lei n.º 4/2013, de 11 de janeiro

Ação Executiva
DGAJ-DF - 2013

Direção-Geral da Administração da Justiça


Índice

Introdução .....................................................................................................................................................3
Nas execuções instauradas antes de 15 de Setembro de 2003 ....................................................................4
1-A instância extingue-se ..........................................................................................................................4
2-Notificação da extinção..........................................................................................................................4
3-Cancelamento dos registos de penhora ................................................................................................4
Nas execuções instauradas a partir de 15 de Setembro de 2003 .................................................................5
1-A instância extingue-se ..........................................................................................................................5
2-Notificação da extinção..........................................................................................................................5
3-Cancelamento dos registos de penhora ................................................................................................5
Disposições comuns a todos os regimes .......................................................................................................6
1-Renovação da Instância .........................................................................................................................6
2-Consulta de bens ....................................................................................................................................6
3-Taxa de justiça e encargos .....................................................................................................................8
Entrada em vigor e período de vigência .......................................................................................................8

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Introdução

O Decreto-Lei n.º 4/2013, de 11 de janeiro, tem como objeto a aprovação


de medidas urgentes de combate às pendências em atraso no domínio da
ação executiva.

Este diploma pretende uniformizar os critérios de extinção da instância,


designadamente, nos casos de inexistência de bens penhoráveis,
independentemente do regime legal que seja aplicável à tramitação do
processo executivo.

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Execuções instauradas antes de 15 de setembro de 2003

1 - A instância extingue-se

 Quando não se encontre demonstrada a existência de bens


penhoráveis, se, no prazo de 30 dias contados a partir do dia
26/1/2013 (data da entrada em vigor deste diploma), o exequente não
indicar bens penhoráveis (n.ºs 1 e 2 do art.º 2.º);
 Quando o processo se encontre a aguardar impulso processual do
exequente há mais de seis meses (n.º 1 do art.º 3.º);
 Quando o prazo para pagamento da dívida em prestações tenha
terminado há mais de três meses sem que o exequente tenha
requerido o prosseguimento da execução (n.º 2 do art.º 3.º).

2 - Notificação da extinção

Não há lugar a sentença de extinção. A secretaria notifica a extinção ao


exequente, ao executado, no caso de já ter sido citado pessoalmente no
processo, e aos credores citados que tenham deduzido reclamação (alínea a)
do n.º 4 do art.º 2.º e n.º 3 do art.º 3.º).

3 - Cancelamento dos registos de penhora

Compete à secretaria proceder ao cancelamento dos registos de penhora


existentes, não havendo lugar ao pagamento de quaisquer taxas,
emolumentos ou outro tipo de encargos que lhe sejam inerentes.

De notar que este cancelamento apenas se aplica às ações executivas extintas


nos termos deste diploma.

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Execuções instauradas a partir de 15 de setembro de 2003

1 - A instância extingue-se

 Quando o processo se encontre a aguardar impulso processual do


exequente há mais de seis meses (n.º 1 do art.º 3.º);
 Quando o prazo para pagamento da dívida em prestações tenha terminado
há mais de três meses sem que o exequente tenha requerido o
prosseguimento da execução (n.º 2 do art.º 3.º);
 Quando, após o decurso do prazo de 30 dias, contados da notificação do
agente de execução, o exequente não efetuar o pagamento das quantias
em dívida ao agente de execução, a título de honorários e despesas (n.º 1
do art.º 4.º).

2 - Notificação da extinção

A extinção é comunicada eletronicamente ao tribunal pelo agente de


execução, efetuando este a notificação do exequente, do executado, no caso
de já haver sido citado pessoalmente no processo, e dos credores citados que
tenham deduzido reclamação (n.º 4 do art.º 3 e n.º 2 do art.º 4.º).

3 - Cancelamento dos registos de penhora

O cancelamento dos registos de penhora compete ao agente de execução


(art.º 8.º), que pode também ser o oficial de justiça quando exerce as funções
de agente de execução.

De notar que este cancelamento apenas se aplica às ações executivas extintas


nos termos deste diploma.

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Disposições comuns a todos os regimes
No que concerne a aspetos relacionadas com a renovação da instância,
consulta de bens e custas, é irrelevante o regime processual aplicável.

1 - Renovação da Instância

Nos processos extintos por inexistência de bens penhoráveis, o exequente


pode requerer a renovação da instância quando indique os concretos bens
penhoráveis (art.º 7.º). O exequente pode ser condenado em multa, a fixar
pelo juiz, entre O,5 UC e 5 UCS, quando os bens indicados não venham a ser
encontrados ou pertençam a terceiro e resulte dos autos que o exequente
agiu com conhecimento (n.º 3 do art.º 2.º).

2 - Consulta de bens

O Decreto-Lei n.º 4/2013, de 11 de janeiro, que veio aprovar um conjunto de


medidas urgentes de combate às pendências processuais em atraso no domínio
da ação executiva, prevê no seu artigo 9.º o que “Aos processos executivos
instaurados antes de 31 de março de 2009 aplica-se o regime de consultas de
bens previsto no artigo 833.º-A do Código de Processo Civil”.

Tal como é referido no preâmbulo do diploma, pretende-se, com esta medida,


“agilizar a tramitação das ações executivas pendentes por via do recurso aos
meios eletrónicos atualmente existentes para consulta de bens penhoráveis”.
Prevê-se, assim, a aplicação do regime de consulta às bases de dados que se
encontra em vigor em todas as execuções, facilitando-se assim o bosquejo e a
identificação de bens penhoráveis e, concomitantemente, a marcha
processual da ação executiva."

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Assim por forma a evitar quaisquer dúvidas que possam surgir neste
contexto, importa esclarecer o seguinte:

 O artigo 9.º aplica-se a todos os processos anteriores a 31 de março de


2009, incluindo os processos executivos instaurados antes de 15 de
setembro de 2003.

 Ao determinar-se a aplicação do regime de consultas constante do artigo


833.º-A do CPC pretende-se que as pesquisas de bens penhoráveis sejam
feitas da forma mais expedita possível, isto é, que as consultas sejam
feitas, de forma direta, às bases de dados eletrónicas das várias
entidades, que se encontram atualmente disponíveis, dispensando-se
assim a necessidade de envio de ofícios a tais entidades solicitando
informação e a necessidade de aguardar a resposta das mesmas nos casos
em que a informação já seja disponibilizada por via eletrónica.

 Nos processos instaurados entre 15 de setembro de 2003 e 30 de março de


2009, cabe ao agente de execução (ou ao oficial de justiça, quando esteja
a seu cargo o desempenho das diligências de execução e, portanto,
assuma as funções de agente de execução) realizar as consultas diretas às
bases de dados eletrónicas atualmente existentes, para averiguação da
existência de bens penhoráveis do executado.

 Nos processos anteriores a 15 de setembro de 2003, cabe ao oficial de


justiça realizar as referidas consultas às bases de dados eletrónicas
atualmente existentes quando seja necessário proceder averiguação da
existência de bens penhoráveis do executado.”

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3 - Taxa de justiça e encargos

 Há dispensa do pagamento de taxas de justiça e encargos devidos, não


sendo restituídas as custas que já tenham sido pagas nem há lugar à
elaboração da conta, salvo motivo justificado1, tudo sem prejuízo do
pagamento da remuneração a entidades que intervenham nos processos ou
que coadjuvem em quaisquer diligências (alínea b) do n.º 4 e n.º 5 do art.º 2.º
e n.ºs 5 e 6 do art.º 3.º).
 A extinção da instância prevista neste diploma opera
independentemente da elaboração da conta pela secretaria e do pagamento
das quantias devidas (n.º 6 do art.º 2.º e n.º 7 do art.º 3.º).

Entrada em vigor e período de vigência

O Decreto-Lei n.º 4/2013, de 11 de janeiro, entra em vigor no 15.º dia


seguinte ao da sua publicação, ou seja, no próximo dia 26 de janeiro de
2013, e produz efeitos apenas até à data de entrada em vigor das novas
regras de processo civil.

1
Entende-se por motivo justificado, as ocorrências estranhas ao desenvolvimento da lide (incidentes), em que se verifique
condenação transitada em julgado, bem como, quaisquer outras circunstâncias invocadas pelas partes e judicialmente deferidas.

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Coleção “”

Autor:

Direção-Geral da Administração da Justiça - Divisão de


Formação

Titulo:

“Medidas de caráter extraordinário e temporário


Decreto-lei n.º 4/2013, de 11 de janeiro”

Coordenação técnico-pedagógica: ´

DGAJ-DF Divisão Formação

Colaboração:

DGPJ – Direção Geral da Política de Justiça

Coleção pedagógica:

Divisão de Formação

1.ª edição

Janeiro de 2013

Direção-Geral da Administração da Justiça


Divisão de Formação
Av. D. João II, n.º 1.08.01 D/E – piso 10..º, 1994-097 Lisboa, PORTUGAL
TEL + 351 21 790 64 21 Fax + 351 21 154 51 02 EMAIL cfoj@mj.pt
http://e-learning.mj.pt 9

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