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REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

ANO LXXI - Nº 199 SEXTA-FEIRA, 11 DE NOVEMBRO DE 2016

BRASÍLIA - DF
MESA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS

(Biênio 2015/2016)

PRESIDENTE RODRIGO MAIA (DEM-RJ)

1º VICE-PRESIDENTE WALDIR MARANHÃO (PP-MA)

2º VICE-PRESIDENTE GIACOBO (PR-PR)

1º SECRETÁRIO BETO MANSUR (PRB-SP)

2º SECRETÁRIO FELIPE BORNIER (PROS-RJ)

3ª SECRETÁRIA MARA GABRILLI (PSDB-SP)

4º SECRETÁRIO ALEX CANZIANI (PTB-PR)

1º SUPLENTE MANDETTA (DEM-MS)

2º SUPLENTE GILBERTO NASCIMENTO (PSC-SP)

3ª SUPLENTE LUIZA ERUNDINA (PSOL-SP)

4º SUPLENTE RICARDO IZAR (PP-SP)


CÂMARA DOS DEPUTADOS

SUMÁRIO

SEÇÃO I
1 – ATA DA 289ª SESSÃO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, DELIBERATIVA EXTRAORDINÁRIA, MATUTI-
NA, DA 2ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA, DA 55ª LEGISLATURA, EM 10 DE NOVEMBRO DE 2016
I – Abertura da sessão
II – Leitura e assinatura da ata da sessão anterior
III – Expediente
IV – BREVES COMUNICAÇÕES
ESPERIDIÃO AMIN (Bloco/PP, SC) – Importância de valorização das eleições diretas na reforma político-
-eleitoral em debate na Casa..................................................................................................................................................................... 014
GERALDO RESENDE (PSDB, MS) – Participação do orador em audiência com o Ministro da Saúde, Ricardo Bar-
ros, destinada ao debate sobre construção do Hospital Regional de Dourados, Estado de Mato Grosso do Sul. .......... 014
JONES MARTINS (Bloco/PMDB, RS) – Participação do orador em reuniões de comitivas de Prefeitos Munici-
pais gaúchos em Brasília, Distrito Federal. Apoio às reivindicações de gestores municipais do Estado do Rio Grande
do Sul. ................................................................................................................................................................................................................ 014
BENEDITA DA SILVA (PT, RJ) – Resultado de reunião da bancada federal do Rio de Janeiro destinada ao de-
bate sobre medidas do Governo Estadual relativas aos servidores públicos. ........................................................................ 015
NELSON MARQUEZELLI (Bloco/PTB, SP) – Congratulações ao jornalista Saulo Gomes pela publicação de sua
biografia. ........................................................................................................................................................................................................... 015
PRESIDENTE (Mauro Pereira) – Presença, no plenário, do Ministro da Educação, Mendonça Filho..................... 015
PRESIDENTE (Mauro Pereira) – Suspensão da sessão para ocorrência de sessão solene em homenagem pós-
tuma ao ex-Deputado Osvaldo Coelho.................................................................................................................................................. 016
PRESIDENTE (Gilberto Nascimento) – Reabertura da sessão deliberativa extraordinária........................................ 016
ÁTILA LINS (PSD, AM) – Lançamento do livro Improbidade Administrativa – Temas atuais e controvertidos, de
Mauro Campbell Marques, Ministro do Superior Tribunal de Justiça – STJ............................................................................... 016
BENEDITA DA SILVA (PT, RJ – Pela ordem) – Análise sobre a violência contra a mulher no mundo. Ocupação
pelo Brasil do quinto lugar no ranking mundial de homicídios contra mulheres. Expectativa de atuação do Con-
gresso Nacional quanto ao enfrentamento da violência contra a mulher. Ações recomendadas pela Organização
das Nações Unidas – ONU para o combate a esse tipo de violência. Defesa do estabelecimento, pelo Parlamento
do Mercosul – PARLASUL, de prioridade ao tema. Expectativa da oradora de realização de pronunciamento no
Grande Expediente, em sessão ordinária da Casa.............................................................................................................................. 016
ÁTILA LINS (PSD, AM – Pela ordem) – Determinação pelo Presidente da República, Michel Temer, da retomada
de obras de pequeno porte em Municípios brasileiros. Importância da iniciativa para o Estado do Amazonas. ........... 018
MAURO PEREIRA (Bloco/PMDB, RS) – Congratulações ao Presidente da PETROBRAS, Pedro Parente, pelo
êxito na gestão da estatal, e ao Presidente da República, Michel Temer, pela redução do preço dos combustíveis.
Solicitação à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – ANP e ao Ministério Público de fis-
calização de postos de combustíveis por aumento irregular do preço de óleo diesel. ....................................................... 019
RODRIGO MARTINS (PSB, PI) – Solicitação ao Governador do Estado do Piauí, Wellington Dias, de concessão
de reajuste salarial aos integrantes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar no Estado................................. 019
V – ORDEM DO DIA
PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Votação de requerimento de apreciação em regime de urgência urgentís-
sima do Projeto de Lei nº 2.289, de 2015, sobre a prorrogação do prazo para a disposição final ambientalmente
adequada dos rejeitos de que trata o art. 54 da Lei nº 12.305, de 2010. ................................................................................... 027
IVAN VALENTE (PSOL, SP – Pela ordem) – Não participação do PSOL em acordo para votação de requeri-
mentos de apreciação de proposições em regime de urgência. Anúncio de posicionamento favorável à votação
de outras matérias constantes da pauta................................................................................................................................................ 027
PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Não apreciação do requerimento por falta de acordo. ............................................ 027
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PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Indagação ao Deputado Ivan Valente sobre a concordância com a votação
do requerimento de criação de Comissão Externa............................................................................................................................ 027
IVAN VALENTE (PSOL, SP – Pela ordem) – Concordância com a votação do requerimento. .................................. 027
PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Votação e aprovação de requerimento de criação de Comissão Externa para
avaliação da situação de consumo de drogas entre os jovens no Brasil e proposição de medidas para o seu en-
frentamento..................................................................................................................................................................................................... 027
PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Discussão, em turno único, do Projeto de Lei nº 959, de 2003, sobre a regula-
mentação das profissões de Técnico de Estética e de Terapeuta Esteticista............................................................................ 028
Usou da palavra para proferir parecer ao projeto, ao substitutivo adotado pela Comissão de Trabalho, de
Administração e Serviço Público e às emendas e à subemenda da Comissão de Constituição e Justiça e de Cida-
dania, pela Comissão de Seguridade Social e Família, o Sr. Deputado ADAIL CARNEIRO (Bloco/PP, CE)....................... 028
PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Encerramento da discussão da matéria. ........................................................................ 035
PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Votação do substitutivo oferecido pelo Relator da Comissão de Seguridade
Social e Família, ressalvados os destaques. .......................................................................................................................................... 035
Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados SORAYA SANTOS (Bloco/
PMDB, RJ), MARCUS VICENTE (Bloco/PP, ES), EDMILSON RODRIGUES (PSOL, PA)................................................................... 035
Usou da palavra pela ordem o Sr. Deputado Marcus Vicente (Bloco/PP, ES)................................................................. 035
Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados GEOVANIA DE SÁ (PSDB,
SC), JOSE STÉDILE (PSB, RS), GILBERTO NASCIMENTO (Bloco/PSC, SP), EFRAIM FILHO (DEM, PB), JOSE STÉDILE (PSB,
RS), DAVI ALVES SILVA JÚNIOR (PR, MA), ALESSANDRO MOLON (Rede, RJ), CHICO D’ANGELO (PT, RJ), JOAQUIM
PASSARINHO (PSD, PA), ROBERTO DE LUCENA (PV, SP), POMPEO DE MATTOS (PDT, RS), AUGUSTO CARVALHO (SD,
DF), ADEMIR CAMILO (Bloco/PTN, MG), ORLANDO SILVA (PCdoB, SP). ..................................................................................... 035
Usou da palavra para orientação da bancada do Governo o Sr. Deputado ANDRE MOURA (Bloco/PSC, SE)....... 037
Usou da palavra para orientação da respectiva bancada o Sr. Deputado ALAN RICK (PRB, AC)........................... 037
Usou da palavra para orientação da bancada da Minoria a Sra. Deputada JÔ MORAES (PCdoB, MG). .............. 037
Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputado SÁGUAS MORAES (PT, MT),
CARLOS MARUN (Bloco/PMDB, MS)......................................................................................................................................................... 037
PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Aprovação do substitutivo. ................................................................................................ 041
Prejudicialidade da proposição inicial, do substitutivo adotado pela Comissão de Trabalho, de Administra-
ção e Serviço Público, das apensadas, das emendas e da subemenda. .................................................................................... 041
PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Votação e aprovação da redação final. ........................................................................... 041
Encaminhamento da matéria ao Senado Federal. ................................................................................................................. 042
MARCUS VICENTE (Bloco/PP, ES – Pela ordem) – Solicitação à Presidência de inversão da pauta para votação
de requerimento de apreciação em regime de urgência do Projeto de Lei nº 4.238, de 2012. ........................................ 042
PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Consulta ao Deputado Ivan Valente sobre concordância com a inversão da
pauta. ................................................................................................................................................................................................................. 042
IVAN VALENTE (PSOL, SP – Pela ordem) – Concordância com a inversão da pauta.................................................... 042
ORLANDO SILVA (PCdoB, SP – Pela ordem) – Indagação à Presidência sobre a votação de itens da pauta re-
lativos a acordos internacionais. .............................................................................................................................................................. 042
PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Resposta ao Deputado Orlando Silva. ............................................................................ 042
PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Votação e aprovação de requerimento de apreciação em regime de urgência
do substitutivo apresentado ao Projeto de Lei nº 4.238, de 2012, do Senado Federal, sobre o estabelecimento do
piso nacional salarial dos empregados em empresas particulares prestadoras de serviços de vigilância e trans-
porte de valores. ............................................................................................................................................................................................ 042
MARCUS VICENTE (Bloco/PP, ES – Pela ordem) – Agradecimento à Presidência pela votação e aprovação do
requerimento. ................................................................................................................................................................................................. 042
PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Discussão, em turno único, da emenda do Senado Federal ao Projeto de Lei
nº 4.476, de 1994, sobre a autorização ao Poder Executivo Federal de reversão de imóvel em favor da Sociedade
Japonesa de Santos, do Estado de São Paulo...................................................................................................................................... 043
PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Encerramento da discussão. .............................................................................................. 043
Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados JOÃO PAULO PAPA (PSDB,
SP), IVAN VALENTE (PSOL, SP), POMPEO DE MATTOS (PDT, RS)..................................................................................................... 043
PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Votação e aprovação da emenda do Senado Federal ao Projeto de Lei nº 4.476,
de 1994.............................................................................................................................................................................................................. 043
Votação e aprovação da redação final. ...................................................................................................................................... 044
Encaminhamento da matéria à sanção presidencial. ........................................................................................................... 044
PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Discussão, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 56-B, de
2015, sobre a aprovação do texto do Protocolo de Emenda ao Convênio de Integração Cinematográfica Ibero-
-Americana, celebrado em Córdoba, Espanha, em 28 de novembro de 2007......................................................................... 044
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PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Encerramento da discussão. .............................................................................................. 044


Votação e aprovação do projeto de decreto legislativo. ..................................................................................................... 045
Votação e aprovação da redação final. ...................................................................................................................................... 045
Encaminhamento da matéria ao Senado Federal. ................................................................................................................. 045
PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Discussão, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 103-B, de
2015, sobre a aprovação do texto do Acordo de Coprodução Cinematográfica entre o Governo da República Fe-
derativa do Brasil e o Governo do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte, assinado em Brasília, em 28
de setembro de 2012.................................................................................................................................................................................... 045
PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Encerramento da discussão. .............................................................................................. 045
Votação e aprovação do projeto de decreto legislativo. ..................................................................................................... 045
Votação e aprovação da redação final........................................................................................................................................ 045
Encaminhamento da matéria ao Senado Federal. ................................................................................................................. 046
PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Discussão, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 281-B, de
2015, sobre a aprovação do texto do Acordo de Coprodução Cinematográfica entre o Governo da República Fe-
derativa do Brasil e o Governo do Estado de Israel, assinado em Brasília, em 11 de novembro de 2009...................... 046
PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Encerramento da discussão. .............................................................................................. 046
Votação e aprovação do projeto de decreto legislativo. ..................................................................................................... 046
Votação e aprovação da redação final. ...................................................................................................................................... 046
Encaminhamento da matéria ao Senado Federal. ................................................................................................................. 047
IVAN VALENTE (PSOL, SP – Como Líder) – Crítica a alterações na Lei Geral de Telecomunicações em aprecia-
ção pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Repúdio à eventual edição pelo Governo Federal de
medida provisória destinada à liberação de recursos públicos para a liquidação de dívidas da empresa de teleco-
municações OI. ............................................................................................................................................................................................... 047
MIRO TEIXEIRA (Rede, RJ – Pela ordem) – Solicitação à Presidência de encerramento da Ordem do Dia. ....... 048
PRESIDENTE (Alberto Fraga) – Resposta ao Deputado Miro Teixeira. ............................................................................. 048
IVAN VALENTE (PSOL, SP – Pela ordem) – Indagação à Presidência sobre proposições restantes em pauta e
sobre o encerramento da sessão.............................................................................................................................................................. 049
PRESIDENTE (Alberto Fraga) – Resposta ao Deputado Ivan Valente................................................................................ 049
ANTONIO IMBASSAHY (PSDB, BA – Pela ordem) – Esclarecimento ao Deputado Ivan Valente sobre o não
encerramento da sessão pelo Presidente Rodrigo Maia. ................................................................................................................ 049
MAURO PEREIRA (Bloco/PMDB, RS – Pela ordem) – Congratulações ao Presidente da Câmara dos Deputa-
dos, Rodrigo Maia, pela aprovação de proposições relativas à atualização do sistema tributário Super-SIMPLES e
sobre à regulamentação da profissão de esteticista. ....................................................................................................................... 049
ALESSANDRO MOLON (Rede, RJ – Pela ordem) – Solicitação à Presidência de esclarecimentos sobre propo-
sições destinadas à apreciação por acordo. ........................................................................................................................................ 050
PRESIDENTE (Alberto Fraga) – Resposta ao Deputado Alessandro Molon. .................................................................. 050
ANDRE MOURA (Bloco/PSC, SE – Pela ordem) – Informação à Presidência sobre a retirada da pauta de pro-
posição pela Deputada Erika Kokay. ...................................................................................................................................................... 050
Usou da palavra pela ordem o Sr. Deputado IVAN VALENTE (PSOL, SP)......................................................................... 050
ERIKA KOKAY (PT, DF – Pela ordem) – Não descumprimento de acordos pelo PT com o PSOL e o Governo.
Conveniência de adiamento de votação de proposição. ............................................................................................................... 050
ALESSANDRO MOLON (Rede, RJ – Como Líder) – Responsabilidade da gestão do PMDB no Governo do Rio
Janeiro por grave crise financeira no Estado. Posicionamento da Rede contrário a medidas enviadas à Assem-
bleia Legislativa prejudiciais à população e aos servidores públicos ativos e inativos do Rio de Janeiro. Anúncio
de apresentação ao Govenador do Estado de proposta de suspensão e corte de isenções fiscais para a superação
da crise financeira do Estado. ................................................................................................................................................................... 050
PRESIDENTE (Alberto Fraga) – Encerramento da Ordem do Dia. ..................................................................................... 051
BENEDITA DA SILVA (PT, RJ – Como Líder) – Lançamento, na cidade de São Paulo, da campanha Um Brasil
Justo para Todos e para Lula. Perseguição política contra o ex-Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva.
Ilegitimidade do impeachment da então Presidenta da República Dilma Rousseff. Conquistas do Brasil durante
os Governos petistas. Existência de ameaças ao Estado Democrático de Direito no País. Congratulação à candida-
ta norte-americana Hillary Clinton pela postura assumida após a derrota nas eleições presidenciais nos Estados
Unidos................................................................................................................................................................................................................ 051
VANDERLEI MACRIS (PSDB, SP – Pela ordem) – Solicitação à Presidência de confirmação da inscrição do
orador para uso da palavra como Líder.................................................................................................................................................. 052
PRESIDENTE (Gilberto Nascimento) – Resposta ao Deputado Vanderlei Macris......................................................... 052
CAPITÃO AUGUSTO (PR, SP – Como Líder) – Solicitação ao Presidente da República, Michel Temer, aos Mi-
nistros de Estado e aos Deputados de apoio para aprovação de propostas da Aeronáutica relativas a compra de
caças Gripen e ao avião militar KC-390.................................................................................................................................................. 052
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VANDERLEI MACRIS (PSDB, SP – Como Líder) – Apoio à adoção do voto facultativo no Brasil. Solicitação ao
Presidente Rodrigo Maia de análise, por Comissão Especial, das propostas de emenda à Constituição sobre o tema
em tramitação na Casa................................................................................................................................................................................. 053
PROFESSORA MARCIVANIA (PCdoB, AP – Como Líder) – Preocupação com a vitória do candidato republica-
no Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos da América. Homenagem ao escritor Bob Dylan
pela conquista do Prêmio Nobel de Literatura.................................................................................................................................... 055
CARLOS MARUN (Bloco/PMDB, MS – Como Líder) – Importância da apreciação pela Câmara dos Deputados
de projetos de decreto legislativo sobre a aprovação do texto do Acordo de Coprodução Cinematográfica entre
o Governo brasileiro e o Governo do Estado de Israel e sobre a aprovação de acordo relativo à facilitação da co-
brança de pensões alimentícias e à transferência de recursos entre os dois países. Congratulações ao Governo
brasileiro pelo apoio à pacificação das relações entre Israel e Palestina. Homenagem à memória do líder palestino
Yasser Arafat ao ensejo do transcurso dos 12 anos de seu falecimento. Diminuição dos preços dos combustíveis
no Brasil. Inconformismo dos oposicionistas diante da recuperação financeira e da credibilidade da PETROBRAS
pelo Governo Michel Temer........................................................................................................................................................................ 057
JOAQUIM PASSARINHO (PSD, PA – Como Líder) – Satisfação com a apresentação pelo Deputado Onyx Loren-
zoni do parecer à Comissão Especial destinada à análise do projeto de lei relativo à implantação de dez medidas
de combate à corrupção. ............................................................................................................................................................................ 058
LEÔNIDAS CRISTINO (PDT, CE – Pela ordem) – Premência de conclusão pelo Governo Federal das obras de
transposição do Rio São Francisco no Estado do Ceará, diante da gravidade da crise hídrica. ........................................ 059
CABUÇU BORGES (Bloco/PMDB, AP – Pela ordem) – Anúncio da inauguração de ponte sobre o Rio Matapi,
no Estado do Amapá. Solicitação ao Governo Federal de inauguração de ponte sobre o Rio Oiapoque, de ligação
do Brasil com a Guiana Francesa. Necessidade de conclusão de obras de ponte no Rio Jari, no Município de La-
ranjal do Jari, Estado do Amapá. .............................................................................................................................................................. 061
PR. MARCO FELICIANO (Bloco/PSC, SP – Como Líder) – Congratulações ao jornalista Felipe Moura Brasil, da
revista Veja, pelo acerto na previsão da vitória do republicano Donald Trump nas eleições presidenciais dos Es-
tados Unidos da América. Regozijo com a ascensão do estilo de vida conservador no país diante da eleição do
candidato republicano. ............................................................................................................................................................................... 061
POMPEO DE MATTOS (PDT, RS – Como Líder) – Influência da queda internacional do preço do barril de pe-
tróleo em crise financeira da PETROBRAS. Defesa da exclusividade da exploração do petróleo na camada pré-sal
pela estatal. ...................................................................................................................................................................................................... 063
VALDIR COLATTO (Bloco/PMDB, SC – Pela ordem) – Congratulações ao Governo Michel Temer por adoção
de medidas para a recuperação financeira da PETROBRAS e pela redução do preço dos combustíveis. Importân-
cia do fim da exclusividade da estatal na exploração de petróleo na camada pré-sal......................................................... 064
PRONUNCIAMENTOS ENCAMINHADOS:
MISSIONÁRIO JOSÉ OLIMPIO (DEM, SP) – Contrariedade à proposta de emenda à Constituição sobre extin-
ção de imunidade tributária de igrejas e templos religiosos. ....................................................................................................... 064
VI – ENCERRAMENTO
2 – ATA DA 290ª SESSÃO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, NÃO DELIBERATIVA SOLENE, MATUTINA, DA
2ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA, DA 55ª LEGISLATURA, EM 10 DE NOVEMBRO DE 2016
Ata sucinta
3 – ATA DA 291ª SESSÃO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, NÃO DELIBERATIVA DE DEBATES, DA 2ª SES-
SÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA, DA 55ª LEGISLATURA, EM 10 DE NOVEMBRO DE 2016
I – Abertura da sessão
II – Leitura e assinatura da ata da sessão anterior
III – Expediente
IV – PEQUENO EXPEDIENTE
CABO DACIOLO (Bloco/PTdoB, RJ) – Conjuração de Jesus Cristo para expulsão dos demônios do Congresso
Nacional e do Brasil....................................................................................................................................................................................... 073
TIA ERON (PRB, BA) – Congratulações por iniciativa de realização, em Salvador, Estado da Bahia, de corri-
da promovida pela Associação de Amigos do Autista em favor do combate ao preconceito contra pessoas com
autismo. ............................................................................................................................................................................................................ 074
MAURO PEREIRA (Bloco/PMDB, RS – Como Líder) – Críticas aos Deputados do PT, PSOL e PCdoB por desa-
cordo dos Parlamentares com os Governos dos Estados do Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Responsabilidade
do PT pela crise econômica no Brasil. Elogios às medidas do Governo do Presidente da República, Michel Temer,
para a retomada do desenvolvimento econômico. Denúncia de irregularidades em postos de gasolina no Estado
de Tocantins ante não repasse de redução do preço do óleo diesel para consumidores. Aprovação, na Câmara dos
Deputados, da flexibilização do horário de veiculação do programa de rádio A Voz do Brasil. ........................................ 074
ALEX MANENTE (PPS, SP – Como Líder) – Agradecimentos à população de São Bernardo do Campo, Estado
de São Paulo, pelos votos recebidos no segundo turno das eleições municipais. Destinação de emendas parla-
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mentares do orador para investimentos em infraestrutura naquele Município, ante o agravamento da crise eco-
nômica e do desemprego na cidade. Defesa de enxugamento da máquina administrativa e pública no Brasil, em
face do alto custo de sua manutenção................................................................................................................................................... 076
ALESSANDRO MOLON (Rede, RJ) – Pesar pelo falecimento do socioambientalista, pesquisador e professor
Jean-Pierre Leroy. .......................................................................................................................................................................................... 077
GILBERTO NASCIMENTO (Bloco/PSC, SP) – Expectativa de redução do desemprego e solução da crise eco-
nômica no Brasil pelo atual Governo Federal. Elogios ao Governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin,
por equilíbrio fiscal nas contas públicas e por gestão à frente do Estado. ............................................................................... 077
HEITOR SCHUCH (PSB, RS) – Manifestação de solidariedade à delegação brasileira presente em Nova Déli,
na Índia, na Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco – COP 7, por restrição do acesso dos seus represen-
tantes ao espaço da convenção pelos organizadores do evento. ............................................................................................... 078
JANETE CAPIBERIBE (PSB, AP – Como Líder) – Carta enviada à oradora pela Comissão Pastoral da Terra do
Estado do Amapá sobre a história da família Magave e a disputa da área que ocupa desde a década de 50. .......... 079
VALDIR COLATTO (Bloco/PMDB, SC) – Viagem para a Austrália em missão oficial junto ao Ministério da Agri-
cultura, Pecuária e Abastecimento para conhecimento de novas técnicas para modernização da gestão e legis-
lação referente ao setor agrícola no Brasil. .......................................................................................................................................... 081
JOSI NUNES (Bloco/PMDB, TO) – Início da vigência do Acordo de Paris para implantação de medidas globais
de combate ao aumento da temperatura no planeta. Esforços do Governo do Estado do Tocantins para atenuação
dos efeitos do agravamento da seca na região. Importância de adoção de medidas de economia de água ante
expectativa de agravamento da crise hídrica em todas as regiões do Brasil........................................................................... 082
LUIS CARLOS HEINZE (Bloco/PP, RS) – Indignação em face de homicídio do Sargento João Marcelo Borges
Desidério em assalto no Município de Erechim, Estado do Rio Grande do Sul. Relato de tratativas com o Ministro
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, sobre assuntos do setor agrícola do Rio Grande do Sul.
Pedido de providências à Agência Nacional de Telecomunicações – ANATEL por interferência de antenas de te-
lefonia da Argentina no território brasileiro. ....................................................................................................................................... 083
LUIZ CARLOS HAULY (PSDB, PR) – Pessimismo para a América Latina com a vitória do republicano Donald
Trump para o cargo de Presidente dos Estados Unidos da América. Defesa de aprovação das reformas necessárias
para a retomada e crescimento da economia do Brasil. ................................................................................................................. 085
CARLOS HENRIQUE GAGUIM (Bloco/PTN, TO) – Elogio ao Presidente da Rodrigo Maia pela condução dos
trabalhos da Câmara dos Deputados. Oportunidade de inclusão na pauta de votação da Casa do projeto de lei
sobre a venda de terras a estrangeiros. ................................................................................................................................................. 085
JÔ MORAES (PCdoB, MG) – Cumprimentos ao Presidente da Nicarágua pela conquista de um novo mandato
presidencial. Elogio à democracia eleitoral do povo nicaraguense............................................................................................. 085
GERALDO RESENDE (PSDB, MS) – Solicitação ao Governo brasileiro de providências junto ao Governo da
Bolívia para manutenção das condições dos produtores rurais brasileiros baseados na região de Santa Cruz de
la Sierra............................................................................................................................................................................................................... 086
CLAUDIO CAJADO (DEM, BA. Discurso retirado pelo orador para revisão.) – Regozijo do orador com a as-
sunção do cargo de Corregedor Parlamentar da Câmara dos Deputados. Registro da chegada em Brasília de Pre-
feitos Municipais para a participação da Conferência Nacional de Municípios, Distrito Federal. Indignação com a
iniciativa da Prefeita de Dias d´Ávilia de proposição de aumento do valor do seu subsídio, Estado da Bahia. .......... 086
RÔMULO GOUVEIA (PSD, PB e como Líder) – Balanço das atividades legislativas do orador. Anúncio do re-
baixamento da nota do Estado da Paraíba no ranking do Tesouro Nacional. Transcurso do 53º aniversário de inau-
guração do Aeroporto João Suassuna, de Campina Grande, Estado da Paraíba.................................................................... 087
JULIO LOPES (Bloco/PP, RJ) – Aprovação em plenário de requerimento de apreciação em regime de urgência
do projeto de lei que dispõe sobre o Registro Civil Nacional – RCN. Benefícios para a população brasileira advin-
dos da implementação do documento de identificação civil........................................................................................................ 089
CREUZA PEREIRA (PSB, PE) – Visita da oradora ao Hospital Regional Inácio de Sá, Município de Salgueiro,
Estado de Pernambuco. .............................................................................................................................................................................. 090
V – GRANDE EXPEDIENTE
ASSIS CARVALHO (PT, PI) – Cumprimentos aos Prefeitos Municipais participantes da Conferência Nacional
de Municípios, em Brasília, Distrito Federal. Crítica à aprovação da Proposta de Emenda à Constituição nº 241, de
2016, de instituição do Novo Regime Fiscal. Apoio ao movimento estudantil de ocupação de escolas e univer-
sidade em todo País, contrário à Medida Provisória nº 746, de 2016, que institui a Política de Fomento à Imple-
mentação de Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral, e dá outras providências. Preocupação com a vitória
do republicano Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos da América. ............................................ 091
VI – COMUNICAÇÕES PARLAMENTARES
EDINHO ARAÚJO (Bloco/PMDB, SP – Pela ordem) – Visita do Cônsul-Geral da Espanha em São Paulo, Ricardo
Martínez Vázquez, ao Município de São José do Rio Preto, Estado de São Paulo, para participação em encontro
na sede da Associação Comercial e Empresarial de Rio Preto. Nomeação do empresário Antonio Cabrera Mano
8  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

Filho para o cargo de Vice-Cônsul Honorário da Espanha em São José do Rio Preto. Homenagem póstuma ao en-
genheiro agrônomo Lourival Pires Fraga. ............................................................................................................................................ 095
SANDRO ALEX (PSD, PR – Pela ordem) – Congratulação ao Deputado Edinho Araújo pela eleição para Pre-
feito Municipal de São José do Rio Preto, Estado de São Paulo. Atendimento, pelo Ministro das Cidades, Bruno
Araújo, da solicitação do orador de revisão de regras para financiamento de unidades habitacionais individuais
pelo Programa Minha Casa, Minha Vida................................................................................................................................................ 096
HILDO ROCHA (Bloco/PMDB, MA) – Piora dos índices de criminalidade no Estado do Maranhão durante o
Governo Flávio Dino, segundo resultados do 10º Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Congratulação ao di-
retor do Liceu Maranhense e à Polícia Militar do Estado pela atuação diante da tentativa de invasão da unidade
educacional. Críticas à administração do Governador do Estado do Maranhão, Flávio Dino. .......................................... 097
PRESIDENTE (Mauro Pereira) – Presença na Casa do ex-Deputado Francisco Escórcio. ........................................... 098
KAIO MANIÇOBA (Bloco/PMDB, PE – Pela ordem) – Presença na Casa do Prefeito eleito do Município de Ita-
curuba, Estado de Pernambuco, Bernardo Maniçoba. Atuação conjunta do orador e do futuro Prefeito de Itacu-
ruba em prol da população. ...................................................................................................................................................................... 098
HILDO ROCHA (Bloco/PMDB, MA – Pela ordem) – Transmissão de relato do ex-Deputado Francisco Escórcio
sobre ajuizamento de ações contra o atual Secretário de Segurança Pública do Governo do Estado do Maranhão
e delegados da Polícia Civil pelos crimes de tortura e sequestro. ............................................................................................... 099
PAES LANDIM (Bloco/PTB, PI e como Líder – Discurso retirado pelo orador para revisão.) – Louvor ao edu-
cador Anísio Teixeira ao ensejo de evento de premiação de homenageados da educação superior pela Coorde-
nação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES. Regozijo ante premiação recebida pelo pro-
fessor Antônio Cardoso do Amaral por trabalho desenvolvido no ensino de matemática no Município de Cocal
dos Alves, Estado do Piauí. Elogios ao discurso do professor Roberto Cláudio Bezerra, agraciado na premiação
da CAPES. ......................................................................................................................................................................................................... 099
ROGÉRIO MARINHO (PSDB, RN – Pela ordem e como Líder) – Presença em plenário do Prefeito eleito do
Município de Serra Negra do Norte, Estado do Rio Grande do Norte, Serginho Fernandes. Discordância de alunos
da Universidade de Brasília de ocupação da instituição por grupo de estudantes em protesto contra medidas do
Governo Federal. Precariedade do ensino público no Brasil. ........................................................................................................ 100
FRANCISCO FLORIANO (DEM, RJ – Pela ordem) – Importância de implantação de medidas pelo Governo
Federal para resolução de crise financeira no Estado do Rio de Janeiro. Desacordo com proposta do Governo
do Rio de Janeiro de elevação do desconto previdenciário para servidores públicos e taxação de aposentados e
pensionistas. ................................................................................................................................................................................................... 105
PRONUNCIAMENTOS ENCAMINHADOS:
ALEXANDRE VALLE (PR, RJ) – Discordância com proposta do Prefeito eleito da cidade do Rio de Janeiro,
Marcelo Crivella, de municipalização do Porto do Rio. Defesa de criação de nova empresa para gestão do Porto
de Itaguaí em face de impedimento de investimentos no local em decorrência de bloqueios judiciais...................... 106
VII – ENCERRAMENTO
4 – PROPOSIÇÕES APRESENTADAS
PLP 325/2016, PL 6467/2016, PL 6468/2016, PL 6469/2016, PL 6470/2016, PL 6471/2016, PL 6472/2016,
PL 6473/2016, PL 6474/2016, PL 6475/2016, PL 6476/2016, PL 6477/2016, PL 6478/2016, INC 2827/2016, INC
2828/2016, INC 2829/2016, REM 16/2016, RIC 2377/2016, RIC 2378/2016, RIC 2379/2016, REQ 5516/2016, REQ
5517/2016, REQ 5518/2016, REQ 5519/2016, REQ 5520/2016, REQ 5521/2016, REQ 5522/2016, REQ 5523/2016,
REQ 5524/2016, REQ 5525/2016, REQ 5526/2016, REQ 5527/2016, REQ 5528/2016, REQ 5529/2016, REQ 5530/2016,
REQ 5531/2016, REQ 5532/2016, REQ 5533/2016, REQ 5534/2016............................................................................................. 129
5 – PROPOSIÇÕES DESPACHADAS
AV 102/2016, PLP 311/2016, PLP 318/2016, PL 6346/2016, PL 6349/2016, PL 6352/2016, PL 6353/2016, PL
6355/2016, PL 6356/2016, PL 6357/2016, PL 6359/2016, PL 6360/2016, PL 6361/2016, PL 6364/2016, PL 6365/2016, PL
6370/2016, PL 6372/2016, PL 6373/2016, PL 6380/2016, PL 6383/2016, PL 6391/2016, PL 6400/2016, PL 6404/2016,
PL 6405/2016, PL 6418/2016, REC 171/2016, REQ 3109/2015, REQ 4016/2016, REQ 4168/2016, REQ 5318/2016,
REQ 5443/2016, REQ 5481/2016............................................................................................................................................................... 131
6 – PROPOSIÇÕES PENDENTES DE DESPACHO
PEC 274/2016. ............................................................................................................................................... 194
7 – DESPACHOS DO PRESIDENTE
Expediente
Ofício CCEN/FAZER/088/2016, do Senhor Carlos José Carvalho, Coordenador Geral da Federação Nacional
dos Trabalhadores da Assistência Técnica e Extensão Rural e do Setor Público Agrícola do Brasil – FASER. ............... 199
Expediente sem número. Nota coletiva do Convergências Movimentos Civis pelo Brasil, com sugestões so-
bre a reforma política no país. .................................................................................................................................................................. 199
Ofício s.n., protocolizado em 1º de novembro de 2016, de autoria do Senhor José Joaz Azevedo Pereira. ......... 199
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  9 

Documento nº 20161431, do Senhor Euclides Carli, Presidente em exercício da Federação do Comércio de


Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo – FECOMÉRCIO SP. ....................................................................................... 199
Ofício nº 915/2016, da Liderança do PSDB. .............................................................................................................................. 199
Ofício nº 273/2016, do Senhor Vereador Manoel Everardo Lemos Maia, Presidente da Câmara Municipal de
Morada Nova, Estado do Ceará. ............................................................................................................................................................... 199
Expediente sem número, protocolizado em 4 de novembro de 2016, sem assinatura. .......................................... 200
Ofício nº 20817/2016, do Supremo Tribunal Federal. ........................................................................................................... 200
Ofício SN/2016 – Dep. SEVERINO NINHO. ................................................................................................................................. 200
Ofício nº 1465/2016, da Câmara Municipal de Santa Bárbara d’Oeste/SP. ................................................................... 200
Ofício nº 201/16/CD, da Senhora Carol Barbosa, Chefe de Gabinete do Senhor Deputado ODORICO
MONTEIRO........................................................................................................................................................................................................ 200
Ofício nº 116/2016, da Liderança do PTdoB. ............................................................................................................................ 200
Ofício nº 470/2016, da Liderança do PT. .................................................................................................................................... 200
Ofício nº 240/2016, da Liderança do PSB. ................................................................................................................................. 201
Ofício nº 361/2016, da Liderança do PP. .................................................................................................................................... 201
Of. nº 10326/2016-SERAUT, do Senhor Vereador Manoel Constantino dos Santos, Presidente da Câmara
Municipal de Santos, Estado de São Paulo. .......................................................................................................................................... 201
Questão de Ordem nº 253/2016, suscitada pelo Senhor Deputado PAULÃO. ............................................................ 201
Ofício nº 81/2016, Corregedoria Parlamentar.......................................................................................................................... 202
Proposições
PEC 268/2016, PEC 271/2016......................................................................................................................................................... 205
8 – ATOS DA PRESIDÊNICA
Designa Coordenador de Grupo de Trabalho.......................................................................................................................... 205
Cria Comissão Externa...................................................................................................................................................................... 206
COMISSÕES
9 – ATAS
Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, 15ª Reunião Ordinária em 25/10/2016............................................... 207
Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, 16ª Reunião Extraordinária em 25/10/2016..................................... 209
CPI, FUNAI E INCRA 2, 1ª Reunião Ordinária em 25/10/2016............................................................................................. 210
10 – DESIGNAÇÕES
Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, em 10/11/2016...................................................... 210
Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, em 10/11/2016. ............................................................................ 211
Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, em 09/11/2016............................................................................................ 213
Comissão de Legislação Participativa, em 28/06/2016......................................................................................................... 214
Comissão de Legislação Participativa, em 12/07/2016......................................................................................................... 214
Comissão de Legislação Participativa, em 25/07/2016......................................................................................................... 215
Comissão de Legislação Participativa, em 26/07/2016......................................................................................................... 215
Comissão de Legislação Participativa, em 01/08/2016......................................................................................................... 216
Comissão de Legislação Participativa, em 02/08/2016......................................................................................................... 218
Comissão de Legislação Participativa, em 22/08/2016......................................................................................................... 218
Comissão de Legislação Participativa, em 29/08/2016......................................................................................................... 219
Comissão de Legislação Participativa, em 12/09/2016......................................................................................................... 219
Comissão de Legislação Participativa, em 20/09/2016......................................................................................................... 219
11 – PARECERES
Despacho do Presidente, PEC 44-B/2015 CESP, PEC 134-B/2015 CESP............................................................................ 220
SEÇÃO II
12 – ATOS DO PRESIDENTE
Designar (SUBSTITUTOS): Abiderman Souza Carvalho, Adailton Alves de Oliveira, Adriana de Fatima Rodri-
gues, Adriana Goretti de Miranda Chaves, Alcy Nelson da Silva Junior, Alessandra Maria Queiroz de Moraes, Alzir
Penaforte Brito Filho, Beatriz Marcelino Valença, Carlos Roberto Gomes Batista, Carolina Margot Martini Fontenele
Lordello, Clarissa Gonçalves Rodrigues, Cláudio Roberto de Araujo, Clemilton Alves de Sousa, Diego Cavalcanti
Cunha, Diogo Macedo Domingues, Douglas Santana Nobre, Eder Nascimento de Albuquerque, Eraldo Cardoso
Santana, Eurípedes Magalhães da Silva, Fabrício Corrêa de Araújo Oliveira, Guilherme Arthur Belotto Scalabrin,
Hermann Romeu Nunes, Humberto Sampaio Netto, Isabel Lôbo de Figueiredo, Isabel Lôbo de Figueiredo, Ítalo
José Ramos de Souza, José Joaquim de Oliveira Ramos, Joseilson Gonçalves de Farias, Juliana Carrijo Franco, Lei-
dy Diana Oliveira Nascimento, Leonardo Zaidan Lopes, Leticia Sayuri Ono, Liany Tavares Tadaiesky, Liany Tavares
Tadaiesky, Lourivando Rodrigues Ferreira, Luciana Cesar Cordeiro Couto, Luciana Cesar Cordeiro Couto, Lucia-
10  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

na de Souza Ribeiro, Luciana Matta de Andrade e Silva, Luciano Chemp Rachid, Maria Jose Garcia Pereira, Maria
Jose Paes Maracaipe, Maria Nelly Sales Loureiro, Maria Zelia Santos Nogueira de Sá, Maria Zelia Santos Nogueira
de Sá, Mariana Ribeiro de Souza, Newton Araujo Junior, Nilson Matias de Santana, Nilza Maria Ferreira Alves, Ni-
quele Moura Siqueira, Patricia Figueiredo Roedel, Paula Tozzato Gimenes Santiago, Paulo César da Silva Alencar,
Rachel Librelon de Faria, Ricardo Miranda de Sousa, Robson Silveira Carvalho, Rodrigo Soares Santos, Rogerio
Ventura Teixeira, Ruza Medina Zago Campos, Ruza Medina Zago Campos, Sebastião Sergio da Fonseca, Semar
Virgilio Souza Manso, Semar Virgilio Souza Manso, Semar Virgilio Souza Manso, Sheila Cristina Moreira Neres, Si-
mone Ravazzolli, Suprecilio do Rêgo Barros Neto, Suprecilio do Rêgo Barros Neto, Valter Teixeira Marins, Vanessa
de Moura Bolzan, Vanessa de Moura Bolzan........................................................................................................................................ 231
13 – MESA ............................................................................................................................................................................................ 239
14 – LÍDERES E VICE-LÍDERES ..................................................................................................................................................... 239
15 – DEPUTADOS EM EXERCÍCIO .............................................................................................................................................. 241
16 – COMISSÕES ............................................................................................................................................................................... 246
SUPLEMENTO
Ato da Mesa nº 123, de 2016
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  11 

SEÇÃO I

Ata da 289ª Sessão da Câmara dos Deputados, Deliberativa


Extraordinária, Matutina, da 2ª Sessão Legislativa Ordinária,
da 55ª Legislatura, em 10 de novembro de 2016
Presidência dos Srs.: Rodrigo Maia, Presidente, Gilberto Nascimento, 2º Suplente de Secretário,
Mauro Pereira, Alberto Fraga, nos termos do § 2º do artigo 18 do Regimento Interno

ÀS 9 HORAS COMPARECEM À CASA OS SRS.:


Total de Parlamentares: 84

RORAIMA
Abel Mesquita Jr. DEM
Edio Lopes PR
Remídio Monai PR
Total de RORAIMA 3

AMAPÁ
Janete Capiberibe PSB
Total de AMAPÁ 1

PARÁ
Beto Faro PT
Zé Geraldo PT
Total de PARÁ 2

ACRE
Flaviano Melo PMDB PmdbPen
Total de ACRE 1

TOCANTINS
Professora Dorinha Seabra Rezende DEM
Total de TOCANTINS 1

MARANHÃO
Pedro Fernandes PTB PpPtbPsc
Total de MARANHÃO 1

CEARÁ
André Figueiredo PDT
José Guimarães PT
Luizianne Lins PT
Total de CEARÁ 3

PIAUÍ
Rodrigo Martins PSB
Total de PIAUÍ 1

PARAÍBA
Benjamin Maranhão Solidaried
12  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

Damião Feliciano PDT


Luiz Couto PT
Wilson Filho PTB PpPtbPsc
Total de PARAÍBA 4

PERNAMBUCO
Gonzaga Patriota PSB
Jarbas Vasconcelos PMDB PmdbPen
Jorge Côrte Real PTB PpPtbPsc
Total de PERNAMBUCO 3

ALAGOAS
Givaldo Carimbão PHS
Total de ALAGOAS 1

BAHIA
Bacelar PTN PtnPtdoBPsl
Caetano PT
Jorge Solla PT
Moema Gramacho PT
Nelson Pellegrino PT
Ronaldo Carletto PP PpPtbPsc
Valmir Assunção PT
Waldenor Pereira PT
Total de BAHIA 8

MINAS GERAIS
Bilac Pinto PR
Delegado Edson Moreira PR
Fábio Ramalho PMDB PmdbPen
Leonardo Monteiro PT
Luiz Fernando Faria PP PpPtbPsc
Marcelo Aro PHS
Renzo Braz PP PpPtbPsc
Toninho Pinheiro PP PpPtbPsc
Weliton Prado PMB
Zé Silva Solidaried
Total de MINAS GERAIS 10

ESPÍRITO SANTO
Givaldo Vieira PT
Total de ESPÍRITO SANTO 1

RIO DE JANEIRO
Benedita da Silva PT
Cristiane Brasil PTB PpPtbPsc
Fabiano Horta PT
Jair Bolsonaro PSC PpPtbPsc
Jandira Feghali PCdoB
Julio Lopes PP PpPtbPsc
Laura Carneiro PMDB PmdbPen
Marquinho Mendes PMDB PmdbPen
Paulo Feijó PR
Total de RIO DE JANEIRO 9
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  13 

SÃO PAULO
Ana Perugini PT
Carlos Zarattini PT
Goulart PSD
Jorge Tadeu Mudalen DEM
Marcelo Squassoni PRB
Marcio Alvino PR
Nelson Marquezelli PTB PpPtbPsc
Nilto Tatto PT
Valmir Prascidelli PT
Total de SÃO PAULO 9
GOIÁS
Lucas Vergilio Solidaried
Pedro Chaves PMDB PmdbPen
Sandes Júnior PP PpPtbPsc
DO SUL Total de GOIÁS 3
MATO GROSSO
Geraldo Resende PSDB
Total de MATO GROSSO DO SUL 1
PARANÁ
Enio Verri PT
Leopoldo Meyer PSB
Luciano Ducci PSB
Nelson Meurer PP PpPtbPsc
Toninho Wandscheer PROS
Total de PARANÁ 5
SANTA CATARINA
Celso Maldaner PMDB PmdbPen
Esperidião Amin PP PpPtbPsc
Jorge Boeira PP PpPtbPsc
Jorginho Mello PR
Total de SANTA CATARINA 4
RIO GRANDE DO SUL
Afonso Hamm PP PpPtbPsc
Afonso Motta PDT
Cajar Nardes PR
Carlos Gomes PRB
Heitor Schuch PSB
Jerônimo Goergen PP PpPtbPsc
Jones Martins PMDB PmdbPen
Marcon PT
Mauro Pereira PMDB PmdbPen
Onyx Lorenzoni DEM
Paulo Pimenta PT
Pepe Vargas PT
Sérgio Moraes PTB PpPtbPsc
Total de RIO GRANDE DO SUL 13

I – ABERTURA DA SESSÃO
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pereira) – A lista de presença registra na Casa o comparecimento de 84 Se-
nhoras Deputadas e Senhores Deputados.
14  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

Está aberta a sessão.


Sob a proteção de Deus e em nome do povo brasileiro iniciamos nossos trabalhos.

II – LEITURA DA ATA
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pereira) – Fica dispensada a leitura da ata da sessão anterior.

III – EXPEDIENTE
(Não há expediente a ser lido)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pereira) – Passa-se às

IV – BREVES COMUNICAÇÕES
Em seguida haverá uma sessão solene em homenagem póstuma ao ex-Deputado Federal Osvaldo Co-
elho, durante a qual ficará suspensa esta sessão. Antes, vou conceder a palavra a três Deputados presentes.
Concedo a palavra ao nosso amigo Deputado Federal Esperidião Amin, do Partido Progressista de Santa
Catarina.
O SR. ESPERIDIÃO AMIN (Bloco/PP-SC. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados,
numa breve manifestação, gostaria de dizer que nós estamos vivendo os primeiros momentos de uma Comis-
são de Reforma Política que está sendo estimulada pela decisão do Senado Federal tomada ontem que propõe
a extinção da coligação nas eleições proporcionais, que igualmente cria uma cláusula de desempenho para os
partidos políticos e que enseja a criação de federações partidárias com duração superior a 4 anos.
Eu acho que este é um momento de reflexão, principalmente com o que está acontecendo com as críticas
no mundo inteiro ao sistema eleitoral norte-americano, em que se pode perder a eleição fazendo a maioria de
votos e em que também se pode perder ou ganhar fazendo a minoria dos Estados. É um sistema em que um
homem não vale um voto, nem mesmo cada Estado vale por ser Estado.
No momento em que procuramos aperfeiçoar o nosso sistema político-partidário e eleitoral, creio que
é válido perceber que essa não é uma preocupação apenas brasileira. Devemos levar sempre em conta isto:
o voto de uma pessoa deve valer um voto. Por isso, a eleição direta sempre será a menos imperfeita de todas
as eleições.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pereira) – Muito obrigado, Deputado Esperidião Amin.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pereira) – Concedo a palavra ao Deputado Geraldo Resende.
O SR. GERALDO RESENDE (PSDB-MS. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, nobres colegas Deputados
e Deputadas, participamos ontem, mais uma vez, de audiência com o Ministro da Saúde, o Deputado Federal
licenciado Ricardo Barros, para perseguir aquele que é o grande sonho não apenas da Grande Dourados, mas
de toda a região do Cone Sul e da faixa de fronteira do Estado: a construção do Hospital Regional de Dourados.
Há 2 anos, conquistamos recursos, fruto do trabalho da nossa bancada federal, para iniciarmos a obra, o
que infelizmente não aconteceu. Agora o Ministro aponta um novo convênio e vai liberar recursos da monta
de 15 milhões de reais.
O Governador Reinaldo Azambuja assumiu o compromisso de alocar o mesmo volume de recursos, e nós
haveremos de iniciar, a partir do próximo mês, o processo licitatório para que possamos erguer um hospital de
referência em urgência e emergência para os 34 Municípios que compõem a macrorregião de Dourados. Este
é o objetivo do nosso mandato.
Queremos, acima de tudo, viabilizar estruturas na área de saúde que possam amenizar o sofrimento da
nossa gente no tocante à saúde pública em toda a nossa região.
É esta a intervenção que faço no dia de hoje. Espero termos boas notícias para dar a Dourados e ao Es-
tado de Mato Grosso do Sul nos próximos dias.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pereira) – Muito obrigado, Deputado Geraldo Resende.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pereira) – Temos inscritos os Deputados Jones Martins, Benedita da Silva e
Nelson Marquezelli. Em seguida, teremos sessão solene em homenagem póstuma ao ex-Deputado Federal
Osvaldo Coelho.
Com a palavra o Deputado Jones Martins. S.Exa. dispõe de 1 minuto.
O SR. JONES MARTINS (Bloco/PMDB-RS. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, esta semana tivemos
em Brasília uma peregrinação de Prefeitos de todo o Rio Grande do Sul, os quais quero saudar pela iniciati-
va. Fizemos reuniões importantes com a bancada gaúcha e com os Prefeitos para combinarmos estratégias
e formas de mobilização e elencarmos as prioridades de cada Munícipio. Por força da presença dos Prefeitos
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  15 

na Capital e das demandas legítimas e justas de todas as Prefeituras, estivemos em muitos Ministérios, onde
fomos muito bem recebidos. Nossos Prefeitos levaram suas demandas aos Ministérios das Cidades, da Saúde,
do Esporte e do Turismo.
Destaco a presença de toda a comitiva do Rio Grande do Sul, que também esteve aqui, e evidentemente
a comitiva da minha região, Gravataí, de São Leopoldo, Alvorada e Santo Antônio da Patrulha.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pereira) – Muito obrigado, Deputado Jones Martins.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pereira) – Concedo a palavra à Deputada Benedita da Silva, do PT do Rio de
Janeiro.
A SRA. BENEDITA DA SILVA (PT-RJ. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, a situação no Estado do
Rio de Janeiro é grave, aliás, gravíssima. A bancada do Estado do Rio de Janeiro se reuniu ontem para tomar
uma atitude em prol da população do Rio de Janeiro e dos servidores públicos do Estado.
A segurança no Estado do Rio de Janeiro corre um grande risco. Os salários estão atrasados, e o pacote
lançado pelo Governo do Estado é altamente prejudicial aos servidores públicos e vai atingir a saúde, a edu-
cação e a segurança pública do nosso Estado.
É importante que todos apoiemos o Estado do Rio de Janeiro, independentemente de partidos, mas
como bancada, para que a situação seja resolvida. Se necessário, recorreremos ao Governo Federal para bus-
car uma solução.
Muito obrigada, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pereira) – Muito obrigado, Deputada Benedita da Silva.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pereira) – Concedo a palavra ao Deputado Nelson Marquezelli.
O SR. NELSON MARQUEZELLI (Bloco/PTB-SP. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, fui presenteado
com o livro do grande repórter investigativo Saulo Gomes, que tenho orgulho de chamar de amigo. A publica-
ção, de autoria deste jornalista e da pesquisadora Adriana Silva, narra a vida do jornalista desde a infância em
Madureira, subúrbio carioca, e os bastidores de suas grandes reportagens sobre fatos que marcaram a história
do Brasil e que foram moldando o perfil deste brilhante profissional da comunicação durante seus 60 anos de
profissão.
Entre os vários episódios jornalísticos narrados por Saulo, um se passou na cidade de Pirassununga, mi-
nha terra natal. Trata-se de um episódio muito importante.
Aconselho a todos a lerem as reportagens deste livro fabuloso, que coloca Saulo Gomes, nos seus 60
anos de profissão, na história do nosso País.
Parabéns ao repórter Saulo Gomes pela publicação deste livro!
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pereira) – Muito obrigado, Deputado Nelson Marquezelli.
PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, fui presenteado com um livro sobre o grande repórter investigativo
Saulo Gomes, que tenho o orgulho de chamar de amigo. A publicação, de autoria da jornalista e pesquisadora
Adriana Silva, narra a vida desde a infância deste jornalista em Madureira, subúrbio carioca, até os bastidores
de suas grandes reportagens sobre fatos que marcaram a história do Brasil e que foram moldando o perfil des-
te brilhante profissional da comunicação durante seus 60 anos de profissão.
Entre os vários episódios jornalísticos narrados por Saulo, um se passou em Pirassununga, minha terra.
Pude contribuir um pouquinho para a concretização da entrevista célebre, tanto pela emoção como pela sa-
gacidade do repórter.
Eu era Vereador na cidade e fui procurado por ele para ajudá-lo com algumas informações sobre o para-
deiro do jornalista Hélio Fernandes, proprietário do jornal A Tribuna, do Rio de Janeiro. Este foi transferido de
Fernando de Noronha para Pirassununga por ter desrespeitado o ex-Presidente da República Castelo Branco
em artigo publicado no seu jornal. Pelos contatos que eu tinha dentro das Forças Armadas, sabia o local onde
o jornalista Fernandes ficaria hospedado e informei a Saulo. Ele conseguiu ficar hospedado no mesmo hotel
do colega para, assim, fazer a entrevista exclusiva com Fernandes. Nenhum outro jornalista teve acesso igual,
em razão da forte segurança militar que havia em torno de Fernandes.
Outras coberturas igualmente importantes foram dos dias que antecederam a renúncia de Jânio Qua-
dro e culminaram com a posse do Primeiro-Ministro Tancredo Neves, cobertura esta que fez Tancredo Neves
reconhecer publicamente a fundamental contribuição da imprensa para o Brasil. No dia da posse, Tancredo
convidou Saulo para ser o representante dos profissionais da comunicação pela sua corajosa atuação.
Pincelo ainda outras tantas histórias notórias trazidas a público pelo olhar aguçado deste repórter, como
a do espírita Chico Xavier, do projeto Rondon, do caso PC Farias, do Esquadrão da Morte, etc.
16  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

Saulo driblou as dificuldades na infância, venceu o analfabetismo com determinação e força de vontade
e conquistou seu espaço no mundo com muito trabalho e correção. Ele é um exemplo, e sua história de vida
serve de inspiração para todos os brasileiros.
Parabenizo Saulo Gomes pelo trabalho realizado na imprensa brasileira e pela sua inegável contribuição
à história deste País.
Em nome do meu PTB e desta Casa de Leis, estendo esta homenagem à autora da obra literária, Adriana
Neves, pela impecável narrativa da vida deste notório jornalista brasileiro.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pereira) – Antes de suspender a sessão, quero comunicar a presença aqui do
nosso Ministro da Educação, o Deputado Mendonça Filho, que faz um excelente trabalho naquele Ministério
e é motivo de orgulho do nosso Governo.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pereira) – Vou suspender esta sessão deliberativa extraordinária para aber-
tura de sessão solene em homenagem póstuma ao ex-Deputado Federal Osvaldo Coelho.
Está suspensa a sessão.
(A sessão é suspensa.)

O Sr. Mauro Pereira, nos termos do § 2º do art. 18 do Regimento Interno, deixa a cadeira da Presidência,
que é ocupada pelo Sr. Gilberto Nascimento, 2º Suplente de Secretário.
O SR. PRESIDENTE (Gilberto Nascimento) – Está reaberta a sessão deliberativa extraordinária, após o
encerramento da sessão solene em homenagem póstuma ao ex-Deputado Federal Osvaldo Coelho, de Per-
nambuco.
O SR. PRESIDENTE (Gilberto Nascimento) – Vou chamar a nobre Deputada Benedita da Silva, do Rio de
Janeiro, sempre Senadora e Governadora, para fazer o seu pronunciamento.
Antes, porém, passaremos rapidamente pelo Amazonas, para ouvir o Deputado Átila Lins, por 1 minuto,
enquanto a Deputada do Rio de Janeiro se dirige até a tribuna.
O SR. ÁTILA LINS (PSD-AM. Sem revisão do orador.) – Muito obrigado, Sr. Presidente.
Muito obrigado, Deputada Benedita da Silva.
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, ontem houve o lançamento do livro Improbidade Administrativa,
de Mauro Campbell, Ministro do Superior Tribunal de Justiça.
O Ministro Mauro Campbell é amazonense. O evento contou com a participação de muitos advogados,
procuradores do Ministério Público, juízes.
Ao lançar esse livro, o Ministro amazonense Mauro Campbell dá uma contribuição muito importante ao
Direito.
Eu não pude estar presente ao evento, mas queria registrar nos Anais desta Casa o lançamento desse li-
vro, que será muito importante para os estudiosos desta matéria tão polêmica, a improbidade administrativa.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Gilberto Nascimento) – Obrigado, Deputado Átila Lins.
O SR. PRESIDENTE (Gilberto Nascimento) – Do Amazonas, vamos agora ao Rio de Janeiro, com a Depu-
tada Benedita da Silva.
A SRA. BENEDITA DA SILVA (PT-RJ. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Par-
lamentares, ocupo a tribuna da Câmara dos Deputados para denunciar e repudiar a violência contra a mulher
no Brasil, na América Latina, em todo o mundo, seja a violência física, seja a psicológica, seja a sexual.
Fiz uma breve análise para identificar a violência contra a mulher no Brasil e em todo o mundo. O levanta-
mento apresenta uma verdadeira tragédia contra a mulher: 603 milhões de mulheres aproximadamente vivem
em países onde a violência doméstica não é considerada crime; em todo o continente americano, 29,8% das
mulheres já foram vítimas de violência física e/ou sexual; cerca de 50% das agressões sexuais são cometidas
contra meninas menores de 16 anos, e uma em cada quatro mulheres sofre violência física ou sexual durante
a gravidez.
Os números dessa tragédia não param, Sr. Presidente, pois mostram ainda o seguinte: a primeira expe-
riência sexual de aproximadamente 30% das mulheres foi forçada; mais de 60 milhões de meninas casaram
antes de completar 18 anos, e a vida matrimonial de muitas delas se caracteriza por violência e abuso; cerca
de 2 milhões de mulheres e meninas são traficadas todos os anos para fins de prostituição, escravidão e servi-
dão; e, por fim, aproximadamente 60% das mulheres, em todo o mundo, vão sofrer algum tipo de abuso físico
ou sexual ao longo da vida.
Além disso, o cenário apresenta o feminicídio íntimo (35% de todos os assassinatos de mulheres no mun-
do são cometidos por um parceiro íntimo), os crimes em nome da honra (assassinatos de meninas ou mulheres
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  17 

a mando da própria família por suspeita ou caso de transgressão sexual ou de comportamento) e ainda a mu-
tilação genital feminina (mais de 135 milhões de meninas e mulheres vivas já foram cortadas nos 29 países da
África e do Oriente Médio, onde a prática está concentrada, e a ONU estima que, até 2030, mais de 86 milhões
de meninas ainda serão mutiladas).
Analisando-se especificamente o Brasil, Sr. Presidente, constata-se que o nosso País ocupa a quinta po-
sição no ranking mundial de homicídios de mulheres. Entre 2003 e 2013, o número de mulheres assassinadas
aumentou 21%, passando de 3.937 para 4.762, o que representa atualmente 13 homicídios por dia, e a maioria
das vítimas tinha entre 18 e 30 anos de idade.
Um instituto de combate à violência contra a mulher criou até um cronômetro para aferir a violência no
Brasil. Destaca que, a cada 2 minutos, cinco mulheres são espancadas; a cada 11 minutos, ocorre um estupro;
e, a cada 90 minutos, acontece um feminicídio. Por dia, são registrados 179 relatos de agressão e 13 homicí-
dios femininos.
Eu gostaria, Sr. Presidente, de solicitar que este pronunciamento seja registrado e divulgado na íntegra.
Nós não temos tempo suficiente aqui para fazer uma análise mais consistente, a não ser no Grande Ex-
pediente. Eu já estou esperando há 4 anos nesta Casa para ser sorteada para falar nesse período e, assim, apre-
sentar essa análise, que vou fazendo em fragmentos, enquanto espero ansiosamente uma inscrição no Grande
Expediente para concluir o meu raciocínio sobre o tema da violência contra a mulher no Brasil e no mundo.
Muito obrigada, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Gilberto Nascimento) – Deputada Benedita da Silva, do nosso Rio de Janeiro, nós
vamos solicitar aos órgãos de comunicação da Casa e ao programa A Voz do Brasil que deem toda a publicida-
de ao discurso de V.Exa.
PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELA ORADORA
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, ocupo a tribuna da Câmara dos Deputados para denunciar e
repudiar a violência contra a mulher no Brasil, na América Latina, em todo o mundo, seja a violência física, seja
a psicológica, seja a sexual.
Fiz uma breve análise para identificar a violência contra a mulher no Brasil e em todo o mundo. O levanta-
mento apresenta uma verdadeira tragédia contra a mulher: 603 milhões de mulheres aproximadamente vivem
em países onde a violência doméstica não é considerada crime; em todo o continente americano, 29,8% das
mulheres já foram vítimas de violência física e/ou sexual; cerca de 50% das agressões sexuais são cometidas
contra meninas menores de 16 anos, e uma em cada quatro mulheres sofre violência física ou sexual durante
a gravidez.
Os números dessa tragédia não param, Sr. Presidente, pois mostram ainda o seguinte: a primeira expe-
riência sexual de aproximadamente 30% das mulheres foi forçada; mais de 60 milhões de meninas casaram
antes de completar 18 anos, e a vida matrimonial de muitas delas se caracteriza por violência e abuso; cerca
de 2 milhões de mulheres e meninas são traficadas todos os anos para fins de prostituição, escravidão e servi-
dão; e, por fim, aproximadamente 60% das mulheres, em todo o mundo, vão sofrer algum tipo de abuso físico
ou sexual ao longo da vida.
Além disso, o cenário apresenta o feminicídio íntimo (35% de todos os assassinatos de mulheres no mun-
do são cometidos por um parceiro íntimo), os crimes em nome da honra (assassinatos de meninas ou mulheres
a mando da própria família por suspeita ou caso de transgressão sexual ou de comportamento) e ainda a mu-
tilação genital feminina (mais de 135 milhões de meninas e mulheres vivas já foram cortadas nos 29 países da
África e do Oriente Médio, onde a prática está concentrada, e a ONU estima que, até 2030, mais de 86 milhões
de meninas ainda serão mutiladas).
Analisando-se especificamente o Brasil, Sr. Presidente, constata-se que o nosso País ocupa a quinta po-
sição no ranking mundial de homicídios de mulheres. Entre 2003 e 2013, o número de mulheres assassinadas
aumentou 21%, passando de 3.937 para 4.762, o que representa atualmente 13 homicídios por dia, e a maioria
das vítimas tinha entre 18 e 30 anos de idade.
Um instituto de combate à violência contra a mulher criou até um cronômetro para aferir a violência no
Brasil. Destaca que, a cada 2 minutos, cinco mulheres são espancadas; a cada 11 minutos, ocorre um estupro;
e, a cada 90 minutos, acontece um feminicídio. Por dia, são registrados 179 relatos de agressão e 13 homicí-
dios femininos.
Os números vão além e mostram ainda uma questão específica em relação à violência contra a mulher
negra brasileira, já que, nesse mesmo período, entre 2003 e 2013, o assassinato de mulheres negras cresceu
54% em contraste com o assassinato de mulheres brancas, que, felizmente, diminuiu cerca de 10%.
18  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

Após apresentar todos esses números, que muitos aqui, infelizmente, já conheciam, pois esse cenário
não é novidade para ninguém, a pergunta que me faço é esta: e agora, o que fazer para combater e eliminar
essa violência?
Acredito firmemente que cada um e cada uma neste Parlamento têm a sua forma de analisar e enfrentar
essa violência, mas torço muito para que juntos, através do Parlamento do Mercosul, possamos dar esse pas-
so para discutir, elaborar e implementar conjuntamente, em nossos países, ações que nos ajudem a reduzir e
extinguir esses números da violência contra a mulher.
A violência contra a mulher no Brasil é fruto de uma construção social que reflete a desigualdade de for-
ças nas relações de poder entre homens e mulheres e gera sua reprodução em toda a sociedade.
Os números apresentados há pouco refletem também a baixa participação das mulheres na política. Des-
sa forma não é possível ou fica mais difícil levar aos órgãos institucionais e públicos ideias, ações e propostas
que visam desenvolvimento, melhora e avanço.
Nesse sentido, Sr. Presidente, apresento aqui as ações que a Organização das Nações Unidas – ONU já
vem discutindo para combater a violência contra a mulher: reforçar a vigilância e rastreio de violência por par-
ceiros íntimos (trabalho de cooperação entre polícia, médicos e agências, com o objetivo de coletar e relatar
a relação vítima-infrator e a motivação para o homicídio), capacitar e sensibilizar profissionais de saúde (em
determinados países estudos mostram que grande parte das mulheres violentadas acessa os serviços de saú-
de no ano anterior ao de ser morta pelos parceiros) e capacitar e sensibilizar policiais (a polícia é o principal
serviço que pode dar suporte às menores afetadas pelo feminicídio).
Além disso, Sr. Presidente, a ONU recomenda aumentar a prevenção e a pesquisa de intervenção (segun-
do a OMS, a Organização Mundial da Saúde, essa é a melhor maneira de reduzir o feminicídio no mundo, pois
intimida a violência de parceiros), reduzir a posse de armas e fortalecer as leis sobre armas (o risco de morte
entre as mulheres vítimas do feminicídio cresce três vezes quando existe uma arma em casa) e reforçar a vigi-
lância, investigação, leis e a consciência quanto ao assassinato em nome da “honra” (advogados têm relatado
sucesso na sensibilização relativa a esses crimes por meio da coleta e análise de dados, processos e decisões
judiciais, utilizando como referência os direitos humanos internacionais – instrumentos relevantes para a pro-
teção de direitos das mulheres).
Essas são apenas algumas ações de prevenção à violência contra a mulher. Sabemos que muitas outras
instituições e entidades também levantam a mesma bandeira e já apresentaram inúmeras formas de comba-
ter essa violência.
Nesse sentido, Sr. Presidente, proponho que o PARLASUL discuta com prioridade os números aqui apre-
sentados, bem como analise e elabore ações que podem nos ajudar nesse enorme desafio, para que, em par-
ceria, os países que compõem o MERCOSUL implantem e executem importantes ferramentas de combate à
violência contra a mulher.
Era o que eu tinha a dizer.
Muito obrigada.
O SR. PRESIDENTE (Gilberto Nascimento) – Antes de conceder a palavra ao Deputado Mauro Pereira, do
Rio Grande do Sul, passo, rapidamente, pelo Amazonas para ouvir o Deputado Átila Lins, por 1 minuto.
O SR. ÁTILA LINS (PSD-AM. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Muito obrigado, Sr. Presidente.
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, desta tribuna, comemoro como altamente positiva a decisão do
Presidente Michel Temer de determinar a retomada de algumas obras de pequeno porte paralisadas há algum
tempo. Elas estão situadas em 1.071 Municípios das 27 unidades federativas do Brasil. O custo está estimado
em 2 bilhões e 73 milhões de reais e as obras devem estar concluídas no início de 2018.
Esse verdadeiro mutirão contribuirá para o aquecimento da construção civil e, em consequência, gerar
empregos. Segundo o Presidente Michel Temer, esses empregos deverão ser da ordem de 45 mil.
No meu Estado, o Amazonas, várias cidades serão contempladas com o reinício das obras. Em Coari, será
concluído o Centro de Artes e Esportes Unificados. Em Manaus, será conduzido o plano urbanístico de revita-
lização da Praça 15 de Novembro. Nos Municípios de Beruri, Lábrea, Tabatinga e Barreirinha, serão entregues
creches e pré-escolas. Obras de prevenção em áreas de risco serão realizadas em Nhamundá, Atalaia do Nor-
te, Manacapuru, Parintins, Tabatinga, Anamã, Anori, Benjamin Constant, Eirunepé, Guajará, Ipixuna, Manicoré,
Nova Olinda do Norte, Pauini, Santo Antônio do Içá e Manaus. Quadras esportivas serão concluídas em Maués
e São Paulo de Olivença. Em Boca do Acre, a BR‑317 terá obras de pavimentação. Obras de saneamento e de
abastecimento de água estão previstas para Maraã, Envira, Lábrea e Atalaia do Norte. Nos Municípios de Boca
do Acre, Parintins e São Gabriel da Cachoeira serão concluídas as obras das Unidades Básicas de Saúde. Obras
de urbanização de assentamentos precários estão previstas para Coari, Parintins, Anori, Humaitá e Manaus.
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  19 

Ao encerrar este breve pronunciamento, manifesto o meu reconhecimento de que o Governo Michel
Temer começa a recolocar o Brasil na rota do desenvolvimento.
Sr. Presidente, peço a V.Exa. que determine a veiculação de meu pronunciamento nos órgãos de comu-
nicação e no programa A Voz do Brasil.
Era o que tinha a dizer.
O SR. PRESIDENTE (Gilberto Nascimento) – Deputado Átila Lins, esta Presidência solicita à assessoria
e aos órgãos de comunicação da Casa que seja dada ampla divulgação ao seu pronunciamento, inclusive no
programa A Voz do Brasil, para que toda a população do nosso querido Amazonas possa ouvir o importante
discurso de V.Exa.
O SR. PRESIDENTE (Gilberto Nascimento) – Com a palavra o Deputado Mauro Pereira.
O SR. MAURO PEREIRA (Bloco/PMDB-RS. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Deputado Gilberto
Nascimento, colegas Deputados, primeiramente quero, mais uma vez, parabenizar o Presidente da PETROBRAS,
Pedro Parente, e toda a sua equipe. No prazo de 40 dias, nós já tivemos duas reduções em preço de combustí-
vel. Quero, da mesma forma, saudar o Presidente Michel Temer.
A última redução ocorreu anteontem, de 10,4% no preço do óleo diesel, e vai beneficiar caminhoneiros,
os que fazem transporte escolar, os que fazem transporte de passageiros e os nossos agricultores, que estão
em plena safra.
Entretanto, gostaria de fazer uma denúncia para a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocom-
bustíveis – ANP. O que aconteceu de ontem para hoje? Eu tenho o nome dos postos de gasolina de Tocantins
e de outros Estados – porque os caminhoneiros estão me ligando – que ontem aumentaram o preço do com-
bustível em 6 centavos. Depois, com o desconto que será dado, já autorizado, eles darão o desconto e passa-
rão por bonzinhos. Isso é fraude! É um tremendo desrespeito para com o povo brasileiro o que esses donos de
postos estão fazendo.
Eu gostaria de pedir aos proprietários de postos de gasolina que são honestos, que são gente boa, que
repassem logo esse desconto para as bombas e cuidem desses que querem aumentar o preço agora para de-
pois reduzi-lo. Até existe liberdade na fixação do preço, mas não é por aí. Não é fácil para o Governo conseguir
essa redução no preço do combustível. É tudo muito difícil.
O que está acontecendo é muito triste, é horrível. Peço à Agência Nacional do Petróleo que fiscalize essa
prática e penalize esses proprietários de postos. Faço um apelo ainda aos Ministérios Públicos dos Estados para
que façam uma operação pente-fino nesse sentido.
Muitos proprietários de postos trabalham corretamente. Na minha cidade, Caxias do Sul, enorme quanti-
dade de pessoas trabalha com seriedade. No entanto, alguns proprietários de postos de gasolina ficam agindo
de má-fé. Onde já se viu querer aumentar o preço do óleo diesel? Os caminhoneiros estão vendendo o almoço
para pagar o jantar, não estão nem conseguindo pagar a prestação dos caminhões. Isso é muito ruim.
Agora é hora de ajudar o povo brasileiro, e o proprietário de posto de gasolina tem que fazer a parte dele.
O Governo está reduzindo o preço do óleo diesel em 10,4%, conforme foi noticiado anteontem, mas isso tem
que chegar ao trabalhador, ao agricultor, ao caminhoneiro, a quem transporta passageiros na cidade.
Por isso o apelo ao Ministério Público e à Agência Nacional do Petróleo.
Isso está acontecendo em alguns postos de gasolina, mas esses alguns servem de mau exemplo, tanto
que a informação já chegou aqui. Tenho o nome dos postos, não vou citá-los, mas são do Estado do Tocantins.
Isso não pode acontecer mais. Tem que haver respeito com quem transporta cargas em nosso País, que são os
caminhoneiros, esse povo sofredor, que vara a noite toda dirigindo. Depois, no que eles poderiam ganhar al-
guma coisa, não ganham, e vai ficar para o dono do posto. Isso não pode acontecer, não é correto, não é justo.
Muito obrigado, Deputado Gilberto Nascimento.
O SR. PRESIDENTE (Gilberto Nascimento) – Do Rio Grande do Sul, vamos ao Piauí, com o Deputado Ro-
drigo Martins, que também usará o tempo de 3 minutos nas Breves Comunicações.
O SR. RODRIGO MARTINS (PSB-PI. Sem revisão do orador.) – Bom dia, Sr. Presidente, Sras. Deputadas,
Srs. Deputados. Ocupo a tribuna mais uma vez hoje para me solidarizar com a Polícia Militar e o Corpo de Bom-
beiros Militar do Estado do Piauí.
Se nós fizermos uma pesquisa de opinião pública, não só no nosso Estado, mas também em todo o Bra-
sil, uma das principais críticas, um dos principais problemas e preocupações da população será certamente a
segurança pública.
Infelizmente, nosso Estado tem sido destaque ultimamente em alguns jornais de âmbito nacional por
conta da violência lá instalada. São explosões de caixas eletrônicos, cometimento de crimes contra mulheres.
Inclusive, lamentavelmente, têm ocorrido óbitos depois de estupros contra uma série de mulheres e adoles-
centes do nosso Estado. Isso tem sido noticiado.
20  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

Eu ocupo a tribuna também para pedir ao Governo do Estado do Piauí sensibilidade; para pedir ao Go-
vernador atenção à Polícia Militar.
Quero enaltecer a postura da Associação dos Oficiais, que, anteontem, ingressou com uma ação na Jus-
tiça, buscando um direito constitucional. Eles têm direito a reajuste anual. A Polícia Militar e o Corpo de Bom-
beiros do Estado do Piauí estão há 1 ano sem reajuste. A Constituição é clara, em seu art. 37, inciso X, quanto à
revisão anual de salários, para que esses profissionais possam ter dignidade, possam ter condições de trabalhar,
de sustentar a família, de prover o próprio sustento. Eu fico extremamente preocupado com isso.
Quero enaltecer a postura da gloriosa Polícia Militar do Estado do Piauí, que não está querendo fazer
greve, paralisação, não está querendo comprar briga com nenhum político, mas sim buscar o direito que lhe
é garantido pela Constituição.
São diversos os problemas na polícia. Há denúncias de que o policial militar é obrigado a devolver a
arma depois do seu expediente, a voltar para casa sem ela; de que ele está andando sem colete, porque não
há colete para todo o efetivo da Polícia Militar do Estado do Piauí. Abro um parêntese para dizer que o efetivo
é pequeno, precisaria ser bem maior.
Nós estamos atentos. Quero pedir ao Governador Wellington Dias, do Partido dos Trabalhadores, que
tire o Estado do Piauí da inércia e tire também esse reajuste da inércia, para que possam ser contemplados
a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros, cujos profissionais, homens e mulheres, arriscam a vida em prol da
nossa sociedade.
Muito obrigado.
O Sr. Gilberto Nascimento, 2º Suplente de Secretário, deixa a cadeira da Presidência, que é ocupada pelo
Sr. Rodrigo Maia, Presidente.

V – ORDEM DO DIA

PRESENTES OS SEGUINTES SRS. DEPUTADOS:


Total de Parlamentares: 295
Partido Bloco
RORAIMA
Abel Mesquita Jr. DEM
Edio Lopes PR
Maria Helena PSB
Remídio Monai PR
Total de RORAIMA 4
AMAPÁ
André Abdon PP PpPtbPsc
Cabuçu Borges PMDB PmdbPen
Janete Capiberibe PSB
Jozi Araújo PTN PtnPtdoBPsl
Marcos Reategui PSD
Professora Marcivania PCdoB
Total de AMAPÁ 6
PARÁ
Beto Faro PT
Beto Salame PP PpPtbPsc
Francisco Chapadinha PTN PtnPtdoBPsl
Hélio Leite DEM
Joaquim Passarinho PSD
José Priante PMDB PmdbPen
Josué Bengtson PTB PpPtbPsc
Júlia Marinho PSC PpPtbPsc
Lúcio Vale PR
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  21 

Nilson Pinto PSDB


Zé Geraldo PT
Total de PARÁ 11
AMAZONAS
Átila Lins PSD
Conceição Sampaio PP PpPtbPsc
Hissa Abrahão PDT
Marcos Rotta PMDB PmdbPen
Pauderney Avelino DEM
Total de AMAZONAS 5
RONDÔNIA
Expedito Netto PSD
Lucio Mosquini PMDB PmdbPen
Luiz Cláudio PR
Marcos Rogério DEM
Total de RONDÔNIA 4
ACRE
Angelim PT
César Messias PSB
Flaviano Melo PMDB PmdbPen
Total de ACRE 3
TOCANTINS
Josi Nunes PMDB PmdbPen
Lázaro Botelho PP PpPtbPsc
Professora Dorinha Seabra Rezende DEM
Vicentinho Júnior PR
Total de TOCANTINS 4
MARANHÃO
Davi Alves Silva Júnior PR
Eliziane Gama PPS
Hildo Rocha PMDB PmdbPen
João Marcelo Souza PMDB PmdbPen
José Reinaldo PSB
Pedro Fernandes PTB PpPtbPsc
Victor Mendes PSD
Waldir Maranhão PP PpPtbPsc
Zé Carlos PT
Total de MARANHÃO 9
CEARÁ
Adail Carneiro PP PpPtbPsc
André Figueiredo PDT
Arnon Bezerra PTB PpPtbPsc
José Guimarães PT
Leônidas Cristino PDT
Luizianne Lins PT
Moroni Torgan DEM
Moses Rodrigues PMDB PmdbPen
Odorico Monteiro PROS
Ronaldo Martins PRB
22  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

Vitor Valim PMDB PmdbPen


Total de CEARÁ 11

PIAUÍ

Átila Lira PSB


Heráclito Fortes PSB
Iracema Portella PP PpPtbPsc
Júlio Cesar PSD
Marcelo Castro PMDB PmdbPen
Paes Landim PTB PpPtbPsc
Rodrigo Martins PSB
Silas Freire PR
Total de PIAUÍ 8

RIO GRANDE DO NORTE

Antônio Jácome PTN PtnPtdoBPsl


Beto Rosado PP PpPtbPsc
Felipe Maia DEM
Walter Alves PMDB PmdbPen
Zenaide Maia PR
Total de RIO GRANDE DO NORTE 5

PARAÍBA
Aguinaldo Ribeiro PP PpPtbPsc
Benjamin Maranhão Solidaried
Damião Feliciano PDT
Efraim Filho DEM
Luiz Couto PT
Pedro Cunha Lima PSDB
Rômulo Gouveia PSD
Wellington Roberto PR
Total de PARAÍBA 8

PERNAMBUCO
Adalberto Cavalcanti PTB PpPtbPsc
Augusto Coutinho Solidaried
Creuza Pereira PSB
Daniel Coelho PSDB
Fernando Monteiro PP PpPtbPsc
Gonzaga Patriota PSB
Jarbas Vasconcelos PMDB PmdbPen
Jorge Côrte Real PTB PpPtbPsc
Kaio Maniçoba PMDB PmdbPen
Luciana Santos PCdoB
Marinaldo Rosendo PSB
Pastor Eurico PHS
Ricardo Teobaldo PTN PtnPtdoBPsl
Wolney Queiroz PDT
Total de PERNAMBUCO 14

ALAGOAS
Cícero Almeida PMDB PmdbPen
Givaldo Carimbão PHS
Total de ALAGOAS 2
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  23 

SERGIPE
Adelson Barreto PR
Andre Moura PSC PpPtbPsc
Fabio Reis PMDB PmdbPen
Total de SERGIPE 3
BAHIA
Alice Portugal PCdoB
Antonio Brito PSD
Antonio Imbassahy PSDB
Bacelar PTN PtnPtdoBPsl
Cacá Leão PP PpPtbPsc
Caetano PT
Claudio Cajado DEM
Elmar Nascimento DEM
Félix Mendonça Júnior PDT
Irmão Lazaro PSC PpPtbPsc
João Carlos Bacelar PR
Jorge Solla PT
José Carlos Araújo PR
José Nunes PSD
Jutahy Junior PSDB
Lucio Vieira Lima PMDB PmdbPen
Moema Gramacho PT
Nelson Pellegrino PT
Paulo Azi DEM
Paulo Magalhães PSD
Ronaldo Carletto PP PpPtbPsc
Valmir Assunção PT
Waldenor Pereira PT
Total de BAHIA 23
MINAS GERAIS
Adelmo Carneiro Leão PT
Ademir Camilo PTN PtnPtdoBPsl
Aelton Freitas PR
Bilac Pinto PR
Carlos Melles DEM
Dâmina Pereira PSL PtnPtdoBPsl
Delegado Edson Moreira PR
Diego Andrade PSD
Dimas Fabiano PP PpPtbPsc
Domingos Sávio PSDB
Eduardo Barbosa PSDB
Eros Biondini PROS
Fábio Ramalho PMDB PmdbPen
Júlio Delgado PSB
Laudivio Carvalho Solidaried
Leonardo Monteiro PT
Lincoln Portela PRB
Luiz Fernando Faria PP PpPtbPsc
Marcelo Aro PHS
Mário Heringer PDT
Newton Cardoso Jr PMDB PmdbPen
Paulo Abi-Ackel PSDB
24  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

Renzo Braz PP PpPtbPsc


Rodrigo de Castro PSDB
Rodrigo Pacheco PMDB PmdbPen
Tenente Lúcio PSB
Toninho Pinheiro PP PpPtbPsc
Weliton Prado PMB
Zé Silva Solidaried
Total de MINAS GERAIS 29
ESPÍRITO SANTO
Carlos Manato Solidaried
Dr. Jorge Silva PHS
Evair Vieira de Melo PV
Givaldo Vieira PT
Helder Salomão PT
Lelo Coimbra PMDB PmdbPen
Marcus Vicente PP PpPtbPsc
Max Filho PSDB
Sergio Vidigal PDT
Total de ESPÍRITO SANTO 9
RIO DE JANEIRO
Altineu Côrtes PMDB PmdbPen
Aureo Solidaried
Benedita da Silva PT
Cabo Daciolo PTdoB PtnPtdoBPsl
Celso Pansera PMDB PmdbPen
Chico Alencar PSOL
Cristiane Brasil PTB PpPtbPsc
Deley PTB PpPtbPsc
Dr. João PR
Ezequiel Teixeira PTN PtnPtdoBPsl
Fabiano Horta PT
Felipe Bornier PROS
Glauber Braga PSOL
Hugo Leal PSB
Jair Bolsonaro PSC PpPtbPsc
Jandira Feghali PCdoB
Julio Lopes PP PpPtbPsc
Laura Carneiro PMDB PmdbPen
Luiz Carlos Ramos PTN PtnPtdoBPsl
Marquinho Mendes PMDB PmdbPen
Miro Teixeira REDE
Otavio Leite PSDB
Paulo Feijó PR
Pedro Paulo PMDB PmdbPen
Rodrigo Maia DEM
Soraya Santos PMDB PmdbPen
Sóstenes Cavalcante DEM
Walney Rocha PEN PmdbPen
Total de RIO DE JANEIRO 28
SÃO PAULO
Alex Manente PPS
Ana Perugini PT
Baleia Rossi PMDB PmdbPen
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  25 

Capitão Augusto PR
Carlos Zarattini PT
Dr. Sinval Malheiros PTN PtnPtdoBPsl
Duarte Nogueira PSDB
Edinho Araújo PMDB PmdbPen
Eduardo Bolsonaro PSC PpPtbPsc
Eli Corrêa Filho DEM
Fausto Pinato PP PpPtbPsc
Flavinho PSB
Goulart PSD
Herculano Passos PSD
Ivan Valente PSOL
Jefferson Campos PSD
Jorge Tadeu Mudalen DEM
José Mentor PT
Keiko Ota PSB
Lobbe Neto PSDB
Luiza Erundina PSOL
Major Olimpio Solidaried
Mara Gabrilli PSDB
Marcelo Aguiar DEM
Marcelo Squassoni PRB
Marcio Alvino PR
Miguel Lombardi PR
Milton Monti PR
Missionário José Olimpio DEM
Nelson Marquezelli PTB PpPtbPsc
Nilto Tatto PT
Paulo Freire PR
Roberto de Lucena PV
Silvio Torres PSDB
Tiririca PR
Valmir Prascidelli PT
Vanderlei Macris PSDB
Vicente Candido PT
Vinicius Carvalho PRB
Total de SÃO PAULO 39
MATO GROSSO
Ezequiel Fonseca PP PpPtbPsc
Tampinha PSD
Valtenir Pereira PMDB PmdbPen
Total de MATO GROSSO 3
DISTRITO FEDERAL
Alberto Fraga DEM
Izalci Lucas PSDB
Rogério Rosso PSD
Ronaldo Fonseca PROS
Total de DISTRITO FEDERAL 4
GOIÁS
Célio Silveira PSDB
Fábio Sousa PSDB
Lucas Vergilio Solidaried
Magda Mofatto PR
26  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

Marcos Abrão PPS


Pedro Chaves PMDB PmdbPen
Roberto Balestra PP PpPtbPsc
Rubens Otoni PT
Sandes Júnior PP PpPtbPsc
Thiago Peixoto PSD
Total de GOIÁS 10
MATO GROSSO DO SUL
Dagoberto PDT
Geraldo Resende PSDB
Mandetta DEM
Tereza Cristina PSB
Vander Loubet PT
Zeca do Pt PT
Total de MATO GROSSO DO SUL 6
PARANÁ
Assis do Couto PDT
Christiane de Souza Yared PR
Diego Garcia PHS
Dilceu Sperafico PP PpPtbPsc
Enio Verri PT
João Arruda PMDB PmdbPen
Leandre PV
Leopoldo Meyer PSB
Luciano Ducci PSB
Nelson Meurer PP PpPtbPsc
Osmar Serraglio PMDB PmdbPen
Sandro Alex PSD
Toninho Wandscheer PROS
Zeca Dirceu PT
Total de PARANÁ 14
SANTA CATARINA
Angela Albino PCdoB
Carmen Zanotto PPS
Celso Maldaner PMDB PmdbPen
Décio Lima PT
Esperidião Amin PP PpPtbPsc
Geovania de Sá PSDB
Jorge Boeira PP PpPtbPsc
Jorginho Mello PR
Marco Tebaldi PSDB
Mauro Mariani PMDB PmdbPen
Ronaldo Benedet PMDB PmdbPen
Valdir Colatto PMDB PmdbPen
Total de SANTA CATARINA 12
RIO GRANDE DO SUL
Afonso Hamm PP PpPtbPsc
Afonso Motta PDT
Cajar Nardes PR
Carlos Gomes PRB
Covatti Filho PP PpPtbPsc
Danrlei de Deus Hinterholz PSD
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  27 

Heitor Schuch PSB


Henrique Fontana PT
Jerônimo Goergen PP PpPtbPsc
João Derly REDE
Jones Martins PMDB PmdbPen
José Fogaça PMDB PmdbPen
Jose Stédile PSB
Luis Carlos Heinze PP PpPtbPsc
Marcon PT
Mauro Pereira PMDB PmdbPen
Onyx Lorenzoni DEM
Paulo Pimenta PT
Pepe Vargas PT
Pompeo de Mattos PDT
Sérgio Moraes PTB PpPtbPsc
Total de RIO GRANDE DO SUL 21
O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – A lista de presença registra o comparecimento de 295 Senhoras
Deputadas e Senhores Deputados.
O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Vamos ver se há acordo, porque nós sabemos que não deverá haver
quórum se houver alguma votação nominal.
Vamos começar pelas matérias sobre a mesa, pelos requerimentos de urgência.
O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Sobre a mesa o seguinte requerimento:
Senhor Presidente,
Requeremos a Vossa Excelência, nos termos do art. 155 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados,
regime de urgência urgentíssima para apreciação do Projeto de Lei nº 2.289, de 2015, do Senado Federal,
que “prorroga o prazo para a disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos de que trata o art.
54 da Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010”.
O SR. IVAN VALENTE – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Pois não, Deputado.
O SR. IVAN VALENTE (PSOL-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Ontem não houve nenhum acordo
para a colocação de urgências na pauta de hoje.
Eu já vou colocar que o PSOL tem concordância em votar o Projeto de Lei nº 959, de 2003, o Projeto de
Lei nº 4.476, de 1994, e o Projeto de Decreto Legislativo nº 56, de 2015. Nós temos acordo para votar esses três
projetos. As urgências nós não vamos votar. Vamos verificar o quórum.
O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Em todas? Todas. (Pausa.)
O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Bem, vamos ver se esse aqui nós podemos votar. É um pedido da
Deputada Eliziane Gama.
Senhor Presidente,
Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do art. 38 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, a
criação de Comissão Externa para avaliar a situação de consumo de drogas entre os jovens no Brasil e
propor medidas para o seu enfrentamento.
Eliziane Gama, PPS/MA; Maria do Rosário; Vice-Líder do PT; João Derly, REDE/RS; Irmão Lazaro, PSC/BA;
Ronaldo Fonseca, Líder do PROS.
O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Há algum problema em relação a este requerimento, Deputado
Ivan Valente?
O SR. IVAN VALENTE (PSOL-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Tudo bem. Esse nós podemos vo-
tar, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Em votação o requerimento.
O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Os Srs. Deputados que o aprovam permaneçam como se encon-
tram. (Pausa.)
APROVADO.
O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Passa-se à apreciação da matéria sobre a mesa e da constante da
Ordem do Dia.
28  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

Item 1.

PROJETO DE LEI Nº 959, DE 2003


(DA COMISSÃO DE LEGISLAÇÃO PARTICIPATIVA)

Discussão, em turno único, do Projeto de Lei nº 959, de 2003, que dispõe sobre a regulamen-
tação das profissões de Técnico de Estética e de Terapeuta Esteticista; tendo parecer: da Co-
missão de Trabalho, de Administração e Serviço Público, pela aprovação deste e dos de nºs
998/03, 1.824/03, 1.862/03 e 3.805/04, apensados, com substitutivo (Relator: Deputado Luiz
Antonio Fleury); e da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, pela constituciona-
lidade, juridicidade e técnica legislativa deste, dos Projetos de Lei apensados de nºs 998/03,
3.805/04, 1.824/03 e 1.862/03, com emendas, e do substitutivo da Comissão de Trabalho, de
Administração e Serviço Público, com subemenda (Relator: Deputado Odair Cunha). Pendente
de parecer da Comissão de Seguridade Social e Família. Tendo apensados os Projetos de Lei
nºs 998/03, 1.824/03, 1.862/03, 3.805/04, 7.933/14 e 2.332/15.
O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Para oferecer parecer ao projeto, ao substitutivo adotado pela Co-
missão de Trabalho, de Administração e Serviço Público e às emendas e subemenda da Comissão de Consti-
tuição e Justiça e de Cidadania, pela Comissão de Seguridade Social e Família, concedo a palavra ao Deputado
Adail Carneiro.
O SR. ADAIL CARNEIRO (Bloco/PP-CE. Para emitir parecer. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras.
e Srs. Deputados, nossos pares, gostaria de ir direto para o voto:
“Inicialmente, cabe verificar a situação atual da profissão DE esteticista, alvo dos projetos em análise. A
profissão vem catalogada pela Classificação Brasileira de Ocupações – CBO no código 3221-30, dentro da fa-
mília ocupacional de tecnólogos e técnicos em terapias complementares e estéticas.
Existem no Brasil centenas de cursos de estética reconhecidos pelo Ministério da Educação, incluindo
cursos de nível técnico, graduações tecnológicas, bacharelado e pós-graduação. Vários se encontram ativos há
anos, já contando com avaliação do MEC.
As atividades do esteticista incluem, entre outros, a aplicação de técnicas manuais, equipamentos, tec-
nologias e produtos cosméticos. Trata-se de procedimentos que implicam algum risco potencial à saúde dos
clientes, motivo pelo qual a profissão deve ser realmente regulamentada.
Analisando as proposituras, percebemos que o Projeto de Lei nº 2.332, de 2015, de autoria da nobre De-
putada Soraya Santos, é aquele cuja abrangência mais se aproxima das demandas externadas pela categoria.
No entanto, cabe ressaltar que todas as proposituras apresentam pontos relevantes e que devem ser incorpo-
rados ao texto final a ser aprovado nesta Casa.
Assim, visando a harmonizar os debates já ocorridos nesta Casa com os novos dispositivos, presentes nos
projetos mais recentes, optamos por elaborar um novo substitutivo, agora tomando por base o PL 2.332/15.
Após análise aprofundada das proposituras e extensos e profícuos debates com a categoria, optamos
por utilizar as terminologias “esteticista” e “cosmetólogo” para os profissionais de nível superior e “técnico em
estética” para aqueles de nível técnico. Tal denominação parece-nos ser a que mais adequadamente descreve
suas atribuições, de forma a deixar claro seu nível de formação e seu âmbito de atuação.
Ainda ponderamos ser imprescindível estabelecer algum meio de fiscalização para o exercício da pro-
fissão, senão a lei restaria inócua. Como se trata de atribuição do Poder Executivo, delegamos às normas infra-
legais a determinação de como se dará tal processo.”
Já, já proferirei o voto em relação aos Projetos de Lei nº 959, de 2003, nº 998, de 2003; nº 1.824, de 2003;
nº 1.862, de 2003; nº 3.805, de 2004; nº 7.933, de 2014; e nº 2.332, de 2015, da Deputada Soraya Santos.
Conversei, recentemente, com o Deputado Celso Russomanno, com o Deputado Ricardo Izar, e resolvi
emitir o meu voto a favor da regulação desse megaprojeto, para que assim os esteticistas brasileiros possam
gozar de seus direitos, respeitando seus deveres. Assim, nós vamos regular os serviços prestados por essa ca-
tegoria, dos quais todo brasileiro certamente se utiliza.
Quero parabenizar todos os que estão presentes aqui, que vieram contemplar este momento, e peço
aos Líderes partidários, aos Líderes de agremiações partidárias que façam jus a essa categoria, como eu estou
fazendo.
O meu voto é “sim”.
Muito obrigado a todos.
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  29 

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COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA
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PROJETO DE LEI Nº 959, DE 2003
(Apensos os Projetos de Lei nª 998, de 2003; nª 1.824, de 2003; nª 1.862, de 2003; nª 3.805,
de 2004; nª 7.933, de 2014; e nª 2.332, de 2015)

Dispõe sobre a regulamentação das


profissões de Técnico de Estética e de
Terapeuta Esteticista.

Autor: Comissão de Legislação Participativa


Relator: Deputado Adail Carneiro

1 RELATÓRIO
M

O presente projeto de lei originou-se da Sugestão nº 59/2002,


apresentada à Comissão de Legislação Participativa pela Associação de
Cosmetologia e Estética do Ceará, à qual foi apensada a Sugestão nº 832002, da
Associação dos Esteticistas de Niterói. Tramita com as seguintes proposituras
apensadas:

• PL 998/2003, de autoria do Deputado Fernando Gonçalves, que


"dispõe sobre a Regulamentação da profissão de Esteticista",
apensado ao PL 959/2003;

• PL 1824/2003, de autoria do Deputado Rubens Otoni, que "dispõe


sobre o exercício da profissão de Esteticista e Cosmetologista, e dá
outras providências", apensado ao PL 998/2003;

• PL 1862/2003, de autoria do Deputado Carlos Nader, que "dispõe


sobre o exercício da profissão de esteticista e cosmetologista, e dá
outras providências", apensado ao PL 1824/2003;

• PL 3805/2004, de autoria da Deputada Zulaiê Cobra, que "dispõe


sobre as profissões de Terapeuta em Estética e Técnico em
Estética", apensado ao PL 959/2003;

• PL 7933/2014, de autoria do Deputado Ricardo lzar, que "Dispõem


sobre a regulamentação da profissão de esteticista, Técnico em
Estética, terapeuta esteticista (tecnólogo em estética) e dermo-
esteticista (Bacharel em Estética) e da outras providências", também
apensado ao PL 959/2003; ~
30  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

• PL 2332/2015, de autoria da Deputada Soraya Santos, que


"regulamenta a profissão de esteticista, cosmetólogo e Técnico em
Estética", também apensado ao PL 1824/2003.

Todos os sete projetos que tramitam em conjunto propõem


regulamentar a profissão de Esteticista, por vezes utilizando denominações
múltiplas. Tratam tanto do ensino técnico quanto da graduação, dispondo sobre a
formação exigida para o exercício profissional e suas competências e atribuições.
As proposituras preveem, todavia, amplitude de atuação bastante diversa,
apresentando rol de procedimentos cuja amplitude varia extensamente, inclusive
no que respeita a procedimentos que são classificados como privativos ou não.

Inicialmente as proposituras foram distribuídas para análise das


Comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público - CTASP e
Constituição e Justiça e de Cidadania - CCJC. Em dezembro de 2004, os cinco
primeiros projetos- PL 959/2003, PL 998/2003, PL 1824/2003, PL 1862/2003 e PL
3805/2004, apensados -foram aprovados na CTASP, na forma de um Substitutivo
que compilava a maioria de seus dispositivos. No ano seguinte, foram aprovados
também na CCJC, sendo encaminhados para exame do Plenário.

Em novembro de 2015, após a apensação dos dois últimos


projetos, a Comissão de Seguridade Social e Família - CSSF solicitou revisão do
despacho inicial, para que as proposituras fossem distribuídas também para sua
análise. Assim, cumpre, neste momento, apreciar as proposituras no âmbito desta
CSSF, devendo ser o mérito avaliado naquilo que concerne às questões de saúde.

No prazo regimental, não foram apresentadas emendas ao projeto.

li - VOTO DO RELATOR

Inicialmente, cabe verificar a situação atual da profissão de


esteticista, alvo dos projetos em análise. A profissão vem catalogada pela
Classificação Brasileira de Ocupações-CBO no código 3221-30, dentro da familia
ocupacional de tecnólogos e técnicos em terapias complementares e estéticas.

Existem no Brasil centenas de cursos de estética reconhecidos


_
. .
u

pelo Ministério da Educação, incluindo cursos de nlvel técnico, graduaçõe&.


Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  31 

tecnológicas, bacharelado e pós-graduação. Vários encontram-se ativos há anos,


já contando com avaliação do MEC.

As atividades do esteticista incluem, entre outros, a aplicação de


técnicas manuais, equipamentos, tecnologias e produtos cosméticos. Trata-se de
procedimentos que implicam algum risco potencial à saúde dos clientes, motivo
pelo qual a profissão deve realmente ser regulamentada.

Analisando as proposituras, percebemos que o Projeto de Lei nº


2.332, de 2015, de autoria da nobre Deputada Soraya Santos, é aquele cuja
abrangência mais se aproxima das demandas externadas pela categoria. No
entanto, cabe ressaltar que todas as proposituras apresentam pontos relevantes e
que devem ser incorporados ao texto final a ser aprovado nesta Casa.

Assim, visando a harmonizar os debates já ocorridos nesta Casa


com os novos dispositivos, presentes nos projetos mais recentes, optamos por
elaborar um novo Substitutivo, agora tomando por base o PL 2332, de 2015.

Após análise aprofundada das proposituras e extensos e profícuos


debates com a categoria, optamos por utilizar a terminologia Esteticista e
Cosmetólogo para os profissionais de nível superior e Técnico em Estética para
aqueles de nível técnico. Tal denominação parece-nos ser a que mais
adequadamente descreve suas atribuições, de forma a deixar claro seu nível de
formação e âmbito de atuação.

Ainda, ponderamos ser imprescindlvel estabelecer algum meio de


fiscalização para o exercício da profissão, senão a lei restaria inócua. Como se trata
de atribuição do Poder Executivo, delegamos às normas infralegais a determinação
de como se dará tal processo.

Assim, o Voto é pela aprovação dos Projetos de Lei nº 959, de



~00
2003; nº 998, de 2003; nº 1.824, de 2003; nº 1.862, de 2003; nº 3.805, de 2004; nº
- ..
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7.933, de 2014 e nº 2.332, de 2015, na forma do Substitutivo anexo.
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Sala da Comissão, em de de 2016. ==:oo
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Deputado ADAIL ~ÉÍRO -,.,,,,.,... ..


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Relator - º
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32  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA


SUBSTITUTIVO AO PROJETO DE LEI Nº 2.332, DE 2015
(Apensos os Projetos de Lei nº 959, de 2003; nº 998, de 2003; nº 1.824, de 2003; nº 1.862, de
2003; nº 3.805, de 2004; nº 7.933, de 2014)

Regulamenta as profissões de Esteticista e


Cosmetólogo e de Técnico em Estética.

O Congresso Nacional decreta:

Art. 1º Esta Lei regulamenta o exercicio da profissão de Esteticista,


que compreende o Esteticista e Cosmetólogo e o Técnico em Estética.

Art. 2° O exercicio da profissão de Esteticista é livre em todo o


território nacional, observadas as disposições desta Lei.

Art. 3° Considera-se Técnico em Estética o profissional habilitado


em:

1 - curso técnico com concentração em Estética, oferecido por


instituição regular de ensino no Brasil;

li - curso técnico com concentração em Estética, oferecido por


escola estrangeira, com declaração de equivalência ou revalidação de certificado
ou diploma pelo Brasil.

Parágrafo umco: Os profissionais que possuam formação em


cursos livres e que estejam comprovadamente no exercício da profissão há pelo
menos dois anos, contados de entrada em vigor desta Lei, terão assegurado o
direito à continuidade de suas atividades.

Art. 4° Considera-se Esteticista e Cosmetólogo o profissional:

1 - graduado em curso de nível superior com concentração em


Estética e Cosmética, ou equivalente, oferecido por instituição regular de ensino no
Brasil;

=
_ ..
li - graduado em curso de nível superior com concentração em - " '
Estética e Cosmética, ou equivalente, oferecido por escola estrangeira, com ="'
:----- ..
diploma revalidado no Brasil.~
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  33 

Art. 5° Compete ao Técnico em Estética:

1 - a aplicação de procedimentos estéticos por meio de recursos


terapêuticos manipulativos, energéticos e vibracionais e não farmacêuticos;

li - a execução de procedimentos estéticos faciais, corporais e


capilares, utilizando como recursos de trabalho produtos cosméticos, técnicas e
equipamentos especificas;

Ili - a elaboração do programa de atendimento do cliente, de acordo


com o quadro apresentado, estabelecendo as técnicas a empregar e quantas
aplicações serão necessárias;

IV - a solicitação, quando julgar necessário, de parecer de outro


profissional que complemente a avaliação estética.

Art. 6° Compete ao Esteticista e Cosmetólogo, além das atividades


descritas no art. 5°:

1 - a responsabilidade técnica pelos centros de estética que


executam e aplicam recursos estéticos;

li - a direção, a coordenação, a supervisão e o ensino de disciplinas


relativas a cursos que compreendam estudos com concentração em Estética ou
Cosmetologia, desde que observadas as leis e normas regulamentadoras da
atividade docente;

Ili - o treinamento institucional nas atividades de ensino e de


pesquisa nas áreas de estudos com concentração em Estética ou Cosmetologia;

IV - a auditoria, a consultoria e a assessoria sobre cosméticos e


equipamentos especificas de estética;

V - a elaboração de informes, de pareceres técnico-cientificos, de


estudos, de trabalhos e de pesquisas mercadológicas ou experimentais relativos à
Estética e à Cosmetologia, na sua área de atuação.

--
Art. 7° O Esteticista, no exercício das suas atividades e atribuições, - º
-
deve zelar: =u

1- pela conduta ética;~


34  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

li - pela transparência em sua relação com o cliente, prestando-lhe


contas e atendendo-o quanto às suas necessidades;

Ili - pela segurança dos clientes e demais envolvidos no


procedimento aplicado, evitando exposição a riscos e potenciais danos.

Art. 8° O Esteticista deve cumprir e fazer cumprir as normas


relativas à biossegurança e à legislação sanitária.

Art. 9° A relação estabelecida entre o cliente e o Esteticista gera


uma obrigação de meio para o profissional, devendo utilizar os recursos mais
adequados para atingir o objetivo em cada caso.

Art. 1O Regulamento disporá sobre a fiscalização do exercício da


profissão de Esteticista.

Art. 11 Este Projeto de Lei não se aplica aos profissionais de


embelezamento e higiene, conforme o CBO 5161 .

Art. 12 Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Sala da Comissão, em de de 2016.

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Deputado ADAIL êJ'RNEIRO
Relator


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Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  35 

O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Bem, de comum acordo, todos...


O SR. EDMILSON RODRIGUES – Sr. Presidente, eu queria orientar pelo PSOL.
O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Eu vou passar para a orientação daqui a 2 minutos.
De comum acordo, declaro encerrada a discussão.
O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Passa-se à votação. (Pausa.)
Encerrado o encaminhamento.
A SRA. SORAYA SANTOS – Sr. Presidente, poderia fazer apenas um registro?
O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Calma, Deputada.
O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Em votação a subemenda substitutiva oferecida pelo Relator da
Comissão de Seguridade Social e Família, ressalvados os destaques.
O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Passa-se à orientação de bancadas.
Como vota o PMDB?
A SRA. SORAYA SANTOS (Bloco/PMDB-RJ. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, o PMDB
vota “sim”. Nós estamos fazendo justiça a essa carreira. São 70 anos de profissão, 500 mil profissionais neste
Brasil, 12 anos de faculdade. Neste dia se faz justiça a esses profissionais.
O PMDB, em totalidade, vota “sim”. (Manifestação nas galerias.)
O SR. MARCUS VICENTE (Bloco/PP-ES. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o Bloco PP
vota “sim” também. (Manifestação nas galerias.)
O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – PP, “sim”.
Como vota o PSOL?
O SR. EDMILSON RODRIGUES (PSOL-PA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PSOL vota
“sim”, parabeniza a luta organizada das esteticistas em todo o Brasil e parabeniza os Deputados pela decisão. Esse
é um primeiro passo, inclusive para que o Senado consolide a regulamentação dessa profissão tão importante. Ela
começou com autodidatas e hoje tem graduação em vários Estados do País, pós-graduação inclusive no nível de
mestrado e, em breve, doutorado, o que só consolida a necessidade de regulamentação da profissão dessas 500
mil trabalhadoras. A predominância é de mulheres, mas há muitos homens trabalhando também como esteticistas.
Parabéns a todos nós e parabéns às esteticistas e aos esteticistas brasileiros.
O SR. MARCUS VICENTE (Bloco/PP-ES. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, como há
acordo, sugiro que se registre o voto “sim” para todos os partidos. (Manifestação nas galerias.)
O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Vai ser colocado, mas os Deputados querem orientar.
O SR. ROBERTO DE LUCENA – Sr. Presidente, o PV quer orientar.
O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Como vota o PSDB?
A SRA. GEOVANIA DE SÁ (PSDB-SC. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, eu gostaria
de, em nome do PSDB, parabenizar a todos os esteticistas, não só do meu Estado de Santa Catarina, mas tam-
bém de todo o País pela luta e, agora, por terem concretizada, através do projeto de lei da minha amiga Soraya
Santos, a regulamentação da profissão no nosso País.
Parabéns a todos! (Manifestação nas galerias.)
O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Como vota o PSB?
O SR. JOSE STÉDILE (PSB-RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PSB, por unanimi-
dade, é a favor do projeto.
O povo esteticista do Rio Grande do Sul me pediu, e nós estamos acompanhando a matéria.
Parabéns a todos os que se envolveram nesta conquista, que é a recuperação da dignidade desses trabalhadores.
O PSB vota “sim”. (Manifestação nas galerias.)
O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Como vota o PSC?
O SR. GILBERTO NASCIMENTO (Bloco/PSC-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, ini-
cialmente, quero parabenizar a Deputada Soraya Santos por essa grande luta, pela preocupação com a regu-
lamentação de uma profissão que tem 70 anos de expectativa dessa regularização, de uma profissão que, na
realidade, torna o brasileiro mais bonito, torna as mulheres mais felizes, torna mais felizes aqueles que sentam
numa cadeira para passar pelas mãos de um esteticista e que, até hoje, infelizmente, não era regulamentada.
Portanto, Deputada Soraya Santos, os meus parabéns. O povo do Rio de Janeiro, e não só ele, mas tam-
bém o povo do Brasil inteiro deve estar muito orgulhoso de V.Exa., pela preocupação com essa classe que só
quer embelezar o povo brasileiro, principalmente as mulheres.
Parabéns, Soraya! Que Deus a ilumine!
E parabéns às esteticistas! (Manifestação nas galerias.)
O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Como vota o DEM?
O SR. EFRAIM FILHO (DEM-PB. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o Democratas, por
unanimidade, é a favor deste projeto. Regulamentar a profissão das esteticistas e dos esteticistas é importan-
36  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

tíssimo, é prestigiar a formação, é prestigiar a qualificação, é prestigiar profissionais que se dedicaram, que es-
tudaram para prestar um melhor serviço ao cidadão, ao consumidor.
A indústria da beleza, o tratamento de saúde hoje é uma das atividades econômicas que mais crescem
no Brasil. Ao regulamentar essa profissão, nós também estamos garantindo o melhor atendimento e a melhor
qualidade do serviço prestado aos cidadãos brasileiros, especialmente às mulheres e aos homens que cuidam
do seu corpo, que cuidam da sua beleza e que cuidam da sua saúde.
Parabéns, em nome das esteticistas e dos esteticistas da Paraíba, a todos aqueles que estão aqui em Bra-
sília, acompanhando esta votação.
O Democratas vota “sim”, Presidente. (Manifestação nas galerias.)
O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Como vota o PR? (Pausa.)
O SR. JOSE STÉDILE (PSB-RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Nós já votamos “sim”, Presidente. O
PSB vota “sim”.
O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – PSB, “sim”.
Como vota o PR?
O SR. DAVI ALVES SILVA JÚNIOR (PR-MA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PR vota
“sim”. (Manifestação nas galerias.)
O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Como vota a Rede?
O SR. ALESSANDRO MOLON (Rede-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, nós da Rede
fomos procurados por muitas profissionais, por muitos profissionais dessa categoria, que se organizaram, que
lutaram para ter a sua profissão regulamentada. Eu quero cumprimentar a todos por essa luta. Esse é um exem-
plo de mobilização, que deixa também para outras categorias profissionais e para outros segmentos da socie-
dade a lição da luta organizada, mobilizada, de quem discute e de quem se organiza na busca dos seus direitos.
Nós também vamos apoiar esta regulamentação porque entendemos que ela também será benéfica
para quem vier a ser atendido por essas profissionais e por esses profissionais.
A Rede Sustentabilidade vota “sim” ao PL 959. (Manifestação nas galerias.)
O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Como vota o PT, Deputado Chico d’Angelo.
O SR. CHICO D’ANGELO (PT-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, eu queria parabe-
nizar a minha conterrânea, a Deputada Soraya Santos, pela luta. É um importante projeto que regulamenta
uma profissão muito importante em todos os Municípios do Brasil. É uma luta antiga. Quero parabenizar a De-
putada Soraya Santos por esta iniciativa.
O PT vota “sim”. (Manifestação nas galerias.)
O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Como vota o PSD?
O SR. JOAQUIM PASSARINHO (PSD-PA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, nós do
PSD queremos parabenizar os Deputados que trabalharam muito nisto: o Deputado Ricardo Izar e a Deputa-
da Soraya Santos. Realmente, a Deputada trabalhou muito, participou muito disso. Não podemos deixar de
reconhecer esta categoria.
Quando o Congresso Nacional trabalha unido, quando o Congresso Nacional trabalha pensando na po-
pulação, nós vamos para a frente, e a população apoia esta Casa.
Parabéns, Deputado Ricardo Izar, Deputada Soraya Santos e todos os que ganham com isto, ou seja, o Brasil.
Nós votamos “sim”. (Manifestação nas galerias.)
O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Como vota o PV?
O SR. ROBERTO DE LUCENA (PV-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, eu quero cum-
primentar a Deputada Soraya Santos e o Deputado Ricardo Izar, do Rio de Janeiro e do meu Estado de São Pau-
lo, respectivamente, grandes articuladores, autores dessas propostas que aqui chegaram e foram devidamente
apreciadas pelo Relator, o Deputado Adail Carneiro, que teve a sensibilidade, num trabalho competente, de
ouvir as demandas e de discutir com o segmento.
Em nome dos esteticistas do meu Estado de São Paulo e do Sr. Márcio, do Pró-Beleza, o PV vota “sim” à
regulamentação desta profissão de esteticista. (Manifestação nas galerias.)
O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Como vota o PDT?
O SR. POMPEO DE MATTOS (PDT-RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srs. Parla-
mentares, primeiro, o PDT quer parabenizar a Deputada Soraya Santos. Vamos juntar a força do Rio Grande do
Sul com a força do Rio de Janeiro.
Não tenho dúvida de que este é um projeto meritório. Os esteticistas são profissionais da beleza que
merecem, precisam, necessitam, têm direito à sua formalização, à sua profissionalização, à sua valorização.
Nós temos bem essa compreensão. Já aprovamos aqui a criação do salão-parceiro, ou seja, aqueles agentes,
aqueles trabalhadores da área da beleza já estavam contemplados. Agora precisamos avançar, com pessoas
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  37 

qualificadas, formadas, credenciadas – algumas com doutorado. Portanto, precisam do reconhecimento e, mais
do que isso, de respeito para exercer a sua profissão com dignidade, com seriedade e com responsabilidade.
O PDT apoia esses trabalhadores, que são muitos no Brasil. O nosso voto é “sim”. (Manifestação nas galerias.)
O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Como vota o PROS? (Pausa.)
Como vota o Solidariedade?
O SR. AUGUSTO CARVALHO (SD-DF. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, cumprimentando
os trabalhadores que se organizaram nesta luta já prolongada, aplaudindo especialmente os esteticistas aqui do
Distrito Federal e parabenizando a Deputada Soraya Santos, o Deputado Ricardo Izar e o Relator Adail Carneiro,
que fez um belo trabalho, em nome do Solidariedade, nós votamos favoravelmente. (Manifestação nas galerias.)
O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Como vota o Bloco do PTN, Deputado Ademir Camilo?
O SR. ADEMIR CAMILO (Bloco/PTN-MG. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente Rodrigo
Maia, colegas e todos aqueles que nos assistem, quando se votou a profissão dos esteticistas, nós já colocá-
vamos que a profissão tem desdobramentos – os técnicos e os terapeutas –, e não conseguíamos avançar à
época, Deputado Orlando Silva. Mas agora, com esta urgência, daqui a alguns dias vamos ter a oportunidade
de sacramentar e reconhecer todos aqueles que participam de uma cadeia.
O Bloco vota “sim”. (Manifestação nas galerias.)
O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Como vota o PCdoB?
O SR. ORLANDO SILVA (PCdoB-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PCdoB cum-
primenta a autora, a Deputada Soraya Santos, e o Deputado Adail Carneiro, o Relator do projeto, e vota “sim”.
O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Como vota o Governo?
O SR. ANDRE MOURA (Bloco/PSC-SE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, inicialmente,
gostaria de parabenizar os autores do projeto, a Deputada Soraya Santos e o Deputado Ricardo Izar, que lu-
taram, que trabalharam para que nós pudéssemos estar aqui, de forma unânime, aprovando este projeto tão
importante para todas as esteticistas do Brasil.
Parabenizo também pela luta a Deputada Jéssica Sales, do Acre, que, ao lado da Deputada Soraya Santos e do
Deputado Ricardo Izar, trabalhou muito para que este projeto pudesse avançar. Eu não tenho dúvidas de que ele vai
trazer grandes benefícios para todos os que trabalham, geram empregos e, acima de tudo, fazem grande este País.
Parabenizo também o Deputado Adail Carneiro, o Relator deste projeto, que fez um brilhante trabalho,
sempre dialogando, sempre conversando, sempre buscando o consenso.
Ao lado da Deputada Soraya Santos, do Deputado Ricardo Izar, da Deputada Jéssica Sales, do Acre, e
do Deputado Celso Russomanno, nós conseguimos chegar a este entendimento e votar de forma unânime.
Parabenizo a todos, em nome do Governo, na certeza de que a Câmara Federal cumpre o seu papel.
(Manifestação nas galerias.)
A SRA. JÔ MORAES – Pela Minoria, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Só um minutinho.
Como vota o PRB?
O SR. ALAN RICK (PRB-AC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PRB vota “sim”, Sr. Presidente, pela
grandeza da matéria, pela regulamentação de profissões tão bonitas e que necessitavam desta segurança ju-
rídica no nosso País.
Portanto, o PRB vota “sim” e também parabeniza as nossas Deputadas pela grande iniciativa. “Sim”! (Ma-
nifestação nas galerias.)
A SRA. JÔ MORAES – Pela Minoria, Sr. Presidente.
O SR. EVAIR VIEIRA DE MELO – Sr. Presidente, o PV quer orientar.
A SRA. JÔ MORAES – Pela Minoria, para orientar, Sr. Presidente.
O SR. EVAIR VIEIRA DE MELO – Sr. Presidente, o PV quer orientar.
O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Como vota a Minoria?
A SRA. JÔ MORAES (PCdoB-MG. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, eu quero cum-
primentar pela luta esses profissionais que, há quase 10 anos, tentam o reconhecimento da sua profissão. São
profissionais que têm uma qualificação, uma formação e que eram invisíveis na conquista de direitos.
Cumprimento a autora, a Deputada Soraya Santos, pela sua capacidade de chegar a este nível de con-
senso entre terapeutas e esteticistas.
Parabéns a esta Casa por esta conquista dos trabalhadores, que registra uma conquista da cidadania!
A Minoria vota “sim”, Sr. Presidente. (Manifestação nas galerias.)
O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Como vota o Deputado Carlos Marun? (Pausa.)
O SR. SÁGUAS MORAES (PT-MT. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PT vota “sim”
também, e não está registrado no painel.
O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – O PT vota “sim”.
38  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

Deputado Carlos Marun, como vota? (Pausa.) Sem o voto do Deputado Carlos Marun não podemos vo-
tar esta matéria.
O SR. CARLOS MARUN (Bloco/PMDB-MS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Como PMDB e como
Governo, parabenizando a todos os que se empenharam de forma decisiva, em especial a minha querida cole-
ga Deputada Soraya Santos, todos nós vamos votar “sim” a este importante projeto. (Manifestação nas galerias.)
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Em votação o substitutivo oferecido pelo Relator da Comissão de
Seguridade Social e Família, o Deputado Adail Carneiro.
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  39 

Art. 5° Compete ao Técnico em Estética:

a aplicação de procedimentos estéticos por meio de recursos


1-
terapêuticos manipulativos, energéticos e vibracionais e não farmacêuticos;

li - a execução de procedimentos estéticos faciais, corporais e


capilares, utilizando como recursos de trabalho produtos cosméticos, técnicas e
equipamentos específicos;

Ili - a elaboração do programa de atendimento do cliente, de acordo


com o quadro apresentado, estabelecendo as técnicas a empregar e quantas
aplicações serão necessárias;

IV - a solicitação, quando julgar necessário, de parecer de outro


profissional que complemente a avaliação estética.

A1i. 6° Compete ao Esteticista e Cosmetólogo, além das atividades


descritas no art. 5°:

a responsabilidade técnica pelos centros de estética que


1 -

executam e aplicam recursos estéticos;

li - a direção, a coordenação, a supervisão e o ensino de disciplinas


relativas a cursos que compreendam estudos com concentração em Estética ou
Cosmetologia, desde que observadas as leis e normas regulamentadoras da
atividade docnnte;

11 l
- o treinamento institucional nas atividades de ensino e de
pesquisa nas áreas de estudos com concentração em Estética ou Cosmetologia;

IV - a auditoria, a consultoria e a assessoria sobre cosméticos e


equipamentos específicos de estética;

V - a elaboração de informes, de pareceres técnico-científicos, de


estudos, de trabalhos e de pesquisas mercadológicas ou experimentais relativos à
Estética e à Cosn1etologia, na sua área de atuação.

Art. 7° O Esteticista, no exercício das suas atividades e atribuições,


deve zelar:

1- pela conduta ética; (U


fV /
./
40  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

li - pela transparência em sua relação com o cliente, prestando-lhe


contas e atendendo-o quanto às suas necessidades;

Ili - pela segurança dos clientes e demais envolvidos no


procedimento aplicado, evitando exposição a riscos e potenciais danos.

Art. 8° O Esteticista deve cumprir e fazer cumprir as normas


relativas à biossegurança e à legislação sanitária.

Art . 9° A relação estabelecida entre o cliente e o Esteticista gera


uma obrigação de meio para o profissional, devendo utilizar os recursos mais
adequados para atingir o objetivo em cada caso.

Aii. 1O Regulamento disporá sobre a fiscalização do exercício da


profissão de Esteticista.

Art. 11 Este Projeto de Lei não se aplica aos profissionais de


embelezamento e higiene, conforme o CBO 5161.

A~i. 12 Esta lei entra em vigor na data de sua publicação .

Sala da Comissão, em de de 2 01 6 .
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  41 

O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Aqueles que forem pela aprovação permaneçam como se acham.
(Pausa.)
APROVADO.
O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Estão prejudicados a proposição inicial, o substitutivo adotado pela
Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público, as apensadas, as emendas e a subemenda.
O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Há sobre a mesa e vou submeter a votos a seguinte
REDAÇÃO FINAL:
PROJETO DE LEI Nº 2.332-A DE 2015

Regulamenta as profissões de Esteticista, que compreende o Esteticista e Cosmetólogo, e de


Técnico em Estética.
O CONGRESSO NACIONAL decreta:
Art. 1º Esta Lei regulamenta o exercício das profissões de Esteticista, que compreende o Esteticista e Cos-
metólogo, e de Técnico em Estética.
Art. 2º O exercício da profissão de Esteticista é livre em todo o território nacional, observadas as dispo-
sições desta Lei.
Art. 3º Considera-se Técnico em Estética o profissional habilitado em:
I – curso técnico com concentração em Estética, oferecido por instituição regular de ensino no Brasil;
II – curso técnico com concentração em Estética, oferecido por escola estrangeira, com declaração de
equivalência ou revalidação de certificado ou diploma pelo Brasil.
Parágrafo único. Os profissionais que possuam formação em cursos livres e que estejam comprovada-
mente no exercício da profissão há pelo menos dois anos, contados da data de entrada em vigor desta Lei,
terão assegurado o direito à continuidade de suas atividades.
Art. 4° Considera-se Esteticista e Cosmetólogo o profissional:
I – graduado em curso de nível superior com concentração em Estética e Cosmética, ou equivalente,
oferecido por instituição regular de ensino no Brasil;
II – graduado em curso de nível superior com concentração em Estética e Cosmética, ou equivalente,
oferecido por escola estrangeira, com diploma revalidado no Brasil.
Art. 5º Compete ao Técnico em Estética:
I – a aplicação de procedimentos estéticos por meio de recursos terapêuticos manipulativos, energéticos
e vibracionais e não farmacêuticos;
II – a execução de procedimentos estéticos faciais, corporais e capilares, utilizando como recursos de
trabalho produtos cosméticos, técnicas e equipamentos específicos;
III – a elaboração do programa de atendimento ao cliente, de acordo com o quadro apresentado, esta-
belecendo as técnicas a serem empregadas e a quantidade de aplicações necessárias;
IV – a solicitação, quando julgar necessário, de parecer de outro profissional que complemente a ava-
liação estética.
Art. 6° Compete ao Esteticista e Cosmetólogo, além das atividades descritas no art. 5º:
I – a responsabilidade técnica pelos centros de estética que executam e aplicam recursos estéticos;
II – a direção, a coordenação, a supervisão e o ensino de disciplinas relativas a cursos que compreendam
estudos com concentração em Estética ou Cosmetologia, desde que observadas as leis e normas regulamen-
tadoras da atividade docente;
III – o treinamento institucional nas atividades de ensino e de pesquisa nas áreas de estudos com con-
centração em Estética ou Cosmetologia;
IV – a auditoria, a consultoria e a assessoria sobre cosméticos e equipamentos específicos de estética;
V – a elaboração de informes, de pareceres técnico-científicos, de estudos, de trabalhos e de pesquisas
mercadológicas ou experimentais relativos à Estética e à Cosmetologia, na sua área de atuação.
Art. 7º O Esteticista, no exercício das suas atividades e atribuições, deve zelar:
I – pela conduta ética;
II – pela transparência em sua relação com o cliente, prestando-lhe contas e atendendo-o quanto às
suas necessidades;
III – pela segurança dos clientes e demais envolvidos no procedimento aplicado, evitando exposição a
riscos e potenciais danos.
Art. 8° O Esteticista deve cumprir e fazer cumprir as normas relativas à biossegurança e à legislação sanitária.
42  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

Art. 9º A relação estabelecida entre o cliente e o Esteticista gera uma obrigação de meio para o profis-
sional, devendo utilizar os recursos mais adequados para atingir o objetivo em cada caso.
Art. 10. Regulamento disporá sobre a fiscalização do exercício da profissão de Esteticista.
Art. 11. Esta Lei não se aplica aos profissionais de embelezamento e higiene previstos na Classificação
Brasileira de Ocupações – CBO 5161.
Art. 12. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Sala das Sessões, em 10 de novembro de 2016. – Relator PATRUS ANANIAS, Deputado
O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Aqueles que forem pela aprovação permaneçam como se acham.
(Pausa.)
APROVADA.
A matéria vai ao Senado Federal.
O SR. EDMILSON RODRIGUES – Parabéns, Deputada Soraya Santos!
O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Com a palavra o Deputado Marcus Vicente.
O SR. MARCUS VICENTE (Bloco/PP-ES. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, gostaria de
pedir, se for possível, já que houve o acordo com o Deputado Ivan Valente e com as Lideranças da Oposição,
que fosse feita a inversão e votássemos agora o requerimento relativo ao Projeto de Lei nº 4.238, que é o item
VIII da pauta.
O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Deputado Ivan Valente, há algum problema?
O SR. IVAN VALENTE (PSOL-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, é a respeito da ur-
gência, é questão de segurança pública, dos vigilantes. Está liberado.
O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Então, vamos inverter.
O SR. MAURO PEREIRA – Sr. Presidente, V.Exa. me concede 1 minuto?
O SR. MARCUS VICENTE – O.k., Presidente?
O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Só um minutinho.
O SR. MARCUS VICENTE – É o acordo, Presidente.
O SR. ORLANDO SILVA (PCdoB-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Presidente Rodrigo Maia, só
para confirmar: os itens 4, 5 e 7 da pauta, relativos a acordos internacionais da área de cinema, seguirão para
votação agora?
O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Sim.
O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Item VIII:
Requerimento nº 5.364/16, dos Srs. Líderes, que requer, nos termos do art. 155 do Regimento Interno da
Câmara dos Deputados, urgência para apreciação do Substitutivo ao Projeto de Lei nº 4.238, de 2012,
do Senado Federal, que altera o art. 19 da Lei nº 7.102, de 20 de junho de 1983, para dispor sobre o piso
nacional de salário dos empregados em empresas particulares que explorem serviços de vigilância e
transporte de valores.

REQUERIMENTO A QUE SE REFERE O SR. PRESIDENTE:


Senhor (a) Presidente,
Requeiro a Vossa Excelência, nos termos dos arts. 155 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados,
urgência para apreciação imediata do PL 4238/2012, que “Altera o art. 19 da Lei n” 7.102, de 20 de junho
de 1983, para dispor sobre o piso nacional de salário dos empregados em empresas particulares que ex-
plorem serviços de vigilância e transporte de valores”.
Sala das Sessões, em 19 de outubro de 2016.
Aguinaldo Ribeiro, Líder do Bloco Parlamentar PP, PTB, PSC; Antonio Imbassahy, Líder do PSDB; Aelton Frei-
tas, Líder do PR; Benjamin Maranhão, Vice-Líder do SD; Andre Moura, Líder do Governo na Câmara; Baleia
Rossi, Líder do Bloco Parlamentar PMDB, PEN; Rogério Rosso, Líder do PSD; Márcio Marinho, Líder do PRB.
O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Em votação.
O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Aqueles que forem pela aprovação permaneçam como se acham.
(Pausa.)
APROVADO.
O SR. MARCUS VICENTE (Bloco/PP-ES. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Obrigado, Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Item 2.
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  43 

PROJETO DE LEI Nº 4.476, DE 1994


(DO SR. KOYU IHA)

Discussão, em turno único, da emenda do Senado Federal ao Projeto de Lei nº 4.476, de 1994,
que autoriza o Poder Executivo Federal a reverter em favor da Sociedade Japonesa de Santos,
no Estado de São Paulo, o imóvel que menciona. Tendo parecer da Comissão de Trabalho, de
Administração e Serviço Público, pela aprovação (Relator: Deputado Arnaldo Faria De Sá); e
da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, pela constitucionalidade, juridicidade
e técnica legislativa (Relator: Deputado Silvinho Peccioli).
O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Encerrada a discussão.
O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Passa-se à votação.
O SR. JOÃO PAULO PAPA – Peço a palavra para orientar, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Pode orientar.
O SR. JOÃO PAULO PAPA (PSDB-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. Deputa-
das, Srs. Deputados, a Câmara dos Deputados faz, no dia de hoje, um ato de reparação histórica. Há 70 anos,
em 1946, um decreto do Presidente Gaspar Dutra dissolveu as sociedades civis de imigrantes alinhadas ao Eixo
Alemanha, Japão e Itália e incorporou todo o patrimônio dessas entidades à Secretaria do Patrimônio da União.
Em Santos, essa medida atingiu em cheio a Escola Japonesa, que, por décadas, atendeu jovens imigrantes
e brasileiros, difundiu a cultura japonesa, construiu um ambiente de harmonia entre os primeiros imigrantes
e o povo brasileiro.
A partir de 1994, através de um projeto de lei do ex-Deputado Koyu Iha, iniciou-se aqui no Parlamento
a luta pela devolução da Escola Japonesa. O projeto, diga-se, já cumpriu todas as etapas na Câmara e também
no Senado.
Ajudas significativas para que chegássemos ao dia de hoje vieram do próprio autor do projeto, o Depu-
tado Koyu Iha, do ex-Deputado Vicente Cascione, da ex-Deputada Telma de Souza, do Deputado Federal Beto
Mansur, que recentemente atendeu o Embaixador do Japão, pela Mesa Diretora da Câmara, e dos Deputados
descendentes Keiko Ota, Luiz Nishimori e Takayama.
Com a autorização do Poder Legislativo, finalmente o Governo brasileiro poderá fazer essa justa repa-
ração ao povo japonês e a seus descendentes, que tanto ajudaram na construção do Brasil, especialmente es-
treitando ainda mais os laços de amizade entre os dois países.
Finalizo, Sr. Presidente, Srs. Deputados, cumprimentando os dirigentes da Associação Japonesa de San-
tos, na pessoa do Vereador Sadao Nakai, do Presidente Jorge Ajifu, da Associação Japonesa, e também o Em-
baixador do Japão, que esteve aqui na Câmara recentemente,...
(Desligamento automático do microfone.)
O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Peço que encerre, Deputado.
O SR. JOÃO PAULO PAPA – ... o Sr. Kunio Umeda, que veio aqui trazer a palavra do Governo japonês em
relação a esse projeto.
Finalizo cumprimentando toda a comunidade nipo-brasileira e pedindo o apoio das Deputadas e dos
Deputados aqui presentes.
Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Deputado Ivan Valente, V.Exa. quer orientar ou não precisa?
O SR. IVAN VALENTE (PSOL-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – “Sim”, Presidente.
O SR. POMPEO DE MATTOS (PDT-RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, só para deixar
claro, pelo PDT, que esse é o famoso “projeto do terreno dos japoneses”. E nós estamos tirando esse esqueleto
do armário. (Riso.) Demorou 70 anos. É uma coisa impressionante. E me parece que ainda tem resquício da Se-
gunda Guerra Mundial. Menos mal, porque Deus é bom. Antes tarde do que nunca.
Então, estamos repondo, devolvendo aos japoneses, que tantos serviços prestaram ao Brasil, à nossa
brasilidade, em tempos de homofobia, em tempos de perseguição aos que buscam refúgio em outros países
e àqueles que fogem das guerras, em tempos em que há uma espécie de restrição aos povos que estão sendo
vilipendiados, atacados, especialmente no Oriente Médio, nós damos uma demonstração de brasilidade e de
civilidade.
Meu respeito aos japoneses.
O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Em votação a emenda do Senado Federal ao Projeto de Lei nº 4.476,
de 1994, ressalvados os destaques.
44  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

PROJETO DE LEI Nº 4.476-D DE 1994

EMENDA DO SENADO FEDERAL AO PROJETO DE LEI N° 4.476-C, DE 1994, que autoriza o po-
der executivo federal a reverter em favor da sociedade japonesa de santos, no estado de São
Paulo, o imóvel que menciona.
(ÀS COMISSOES DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PÚBLICO; E DE CONSTITUIÇÃO E
JUSNÇA E DE REDAÇÃO (ART. 54)
O CONGRESSO NACIONAL decreta:
Art. 1º Fica o Poder Executivo Federal autorizado a reverter em favor da Sociedade Japonesa de Santos, em
Santos – SP, o imóvel situado na Rua Paraná, nº 129, no Município de Santos, no Estado de São Paulo.
Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 3º Revogam-se as disposições em contrário.
O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Aqueles que forem pela aprovação permaneçam como se acham.
(Pausa.)
APROVADO.
O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Há sobre a mesa e vou submeter a votos a seguinte
REDAÇÃO FINAL:
PROJETO DE LEI Nº 4.476-F DE 1994

Autoriza o Poder Executivo a doar, sem encargos, à Sociedade Japonesa de Santos, no Estado
de São Paulo, o imóvel que menciona.
O CONGRESSO NACIONAL decreta:
Art. 1º Fica o Poder Executivo autorizado a doar, sem encargos, à Sociedade Japonesa de Santos, sedia-
da no Município de Santos, no Estado de São Paulo, o imóvel situado na Rua Paraná, nº 129, no Município de
Santos, no Estado de São Paulo.
Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Sala das Sessões, em 10 de novembro de 2016. – Deputado JOSÉ CARLOS ALELUIA, Relator
O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Aqueles que forem pela aprovação permaneçam como se acham.
(Pausa.)
APROVADO.
A matéria vai à sanção. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Item 3.
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 56-B, DE 2015
(DA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DE DEFESA NACIONAL)

Discussão, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 56-B, de 2015, que aprova o
texto do Protocolo de Emenda ao Convênio de Integração Cinematográfica Ibero-Americana,
celebrado em Córdoba, Espanha, em 28 de novembro de 2007; tendo parecer: da Comissão de
Cultura, pela aprovação (Relator: Deputado Marcelo Matos); e da Comissão de Constituição
e Justiça e de Cidadania, pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa (Relator:
Deputado Rubens Pereira Júnior).
O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Está encerrada a discussão.
O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Passa-se à votação.
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º Fica aprovado o texto do Protocolo de Emenda ao Convênio de Integração Cinematográfica Ibero-
-Americana, celebrado em Córdoba, Espanha, em 28 de novembro de 2007.
Parágrafo único. Ficam sujeitos à aprovação do Congresso Nacional quaisquer atos que possam resultar
em revisão do referido Protocolo, bem como quaisquer ajustes complementares que, nos termos do inciso I
do art. 49 da Constituição Federal, acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional.
Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação.
O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Aqueles que forem pela aprovação permaneçam como se encontram. (Pausa.)
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  45 

APROVADO.
O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Há sobre a mesa e vou submeter a votos a seguinte

REDAÇÃO FINAL

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 56-C DE 2015

Aprova o texto do Protocolo de Emenda ao Convênio de Integração Cinematográfica Ibero-


-Americana, celebrado em Córdoba, Espanha, em 28 de novembro de 2007.
O CONGRESSO NACIONAL decreta:
Art. 1º Fica aprovado o texto do Protocolo de Emenda ao Convênio de Integração Cinematográfica Ibero-
-Americana, celebrado em Córdoba, Espanha, em 28 de novembro de 2007.
Parágrafo único. Nos termos do inciso I do art. 49 da Constituição Federal, ficam sujeitos à aprovação do
Congresso Nacional quaisquer atos que possam resultar em revisão do referido Protocolo, bem como quais-
quer ajustes complementares que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional.
Art. 2º Este Decreto Legislativo entra em vigor na data de sua publicação.
Sala das Sessões, em 10 de novembro de 2016. – Deputado RUBENS PEREIRA JÚNIOR, Relator
O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Aqueles que forem pela aprovação permaneçam como se acham. (Pausa.)
APROVADA.
A matéria vai ao Senado Federal.
O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Item 4.

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 103-B, DE 2015


(DA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DE DEFESA NACIONAL)

Discussão, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 103-B, de 2015, que aprova o
texto do Acordo de Coprodução Cinematográfica entre o Governo da República Federativa do
Brasil e o Governo do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte, assinado em Brasília,
em 28 de setembro de 2012; tendo parecer: da Comissão de Cultura, pela aprovação (Relator:
Deputado Félix Mendonça Júnior); e da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania,
pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa (Relator: Deputado Chico Alencar).
O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Está encerrada a discussão.
O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Em votação o Projeto de Decreto Legislativo nº 103-B, de 2015,
ressalvados os destaques.
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º Fica aprovado o texto do Acordo de Coprodução Cinematográfica entre o Governo da República
Federativa do Brasil e o Governo do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte, assinado em Bra-
sília, em 28 de setembro de 2012.
Parágrafo único. Ficam sujeitos à aprovação do Congresso Nacional quaisquer atos que possam resultar
em revisão do referido Acordo, bem como quaisquer ajustes complementares que, nos termos do inciso I do
art. 49 da Constituição Federal, acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional.
Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação.
O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Aqueles que forem pela aprovação permaneçam como se encontram. (Pausa.)
APROVADO.
O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Há sobre a mesa e vou submeter a votos a seguinte

REDAÇÃO FINAL

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 103-C DE 2015

Aprova o texto do Acordo de Coprodução Cinematográfica entre o Governo da República Fe-


derativa do Brasil e o Governo do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte, assinado
em Brasília, em 28 de setembro de 2012.
46  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

O CONGRESSO NACIONAL decreta:


Art. 1º Fica aprovado o texto do Acordo de Coprodução Cinematográfica entre o Governo da República
Federativa do Brasil e o Governo do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte, assinado em Brasília, em
28 de setembro de 2012.
Parágrafo único. Nos termos do inciso I do art. 49 da Constituição Federal, ficam sujeitos à aprovação do
Congresso Nacional quaisquer atos que possam resultar em revisão do referido Acordo, bem como quaisquer
ajustes complementares que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional.
Art. 2º Este Decreto Legislativo entra em vigor na data de sua publicação.
Sala das Sessões, em 10 de novembro de 2016. – Deputado CHICO ALENCAR, Relator
O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Aqueles que forem pela aprovação permaneçam como se acham.
(Pausa.)
APROVADA.
A matéria vai ao Senado Federal.
O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Item 5.
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 281-B, DE 2015
(DA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DE DEFESA NACIONAL)

Discussão, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 281-B, de 2015, que aprova
o texto do Acordo de Coprodução Cinematográfica entre o Governo da República Federativa
do Brasil e o Governo do Estado de Israel, assinado em Brasília, em 11 de novembro de 2009;
tendo parecer: da Comissão de Cultura, pela aprovação (Relator: Deputado Paulão); e da Co-
missão de Constituição e Justiça e de Cidadania, pela constitucionalidade, juridicidade e téc-
nica legislativa (Relator: Deputado Esperidião Amin).
O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Está encerrada a discussão.
O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Em votação o Projeto de Decreto Legislativo nº 281-B, de 2015,
ressalvados os destaques.
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º Fica aprovado o texto do Acordo de Coprodução Cinematográfica entre o Governo da República
Federativa do Brasil e o Governo do Estado de Israel, assinado em Brasília, em 11 de novembro de 2009.
Parágrafo único. Ficam sujeitos à aprovação do Congresso Nacional quaisquer atos que possam resultar
em revisão do referido Acordo, bem como quaisquer ajustes complementares que, nos termos do inciso I do
art. 49 da Constituição Federal, acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional.
Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação.
O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia.) – Aqueles que forem pela aprovação permaneçam como se acham.
(Pausa.)
APROVADO.
O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Há sobre a mesa e vou submeter a votos a seguinte
REDAÇÃO FINAL

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 281-C DE 2015

Aprova o texto do Acordo de Coprodução Cinematográfica entre o Governo da República Fe-


derativa do Brasil e o Governo do Estado de Israel, assinado em Brasília, em 11 de novembro
de 2009.
O CONGRESSO NACIONAL decreta:
Art. 1º Fica aprovado o texto do Acordo de Coprodução Cinematográfica entre o Governo da República
Federativa do Brasil e o Governo do Estado de Israel, assinado em Brasília, em 11 de novembro de 2009.
Parágrafo único. Nos termos do inciso I do art. 49 da Constituição Federal, ficam sujeitos à aprovação do
Congresso Nacional quaisquer atos que possam resultar em revisão do referido Acordo, bem como quaisquer
ajustes complementares que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional.
Art. 2º Este Decreto Legislativo entra em vigor na data de sua publicação.
Sala das Sessões, em 10 de novembro de 2016. – Deputado ESPERIDIÃO AMIN, Relator
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  47 

O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia.) – Aqueles que forem pela aprovação permaneçam como se acham.
(Pausa.)
APROVADA.
A matéria vai ao Senado Federal.
O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Nada mais havendo a tratar...
O SR. IVAN VALENTE – Sr. Presidente, peço a palavra como Líder.
O SR. ALESSANDRO MOLON – Sr. Presidente, peço a palavra para falar como Líder depois do Deputado
Ivan Valente.
O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia) – Concedo a palavra, para uma Comunicação de Liderança, ao De-
putado Ivan Valente, pelo PSOL.
O SR. IVAN VALENTE (PSOL-SP. Como Líder. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputa-
dos, ocupamos a tribuna neste momento para falar de um momento especial. Está sendo votada na Comissão
de Constituição e Justiça e de Cidadania uma mudança na Lei Geral de Telecomunicações, que transforma a
outorga de concessão em autorização para empresas privadas, inclusive rebaixando o papel da ANATEL.
É mais um momento da privatização brasileira, que foi um desastre para o Brasil no Governo Fernando
Henrique Cardoso e representou um verdadeiro crime contra o patrimônio público brasileiro e a cidadania
brasileira. Nós pagamos as mais altas tarifas do mundo de Internet e de telefonia. E, mais do que isso, Sr. Pre-
sidente, quando dos leilões das teles naquele momento, antes houve uma injeção brutal de recursos públicos
do Estado, da ordem de 21 bilhões de reais. Atualmente, estamos com uma das maiores companhias das teles,
formada por fundos de pensão, quebrada.
O Governo agora se prepara para enviar a esta Casa uma medida provisória para salvar a Oi da falência
com dinheiro público. O mercado não vai resolver o problema da Oi. A quebra da Oi é fruto, em grande parte,
da incompatibilidade entre a livre iniciativa e o serviço público universal. A prestação de um serviço público
essencial pressupõe o atendimento à população como um todo, e não apenas aos nichos mais lucrativos.
O que aconteceu foi que a antiga TELEBRAS fazia subsídio cruzado. As partes mais lucrativas correspon-
diam ao atendimento aos rincões deste País. Agora, as operadores não têm interesse nessa parte.
Por isso, hoje, nós damos razão ao grande jornalista Aloysio Biondi, que, na época da criminosa privatiza-
ção, disse: “(..) uma disputa entre duas teles vai – matematicamente – acabar levando à guerra irracional de preços,
provocando prejuízos e ‘quebra’ de empresas”.
É o que está acontecendo. Hoje, o rombo da Oi é de 65 bilhões de reais. Aloysio Biondi tinha razão, ou
seja, nós entregamos patrimônio público, o consumidor paga mais caro e ainda se fala em privatizações.
Por isso, Sr. Presidente, nós somos contra essa visão de uso de medida provisória para salvar organiza-
ções privadas em nosso País.
(Desligamento automático do microfone.)
A SRA. BENEDITA DA SILVA – Sr. Presidente...
O SR. IVAN VALENTE – Um instante, Deputada.
Sr. Presidente, nós queremos concluir o nosso pronunciamento dizendo o seguinte: essa privatização à
brasileira é, na verdade, um leilão das teles. Como consequência, uma medida provisória está sendo mandada
para cá.
Nesse contexto, fica claro que o Ministro Gilberto Kassab e o intervencionista, o usurpador Temer pre-
tendem criar uma medida provisória que pode abrir caminho para uma intervenção na companhia Oi. Isso
quer dizer que o Erário, o cidadão brasileiro vai pagar mais uma vez a conta das privatizações no nosso País!
Por isso, peço a V.Exa. que meu pronunciamento seja registrado nos Anais da Casa e divulgado nos meios
de comunicação da Casa.
Obrigado, Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Alberto Fraga) – V.Exa. será atendido.
PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, todas e todos que assistem a esta sessão ou nela trabalham, é
curioso que uma das principais soluções apresentadas pelo Governo Temer para o País seja a privatização de
tudo o que for possível. O diagnóstico neoliberal enxerga a economia de maneira bem simples: as estatais são
consideradas ineficientes e onerosas demais para justificarem a existência. Em contraponto, a iniciativa privada
teria a capacidade não apenas de solucionar os problemas de gestão, como de dinamizar toda a sociedade. É
esse discurso que elegeu João Doria Jr. como Prefeito da maior cidade do Brasil e que vem sendo martelado
pelos principais veículos da grande mídia.
48  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

Se fosse tão simples quanto propagam, não teríamos, para início de conversa, que lidar com a quebra
da Oi, que soma nada menos do que 65 bilhões de reais em dívidas. A situação é tão calamitosa que poucos
acreditam em uma solução de mercado, e o pepino tende a sobrar para o Estado, ou seja, para o contribuinte.
O Ministro Gilberto Kassab já anunciou que está preparando uma medida provisória para permitir intervenção
na Oi, ainda não sabemos bem sob que condições.
Não custa lembrar que a privatização das teles foi uma das operações mais celebradas dos anos de Fer-
nando Henrique Cardoso. É frequente a comparação entre o atraso em que as comunicações se encontravam
no início dos anos 90 e a modernização que se viu ao longo do processo. Na verdade, se resgatarmos a história
com cuidado, deve-se considerar que parte expressiva do investimento veio do Governo. Antes mesmo dos
leilões das teles, 21 bilhões de reais foram injetados no setor para deixar o prato o mais apetitoso possível para
os investidores, com cabeamento e instalação de redes e estações telefônicas. Depois do polêmico leilão, que
terminou com valor abaixo do que foi investido, os compradores ainda contaram com financiamentos gene-
rosos do BNDES. Ou seja, foi antes o dinheiro público do que o privado que garantiu a modernização das tele-
comunicações, apesar de a propaganda oficial ter dado o crédito à política de privatizações.
Outra promessa dos neoliberais era que com a desestatização teríamos uma significativa queda no preço
final para o consumidor, mas hoje o Brasil tem uma das telefonias e um dos acessos à Internet mais caros do
mundo, segundo dados da União Internacional de Telecomunicações. A solução privatista não foi feita pen-
sando no que seria melhor para o cidadão, que tem de arcar com os preços altos das tarifas para dar lucro aos
empresários. E, mesmo com tarifas que estão entre as mais altas do mundo, chegamos à quebra de uma das
principais operadoras do País. Dos 65 bilhões de reais que a Oi deve, quase 30 bilhões de reais são para o Banco
do Brasil, o BNDES e a ANATEL, órgãos públicos que até agora estão pagando esse pato.
A quebra da Oi é fruto da grande incompatibilidade entre livre concorrência e serviço público universal.
A prestação de um serviço público essencial impõe o atendimento à população como um todo, não apenas aos
nichos mais lucrativos. Algumas das teles teria que cobrir os rincões do País, por exigência contratual, e coube
à Oi atender a 26 Estados. O problema era cumprir essa obrigação, que caberia melhor ao Estado, e ao mes-
mo tempo concorrer com as demais operadoras, que puderam atacar o mercado sem a mesma contrapartida.
Além disso, operações financeiras que são lucrativas para especuladores mas perigosos para o desempenho
da empresa, como a compra da Brasil Telecom, fragilizaram ainda mais a Oi. Alguns neoliberais podem tentar
atribuir o endividamento a erros pontuais de gestão, mas o problema tem raiz na própria lógica da privatização.
Aloysio Biondi já previa o desastre desde 1998, quando publicou na Folha de S.Paulo. “(..) uma disputa
entre duas teles vai – matematicamente – acabar levando à guerra irracional de preços, provocando prejuízos e
‘quebra’ de empresas”.
A previsão de Biondi se concretizou: a Oi está em situação crítica. É preocupante o que pode ocorrer
com os mais de 3 mil Municípios que contam somente com a operadora. Melhor teria sido não privatizá-la. E é
uma infelicidade notar que nem mesmo o rombo de 65 bilhões de reais está servindo de lição, pois o Governo
ainda quer insistir na mesma receita das privatizações desenfreadas.
Nesse contexto, seria bom que ficasse mais claro o que Kassab e Temer pretendem com a criação dessa
medida provisória que pode abrir caminho para intervenção na Oi. Se durante todo o processo de privatiza-
ção havia dinheiro público cobrindo gastos que supostamente seriam aliviados pela iniciativa privada, é muito
grande o risco de o Governo simplesmente socorrer a empresa sem grandes contrapartidas. Existe uma boa
chance de o Governo Temer, apesar do arrocho fiscal, passar para a empresa os bilhões que vem negando à
população, pois conhecemos suas prioridades.
O caso da Oi é um exemplo perfeito dos motivos que levam o PSOL a se opor à sanha privatista que as-
sola o País e aos inúmeros privilégios oferecidos ao empresariado.
Durante o discurso do Sr. Ivan Valente, o Sr. Rodrigo Maia, Presidente, deixa a cadeira da Presidência, que
é ocupada pelo Sr. Alberto Fraga, nos termos do § 2º do art. 18 do Regimento Interno.
O SR. PRESIDENTE (Alberto Fraga) – Só um segundo.
A SRA. BENEDITA DA SILVA – Sr. Presidente, peço a palavra como Líder.
O SR. MIRO TEIXEIRA (Rede-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, precisamos encer-
rar a Ordem do Dia.
O SR. PRESIDENTE (Alberto Fraga) – Não, a Ordem do Dia, por acordo, vai ter mais duas votações.
O SR. MIRO TEIXEIRA – Foi bom o esclarecimento.
O SR. PRESIDENTE (Alberto Fraga) – É por isso que não foi encerrada.
Comunico ao plenário que vai haver sessões deliberativas na próxima semana, na quarta e quinta-feira.
O Presidente Rodrigo Maia pede que anunciemos esses horários.
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  49 

O SR. ANTONIO IMBASSAHY – Sr. Presidente...


O SR. PRESIDENTE (Alberto Fraga) – Eu vou conceder...
O SR. IVAN VALENTE (PSOL-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, preciso entender
que votações são essas. Já foi encerrada a sessão.
O SR. PRESIDENTE (Alberto Fraga) – São duas votações. Não, a sessão não foi encerrada ainda.
O SR. IVAN VALENTE – Foi encerrada. O Presidente encerrou.
O SR. PRESIDENTE (Alberto Fraga) – São duas votações por acordo. E nós vamos anunciá-las oportu-
namente.
O SR. IVAN VALENTE – Não, Presidente. Não tem acordo. Eu não participei de nenhum acordo. E o Pre-
sidente Rodrigo Maia encerrou a sessão.
O SR. PRESIDENTE (Alberto Fraga) – Não, ele não encerrou a sessão.
O SR. IVAN VALENTE – Encerrou a sessão. Pode verificar na pauta.
O SR. PRESIDENTE (Alberto Fraga) – A Ordem do Dia...
O SR. MIRO TEIXEIRA – O Presidente começou a encerrá-la. Ele ia encerrar a sessão quando o Líder pe-
diu a palavra.
O SR. PRESIDENTE (Alberto Fraga) – Ele ia encerrar a sessão quando V.Exa. pediu a palavra como Líder.
O SR. IVAN VALENTE – Ele encerrou a sessão! Apenas deu a palavra para o Líder falar, mas a sessão foi
encerrada.
O SR. PRESIDENTE (Alberto Fraga) – Mas como encerrou se V.Exa. falou?
O SR. ANTONIO IMBASSAHY – Sr. Presidente...
O SR. IVAN VALENTE – Está nos Anais e está registrado nas notas taquigráficas.
O SR. PRESIDENTE (Alberto Fraga) – O Presidente estava encerrando e V.Exa. pediu a palavra como Líder.
O SR. ANTONIO IMBASSAHY – Sr. Presidente, a sessão não foi encerrada.
O SR. PRESIDENTE (Alberto Fraga) – Não, não foi encerrada a sessão.
O SR. IVAN VALENTE – O PSOL não vai aceitar manobra nenhuma.
O SR. PRESIDENTE (Alberto Fraga) – Isso é matéria vencida, Deputado.
O SR. IVAN VALENTE – O PSOL não vai aceitar nenhuma manobra de votação com a sessão encerrada.
O SR. ANTONIO IMBASSAHY – Sr. Presidente...
O SR. IVAN VALENTE – Nós não votaremos nada aqui.
O SR. PRESIDENTE (Alberto Fraga) – A sessão não está encerrada, Deputado.
O SR. ANTONIO IMBASSAHY – Sr. Presidente...
O SR. PRESIDENTE (Alberto Fraga) – Pois não, Deputado.
O SR. ANTONIO IMBASSAHY (PSDB-BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, com todo
o respeito ao Deputado Ivan Valente, eu acompanhei atentamente as palavras do Presidente Rodrigo Maia e
entendo com clareza, está registrado, que a sessão não foi encerrada. Pediria até que o próprio Deputado Ivan
Valente tomasse conhecimento do que foi dito. Então, estou manifestando nessa posição.
O SR. PRESIDENTE (Alberto Fraga) – Isso está mais do que claro. Vamos continuar.
A SRA. BENEDITA DA SILVA – Sr. Presidente...
O SR. PRESIDENTE (Alberto Fraga) – Com a palavra, por 1 minuto, o Deputado Mauro Pereira.
A SRA. BENEDITA DA SILVA – Sr. Presidente, como Líder.
O SR. MAURO PEREIRA – Sr. Presidente...
O SR. CARLOS MARUN – Presidente Fraga...
O SR. MAURO PEREIRA (Bloco/PMDB-RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, eu gosta-
ria de, primeiramente, parabenizar o Presidente Rodrigo Maia pelas duas pautas positivas que nós analisamos
nos últimos dias. A primeira diz respeito à aprovação do Super-SIMPLES que beneficia cabeleireiros, micro e
pequenos empresários. A segunda é a pauta que votamos hoje, legalizando, regulamentando juridicamente
a profissão do esteticista.
Isso é muito positivo. Esta Casa vem trabalhando pelo bem do nosso País – todos os partidos, inclusive os
da Oposição. O trabalho que nós estamos fazendo aqui, inclusive os projetos que nós vamos votar por acordo
agora, vai ao encontro dos interesses da sociedade brasileira. Eu tenho certeza de que todos os Deputados,
especialmente os que estão aqui presentes, querem o melhor para o nosso País.
Então, Presidente, vamos votar, porque o Brasil precisa do nosso voto.
O SR. PRESIDENTE (Alberto Fraga) – Muito obrigado, Deputado.
O SR. CARLOS MARUN – Sr. Presidente, por favor.
O SR. PRESIDENTE (Alberto Fraga) – Eu concedo a palavra ao Deputado Alessandro Molon, pela Lide-
rança da Rede.
50  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

O SR. ALESSANDRO MOLON (Rede-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, antes de
falar como Líder, até para acalmar os ânimos, eu peço a V.Exa. apenas que diga quais são as duas matérias que
serão votadas por acordo, porque acho que isso pode resolver o problema.
O SR. PRESIDENTE (Alberto Fraga) – Deputado, nós estamos aguardando. A assessoria foi buscar o pro-
jeto para anunciarmos.
O SR. ALESSANDRO MOLON – Mas V.Exa. sabe qual é o número dele?
O SR. PRESIDENTE (Alberto Fraga) – Ainda não.
Vamos repor o tempo do Deputado Alessandro Molon, pela Liderança.
O SR. VANDERLEI MACRIS – Sr. Presidente, eu quero falar como Líder, pelo PSDB.
O SR. PRESIDENTE (Alberto Fraga) – Continua com a palavra o Deputado Molon.
O SR. ALESSANDRO MOLON – Pois não, Sr. Presidente.
Eu não sei se V.Exa. tem condições de esclarecer quais são as matérias, porque eu acho que isso pode
resolver o problema. Eu acho que há, no fundo, uma dúvida sobre quais são as matérias.
O SR. ANDRE MOURA (Bloco/PSC-SE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, a Deputa-
da Erika Kokay, que fez a proposta do acordo comigo, com a autorização do Presidente da Casa, o Deputado
Rodrigo Maia, está me comunicando agora que não tinha conhecimento de que o PT tinha um acordo com o
PSOL. Portanto, a proposta de acordo da Deputada Erika Kokay para votar a urgência, que era do próprio PT,
ela está retirando.
O SR. PRESIDENTE (Alberto Fraga) – Está retirando?
O SR. ANDRE MOURA – Ela está retirando o acordo.
O SR. PRESIDENTE (Alberto Fraga) – Então, que fique bem claro para o Deputado Ivan Valente que a
proposta foi feita pela Deputada Erika Kokay.
O SR. ANDRE MOURA – Deputada Erika Kokay, do PT. Isso.
O SR. PRESIDENTE (Alberto Fraga) – E não dizer que o Deputado Rodrigo Maia está querendo fazer jo-
gada aqui.
E, mais uma vez, Deputado Ivan Valente, eu quero informar a V.Exa. que não houve encerramento de ses-
são. V.Exa. colocou isso na cabeça não sei por quê. As notas taquigráficas estão aí para comprovação. Quando
o Presidente Rodrigo Maia estava encerrando a sessão, V.Exa. pediu a palavra como Líder.
O SR. IVAN VALENTE (PSOL-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Houve encerramento da Ordem
do Dia.
A SRA. ERIKA KOKAY – Sr. Presidente, V.Exa. me permite um esclarecimento?
O SR. PRESIDENTE (Alberto Fraga) – Pois não.
O SR. MAURO PEREIRA – O PT e o PSOL vivem para prejudicar o País mesmo.
A SRA. ERIKA KOKAY (PT-DF. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, eu cheguei neste
momento e quero dizer que o PT não descumpre acordos. Então, se há um acordo com o PSOL, nós vamos
manter esse acordo. Nós também não descumprimos acordos quando são feitos com o Governo.
Portanto, quero pedir a compreensão do Deputado Andre Moura, até porque nós não temos divergên-
cias no mérito dessa proposição, mas vamos deixá-la para uma outra ocasião, sem prejuízo.
O SR. PRESIDENTE (Alberto Fraga) – O.k. Encerrada a polêmica.
O SR. PRESIDENTE (Alberto Fraga) – Tem a palavra, para uma Comunicação de Liderança, pela Rede, o
Deputado Alessandro Molon.
O SR. ALESSANDRO MOLON (Rede-RJ. Como Líder. Sem revisão do orador.) – Obrigado, Sr. Presidente.
Portanto, entendo, diante desses esclarecimentos, de que a Ordem do Dia será encerrada a seguir, não haverá
mais matérias para apreciação.
O SR. PRESIDENTE (Alberto Fraga) – Logo após V.Exa. falar, vou encerrá-la.
O SR. ALESSANDRO MOLON – Perfeito, Sr. Presidente.
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, eu venho a esta tribuna para tratar da grave crise financeira que
enfrenta o Estado do Rio de Janeiro. É uma situação dramática, fruto de anos de péssima gestão, de irrespon-
sabilidade.
No momento em que o valor do barril de petróleo subia, o preço do dólar no mercado nacional subia
– e, portanto, o Rio de Janeiro tinha condições de fazer reservas, de aplicar esses recursos para diversificar a
economia fluminense e torná-la menos dependente do petróleo –, o Governo do PMDB do Rio de Janeiro não
teve essa responsabilidade, esse compromisso com o Estado, com a sua população e quebrou o Estado do Rio
de Janeiro. Repito, o PMDB quebrou o Rio de Janeiro, o Estado está quebrado.
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  51 

Nesta semana, o Governo do Estado enviou um pacote para a Assembleia Legislativa – na verdade, ain-
da antes –, com uma quantidade enorme de maldades contra a população fluminense e contra os servidores
ativos e inativos, propondo, por exemplo, taxar ativos e inativos que ganham abaixo de 5 mil reais em 30%.
Imaginem uma pessoa que ganha 2 mil reais, ela teria 30% a menos dos seus vencimentos, receberia
1.400 reais; perderia 600 reais dos seus vencimentos de uma hora para outra, sendo apenas informada de que
dali para a frente não receberá mais esse recurso. Isso não é contribuição, isso é confisco.
Nós da Rede nos posicionamos claramente contra essas medidas. Não faz sentido a população do Es-
tado do Rio de Janeiro, que não tem responsabilidade por essa crise gravíssima, pagar a conta; os servidores,
que não têm culpa nenhuma, serem taxados para se pagar a conta. Não faz sentido cortar o Aluguel Social de
pessoas que estão recebendo esse benefício depois de tragédias como a perda da moradia em consequência
das chuvas; cortar os recursos do Bilhete Único. Enfim, retirar esses recursos da população mais sofrida, mais
pobre, não faz nenhum sentido.
Diante disso, então, a população normalmente se pergunta: “Ótimo, não é correto fazer isso, que bom que
a Rede está do lado da população, mas qual é a solução para isso?” Nós já temos uma saída proposta. A primeira
saída, Deputado Altineu Côrtes – S.Exa. estava, ontem, na reunião da bancada do Rio de Janeiro, quando apre-
sentei esta proposta –, é cortar isenções fiscais que foram dadas sem nenhum critério. Evidentemente, nós não
vamos defender que se corte, neste momento de altíssimo desemprego, uma isenção fiscal que represente um
aumento do desemprego. Porém, há muitas isenções fiscais de atividades econômicas que foram concedidas
sem nenhum critério, porque não geram nenhum emprego e prejudicam os cofres públicos, ao impedir que
esse dinheiro seja recolhido.
Dessa forma, a nossa proposta é de que seja feita uma radiografia, uma análise cuidadosa, rigorosa, pro-
funda das isenções fiscais concedidas nos últimos 12 anos e que sejam cortadas ou suspensas as isenções fis-
cais que não tenham nenhum impacto na manutenção dos empregos.
Esse seria o ponto de saída, e é essa a proposta que vou levar ao Governador do Estado na quarta-feira,
para quando foi marcada – a partir de uma sugestão que apresentei à bancada do Rio de Janeiro – uma audi-
ência com S.Exa. para que discutamos a crise no Estado e soluções de verdade, e não punições à população e
aos servidores.
Essa reunião está marcada para a próxima quarta-feira, dia 16, às 9 horas. Eu estarei lá como representante
do Estado do Rio de Janeiro, ao lado de outros colegas, levando essa proposta. Vamos começar por uma radio-
grafia das isenções fiscais, cortando ou suspendendo aquilo que não tiver impacto na geração de empregos.
Esta foi a nossa proposta, ela foi acatada, e na quarta-feira eu estarei lá, levando essa solução concreta
para a crise do Rio.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Alberto Fraga) – Obrigado, Deputado.
O SR. PRESIDENTE (Alberto Fraga) – Declaro encerrada a Ordem do Dia.
Será a concedida a palavra para vários Líderes que estão inscritos. A primeira Líder inscrita é a Deputada
Benedita da Silva, pelo Partido dos Trabalhadores.
Reafirmo, por ordem da Presidência, que haverá sessões deliberativas na quarta e na quinta-feira. A pauta
será discutida e encaminhada a V.Exas. O horário será informado daqui a pouco.
O SR. PRESIDENTE (Alberto Fraga) – Concedo a palavra à Deputada Benedita da Silva, para uma Co-
municação de Liderança, pelo PT.
A SRA. BENEDITA DA SILVA (PT-RJ. Como Líder. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. De-
putados, eu venho a esta tribuna para fazer um comunicado a esta Casa, a todas e a todos que acompanham a
Rádio Câmara e a TV Câmara, a aqueles que entendem perfeitamente que estamos vivendo um momento de-
licado neste País. Nós sabemos que é importante para nós dialogar com a sociedade brasileira, principalmente
se esse diálogo parte da iniciativa do Partido dos Trabalhadores, da sua bancada e do ex-Presidente Lula. Eu
quero comunicar que estaremos hoje em São Paulo, às 19 horas, no lançamento da campanha Um Brasil Justo
para Todos e para Lula.
Por que é também para Lula? A campanha conta com o apoio de líderes de movimentos sociais, sindi-
catos e partidos políticos progressistas e representa o início de um amplo movimento pelo País e no exterior
em defesa da democracia brasileira e contra as perseguições ao Presidente Lula.
Dialogar com a sociedade é o que nós queremos fazer. Queremos, com a nossa fala, fazer com que a so-
ciedade desperte e a comunidade internacional também possa acompanhar o que acontece neste País.
A organização do movimento divulgou um manifesto, que já está circulando para coleta de assinaturas,
no qual afirma que o conjunto de ameaças e retrocessos relacionado ao Estado Democrático de Direito merece
uma resposta firme de todos os democratas, acima de posições partidárias.
52  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

Essa campanha não é do Partido dos Trabalhadores. Companheiros e companheiras do Partido dos Tra-
balhadores, somados a outros partidos – não é, portanto, apenas o Partido dos Trabalhadores, não é apenas
Luiz Inácio Lula da Silva –, querem, juntos, falar com a sociedade brasileira e com a comunidade internacional.
Como Deputada constituinte, eu destaco que o Estado Democrático de Direito, consagrado na Consti-
tuição de 1988, é a mais importante conquista histórica da sociedade brasileira. Na democracia, o Brasil conhe-
ceu um período de estabilidade institucional e de avanços econômicos e sociais, tornando-se um país melhor
para muita gente, menos desigual. O Brasil foi reconhecido internacionalmente como um país que combatia
a fome, a miséria, que criava empregos, que tinha um desenvolvimento econômico que não sacrificava os tra-
balhadores e as trabalhadoras brasileiras.
Sr. Presidente, nós reconhecemos essa estabilidade institucional, mas percebemos que toda aquela gran-
de conquista coletiva encontra-se ameaçada por sucessivos ataques a direitos e garantias, sob um pretexto
fascista de combater a corrupção.
O Partido dos Trabalhadores, os Governos de Luiz Inácio Lula da Silva e de Dilma Rousseff criaram ins-
trumentos de combate à corrupção.
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, não se encontrou até agora nenhuma prova para justificar essa in-
sana perseguição ao ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Não se encontrou nenhuma prova para justificar o
impeachment da então Presidenta Dilma Rousseff, aprovado por esta Casa e pelo Senado Federal.
Aliás, Sr. Presidente, usamos um subterfúgio, algo que não existe no nosso País. Nós vimos a eleição de
Trump nos Estados Unidos. Hillary Clinton ganhou nas urnas, mas, como não teve maioria no Colégio Eleitoral
– lá, sim, existe um Colégio Eleitoral –, reconheceu a vitória do seu adversário. Ela saiu com a convicção, com a
certeza de que tinha perdido, mas foi vitoriosa, por sua postura ética e por sua compreensão de que, quando
se perde uma eleição, o certo é lutar para tentar ganhar outra, e não criar condições para estabelecer um im-
peachment, para tirar do cargo quem legitimamente foi eleito pelo voto, quem ganhou as eleições no seu país.
Por isso, eu parabenizo Hillary Clinton. Não quero discutir o conteúdo do seu programa, mas quero, so-
bretudo, dar parabéns a ela, que já visitou várias vezes o Brasil, já esteve neste Parlamento.
Nós do Partido dos Trabalhadores, da bancada do Partido dos Trabalhadores a parabenizamos, porque
entendemos que ela procedeu como uma democrata e como uma defensora da república ao reconhecer a vi-
tória dada ao seu adversário pelo Colégio Eleitoral, que naquele país cumpre essa tarefa também. Ali ela não
tinha maioria.
Sr. Presidente, contesto essa perseguição feita ao Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e à Presidenta Dil-
ma. Desejo todo o sucesso do mundo a essa campanha, que há de ser vitoriosa.
Muito obrigada.
O SR. PRESIDENTE (Gilberto Nascimento) – O.k., Deputada Benedita da Silva, do Rio de Janeiro.
Durante o discurso da Sra. Benedita da Silva, o Sr. Alberto Fraga, nos termos do § 2º do art. 18 do Regi-
mento Interno, deixa a cadeira da Presidência, que é ocupada pelo Sr. Gilberto Nascimento, 2º Suplente
de Secretário.
O SR. PRESIDENTE (Gilberto Nascimento) – Há uma série de Deputados inscritos, mas eu gostaria de cha-
mar neste momento o Deputado Capitão Augusto. Logo em seguida, falará a Deputada Professora Marcivania.
O SR. VANDERLEI MACRIS (PSDB-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, eu estou ins-
crito para falar pela Liderança do PSDB. Eu queria que V.Exa. confirmasse isso.
O SR. PRESIDENTE (Gilberto Nascimento) – Deputado Macris, os números aqui não estavam muito cla-
ros, mas existe sim a sua inscrição. V.Exa. estava na frente do Deputado Capitão Augusto, mas, como a palavra
já foi concedida a ele, peço a V.Exa. que espere, se for possível, por favor. Ele falará por 7 minutos, e V.Exa. falará
em seguida. Depois, vou conceder a palavra à Deputada Professora Marcivania.
O SR. PRESIDENTE (Gilberto Nascimento) – Tem a palavra o Deputado Capitão Augusto, para uma Co-
municação de Liderança, pelo PR.
O SR. CAPITÃO AUGUSTO (PR-SP. Como Líder. Sem revisão do orador.) – Prometo ser breve, Sr. Presi-
dente, não usarei todo o tempo.
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados e aqueles que nos assistem pela TV Câmara, obviamente todos já
estão sentindo a crise, recebida de herança pelo nosso Presidente Michel Temer. São quase 12 milhões de de-
sempregados no Brasil. Precisamos fazer de tudo realmente para conseguirmos reverter este quadro.
Eu estou pedindo ao Presidente e também aos Ministros e aos Deputados apoio para que sejam encam-
pados dois grandes projetos da nossa Força Aérea, da nossa Aeronáutica. Trata-se de investimentos que, além
de darem muito lucro, ainda vão gerar muitos empregos.
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  53 

O primeiro se refere à compra de caças Gripen, o que vai gerar 14 mil empregos diretos e indiretos no
Brasil. Menciono ainda a importância da transferência de tecnologia para a nossa indústria, o fortalecimento
da indústria nacional, a autonomia nacional para integração de novos sistemas e a montagem disso no Brasil,
sem custo adicional.
Portanto, nós precisamos aprovar o quanto antes a compra desses caças Gripen para a nossa Força Aé-
rea nacional. É um investimento. Isso vai até gerar lucro, sem contar os 14 mil empregos diretos e indiretos que
serão criados em todo o Brasil.
O segundo projeto diz respeito à tecnologia do KC-390, para que possamos utilizá-la também. Os KC-390
vão gerar lucro de 2 bilhões de dólares anualmente. É um investimento que tem retorno garantido. Vai gerar
15 mil empregos diretos e indiretos no Brasil. Cito ainda a participação no mercado internacional de defesa,
concorrendo com o C-130, o Hércules, a geração de tecnologia nacional, o fortalecimento da indústria aero-
náutica brasileira e maior integração nacional.
O projeto sobre a fabricação do KC-390 é algo que, além de gerar mais de 15 mil empregos diretos e in-
diretos, vai dar lucro para o nosso Brasil.
Precisamos encampar isso. Peço o apoio de todos os Deputados, peço o apoio dos Líderes, peço o apoio
do Presidente Michel Temer, dos Ministros. Peço que olhem com carinho para esses dois grandes projetos, que
juntos vão gerar quase 30 mil empregos diretos e indiretos, vão dar lucro para nós e vão favorecer a nossa ba-
lança comercial.
Fica registrado esse pedido, para que a nossa base aliada e o nosso Presidente analisem com carinho
esses projetos. Temos à disposição todos os dados de que necessitarem. São dois grandes projetos extrema-
mente viáveis e importantes, sobretudo num período tão difícil como este que o Brasil está atravessando, pois
favorecem a criação de empregos e a geração de receitas. Com certeza absoluta, são dois projetos que terão
retorno financeiro garantido.
Obrigado, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados.
O SR. PRESIDENTE (Gilberto Nascimento) – O.k., Deputado Capitão Augusto, do Estado de São Paulo.
O SR. PRESIDENTE (Gilberto Nascimento) – Vamos continuar em São Paulo, com o Deputado Vanderlei
Macris, que falará pela Liderança do PSDB, pelo tempo regimental de 7 minutos.
O SR. VANDERLEI MACRIS (PSDB-SP. Como Líder. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, nobres Srs.
Deputados, o processo eleitoral é a base, é o fundamento da democracia, mas, na última década no Brasil,
constatamos a crítica dos cidadãos à obrigatoriedade do voto. Isso tem sido recorrente. Ocorreu, em especial,
na última eleição.
Agora em outubro, 32,5% do eleitorado do nosso País optou pelos votos brancos ou nulos ou pela abs-
tenção. Eu vou repetir o número: 32,5%. Mais de 7 milhões de eleitores não compareceram às urnas no segundo
turno em 2016. Em alguns locais, como a Capital do Rio de Janeiro e Belo Horizonte, as abstenções e os votos
brancos ou nulos superaram a quantidade de votos dos Prefeitos eleitos.
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, repito a informação: votos brancos ou nulos e abstenções supera-
ram a quantidade de votos recebidos pelos Prefeitos eleitos.
Quanto a esse amplo percentual, é necessária uma reflexão de todos nós, especialmente dos Parlamen-
tares do Congresso Nacional, que têm a responsabilidade de conduzir mudanças de acordo com a vontade da
sociedade brasileira.
O montante representa uma imensa parcela da sociedade que não se dispõe mais a votar, não tem mais
condição de sair de casa para viabilizar o voto, muitas vezes porque não é estimulada para tal.
Esse é um recado muito claro. Teve início com um movimento das ruas que terminou nas urnas. Esse
movimento das ruas resultou da indignação contra grandes problemas nacionais na área da economia, na área
da ética. Menciono, por exemplo, a corrupção. Enfim, os eleitores não mais se entusiasmaram com a presença
na votação.
Os manifestantes desse movimento, que começou em abril de 2013, pediram o impeachment da então
Presidente Dilma e a saída do Deputado Eduardo Cunha, apoiam o Juiz Sérgio Moro e pedem o fim da corrup-
ção. Essa foi, mais ou menos, uma base importante dos movimentos que aconteceram.
Os brasileiros querem ainda maior participação nas decisões da política, reivindicam maior engajamen-
to de todos e mostram a sua força: o poder do voto. Na verdade, o que quer o eleitor é estar sintonizado em
relação aos problemas nacionais. Quando assim ele não estiver, não irá para as urnas para votar.
Já havia alertado, em pronunciamentos e em entrevistas nos últimos anos, que deveríamos ficar atentos
aos apelos da população brasileira; que prestássemos atenção aos seus anseios e necessidades; que devería-
mos e devemos estar cada vez mais próximos dos cidadãos, porque estamos no Parlamentos por sermos seus
representantes. E mais: quem os ignorasse não sobreviveria.
54  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

Na verdade, o que queremos dizer, Sr. Presidente, Srs. Deputados, é que nós Parlamentares do Congresso
Nacional devemos estar cada vez mais próximos dos cidadãos, cada vez mais sintonizados com a sociedade
brasileira. É disso que estamos precisando neste momento. Precisamos aqui de um movimento que seja con-
vergente com o que deseja a sociedade.
Nesta Casa, esse movimento foi feito. São 25 – eu vou repetir –, são 25 propostas de emenda à Constitui-
ção em que se propõe o voto facultativo. Estão em andamento nesta Casa 25 PECs em que se propõe o voto
facultativo. A primeira delas, protocolada em 1989, é de autoria do então Deputado Caio Pompeu de Toledo,
do PSDB de São Paulo, assim como eu.
No entanto, em todos esses anos, o voto facultativo não foi um tema amplamente debatido na Câmara,
nem no Senado Federal, como deveria.
O objetivo dos Deputados que apresentaram propostas sobre a não obrigatoriedade do voto não é o de
desestimular a participação dos cidadãos na escolha de seus representantes, pelo contrário, é o de reafirmar
à população que o voto é muito importante para a representatividade democrática e precisa ser exercido de
forma absolutamente consciente.
Sr. Presidente, dos 193 países no mundo, em 24 apenas o voto é obrigatório, e o Brasil está entre esses 24.
Já está na hora de nós levantarmos este debate na Câmara Federal. Faço um apelo ao Presidente desta
Casa, o nosso Presidente Rodrigo Maia, para que promova a criação de uma Comissão Especial ou peça à que
analisa a reforma política que receba o pedido que estou encaminhando relativamente a essas 25 propostas
de emenda à Constituição, para que possa se debruçar no debate sobre o voto facultativo.
O Brasil precisa estar entre a maioria das nações do mundo. Em apenas 24 países o voto é obrigatório. É
necessário que o Brasil se insira nessa modernidade. Os brasileiros, os cidadãos que não queiram ir votar não
têm que passar pelo vexame, pela indisposição de ter que pagar 3 reais de multa, de ter que justificar a ausên-
cia. Essa é uma questão que apenas atormenta a vida do eleitor brasileiro. Nós precisamos dar liberdade ao
eleitor para que efetivamente possa decidir se vai votar ou não.
Caberá àqueles que são candidatos a Prefeito ou a Vereador nas cidades, a Deputado Estadual ou a Go-
vernador nos Estados, a Deputado Federal, a Senador ou a Presidente no Brasil informar os cidadãos brasilei-
ros da importância e da necessidade de estarem presentes para votar. Caberá aos que vão disputar mandato
perante a sociedade estimular o eleitor a estar presente diante da urna no dia da votação.
Essa é a demanda que tem a sociedade hoje. O voto deverá ser facultativo, e será, de acordo com a von-
tade da sociedade, expressa de maneira muito clara pelos cidadãos na última eleição.
Sr. Presidente, deixo registrada a minha opinião favorável ao voto facultativo. Vou pedir ao Presidente da
Casa que encaminhe à Comissão da Reforma Política essas 25 propostas de emenda à Constituição que tratam
do voto facultativo.
Solicitarei também ao Presidente da Comissão Especial, o Deputado Lucio Vieira Lima, da Bahia, e ao Re-
lator, o Deputado Vicente Candido, que avaliem essas propostas de emenda à Constituição em favor do voto
facultativo em nosso País.
Sr. Presidente, não falo aqui em nome da bancada, falo em meu nome e também reflito em nome do
meu Líder, o Deputado Antonio Imbassahy, que defende igualmente o voto facultativo. Ele levará à bancada
esse debate. Haveremos de ter posição sobre isso. Eu sei que o tema é muito polêmico, mas aqui fica iniciado
este debate.
A abstenção e os votos brancos ou nulos nas eleições provam que o voto facultativo já existe na prática.
Portanto, não faz mais sentido o voto obrigatório, que cria dificuldades para cidadãos, pois precisam apresen-
tar justificativa e enfrentar burocracia.
Voto facultativo para o eleitor brasileiro!
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Gilberto Nascimento) – Deputado Vanderlei Macris, conforme a solicitação de V.Exa.
apresentada anteriormente, o seu pronunciamento será divulgado pelos órgãos de comunicação da Casa e no
programa A Voz do Brasil.
O SR. PRESIDENTE (Gilberto Nascimento) – Alguns Deputados estão inscritos, como o Deputado Carlos
Marun, que falará pela Liderança do Governo.
Deputado Marun, a Deputada Professora Marcivania havia também solicitado a palavra. Pergunto a V.Exa.
se permite, com a sua simpatia e a sua tranquilidade, que a Deputada fale antes, pela Liderança da Minoria.
O SR. CARLOS MARUN – Concordo, Sr. Presidente, até pela satisfação e pela honra de ouvi-la. Ouvirei o
pronunciamento da Deputada e depois usarei a palavra.
O SR. PRESIDENTE (Gilberto Nascimento) – O.k.
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  55 

O SR. PRESIDENTE (Gilberto Nascimento) – Concedo a palavra à Deputada Professora Marcivania, para
uma Comunicação de Liderança, pela Minoria. S.Exa. dispõe do tempo regimental de 8 minutos.
A SRA. PROFESSORA MARCIVANIA (PCdoB-AP. Como Líder. Sem revisão da oradora.) – Obrigada, Sr.
Presidente. Obrigada, Deputado Carlos Marun, pela gentileza.
Sras. e Srs. Deputados, o mundo acordou ou foi acordado nesta parte do planeta pela preocupante no-
tícia do resultado eleitoral nos Estados Unidos. A eleição de Donald Trump, embora fosse considerada possível
nos segmentos políticos, vinha sendo, crescentemente, desconsiderada.
Na verdade, muitos acreditavam que o pior já havia passado com sua indicação como candidato do par-
tido republicano e que, a partir do resultado final, os círculos políticos, nos EUA e no mundo em geral, iriam
despertar desse verdadeiro pesadelo, percepção ainda mais reforçada com as últimas projeções eleitorais,
construídas com base em pesquisas e análises de especialistas no assunto.
Contudo, a terrível possibilidade agora materializada, em meu entendimento, não pode ser compre-
endida de forma isolada. Ao contrário, é preciso lançarmos um olhar mais panorâmico que deve estender-se
desde a dinâmica interna do embate americano e alcançar fenômenos que pairam sobre o mundo em geral.
Artigo publicado ontem no jornal The Guardian, assinado por Jonathan Freedland, em tradução livre,
quer mais ou menos significar que “os Estados Unidos da América elegeram seu mais perigoso líder. Nós todos te-
mos muito a temer”. Ele fornece alguns insights e informações valiosas para uma necessária reflexão a respeito
das razões e do impacto dessa eleição.
Em primeiro lugar, não se pode desenvolver um raciocínio rasteiro e atribuir esse resultado, simplesmente,
a um voto de protesto oriundo daqueles segmentos sociais afetados ou mesmo excluídos do bônus econômico
do modelo americano, embora isso tenha contribuído em grau considerável para a votação de Trump. Afinal
de contas, além dos votos nesse nicho, por exemplo, a maioria dos homens brancos – 63% – e das mulheres
brancas – 52% – escolheram-no como seu candidato. Ora, sabemos que esse segmento, nos EUA, não é iden-
tificado com segmentos dos excluídos.
Por sua vez, uma crescente narrativa, alimentada pela grande mídia e pelos segmentos políticos à direita,
assim como ocorre aqui no Brasil, também tratou de ratificar um discurso de descredibilidade na política e na
democracia, de atribuir os problemas locais a causas externas, bem como de potencializar problemas sociais
e econômicos, vendendo-os como sendo sem precedentes e que o país passava por um momento caótico.
Foi nesse contexto que cresceu a convicção de que seriam necessárias medidas excepcionais que, para
se tornarem possíveis, necessitariam de um líder com poderes excepcionais e apolítico. E isso em meio a uma
situação que, se não é das melhores, é muito melhor do que a da imensa maioria dos países afetados pelas
consequências da última grande crise econômica. Basta mencionar que o índice de desemprego registrado
em outubro deste ano, nos EUA, foi de 4,9% e que o crescimento do PIB, no terceiro trimestre deste ano, che-
gou a alcançar quase 3%.
O ambiente criado foi tão expressivo que chegou mesmo a incomodar segmentos do próprio partido
de Trump, visto que inúmeras lideranças republicanas ou não o apoiaram, chegando mesmo a declarar voto
em Hillary Clinton, ou silenciaram e dedicaram-se às suas próprias campanhas. Alguns chegaram mesmo a se
declarar incomodados com o estilo e o discurso de Trump, defendendo que a sua eleição não expressaria os
mais nobres valores políticos do conservadorismo americano e da democracia americana.
O fato é que o recuo, se podemos assim definir esse fenômeno, não mais surtiu efeito, e a onda de extre-
mo conservadorismo cresceu a um patamar que se demonstrou irreversível, resultando em sua eleição, o que
significa, para muitos, colocar em xeque o próprio Partido Republicano e as instituições democráticas ameri-
canas, que sempre foram motivo de extremo orgulho para aquela sociedade.
E o que a eleição de Trump pode significar para as demais regiões do planeta e para os segmentos sociais
mais frágeis, notadamente de países periféricos como o nosso? Para responder a essa questão, relembremos
algumas de suas principais propostas e posicionamentos.
Já se tornou praticamente lugar comum a conclusão de que Trump possui convicções de cunho racista
e misóginas. Prometeu a deportação dos migrantes não documentados, o que chega a cerca de 11 milhões
de pessoas e perfaz cerca de 6% da força e trabalho no País; prometeu banir a entrada de islâmicos, o que,
certamente, pode ser estendido para outros grupos; prometeu construir um muro na fronteira com o México,
inclusive imponto o custo de construção a esse país.
Trump também causou espécie ao mencionar que, para usufruírem da proteção da OTAN, os países com-
ponentes do grupo devem pagar por isso. Chegou a questionar por que os EUA não usam armas nucleares,
visto que as possuem, e a mencionar expressamente que “ama a guerra”.
Além disso, nunca é demais relembrar que o mesmo Trump desacreditou, em inúmeras oportunidades,
vários acordos internacionais firmados pelos EUA e afirma, categoricamente, que não irá admitir restrições à
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indústria americana resultantes de medidas que visam diminuir as emissões de gases causadores do efeito es-
tufa; ou seja, indica que não irá dar cumprimento ao último acordo celebrado em Paris, que objetiva mitigar
o aquecimento global.
Srs. e Srs. Deputados, todas essas assustadoras manifestações, adicionadas ao fato de que o seu partido
conseguiu manter maioria no Senado e na Câmara dos Deputados, certamente constituem motivos decisivos
de enorme preocupação para as pessoas, no mundo todo, que apregoam a coexistência pacífica entre os po-
vos e a evolução das sociedades fundada em valores racionais e na tolerância.
É evidente que tudo isso pode ser mera retórica de candidato e que, ao assumir a Presidência, de fato,
isso poderá transformar-se em coisa do passado. Contudo, nunca é demais lembrar que se dizia que esse seria
um efeito a ser sentido já durante a sua campanha geral, após ter conquistado a indicação do Partido Repu-
blicano. Porém não foi o que se viu. Pelo contrário, a contundência de suas posições temerárias se fez sentir
ainda mais forte. E pensemos: será que ele terá motivos para recuar, já que venceu sustentado por essa lógica
e possui maioria no Congresso?
Sras. e Srs. Deputados, esses desdobramentos, penso eu, devem nos servir de reflexão. É preciso que
pensemos de forma mais detida, por exemplo, nas consequências de medidas desesperadas para se alcançar
e se manter no poder, medidas que se pautam pela irresponsabilidade, pelas acusações infundadas e pela pro-
moção de crenças e valores que ameaçam os valores democráticos. Certamente, não é isso que queremos para
o Brasil e para a nossa democracia.
Sr. Presidente, aproveitando o tempo que me resta e mudando de assunto radicalmente, eu gostaria de
pedir que também fosse dado como lido pronunciamento que fiz como uma justa homenagem a Bob Dylan,
que recebeu no dia 13 de outubro o Prêmio Nobel de Literatura.
Bob Dylan, por sua história e contribuição, merece este pronunciamento registrado nos Anais da Casa.
Muito obrigada, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Gilberto Nascimento) – Deputada Professora Marcivania, nós vamos receber a com-
plementação do pronunciamento de V.Exa.
PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELA ORADORA
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, no dia 13 de outubro, os segmentos artísticos e progressistas do
mundo todo receberam com enorme entusiasmo o anúncio do Prêmio Nobel de Literatura para Bob Dylan.
Com o prêmio, o artista se tornou o músico mais premiado de todos os tempos, já tendo sido agraciado ante-
riormente com prêmios como o Oscar e o Grammy.
A despeito de uma certa polêmica que envolveu a decisão, dentre outros aspectos, quanto ao mereci-
mento (ou à conveniência) ou não da atribuição de uma premiação desse tipo (Nobel de Literatura) a um mú-
sico (compositor) e a qualidade dos demais indicados, avaliamos que o prêmio concedido a Dylan não só é
merecido, como também é carregado de significados, especialmente para a Esquerda e o mundo progressista
em todo o planeta.
A carreira musical de Bob Dylan sempre foi marcada por sua forte presença nas principais lutas sociais
que marcaram o cenário político americano (e do ocidente em si), a partir dos anos 1960. Quem não se lembra
de suas canções inspirando e embalando protestos contra a Guerra do Vietnam, pela garantia de direitos civis
para negros, latinos e mulheres, no festival de Woodstock, contra a guerra do Iraque e, mais recentemente, na
ocupação das ruas e instalações, no chamado Ocuppy Wall Street. Ainda hoje, onde há uma boa causa, é pra-
ticamente presença obrigatória as músicas e as lições de Bob Dylan.
Assim, a premiação de um artista como Dylan (e com um Nobel de Literatura), possui um significado
que vai bem além do reconhecimento da qualidade de sua poesia, das reflexões que provoca, das abstrações
e percepções que nos fazem olhar para além do que efetivamente nos demonstram os fatos em si.
A qualidade de seu trabalho foi muito bem definida por Sara Danius, Secretária-Geral da Academia Sue-
ca, ao definir o trabalho do artista como tendo sido responsável por “criar novas expressões poéticas dentro da
grande tradição da música americana”, que possui “status de um ícone” e que “sua influência na música contem-
porânea é profunda”.
Temos absoluta concordância com todos esses adjetivos, mas chamamos a atenção para o significado
político do prêmio para o mundo progressista, num momento em que assistimos, atônitos e entristecidos, no
mundo todo, à ascensão de figuras e movimentos políticos de extrema-direita, com discursos marcados por
ódio, intolerância e desrespeito aos direitos humanos, na medida em pregam, por exemplo, a restrição de di-
reitos e garantias fundamentais.
Nesse assustador contexto, a premiação de Bob Dylan, notadamente por reconhecer e chamar a atenção
para o conteúdo de sua obra e a consequente inspiração que carrega, nos serve de alento e esperança e nos
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convida a seguir caminhando firme e forte, em nome das grandes causas, em nome dos oprimidos, em nome
de um mundo melhor.
Ademais, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, a premiação de Dylan, em nosso entendimento, também
significa a premiação de vários artistas brasileiros e latinos, que trilharam e trilham um caminho similar, ou seja,
que fizeram de sua arte e de sua música, em especial, o veículo por meio do qual irradiam boas lições, boas e
inspiradoras mensagens a embalar os sonhos e o objetivo de edificação de uma vida melhor aqui por essas
bandas também. Quem não se lembra das belas e inspiradoras canções de Chico Buarque, Caetano Veloso,
Gilberto Gil, dentre outros tantos, que foram fundamentais para os grandes movimentos políticos durante o
processo de resistência à ditadura militar e pela redemocratização do Brasil? E quem não irá concordar que o
Brasil é um país muito melhor após os resultados positivos daqueles intensos movimentos políticos?
Portanto, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, faço aqui minhas homenagens, ainda que um pouco atra-
sadas, à premiação desse grande músico, pela profundidade e beleza de sua obra, pelo significado que carre-
ga para todos nós, engajados num propósito de seguir lutando por um mundo melhor para toda a sociedade
brasileira, muito especialmente para os mais oprimidos e frágeis socialmente.
Muito obrigada.
O SR. PRESIDENTE (Gilberto Nascimento) – Concedo a palavra, para uma Comunicação de Liderança,
pelo Governo, ao Deputado Carlos Marun, natural do Rio Grande do Sul, mas Deputado pelo Mato Grosso do
Sul. S.Exa. dispõe do tempo regimental de 9 minutos na tribuna.
O SR. CARLOS MARUN (Bloco/PMDB-MS. Como Líder. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, sou nas-
cido no Rio Grande do Sul e pós-graduado no Mato Grosso do Sul. Decidi viver no Mato Grosso do Sul, onde
há 30 anos levo a minha vida, juntamente com minha família.
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, senhoras e senhores que nos ouvem e nos acompanham pelos
meios de comunicação que nos honram com a sua transmissão, dividirei este meu breve pronunciamento em
duas partes.
Em primeiro lugar, destaco a apreciação pela Casa de um projeto de decreto legislativo que aprova o
texto do Acordo de Coprodução Cinematográfica entre o Governo brasileiro e o Governo do Estado de Israel.
Da mesma forma, destaco a leitura e a discussão de um outro acordo, também com o Estado de Israel, que fa-
cilita a cobrança de pensões alimentícias e coisas do gênero e a transferência de recursos entre Brasil e Israel.
É desta forma que penso: eu reconheço a existência do Estado de Israel e parabenizo o Governo brasilei-
ro por também apoiar a solução de dois Estados, o Estado de Israel e o Estado da Palestina, em conformidade
com o que foi decidido pela ONU, naquela histórica assembleia presidida por Osvaldo Aranha, em 1948, de
divisão da Palestina em dois Estados.
Na luta pela existência do Estado da Palestina, eu destaco o fato de que amanhã celebraremos a passa-
gem do 12º aniversário da morte de Yasser Arafat.
É verdade que Yasser Arafat começou a sua vida apoiando o terrorismo, reverteu essa posição, transfor-
mou-se num guerrilheiro da liberdade, recebeu o Prêmio Nobel da Paz, celebrou um acordo importante de paz
com Yitzhak Rabin, como vemos naquela foto do histórico aperto de mãos, sob as vistas de Bill Clinton, entre
Arafat e Rabin, dois soldados, dois lutadores por suas causas.
Arafat veio a falecer em uma morte não explicada. Há 12 anos Arafat nos deixou. Eu destaco que, em ho-
menagem a esse grande homem, que lutou pela existência de sua pátria, o Estado da Palestina, foi inaugurado,
em Ramala, ao lado de seu túmulo, um museu, que pretendo visitar no ano que vem.
Essa era a consideração preliminar que gostaria de fazer.
Na sequência, Sr. Presidente, vou ao assunto que me traz à tribuna. Nesta semana, na terça-feira, tive a
honra de ser o primeiro a anunciar nesta Casa a redução dos preços dos combustíveis pela PETROBRAS. E fiz
uma postagem em relação a isso, Deputado Colatto, na minha página, numa rede social, até porque utilizo
esse instrumento para comunicações e debates a respeito da minha atividade legislativa. A redução foi de 10%
no preço do diesel na refinaria. Nunca houve coisa semelhante neste País. Muitos desconfiam, genuinamente,
porque não existe no Brasil a cultura da diminuição dos preços dos combustíveis. As pessoas não acreditam
que isso possa acontecer.
Surpreendeu-me a reação negativa de várias pessoas diante de uma notícia tão boa – o preço do diesel foi
reduzido em 10%, e o da gasolina, em 3%, e isso certamente vai chegar às bombas. Começaram a surgir todas
aquelas críticas: “Não vai chegar à bomba!”, “Ué, aqui ainda está o mesmo preço na bomba de gasolina!” Esperem!
A gasolina começou a ser vendida agora em Paulínia a um preço 10% menor? Só se tivesse sido mandada de
jato, em jatos-tanques, para que fosse vendida imediatamente em Mato Grosso do Sul por um preço reduzido.
Existe um tempo para que isso venha efetivamente a acontecer.
58  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

Diziam também: “Vocês estão quebrando a PETROBRAS”. E outros: “E ao Cunha?” Esse assunto destacam
muito nas minhas redes sociais, quando não têm argumentos, e eu respondi: “Olhe, o Cunha é responsável por
isso mesmo”. Ele tem culpa mesmo. Se a PETROBRAS está conseguindo reduzir os preços dos combustíveis, de-
vemos muito ao Cunha, porque foi ele quem comandou o processo de enxotamento dessa ‘petrilha’ do poder.
Mas aí me dediquei, Deputado Colatto, um pouco mais a verificar o que estava acontecendo na PETRO-
BRAS. Deputado Colatto, desde o dia em que nós assumimos o Governo, Deputado Passarinho, até hoje, as
ações da PETROBRAS já subiram 100% – de 8 reais para 16 reais –, mesmo com a empresa tendo baixando os
preços dos combustíveis.
Os simples fatos de pararem de roubar a PETROBRAS e de haver gente competente à frente da empresa
fizeram com que em alguns meses subisse em 100% o valor das ações da PETROBRAS. Sabe quanto isso repre-
senta, Deputado Mauro Pereira, em dinheiro? Representa 104 bilhões de reais. Foi esse o aumento de valor da
PETROBRAS.
Ora, Deputado Feliciano, a PETROBRAS é um patrimônio do povo brasileiro, de todos nós! Somos cer-
ca de 200 milhões de pessoas. Sabe quanto representa, por brasileiro, o acréscimo no valor da PETROBRAS,
resultante de uma nova administração, de um Governo sério, de uma administração competente e honesta?
Representa 500 reais por brasileiro, de criança a idoso. São 500 reais por brasileiro, Deputado Mauro Pereira. É
isso que representa o aumento do valor dessa empresa, que é patrimônio de todos nós.
Como é possível que essa turma ou essa turba que enfiou o Brasil e a PETROBRAS, especificamente – e
eu chamo a atenção para a PETROBRAS, porque ela é o símbolo do desmando que se estabeleceu em nosso
País, a partir do desgoverno que tomou conta de nossa Pátria –, ainda tenham a desfaçatez, a hipocrisia e a fal-
ta de vergonha de irem para as redes sociais debater esse tema, simplesmente, porque torcem contra o Brasil?
Será que essa gente que tanto mal, ilustre colega Deputado Marquezelli, já fez ao nosso País tem o direito
de, agora, simplesmente passar a torcer contra? Será que eles têm esse direito de, como aves de mau agouro,
como urubus, ficarem sobrevoando a Pátria, com um insano desejo de que as coisas não deem certo? Eles não
têm esse direito! Recolham-se à sua incompetência e deixem o Brasil avançar!
Nós estamos aqui trabalhando, fazendo o que é necessário. O Governo Temer vai, sim, cumprir o seu
destino, que é o de fazer com que o Brasil volte a ser uma grande Pátria para todos os brasileiros.
O que já está acontecendo na PETROBRAS, Deputado Pompeo de Mattos, ilustre sul-rio-grandense, co-
meça a acontecer em toda a Pátria brasileira. São muitos os sinais de que as coisas começam a ir bem, para o
desespero desses que têm o único objetivo de que as coisas não deem certo para terem alguma chance de vol-
tar a governar o Brasil, para o desespero desses que, felizmente, não mais voltarão a comandar a nossa Pátria.
Viva o novo Brasil, governado por Michel Temer!
O SR. PRESIDENTE (Gilberto Nascimento) – Depois de termos ouvido o Deputado Marun, do Mato Gros-
so do Sul, nós vamos voar até o Pará e ouvir o Deputado Joaquim Passarinho, que vai falar pela Liderança do
PSD, para uma Comunicação de Liderança, por 6 minutos.
O SR. JOAQUIM PASSARINHO (PSD-PA. Como Líder. Sem revisão do orador.) – Muito obrigado, Sr. Pre-
sidente, Gilberto Nascimento.
É um prazer estar aqui e dizer não só para os nossos amigos Deputados, mas também para todo este
Brasil, na condição de Presidente da Comissão que analisa as 10 Medidas contra a Corrupção – o 2º Vice-Presi-
dente, Deputado Hauly; o Deputado Marun, o Deputado Colatto, o Deputado Mauro Pereira, que fazem parte
desta Comissão, estão aqui –, que a criação desse colegiado tem um pouco a ver com o que o Deputado Ma-
run disse há pouco.
Essa Comissão e essas medidas foram propostas após uma corrupção deslavada neste País; após o Go-
verno anterior não ter tomado conta, nem tomado rédea deste País; após as instituições haverem sido assal-
tadas neste País.
Isso levou a um descrédito muito grande, a um descrédito geral da população, em todas as esferas – em
todas as esferas, repito. E quem pagou por isso foi a classe política como um todo.
Isso culminou com a Operação Lava-Jato, que todos nós defendemos e precisamos defender. Nós pre-
cisamos defender a Operação Lava-Jato, e essas pessoas, esses 300 funcionários, de todas as matizes políticas,
de todos os rincões deste País. Como é que se pode dizer que isso é um tipo de conluio? Como 300 pessoas
concursadas neste País podem estar fazendo algum conluio?
Nós conseguimos, ontem, fechar o relatório com o Deputado Onyx Lorenzoni e entregá-lo à Comissão,
para estudos, por 2 reuniões. Vamos tentar votá-lo na semana que vem. Já estamos com a reunião programada.
E é importante que nós o façamos; é importante que esta Casa dê um retorno para a população; é im-
portante que esta Casa dê um retorno não somente à Lava-Jato, não somente aos Procuradores da República,
que fazem um trabalho excelente, magnífico.
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  59 

Eles tiveram a coragem, tiveram a determinação, tiveram o compromisso público de meter a mão na
ferida. Tiveram o compromisso público, Deputado Marun, de ir para cima da corrupção deslavada que ocorria
neste País. Eles tiveram coragem.
Agora este projeto não é mais do Ministério Público. Este projeto foi encampado pela sociedade. Qua-
se 2,5 milhões de assinaturas ele obteve. Fora isso, este projeto é também do Congresso. Este é um projeto
desta Casa. A Comissão teve mais de 110 horas de audiência. Ouvimos 104 pessoas, que vieram aqui discutir
conosco, nos brindar com sua colaboração. Algumas eram radicalmente contra; outras, radicalmente a favor;
outras, nem tanto.
Nós temos a consciência da capacidade de cada um dos membros da Comissão, aos quais eu agrade-
ço muito a ajuda que deram para eu poder presidir durante todo esse tempo. As pessoas que estavam ali são
comprometidas; foram para lá não só para criar problema. Pelo contrário, Deputado Valdir Colatto, V.Exa. par-
ticipou plenamente das reuniões, dos debates, das viagens para Curitiba, onde nós estivemos várias vezes. Da
mesma forma, o Deputado Marun, sempre combativo.
Enfim, nós tivemos pessoas que foram para lá colaborar, engrandecer, melhorar o projeto. O projeto foi
tão melhorado que já saiu ontem um relatório com 18 pontos – ele chegou aqui com dez e está saindo com
18. Nós estamos incorporando algumas ideias que tramitavam na Casa há anos, porque eram ideias boas.
E há algumas ideias, Deputado Marun – V.Exa., que é um dos mais combativos neste ponto –, que pode-
riam tangenciar a nossa Constituição; que poderiam trazer algum tipo de prejuízo às liberdades constitucio-
nais, tão preciosas neste País, como o problema das provas ilícitas – nós conseguimos retirar –, como restrições
a habeas corpus. Esses são instrumentos muito importantes para a democracia, e nós não poderíamos feri-la;
nós não poderíamos botá-la em risco.
O Relator foi muito inteligente: ouvindo os companheiros, ouvindo as pessoas que vieram debater, ou-
vindo a classe política, ouvindo os nossos participantes da Comissão, nós fomos trocando ideias. Eu tenho
certeza de que o relatório pode não ser o relatório perfeito – nada é perfeito –, mas, Deputado Carlos Marun,
deixou o projeto muito melhor do que era quando chegou a esta Casa – muito melhor, repito –, porque teve
a contribuição desta Casa.
Nós Deputados sabemos o que está no dia a dia. Logicamente, o Ministério Público tem a parte dele, mas
o Ministério Público não sabe tudo, não participa de todas as esferas. Nós, não; nós recebemos a contribuição
de todos: da Ordem dos Advogados, de doutores, de consultores. Enfim, aqui é o local da discussão; aqui, esta
Casa, é a casa do debate.
Eu tenho certeza de que, com a responsabilidade que os membros desta Comissão têm, com a respon-
sabilidade que os partidos políticos têm, nós vamos ainda, até quarta-feira, conseguir – e o Relator está dispos-
to – construir melhor esse texto; fazer alguns ajustes necessários de redação, se for o caso; incluir um ponto a
mais, ou retirar um ponto. Mas eu espero que nós possamos não perder o foco do objetivo inicial do projeto.
O projeto tem que manter as dez medidas que vieram para cá. O projeto tem que manter os objetivos para os
quais ele foi criado. O projeto tem que manter, no seu final, o objetivo, que é combater a ladroagem, a picare-
tagem que apareceram neste País.
Logicamente, nós não vamos acabar com isso, que é uma coisa meio cultural, Deputado Gilberto Nasci-
mento. Nós vamos mexer, inclusive, com recursos para a educação, para que nós possamos ir ao jovem e mos-
trar a ele que o crime não compensa. E, para isso, temos que aumentar a pena também. Isso não resolve, mas
dói mais nas pessoas, e elas passam a pensar mais.
Nós temos a satisfação de, ao longo desses meses, termos construído junto com V.Exas. isso. Nossa vinda
aqui é para agradecê-los pela compreensão, pelo carinho e pelo respeito que cada um teve com esta Presidência.
O SR. PRESIDENTE (Deputado Gilberto Nascimento) – O.k., Deputado Joaquim Passarinho.
O SR. PRESIDENTE (Gilberto Nascimento) – Há três Deputados inscritos para falar pela Liderança de
seus partidos: o Deputado Pr. Marco Feliciano, o Deputado Mauro Pereira e o Deputado Pompeo de Mattos.
Logicamente, eles têm prioridade, mas, como o Deputado Cabuçu Borges estava inscrito anteriormente, para
falar por 3 minutos, se os Líderes concordarem, passarei a palavra a ele antes.
O SR. LEÔNIDAS CRISTINO – Sr. Presidente, eu estava inscrito para falar pelo PDT.
O SR. PRESIDENTE (Gilberto Nascimento) – Porém, o Deputado Pompeo de Mattos, que é o Líder, che-
gou e tem prioridade.
V.Exa. vai encaminhar um pronunciamento por escrito? Tem a palavra para fazê-lo.
O SR. LEÔNIDAS CRISTINO (PDT-CE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Eu queria que V.Exa. deter-
minasse o registro nos Anais da Casa do importante pronunciamento que faço para comungar com toda a po-
pulação brasileira minha preocupação acerca do gravíssimo problema da seca no Ceará.
60  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

O Governo Federal tem a responsabilidade de contribuir para amenizar esse problema, com a transposi-
ção das águas do Rio São Francisco. Essa obra está paralisada. É preciso que o Ministério da Integração Nacio-
nal a retome, para que essas águas cheguem ao Ceará, à Paraíba e ao Rio Grande do Norte, principalmente, a
partir de março do próximo ano.
Eu queria pedir o registro deste pronunciamento nos Anais da Casa e também sua divulgação nos meios
de comunicação da Câmara dos Deputados, principalmente no programa A Voz do Brasil.
Este é um momento muito importante. Se essas águas não chegarem ao Ceará, todo o Estado vai ficar
numa situação muito complicada. Fortaleza, a quinta Capital mais populosa do Brasil, com 2,6 milhões de ha-
bitantes, poderá ficar sem água, que é de suma importância para preservar a vida.
O SR. PRESIDENTE (Gilberto Nascimento) – Deputado Leônidas Cristino, esta Presidência autoriza a As-
sessoria a receber o discurso e dará a ele a devida divulgação, para que o povo do Ceará e de todo o Nordeste
possa saber da preocupação de V.Exa. com o problema da seca.
PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o Estado do Ceará enfrenta hoje a pior crise hídrica da sua história,
após 5 anos de seca. O Governo do Estado tem feito um grande esforço, com ações emergenciais de abasteci-
mento; adutoras de engate rápido; perfuração de poços na zona rural e sedes urbanas; mobilização de opera-
ção de carros-pipa, para não deixar faltar água para os cearenses.
A crise hídrica no Estado é tão grave que Fortaleza, a quinta maior cidade do País, com população de
2,6 milhões de habitantes, está ameaçada de colapso total no abastecimento de água. As reservas hídricas do
Estado se reduzem a menos de 9% da capacidade.
O Açude Castanhão, que abastece a Região Metropolitana de Fortaleza, está com apenas 6% do esto-
que de água. A reserva hídrica é suficiente para suprir as necessidades da população local até março de 2017.
É preciso concluir com urgência o trecho que falta do Eixo Norte do Projeto de Integração do Rio São
Francisco, o PISF, para a água chegar ao Ceará, de modo a evitar o colapso em Fortaleza. Essa parte da obra,
que estava prevista para ser concluída em dezembro deste ano, foi abandonada pela empresa contratada e
encontra-se paralisada.
A solução para evitar a tragédia está nas mãos do Presidente Michel Temer e do Ministro da Integração
Nacional, Sr. Helder Barbalho, que o Governador do Ceará, Camilo Santana, mantém a par da situação.
Consultado pelo Ministério da Integração Nacional, na busca de alternativas técnicas e legais ao processo
licitatório que viabilize o imediato prosseguimento das obras e abrevie a sua conclusão, o Tribunal de Contas
da União (TCU) não se manifestou de forma conclusiva.
O Ceará e o Nordeste atravessam 5 anos consecutivos de seca e têm como única esperança a chegada
da água do São Francisco, com urgência.
Ciente da gravidade da situação, a bancada cearense na Câmara Federal apoia integralmente a iniciativa.
Os Deputados mantiveram encontros com os Ministros daquela Corte de Contas e com o Ministro da Integração
Nacional, com o propósito de sensibilizar a todos, na busca de uma solução emergencial para a crise hídrica.
Nessa mobilização, vamos unir forças com as bancadas do Nordeste na Câmara e no Senado para resol-
ver o problema, de modo a evitar que sequem as torneiras em 2017 em nossas cidades. Uma solução pode ser
a entrega da execução do trecho restante ao Exército ou a outra empreiteira. Pode-se pensar até no compar-
tilhamento de esforços.
O desafio está colocado para o Brasil. Devemos achar um caminho que atenda às exigências do órgão de
controle, mas imprima o máximo de agilidade à retomada da obra e garanta a sua conclusão antes de março
de 2017. A água, insumo essencial à vida, não pode faltar. A sede não pode esperar.
Sr. Presidente, a abertura de licitação para contratação de nova empresa, como chegou a cogitar o Minis-
tério da Integração Nacional, devido ao cumprimento dos prazos estipulados pelo processo, adiaria para o final
de 2017 a chegada da água do São Francisco ao Ceará. Seria muito tarde. Não evitaria a tragédia anunciada.
O caminho mais direto é utilizar os recursos alocados na licitação já realizada e empreender este esforço
nacional, que tem orçamento de aproximadamente R$ 600 milhões até a conclusão do trecho para atender
ao Ceará.
O Rio São Francisco é a fonte hídrica que vai tirar o Ceará dessa crise. O comportamento da estação de
chuvas de 2017 no Ceará e Estados vizinhos é uma incógnita. Até agora não dá para prever se as chuvas vão
ficar acima da média histórica de 800 milímetros por ano, nesse nível ou abaixo dele.
Os condicionantes atmosféricos nos Oceanos Pacífico e Atlântico não estão definidos. O Pacífico está
neutro. A temperatura no Atlântico, que influi nas precipitações, somente poderá ser levada em conta nos pró-
ximos meses, para efeito de elaboração do prognóstico da quadra invernosa.
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  61 

A solução desse problema está ao alcance do Governo. A tragédia pode ser evitada. O Ceará e o Nordeste
esperam que não haja negligência.
O momento iguala todos os brasileiros, do Norte, do Centro-Oeste, do Sul, do Sudeste e do Nordeste.
Esta é uma hora de desafio, em que precisamos da União, da solidariedade nacional inscrita no princípio fede-
rativo. Este Brasil, que a todos abraça, não vai deixar no desamparo o irmão nordestino.
Obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Gilberto Nascimento) – Vamos passar a palavra ao Deputado Cabuçu Borges, por 3
minutos. Logo depois, vamos voltar aos Líderes inscritos. Para finalizar, falará o Deputado Cabo Daciolo. Vamos
tentar fazer isso antes das 14 horas, quando temos de encerrar esta sessão e abrir outra.
Passo a palavra ao Deputado Cabuçu Borges, por 3 minutos.
O SR. CABUÇU BORGES (Bloco/PMDB-AP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e
Srs. Deputados, com imensa alegria, anunciamos, nesta tribuna, que já há uma data prevista para a inaugura-
ção de uma ponte sobre o Rio Matapi, no Estado do Amapá, ligando o norte ao sul do Estado, principalmente
as três cidades conurbadas: Macapá, Santana e Mazagão. É uma obra estruturante, com cerca de 600 metros,
que custou mais de 120 milhões de reais aos cofres públicos.
Também estou pedindo atenção do Governo Federal para que possamos inaugurar ainda a ponte sobre
o Rio Oiapoque. Essa ponte, que já está concluída desde 2011, liga o Brasil ao Mercado Comum Europeu, atra-
vés da Guiana Francesa. Nós precisamos de atenção para isso.
Eu queria ver o Presidente Temer presente na inauguração dessa ponte, junto ao Governo francês, porque
isso foi um acordo! E a França nos achincalha, justamente porque ela fez o seu dever de casa, e o nosso País, não.
Quero chamar a atenção também, já que nós estamos em fase de mudança nos Municípios, do novo
Prefeito do Município de Laranjal do Jari, no sul do Estado, para o fato de que nós temos lá a obra da ponte
sobre o rio Jari, que já foi começada, ligando o Estado do Amapá ao resto do Brasil. Seu término, infelizmente,
ainda não aconteceu – só há a estrutura para receber os pilares que sustentarão a ponte –, por irresponsabili-
dade dos governantes da época.
Nós precisamos tornar esse Estado viável, porque o Amapá, além de ter o Rio Amazonas e uma das 7
Maravilhas do Brasil, a Fortaleza de São José de Macapá, e ser cortado pela Linha do Equador, tem um poten-
cial turístico extraordinário. É por isso que eu chamo a atenção do Governo Federal. Temos um dos melhores
carnavais do Brasil e uma das festas culturais mais antigas da Amazônia, que a Festa de São Tiago. E eu digo
aqui: a inauguração dessa ponte sobre o Rio Matapi, a interligação do sistema elétrico brasileiro e a ligação do
Amapá ao resto do Brasil trarão oportunidades para a economia do Estado, porque nós já temos uma Zona
Franca Verde aprovada, regulamentada e implementada. Então, estamos preparados.
Agradeço a atenção de todos e aproveito – viu, Presidente? – para pedir que o meu pronunciamento seja
divulgado nos meios de comunicação desta Casa.
Obrigado.
Bom final de semana a todos.
O SR. PRESIDENTE (Gilberto Nascimento) – O.k., Deputado Cabuçu. Esta Presidência autoriza a Asses-
soria a receber o material de V.Exa. e encaminhá-lo para divulgação nos órgãos de comunicação da Casa, bem
como o programa A Voz do Brasil.
Srs. Deputados, nós temos mais 15 minutos e 3 Deputados inscritos, mais o Deputado Cabo Daciolo,
que fará o encerramento. Então, eu vou pedir aos Deputados Pr. Marco Feliciano, Mauro Pereira e Pompeo de
Mattos para usarem, mais ou menos, 4 ou 5 minutos cada um, porque, assim, nós ficamos dentro do tempo
da sessão, o.k.?
O SR. PRESIDENTE (Gilberto Nascimento) – Concedo a palavra ao Sr. Deputado Pr. Marco Feliciano, para
uma Comunicação de Liderança, pelo Bloco PP/PTB/PSC.
O SR. PR. MARCO FELICIANO (Bloco/PSC-SP. Como Líder. Sem revisão do orador.) – Muito obrigado,
nobre Deputado Gilberto Nascimento, que preside esta sessão.
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, brasileiros que nos veem pela TV Câmara, eu faço uso desta
tribuna em um momento histórico para o mundo, com o resultado das últimas eleições presidenciais nos Es-
tados Unidos da América.
Há um desespero no mundo jornalístico de Esquerda pela mudança geopolítica mundial neste momento.
Antes de mais nada, quero parabenizar o jornalista da revista Veja Felipe Moura Brasil, que foi o único
jornalista do Brasil que vaticinou a vitória de Donald Trump.
Venceu, a meu ver, o melhor, afirmo sem sombra de dúvidas, por analisar o passado político de ambos os
candidatos: um, neófito na política, mas empresário de sucesso e excelente administrador, e outro, com uma
vasta experiência política, que é o caso da candidata Hilary Clinton, que mais recentemente ocupou o cargo
62  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

de Secretária de Estado, com grande influência na geopolítica internacional, durante o rescaldo das guerras do
lraque e Afeganistão, onde acredita-se que, por falta de pulso firme, proliferou aquilo que foi autodenomina-
dos Exército Islâmico, que até hoje infringe terror e morte a cidadãos indefesos e inocentes, ceifando milhares
de vidas, com ênfase nos cristãos.
Na política interna, o atual governo flexibilizou os costumes, legalizando o casamento entre pessoas
do mesmo sexo; liberou a maconha para uso medicinal e recreativo, mas de forma desenfreada, ocasionando
uma geração de drogados legais.
Com uma intrínseca necessidade de volta a uma América conservadora, embasada na tradicional cultu-
ra judaico-cristã, a maioria do povo norte-americano optou por uma candidatura conservadora, na figura do
Presidente eleito Donald Trump.
Nós acreditamos no livre-arbítrio, mas também nos desígnios de Deus, e o que vimos foi uma vitória das
forças conservadoras num país que influencia todo o mundo e, até hoje, tem protegido a quem lhe solicita de
ataques externos de regimes totalitários e expansionistas.
Esperamos uma nova era nas relações entre o Brasil e os EUA, com a tradicional amizade entre os povos,
respeito mútuo e colaboração incondicional, para um mundo melhor.
Eu recebi, nas minhas mídias sociais, um texto apócrifo e quero, aqui, dar voz a este texto, que fala sobre
a vitória de Donald Trump:
“A vitória de Donald Trump, importante em diversos aspectos, revelou que é possível eliminar duas chagas
da sociedade moderna: 1. A tirania da imprensa esquerdista. Acho que nunca um candidato foi solapado
de todos os modos e por todos os lados, nunca um candidato (exceto, talvez, Lula) foi unanimidade na
imprensa (com o detalhe de que Lula maciçamente apoiado, e Trump, uniformemente detestado). Ob-
viamente, os jornalistas do mundo todo, inclusive os brasileiros, esquerdistas em sua absoluta maioria,
trataram de fazer o possível para que Trump fosse defenestrado. Mas ele venceu: Trump 1, zero para a
imprensa esquerdista. Ninguém sabia, mas a imprensa não pode tudo, e a voz do povo – “de bagos ple-
nos” – falou mais alto. 2. Que o povo está cansado da ditadura das minorias e do politicamente correto,
dos ativistas de toda ordem que não passam de um punhado de agitadores e que incomodam, atrapa-
lham, acabam com a paciência de todos nós, que queremos simplesmente viver, trabalhar e estudar em
paz e ser feliz. Esta raça de gente, infeliz na sua essência, passa o dia querendo impor comportamentos
aos outros – que somos a maioria! Como pudemos deixar estes imbecis tomarem conta do mundo? Eles
fizeram o diabo para impedir a eleição de Trump, todavia, embora barulhentos, baderneiros, agressores,
esta eleição revelou-nos que eles são a minoria. Tão escandalosos eram que pareciam ser muitos, mas
eles são, na verdade, poucos, e nós vamos a voltar a dominar o mundo, porque somos a maioria! Nos
EUA, até na Flórida, um Estado de nítido predomínio hispânico, Trump venceu. Trump só não venceu nos
lugares badalados, como a Califórnia, São Francisco e onde quer que haja uma multidão de ativistas gays
(nada contra o gay, apenas contra o ativismo), atores e artistas (invariavelmente inúteis), ciclo ativista,
ativistas islamofílicos, ativistas dos direitos humanos, ativistas e mais ativistas, a querer nos impor o
sempre politicamente correto (na visão deles) de toda ordem, enfim. Gente inútil, de alma ruim, e impres-
siona que vivem nas costas do Pacífico e do Atlântico, perto do mar, que lhes deveria ser saúde. Porque
no interior duro, onde vive o americano que trabalha e paga imposto para sustentar estes vagabundos,
Trump venceu avassaladoramente. Repasse a sesus contatos, vamos começar a mudar o mundo, criar
um mundo no qual nós, a maioria que trabalha, estuda, paga impostos e quer apenas paz para ser feliz,
possa realmente viver em paz sem ser importunada e bombardeada todos os dias por uma imprensa
incompetente e por ativistas do politicamente correto.”
Termino aqui a prédica desse texto apócrifo, pedindo que seja lida no programa A Voz do Brasil.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Gilberto Nascimento) – O.k., Deputado Pr. Marco Feliciano, esta Presidência vai de-
terminar que seja dada divulgação ao pronunciamenteo de V.Exa. em todos os órgãos de comunicação da Casa,
inclusive no programa A Voz do Brasil.
O SR. PRESIDENTE (Gilberto Nascimento) – Srs. Deputados, temos mais 10 minutos para concluir esta
sessão. Logo em seguida, às 14 horas, vamos abrir outra. Temos o Deputado Valdir Colatto ainda, que será o
primeiro orador, e o Deputado Cabo Daciolo.
Então, nós vamos fazer o seguinte: vamos ouvir agora, por 4 minutos, o Deputado Pompeo de Mattos, e
concluiremos, depois, esta sessão com as palavras do Deputado Mauro Pereira.
Tem V.Exa. a palavra, Deputado Pompeo de Mattos, para uma Comunicação de Liderança, pelo PDT.
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  63 

O SR. POMPEO DE MATTOS (PDT-RS. Como Líder. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs.
Parlamentares, eu venho à tribuna para falar sobre a PETROBRAS. E falo com a autoridade de quem pertence
ao partido do Getúlio, do Jango, do Brizola, trabalhista, o nosso velho e grande PDT, para dizer que quem criou,
quem fundou, quem derramou sangue para criar a PETROBRAS fomos nós, os pedetistas e os trabalhistas.
É verdade que a PETROBRAS vive momentos difíceis? É. Mas nós precisamos esclarecer algumas coisas
que se fazem necessárias.
A PETROBRAS não está mal tão somente porque foi roubada – e roubaram a PETROBRAS! Mas eu quero
dizer que já vêm roubando da PETROBRAS há pelo menos 30 ou 40 anos. E não foi o Governo que aí está que
fez isso. Foi o Governo que esteve, o outro que esteve antes, e o outro que também esteve lá.
A prova está no Delcídio do Amaral, que admitiu que roubou da PETROBRAS e que, ele mesmo admitiu,
foi colocado lá pelo Fernando Henrique – Fernando Henrique Cardoso roubando da PETROBRAS! A Presidência
da República mudou para o Lula, e ele ficou lá, pois mudou para o PT também, para continuar no mesmo es-
quema. E, se entrar o Temer, ele muda também. Eles vão mudando de governante, porque não interessa para
eles o governante, ou nenhum Governo; interessa o esquema que eles têm lá dentro da PETROBRAS.
E a PETROBRAS não quebrou, ainda que a tenham roubado, porque o negócio da empresa é muito bom!
Porque, além de roubalheira, tem má gestão – deste Governo, do anterior, de todos os Governos.
Agora, o grave problema da PETROBRAS, que a levou ao fundo do poço, não foram só a roubalheira e
a má gestão – que ajudaram –, mas o negócio do petróleo. O petróleo custava, há 2 anos e pouco, 110 dóla-
res o barril e passou a custar 28 dólares, 29 dólares, 30 dólares o barril. Não há como o negócio se sustentar. É
como se, no Rio Grande do Sul, a soja, que vale 80 reais, em média, viesse a custar 15 reais a saca. Isso quebra-
ria o agronegócio gaúcho, quebraria os sojicultores! Então, a PETROBRAS quase quebrou também por conta
do negócio. E, como o negócio afundou, apareceram as outras coisas que sempre existiram: a má gestão e a
roubalheira na PETROBRAS.
Qual é o desafio agora? É estancar essa roubalheira e melhorar a gestão, porque o negócio, por si só, vai
melhorar. Aliás, já está melhorando.
Então, não venham dizer assim: “Ah, mas agora, no Governo Temer, está melhorando a PETROBRAS”. Pode
até ser, se fizerem uma boa gestão, se pararem com a roubalheira. Agora, o negócio petróleo não depende do
Temer, não depende do Lula, da Dilma, de mim, de V.Exas., desses ou daqueles; depende do mercado mundial.
E hoje o petróleo já está a 45 dólares, 50 dólares o barril.
Isso levanta a PETROBRAS, porque o negócio petróleo, no mundo inteiro, dá lucro. Sazonalmente, ele
sofre crises, e crises até, muitas vezes, graves, como é esta crise.
Então eu quero dizer isso com muita clareza. Não venham me dizer que temos que entregar o pré-sal,
porque não conseguem operar o pré-sal etc. A PETROBRAS descobriu o pré-sal sozinha; ela tira o petróleo do
pré-sal sozinha; tem a tecnologia mais avançada do mundo; é capacitada; é preparada. Não tem há por que,
agora, buscar um sócio para a PETROBRAS, para se aproveitar das coisas que ela já fez.
Estão querendo chamar um sócio como se chama a raposa para cuidar da galinha. Bota a raposa no ga-
linheiro para ver o que vai acontecer – é instinto do animal: a raposa vai comer a galinha, vai matar os pintos e
vai quebrar os ovos. Não vai sobrar nada!
Esses que têm interesses internacionais na questão do petróleo vão para dentro da PETROBRAS e vão
cuidar não da PETROBRAS, nem do Brasil, nem do petróleo brasileiro; vão cuidar dos “interésses” deles – como
dizia o nosso lendário Dr. Leonel Brizola –, dos “interésses” internacionais. Eles vão cuidar dos negócios deles.
E é natural que façam isso; é lógico; nós temos que compreender.
Por isso, eu defendo a PETROBRAS brasileira, nacional. Defendo a PETROBRAS para os brasileiros.
O pré-sal é uma riqueza que precisa ser preservada, cuidada, zelada, para gerar educação, saúde, para
melhorar a vida e a qualidade de vida, para trazer tecnologia para o Brasil e para os brasileiros.
Esse é o desafio, Presidente!
Por isso, viva a PETROBRAS! Longa vida à PETROBRAS.
O SR. PRESIDENTE (Gilberto Nascimento) – Obrigado, Deputado Pompeo de Mattos.
O SR. PRESIDENTE (Gilberto Nascimento) – Nós vamos agora ouvir o Deputado Valdir Colatto, que vai
falar por 3 minutos.
Nós vamos encerrar a sessão às 14 horas e abriremos uma próxima sessão, quando vai falar o Deputado
Cabo Daciolo e, em seguida, também, pela Liderança, o Deputado Mauro Pereira, que usará a palavra por 10
minutos.
Deputado Valdir Colatto, V.Exa. tem o tempo regimental de 3 minutos, para nós encerrarmos a sessão
às 14 horas.
64  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

O SR. VALDIR COLATTO (Bloco/PMDB-SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente Deputa-
do Gilberto Nascimento, eu queria cumprimentá-lo e também ao Deputado Mauro Pereira, que nos cedeu o
tempo. Muito obrigado.
Quero dizer que quem diz que a PETROBRAS está sendo mal administrada neste Governo está dizendo
bobagem, porque já vimos os dados que nos dão conta de que as ações da PETROBRAS subiram mais de 100%.
E agora, com o aumento do petróleo, está baixando o preço, o que é natural.
É o contrário do que acontecia no Governo Dilma, quando o petróleo lá fora baixava e, aqui, aumentava
o seu preço. Isso é uma incoerência. A má administração era, sim, do Governo anterior.
Só para se ter uma ideia, Sr. Presidente, nós fizemos um trabalho muito grande aqui para tirar o PIS-COFINS
do óleo diesel. Este ano e no ano passado, travamos uma luta imensa para diminuir os custos do transporte para
os nossos transportadores de carga. Se tirássemos o PIS-COFINS, teríamos em torno de 10%, 11% a menos no
preço do óleo diesel. Isso resultaria em cerca de 22 a 25 centavos por litro, o que representa algo como 2.500
reais de economia por mês, por caminhão, viabilizando o trabalho dos nossos transportadores, que poderiam
pagar Inclusive a prestação de seu caminhão.
Não conseguimos isso, porque, apesar de a medida ter sido aprovada por esta Casa e pelo Senado, a ex-
-Presidente Dilma vetou a retirada do PIS-COFINS do diesel.]
E agora, sem precisar tirar imposto, o nosso Presidente da PETROBRAS e o Governo baixam o preço do
combustível, atendendo àquela reivindicação antiga dos transportadores do Brasil.
O setor está em dificuldade, está crise, e, com certeza, recebe de bom grado essa diminuição do preço,
pela segunda vez, da gasolina e, agora, do óleo diesel, do combustível, para o Brasil.
Então, está de parabéns, sim, a PETROBRAS. Nós estamos levantando novamente a PETROBRAS.
É claro que uma petrolífera hoje é um bom negócio. Agora, não seu viu, em nenhum lugar do mundo,
uma empresa de petróleo falir, como a PETROBRAS está falida, devendo 500 bilhões de reais. E tem gente que
ainda diz que não se pode trabalhar isso.
Quanto ao pré-sal há, sim, a opção de a PETROBRAS entrar no negócio ou não. Ela tem a opção; é dela a
escolha. Agora, não podemos obrigar a PETROBRAS a ser sócia de alguma outra empresa.
O pré-sal é nosso, e a PETROBRAS pode explorar, sim, o petróleo do pré-sal. Foi isso que nós aprovamos
nesta Casa, com certeza, dizendo: “Olha, PETROBRAS, se você achar que é bom negócio, você entra; se não achar,
fica fora”. Foi isso que foi aprovado, mas tem gente que é contra essa medida e está levantando dados que não
têm fundamento.
Por isso, nós queremos dizer que um bom trabalho feito por esta Casa, pelo Congresso Nacional. O Mi-
nistro Serra realmente colocou essa posição, dizendo que o pré-sal vai sair; nós precisamos gerir recursos.
Quanto à saúde e à educação, ambas as áreas têm direito a uma fatia desse dinheiro que virá do pré-sal.
Esse dinheiro continua sendo para esse setor, independentemente de ser a PETROBRAS ou não a explorar o
pré-sal.
E as parcerias já existem, estão dando aí resultado, e nós vamos realmente ter um novo tempo.
Esta é mais uma ação do Governo Temer pela qual nós queremos parabenizá-lo, pois entendemos que
está dando certo.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Gilberto Nascimento) – O.k., Deputado Valdir Colatto.
Muito obrigado.
PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO À MESA PARA PUBLICAÇÃO
O SR. MISSIONÁ
RIO JOSÉ OLIMPIO (DEM-SP. Pronunciamento encaminhado pelo orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs.
Deputados, meus amigos e minhas amigas, aqui é o Deputado Federal Missionário José Olimpio. Venho a esta
tribuna para falar de algo que muito me preocupa.
Tramita no Senado Federal a sugestão de elaboração de proposta de emenda à Constituição tendente
a abolir a imunidade tributária de igrejas e templos de todos os cultos. Pastor que sou e membro da bancada
evangélica, causa-me muita apreensão o prosseguimento desta proposta.
Sabemos todos que a atividade tributante é típica de qualquer Estado e que precisa arrecadar para po-
der desenvolver suas atividades. No entanto, nem tudo deve ser tributado, e tais exceções estão estritamente
previstas na Constituição Federal de 1988.
Importante dizer que uma confissão religiosa nada mais é que uma entidade dotada de estrutura or-
gânica hierarquizada, instituída com o objetivo fundamental de agrupar pessoas que partilham das mesmas
crenças e que nutrem a mesma fé.
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  65 

Assim, são confissões religiosas não só a Igreja Católica e as nascidas da Reforma Protestante, como as
que adotam fórmulas mais elementares e variadas de organização: sinodal, congressista, etc. Também mere-
cem esta qualificação as comunidades judaicas e muçulmanas, que, embora se caracterizem pela dispersão e
multiplicidade, têm uma fé comum.
Neste sentido, temos que culto é a reunião de pessoas, com objetivos afins, como o de disseminar a re-
ligião e a fé, sendo que a reunião deverá ser constante e periódica.
Isso se dá desta forma porque a atividade dos templos de qualquer culto não tem como objetivo o lucro,
mas, sim, a disseminação da crença religiosa, a fé. Ainda, há que se lembrar que os templos de qualquer culto
exercem enorme e relevante função social, consistente na ajuda a viciados, pobres e miseráveis, contribuindo
e muito para um Estado mais justo e humanitário.
Por outro lado, tem-se que o Direito Tributário deve se preocupar com atividades economicamente in-
teressantes para o Estado, e este não é o caso dos templos de qualquer culto, que não exercem nenhuma ati-
vidade econômica.
Vejam que as imunidades tributárias devem ser consideradas cláusulas pétreas, fazendo parte do núcleo
intangível consagrado pelo constituinte.
Em sentido mais amplo, podemos dizer que a referida imunidade alcança também a Igreja, entidade
mantenedora do templo, bem como abrange outros bens imóveis que tenham relação com o fim institucional
das religiões, isto é, locais que viabilizam o culto, não empregados em fins econômicos.
O Supremo Tribunal Federal, em processo relatado pelo Ministro Eros Grau, garantiu que a imunidade
tributária se estende também aos cemitérios, considerados parte da entidade religiosa, aplicando-se a imuni-
dade prevista no dispositivo constitucional.
Assim, todas as atividades desenvolvidas pelas igrejas, por serem consideradas de grande interesse
social e cultural, que são intrínsecas ao trabalho dos templos de qualquer culto, não podem, jamais, ser
tributadas.
Por tais motivos, Sras. e Srs. Deputados, conclamo a todos porque, se aprovada tal PEC no Senado, que
esta seja rechaçada nesta Casa.
Era o que tinha a dizer.
Muito obrigado.

VI – ENCERRAMENTO
O SR. PRESIDENTE (Gilberto Nascimento) – Nada mais havendo a tratar, vou encerrar a sessão.
O SR. PRESIDENTE (Gilberto Nascimento) – COMPARECEM MAIS OS SRS.:
Total de Parlamentares: 81
RORAIMA
Carlos Andrade PHS
Total de RORAIMA 1
AMAPÁ
Vinicius Gurgel PR
Total de AMAPÁ 1
PARÁ
Edmilson Rodrigues PSOL
Total de PARÁ 1
AMAZONAS
Alfredo Nascimento PR
Total de AMAZONAS 1
RONDÔNIA
Lindomar Garçon PRB
Mariana Carvalho PSDB
Marinha Raupp PMDB PmdbPen
Total de RONDÔNIA 3
66  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

ACRE
Alan Rick PRB
Jéssica Sales PMDB PmdbPen
Total de ACRE 2
TOCANTINS
Carlos Henrique Gaguim PTN PtnPtdoBPsl
Dulce Miranda PMDB PmdbPen
Total de TOCANTINS 2
MARANHÃO
André Fufuca PP PpPtbPsc
Total de MARANHÃO 1
CEARÁ
Danilo Forte PSB
Total de CEARÁ 1
PIAUÍ
Assis Carvalho PT
Maia Filho PP PpPtbPsc
Total de PIAUÍ 2
RIO GRANDE DO NORTE
Fábio Faria PSD
Rafael Motta PSB
Rogério Marinho PSDB
Total de RIO GRANDE DO NORTE 3
PARAÍBA
André Amaral PMDB PmdbPen
Hugo Motta PMDB PmdbPen
Wilson Filho PTB PpPtbPsc
Total de PARAÍBA 3
PERNAMBUCO
André de Paula PSD
João Fernando Coutinho PSB
Tadeu Alencar PSB
Zeca Cavalcanti PTB PpPtbPsc
Total de PERNAMBUCO 4
ALAGOAS
Arthur Lira PP PpPtbPsc
JHC PSB
Nivaldo Albuquerque PRP
Paulão PT
Ronaldo Lessa PDT
Rosinha da Adefal PTdoB PtnPtdoBPsl
Total de ALAGOAS 6
SERGIPE
Fábio Mitidieri PSD
Valadares Filho PSB
Total de SERGIPE 2
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  67 

BAHIA
Bebeto PSB
Erivelton Santana PEN PmdbPen
Roberto Britto PP PpPtbPsc
Sérgio Brito PSD
Tia Eron PRB
Total de BAHIA 5
MINAS GERAIS
Bonifácio de Andrada PSDB
Brunny PR
Jô Moraes PCdoB
Leonardo Quintão PMDB PmdbPen
Luis Tibé PTdoB PtnPtdoBPsl
Marcos Montes PSD
Patrus Ananias PT
Saraiva Felipe PMDB PmdbPen
Total de MINAS GERAIS 8
RIO DE JANEIRO
Alessandro Molon REDE
Alexandre Valle PR
Celso Jacob PMDB PmdbPen
Chico D Angelo PT
Francisco Floriano DEM
Luiz Sérgio PT
Marcelo Matos PHS
Roberto Sales PRB
Rosangela Gomes PRB
Total de RIO DE JANEIRO 9
SÃO PAULO
Alexandre Leite DEM
Andres Sanchez PT
Beto Mansur PRB
Celso Russomanno PRB
Gilberto Nascimento PSC PpPtbPsc
João Paulo Papa PSDB
Orlando Silva PCdoB
Pr. Marco Feliciano PSC PpPtbPsc
Renata Abreu PTN PtnPtdoBPsl
Ricardo Bentinho PRB
Vicentinho PT
Vitor Lippi PSDB
Total de SÃO PAULO 12
MATO GROSSO
Nilson Leitão PSDB
Ságuas Moraes PT
Total de MATO GROSSO 2
DISTRITO FEDERAL
Augusto Carvalho Solidaried
Erika Kokay PT
Total de DISTRITO FEDERAL 2
68  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

MATO GROSSO DO SUL


Carlos Marun PMDB PmdbPen
Total de MATO GROSSO DO SUL 1

PARANÁ
Alex Canziani PTB PpPtbPsc
Aliel Machado REDE
Hermes Parcianello PMDB PmdbPen
Luiz Carlos Hauly PSDB
Marcelo Belinati PP PpPtbPsc
Reinhold Stephanes PSD
Sergio Souza PMDB PmdbPen
Takayama PSC PpPtbPsc
Total de PARANÁ 8

RIO GRANDE DO SUL


Alceu Moreira PMDB PmdbPen
Total de RIO GRANDE DO SUL 1
DEIXAM DE COMPARECER OS SRS.:
Total de Parlamentares: 137

RORAIMA
Hiran Gonçalves PP PpPtbPsc
Jhonatan de Jesus PRB
Shéridan PSDB
Total de RORAIMA 3

AMAPÁ
Roberto Góes PDT
Total de AMAPÁ 1

PARÁ
Arnaldo Jordy PPS
Delegado Éder Mauro PSD
Elcione Barbalho PMDB PmdbPen
Simone Morgado PMDB PmdbPen
Wladimir Costa Solidaried
Total de PARÁ 5

AMAZONAS
Arthur Virgílio Bisneto PSDB
Silas Câmara PRB
Total de AMAZONAS 2

RONDÔNIA
Nilton Capixaba PTB PpPtbPsc
Total de RONDÔNIA 1

ACRE
Leo de Brito PT
Moisés Diniz PCdoB
Rocha PSDB
Total de ACRE 3
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  69 

TOCANTINS
César Halum PRB
Irajá Abreu PSD
Total de TOCANTINS 2
MARANHÃO
Alberto Filho PMDB PmdbPen
Aluisio Mendes PTN PtnPtdoBPsl
Cleber Verde PRB
João Castelo PSDB
Junior Marreca PEN PmdbPen
Juscelino Filho DEM
Rubens Pereira Júnior PCdoB
Weverton Rocha PDT
Total de MARANHÃO 8
CEARÁ
Aníbal Gomes PMDB PmdbPen
Cabo Sabino PR
Chico Lopes PCdoB
Domingos Neto PSD
Genecias Noronha Solidaried
Gorete Pereira PR
José Airton Cirilo PT
Macedo PP PpPtbPsc
Raimundo Gomes de Matos PSDB
Vicente Arruda PDT
Total de CEARÁ 10
PARAÍBA
Manoel Junior PMDB PmdbPen
Total de PARAÍBA 1
PERNAMBUCO
Anderson Ferreira PR
Betinho Gomes PSDB
Carlos Eduardo Cadoca PDT
Danilo Cabral PSB
Eduardo da Fonte PP PpPtbPsc
Severino Ninho PSB
Silvio Costa PTdoB PtnPtdoBPsl
Total de PERNAMBUCO 7
ALAGOAS
Pedro Vilela PSDB
Total de ALAGOAS 1
SERGIPE
João Daniel PT
Jony Marcos PRB
Laercio Oliveira Solidaried
Total de SERGIPE 3
BAHIA
Afonso Florence PT
70  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

Arthur Oliveira Maia PPS


Benito Gama PTB PpPtbPsc
Daniel Almeida PCdoB
Fernando Torres PSD
João Gualberto PSDB
José Carlos Aleluia DEM
José Rocha PR
Márcio Marinho PRB
Mário Negromonte Jr. PP PpPtbPsc
Uldurico Junior PV
Total de BAHIA 11
MINAS GERAIS
Caio Narcio PSDB
Franklin Lima PP PpPtbPsc
Gabriel Guimarães PT
George Hilton PROS
Jaime Martins PSD
Marcelo Álvaro Antônio PR
Marcus Pestana PSDB
Margarida Salomão PT
Mauro Lopes PMDB PmdbPen
Misael Varella DEM
Odelmo Leão PP PpPtbPsc
Padre João PT
Raquel Muniz PSD
Reginaldo Lopes PT
Stefano Aguiar PSD
Subtenente Gonzaga PDT
Total de MINAS GERAIS 16
ESPÍRITO SANTO
Paulo Foletto PSB
Total de ESPÍRITO SANTO 1
RIO DE JANEIRO
Alexandre Serfiotis PMDB PmdbPen
Clarissa Garotinho PR
Fernando Jordão PMDB PmdbPen
Indio da Costa PSD
Jean Wyllys PSOL
Marcos Soares DEM
Sergio Zveiter PMDB PmdbPen
Simão Sessim PP PpPtbPsc
Washington Reis PMDB PmdbPen
Total de RIO DE JANEIRO 9
SÃO PAULO
Antonio Bulhões PRB
Antonio Carlos Mendes Thame PV
Arlindo Chinaglia PT
Arnaldo Faria de Sá PTB PpPtbPsc
Bruna Furlan PSDB
Bruno Covas PSDB
Carlos Sampaio PSDB
Eduardo Cury PSDB
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  71 

Evandro Gussi PV
Guilherme Mussi PP PpPtbPsc
Luiz Lauro Filho PSB
Miguel Haddad PSDB
Paulo Maluf PP PpPtbPsc
Paulo Pereira da Silva Solidaried
Paulo Teixeira PT
Ricardo Izar PP PpPtbPsc
Ricardo Tripoli PSDB
Roberto Alves PRB
Roberto Freire PPS
Total de SÃO PAULO 19
MATO GROSSO
Adilton Sachetti PSB
Carlos Bezerra PMDB PmdbPen
Fabio Garcia PSB
Total de MATO GROSSO 3
DISTRITO FEDERAL
Laerte Bessa PR
Rôney Nemer PP PpPtbPsc
Total de DISTRITO FEDERAL 2
GOIÁS
Alexandre Baldy PTN PtnPtdoBPsl
Daniel Vilela PMDB PmdbPen
Delegado Waldir PR
Flávia Morais PDT
Giuseppe Vecci PSDB
João Campos PRB
Jovair Arantes PTB PpPtbPsc
Total de GOIÁS 7
MATO GROSSO DO SUL
Elizeu Dionizio PSDB
Total de MATO GROSSO DO SUL 1
PARANÁ
Alfredo Kaefer PSL PtnPtdoBPsl
Edmar Arruda PSD
Evandro Roman PSD
Fernando Francischini Solidaried
Giacobo PR
Luiz Nishimori PR
Osmar Bertoldi DEM
Rubens Bueno PPS
Total de PARANÁ 8
SANTA CATARINA
Edinho Bez PMDB PmdbPen
João Rodrigues PSD
Pedro Uczai PT
Rogério Peninha Mendonça PMDB PmdbPen
Total de SANTA CATARINA 4
72  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

RIO GRANDE DO SUL


Bohn Gass PT
Darcísio Perondi PMDB PmdbPen
Giovani Cherini PR
José Otávio Germano PP PpPtbPsc
Luiz Carlos Busato PTB PpPtbPsc
Marco Maia PT
Maria do Rosário PT
Nelson Marchezan Junior PSDB
Renato Molling PP PpPtbPsc
Total de RIO GRANDE DO SUL 9
O SR. PRESIDENTE (Gilberto Nascimento) – Encerro a sessão, convocando Sessão Não Deliberativa de
Debates para hoje, quinta-feira, dia 10 de novembro, às 14 horas.

CÂMARA DOS DEPUTADOS

Em 10 de novembro de 2016
(Quinta-feira)

SESSÃO DE DEBATES

(NÃO DELIBERATIVA)
(Às 14 horas)

PEQUENO EXPEDIENTE
(Das 14 às 15 horas)

GRANDE EXPEDIENTE
(Às 15 horas)

Oradores:
15:00 Assis Carvalho (PT – PI)
15:25 Rubens Otoni (PT – GO)
COMUNICAÇÕES PARLAMENTARES

(Encerra-se a sessão às 14 horas e 1 minuto.)

Ata da 290ª Sessão da Câmara dos Deputados, Não


Deliberativa Solene, Matutina, da 2ª Sessão Legislativa
Ordinária, da 55ª Legislatura, em 10 de novembro de 2016
Presidência do Sr.: Daniel Coelho, nos termos do § 2º do artigo 18 do Regimento Interno

Ata da 290ª (ducentésima nonagésima) Sessão da Câmara dos Deputados, Não Deliberativa Solene, ma-
tutina, da 2ª Sessão Legislativa Ordinária, da 55ª Legislatura, em 10 de novembro de 2016. Às 9h32, o Sr. Daniel
Coelho, no exercício da Presidência, nos termos do § 2º do artigo 18 do Regimento Interno, declarou aberta a
sessão e deu por dispensada a leitura da ata da sessão anterior. O Sr. Presidente informou que a sessão desti-
nou-se à homenagem póstuma ao Ex-Deputado Federal Osvaldo Coelho; prestou as devidas homenagens; e
convidou para compor a Mesa os Srs. Fernando Coelho Filho, Ministro de Estado de Minas e Energia; Mendonça
Filho, Ministro de Estado da Educação; Kênia Regia Anasenko Marcelino, Presidente da Companhia de Desen-
volvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba – CODEVASF; Guilherme Coelho, filho do homenageado;
e Bruno Araújo, Ministro de Estado das Cidades. O Sr. Presidente convidou todos a ouvir o Hino Nacional. Após
a exibição do vídeo comemorativo, o Sr. Presidente proferiu discurso do Sr. Rodrigo Maia, Presidente da Câma-
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  73 

ra dos Deputados, e concedeu a palavra aos Srs. Fernando Coelho Filho, Mendonça Filho, Bruno Araújo, Kênia
Regia Anasenko Marcelino e Guilherme Coelho, componentes da Mesa; Paes Landim, Kaio Maniçoba, e Fernan-
do Monteiro, autores do requerimento; Antonio Imbassahy, Líder do PSDB; Heráclito Fortes, pelo PSB; Roberto
Balestra, pelo PP; e Carlos Melles, pelo Democratas. Usaram da palavra pela ordem os Srs. Jarbas Vasconcelos
e Alberto Fraga. Usou da palavra, ainda, o Sr. Fernando Bezerra Coelho, Senador da República. O Sr. Presidente
registrou a presença de convidados, reiterou as homenagens prestadas, agradeceu a presença de todos e, às
11h43, encerrou a sessão. – Gilberto Nascimento, Presidente – Mauro Pereira, Secretário
As notas taquigráficas desta Sessão Não Deliberativa Solene poderão ser solicitadas ao Departa-
mento de Taquigrafia, Revisão e Redação – DETAQ.

Ata da 291ª Sessão da Câmara dos Deputados, Não


Deliberativa de Debates, Vespertina, da 2ª Sessão Legislativa
Ordinária, da 55ª Legislatura, em 10 de novembro de 2016
Presidência dos Srs.: Gilberto Nascimento, 2º Suplente de Secretário, Mauro Pereira,
Hildo Rocha, nos termos do § 2º do artigo 18 do Regimento Interno

I – ABERTURA DA SESSÃO
O SR. PRESIDENTE (Gilberto Nascimento) – A lista de presença registra na Casa o comparecimento de
374 Senhoras Deputadas e Senhores Deputados.
Está aberta a sessão.
Sob a proteção de Deus e em nome do povo brasileiro iniciamos nossos trabalhos.

II – LEITURA DA ATA
O SR. PRESIDENTE (Gilberto Nascimento) – Fica dispensada a leitura da ata da sessão anterior.

III – EXPEDIENTE
(Não há expediente a ser lido)
O SR. PRESIDENTE (Gilberto Nascimento) – Passa-se ao

IV – PEQUENO EXPEDIENTE
Concedo a palavra ao Sr. Deputado Cabo Daciolo.
O SR. CABO DACIOLO (Bloco/PTdoB-RJ. Sem revisão do orador.) – Glória a Deus!
Sr. Presidente, eu quero falar do Brasil do século XXI.
Cinquenta por cento da população brasileira não tem saneamento básico. Nós somos, na verdade, colônia
dos Estados Unidos, nós não somos ainda uma nação. As Forças Armadas estão sucateadas. Aumentam-se os
impostos. Retiram-se direitos dos trabalhadores. Vendem a nossa Nação. Entregam o nosso nióbio. Entregam
o pré-sal. Administram mal o dinheiro público. Campeia a corrupção.
Quero dar um exemplo do Rio de Janeiro: o Governador Pezão libera 151 bilhões de isenções fiscais. Ve-
jam o caos que estamos vivendo. Ele simplesmente penhora o Fundo Único de Previdência Social do Estado
do Rio de Janeiro – RIOPREVIDÊNCIA.
Conclusão: eu cheguei a uma definição, eu identifiquei o problema. Toda regra tem exceção, mas o pro-
blema do Brasil são os políticos. Não estou aqui para agradar aos homens, estou aqui com Deus. Toda honra e
toda glória sejam dadas ao Nosso Senhor Jesus Cristo. Eu trago a palavra de Deus para todos nós, em Ezequiel,
Capítulo 18, Versículos 30, 31 e 32. Repito, toda honra e toda glória seja dada ao Nosso Senhor Jesus Cristo. Não
estou aqui pregando religião, estou falando de Deus.
Ezequiel 18:30. Portanto (...) – ó políticos brasileiros –, eu os julgarei, cada um conforme os seus caminhos;
palavra do Soberano Senhor. Arrependam-se! Desviem-se de todos os seus males, para que o pecado não
cause a queda (...) – de V.Exas.
Ezequiel 18:31. Livrem-se de todos os males que vocês cometeram, e busquem um coração novo e um
espírito novo. Por que deveriam morrer (...) – ó políticos brasileiros?
74  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

Ezequiel 18:32. Pois não me agrada a morte de ninguém; palavra do Soberano Senhor. Arrependam-se
e vivam!
Toda honra e toda glória sejam dadas ao Nosso Senhor Jesus Cristo.
Juntos, somos fortes. Nenhum passo nós daremos atrás. Deus está no controle. Vamos nos tornar uma
Nação soberana, para a honra e a glória do Senhor Jesus. Todos os demônios que cercam o Congresso Nacio-
nal e a nossa Nação saiam, em nome do Nosso Senhor Jesus Cristo!
Toda honra e toda glória sejam dadas ao Nosso Senhor Jesus Cristo.
Obrigado, Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Gilberto Nascimento) – Dando continuidade ao Pequeno Expediente, concedo a
palavra à Deputada Tia Eron, que vai fazer o seu pronunciamento não só para os baianos, mas para todo o
povo brasileiro.
V.Exa. tem o tempo regimental de 5 minutos.
A SRA. TIA ERON (PRB-BA. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, o meu pronunciamento, nesta tarde
de hoje, é para falar um pouco sobre uma síndrome extremamente complexa que hoje atinge o nosso País, a
nossa Nação. Sendo mãe, quero fazer aqui um registro nesse sentido. Trata-se da síndrome do autismo.
No Brasil, que tem uma população de 200 milhões de habitantes, cerca de 2 milhões são atingidos por
essa síndrome, que afeta inclusive o comportamento, a socialização, a comunicação. Na Bahia, no dia 27, mais
precisamente em Salvador, em um dos cartões postais que nós temos, o Dique do Tororó, será realizada uma
das primeiras corridas com o apoio da Associação de Amigos do Autista – AMA, do Instituto Nacional de Estu-
dos e Pesquisas – INESP, de grandes figuras, como o padrinho dessa corrida, o conhecido cantor Bell Marques,
e de grandes comunicadores, como José Eduardo, mais conhecido como Bocão. Essa corrida será realizada
pela manhã a favor do combate ao preconceito e a toda sorte de males que atingem as nossas crianças que
têm autismo.
Quero aqui louvar essa iniciativa, que ocorre no dia 27, em Salvador, da qual também participarei em
apoio a todas as mães. Sr. Presidente, sendo mãe, eu me coloco na condição de uma mãe aprendiz, quando
vejo tantas mães que têm um ou mais de um filho autista. Essas de fato são supermães e merecem o nosso
respeito, o respeito desta Casa, do Congresso como um todo. A elas eu rendo minhas homenagens em favor
desse evento que se realizará dia 27, pela manhã, em Salvador, no Dique do Tororó.
Muito obrigada, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Gilberto Nascimento) – Depois de termos ouvido a Deputada Tia Eron, uma das vo-
zes femininas da Bahia, vamos ao Rio Grande do Sul para ouvir o Deputado Mauro Pereira, que fará uma Co-
municação de Liderança, pela bancada do PMDB, pelo tempo regimental de 10 minutos.
Com a palavra o Deputado Mauro Pereira diretamente para os eleitores não só do Rio Grande do Sul,
mas também de todo o Brasil.
O SR. MAURO PEREIRA (Bloco/PMDB-RS. Como Líder. Sem revisão do orador.) – Muito obrigado, De-
putado Gilberto Nascimento. Primeiramente, quero cumprimentar todos os colegas Deputados e Deputadas
aqui presentes.
Eu estava aqui hoje, como todos os dias – sou um Deputado que procura ser 100% assíduo –, acompa-
nhando os depoimentos e as palavras dos Deputados, especialmente dos colegas do Partido dos Trabalhado-
res, do PCdoB, da Rede e do PSOL.
Estes Deputados vêm a esta tribuna, neste momento de violenta crise nacional que nosso País está vi-
vendo, para fazer críticas. Eu ouvi um Deputado da Rede criticar fortemente o Governo do Rio de Janeiro. Ouvi
também Deputados do Partido dos Trabalhadores do Rio Grande do Sul criticar o Governo do Estado do Rio
Grande do Sul.
Sr. Presidente Gilberto Nascimento, a impressão que passa é que esses Deputados imaginam que o povo
brasileiro não tem consciência e não sabe pensar. Porém, eles estão totalmente enganados. Nós tivemos re-
centemente uma eleição municipal em que 81% dos eleitores votaram nos candidatos da base do Presidente
Michel Temer. Somente 19% dos eleitores votaram nos partidos que fizeram parte do Governo Dilma Rousseff.
Quero me dirigir a todos os servidores públicos federais, estaduais e municipais. Na minha opinião, quem
passa em concurso público possui elevado grau de instrução, porque não é fácil passar em concurso público.
Agora, neste momento de crise, esses Deputados do PT, do PSOL, do PCdoB e centrais sindicais como a CUT e
a CTB ficam criticando e tentando passar a impressão de que a culpa é do Governo do Rio Grande do Sul, do
Rio de Janeiro e de outros que estão em situação difícil.
Não! Na verdade, a culpa por esta recessão e esta crise é da Presidenta Dilma Rousseff e dos seus Minis-
tros, que, além de terem tido a enorme capacidade de não saber administrar, tiveram a capacidade de montar
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  75 

o esquema de corrupção que quebrou nosso Brasil. O Brasil está quebrado por culpa do PT e dos partidos que
trabalharam com o PT.
Eu vi aqui um colega Deputado do Rio Grande do Sul, o PDT, que também estava junto, ajudou a fazer
todo este estrago na nossa economia.
Portanto, é muito importante que o servidor que está recebendo salário parcelado se lembre, quando
alguém do PT, do PCdoB, do PSOL, da Rede disser alguma coisa, de que eles fizeram parte do Governo que
quebrou nosso País.
Nós estamos votando projetos importantes que o Presidente Michel Temer enviou para esta Casa, para
recuperar a credibilidade do mundo internacional, dos investidores internacionais e dos investidores nacio-
nais. E estamos conseguindo!
Hoje a esperança no nosso País está voltando. Ao conversar com um motorista de caminhão que trabalha
com o transporte de dinheiro, ele me disse: “Deputado Mauro, eu estou te ligando porque o volume de dinheiro já
está melhorando. Na época de crise mais forte, nós íamos buscar dinheiro, mas era numa quantidade pequena. Hoje
o volume já está aumentando, já se sente uma mudança”. Os juros e o dólar estão caindo. O certo seria mantê-lo
alto para podermos exportar mais.
Nós estamos fazendo a nossa parte. O Presidente Michel Temer e a equipe de Ministros, especialmente
os que trabalham na saúde, educação e segurança, áreas relacionadas com o dia a dia das pessoas, como o Mi-
nistro Eliseu Padilha, estão trabalhando das 8 horas da manhã até meia-noite, no sábado e no domingo, para
tentarem fazer o Brasil crescer.
Os projetos que estamos votando aqui, como o projeto relacionado com o pré-sal, visam dar condições à
PETROBRAS de obter recursos para fazer o que precisa ser feito. Uma coisa é certa: se não temos dinheiro para
fazer, vamos firmar parcerias para gerar emprego para a sociedade. É isso que qualquer governante inteligente
faz. É o que nós estamos fazendo.
Presidente Gilberto Nascimento, Deputado Valdir Colatto, Deputado Heitor Schuch, do PSB do Rio Grande
do Sul, eu estou muito feliz com a redução do preço do óleo diesel, pela segunda vez, em 10,4%. Isso é muito
importante para os caminhoneiros, os agricultores e o transporte das pessoas.
A redução só está acontecendo porque o Governo é sério, porque está economizando e tem compromis-
so com a sociedade, diferentemente do outro Governo, que usava toda a “inteligência” para roubar a PETRO-
BRAS. Tanto é verdade que quebraram a PETROBRAS, e nós estamos com um déficit de 179 bilhões de reais.
Nós temos a responsabilidade de colocar o Brasil no eixo. Para isso, precisamos do apoio da sociedade,
especialmente das pessoas inteligentes. Nós não podemos deixar que as pessoas que quebraram nosso País
venham engambelar o povo brasileiro.
O Governador José Ivo Sartori, do Rio Grande do Sul, ontem esteve aqui para buscar recursos para pa-
gar o 13º salário. Por quê? Porque a crise atingiu em cheio nosso Estado, mesmo depois de ele ter cortado 10
secretarias, cargos comissionados, horas extras. Não tem como se recuperar, porque a crise é muito grande.
E quem produziu esta crise? Quem é o pai desta crise? Quem é a mãe desta crise? Esta crise tem nome e
sobrenome: Dilma Rousseff, Partido dos Trabalhadores, além dos partidos que acompanharam o Partido dos
Trabalhadores.
Eu quero dizer que falaram muito mal do meu PMDB do Rio de Janeiro. Uma das piores coisas que o PMDB
do Rio de Janeiro fez, na minha opinião, foi dar guarida ao PT. Votaram em Dilma, fizeram campanha para Dil-
ma, fizeram de tudo por Dilma. Hoje o que estão recebendo de presente são os petistas na tribuna desta Casa
para falar mal deles. O PT é igual a escorpião!
Mais uma vez, quero pedir ao Presidente da PETROBRAS, Pedro Parente, à equipe econômica do Ministro
Henrique Meirelles e ao nosso Presidente Michel Temer que continuem reduzindo o preço do óleo diesel. Ele é
a vitamina para nossa economia.
Se o Brasil fosse um corpo humano, o sangue que corre nas veias seriam os caminhoneiros que transpor-
tam as mercadorias. Quanto mais barato estiver o óleo diesel, a tendência é a inflação cair, e nossos agricultores
vão poder produzir mais. É disso que se precisa.
É preciso também, Deputado Gilberto Nascimento, que os proprietários de postos de gasolina, os que
têm consciência, passem a redução do preço dos combustíveis para o povo brasileiro, para os consumidores.
A redução não é deles! Eles não estão passando a redução para os consumidores, mas têm de fazê-lo.
Hoje, Deputado Valdir Colatto, recebemos a denúncia de que postos de gasolina no Estado de Tocantins
aumentaram em 6 centavos o preço do óleo diesel para agora reduzirem – aumentaram ontem ou anteontem.
Os caminhoneiros nos ligaram para dizer isso. É uma pouca-vergonha!
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A Agência Nacional do Petróleo – ANP, que presta excelentes serviços, precisa ficar em cima desses maus
elementos. O Governo reduz o preço, e eles não o rebaixam. Eles são poucos, a maioria dos proprietários de
postos de gasolina no Brasil é honesta, é séria. A redução vai chegar aos caminhoneiros e ao povo brasileiro.
Por fim, Deputado Gilberto Nascimento, nós aprovamos nesta Casa a flexibilização do horário de trans-
missão do programa A Voz do Brasil, que agora pode se dar entre as 19h e as 21h.
Eu não tenho dúvida nenhuma de que as emissoras de rádio que forem inteligentes vão transmitir o
programa A Voz do Brasil às 19 horas, porque o povo brasileiro já está acostumado com as transmissões feitas
neste horário.
Nós votamos esta matéria para dar liberdade às emissoras de rádio para que tenham esta oportunidade
que tanto pediram, mas seria de extrema inteligência dos proprietários de emissoras de rádio manter a trans-
missão do programa às 19 horas, porque o povo brasileiro já está acostumado com este horário. Assim, terá mais
audiência quem continuar transmitindo o programa às 19 horas. Isso se chama respeito à cidadania brasileira.
Era o que tinha a dizer, Deputado Gilberto Nascimento.
Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Gilberto Nascimento) – Vamos a São Paulo, ouvir o Sr. Deputado Alex Manente, para
uma Comunicação de Liderança, pelo PPS.
O SR. ALEX MANENTE (PPS-SP. Como Líder. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputa-
dos, venho trazer meus agradecimentos à população de São Bernardo do Campo, que me deu a oportunidade
de ir para o segundo turno das eleições municipais, furando um bloqueio histórico: há 20 anos não tínhamos
segundo turno. Numa disputa polarizada entre PT e PSDB, conseguimos o êxito de ir para o segundo turno e
ter 41% dos votos da nossa cidade, que infelizmente não foram suficientes para vencermos, mas certamente
nos enchem de responsabilidade, porque temos a missão de representar São Bernardo do Campo, o Grande
ABC, o Estado de São Paulo e todo o Brasil.
Nesta eleição, fizemos uma campanha limpa, com propostas e ideias daquilo em que nós acreditamos:
um modelo novo de gestão pública, eficiente, sem as amarras dos Governos que passaram ou que está traba-
lhando na nossa cidade. Eu acredito que muito por conta desse trabalho nós alcançamos esta grande votação:
143 mil votos no segundo turno.
Nós continuaremos nossa missão no Congresso Nacional de defender os interesses da nossa cidade de
maneira republicana. Reconhecemos o resultado das urnas e também a responsabilidade de colaborar com a
cidade, nosso principal intento. Independentemente de vencer ou não eleição, temos a obrigação, como re-
presentantes públicos, de cumprir nosso papel.
Por isso, já destinamos recursos das nossas emendas parlamentares para que o próximo Governo possa
investir em obras de infraestrutura. São Bernardo do Campo é uma das maiores cidades do País, a nona maior
arrecadação, com uma população de quase 1 milhão de habitantes e sérios problemas, dificuldades, desem-
prego, falta de oportunidades, devido a crise econômica.
Nós sofremos muito mais porque a indústria automobilística, que contratou, em décadas passadas, gran-
de parte da população para sua cadeia produtiva, hoje contrata muito pouco. O índice de desemprego de São
Bernardo do Campo é superior ao de outras cidades do País, que sofre também com a crise.
No Parlamento, nós temos a missão de buscar incentivos, buscar fomento para a nossa economia, levar
recursos para que a população tenha oportunidade de ter bons serviços públicos.
Quero agradecer a toda a população de São Bernardo do Campo os 41% dos votos no segundo turno e
dizer que é nossa obrigação continuar representando com dignidade a nossa cidade no Congresso Nacional
e é nossa missão concluir projetos importantes, significativos para este modelo estruturante que precisamos.
Aqui fica o nosso registro, porque a nossa luta é para um novo modelo de gestão, com menos cargos
públicos, enxugamento da máquina pública, da máquina administrativa, porque não podemos punir o cida-
dão com novos impostos. Temos que enxugar a máquina pública, que consome milhares e milhares de reais
da nossa população. Esse é o principal sintoma dos problemas que nós enfrentamos.
Tenho certeza de que esta nossa missão de defender esse novo modelo de gestão continua na Câmara
dos Deputados e na representação do Grande ABC Paulista.
Aproveito para parabenizar todos os Prefeitos eleitos em segundo turno.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O Sr. Gilberto Nascimento, 2º Suplente de Secretário, deixa a cadeira da Presidência, que é ocupada pelo
Sr. Mauro Pereira, nos termos do § 2º do art. 18 do Regimento Interno.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pereira) – Tem a palavra o Deputado Alessandro Molon.
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  77 

O SR. ALESSANDRO MOLON (Rede-RJ. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quero apenas fazer um
registro de pesar pelo falecimento de Jean-Pierre Leroy, um dos primeiros no Brasil a falar no socioambienta-
lismo e em desenvolvimento sustentável. Dedicou muitos anos da sua vida à Federação de Órgãos para Assis-
tência Social e Educacional – FASE.
Portanto, é uma grande figura, querida por todos, um pesquisador, um professor e uma pessoa que deu
grande contribuição para o nosso País através dos estudos do socioambientalismo e do desenvolvimento sus-
tentável.
Deixo o nosso registro de pesar, em nome da Rede Sustentabilidade, pelo falecimento de Jean-Pierre
Leroy e, ao mesmo tempo, dou uma salva de palmas pela vida que teve, pela sua dedicação ao socioambien-
talismo e ao nosso País, ao Brasil.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pereira) – Muito obrigado, Deputado Alessandro Molon. Esta Casa compar-
tilha o sentimento de pesar com V.Exa.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pereira) – Passo a palavra ao amigo de todos os nossos colegas Deputados,
o Deputado Gilberto Nascimento, do PSC do Estado de São Paulo.
O SR. GILBERTO NASCIMENTO (Bloco/PSC-SP. Sem revisão do orador.) – Muito obrigado, Deputado
Mauro Pereira. É uma honra poder falar neste momento, por 5 minutos, sob a presidência de V.Exa.
Sras. e Srs. Deputados, falar nesta tribuna é sempre uma grande responsabilidade, por ser esta uma Casa
em que há a representação de todo o povo brasileiro, tendo em vista que todos votam e todos são represen-
tados pelos Deputados dos seus Estados.
Hoje muito se fala, Deputado Mauro Pereira, de um Brasil em crise, de um Brasil em dificuldade. O País,
logicamente, enfrenta 12 milhões de desempregados, um desequilíbrio fiscal muito grande. Por algum tempo,
o País vinha gastando mais do que arrecadava, com a necessidade de buscar dinheiro no mercado, por meio
de títulos da dívida pública, a 14,8%. Este dinheiro foi levado ao BNDES e foi emprestado. Dizia-se que seria
usado para fomento, mas acabou sendo emprestado a 3%. Agora, o povo brasileiro vai pagar uma diferença
de quase 12%.
Eu não estou aqui para fazer qualquer crítica ao Governo anterior. Eu não sou um homem que vive sim-
plesmente olhando para o retrovisor, para trás. Eu tenho que olhar para frente. O Brasil tem que caminhar para
frente. Hoje, como eu já disse, são 12 milhões de desempregados, há tantas crises e dificuldades, mas temos
um novo Governo, um Governo que trouxe uma nova esperança ao povo brasileiro.
Deputado Mauro Pereira, esses dias estive na Capital de São Paulo acompanhando o Prefeito eleito, João
Doria, em Perus, uma região sofrida da cidade de São Paulo, mais periférica, de um povo trabalhador, um povo
dedicado, um povo ordeiro. Andando pelo comércio, vimos muitos desempregados.
Caminhando com o Pastor Gustavo Felicio, de uma grande igreja, um líder comunitário respeitado na
região de Perus, com o Vereador Gilberto Nascimento Júnior, agora eleito, que assumirá o mandato em pou-
cos dias, e com outros Vereadores, vimos tanta gente desempregada, angustiada, mas gente com esperança,
na expectativa de dias melhores, na certeza de que este Brasil vai voltar a crescer, que o País precisa crescer.
Repito: não estou aqui para fazer crítica alguma ao Governo anterior, não. Estamos na expectativa de
ver um Brasil melhor, um Brasil que possa avançar, porque, enquanto estamos aqui falando, temos o desajuste
total nos Estados, temos Estados que estão quebrados.
Nós vemos agora, infelizmente, a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro sitiada por militares e fun-
cionários. Vemos um governador que tenta resolver o problema, mas que não tem mais dinheiro para pagar o
salário aos seus funcionários. Não tendo outra coisa a fazer, enviou um projeto à Assembleia Legislativa para
tentar reduzir os salários e, consequentemente, os dias de trabalho dos funcionários. É uma tentativa. Nós sa-
bemos da grande briga dos Governadores também para resolverem o problema.
Sr. Presidente Mauro Pereira, quero fazer uma homenagem muito especial. Eu tenho aqui um gráfico
que mostra a situação do País: de um lado, tivemos despesas que cresceram muito nos últimos anos, de 2011
para cá, o índice da receita real primária, de outro, tivemos a despesa real primária crescendo brutalmente, e,
infelizmente, enquanto a despesa cresce, a receita diminui.
Mas temos uma diferença no Estado de São Paulo, Deputado Luiz Carlos Hauly. Em São Paulo, o Gover-
nador Geraldo Alckmin, este, sim, conseguiu organizar o Estado. Ele cuida do Estado como algo pessoal. Cada
Governador tem que cuidar da receita do dia a dia e da despesa do dia a dia.
O Governador Geraldo Alckmin conseguiu manter as despesas e as receitas na mesma proporção, e o
gráfico mostra exatamente o equilíbrio fiscal dado ao Estado.
O Governador, quando viu a crise surgir, simplesmente começou a dizer “não”. Não há possibilidade de
concessões. Mesmo enfrentando a guerra fiscal que São Paulo sempre enfrentou, logicamente criando vanta-
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gens tributárias fiscais para que empresas dos Estados vizinhos para lá fossem, ele manteve a sua condição: na
guerra fiscal, resistiu bravamente e conseguiu equilibrar as contas do Estado de São Paulo.
Lamentamos ainda ver alguns Estados em total desequilíbrio fiscal.
Mas, neste momento, parabenizo o Governador Geraldo Alckmin, que tem feito um grande trabalho
pelo Estado de São Paulo.
Eu digo isso, Deputada Janete Capiberibe, não simplesmente por se tratar do meu Estado, mas por en-
tender que a maioria dos Estados, Deputado Heitor Schuch, hoje estão desorganizados, com suas despesas
muito maiores do que suas receitas.
O Estado de São Paulo, ao contrário, conseguiu exatamente o equilíbrio total. Por isso, os funcionários pú-
blicos de São Paulo receberão o 13º salário em dia. Quanto ao salário de janeiro, grande parte já está, provavel-
mente, nos caixas do Governo, porque se cuidou com muita firmeza, muita determinação e muita austeridade.
Portanto, parabéns ao Governo do Estado de São Paulo! Eu desejo que os outros governadores também
façam todo o empenho e todo o ajuste possível para que o 13º dos seus funcionários seja pago em dia e, assim,
os funcionários não venham a sofrer.
Sr. Presidente, agradeço a aquiescência de V.Exa. em me conceder mais 1 minuto.
Quero dizer aos brasileiros que há muita gente pregando que o Brasil está terminando. Não! O Brasil é
muito maior do que a crise. O País tem muita expectativa de grande crescimento. São 210 milhões de brasi-
leiros dizendo “Para frente, Brasil”.
Vamos caminhar. Nós precisamos de desenvolvimento, precisamos de emprego, precisamos de paz,
precisamos de alegria. Para isso, nós temos um povo brasileiro muito determinado. Há exceções, há pessoas
complicadas, mas a maioria é muito melhor do que muitos imaginam.
Muito sucesso a todo o povo brasileiro! Sucesso a todos nós!
Muito obrigado.
Boa tarde a todos.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pereira) – Muito obrigado, Deputado Gilberto Nascimento, do PSC de São Paulo.
Parabéns a V.Exa. pelo excelente trabalho!
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pereira) – Convido para fazer uso da palavra o nosso amigo, o Deputado Hei-
tor Schuch, do PSB do Rio Grande do Sul, pelo tempo regimental de 5 minutos.
O SR. HEITOR SCHUCH (PSB-RS. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Deputado Mauro Pereira, a
quem saúdo, colegas Deputadas, Deputados, estimado povo brasileiro, a todos os meus cumprimentos.
Faço uma manifestação a respeito do jornalista Romar Beling, da Gazeta do Sul, da minha terra natal, Santa
Cruz do Sul, que está acompanhando uma missão de representantes do setor do tabaco em Nova Déli, na Índia.
O jornal estampa a seguinte manchete: Brasileiros são barrados nas reuniões da COP.
“Desconforto. Essa é a palavra que sintetiza a manifestação do Embaixador brasileiro na Índia, Tovar da Silva
Nunes, acerca do impedimento do acesso da comitiva brasileira – e de representantes de outros países – ao ambiente
de circulação de público.” Essa a menção que faz ao prédio onde ocorre a convenção.
Mais adiante ele escreve uma frase do embaixador: “Estou muito incomodado com uma questão: o fato de
terem sido fechados – para autoridades – o perímetro e o prédio do Expo Center, onde ocorre o evento, que é público”.
Eu já passei por isso, quando estive na Coreia do Sul, acompanhando uma convenção como essa para de-
bater importantes temas sobre o desenvolvimento da agricultura familiar. A produção de tabaco é uma coisa; a
produção de cigarro é outra. São coisas distintas que precisam ser tratadas de formas diferentes. Estão lá cinco
Deputados Estaduais do Rio Grande do Sul, delegação da indústria, dos Prefeitos Municipais, representantes
dos produtores. Todos foram expulsos, sequer puderam participar como espectadores para ouvir os debates.
Passei pela mesma situação na Coreia, e estava credenciado para ouvir os debates. Não era necessário
que nos manifestássemos, mas pelo menos queríamos saber o que estava acontecendo.
Portanto, Sr. Presidente, colegas Deputados, presto a minha solidariedade à delegação brasileira que está
lá, sem sequer poder entrar no prédio, à mercê de saber exatamente o que se passa nas reuniões.
E, por ironia do destino, nesta mesma reportagem, o jornalista escreve: “Do lado de fora do Expo Center,
onipresente sobre a paisagem urbana da região metropolitana de Nova Délhi, seguia a camada de poluição...” Ca-
mada 15 vezes maior do que o recomendado pela Organização da Saúde. “A neblina formada por gases tóxicos
permanece impassível diante do olhar de todas as delegações que se deslocaram para a Índia a fim de discutir res-
trições ao consumo de cigarros.”
Ou seja, combater os fumantes parece ser mais importante e mais sério do que a população que sofre
com os efeitos da poluição naquele país.
Diz ainda o jornalista: “A população indiana segue sua rotina, exposta aos riscos de saúde representados
por tanta poluição, e meio que ignora as recomendações do governo de evitar se expor em público longamente. As
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aulas foram suspensas por esses dias, e as empresas liberaram funcionários para que não precisassem se deslocar
ou estar submetidos a essa ameaça ambiental.”
Sr. Presidente, colegas Deputados, no corpo desta reportagem consta que o jornalista do Washington
Post também foi expulso da participação da Conferência das Partes – COP.
Não nos esqueçamos de que lá está uma delegação grande de diversos Ministérios do Brasil, com o di-
nheiro que o povo brasileiro paga em impostos. Há representações do Ministério da Agricultura, das Relações
Exteriores, do Ministério da Saúde, dentre outros, que sequer puderam levantaram a voz para dizer: “Deixem a
delegação do Brasil pelo menos assistir aos debates, ouvir o que está acontecendo”. É como se aqui no Parlamen-
to implodíssemos as galerias, as pessoas não pudessem mais vir às audiências públicas para saber o que está
se passando.
Sr. Presidente, deixo registrado meu repúdio a esse fato. Não é dessa maneira que se constroem relações
de entendimento. Presto ainda a minha solidariedade à representação gaúcha que está lá, em especial aos
Deputados Adolfo Brito, Edson Brum, Marcelo Moreira Zé Nunes e Pedro Pereira, que estão na Índia, enviados
pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul.
Certamente, eu e outros colegas não estamos lá porque esta Casa não autoriza viagens de Parlamentar
para participar de evento que não é convidado.
Estamos aqui para denunciar esse fato ocorrido e nos solidarizar com os colegas que estão barrados de
participar da discussão e de serem ouvintes nas reuniões da COP.
Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pereira) – Muito obrigado, Deputado Heitor Schuch, do PSB do Rio Grande
do Sul.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pereira) – Concedo a palavra à Sra. Deputada Janete Capiberibe, para uma
Comunicação de Liderança, pelo PSB.
A SRA. JANETE CAPIBERIBE (PSB-AP. Como Líder. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, Deputa-
do Mauro Pereira, Sras. e Srs. Parlamentares, representando o meu partido nesta tribuna, torno pública carta
que recebi da Comissão Pastoral da Terra do Amapá. Aliás, uma dolorosa carta, em que é relatada monstruosa
chacina ocorrida em 1994, na tentativa de expulsar uma família, a família Magave, da área de terra que ocupa
desde a década de 1950.
Agora, desdobramento judiciais da mesma disputa mais uma vez fazem injustiça à família Magave. Essa
família mora na mesma gleba de terra, às margens da BR-156, desde a década de 50. Em 1975, o INCRA deu iní-
cio ao processo de regularização da área. Na década de 90, posseiros e grileiros venderam áreas públicas para
a multinacional de celulose Champion. A família Magave se recusa a vender a terra de onde tira o seu sustento.
Em 1994, cinco membros da família Magave foram brutalmente assassinados e esquartejados, suposta-
mente por funcionários de Aderbal Távora. Nesse mesmo ano, o paranaense José Luiz Schuchovski, que havia
vendido para a multinacional de celulose Champion 20 mil hectares com título reconhecido posteriormente
como fraudado, deixa o Amapá, para retornar 16 anos depois e requerer a posse da terra da família assassinada.
Em 18 de outubro passado, o Juiz José Castellões Menezes Neto, da Justiça do Amapá, dá a área da família
Magave como posse ao paranaense José Luiz, que mora distante 5 mil quilômetros e participa do processo por
representantes e carta precatória. O Juiz deu a posse a um conhecido grileiro que não mora no Amapá e que
pretende tirar da área a família que a ocupa há mais de 60 anos. Outro duro golpe na história da família Magave.
O julgador amapaense ignora a Lei de Posse, de nº 4.504, que trata a posse como “morada habitual e de
cultura efetiva”. Assim, tenta tirar os poucos hectares de uma tradicional família de agricultores para dá-los a
um empresário, um grileiro, que não vive da terra, senão para vendê-la com títulos fraudados – a fraude já foi
atestada em 2013.
Sr. Presidente, peço a V.Exa. que autorize a transcrição nos Anais da Casa da íntegra da carta que recebi
da CPT, da qual leio o último parágrafo:
Diante de tudo isso a CPT dirige-se a essa deputada federal para que toda isso de injustiça acontecen-
do com a família Magave seja levado a conhecimento de um público sempre maior. Sobretudo àquelas
pessoas que em 1994 souberam da chacina da família Magave e àquelas pessoas que de repente podem
interceder por um desfecho melhor desta lide restabelecendo a paz e a justiça para os remanescentes da
família Magave, hoje já com mais de 70 anos, que após a chacina dos seus familiares em 1994 parecem
nunca mais ter conseguido viver em tranquilidade.
Sr. Presidente desta sessão, eu agradeço e peço a V.Exa. que autorize a divulgação no programa A Voz do
Brasil desta minha denúncia terrível, relativa ao assassinato de cinco pessoas da mesma família – e não só fo-
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ram assassinadas, mas também esquartejadas. Isso causou um ambiente de tristeza no meu Estado do Amapá
naquele momento.
Obrigada, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pereira) – Muito obrigado, Deputada Janete Capiberibe. Com certeza a equi-
pe competente do programa A Voz do Brasil dará espaço ao pronunciamento de V.Exa.
CARTA A QUE SE REFERE A ORADORA
Comissão Pastoral da Terra
Carta à Deputada Federal do Amapá Janete Capiberibe
A história da família Magave no município de Amapá começa em 1950 quando o senhor Manoel e a se-
nhora Nadir chegam com seus filhos e ocupam uma porção de terra à beira da BR 156 lado direito cerca de 3
km após a entrada do ramal do Amapá. Neste local essa família vive de forma tranquila até o ano de 1994. Em
1975 o INCRA inicia o processo de regularização fundiária desta porção de terra. Alguns anos depois o senhor
Manoel morre já idoso. Em 1994 a empresa multinacional Champion, de olho nas terras do município de Ama-
pá para plantio de eucalipto, envia pessoas ligadas a ela com a intenção de comprar as posses dos pequenos
agricultores e em seguida regularizá-las a seu nome. Naquela região quase todo mundo vende; muitos veem
com a chegada da empresa americana a maneira de fazer negócio comprando ou grilando terra pública para em
seguida repassá-la à empresa multinacional. No entanto os membros da família Magave se negam em vender a
própria posse, pois dela tiram seu próprio sustento. Nessa época um senhor do Paraná, José Luis Schuchovski,
da cidade de Curitiba, que já se titulava dono de uma área de mais de 20.000 hectares do lado esquerdo da BR
156 vende tal área para a empresa através de um laranja de quem nunca se teve notícia: João Roberto Gomes
Bragança. Hoje, após correição ao cartório de Amapá de 2013 realizada pelo então corregedor do TJAP Gilberto
Pinheiro, sabemos que essa terra é pública, e que o registro cartorial destas terras foi feito de maneira equivo-
cada pelo então tabelião da comarca de Amapá. Do lado direito da BR 156, o senhor José Luis Schuchovski tem
uma matrícula, também fraudada conforme ata da correição, atestando posse sobre 3500 hectares. De fato ele
nunca exerceu posse naquele lugar. Tanto é que ninguém à época sabe que o “dono” é o senhor José Luis; todo
mundo acha que o dono é o senhor Aderbal Távora pois quem sempre vai por lá são os seus funcionários. Os
únicos vizinhos dele são os membros da família Magave. Essa posse poderia ser maior, mas a família Magave se
nega em sair daquela terra. Isso facilitaria a vida do empresário paranaense e também da Champion. Em 1994
funcionários do senhor Aderbal Távora, fazendeiro do município de Amapá, constroem uma cerca por dentro
do terreno dos Magave e passam a litigar com 2 membros da família: Osmar e lracy como noticiado na época
da chacina pelo próprio jornal Diário do Amapá. Meses depois acontece a chacina, onde Osmar, Juracy e ou-
tros 3 membros são dizimados e o corpo deles esquartejado e dado aos urubus ou sumariamente enterrado.
Esse fato teve repercussão nacional pela atrocidade do fato. Acusado principal disso foi o senhor Aderbal,
pelas brigas dos seus funcionários com a família Magave. Ninguém levantou suspeita contra o senhor José Luis,
que no entanto documentalmente consta como vizinho dos Magave e que em 1994, ano da chacina sumiu do
município de Amapá para retornar só em 2010, 16 anos depois. Esse mesmo empresário paranaense já tinha
vendido 20.000 hectares para a Champion como já lembrado. Ao retomar para o município, o senhor José Luis
Schuchovski, através da matrícula de 3500 hectares, tirou judicialmente, através de uma ação de reintegração
de posse, cerca de 10 famílias que ocupavam uma área próxima à cidade de Amapá de fato de terra pública
pois hoje sabemos da invalidade daquela matrícula: 176 do CRI de Amapá, fazenda Espírito Santo do Amapá.
Na documentação que ele anexa ao processo de reintegração, podemos ver que desde o ano de 2000 o doutor
Francisco de Assis Leite Teixeira, maior fazendeiro do município de Amapá, médico e atual prefeito da cidade,
resulta como contratado pelo senhor José Luis como capataz desta fazenda. Na realidade o único gado presen-
te nesta área se encontra nas proximidades da cidade de Amapá, bem distante da área dos Magave e pertence
justamente ao doutor Assis, não ao senhor José Luís. Além dessa ação judicial de 2010, funcionários do senhor
José Luis e do doutor Assis começaram a refazer a cerca por dentro do terreno dos Magave, cerca que depois
de mais de 15 anos já tinha quase inteiramente caído. Aos Magave, não restou que ingressar na justiça com
ação de manutenção de posse já em 2012. A essa altura o senhor José Luis já tinha novamente retornado para
Curitiba e até hoje responde a esse e outros processos judiciais com outros posseiros em outras áreas através
de representantes e via carta precatória. Um absurdo se pensamos que esse e outros processos são posses-
sórias e posse é algo que se exerce de forma direta, com a presença no local do posseiro pretendente. A Lei
da posse nos diz que os requisitos absolutamente necessários para provar isso são o da morada habitual e da
cultura efetiva. Como o juiz pode aceitar que alguém responda a um processo como posseiro de uma área se
essa mesma pessoa não mora no lugar e nem em lugar de próximo acesso? Mas mora na cidade de Curitiba a
mais de 5000 km de distância? E não tem nenhuma benfeitoria presente no local? O processo de manutenção
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  81 

de posse durou 4 anos; durante o processo os representantes do senhor José Luiz alegaram que quem tinha
deixado fazer a cerca naquele lugar tinha sido o próprio Tracy Magave que no entanto não pode nem alegar o
contrário pois foi chacinado naquele mesmo ano. Os irmãos ainda vivos, Raimundo, Raimunda, Francisco que
respondem ao processo discordam disso; pelo contrário, nós temos notícias colhidas naquela época em que
dois irmãos, Iracy e Osmar tiveram discussão com funcionários do senhor Aderbal por causa dessa cerca. No
mês de abril deste ano, o juiz pediu uma perícia no local por parte de técnico do IMAP. Após vistoria o laudo
do técnico afirmou isso: “a cerca do senhor José Luiz adentrou na propriedade do senhor Raimundo Magave,
.....até o meio do terreno do senhor Magave. Diante do exposto será necessário contratar um topografo para
partir com o alinhamento certo do marco M-142 ao marco M 1107”. Ou seja: o técnico do IMAP constatou que
a cerca do José Luis não estava alinhada aos 2 marcos extremos indicando os pontos de início e fim da cerca.
Mesmo com essa perícia à família Magave favorável, em 18 de outubro de 2016 veio a sentença desfavorável
à família histórica de Amapá afirmando a posse daquela área ser do senhor José Luis. Eis o trecho decisivo do
juiz de direito de Amapá: “A meu sentir o fato da cerca estar no local há mais de 20 anos como atestam os au-
tores, afasta a pretensão possessória pretendida, mesmo porque o laudo anexado aos autos, embora tenha
mencionado a ocorrência do suposto esbulho, apontou a necessidade de um estudo por topógrafo particular”.
Sentença totalmente descabida, pois a cerca construída há 20 anos e quase totalmente destruída em 2012 não
pode ser tomada como prova de posse. A prova da posse é conforme a Lei 4504, artigo 102 morada habitual
e cultura efetiva: tanto uma como a outra faltam ao senhor José Luis que nunca pisou naquela área e menos
ainda plantou ou teve gado naquele lugar. De passagem dá até para dizer que o juiz de Amapá ao levar em
consideração a cerca, que limita uma área, julgou não posse mas sim propriedade. Vale também aquilo men-
cionado anteriormente: se o senhor José Luis mora em Curitiba como pode exercer a posse? Mesmo que ele
estivesse presente na área 20 anos atrás (e não estava) posse é algo que se exerce de forma continuada e ele
na verdade abandonou tudo isso ao voltar para Curitiba. Por último o técnico do IMAP encontrou os marcos
de divisão da área dos Magave com a área do senhor José Luis afincados na área. O mesmo técnico detectou
que a cerca do José Luis começa no lugar certo e no marco certo M-142 mas depois toma um caminho erra-
do que a leva para dentro da propriedade dos Magave passando longe do marco que deveria atingir o marco
M-1107. Por isso o técnico do IMAP fala em realinhamento da cerca que deve passar entre esses dois marcos;
ele não fala em estudo como diz de forma equivocada o juiz em sua sentença mas sim de forma muito mais
simples de realinhamento da cerca aos marcos que a contém. Diante de tudo isso a CPT dirige-se a essa depu-
tada federal para que tudo isso de injustiça acontecendo com a família Magave seja levado a conhecimento de
um público sempre maior. Sobretudo àquelas pessoas que em 1994 souberam da chacina da família Magave e
àquelas pessoas que de repente podem interceder por um desfecho melhor desta lide reestabelecendo a paz
e a justiça para os remanescentes da família Magave hoje já com mais de 70 anos que após a chacina dos seus
familiares em 1994 parecem nunca mais ter conseguido viverem tranquilidade.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pereira) – Quero convidar agora para fazer uso da palavra o meu amigo De-
putado Valdir Colatto, do PMDB de Santa Catarina, pelo tempo de 5 minutos.
O SR. VALDIR COLATTO (Bloco/PMDB-SC. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputa-
dos, eu queria fazer aqui um pequeno relato de uma viagem que nós fizemos oficialmente, com o Ministério
da Agricultura e alguns Deputados, para a Austrália, onde fomos buscar subsídio para a nossa agricultura, que
realmente precisa se modernizar, desburocratizar-se. E nós temos com certeza a responsabilidade de conduzir
esse processo.
E vimos lá na Austrália, em audiência junto com o Ministério da Agricultura, que realmente as coisas
funcionam naquele país, não só na agricultura, como em todas as áreas. É um país organizado, um país conti-
nental, um país que realmente tem progresso, onde uma coisa chamada burocracia simplesmente não existe,
não se fala lá dessa questão, porque tudo é funcional, tudo é lógico, e as coisas têm que andar rapidamente.
Lá nós vimos a questão dos registros dos produtos fitossanitários, que são os defensivos agrícolas para os
quais nós precisamos modernizar a legislação daqui do Brasil, trazendo a realidade, mostrando cientificamente,
tecnicamente, o que é a questão dos defensivos agrícolas e por que nós precisamos trabalhar com esses pro-
dutos aqui no Brasil. Somos um País tropical, um País que tem enormes quantidades de pragas, de doenças, na
agricultura. Se nós não tivermos essa defesa dos produtos agrícolas, nossa produção praticamente não existirá.
Nós precisamos trabalhar com tecnologia. Precisamos nos modernizar para fazer com que a nossa agri-
cultura e também o nosso Ministério da Agricultura se desengessem, se desburocratizem e façam com que
tecnicamente as pendências e a tramitação dos processos sejam resolvidas, a fim de que tenhamos tecnologia
disponível aqui no Brasil.
82  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

Para que tenhamos uma ideia, na Austrália existem técnicos que fazem análise desses produtos fitossa-
nitários e, em 3 meses, no máximo em 3 anos, o problema está resolvido. Aqui – pasmem –, nós levamos em
torno de 10 anos para registrar um produto, uma molécula nova que se pretende usar no Brasil.
Quais são as consequências disso? Nesse tramitar demorado, alguns produtos, após todo esse tempo,
já são obsoletos, não conseguem mais acompanhar a tecnologia, e pior, tratamos os nossos produtos aqui,
mas lá fora já não aceitam mais esses produtos, e nós temos problemas com a exportação dos nossos produ-
tos agrícolas. Isso se torna um problema, já que nós somos grandes fornecedores de alimentos para o mundo.
Também não conseguimos utilizar outros produtos de que precisamos, e outros países lá fora conseguem
por equivalência. Os nossos vizinhos uruguaios, argentinos e paraguaios usam esses produtos e acabam tendo
que importá-los. Na maioria das vezes, eles vêm através de contrabando para a nossa agricultura.
Nós precisamos, então, agilizar esse processo, copiar esse modelo informatizado da Austrália, para, com
certeza, caminharmos com esse processo.
Esteve conosco o Secretário Neri Geller, tratando da política agrícola, e também o Luís Rangel, que é o
nosso Secretário de Defesa Agropecuária, que pôde ver o modelo da Austrália e trazê-lo para o Brasil, por meio
de um trabalho forte do Executivo e do Legislativo, cada um fazendo sua parte.
Nós precisamos aqui trabalhar um projeto que modernize a legislação sobre os defensivos agropecuários
e, então, fazer com que ande mais rápido esse processo e nós desatemos esse nó que hoje o Brasil tem de não
conseguir ter produtos aqui registrados, devido ao tempo e à demora causada pela burocracia que acontece
envolvendo o Ministério da Agricultura, a ANVISA e também o Ministério do Meio Ambiente.
Nós entendemos que a agricultura tem que ficar responsável por esses produtos, monitorando esse
processo com um grupo técnico e científico, tomando as decisões; não devem trabalhar nisso apenas leigos
da ANVISA e do Ministério do Meio Ambiente, contrariando a nossa realidade e a necessidade de produção
agropecuária brasileira.
Por isso, Sr. Presidente, registro aqui a participação dos Deputados que estiveram conosco: Covatti Filho,
Tereza Cristina e Marcos Montes. Juntos estudamos como trabalhar de maneira diferente, desburocratizar e
avançar na tecnologia brasileira, para que possamos, de forma transparente, mostrar à sociedade o porquê do
uso dos defensivos agrícolas, que alguns dizem ser veneno.
É veneno para quem? Para as pragas, para as doenças, como o remédio é veneno para a doença.
Nós precisamos ter essa condição de que a indicação de um técnico, de um agrônomo e de um produto
necessário ao combate de uma praga, de uma doença seja feito como o médico faz quando receita para um
doente um remédio que não tem aqui no Brasil, e ele faz assim porque lá se usa e se resolve o problema das
doenças.
Nós temos que trazer essa tecnologia, esse procedimento, para a agricultura, para agilizar o processo e
sermos competitivos. O Brasil está perdendo a competição porque não consegue sair das amarras da burocra-
cia, do Custo Brasil, que hoje é 0,4% do PIB brasileiro. Cerca de 40 bilhões de reais é o custo da burocracia que
o Brasil paga. E não adianta nós ficarmos dizendo que isso fica para a agricultura, porque, no final das contas,
vai cair na mesa do trabalhador, na mesa do consumidor, porque a agricultura é que põe a comida na mesa.
Quanto mais custo ela tiver, mais caro o produto vai chegar à mesa do consumidor. Essa é uma realidade.
É por isso que eu digo, Sr. Presidente, que nós temos que agradecer ao nosso agricultor, que planta – se
ele já plantou –, ao agricultor que faz o seu trabalho. Se nós comemos hoje na cidade, temos que agradecer ao
produtor rural, porque, se o agricultor não planta, nós na cidade não almoçamos e não jantamos, Sr. Presidente.
Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pereira) – Muito obrigado, Deputado Valdir Colatto. Parabéns pelo seu tra-
balho, representando o Estado de Santa Catarina.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pereira) – Convido, agora, para fazer uso da palavra, a Deputada Josi Nunes,
do PMDB do Estado de Tocantins, pelo tempo de 5 minutos.
A SRA. JOSI NUNES (Bloco/PMDB-TO. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. De-
putadas, servidores desta Casa, senhoras e senhores, imprensa, entrou em vigor, no último dia 4, o Acordo de
Paris, um pacto global de luta contra o aquecimento global, assinado em dezembro do ano passado, durante
a Cúpula do Clima, realizada na Capital francesa.
Esse pacto, aceito por 195 países, praticamente por todos os Governos do mundo, tem o objetivo de
frear o aumento da temperatura no final deste século. Os países que assinaram esse acordo se compromete-
ram a reduzir suas emissões de gases de efeito estufa para que as consequências do aquecimento não sejam
tão desastrosas.
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  83 

Conforme noticiado, cientistas de um grupo que assessora a ONU alertam que, se o ser humano continu-
ar emitindo essa quantidade de gases sem tomar medidas de mitigação, a temperatura média global poderá
subir entre 3,7 e 4,8 graus até 2100, em comparação com o nível pré-industrial.
Além de causar um aumento da temperatura e do nível do mar, os cientistas argumentam, ainda, que o
aquecimento global vai afetar também os fenômenos climáticos extremos, como inundações, secas e ciclones.
Mas o assunto que me traz a esta tribuna hoje não é apenas o Acordo de Paris, e sim as consequências
do aquecimento global que nós já estamos sentindo, pode se dizer, na pele.
O motivo que me traz aqui são os reflexos das mudanças climáticas, mais precisamente com relação à seca.
A escassez de água é um grande problema enfrentado por diversas regiões do Brasil, principalmente no
período de seca, causado pela falta de chuvas. Alguns anos atrás, na Região Norte do Brasil, esse período de
seca era bem delimitado. Chovia durante 6 meses, e havia o período com falta de chuvas por mais 6 meses.
Tudo mudou, e muito.
No Tocantins, por exemplo, Estado que tenho a imensa honra de representar aqui nesta Casa, passamos
por um período de muita seca nos últimos anos – mas a cada ano está pior. Nesta época do ano, já deveria
estar chovendo, mas infelizmente isso não está acontecendo. Nós temos visto pouca chuva e temperaturas
elevadíssimas.
No Estado, a região mais castigada pela seca é a região sudeste. No entanto, infelizmente, este não é
um problema apenas dessa região. A seca é uma reclamação de vários Municípios do Tocantins, de todas as
regiões do Estado.
Eu, inclusive, passei essa demanda para a agência responsável por essa área, que é a Agência Tocantinense
de Saneamento – ATS. O Governo do Estado, por meio dessa Agência, tem realizado o programa de combate
à seca. Por meio do Programa Água para Todos, já foram entregues mais de 10 mil cisternas às famílias da re-
gião sudeste. Destas, mais de 8 mil já foram instaladas, o que representa quase 75% do total dessas cisternas.
O nosso Governador Marcelo Miranda, juntamente com o Presidente da ATS, Eder Fernandes, tem vin-
do sempre a Brasília, ao Ministério da Integração, para pedir apoio ao Programa Água Mais Perto de Você, que
consiste em uma ação emergencial realizada pela Agência em parceria com as Pastas da Defesa Civil e Saúde.
Por meio desse Programa, em 2015, o Governo do Estado levou água potável para mais de 40 mil pes-
soas prejudicadas com a estiagem em todo o sudeste do Estado. Ao todo, 60 caminhões-pipa atenderam as
comunidades rurais.
Entretanto, embora o Governo Estadual não tenha medido esforços para amenizar o sofrimento causado
pela falta de água, as questões relacionadas à seca têm sido uma das principais demandas que chega até nós.
Acredito que já passou da hora de a sociedade como um todo pensar nesse problema. É preciso mudar
hábitos, rever atitudes, colaborar com ações de preservação ao meio ambiente e, sobretudo, economizar água.
Temos acompanhado pela mídia que a crise hídrica pode afetar diversas regiões do Brasil. Muitos Esta-
dos brasileiros podem ter racionamento de água. E aqui, no Distrito Federal, já se fala em racionar, tendo em
vista que os reservatórios estão perdendo volume devido à redução de chuvas no mês de outubro e à baixa
adesão às campanhas para economizar água. Nós sabemos o quanto a água é essencial para a nossa vida. Mas
só quem sofre a falta dela é quem sabe descrever esse sofrimento.
Que todos nós, brasileiros, possamos refletir sobre essa questão e que cada um de nós possa fazer a sua
parte. É urgente o trabalho, a conscientização, essa mudança de hábitos, de posturas, de comportamento de
todos nós, para que nós possamos sofrer cada vez menos, porque, na verdade, a cada ano nós estamos vendo
essa mudança climática de uma forma muito acentuada, o que tem trazido sofrimento e problemas na área
econômica, na área individual, na área profissional de todo ser humano.
Sr. Presidente, solicito a V.Exa. que determine a transcrição deste nosso registro nos Anais desta Casa, o
envio e divulgação pelos meios de comunicação do Poder Legislativo, bem como sua reprodução no progra-
ma A Voz do Brasil.
Muito obrigada.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pereira) – Muito obrigado, Deputada Josi Nunes, do PMDB do Tocantins. Pa-
rabéns pelo trabalho.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pereira) – Convido agora, para fazer uso da palavra, o nosso amigo Deputado
Luis Carlos Heinze, do PP do Rio Grande do Sul, essa grande liderança do nosso Estado, que disporá de 5 minutos.
O SR. LUIS CARLOS HEINZE (Bloco/PP-RS. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, colegas Parlamentares,
primeiro quero lamentar, Deputado Mauro Pereira, um fato ocorrido no último dia 29, na cidade de Erechim,
onde um soldado do Grupamento da Brigada Militar, o Sargento João Marcelo Borges Desidério, que deixou
a esposa, Miriam, do Alegrete, estava servindo naquela localidade. Houve um assalto na agência do Banrisul,
em Erval Grande, e aquele Sargento acabou sendo liquidado, trucidado, por tiros de fuzil pelos assaltantes.
84  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

Eu ainda admiro, Deputados, que aqui, neste plenário, e em tantos lugares tem gente que defende esses
bandidos. O Sargento estava cumprindo a sua obrigação. Defendendo quem? O povo brasileiro, as pessoas de
bem. No entanto, daqui a pouco vêm os tais dos direitos humanos e vão querer defender essa gente.
Portanto, esse é um desabafo por um soldado, um sargento que acabou sendo morto recentemente na
cidade de Erechim.
Sr. Presidente, nós estivemos ontem com o Ministro Blairo Maggi, que assinou portaria publicada no Di-
ário Oficial de hoje para que o Rio Grande do Sul tivesse o Zoneamento Agroclimático da Olivicultura.
O Brasil hoje é um grande importador. Todo azeite de oliva que usamos no Brasil praticamente é impor-
tado, quase que 100%. Hoje toda azeitona consumida no Brasil, também quase que 100%, é importada, e o
Rio Grande do Sul iniciou um projeto que está sendo trabalhado neste momento, onde já temos em torno de
2.100 hectares plantados. Saiu o zoneamento, e mais de 200 Municípios estão aptos a plantar.
O Brasil importa hoje toda azeitona, e esse azeite está gastando quase 1,5 bilhão de reais por ano. Então
serão empregos gerados no Rio Grande do Sul, e é mais uma atividade para esses 200 Municípios, mas princi-
palmente na Metade Sul do Rio Grande do Sul, na zona de Pinheiro Machado, onde hoje o Grupo Batalha está
plantando 400 hectares. Temos, na região de Caçapava, na região de Cachoeira do Sul, enfim, produtores que já
plantam esses 2.100 hectares, iniciando esse processo. Esta é uma grande fonte de riqueza, e nós trabalhamos
para que possamos arrumar mais emprego, mais geração de renda para a nossa região. Esta é a olivicultura.
Agradeço ao Ministro Blairo Maggi e também ao Secretário Neri Geller e sua equipe, que fizeram esse
zoneamento com a EMBRAPA de Pelotas. Foi o meu colega de turma, colega de formatura, Carlos Alberto Flo-
res, e os técnicos da EMBRAPA de Pelotas que fizeram isso.
Sr. Presidente, o outro assunto que trago à tribuna é com relação à questão do trigo. Estamos trabalhando
a questão do trigo, Deputado Luiz Carlos Hauly, produto do qual o seu Estado é o maior produtor do Brasil e o
Rio Grande do Sul é o segundo maior produtor. Temos um problema sério hoje com a questão da triticultura,
com o trigo que está entrando do Paraguai, da Argentina, do Uruguai, e os preços estão baixando.
Na indústria de trigo hoje do Rio Grande do Sul não há quem compre o produto a 30 reais ou 32 reais,
pois um custo é de mais de 40 reais o saco. O que estamos cobrando do Governo? O Ministro Blairo Maggi já
encaminhou ao Ministério da Fazenda uma portaria para fazermos o Prêmio para Escoamento de Produto –
PEP e o Prêmio Equalizador Pago ao Produtor – PEPRO, dois mecanismos que as cooperativas, que as cerea-
listas poderão, juntos com as indústrias, fazer, uma operação para pagar 38 reais e 65 centavos, que é o preço
mínimo do trigo.
Há também temos a questão específica do Programa de Garantia de Preços da Agricultura Familiar –
PGPAF. A agricultura familiar no Rio Grande do Sul tem em torno de 17 mil produtores e no seu Estado, o Paraná,
Deputado Hauly, deve haver em torno de 25 mil produtores pronafianos, que já têm direito ao preço mínimo.
Quem tem PRONAF lá pode fazer o preço de 38 reais e 65 centavos.
E, para arrematar, pasmem: nós, que moramos em São Borja, Itaqui e Uruguaiana, que fazem divisa com a
Argentina, não temos telefone celular, apesar de as torres das operadoras da Argentina entrarem no Rio Grande
do Sul, em São Borja, Itaqui e Uruguaiana. Somos uma população de 240 mil habitantes, nesses três Municípios,
e hoje o celular é um inferno, há 4 ou 5 meses.
Estivemos da ANATEL esta semana – faz 3 meses que venho cobrando a ANATEL – para que ela se dirija
à agência reguladora da Argentina e que cobre das operadoras argentinas o funcionamento do sistema 3G –
um é europeu, o outro é americano. As antenas argentinas, hoje, estão adentrando o nosso Estado, e nós não
temos telefone celular.
Já estão ocorrendo hoje ações, que nós recomendamos. Em São Borja, advogados já estão entrando
com ações contra as operadoras brasileiras, mas que eles, de certa forma, cobrem também das operadoras
argentinas, e que elas se acertem. O que não pode ocorrer é uma população de 240 mil habitantes não poder
usar um celular.
Deputado Hauly, eu pego o meu celular, quando chego a São Borja – no final de semana eu estava lá –,
e faço 10 ligações para falar um assunto de 2 minutos. Eu começo a falar, e vem a interferência; começo a falar,
e vem a interferência.
Então, em nome da Associação Comercial, em nome do Sindicato Rural, em nome do Prefeito, estivemos
aqui na ANATEL, agora nesta semana, com o Prefeito eleito de Uruguaiana, Ronnie Mello, e o Deputado Esta-
dual Frederico Antunes, que também tem se empenhado na Assembleia Legislativa, cobrando das operadoras
o que se deve fazer. O que tem de ser feito é um acerto.
Estamos clamando ao Cônsul brasileiro em Paso de los Libres, que já está operando; lá estamos claman-
do também a um ex-intendente que hoje inclusive é Ministro do Governo. Estamos atuando em todos os sen-
tidos para ajustarmos essa questão.
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  85 

O que não é possível é essa interferência das torres argentinas, prejudicando três Municípios, que hoje
praticamente estão sem celular, há 4 ou 5 meses – não são 4 ou 5 dias. Esse absurdo está no problema da te-
lefonia naquela região, além, logicamente, dos problemas normais, mas esse é um fato extremamente grave,
que nós estamos denunciando aqui.
Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pereira) – Muito obrigado, Deputado Luis Carlos Heinze, do PP do Rio Gran-
de do Sul.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pereira) – Se V.Exa. me permitir, Deputado Gaguim, antes de conceder a pa-
lavra a V.Exa., passo a palavra, por 1 minuto, ao Deputado Luiz Carlos Hauly.
Pois não, Deputado.
O SR. LUIZ CARLOS HAULY (PSDB-PR. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, com o resultado das
eleições americanas, com a vitória do Donald Trump, há uma expectativa muito ruim na economia mundial,
especialmente para nós, brasileiros, da América Latina.
O que cabe a nós fazermos? A nós, brasileiros, cabe fazer a tarefa de casa, que é completar o ciclo das
reformas que não foram feitas desde o Plano Real: a reforma previdenciária, o ajuste fiscal, a reforma trabalhis-
ta, a reforma política, para diminuir o custo das campanhas, e a mãe das reformas, que é a reforma tributária.
Finalmente, eu estou como Relator dela e pretendo, até o final do mês, entregar à Casa um texto para discus-
são nacional.
Sem reformas, o Brasil não vai avançar. O Brasil precisa se proteger para o que vem aí à frente, com a as-
sunção do Trump na Presidência americana.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pereira) – Muito obrigado, Deputado Luiz Carlos Hauly.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pereira) – Concedo a palavra, agora, por 1 minuto, ao Deputado Gaguim. (Pausa.)
Antes, eu gostaria de agradecer a compreensão do Deputado Assis Carvalho, do PT do Piauí, que falará
no Grande Expediente. Alguns colegas Deputados, Deputado Assis, farão uso da palavra no Pequeno Expe-
diente. Em seguida, nós iniciaremos o Grande Expediente.
Com a palavra o Deputado Carlos Henrique Gaguim, por 1 minuto.
O SR. CARLOS HENRIQUE GAGUIM (Bloco/PTN-TO. Sem revisão do orador.) – Agradeço ao Presidente
Mauro Pereira, esse brilhante Deputado do Rio Grande do Sul, e gostaria também, Sr. Presidente, de parabe-
nizar o Presidente desta Casa, que está fazendo um excelente trabalho, colocando em votação os projetos de
interesse do Brasil.
Isso é muito bom. Esperamos poder votar vários projetos de interesse do Brasil, para o nosso povo, in-
clusive o projeto que trata da venda de terras para estrangeiros. Esse projeto, no qual estamos trabalhando há
muito tempo, vai para a pauta. Esse é um sonho de todos os produtores, um sonho do Brasil, para que também
possamos ter, além da tecnologia, financiamento, dinheiro novo no Brasil, para fazermos a correção das nossas
terras com investimentos, mas preservando as terras dos brasileiros.
As multinacionais que comprarem nossas terras terão que preservá-las, Sr. Presidente. A ideia é de que
50% da produção dessas terras possam ficar nas indústrias para gerar emprego e renda para o nosso povo,
para o povo do Brasil. Tenho certeza de que o nosso País vai voltar a crescer novamente, com o apoio de todos
os brasileiros.
Peço que o meu pronunciamento seja registrado nos meios de comunicação desta Casa e no programa
A Voz do Brasil.
Muito obrigado, meu querido Presidente, um dos melhores Deputados do Rio Grande do Sul. Parabéns!
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pereira) – Muito obrigado, Deputado Carlos Henrique Gaguim.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pereira) – Concedo a palavra à Deputada Jô Moraes, por 1 minuto, com a
permissão do Deputado Geraldo Resende.
A SRA. JÔ MORAES (PCdoB-MG. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, agradeço ao Deputado Ge-
raldo Resende por essa concessão.
Neste momento, quero expressar os meus cumprimentos ao Presidente da Nicarágua, que foi recondu-
zido a um novo período governamental, no último processo eleitoral, realizado no domingo passado.
Uma delegação oficial integrada por Senadores, Deputados e representantes de mais de 20 países do
mundo acompanhou o desenvolvimento do processo eleitoral. Tivemos a oportunidade de fazer visitas às juntas
eleitorais e verificamos a presença de diferentes fiscais dos partidos que disputavam o pleito, demonstrando
o reforço da democracia eleitoral na Nicarágua.
Nossos cumprimentos ao povo nicaraguense por essa conquista.
Solicito que o meu pronunciamento seja divulgado nos meios de comunicação da Casa e no programa
A Voz do Brasil.
86  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pereira) – Obrigado, Deputada Jô Moraes, do PCdoB de Minas Gerais. Com
certeza, a nossa competente equipe do programa A Voz do Brasil dará espaço ao pronunciamento de V.Exa.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pereira) – Convido para fazer uso da palavra agora o Deputado Geraldo Re-
sende, do PSDB do Mato Grosso do Sul.
O SR. GERALDO RESENDE (PSDB-MS. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados,
trago a esta tribuna assunto que entendo como extremamente preocupante, algo está acontecendo na Bolívia.
Eu fui procurado, no final de semana, lá em Dourados, por um grupo de produtores rurais brasileiros cujas
terras estão na Bolívia, mais precisamente no Departamento de Santa Cruz de la Sierra. São todos oriundos da
sua terra, Deputado Mauro Pereira, gaúchos como os que abriram fronteiras agrícolas em todo este País: em
Mato Grosso do Sul, em Mato Grosso, no Maranhão, no Piauí. Esses vislumbraram oportunidades sem iguais
para cultivar soja e outras leguminosas no país vizinho, a Bolívia.
Há 10, 15, 20 anos, compraram as terras, por intermédio de bancos privados no Estado nacional da Bo-
lívia. Essas terras foram tituladas por meio de decisões de juízes que representam o Estado da Bolívia, ou seja,
há documentos e certidões referentes à compra dessas terras. E eles reportam que tiveram que abrir as pró-
prias estradas para chegar a essas propriedades, tiveram que dominar o idioma e enfrentar todos os desafios,
numa terra estranha, para hoje terem propriedades altamente produtivas em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia.
Pois bem, eis que o Presidente da Bolívia, Evo Morales, para agradar movimentos similares ao MST aqui
no Brasil e que lá também existem, tenta pegar essas terras por meio de decretos, sem dar oportunidade de
defesa a esses que compraram as terras e que estão lá há décadas. Ele quer tomá-las na mão grande para dar
aos movimentos ditos populares, movimentos campesinos na Bolívia.
Nós temos convidado alguns Deputados – e convido também V.Exa., Deputado Mauro Pereira – para
juntos levarmos ao Ministro das Relações Exteriores, Senador José Serra, alguns desses proprietários rurais para
que eles possam contar aquilo que contaram a mim, chorando, homens e mulheres com as mãos calejadas,
muitas delas com as têmporas já enrugadas pelo sol.
Tenho certeza de que somente quem conhece os produtores rurais brasileiros sabe que, do raiar do sol
até ao entardecer estão labutando na terra. E hoje o único desfecho que o Estado boliviano espera é que eles
saiam da Bolívia com as roupas do corpo, deixando lá todas as propriedades e maquinários, para retornar ao
Brasil de mãos vazias. Não se pode fazer isso.
Quero aqui dizer que vamos solicitar ao Ministro José Serra que convoque o embaixador brasileiro na
Bolívia, convoque os cônsules em Santa Cruz de la Sierra e em outros departamentos da Bolívia onde estão
acontecendo processos similares, para que eles possam acompanhar, passo a passo, esse verdadeiro esbulho
que o Estado boliviano quer perpetrar contra os cidadãos brasileiros que lá investiram e colocaram parte subs-
tancial de suas vidas na construção de propriedades no país vizinho.
Quero dizer que vou voltar a este tema. Vou esperar o Presidente da Comissão de Relações Exteriores
da Casa convocar audiência pública para falarmos com o Ministro José Serra, a fim de que o Estado brasileiro
acompanhe, passo a passo, esse processo e não deixe que se cometam injustiças contra os brasileiros que fo-
ram para lá tão somente produzir grãos, produzir riqueza. Certamente esses produtores estão contribuindo
e muito para as poucas exportações que a Bolívia faz para o mundo afora, porque ela é conhecida como uma
terra de minerais, não de produção agrícola.
Quero aqui dizer que trago este tema à tribuna hoje porque havia assumido um compromisso com os
produtores rurais brasileiros que estão na Bolívia. Nas próximas oportunidades, falaremos, desta tribuna, sobre
o nosso inconformismo e sobre a nossa estranheza, porque, se a Bolívia tomou, na mão grande, na época do
Governo do Presidente Lula, a nossa refinaria, e naquela época o Governo brasileiro não teve qualquer reação,
agora, no Governo do Presidente Michel Temer e do Ministro José Serra, certamente, não deixaremos isso pas-
sar em branco e haveremos de ter reações contra o Estado boliviano.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pereira) – Muito obrigado, Deputado Geraldo Resende, do PSDB do Mato
Grosso do Sul. Parabéns pelo trabalho e pelo tema.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pereira) – Concedo a palavra ao Deputado Claudio Cajado, do DEM da Bahia.
O SR. CLAUDIO CAJADO (DEM-BA. Sem revisão do orador.) – DISCURSO DO SR. DEPUTADO CLAUDIO
CAJADO QUE, ENTREGUE AO ORADOR PARA REVISÃO, SERÁ POSTERIORMENTE PUBLICADO.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pereira) – Muito obrigado, Deputado Claudio Cajado, do Democratas da Bahia.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pereira) – Gostaria de pedir um pouco de compreensão ao colega Deputado
Assis Carvalho, do PT do Piauí, que vai ter o seu Grande Expediente de 25 minutos, mas, antes, vai falar pela
Liderança o Deputado Rômulo Gouveia e, depois, a Deputada Creuza Pereira, por 5 minutos. Em seguida, De-
putado Assis, V.Exa. vai falar.
Passo a palavra, para falar pela Liderança do PSD, ao Deputado Rômulo Gouveia, pelo tempo de 10 minutos.
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  87 

O SR. RÔMULO GOUVEIA (PSD-PB e como Líder. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Deputado Mauro
Pereira, Srs. Deputados e Sras. Deputadas, telespectadores da TV Câmara, eu ocupo o espaço da Liderança para
o conhecimento do País e do meu Estado de uma prestação de contas do trabalho que faço rotineiramente.
Quero dizer que a semana foi extremamente proveitosa, quando iniciamos, na segunda-feira, com uma
grande solenidade do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, tão bem conduzido pelo
Ministro Gilberto Kassab, que possibilitou a migração de mais de 300 emissoras de rádio em todo o País. Inclu-
sive V.Exa. esteve presente na solenidade.
O sistema de transmissão de AM (Amplitude Modulada) era totalmente obsoleto, mas a nova tecnologia
vai possibilitar a entrada de novos profissionais no mercado. Isso, sem sombra de dúvida, será mais um avan-
ço para a comunicação no País, graças à decisão do Presidente Michel Temer, que, por sinal, prestigiou esse
importante evento.
Então, registro a participação de toda a equipe do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comu-
nicações, na pessoa do Ministro Gilberto Kassab.
Há pouco o Deputado Claudio Cajado falava da sensibilidade dos Ministros em receber os Prefeitos, De-
putada Creuza Pereira, e, na terça-feira, eu tive a oportunidade de participar de uma audiência com o Ministro
Leonardo Picciani, nosso colega Deputado Federal e Ministro do Esporte.
No Estado da Paraíba, Deputado Mauro Pereira, existem dois Centros de Iniciação ao Esporte que estão
com as obras paralisadas. Um deles é na cidade de Campina Grande, no Complexo da Liberdade, onde existe
um grande parque construído pela Prefeitura na gestão do Prefeito Romero Rodrigues, mas a obra está para-
da. O Ministro, por recomendação do Presidente da República, determinou a retomada dessa obra de quase 3
milhões de reais, e, igualmente, das obras do Centro de Iniciação ao Esporte na cidade de João Pessoa. O Mi-
nistro me esclareceu que a determinação do Governo era para que sejam retomadas as obras paralisadas em
mais de 50 centros. Essa é uma iniciativa extremamente importante.
Na quarta-feira, ao lado do Deputado Pedro Cunha Lima, autor da audiência, do Prefeito de Campina
Grande, Romero Rodrigues, do Prefeito eleito de Alagoa Grande, Dr. Sobrinho, do Prefeito eleito de Caaporã,
Kiko Monteiro, e dos Professores da Universidade Federal da Paraíba, Prof. Edmar, Prof. Emir e Prof. Eduardo,
para tratar da questão hídrica da região de Campina Grande. A Prefeitura de Campina Grande entregou um
plano emergencial ao Ministro Helder Barbalho, que tem sido extremamente sensível, junto com a sua equipe
de Ministério, para, ao mesmo tempo, discutir as obras do Eixo Leste, a questão do esgotamento sanitário, as
ações e as providências que estão sendo adotadas no Ministério, a fim de possibilitar a chegada das águas do
Rio São Francisco ao Açude Epitácio Pessoa, que hoje está com seu abastecimento comprometido, ocasionan-
do o racionamento de água na cidade de Campina Grande e em mais de 18 Municípios.
Nós estamos enfrentando – não só a Paraíba, mas o Ceará e o Rio Grande do Norte – uma grave seca. Há
regiões de Pernambuco também que sofrem com essa situação hídrica. O Deputado Assis Carvalho não tem
preocupação porque o Piauí, graças a Deus, em termos de água, é um Estado privilegiado por Deus. Enfim, essa
audiência foi extremamente positiva, produtiva, com consequência e desdobramentos inclusive na Comissão
que tenho a honra de coordenar por ato da Mesa, aprovado neste plenário, com os membros desta Casa, para
acompanhar todas as ações da transposição.
Tive a oportunidade também, Sr. Presidente, de participar – e V.Exa. também lá estava – de outro evento
do Ministério das Cidades. O Ministro Bruno Araújo, nosso companheiro aqui, lançou, com o Presidente Michel,
o Cartão Reconstrução, um cartão onde o cidadão vai ter a oportunidade de ter um crédito e vai poder fazer
pequenas recuperações na sua moradia.
Nós, como agentes políticos que caminhamos pelo interior inteiro, encontramos pessoas humildes, que
precisam de um banheiro, de uma reforma, de um telhado, de um serviço na sua casinha. Essa decisão vem em
um programa social de muita importância. E vale ressaltar a sensibilidade do Presidente Michel Temer não só
com esse programa, mas com o próprio reajuste do Programa Bolsa Família, que não era reajustado há muito
tempo. Com isso, houve um impacto. Também passou a haver controle e critérios para os programas, porque
não adianta haver programas sociais sem critérios. Então, eu quero parabenizar o Ministério das Cidades, o
Ministro Bruno Araújo e toda a equipe e o Presidente por esse importante programa.
Na quarta-feira, também tive a oportunidade de mais uma vez ir ao Ministério da Ciência, Tecnologia e
Inovações e Comunicações, para tratar de programas com os professores da universidade, com os prefeitos
que estão aqui, principalmente do Programa Cidade Inteligente, que tem uma capacidade e uma capilaridade
enorme. Então, quero destacar todo o trabalho.
Por último, estive ontem com o Ministro do Trabalho, o nosso companheiro Deputado também, Ronal-
do Nogueira, que nos recebeu. Lá tratei de questões de interesse de capacitação, do funcionamento do SINE,
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uma série de ações que ali temos naquele Ministério, mas, acima de tudo, ressalto a sensibilidade do Ministro
Ronaldo Nogueira.
Hoje, dediquei-me, no gabinete, pela manhã e agora ao meio-dia, a acompanhar os nossos prefeitos. A
Paraíba se faz presente com vários prefeitos que estão aqui em Brasília participando desse evento da Confe-
deração dos Municípios, mas também já buscando meios de recursos. Então, pude receber, só hoje, no meu
gabinete, o Prefeito de Dona Inês, João Idalino; o Prefeito de Lagoa de Dentro, Fabiano Pedro; a Prefeita de Bor-
borema, Gilene; o Prefeito de Areial, Adelson, o Prefeito de Olivedos, Deusinho; o Prefeito de Montadas, Jonas
Souza; o Prefeito de Jacaraú, Elias; o Prefeito de Santa Luzia, Zezé; o Prefeito de Mari, Antonio Gomes; a Prefeita
de Boa Ventura, Leonice; o Prefeito do Junco do Seridó, Kleber; a Prefeita de Algodão de Jandaíra, Maricleide;
o Prefeito de Pocinhos, Claudio Chaves; o Prefeito de Gurjão, Ronaldo Queiroz; o Prefeito de Caraúbas, Silvano;
o Prefeito de Barra de São Miguel; o Prefeito de Cabaceiras, Tiago; o Prefeito de Condado, Caio; o Prefeito de
Nazarezinho, Salvan; o Prefeito de Frei Martinho, Aido; o Prefeito de Bahia da Traição, Serginho; o Prefeito de
São João do Cariri, Cosme; o Prefeito de Serra Branca, Souzinha.
Então, eles estiveram no gabinete, e estive com eles também no encontro da Confederação, todos pe-
dindo que esta Casa voltasse seu olhar para o municipalismo, para a situação, Deputado Julio, por que passam
os Municípios, a situação que o seu Estado, o Rio de Janeiro, está enfrentando. E aí a questão não é só do Rio; é
do País inteiro. O que está acontecendo no Rio vai acontecer em outros Estados. Mesmo a Paraíba, para minha
surpresa, onde o Governador pregava o equilíbrio financeiro, foi rebaixada de categoria pelo próprio Tesouro
Nacional, o que compromete os empréstimos. O Estado da Paraíba foi rebaixado de B para C, e isso causa um
impacto muito grande. A preocupação nossa é de que o que está acontecendo no Rio não aconteça amanhã
na Paraíba.
É preciso que esta Casa se una, num verdadeiro federalismo, num pacto de federalismo, para poder, ver-
dadeiramente, haver um tratamento diferenciado para Estados e Municípios.
Para encerrar, Sr. Presidente, eu quero que este meu pronunciamento seja divulgado no programa A Voz
do Brasil, acrescido aqui do meu pronunciamento em relação, Deputado Julio, à situação da dívida da Paraíba,
do rebaixamento daquele Estado, para minha surpresa, já que o Governo pregava um equilíbrio financeiro.
Também quero destacar os 53 anos do Aeroporto João Suassuna e, ao comemorar essa data, pedir à IN-
FRAERO o que venho reiterando, a providência de um posto de abastecimento com bandeira compatível para
atender às empresas aéreas, para não prejudicar o fluxo de voos para a cidade de Campina Grande, cidade
importante, que polariza a região do Compartimento da Borborema e que precisa dinamizar o seu aeroporto.
Nesse sentido, são dois pronunciamentos que quero anexar a esta Comunicação de Liderança que faço,
de antemão já agradecendo a V.Exa. a boa condução dos trabalhos e ao nosso orador do Grande Expediente,
Deputado Assis, a grande sensibilidade que teve em nos ouvir.
A todos expresso o meu agradecimento e a renovação do nosso compromisso de continuar trabalhando
pela Paraíba, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pereira) – Muito obrigado, Deputado Rômulo Gouveia, do PSD da Paraíba.
Parabéns pelo trabalho!
PRONUNCIAMENTOS ENCAMINHADOS PELO ORADOR
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, infelizmente, semana passada, fui surpreendido com a indesejada
notícia de que o meu Estado da Paraíba havia sido rebaixado no ranking do Tesouro Nacional, estando assim,
a partir de agora, impedido de contrair empréstimos internacionais para socorrer o caixa do Governo.
Com a medida, a Paraíba teve a nota rebaixada de B – para C+ pelo Ministério da Fazenda e, com isso,
ficou de fora da lista de Estados que apresentam “boa situação fiscal”, condição exigida pela União para refe-
rendar as operações de crédito. O Estado tinha pretensões de contrair mais de 550 milhões de dólares (1 bilhão
e 700 milhões de reais) em operações de crédito com instituições financeiras internacionais, mas infelizmente
seu gestor não se comportou adequadamente.
Entre as operações de crédito internacionais que já estavam aprovadas pela Assembleia Legislativa da
Paraíba e que agora estão contingenciadas pelo Governo Federal, figuram as firmadas com Corporação Andi-
na de Fomento (250 milhões de dólares), Banco Interamericano (50 milhões de dólares), Banco Mundial (125
milhões de dólares) e Banco Europeu (125 milhões de dólares). O boletim destaca que a concessão de garantia
pela União em operações de empréstimos tomados pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios está
condicionada à análise da Capacidade de Pagamento (CAPAG) desses entes pelo Tesouro Nacional.
No período de 2012 a 2015, o Tesouro Nacional destaca que houve expressivo aumento das despesas com
pessoal, notadamente com inativos, o que está “conjugado com receitas próprias e transferências insuficientes”,
resultando em reversão do resultado primário superavitário de 18,9 bilhões de reais em 2012 para déficits pri-
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mários em 2013 e 2014 e um pequeno superávit de 2,9 bilhões de reais em 2015. No caso da Paraíba, o levanta-
mento mostra um resultado primário negativo em 270 milhões de reais com o fechamento das contas de 2016.
Outro índice que contribuiu para o rebaixamento da nota da Paraíba no ranking foi a elevação do com-
prometimento com o gasto de pessoal, que chegou a 64,4% da Receita Corrente Líquida (RCL).
O Tesouro revelou que o rombo nos Estados, inclusive na Paraíba, é maior que o informado. A deterio-
ração fiscal decorre do aumento de gastos com pessoal e do aumento de créditos nos últimos anos, e é pior
que a informada pelos governos locais. Segundo relatório divulgado pelo Tesouro Nacional, existem diferen-
ças entre os dados enviados pelos Estados em relação ao endividamento, ao gasto com pessoal e ao déficit da
Previdência dos servidores locais.
Em relação às despesas com o funcionalismo público, a Lei de Responsabilidade Fiscal estabelece que
os Estados e o Distrito Federal não podem comprometer mais do que 60% da Receita Corrente Líquida (RCL)
com o pagamento aos servidores locais ativos e inativos nos três Poderes. Pelos dados informados pelos go-
vernos locais, somente dois Estados estavam acima desse limite no fim do ano passado: Paraíba (61,86%) e
Tocantins (63,04%).
No entanto, ao usar os critérios do Tesouro, nove Unidades da Federação estouravam o teto no fim de 2015:
Distrito Federal (64,74%), Goiás (63,84%), Minas Gerais (78%), Mato Grosso do Sul (73,49%), Paraná (61,83%), Rio
de Janeiro (62,84%) e Rio Grande do Sul (70,62%). Pelos parâmetros do Plano Anual de Financiamento (PAF), a
relação fica em 61,13% no Tocantins e em 64,44% na Paraíba.
Infelizmente, a diferença na contabilidade deve-se principalmente ao fato de que a maioria dos Estados
não declararam gastos com terceirizados e informam apenas a remuneração líquida dos servidores, em vez
dos números brutos, incluindo-se aí também o fato de que diversas Unidades da Federação não declaram gra-
tificações e benefícios como auxílio-moradia pagos aos servidores do Judiciário, do Ministério Público e das
Defensorias Públicas locais.
Muito obrigado.
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero, no dia de hoje, prestar uma homenagem ao Aeroporto de
Campina Grande, Presidente João Suassuna, que comemorou 53 anos de operações no último dia 30 de outu-
bro. Localizado no Agreste paraibano, distante a apenas 6 quilômetros do centro da cidade, o terminal opera
diariamente voos regionais e nacionais, movimentando uma média de 11 mil passageiros por mês.
O sítio aeroportuário ocupa área de 821 mil metros quadrados, com uma pista de pouso e decolagens de
1.600 metros de comprimento. O terminal de passageiros conta com 7 estabelecimentos, entre lanchonetes,
agências de turismo e locadoras de veículos, além de oferecer aos usuários caixas eletrônicos e um estaciona-
mento de veículos com 200 vagas.
Os passageiros com deficiência ou mobilidade reduzida também encontram um terminal acessível, com
elevador, banheiros e telefones adaptados; calçadas rebaixadas; sinalização em braile; piso podotátil; cadeiras
de rodas e Stair Trac, equipamento que auxilia no embarque e desembarque de passageiros com necessidade
de assistência especial.
Quero destacar também o trabalho do Superintendente do Aeroporto, Carlos Antônio da Silva, à frente
do terminal, onde vem desempenhando um belo trabalho.
Campina Grande é referência no desenvolvimento de softwares e de tecnologia conhecida mundialmen-
te como Tech City, e o seu terminal vem se consolidando como importante instrumento para o crescimento
econômico da região, ao atender as demandas de passageiros que visitam o local em busca de negócios com
as indústrias de informática e eletrônica, sendo, também, uma das principais portas de entrada para turistas
que visitam a cidade no mês de junho para o Maior São João do Mundo.
Criado pela Lei nº 3.795, de 1960, o Aeroporto foi inaugurado em 1963, passando a fazer parte da Rede
INFRAERO no ano de 1980. Sua denominação é uma homenagem ao ex-Governador da Paraíba João Suassuna.
Atualmente o Aeroporto conta com três voos regionais e nacionais diários das Companhias aéreas Azul
e Gol, que interligam o Aeroporto às cidades de São Paulo, Recife, Rio de Janeiro, João Pessoa e Petrolina. Em
2015, aproximadamente 117 mil usuários passaram pelo terminal, que tem capacidade para receber até 900
mil passageiros. Até setembro deste ano, foram mais de 96 mil passageiros, entre operações de embarques e
desembarques, o que muito nos orgulha a nós campinenses.
Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pereira) – Com a palavra a Deputada Creuza Pereira, do PSB de Pernambuco.
Enquanto V.Exa. se desloca até a tribuna, tem a palavra por 1 minuto o Deputado Julio Lopes, do Partido
Progressista do Rio de Janeiro.
O SR. JULIO LOPES (Bloco/PP-RJ. Sem revisão do orador.) – Obrigado, Presidente Mauro Pereira.
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Cumprimento o meu amigo Deputado Rômulo Gouveia e faço referência, Sr. Presidente, à aprovação,
ontem, de requerimento de apreciação em regime de urgência do projeto que trata do Registro Civil Nacional.
O RCN vai permitir a cada brasileiro ter um só documento de identidade civil, em âmbito nacional, em subs-
tituição a 22 documentos. Será uma racionalização enorme, uma desburocratização importante para o Brasil,
que vai mudar o custo da administração pública federal e a forma como o brasileiro se relaciona com o Estado
– muito mais simples, muito menos burocrática e mais eficiente. Será uma comunicação efetiva do cidadão
com a União e com os seus Estados e Municípios através de um número só de CPF, da fotografia e da biometria
feita pelo Tribunal Superior Eleitoral e da biografia feita pelos cartórios.
Muito obrigado, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pereira) – Muito obrigado, Deputado Julio Lopes.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pereira) – Concedo a palavra à Deputada Creuza Pereira, do PSB de Pernam-
buco, que dispõe de 5 minutos.
V.Exa. é um exemplo de Deputada.
A SRA. CREUZA PEREIRA (PSB-PE. Sem revisão da oradora.) – Boa tarde aos que estão me ouvindo, es-
pecialmente ao Presidente desta sessão e aos companheiros que estão no plenário. Venho hoje me pronunciar
a respeito de uma visita que fiz ao Hospital Regional Inácio de Sá, em Salgueiro.
Foi um dia festivo. Passei a tarde inteira por lá, porque eles comemoravam os 5 anos de instalação do
Centro de Terapia de Reposição Enzimática, que fica na sede do hospital, e ali são desenvolvidas ações com
pacientes portadores de doenças genéticas raras pela gestão e por profissionais de saúde que se sensibiliza-
ram com a situação de uma mãe, a Sra. Fátima da Silva, que tinha dois filhos bastante comprometidos com a
doença mucopolissacaridose, MPS. Eles tinham que se deslocar semanalmente para a cidade de Recife, que
fica distante 518 quilômetros de Salgueiro, pelo TFD, Tratamento Fora do Domicilio, para obterem o tratamen-
to no Hospital Oswaldo Cruz.
Devido à distância e ao sofrimento dessa mãe com seus dois filhos em cadeira de rodas, a gestão se sen-
sibilizou, como eu já disse, e os funcionários – notadamente a equipe de pediatria – se dispuseram a implantar
esse serviço, que se iniciou em 2011, para o acolhimento dos adolescentes que realizavam o tratamento fora
do hospital de Salgueiro. Eles se capacitaram, por iniciativa da equipe de trabalho e não por uma demanda da
Secretaria de Saúde do Estado. Foram eles que se organizaram, procuraram capacitações e criaram esse serviço.
Enfermidades metabólicas hereditárias que afetam diversos órgãos, as mucopolissacaridoses são pro-
vocadas por disfunções no metabolismo que causam o funcionamento inadequado de determinadas enzimas
responsáveis por importantes reações químicas do corpo humano. As manifestações podem afetar diversos
órgãos de forma leve, moderada ou grave.
Em se tratando de síndrome rara com diferentes manifestações clínicas e envolvendo diferentes órgãos,
é importante que seja realizado um acompanhamento multidisciplinar, a fim de prevenir, diagnosticar e tratar
precocemente suas complicações e oferecer ao paciente melhor qualidade de vida e assistência aos seus fa-
miliares, que ficam deveras fragilizados quando não contam com o apoio necessário.
Para que se tenha ideia do quadro dessas doenças em nossa realidade, basta citar, por exemplo, que no
Brasil há 600 casos de MPS, sendo que 53 registros são em Pernambuco e, desses, quatro são em Salgueiro. De
MPS II não temos um registro de quanto há no Brasil; temos 14 casos em Pernambuco; e 2 deles são em Salguei-
ro. MPS VI, não temos um registro no Brasil; temos de Pernambuco, com 24 casos; 2 desses são em Salgueiro. Da
Síndrome de Guacher: 530 casos são registrados no Brasil; não temos os registros do Estado de Pernambuco,
mas temos o registro de 3 casos em Salgueiro.
Isso mostra a atenção com que esses casos são olhados lá na nossa realidade.
Nesse centro de terapia, a equipe desenvolve múltiplas atividades com as crianças, com os adolescentes
e com as próprias famílias. Eles participam de atividades artísticas, com músico terapeuta voluntário que tra-
balha com as crianças. Eu vi emocionada o que eles são capazes de comunicar, de mostrar não só na música,
mas também nos desenhos, nos trabalhos manuais.
Realmente foi um grande dia esse que eu passei no hospital, porque eu vi que há funcionários que fogem
ao padrão de se dizer que é uma Maria Candelária. Há funcionárias que buscam participar do sofrimento do povo.
Elas, então, se inscreveram-se para o Prêmio Shire, concedido a instituições de apoio ao tratamento e
cuidados a portadores de doenças raras, em São Paulo. Inscreveram o Projeto Vivarte, que procura, através da
arte, da atividade, desenvolver o potencial dessas crianças, e foram vencedoras do prêmio.
Então quero daqui parabenizar essa equipe por sua dedicação, pelo seu amor ao estudo, que faz um es-
forço de participar de seminários internacionais e nacionais para melhor desenvolver essa ação benemérita e
científica que realizam no Hospital de Salgueiro.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pereira) – Muito obrigado, Deputada Creuza Pereira, do PSB de Pernambuco.
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  91 

Parabéns a V.Exa. pelo carinho e dedicação ao seu Estado e ao seu povo!


O SR. PRESIDENTE (Mauro Pereira) – Passa-se ao

V – GRANDE EXPEDIENTE
Concedo a palavra ao Sr. Deputado Assis Carvalho, do PT do Piauí, a quem quero agradecer pela tolerân-
cia, pois aguardou, por mais de 1 hora, os colegas falarem.
Muito obrigado pelo apoio aos colegas, Deputado.
O SR. ASSIS CARVALHO (PT-PI. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Deputado Mauro Pereira, inicial-
mente, eu quero agradecer ao meu querido Deputado Fabiano Horta, do PT do Rio de Janeiro, que liberou este
espaço no Grande Expediente, que lhe era devido, e permitiu que eu pudesse usá-lo neste momento. Então,
meu muito obrigado ao Deputado Fabiano Horta.
Antes de abordar o tema do meu pronunciamento, quero também abraçar todos os prefeitos e prefeitas
que se encontram neste momento, aqui em Brasília, tradicionalmente convidados pela Confederação Nacional
de Municípios, para dialogar sobre este período pós-eleição, discutindo o momento conjuntural, as expecta-
tivas para o amanhã, a gestão e, o que eu acho muito importante, projetos.
Inclusive, eu tive a oportunidade de almoçar, há pouco, com os meus amigos prefeitos e prefeitas do Es-
tado do Piauí. Não vou citar cada um deles porque são muitos, mas quero abraçar todos e todas.
Quero iniciar fazendo referência a uma fala do nosso ex-Presidente João Goulart, do dia 13 de março de
1964, que me parece muito atual. Disse ele:
A democracia que eles desejam impingir-nos é a democracia antipovo, do antissindicato, da antirre-
forma, ou seja, aquela que melhor atende aos interesses dos grupos a que eles servem ou representam.
A democracia que eles querem é a democracia para liquidar com a Petrobrás; é a democracia dos mo-
nopólios privados, nacionais e internacionais, é a democracia que luta contra os governos populares e
que levou Getúlio Vargas ao supremo sacrifício.
Nunca vi um discurso tão atual. Ele é de 1964, mas o tema se repete com muita força em 2016.
Faço uma saudação aqui a todos os homens e as mulheres, que neste momento, nos acompanham atra-
vés da TV Câmara, bem como aos Deputados e Deputadas.
O Governo do golpista Michel Temer tem adotado políticas que contrariam os 13 anos dos Governos
Lula e Dilma, que promoveram a ascensão social da população mais carente do nosso País. Como era previsto,
o Governo ilegítimo retrocede o quadro social brasileiro e atenta contra o crescimento dos direitos da base da
pirâmide da renda brasileira.
Nos dias 11 e 25 de outubro, a base desse Governo usurpador aprovou, no plenário desta Casa, mais uma
matéria que fere os direitos das classes mais pobres do nosso País: a Proposta de Emenda à Constituição nº
241, hoje PEC 55 no Senado Federal. Essa proposta fere inclusive a Constituição democrata e cidadã de 1988,
da qual temos muito orgulho, conduzida aqui pelo grande Ulysses Guimarães.
Essa PEC foi aprovada ontem, dia 9 de novembro, na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, do
Senado Federal. Agora ela seguirá para votação em dois turnos no plenário, num trâmite caracterizado pela
rapidez.
Essa PEC ficou conhecida como a “PEC da Morte”. Ela foi enviada pelo Governo ainda interino com o ob-
jetivo de limitar a expansão dos gastos primários pelos próximos 20 anos. Mas a verdade, Sr. Presidente, é que
essa proposta limita os investimentos em saúde e educação.
Aliás, sempre é importante lembrar que saúde e educação não são gastos, mas têm sido tratadas por
esse Governo como se o fossem. Saúde e educação são investimentos feitos em todas as classes da nossa so-
ciedade, embora a falta desses recursos afete, principalmente, as classes menos favorecidas.
Se aprovada em plenário, a regra entra em vigor em 2017, e os valores mínimos para educação e saúde
passarão a ser corrigidos tendo como base o que foi efetivamente pago no ano anterior, acrescido da inflação
– o que se contrapõe às regras atuais que vinculam essas áreas à arrecadação tributária.
Notas setoriais que analisam o impacto dessa PEC nas áreas de assistência social e saúde apontam para
a diminuição, pela metade, dos gastos da União em relação ao Produto Interno Bruto – PIB pelas próximas 2
décadas, sem contar com o crescimento e o envelhecimento da população, o que aumentará ainda mais a ne-
cessidade de oferta dos serviços públicos.
Vão ser negativamente afetadas as áreas da Previdência, do Benefício de Prestação Continuada, do Bolsa
Família, da saúde, da educação e da reposição de perdas salariais de servidores.
Quanto à Constituição Brasileira de 1988, a “PEC da Morte” é um atentado aos direitos e garantias indi-
viduais e ao princípio constitucional do não retrocesso. É a desconstituição do pacto federativo e a ameaça à
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própria Federação, cláusula pétrea da nossa Constituição. É, inclusive, a negação dos objetivos fundamentais
da República do Brasil.
Dessa forma, Sr. Presidente, o estado de sítio fiscal de 20 anos, proposto pelo Governo golpista, vai con-
denar milhões de brasileiros e brasileiras que dependem do Sistema Único de Saúde – SUS a uma piora signi-
ficativa no seu atendimento de saúde.
Da mesma forma, a aprovação dessa PEC vai reduzir significativamente os recursos para educação, o que
vai inviabilizar as metas do Plano Nacional de Educação – PNE. Esse plano prevê, por exemplo, universalizar as
matrículas na pré-escola, para crianças de 4 a 5 anos, já em 2016 e ampliar a oferta de vagas nas creches, de
forma a atender, no mínimo, 50% das crianças de até 3 anos, em 2024, quando finaliza seu prazo de execução.
O resultado da aprovação dessa PEC será o de condenar milhões de jovens brasileiros a uma educação
precária e inviabilizar a sua mobilidade social em médio e longo prazo, bem como reduzir o crescimento po-
tencial do País.
Sras. e Srs. Deputados, é importante lembrar que países que aplicaram políticas que implicaram queda
de recursos para financiamento da saúde tiveram pioras significativas nos indicadores dessa área.
Em 1998, em razão da crise asiática, a Tailândia reduziu o orçamento da saúde, e o resultado foi imediato:
a taxa anual de morte por doenças infecciosas, que era de 3,2 mortes por 100 mil habitantes em 1996, subiu
para 7,6 mortes por 100 mil habitantes em 1998.
Essa não é a única solução para mudar o quadro fiscal atual, como insiste em insinuar o Governo gol-
pista de Michel Temer. Pelo contrário, talvez ela seja a mais perversa e com maior impacto sobre a parcela da
população que necessita de serviços públicos.
Ter essa como a única solução é desconsiderar a possibilidade de um esforço fiscal que leve em conta
ajustes nas receitas e na estrutura tributária progressiva, bem como a contenção do crescimento dos gastos
financeiros, principalmente os juros da dívida.
Precisamos continuar nos opondo a esse absurdo. Por isso, convido o povo brasileiro a continuar se ma-
nifestando contra a PEC 55, antiga PEC 241, também conhecida como “PEC da Morte”. Precisamos sair às ruas,
continuar ocupando escolas e promovendo o debate na nossa sociedade. Precisamos ser ouvidos e evitar que
a classe mais pobre deste País seja prejudicada pelas ações de um governo golpista e ilegítimo.
Aliás, Sr. Presidente, este é outro assunto que merece ser lembrado aqui nesta Casa: a ocupação das escolas.
Srs. Deputados e Sras. Deputadas, o golpe de 2016, que destituiu uma Presidenta eleita e que não co-
meteu nenhum crime, deslanchou uma série de retrocessos, dos quais havíamos nos distanciado na última
década, em que os brasileiros experimentaram desenvolvimento e inclusão social.
Foram muitos os projetos retrógrados apresentados aqui nesta Casa que tiraram direitos dos brasileiros.
Mas foi nesse cenário de retrocessos que também surgiu um movimento que deu uma luz, um fôlego, e abriu
horizontes para o povo brasileiro. Eu me refiro ao movimento dos estudantes que ocupam escolas em 21 Es-
tados brasileiros.
Em todo o Brasil, a União Nacional dos Estudantes – UNE e a União Brasileira dos Estudantes Secunda-
ristas – UBES contam com quase 1.200 escolas, institutos federais e universidades ocupadas por adolescentes
e jovens que protestam contra a medida provisória da reforma do ensino médio e repudiam a PEC 55, que
tramita no Senado e foi aprovada antes nesta Casa, sob o número 241, que congela os investimentos em edu-
cação por 20 anos.
O movimento de ocupação, que, nas escolas, ficou conhecido como a Primavera Secundarista, é uma
luta dos estudantes pelos estudantes, visando conter os retrocessos na educação, é o maior movimento estu-
dantil da história brasileira.
Apesar de não ter espaço de divulgação nos setores conservadores da grande mídia, financiada pelo
Governo golpista, esse movimento se expande pela indignação dos jovens, une as pessoas pelos ideais que
compartilham e liga os brasileiros pelas redes sociais, obtendo um alcance que tem incomodado o Governo
e as elites.
Como V.Exas. bem sabem, a proposta de reforma do ensino médio, feita sem diálogo com a comunidade
escolar, fragmenta o ensino, permitindo a opção por disciplinas do núcleo comum ou técnico-profissionalizante.
O grande risco é que os estudantes de renda mais baixa sejam prejudicados, pois tenderão a priorizar o
ensino técnico para chegar mais cedo ao mercado de trabalho, a fim de garantir algum tipo de renda. Dessa
forma, ficarão excluídos de cursos superiores, como acontecia até pouco tempo atrás.
Aliás, nesse ponto, há alguns Deputados que assumem de frente a sua seriedade. Parabenizo o Deputa-
do Nelson Marquezelli, que diz que quem tiver dinheiro para pagar curso superior que pague, quem não tiver
que fique de fora. Alguns Deputados são mais honestos e falam a verdade com todas as letras.
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  93 

Além disso, a reforma ameaça excluir do currículo disciplinas como Filosofia, Sociologia, Arte, importan-
tes na formação do pensamento crítico, no exercício da cidadania.
Da PEC 55, aprovada nesta Casa como PEC 241, já falamos aqui. Não vou me estender mais.
Pois bem, é contra esse descalabro que os estudantes se manifestam. Estão certos. É do futuro deles que
está se tratando. Eles precisam ser ouvidos, considerados, respeitados.
Como movimento e como pessoas, eles merecem o apoio de toda a sociedade, porque o que se está
modificando em leis na Câmara e no Senado impacta no futuro de toda a Nação, inclusive no futuro de brasi-
leiros que ainda nem nasceram. Sem educação, o País não progride, o povo não se emancipa, não há desen-
volvimento, não há inclusão social.
Nesse contexto, Srs. Deputados e Deputadas, eu tenho algumas questões a pontuar sobre o movimen-
to dos estudantes; sobre a forma como alguns Parlamentares desta Casa vêm se referindo a eles; sobre o tra-
tamento que os jovens têm recebido de alguns governos, setores do Judiciário e da mídia. E, também, tenho
algumas palavras a dizer sobre apoio e solidariedade a quem luta por todos os brasileiros e brasileiras.
Louvo a atitude dos estudantes que lutam, que ousam encarar o desafio de reivindicar seus direitos. Des-
taco as ocupações, no Piauí, dos campi da Universidade de Federal do Piauí – UFPI em Teresina, Picos e Bom
Jesus; do campus da Universidade Federal do Vale do São Francisco – UNIVASF em São Raimundo Nonato; e do
campus Teresina Zona Sul, do Instituto Federal do Piauí – IFPI, em Teresina.
Estive na cidade de Picos, no Piauí, onde está fincado um dos mais vigorosos focos de resistência contra
os retrocessos na educação. Dialoguei com os estudantes. Eles ampliam o debate e constroem uma posição
coerente contra a PEC 55. E fazem isso com a força inovadora que só a juventude tem.
São jovens corajosos, desprendidos, preocupados com a educação e com o futuro do Brasil. Saíram do
conforto de casa para lutar pelo direito deles e de outros cidadãos brasileiros de ter acesso à educação pública.
Eles não pedem privilégios, não exigem favores. O que eles reivindicam é somente a oportunidade de
estudar, que lhes foi assegurada pela Constituição e que não pode ser negada por um governo não eleito, por
um governo ilegítimo.
É extremamente injusto o que tenho ouvido aqui neste Parlamento, por parte de alguns Deputados: que
os estudantes que participam do Ocupa Tudo são alienados, doutrinados e manipulados por políticos de esquer-
da e movimentos sociais trabalhistas. Não é verdade. Eles sabem o que estão fazendo e por que estão lutando.
Foi essa clareza que evitou, por exemplo, que houvesse conflito entre estudantes quando o Governo de-
cidiu adiar provas do Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM em escolas ocupadas, uma atitude que colocou
em oposição os alunos que “precisavam fazer o ENEM” e os “ocupantes”.
Não foi convincente o argumento de que as ocupações gerariam insegurança na aplicação de provas do
ENEM. A Justiça Eleitoral conviveu pacificamente com as ocupações na votação de segundo turno das eleições
municipais, no final de outubro. Além disso, outros espaços poderiam ter sido usados para aplicação das provas.
A nobreza da causa é tão evidente que os alunos entenderam que essa não é uma luta de estudantes
contra estudantes, e, sim, de “estudantes pela educação pública acessível e de qualidade para todos os brasi-
leiros e brasileiras”.
O Governo Federal e alguns Governos Estaduais, além de certos setores do Judiciário, vêm tratando com
desdém os militantes, tentando minimizar a importância da causa ou tentando criminalizar o movimento, que
é genuíno e legítimo, tratando estudantes como bandidos.
Estudantes de vários Estados, como Paraná e Tocantins, foram vítimas de repressão policial. Houve
apreensão de alunos com o uso de algemas e até decisão de juiz para intimidar estudantes que participam
das ocupações, autorizando corte de água e luz, desocupação forçada e identificação nominal dos ocupantes.
Isso é um absurdo!
Nesse cenário, foi fundamental a ação da Defensoria Pública da União, que expediu, nesta semana, uma
recomendação sobre o movimento ao Ministro da Educação e a reitores e diretores de universidades e institu-
tos federais, visando a proteção física dos estudantes que participam de ocupações.
A Defensoria recomenda que os gestores públicos dialoguem com os alunos, garantam a presença de
assessoria jurídica aos estudantes e não tomem nem solicitem medidas que prejudiquem a salubridade e as
condições de habitação dos locais ocupados, como o corte de água e luz, bem como não promovam a deso-
cupação sem autorização judicial.
A todos que agem de forma ameaçadora contra os alunos, não custa alertar que o Brasil é signatário da
Convenção de Proteção as Crianças e Adolescentes, de 1989, que, no seu art. 12, diz que são direitos essenciais
das crianças e dos adolescentes a liberdade e dignidade.
94  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

Como se vê, os estudantes têm razões legítimas e amparo legal, fazem um movimento pacífico, têm
pauta definida. Não existe pretexto para que Governo aja para sufocar, criminalizar, nem mesmo desdenhar
esses garotos e garotas.
Setores da mídia conservadora têm silenciado tanto sobre o tamanho do movimento quanto sobre as
violações de direitos dos adolescentes e jovens que participam das ocupações nos estabelecimentos públicos
de ensino. Eles vêm tratando com indiferença o movimento, como fizeram nas Diretas Já. Mas a Internet leva
esse movimento para o mundo.
A maioria dos brasileiros e das brasileiras que me veem pela TV Câmara e que já passaram dos 40 anos
de idade sabe o quanto foram duros os tempos em que se negava aos pobres o direito à educação.
Eu me formei pela Universidade Federal do Piauí. Enfrentei muita dificuldade para entrar na escola su-
perior, devido à pequena quantidade de vagas, e muitos obstáculos para estudar, sem livros e com estrutura
sucateada, além dos professores desestimulados, com baixos salários e precárias condições de trabalho.
Quem viveu sua juventude nos anos 90 e estudou em universidade pública sabe do que estou falando.
No Governo tucano, as universidades estavam no fundo do poço. Os professores, servidores e reitores que sofre-
ram com isso estão preocupados, porque a PEC 241, agora PEC 55, anuncia o retorno a esse passado tão triste.
Esses meninos e meninas que ocupam hoje as escolas e universidades não vivenciaram os anos 80 e 90.
Muitos nem haviam nascido ainda. Mas eles trazem o conhecimento que adquiriram nos livros de História e a
memória do que ouviram dos pais e outras pessoas mais velhas, que viveram o descalabro da educação antes
de Lula e Dilma governarem este País. E, acima de tudo, são jovens que compreendem o significado de políti-
cas públicas, investimentos sociais, mobilidade social, dignidade.
As mudanças que o Governo ilegítimo quer fazer na educação vão levar o País de volta para esse passa-
do recente e aprofundar a desigualdade social.
Porém, o Governo não contava que houvesse, no meio do caminho, uma consciência sobre direitos nem
uma resistência. Os jovens reagiram. Eles têm direito de protestar, e protestam. Quando levantam sua voz, não
estão agindo somente por interesse próprio da sua educação, como faz a elite. Quando levantam sua voz, os es-
tudantes agem pelo interesse de uma maioria de brasileiros, que está tendo seus direitos jogados na lata do lixo.
É isso o que incomoda a elite, que os queria passivos, calados, silenciosos.
O movimento dos estudantes joga luzes sobre uma PEC e uma medida provisória que poderiam passar
despercebidas, com textos e falas formais, frias, numa linguagem técnica que explica tudo em números e não
foca os impactos sobre o dia a dia, o significado sobre a vida das pessoas.
Como símbolo de futuro, os estudantes mostram que o amanhã está comprometido e se recusam a acei-
tar isso de braços cruzados. Mostram a outros jovens e a adultos o que representará, num cotidiano próximo
e nada promissor, o desmonte do Estado brasileiro.
Dizer que essa garotada é alienada, fingir que esses jovens e adolescentes não existem, ignorar suas de-
mandas, agir com truculência? Nada disso vai resolver. Dialogar é a palavra-chave.
De minha parte, sinto um imenso orgulho dessa garotada piauiense, dessa garotada brasileira que ocu-
pa tudo pela educação. Manifesto toda a solidariedade a quem deixa sua zona de conforto e sai de casa para
batalhar pelo direito de todos e de todas.
Acredito que somente a participação popular é que pode definir um rumo para o País, um rumo que es-
teja de acordo com as necessidades da maioria dos brasileiros, e não de uma elite que é minoria.
Eu recomendo a esta Casa que ouça os estudantes, os movimentos. Sugiro que dialogue e faça o deba-
te das matérias que passam por esta Casa. Esses estudantes estão ampliando a voz de milhões de brasileiros
e brasileiras que discordam dos rumos que o Governo usurpador e este Congresso conservador estão dando
ao nosso País.
Esses jovens trazem consigo a esperança. São parte de uma geração que tomou para si o papel de pro-
tagonista de uma luta justa. A esperança não pode ser contida, não pode ser comprada, não pode ser calada.
A esperança não deve ser desperdiçada. Nem toda a força do mundo, nem toda a mídia do mundo serão ca-
pazes de calar a voz que se levanta contra a injustiça.
Aos estudantes eu digo: lutem! Lutar não é crime! A luta é um direito! Um abraço à juventude que “Ocu-
pa Tudo” pela educação. Nessa juventude, eu deposito toda a minha esperança.
Sr. Presidente, dito isso, eu pediria apenas mais um minutinho, porque não poderia deixar de fazer um
registro sobre o momento histórico do mundo. Gostaria de fazer uma breve referência ao resultado das elei-
ções presidenciais dos Estados Unidos, que escolheram Donald Trump.
O que aconteceu nos Estados Unidos é muito parecido, guardadas as devidas proporções, com o que
houve no Brasil, nas recentes eleições municipais, e em vários países do mundo: é o avanço da direita, do dis-
curso do ódio, da falácia de candidatos que se intitulam “apolíticos”, resultado da criminalização da política.
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  95 

A perplexidade é com a vitória de um candidato misógino, “LGBTfóbico”, racista, além de outros adjeti-
vos negativos que parecem ter sido ignorados pelos eleitores. Os norte-americanos, assim como eleitores de
diversos países, votaram na promessa de gestão que priorizará o mérito e a recompensa individual, desconhe-
cendo a desigualdade social, e priorizará sobretudo o mercado, que passa a ser o centro de tudo. É um pensa-
mento que ignora que as oportunidades são diferentes para classes sociais, sexos, gêneros, raças, idades. São
coisas diferentes.
Eu queria apenas fazer este registro da minha preocupação sobre os resultados da eleição num país que
é o centro do mundo, pela sua potência. Neste momento, nós vemos um candidato xenófobo sair vitorioso
nos Estados Unidos, o que poderá influenciar e está influenciando outras eleições. Essa é também uma preo-
cupação para o mundo inteiro.
Portanto, nós nos preocupamos com uma forma de pensar que, com a criminalização política, pode
trazer grandes prejuízos para gerações futuras. Por isso, o que acontece nos Estados Unidos traz preocupação
também para o Brasil.
O efeito da eleição de um candidato protecionista e xenófobo para presidente de um país influente como
os Estados Unidos pode ser muito negativo para vários países, incluindo o nosso. Mas deixo essa análise para
os economistas, que devem ter ferramentas e condições técnicas de avaliar isso melhor.
Neste momento, eu chamo atenção para a escolha de um eleitorado que vai contra os próprios interesses
da maioria, e também para a imensa quantidade de pessoas que se absteve do processo, como se o mundo delas
não dependesse das decisões políticas. Tais comportamentos contribuíram para esse resultado surpreendente.
É preciso refletir para onde essa tendência mundial retrógrada está arrastando todos nós.
Eram essas as minhas palavras, Sr. Presidente.
Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pereira) – Muito obrigado, Deputado Assis Carvalho, do Partido dos Traba-
lhadores do Piauí.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pereira) – Vai-se passar ao horário de

VI – COMUNICAÇÕES PARLAMENTARES
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pereira) – Convido a fazer uso da palavra o nosso amigo Deputado Edinho
Araújo, do PMDB, por 5 minutos.
O SR. EDINHO ARAÚJO (Bloco/PMDB-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Meu caro Presidente, é
uma alegria poder usar a tribuna neste instante sob a presidência de V.Exa.
Quero fazer dois registros.
O primeiro é de que a cidade de São José do Rio Preto, capital do noroeste de São Paulo, recebe nesta
sexta-feira, dia 11, amanhã, a visita oficial do Cônsul Geral da Espanha em São Paulo, Ricardo Martínez Vázquez.
Ele vai se reunir com empresários brasileiros e espanhóis na sede da Associação Comercial e Empresarial de
Rio Preto, a partir das 15 horas, e fará uma palestra sobre as oportunidades de negócios entre Brasil e Espanha.
A boa notícia da visita é a reativação do Vice-Consulado Honorário em São José do Rio Preto, que terá
como Vice-Cônsul o empresário Antonio Cabrera Mano Filho, ex-ministro da Agricultura e Reforma Agrária do
Brasil, entre 1990 e 1992. Cabrera também foi Secretário da Agricultura e Abastecimento do Estado de São
Paulo entre 1995 e 1996, rio-pretense que é.
Cabrera é de uma família tradicional de imigrantes espanhóis, que aportaram no Brasil no início do sé-
culo passado.
Descendentes de espanhóis de toda a região noroeste de São Paulo terão à disposição, a partir do dia 17
de novembro, os serviços da representação espanhola, o que só reforça a posição de liderança de São José do
Rio Preto, como cidade-polo, que abriga muitos interesses de toda a população regional, e onde vivem mais
de 2,5 milhões de pessoas.
Portanto, desta tribuna registro os cumprimentos ao Cônsul-Geral da Espanha pela iniciativa de reativar
a representação consular. Nossos votos de sucesso ao novo Vice-Cônsul, Antonio Cabrera Mano Filho.
Sr. Presidente, registro ainda, da tribuna, com pesar, o falecimento, também em São José do Rio Preto, no
último domingo, dia 6, de um amigo dileto, um companheiro de longa data, do engenheiro agrônomo Lourival
Pires Fraga, conhecido como baiano.
Fraga foi um homem idealista, ferrenho defensor da agropecuária regional, Diretor da 8ª Divisão Regio-
nal Agrícola, com sede em São José do Rio Preto, entre os anos de 1983 e 1991.
Lourival Fraga era recém-chegado a Santa Fé do Sul, cidade paulista na barranca do Rio Paraná, em 1959,
quando estourou um dos maiores conflitos agrários do Estado: a revolta do arranca capim. Arrendatários de
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terras e o fazendeiro Zico Diniz entraram em choque, num movimento que envolveu cerca de 5 mil pessoas,
vindas das diversas partes do Brasil.
Fraga teve um papel decisivo na mediação do conflito, ao lado do zoólogo Paulo Vanzolini, um dos maio-
res nomes da música brasileira, enviado pelo Governo paulista, e conseguiram selar a paz.
Lourival Fraga inspirou o início da minha carreira política. Foi um entusiasta da minha candidatura a Prefeito
de Santa Fé do Sul, minha cidade natal, que administrei, entre 1977 e 1982, e tempos depois foi meu Secretário
de Agricultura em São José do Rio Preto, onde tive a honra de ser Prefeito, por dois mandatos, de 2001 a 2008.
Meus sentimentos à família. Parte o homem, fica seu marcante exemplo de vida.
Muito obrigado, Sr. Presidente, e que V.Exa. determine a devida divulgação desses dois pronunciamentos
que faço desta tribuna, sob a Presidência de V.Exa.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pereira) – Muito obrigado, Deputado Edinho Araújo, do PMDB de São Paulo.
Quero aproveitar e parabenizar pela vitória, pela eleição como Prefeito de São José do Rio Preto. Desejo-
-lhe um ótimo trabalho como Prefeito, porque aqui como Deputado e como amigo é uma excelência.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pereira) – Concedo a palavra ao nosso amigo, Deputado Sandro Alex, pelo
PSD do Paraná, pelo tempo regimental de 5 minutos.
O SR. SANDRO ALEX (PSD-PR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quero cumprimen-
tar não só nosso Deputado Edinho Araújo, que foi eleito Prefeito, como também os Parlamentares desta Casa
eleitos no último pleito pela população. Meu irmão inclusive é Prefeito e foi reeleito na cidade de Ponta Grossa.
Desejo boa sorte aos bons Parlamentares, que foram agraciados pela população com um mandato, e ao
querido amigo, Deputado Edinho Araújo, que é excelente Parlamentar. Não é à toa que teve expressiva vota-
ção. V.Exa. é um exemplo para todos os homens públicos.
Mas, Sr. Presidente, venho hoje à tribuna fazer um registro. Há algumas semanas, estamos discutindo
sobre as alterações feitas no Programa Minha Casa, Minha Vida em unidades habitacionais individuais.
Trata-se de modificações feitas, por meio de portaria, não pelo Ministro Bruno Araújo, do Ministério das Cidades,
mas pela anterior Secretária Nacional de Habitação, também realizadas pelo Conselho Curador da Caixa Econômica.
Nas últimas semanas, pequenos construtores de todo o Brasil estão muito preocupados com essas alte-
rações, algumas inclusive podem inviabilizar parcela do programa que assiste a pessoas que estão ascendendo
na sociedade, constituindo família, buscando uma vida melhor.
É algo diferente de condomínios, de construções realizadas em 100, 400, 800 casas, em um processo re-
alizado com a Prefeitura, com o Governo Estadual e com o Governo Federal, em que há toda a infraestrutura
necessária. Estamos falando de unidades individuais. Algumas alterações podem inviabilizar, por exemplo, a
autorização de obras de pavimentação de ruas.
Na realidade, ainda há diversos Municípios brasileiros não pavimentados em bairros importantes e cons-
tituídos de condomínios, e existem pessoas com interesse de financiar um imóvel. Mas com essa determinação,
essa possibilidade se tornaria inviável.
Além disso, com as alterações que a Caixa Econômica está fazendo, é preciso um prazo legal, há necessidade
de trâmite maior nesse período de transição, para que aqueles que já têm autorização de construção, já estão cons-
truindo ou finalizando uma obra, possam ter a garantia da Caixa Econômica de que esse imóvel será financiado.
Aproveito ainda a oportunidade para cumprimentar o Ministro Bruno Araújo porque, desde o primeiro
dia em que levei a ele essa reivindicação, foi solícito e me assegurou que daria o prazo necessário a esses pe-
quenos construtores para que essas alterações não prejudicassem ninguém, principalmente quem está bus-
cando esse financiamento.
Ele garantiu ainda que não apenas as ruas pavimentadas, aquelas definitivas, como também as não pa-
vimentadas – ruas sem calçamento, ruas de terra, ruas de areia, como as do Norte e do Nordeste, que são de-
finitivas – já constam dos Planos Diretores dos Municípios.
Hoje estive numa reunião com a Secretária Nacional de Habitação, a Dra. Maria Henriqueta. Em reunião
com o Vice-Presidente da Caixa Econômica nesta manhã, ela pediu a ele que a Caixa continue a assegurar a
essas pessoas a construção em ruas não pavimentadas, sem calçadas que fazem parte da realidade do Muni-
cípio. Ela me garantiu isso e pediu que eu transmitisse essa mensagem ao Brasil.
Portanto, quero garantir aos construtores do Brasil que esse período de transição foi garantido pelo Mi-
nistro Bruno Araújo. Aliás, essa garantia foi dada por meio de portaria já publicada. Agora a Caixa seguirá os
prazos e as determinações.
Tenho absoluta convicção de que o Presidente da Caixa quer que o programa se fortaleça. Que ele conti-
nue a atender a essa classe da população que está buscando o acesso ao bem mais precioso: a casa da família.
Certamente, as ruas não pavimentadas em bairros definitivos de Municípios sem infraestrutura em uni-
dades individuais, terão a garantia do financiamento da Caixa Econômica.
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  97 

Muito obrigado, Ministro Bruno Araújo, pela atenção do Ministério das Cidades. Muito obrigado, Dra. Hen-
riqueta, pela atenção da Secretaria de Habitação. Agradeço também à equipe da Caixa Econômica a atenção.
Tenho absoluta convicção de que o bem maior da Caixa Econômica é financiar imóveis para que a po-
pulação brasileira tenha a sua casa própria.
Todos nós queremos que as alterações sejam benéficas, garantam a boa qualidade da obra, permitam
o acesso às famílias de menor renda e não as prejudiquem. Se for colocada como condição necessária para a
obra a pavimentação, claro que não terá imóveis baratos, porque o custo é mais caro do que a própria cons-
trução da casa, o que inviabilizaria o projeto.
O Ministro Bruno Araújo e a Secretária Henriqueta têm a visão de que é realmente necessário ter amplo
diálogo com a Caixa para garantir essas unidades habitacionais individuais.
Muito obrigado a todos pela atenção. Muito obrigado, Presidente.
Tenham todos uma boa tarde.
O SR. PRESIDENTE (Deputado Mauro Pereira) – Muito obrigado, Deputado Sandro Alex, do PSD do Paraná.
Parabéns pelo trabalho!
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pereira) – Convido para fazer uso da palavra o Deputado Hildo Rocha, pelo
PMDB do Maranhão, pelo tempo de 10 minutos.
O SR. HILDO ROCHA (Bloco/PMDB-MA. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Deputado Mauro Perei-
ra, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, trabalho de responsabilidade
do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que é feito anualmente, traz estudos sobre a violência de todos os
Estados da Federação.
O Anuário recentemente publicado aponta que o Governador Flávio Dino não cumpriu com aquilo que ele
havia prometido durante a campanha eleitoral de 2014. Ele afirmava nos palanques, assim como nos programas
de rádio e de televisão, que iria acabar ou, pelo menos, diminuir a violência pública no Estado do Maranhão.
Obviamente, a segurança pública do Maranhão não ia bem. Mas o Governador Flávio Dino conseguiu no
seu Governo piorar a segurança pública no Maranhão em todas as áreas. Quem diz isso não é o Deputado Hil-
do Rocha, não são os adversários do Governador Flávio Dino. Quem diz isso é o Anuário de Segurança Pública.
Vou apresentar alguns números. E contra os números, Deputado Chiquinho Escórcio, não há argumentos
contra. V.Exa. desta tribuna mostrou quem era o Flávio Dino, quem era esse cidadão. Agora, o maranhense já
o conhece. Conhece pelas suas ações, como administrador e como político. Como político, o Maranhão nunca
teve um político mais perseguidor do que o Flávio Dino. Agora, estamos conhecendo a sua parte executiva,
de administrador. Sem dúvida nenhuma, ele é o pior administrador que o Maranhão já teve em todas as áreas.
Agora, trago ao conhecimento do Brasil e do Maranhão os dados da segurança pública no meu Estado.
Vejam a comparação entre os anos de 2014 e de 2015. Lembro que em 2014 era o Governo da Roseana
Sarney; em 2015 do Governador Flávio Dino.
No Brasil, de 2014 a 2015, a violência diminuiu no Brasil em 2%, e no Maranhão cresceu quase 8%, no
geral. Enquanto no Brasil diminuiu a violência de 2014 para 2015 em 2%, no Maranhão, a violência aumentou
quase 8% – quase 8% a violência no nosso Estado! O Governador dizia que iria acabar com a violência, que iria
prestigiar os profissionais da segurança pública.
Mas o aumento para os servidores públicos, para os profissionais da segurança pública, ele não tem hon-
rado. Não tem cumprido com o acordo que foi realizado entre o Governo do Estado e as Polícias Civil e Militar
e o Corpo de Bombeiros. Ele não tem cumprido!
Aproveito a oportunidade para fazer um parêntese: quero louvar a atitude do atual diretor do Liceu Ma-
ranhense, importante instituição pública de educação do Estado do Maranhão.
Nem sei quem é esse diretor. Certamente, deve ter sido eleito. E foi eleito graças a um projeto de lei en-
viado pela Governadora Roseana Sarney à Assembleia. Eleição de diretor de escola no Maranhão existe porque
a Governadora Roseana mandou esse projeto para Assembleia. Ele foi aprovado no seu Governo.
Quando três estudantes de universidade, que não são alunos do Liceu, tentaram fazer uma ocupação
esse diretor eleito agora fez o quê? O que se deve fazer: chamou a polícia para acabar com a confusão que es-
ses três alunos estavam fazendo dentro daquela unidade. Depois que eles foram retirados, alguns órgãos, al-
gumas instituições e até mesmo meios de comunicação começaram a criticar a polícia, dizendo que ela havia
agido de forma errada, mas a polícia não fez nada errado.
Eu vi o vídeo! Gostaria que todos vissem o vídeo! Não há nenhuma violência na retirada daqueles três
alunos. Não há! Não há, de forma nenhuma! Violência foi o que praticaram contra o Chiquinho, comandada
naquela época pelo atual Secretário de Segurança. Aquilo, sim, foi violência!
A Polícia Militar não agiu com violência no Liceu. Em vez de Governador dar o seu apoio à ação dela, te-
ceu críticas. Como Governador do Estado, ele tinha o dever de apoiá-la.
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Se a polícia tivesse praticado alguma irregularidade ou agido de forma incorreta, aí, sim ele deveria ter dito
que iria abrir um inquérito policial, para apurar o que havia acontecido, e não criticar de imediato a ação dela.
Não é assim que se faz, Governador! O V.Exa. tem que prestigiar os policiais militares, os homens da se-
gurança pública. Eles a cada dia saem de casa e não sabem se vão voltar para o seio familiar. Já não basta des-
prestigiá-los de receber salário digno. O V.Exa. está tirando o apoio e a moral da polícia do Maranhão!
Trago um dado sobre latrocínio. O Maranhão foi o Estado onde mais aumentou a quantidade de latrocínio.
O que é latrocínio? É o roubo seguido morte. O Maranhão foi campeão de latrocínio. Deputado Kaio Maniçoba,
que honra Pernambuco, o Brasil diminui a quantidade de latrocínio em 10,8%, e o Maranhão, do Governador
comunista Flávio Dino, que está administrando pessimamente o Estado, aumentou em 61,2%!
Que segurança é essa que ele prometeu entregar aos maranhenses? Por isso digo que o Flávio Dino não
entrega o que promete. O compromisso e a palavra do Flávio Dino não valem um vintém, não valem uma ciba-
lena, não vale nada a palavra do Flávio Dino! É só lero-lero! Ele não resolve o problema da saúde, da educação,
das estradas e da segurança. A violência aumentou!
Está aqui o resultado! Vejam na Internet. O Fórum Brasileiro de Segurança Pública divulga o Anuário Bra-
sileiro de Segurança Pública. Podem comprovar lá.
A polícia, que não tem o apoio dele, também vem sofrendo. De 2014 a 2015 – V.Exas. vão estranhar o
número que vou citar aqui, Deputado Mauro Pereira –, aumentou o número de policiais militares e civis mor-
tos em confronto nas ruas.
Sabem em quanto aumentou, Sras. e Srs. Deputados, no Governo comunista do Flávio Dino? Seiscentos
por cento! Seiscentos por cento! Por quê? Porque o policial do Maranhão está indo às ruas sem munição, sem
estratégia de luta para combater a criminalidade, sem carros adequados.
O Governador resolveu comprar carro 1.0 para a polícia; muitos carros nem são do Estado, são carros alu-
gados. Ele tem que comprar carros mais velozes e mais robustos para a polícia poder concorrer na velocidade
com os ladrões! Ele tem que entregar os melhores armamentos para a polícia! Mas não, entrega lá um revol-
verzinho, e não dá bala, fica conferindo. O Governador miserável quer conferir quantas balas foram disparadas,
se o policial não vende as balas. Isso não existe! Ele tem que confiar na polícia! E o Governador mesquinho faz
isso. Assim está a segurança pública do Maranhão.
Os homicídios dolosos aumentaram, de 2014 para 2015, em 5,3%. Nenhum item da segurança pública
no Maranhão diminuiu do Governo anterior para o atual, o Governo do Flávio Dino.
É um desastre o Governo comunista do Governador Flávio Dino! Governador Flávio Dino, agora me diri-
jo a V.Exa.! Eu sei que V.Exa. está assistindo à televisão, porque, quando Hildo Rocha vai falar, V.Exa. quer ouvir,
porque sou o Deputado Federal que tem coragem de lhe enfrentar e lhe dizer a realidade do seu Governo: vá
trabalhar! Deixe de perseguir as pessoas! Trabalhe corretamente! Respeite o povo maranhense!
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pereira) – Muito obrigado, Deputado Hildo Rocha. Parabéns pelo excelente
trabalho como Deputado Federal, na defesa dos interesses do Maranhão!
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pereira) – Quero cumprimentar o nosso amigo, sempre Deputado Federal,
Francisco Escórcio, que orgulha a nossa Casa com a sua presença no dia de hoje.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pereira) – Concedo a palavra ao nosso amigo, Deputado Kaio Maniçoba, do
PMDB de Pernambuco, pelo tempo de 5 minutos.
O SR. KAIO MANIÇOBA (Bloco/PMDB-PE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srs. De-
putados, venho hoje à tribuna falar de uma cidade de Pernambuco muito importante para mim: Itacuruba.
Aproveito a oportunidade para saudar, em nome de todos os colegas, o Prefeito eleito da cidade de Ita-
curuba, Bernardo Maniçoba.
Itacuruba é uma cidade que eu guardo no meu coração. Ela é que eu carrego aqui e nas nossas andan-
ças. Ela é motivo das nossas conversas e motivo de muita luta do nosso trabalho, porque é a cidade onde meu
avô, Manoel Maniçoba, foi primeiro Prefeito. Meus tios também foram Prefeitos e Vice-Prefeitos desta cidade.
Hoje tenho um motivo mais do que especial para comemorar a presença do Prefeito eleito na minha
terra, o jovem Bernardo Maniçoba.
Fizemos uma campanha dura, uma campanha bonita, uma campanha limpa, prometendo sempre aquilo
que nós desejamos fazer e que vamos fazer pela minha Itacuruba.
Hoje a presença de Bernardo aqui em Brasília só engrandece e mostra que tudo aquilo que falamos lá
atrás faremos num futuro próximo em Itacuruba. São demandas importantes de uma população esquecida e
arrasada ao longo do tempo.
Por isso, venho a esta tribuna dizer a todos da minha terra que o jovem Prefeito Bernardo, que ainda não
assumiu o mandato, está aqui ao meu lado, aqui em Brasília, para buscar recursos no sentido de fazer ações
importantes na nossa cidade.
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  99 

Conseguimos colocar nas emendas recursos importantes para que ele possa fazer grandes obras e cui-
dar de verdade das pessoas da minha amada Itacuruba – asfalto para a cidade, calçamento, reforma de praça,
ampliação do posto médico –, dando-lhes dignidade. Que elas possam sentir que elegeram um Prefeito que
trabalha em prol da população.
Durante a campanha nós fomos acusados de muita coisa. Disseram que estávamos tentando mostrar às
pessoas que iríamos levar o céu para Itacuruba. Sempre dissemos que não era essa a nossa intenção, nem era
isso o que iríamos fazer, e sim trabalhar muito, com dedicação e afinco, Sr. Presidente, para levar Itacuruba ao
lugar de destaque que ela merece no cenário pernambucano.
Tenho certeza de que, com a ajuda do Prefeito Bernardo, do nosso Vice-Prefeito, Junior Cantarelli, de uma
bancada de Vereadores importantes, que vão dar sustentação a esse novo Governo, vamos tirar Itacuruba da
situação em que se encontra hoje.
Nós criticamos as ações do atual Governo porque sempre procuramos fazer o melhor pela população
de Itacuruba. A cidade merece alguém que lute por ela. Eu sou filho dessa terra, lá sou recebido com muito
carinho, e sempre estarei nessa luta.
Deixemos de lado o que ouvimos do palanque, as agressões que sofremos durante toda a campanha, as
agressões ao Bernardo, à família dele, a mim e a todos que faziam parte da nossa coligação. Vamos pensar no
futuro. Tudo o que montaram foi desarmado e foi construído o caminho do futuro para Itacuruba.
Vimos fazendo um trabalho bonito, um trabalho diferente, voltado para a população, em respeito ao pró-
ximo. Até hoje nenhum Deputado Federal, Sr. Presidente, apresentou emenda para sete Municípios da região
de Itaparica. Esse é o nosso dever enquanto Deputados Federais.
Deputado Hildo Rocha, tenho trabalhado e levantado a bandeira de uma região sofrida e que nunca
teve um representante. Quando conseguimos chegar a esta Casa, muita gente fica com inveja porque acha
que pode fazer o trabalho que estamos fazendo aqui. Mas fazemos esse trabalho porque nós temos muita
humildade, temos muita serenidade e, acima de tudo, temos Deus no coração, para guiar os nossos passos e
iluminar os nossos caminhos.
Estamos aqui para ajudar os Prefeitos, os amigos, os companheiros de grandes lutas a transformar meu
Pernambuco. Vamos mostrar que juntos estamos no caminho certo.
Muito obrigado, Sr. Presidente, Srs. Deputados.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pereira) – Muito obrigado.
Parabéns, Deputado Kaio Maniçoba, pelo excelente trabalho feito nesta Casa!
Durante o discurso do Sr. Kaio Maniçoba, assumem sucessivamente a Presidência os Srs. Hildo Rocha,
nos termos do § 2º do art. 18 do Regimento Interno, e Mauro Pereira, nos termos do § 2º do art. 18 do
Regimento Interno.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pereira) – Concedo a palavra ao Deputado Hildo Rocha, pelo PMDB do Ma-
ranhão, que disporá de 1 minuto.
O SR. HILDO ROCHA (Bloco/PMDB-MA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, estava aqui
conversando com o nosso ex-Deputado Federal e ex-Senador da República Francisco Escórcio, que é 1º Suplen-
te da nossa coligação – assumirá o mandato daqui a alguns dias nesta Casa –, e ele fez um relato a mim sobre
a ação que entrou contra o atual Secretário de Segurança, que o torturou e o sequestrou.
O Deputado Francisco Escórcio é um dos torturados do regime pós-militar, é um dos poucos torturados
pela segurança pública do Maranhão. Ele já ganhou em todas as instâncias as ações de tortura, de sequestro
realizado contra a sua pessoa. Agora está ingressando com outra ação contra o atual Secretário de Segurança
e alguns delegados da Polícia Civil que não respeitaram os procedimentos que têm que ser realizados pela se-
gurança pública e pela Polícia Civil e Militar do Maranhão, uma das melhores do Brasil.
Sabemos que há dentro dessas corporações pessoas que nem deveriam ali estar, e foi uma delas que
atentou contra a vida do ex-Deputado e ex-Senador Francisco Escórcio.
Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pereira) – Muito obrigado, Deputado Hildo Rocha, do PMDB do Maranhão.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pereira) – Concedo a palavra ao Sr. Deputado Paes Landim, que falará pelas
Comunicações Parlamentares e pela Liderança do Partido Trabalhista Brasileiro, que disporá de 15 minutos.
O SR. PAES LANDIM (Bloco/PTB-PI e como Líder. Sem revisão do orador.) –
DISCURSO DO SR. DEPUTADO PAES LANDIM QUE, ENTREGUE AO ORADOR PARA REVISÃO,
SERÁ POSTERIORMENTE PUBLICADO.
100  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pereira) – Muito obrigado, Deputado Paes Landim, do Partido Trabalhista
Brasileiro do Piauí. Com certeza, o pronunciamento de V.Exa. será divulgado no programa A Voz do Brasil.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pereira) – Concedo a palavra ao Deputado Rogério Marinho, do Rio Grande
do Norte, para uma Comunicação de Liderança, pelo PSDB, pelo tempo regimental de 8 minutos, mais 3 mi-
nutos das breves comunicações. S.Exa. dispõe de 11 minutos.
O SR. ROGÉRIO MARINHO (PSDB-RN. Pela ordem e como Líder. Sem revisão do orador.) – Sr. Presiden-
te, Srs. Deputados, neste espaço que nos é concedido pela Liderança do nosso partido, nós queremos falar de
um assunto que considero relevante, atual e pertinente: as invasões que estão acontecendo hoje em algumas
escolas públicas e universidades federais por todo o Brasil.
Quero antes saudar aqui no plenário desta Casa a presença do Prefeito eleito de Serra Negra do Norte,
no meu Estado, Rio Grande do Norte, que nos visita hoje. Nós o recebemos com muita alegria e lhe desejamos
êxito neste momento de muita dificuldade que o Brasil atravessa.
Certamente você se sairá bem, Serginho! Parabéns pela sua eleição e pelo êxito na sua campanha!
Hoje eu fui procurado, Sr. Presidente, por um grupo de alunos da Universidade de Brasília, a UnB. Isso
tem sido recorrente. Nos últimos 30 dias, fui procurado por alunos de universidades de praticamente oito Es-
tados da Federação e de escolas públicas. Tenho sido contatado pelo Facebook e pelo WhatsApp por alunos
que estão desesperados porque, de repente, uma milícia, uma súcia, uma facção política, tenta se apropriar da
escola pública como se ela tivesse dono.
Essa confusão entre o que é público e o que é privado é característica das Esquerdas brasileiras. Eles não
conseguem distinguir a diferença, e isso causou enorme mal a este País. Eles utilizam a escola pública como se
fosse a extensão de um aparelho político.
E aqui na UnB, na capital da República, nós estamos vendo um arremedo de golpe. Isso, sim, é um golpe,
já que estamos em um momento de expectativa nas eleições do DCE da universidade. Uma comissão constitu-
ída para formular as regras dessa eleição se arvorou no direito de fazer uma assembleia pouco representativa
e decidir pela ocupação da universidade.
Sr. Presidente, 3.040 estudantes da UnB fizeram um abaixo-assinado e interpuseram uma ação pública de
reintegração de um espaço público junto ao Ministério Público Federal, pedindo aos Poderes Constituídos da
República que os socorram no direito sagrado de estudar, de ter o conhecimento e o acesso ao conhecimento.
O que está acontecendo pelo Brasil tem que ser repudiado e denunciado. Por exemplo, estive ontem no
Senado da República na Comissão Especial, constituída de forma mista, que trata da reforma do ensino mé-
dio, assistindo ao discurso de representantes da União Nacional dos Estudantes – UNE, da União Brasileira dos
Estudantes Secundaristas – UBES, de associações de docentes, de instituições ligadas à Esquerda na educação
brasileira.
Era um discurso bizantino, bizarro, de antes da queda do Muro de Berlim, que asseverava que o estado
atual da educação brasileira é o ideal, que essa catástrofe que existe na escola pública é desejável, que o aluno
precisa ter um pensamento crítico, mas não pode ter a capacidade, o discernimento de distinguir ou de inter-
pretar um texto de dez linhas.
De acordo com a Avaliação Nacional da Alfabetização – ANA, 56% das nossas crianças que estão na ter-
ceira série do ensino fundamental estão no estágio 1 e 2 da alfabetização, ou seja, são analfabetas ou semia-
nalfabetas. O Instituto Paulo Montenegro em 2012 asseverou que quase 40% dos estudantes que chegam às
universidades precisam de uma parametrização, precisam de uma melhoria da sua condição na área de ma-
temática e português.
Sr. Presidente, o ensino brasileiro está aparelhado pela doutrinação da Esquerda, que tem prejudicado
enormemente a qualidade do ensino público no nosso País.
Vou tentar ler na essência a carta dirigida ao Ministério Público, que está acostada a esse abaixo-assinado
de mais de 3 mil alunos.
Nós, alunos da Universidade de Brasília, contrários à invasão dos espaços públicos da universidade, vie-
mos por meio desta carta, respeitosamente, manifestar o nosso repúdio às ocupações e apresentar o que
temos vivenciado, visto que esta instituição é responsável constitucionalmente pela defesa dos interesses
e direitos do cidadão brasileiro.
Sabemos que o Brasil vive hoje um momento difícil, e é compreensível que os ânimos estejam exal-
tados. Mas o Brasil já vivenciou e superou dias piores. Atravessamos um período ditatorial, sob um
regime militar, que passou por cima dos direitos e garantias individuais dos cidadãos brasileiros e,
com grande dificuldade, conseguimos estabelecer novamente um Estado Democrático de Direito.
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  101 

E é importante colocar que essa Carta Constitucional aludida na carta dos estudantes não foi votada
pelo PT e pelos seus congêneres.
A nossa Carta Magna estabelece, em seus arts. 5° e 6°, diversas garantias e direitos aos cidadãos, dentre
elas, os quais citamos e comentamos, trazendo a lume conforme os fatos ocorridos na UnB, como segue:
“Art. 5º – Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasilei-
ros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:”
E aí vêm os direitos e garantias individuais, todos eles consignados na Carta.
“Art. 6º – São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o
lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desam-
parados, na forma desta Constituição.”
Considerando os direitos e garantias fundamentais apresentados, e visando resguardá-los, passamos
a descrever os atos e fatos que os ameaçam e inviabilizam, conforme segue: – Inviabilizam o funciona-
mento da universidade.
Nos últimos dias, na Universidade de Brasília, tivemos diversos desses direitos violados por uma minoria
partidária que sobrepõe interesses políticos aos direitos dos demais estudantes. É válido ressaltar que tal
situação é um ultraje a tais direitos, que foram conseguidos com tanto esforço e luta do povo brasileiro.
Em uma assembleia sem quórum, inflada com pessoas que não eram da faculdade, como a Presidente
da União Nacional dos Estudantes, Carina Vitral (que é residente em Santos, São Paulo), foi decidido, ar-
bitrariamente, de maneira totalmente antidemocrática, onde vozes contrárias às invasões eram caladas
no grito, vaias e ameaças, que a universidade seria fechada. Para os invasores, tal atitude consiste em
arma de barganha na batalha, que os mesmos travam contra a PEC 55 em tramitação hoje no Senado
– tática fascista comum da Esquerda brasileira, que acusa do que eles mesmos fazem.
Bom salientar: ainda que tal forma de manifestação tivesse sido acatada de forma majoritária por alunos
e por professores da Universidade, a decisão majoritária não se aplica a muitas coisas, dentre elas, à de-
cisão de se cometer crimes. Assembleias de estudantes não podem decidir, ainda que por unanimidade,
o cometimento de crimes, pois não existe democracia quando se fala em desobedecer o Código Penal.
Mesmo que façamos uma assembleia para decidir se vamos espancar alguém, isso não nos dá o direito
de realizar o espancamento. Invadir prédios públicos, impedir que trabalhadores trabalhem e que estu-
dantes estudem, independentemente da intenção, é ditatorial, pois se opõe à lei. Caso se considere essa
possibilidade, há graves riscos para o Estado. Um movimento é legítimo, um crime não, mesmo que te-
nha sido decidido em assembleia. Sobretudo quando a decisão tenha sido tomada de forma ilegítima,
como ocorreu na UnB.
Em que pese o direito legítimo de manifestação, há vários limites constitucionais explícitos para o exer-
cício de tal direito. (...) A invasão da UnB extrapola o direito constitucional de manifestação e afronta o
direito constitucional de ir e vir, o direito de estudar, o direito de trabalhar, entre outros.
E por aí vai.
A carta é um pouco comprida, Sr. Presidente, e eu peço a V.Exa. que a faça constar nos Anais da Casa e
que lhe seja dada a publicidade nos canais competentes.
Essa comissão foi constituída para tratar da sucessão do Diretório Central dos Estudantes da UnB, e foi
desvirtuada, de forma autoritária – inclusive, eu diria maliciosa –, por aqueles que se arvoram em donos da
universidade.
A grande maioria dos quase 40 mil estudantes da universidade querem estudar, tanto é que 3 mil deles
fizeram um abaixo-assinado pedindo esse direito ao Ministério Público. Isso está acontecendo em quase todo
o nosso País, e é necessário que o Estado de Direito seja respeitado.
A Esquerda brasileira passou 13 anos no poder e conseguiu quebrar o País, conseguiu implantar a dou-
trina do patrimonialismo, do assistencialismo, do clientelismo, do desprezo à austeridade fiscal, do aparelha-
mento exacerbado do Estado brasileiro e da tentativa torpe, reiterada, de introduzir na cabeça da juventude
brasileira uma doutrina que foi colocada no lixo da História, porque eu desafio qualquer um a dizer qual é o
país socialista no mundo que deu certo. Todos eles são autoritários, são fascistas, não aceitam a liberdade de
expressão e o livre arbítrio, não aceitam a divisão do Estado, perseguem as minorias, e esse é o modelo que
eles tentam colocar no nosso País.
102  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

Nós sabemos que a Venezuela está num colapso econômico, social e moral. Nós sabemos o que aconte-
ceu com Cuba. Nós sabemos o que aconteceu com o Camboja. Nós sabemos o que aconteceu na Rússia e na
China, e esses são os exemplos que a sociedade e a História nos mostram.
Então, é importante que essas pessoas que foram derrotadas pelos seus erros...
O povo brasileiro, nas últimas eleições municipais, Sr. Presidente, mostrou de forma clara, cabal, asserti-
va que não tolera mais a mentira, a calúnia, a falta de respeito aos direitos da maioria. A população brasileira,
sobretudo, precisa ser respeitada.
Quero aqui saudar e aplaudir a atitude do Ministro Mendonça Filho, que ajuíza uma ação para buscar
junto a essas entidades que são pelegas e a aparelhos políticos de partido de Esquerda o ressarcimento do re-
curso que vai ser gasto a mais com o próximo ENEM. Trezentos mil estudantes ficaram sem poder fazer o seu
exame em virtude das invasões que foram cometidas contra a sociedade brasileira nas escolas públicas, que
não pertencem a eles, pertencem à sociedade e ao povo brasileiro.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pereira) – Muito obrigado, Deputado Rogério Marinho, do PSDB do Rio Gran-
de do Norte, grande Deputado, que faz um excelente trabalho nesta Casa em prol do nosso País.
CARTA A QUE SE REFERE O ORADOR
Ao Ministério Público Federal
Nós, alunos da Universidade de Brasília, contrários à invasão dos espaços públicos da universidade,
viemos por meio desta carta, respeitosamente, manifestar o nosso repúdio às ocupações e apresentar o que
temos vivenciado, visto que esta instituição é responsável constitucionalmente pela defesa dos interesses e
direitos do cidadão brasileiro.
Sabemos que o Brasil vive hoje um momento dificil, e é compreensível que os ânimos estejam exaltados.
Mas o Brasil já vivenciou e superou dias piores. Atravessamos um período ditatorial, sob um regime militar,
que passou por cima dos direitos e garantias individuais dos cidadãos brasileiros e, com grande dificuldade,
conseguimos estabelecer novamente um Estado Democrático de Direito.
A nossa carta Magna estabelece, em seus artigos 5º e 6°, diversas garantias e direitos aos cidadãos, den-
tre elas, os quais citamos e comentamos, trazendo a lume conforme os fatos ocorridos na UnB, como segue:
Art. 5º – Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança
e à propriedade, nos termos seguintes:
I – homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
II – ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
III – ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;
IV – é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
VIII – ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou po-
lítica, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação
alternativa, fixada em lei;
IX – é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independente-
mente de censura ou licença;
XIII – é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais
que a lei estabelecer;
XV – e livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos
da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;
XVI – todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independente-
mente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local,
sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;
XVII – é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;
XXII – é garantido o direito de propriedade;
XXIII – a propriedade atenderá a sua função social;
XXXIV – são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas: a) o direito de petição
aos poderes públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder;
XXXV – a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;
XXXVI – a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;
XLI – a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais;
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  103 

XLIV – constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra
a ordem constitucional e o Estado democrático;
LIV – ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;
LXVIII – conceder-se-á habeas corpus SEMPRE que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violên-
cia ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;
LXXIII – qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao pa-
trimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente
e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do
ônus da sucumbência;
LXXVII – são gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data, e, na forma da lei, os atos necessários
ao exercício da cidadania.
§ 1° – As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata.
Art. 6° – São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia o transporte, o la-
zer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados,
na forma desta Constituição.
Considerando os direitos e garantias fundamentais apresentados, e visando resguardá-los, passamos a
descrever os atos e fatos que os ameaçam e inviabilizam, conforme segue:
Nos últimos dias, na Universidade de Brasília, tivemos diversos desses direitos violados por uma minoria
partidária que sobrepôs interesses politicos aos direitos dos demais estudantes. É válido ressaltar que tal situ-
ação é um ultraje a tais direitos, que foram conseguidos com tanto esforço e luta do povo brasileiro.
Em uma assembleia sem quórum, inflada com pessoas que não eram da faculdade, como a presidente
da União Nacional dos Estudantes, Carina Vitral (que é residente em Santos-SP), foi decidido, arbitrariamente,
de maneira totalmente antidemocrática, onde vozes contrárias às invasões eram caladas no grito, vaias e ame-
aças, que a universidade seria fechada. Para os invasores, tal atitude consiste em arma de barganha na batalha,
que os mesmos travam contra a PEC 55 em tramitação hoje no senado.
Bom salientar: ainda que tal forma de manifestação tivesse sido acatada de forma majoritária por alunos
e professores da Universidade, a decisão majoritária não se aplica a muitas coisas, dentre elas, à decisão de se
cometer crimes. Assembleia de estudantes não podem decidir, ainda que por unanimidade, o cometimento
de crimes, não existe democracia quando se fala em desobedecer o Código Penal.
Mesmo que façamos uma assembleia para decidir se vamos espancar alguém, isso não nos dá o di-
reito de realizar o espancamento. Invadir prédios públicos, impedir que trabalhadores trabalhem e que
estudantes estudem, independentemente da intenção, é ditatorial, pois se opõe à lei. Caso se considere
essa possibilidade, há graves riscos para o Estado. Um movimento é legítimo, um crime não, mesmo que
tenha sido decidido em assembleia. Sobretudo quando a decisão tenha sido tomada de forma ilegítima,
como ocorreu na UnB.
Em que pese o direito legítimo de manifestação, há vários limites constitucionais explícito para o exer-
cício de tal direito: o de não frustrar outra reunião prevista para o mesmo local é um deles. A invasão da UnB
extrapola o direito constitucional de manifestação e afronta o nosso direito constitucional de ir e vir, o direito
de estudar, direito de trabalhar, entre outros.
Tal conduta de ocupação está causando danos irreparáveis a alunos e funcionários que poderão ter atra-
so na conclusão de seus cursos e, por conseguinte, na obtenção de diplomas. Alunos esses que, muitas vezes,
trabalham e estudam para arcar com os custos de se manterem na universidade.
Ocorre que diversos professores, diante da impossibilidade de dar aulas, têm aventado a hipótese de
encerrar o semestre letivo antes do término previsto no calendário acadêmico, gerando grande insegurança
jurídica aos alunos que não sabem como ficará a avaliação na matéria, correndo risco de reprovarem e, resalta-
-se, sem possibilidade de recuperação, por motivo alheio à vontade desse aluno. Fatos como esse podem oca-
sionar atraso irreparável na conclusão do curso de diversos alunos.
Além disso e, conforme dispõe nota da Reitoria da UnB, as invasões prejudicam a própria comunidade
universitária, acarretando:
1) comprometimento do fluxo de processos administrativos;
2) possível atraso na folha de pagamento de servidores técnicos e docentes;
3) ameaça ao fluxo regular do semestre e ao desenvolvimento de pesquisas científicas;
4) atraso no pagamento de bolsas referentes ao mês de outubro;
5) impedimento na prestação de contas a órgãos de controle externo;
6) atraso no pagamento de empresas terceirizadas e prestadoras de serviço;
104  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

7) perda de prazo para empenhos de recursos orçamentários. Caso o empenho não aconteça no
prazo, o orçamento será devolvido aos cofres da União;
8) danos ao patrimônio público;
9) ameaça à aplicação das provas do Enem, marcada para os dias 5 e 6 de novembro, no Bloco de
Salas de Aula Sul, no campus Darcy Ribeiro.
Depredações na Universidade tem ocorrido durante este período de “ocupação”. Pichações, quebras de
janelas, de cadeiras, dentre outros. A democracia brasileira não pode ser ferida dessa forma.
Ao coletarmos assinaturas no dia 02 de outubro de 2016, com o objetivo de entrar com uma ação no
MPF, enfrentamos mais uma situação adversa. Visto que foi furtada uma das pastas contendo cerca de 600 as-
sinaturas, fato este, inclusive, noticiado pela imprensa (anexo). Assinaturas estas que foram conseguidas de
maneira árdua e trabalhosa, com ajuda de diversos voluntários. Informamos o ocorrido às autoridades com-
petentes. E não desistimos. Nosso direito e nossa força só aumentou, e conseguimos o dobro de assinaturas
da nossa meta inicial.
Repudia-se, também, professores que usam de sua autoridade de cátedra como meio de coagir alunos,
seja reprovando ou aderindo a tais ocupações. Isso é um absurdo em todos os sentidos, vai contra os pilares
da docência zelosa e infelizmente vem ocorrendo com frequência na Univcrsidade de Brasília.
Ressalta-se que respeitamos a liberdade de cátedra relativa a liberdade de ensino, bem como a liber-
dade de expressão dos professores. Contudo, a liberdade de expressão deve ser exercida em espaço alheio à
Universidade, sobretudo em um momento crítico como o atual, uma vez que a Lei n° 8.1112/1990, a qual rege
os professores do quadro da UnB, dispõe ser proibido promover manifestação de apreço ou desapreço no re-
cinto da repartição.
Ademais, os estudantes invasores constantemente agridem verbalmente quem não compactua com
a “ocupação”, e inclusive proferiram palavras de ordem, com ameaças explícitas, como por exemplo “fascis-
tas devem morrer” e outros insultos deste gênero. Nos ameaçam inclusive, quanto a nossa permanência na
universidade.
O problema é que as agressões não estão restritas mais às verbais. Nesta segunda, dia 7/11/2016, uma
aluna contrária à ocupação, além de vaias, foi vítima de ‘cuspes’ no rosto em uma das assembleias para decidir
o apoio ou não a ocupação.
Denunciamos então aqui que tais movimentos têm gerado diversos problemas, tanto para comunidade
interna, que se vê prejudicada de concluir o ano letivo, ou de servidores que não receberão salários, além dos
alunos que precisam de bolsa.
Quanto a comunidade externa, que porventura usem a UnB para diversos fins, como cursos de idiomas
e a própria aplicação do ENEM, as ocupações também interferem no andamento destas atividades.
Entendemos que o dano ao patrimônio público é recuperável, mas, alertamos que os malefícios causados
aos estudantes, que com esforço frenquentam a UNB, buscando uma formação como forma de garantir me-
lhores condições de vida para si e para os seus, podem ser irreparáveis. Além dos traumas devido ao bullying
constante que se dá contra os alunos que não são favoráveis a ocupação, bem como o medo da possibilidade
crescente de ocorrência de um incidente mais grave de agressão física.
Certamente, a despeito do que têm ditos algumas autoridades que deveriam proteger os direitos dos
cidadãos, nada do que tem ocorrido nas ocupações e, ora relatado aqui, tem qualquer respaldo constitucional
ou legal, pois vejamos:
1. Não existe direito a ocupação e não existe direito de “greve” de estudantes, ainda se quisessem aplicar
a lei da greve, seria considerada greve ilegal, já que causa prejuízo irreparável (art. 9) e viola o direito funda-
mental a educação (art. 6, §1)
2. Direito de protesto é garantindo apenas em lugar público (praças, parques, ruas) e não em prédios
onde ocorrem aulas (art 5, XVI)
3. O que chamam de ocupação, o Código Penal chama de esbulho possessório, ou seja, é CRIME tipifica-
do no art. 161, §1, II e, ainda, reunir-se em bando para cometer crime de esbulho constitui crime de associação
criminosa (art. 288). Ademais, crime de esbulho é de flagrante permanente, portanto a Polícia Militar, assim
como o Ministério Público tem o dever de fazer a reintegração de posse.
4. O impedimento dos alunos ou professores de entrarem na universidade constitui crime de constran-
gimento ilegal (art. 146) e o estímulo de ocupações em redes sociais que tem sido feito constitui, sem dúvida,
crime de incitação ao crime (art. 286)
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  105 

Nós, estudantes da Universidade de Brasília, estamos sendo obrigados a deixar de fazer algo, e não é em
virtude da lei, mas pelo desrespeito de um grupo aos nossos direitos. Queremos estudar, e temos este direito,
garantido pela Constituição Federal.
Respeitamos que as pessoas tenham o direito de ser contra ou não a aprovação de um projeto de lei, mas
existem meios verdadeiramente democráticos e que não envolvem ameaças ou dano ao patrimônio público,
bem como restrição de direitos, para se demonstrar isso. Existem meios públicos para que se possa fazer isso:
Não é permitido, em nenhuma circunstância, cercear direitos por ideologias, política ou filosofia, como bem
explicitado nos parágrafos do artigo 5°.
O que não se pode fazer, nem aceitar, em hipótese alguma, é que um grupo minoritário decida pela
vida de 40.000 alunos, mesmo que os próprios estatutos internos da Universidade proíbam as ações tomadas.
Lembramos ainda que os 40.000 alunos que estão sendo impedidos de exercer seu direito a educação não têm
condições de alterar uma PEC. Logo as manifestações deveriam ser direcionadas aos órgãos competentes, que
podem tomar providencias quanto a PEC 55.
Afinal, porque os alunos devem pagar a conta dessa batalha, com atraso ao desenvolvimento acadêmico
e prejuízo à sua formação? Repudiamos o que tem ocorrido e relatado até aqui e fazemos um apelo ao Minis-
tério Público e às autoridades responsáveis, na confiança de que tomarão as medidas cabíveis para garantir
nossos direitos constitucionais.
Ratificam este pedido todos os estudantes da UnB listados no abaixo-assinado anexo.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pereira) – Concedo a palavra ao Deputado Francisco Floriano, do Democra-
tas do Rio de Janeiro, pelo tempo de 5 minutos.
O SR. FRANCISCO FLORIANO (DEM-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, venho a
esta tribuna para falar da situação por que tem passado o nosso Rio de Janeiro.
É um momento difícil para o nosso Estado e também para o nosso País, principalmente depois de todo
esse ritmo deixado pelo governo anterior, que trouxe esses transtornos para a Nação, principalmente para o
Rio de Janeiro.
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, todos os que nos acompanham pelas redes de rádio de televisão
da Câmara, as medidas anunciadas pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro para conter a crise que nos as-
sola têm extremos.
Concordo e acho que são soluções acertadas, tais como: redução das secretarias, proibição de anistias ou
refinanciamento das dívidas com o Estado, controle dos repasses, aumento do ICMS para setores como os de
cerveja, de chope, de cigarro, transferência dos restaurantes populares para os Municípios – o Rio de Janeiro
hoje tem uma influência muito forte no turismo. Então, pode, sim, atender a essa área social de suma impor-
tância –; e o corte de algumas gratificações, que também é de grande valia.
Contudo, não posso me calar diante de algumas injustiças – e haja injustiças –, como aumentar o des-
conto previdenciário de 11% para 14%. Aumentar a tarifa do bilhete único de 6,50 reais para 7,50 reais é outra
coisa com a qual não concordo, bem como sacrificar os aposentados e pensionistas, que recebem menos de
5 mil reais, que hoje são isentos de contribuição previdenciária. Onerar os idosos com desconto de até 30% é
um absurdo. Isso faz com que os pequenos, os mais necessitados, os pobres paguem o preço de uma adminis-
tração passada, fruto de tantos erros e de tanta corrupção.
Não vou fazer parte desse processo de tirar do pobre, do mais necessitado, do homem trabalhador ou
do idoso, que deu a sua vida, do servidor.
Pezão, contudo, tem uma equipe de bons economistas, de boas pessoas, que podem achar outro cami-
nho sem abalar uma estrutura, que já está difícil para o trabalhador, para o aposentado, e principalmente para
você, servidor. Então, tem que se rever, sim.
Por que não se retirar o incentivo fiscal das grandes empresas? Conversando ontem com a banca-
da, tomei ciência de que existem empresas, Sr. Presidente, com 100 anos de isenção – 100 anos! Isso é
um absurdo.
É claro que temos que ver o que essas empresas estão empregando de mão de obra, o que estão ge-
rando de empregos. Até aí é possível fazer um encaminhamento nesse sentido. Mas dar 100 anos, por quê?
Acho que esse prazo deve ser revisto. É preciso chamar esses empresários e dar um aperto, para que se
juntem neste momento ao Estado do Rio de Janeiro e deem um incentivo para que a economia volte a crescer,
com a geração de emprego e de mão de obra. Mas 100 anos eu acho muito.
Podemos instituir imposto sobre grandes fortunas? Por que sempre o sacrifício tem que ser do mais fra-
co, do mais necessitado, como eu disse.
106  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

O fim do Programa Renda Melhor? Estamos falando de famílias na faixa extrema da pobreza. A questão
do Aluguel Social não tem cabimento. Há famílias que foram retiradas de zonas de risco, famílias que perderam
seus bens, em outras cidades do Estado ou mesmo na capital.
É necessário ver que essas medidas têm que ter um caminho novo, para deixar de atingir agressivamente
os menores. Da forma como está não pode ficar.
Quanto ao fim do programa Renda Melhor, não aconselho, e também não concordo com o fim do Alu-
guel Social.
O que precisamos urgentemente são medidas estruturantes. Chega de empurrar a conta da crise para a
população. Chega! A população está abandonada há tempos. Desde que o Complexo Petroquímico do Estado
do Rio de Janeiro – COMPERJ foi desativado, resultando em milhares de demissões, veio a crise do petróleo.
Cito como exemplo Itaboraí, onde as obras estão totalmente largadas e os investimentos parados.
E tanto a Prefeitura quanto nós tentamos várias vezes fazer com que a PETROBRAS e o Governo Federal
daquela época criassem incentivos, e não tivemos resposta. Isso prejudicou cada vez mais a população das
regiões de São Gonçalo, de Niterói, de Itaboraí, de Tanguá, de Rio Bonito. Enfim, aquela vasta região necessita
urgentemente de mudanças.
Espero que o atual Governo volte seus olhos para a PETROBRAS e ela volte a receber investimentos de
outros países para o COMPERJ.
Em breve estaremos reunidos com representantes do Governo do Estado e essa será a nossa indicação
para achar um caminho, sem trazer tanta agressividade, tanta dor, tanto desespero às pessoas que estão ou-
vindo as notícias, principalmente o servidor público e o aposentado.
Sabemos que a desativação das UPAs e a ausência da mobilidade urbana para os trabalhadores não
pode acontecer.
Vamos trabalhar aqui no Congresso para trazer soluções que não sobrecarreguem ainda mais a popu-
lação fluminense.
Tenho certeza de que podemos contar com o Governo Federal, com o Presidente Michel Temer e com a
sua equipe de finanças, com o Ministro da Fazenda. Contamos também com o nosso Senador e Governador,
Dr. Francisco Dornelles. Sei da capacidade desse homem, e não coloco a culpa nele pelo caos, mas nas gestões
passadas no nosso Estado do Rio de Janeiro.
Sr. Presidente, que Deus abençoe V.Exa., sua família e a todo o povo brasileiro.
Muito obrigado à Mesa, muito obrigado aos funcionários.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pereira) – Muito obrigado, Deputado Francisco Floriano, do Democratas, do
Rio de Janeiro.
PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO À MESA PARA PUBLICAÇÃO
O SR. ALEXANDRE VALLE (PR-RJ. Pronunciamento encaminhado pelo orador.) – Sr. Presidente, Sras. e
Srs. Deputados, caros ouvintes da Rádio Câmara, telespectadores da TV Câmara, parabenizo o Prefeito eleito
do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, pela vitória e por já estar se movimentando para a consolidação de ações
em benefício da população carioca. No entanto, gostaria de deixar registrada a minha opinião contrária à
proposta de Crivella de municipalização do Porto do Rio, administrado pela Companhia Docas, ligada ao
Ministério dos Transportes. Os portos de Itaguaí e de Niterói também são de responsabilidade da Docas do
Rio de Janeiro.
Eu acredito que o Município do Rio não tem competência para, sozinho, administrar os portos do Rio,
Itaguaí e Niterói. A avaliação do Prefeito eleito Marcelo Crivella é que a municipalização vai injetar R$100 mi-
lhões por ano no caixa da Prefeitura do Rio, embora o porto seja deficitário e tenha um dos maiores passivos
trabalhistas do País.
Não há recursos para a Prefeitura do Rio gerir, sem aportes financeiros do Governo Federal, os portos do
Rio, Itaguaí e Niterói. Apenas como exemplo, são milhões de reais apenas para fazer dragagem. E são neces-
sárias melhorias contínuas, além de readequação de infraestrutura, um custo muito elevado para o Município
arcar sozinho.
No caso específico de Itaguaí, cidade que represento nesta Casa, o porto tem um passivo muito grande
de dívidas da antiga PORTOBRAS. Mais um motivo para não ver viabilidade na municipalização pela Prefeitu-
ra do Rio. Eu defendo a criação de uma nova empresa para assumir o passivo da Companhia Docas do Rio de
Janeiro (CDRJ), resolver as pendências e responsabilidades, como fez a Caixa Econômica Federal na época de
extinção do BNH – Banco Nacional da Habitação.
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  107 

Atualmente, 70% da arrecadação do Porto do Rio é oriunda do Porto de Itaguaí, mas não há investimen-
to em melhorias no Porto de Itaguaí porque a Companhia Docas do Rio de Janeiro tem inúmeros bloqueios
judiciais. São essas dívidas e bloqueios judiciais que impossibilitam o Porto de Itaguaí de se desenvolver.
Acredito que a criação de uma Companhia Docas de Itaguaí poderia resolver a questão financeira, além
de permitir a implementação de obras e melhorias necessárias para tornar o porto ainda mais atrativo para
investidores. Não falta potencial de crescimento para o Porto de Itaguaí. Dos 7 milhões de metros quadrados,
pouco mais de 2 milhões estão arrendados.
Mesmo com as limitações e dificuldades, o Porto é um dos principais propulsores das atividades econômicas
de Itaguaí e demais Municípios da Costa Verde fluminense, funcionando como um polo para a fixação de empresas
e indústrias que dependem das atividades do terminal portuário. Tenho convicção de que, com planejamento e in-
vestimentos, é possível potencializar o terminal de Itaguaí para ser o principal porto de referência do Atlântico Sul.
A proposta de municipalização do Porto do Rio, apresentada pelo Prefeito eleito Marcelo Crivella, também
enfrentará resistência no próprio Governo Federal. Sabemos que técnicos do Governo discutem meios para
transferir os portos à iniciativa privada, então seria um sinal contraditório ao mercado municipalizar a gestão
do Porto do Rio. Não é o melhor caminho a seguir.
Como único representante de Itaguaí na Câmara dos Deputados, estarei empenhado na discussão de
políticas e ações para fortalecimento e expansão do Porto de Itaguaí e de toda a indústria marítima, em es-
pecial a indústria naval. Não dá para depender quase que exclusivamente de subsídios públicos, é necessário
estimular a competitividade, investir no planejamento e desenvolvimento de projetos, aperfeiçoar a gestão.
É o que eu tinha a dizer.
Muito obrigado pela atenção, Sras. Deputadas, Srs. Deputados.

VII – ENCERRAMENTO
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pereira) – Nada mais havendo a tratar, vou encerrar a sessão, lembrando que
haverá Sessão Não Deliberativa Solene amanhã, sexta-feira, dia 11 de novembro, às 15 horas, em homenagem
ao Dia Nacional da Umbanda.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pereira) – Encerro a sessão, convocando Sessão não Deliberativa de Debates
para amanhã, sexta-feira, dia 11 de novembro, às 9 horas.

CÂMARA DOS DEPUTADOS

Em 11 de novembro de 2016
(Sexta-feira)

SESSÃO DE DEBATES

(NÃO DELIBERATIVA)
(Às 9 horas)

PEQUENO EXPEDIENTE
(Das 9 às 10 horas)

GRANDE EXPEDIENTE
(Às 10 horas)
108  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

COMUNICAÇÕES PARLAMENTARES

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS OU RECURSOS

I – EMENDAS
2. PROJETO DE RESOLUÇÃO QUE ALTERA O RICD
Prazo para apresentação de emendas: 5 Sessões (Art. 216, § 1º, do RICD).
Nº 179/2016 (Davi Alves Silva Júnior) – Altera o Art. 5º da Resolução nº 17, de 1989, que aprova o Aprova o
Regimento Interno da Câmara dos Deputados.
DECURSO: 4ª SESSÃO
PREVISÃO DE ÚLTIMA SESSÃO: 14/11/2016
II – RECURSOS
1. CONTRA APRECIAÇÃO CONCLUSIVA DE COMISSÃO – ART. 24, II, DO RICD
INTERPOSIÇÃO DE RECURSO: art. 58, § 3º, c/c art. 132, § 2º (PARECERES FAVORÁVEIS), ou com o art. 133 (PARE-
CERES CONTRÁRIOS), todos do RICD.
PRAZO PARA APRESENTAÇÃO DE RECURSO: 5 sessões (art. 58, § 1°, do RICD).
1.1 COM PARECERES FAVORÁVEIS

PROJETO DE LEI

Nº 6260/2013 (Flávia Morais) – Altera o art. 29 da Lei nº 9.615, de 24 de março de 1998, que dispõe sobre as
normas gerais do desporto, para dar novas disposições à formação de atletas.
DECURSO: 4ª SESSÃO
PREVISÃO DE ÚLTIMA SESSÃO: 14/11/2016
Nº 3330/2015 (Senado Federal – Romário) – Altera o § 3º do art. 98 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de
1990, para estender o direito a horário especial ao servidor público federal que tenha cônjuge, filho ou depen-
dente com deficiência de qualquer natureza e para revogar a exigência de compensação de horário.
DECURSO: 4ª SESSÃO
PREVISÃO DE ÚLTIMA SESSÃO: 14/11/2016
Nº 5865/2016 (Poder Executivo) – Altera a remuneração de servidores públicos, estabelece opção por novas
regras de incorporação de gratificação de desempenho às aposentadorias e pensões e dá outras providências.
DECURSO: 4ª SESSÃO
PREVISÃO DE ÚLTIMA SESSÃO: 14/11/2016
1.2 COM PARECERES CONTRÁRIOS

PROJETO DE LEI

Nº 230/2015 (Rômulo Gouveia) – Disciplina a aquisição de água mineral ou potável de mesa, nas condições
que especifica.
DECURSO: 4ª SESSÃO
PREVISÃO DE ÚLTIMA SESSÃO: 14/11/2016
Nº 2676/2015 (Silas Brasileiro) – Torna obrigatória a implantação de instalações de distribuição de gás com-
bustível em edifícios de uso público.
DECURSO: 4ª SESSÃO
PREVISÃO DE ÚLTIMA SESSÃO: 14/11/2016
Nº 3430/2015 (Veneziano Vital do Rêgo) – Altera o § 2º do art. 1º da Lei nº 12.741, de 8 de dezembro de 2012,
de modo a tornar obrigatória a informação, em local visível, dos impostos incidentes sobre cada produto ou
serviço exposto à venda em lojas, mercados e sítios eletrônicos.
DECURSO: 4ª SESSÃO
PREVISÃO DE ÚLTIMA SESSÃO: 14/11/2016
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  109 

1.3 PROPOSIÇÕES COM TRAMITAÇÃO CONJUNTA QUE RECEBERAM PARECERES FAVORÁVEIS A UMAS E/
OU CONTRÁRIOS A OUTRAS, NÃO DIVERGENTES; E/OU PELA INCONSTITUCIONALIDADE; E/OU INJURI-
DICIDADE
PROJETO DE LEI

Nº 832/2015 (Fabio Garcia) – Altera o art. 13 da Lei nº 10.438, de 26 de abril de 2002, que “Dispõe sobre a
expansão da oferta de energia elétrica emergencial, recomposição tarifária extraordinária, cria o Programa de
Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE),
dispõe sobre a universalização do serviço público de energia elétrica, dá nova redação às Leis no 9.427, de 26
de dezembro de 1996, no 9.648, de 27 de maio de 1998, no 3.890-A, de 25 de abril de 1961, no 5.655, de 20
de maio de 1971, no 5.899, de 5 de julho de 1973, no 9.991, de 24 de julho de 2000, e dá outras providências.”
Apensados: PL 1483/2015 (Alceu Moreira)
COM PARECER PELA INCOMPATIBILIDADE E INADEQUAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA: PL 832/2015, principal.
COM PARECER CONTRÁRIO: PL 1483/2015, apensado.
DECURSO: 4ª SESSÃO
PREVISÃO DE ÚLTIMA SESSÃO: 14/11/2016
2. CONTRA PARECER TERMINATIVO DE COMISSÃO – ART. 54 DO RICD C/C ART. 132, § 2º DO RICD
(MATÉRIAS SUJEITAS A DELIBERAÇÃO DO PLENÁRIO EM APRECIAÇÃO PRELIMINAR, NOS TERMOS DO ART.144 DO RICD)
INTERPOSIÇÃO DE RECURSO – Art. 58, § 3º, c/c o art. 132, §2º, do RICD.
PRAZO PARA APRESENTAÇÃO DE RECURSO: 5 sessões (art. 58, § 1° do RICD)
2.1 PELA INADEQUAÇÃO FINANCEIRA E/OU ORÇAMENTÁRIA
PROJETO DE LEI

Nº 4635/2001 (Senado Federal – Geraldo Althoff) – Acrescenta dispositivos à Lei nº 7.998, de 11 de janei-
ro de 1990, para conceder o benefício do seguro-desemprego aos trabalhadores que especifíca, e dá outras
providências.
Apensados: PL 5034/2001 (Enio Bacci) PL 5916/2001 (Carlos Batata) PL 6675/2002 (Nelson Pellegrino)
DECURSO: 4ª SESSÃO
PREVISÃO DE ÚLTIMA SESSÃO: 14/11/2016
Nº 6327/2009 (Carlos Bezerra) – Dispõe sobre a isenção do pagamento da Taxa Anual por Hectare (TAH) pelas
cooperativas de garimpeiros em operação no país.
DECURSO: 4ª SESSÃO
PREVISÃO DE ÚLTIMA SESSÃO: 14/11/2016
Nº 7277/2010 (Senado Federal – Marconi Perillo) – Autoriza o Poder Executivo a criar campus do Instituto
Federal de Goiás na região noroeste de Goiânia – GO.
DECURSO: 4ª SESSÃO
PREVISÃO DE ÚLTIMA SESSÃO: 14/11/2016
Nº 4391/2012 (Giovani Cherini) – Regula o ganho de capital auferido na venda de imóvel rural, e dá outras
providências.
DECURSO: 4ª SESSÃO
PREVISÃO DE ÚLTIMA SESSÃO: 14/11/2016
Nº 4630/2012 (Alfredo Kaefer) – Altera os prazos de vencimento do Imposto sobre Produtos Industrializados
(IPI), do Imposto de Renda devido pelas pessoas jurídicas (IRPJ), da Contribuição Social sobre o Lucro (CSLL), da
Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e da Contribuição para os Programas PIS/Pasep.
DECURSO: 4ª SESSÃO
PREVISÃO DE ÚLTIMA SESSÃO: 14/11/2016
Nº 5888/2013 (Alexandre Toledo) – Institui o Programa Nacional Social de Habilitação Profissional de Con-
dutores de Veículos, para dispor sobre a obtenção gratuita da carteira nacional de habilitação por pessoas de
baixa renda com recursos do Fundo Nacional de Segurança e Educação de Trânsito – FUNSET.
Apensados: PL 7966/2014 (Valmir Assunção)
DECURSO: 4ª SESSÃO
PREVISÃO DE ÚLTIMA SESSÃO: 14/11/2016
110  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

Nº 1054/2015 (Deley) – Institui Fundo compensatório para pequenos produtores rurais.


DECURSO: 4ª SESSÃO
PREVISÃO DE ÚLTIMA SESSÃO: 14/11/2016
Nº 1431/2015 (Damião Feliciano) – Concede benefícios fiscais às empresas que promovam aumento salarial
para o trabalhador que concluir o curso de ensino fundamental ou médio.
DECURSO: 4ª SESSÃO
PREVISÃO DE ÚLTIMA SESSÃO: 14/11/2016
Nº 1449/2015 (Dr. Jorge Silva) – Concede isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para os
veículos utilizados no transporte de pessoas portadoras de hepatopatia grave, nas condições que determina.
Apensados: PL 4155/2015 (Augusto Carvalho) PL 5499/2016 (Miguel Lombardi)
DECURSO: 4ª SESSÃO
PREVISÃO DE ÚLTIMA SESSÃO: 14/11/2016
Nº 1664/2015 (Carlos Bezerra) – Altera a Lei n° 9.249, de 26 de dezembro de 1995.
DECURSO: 4ª SESSÃO
PREVISÃO DE ÚLTIMA SESSÃO: 14/11/2016
REQUERIMENTO DE INSTITUIÇÃO DE CPI

Nº 27/2016 (Major Olimpio) – Requer a criação de Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar de-
núncias de irregularidades na fabricação e no comércio de armas de fogo destinada aos profissionais de se-
gurança pública no Brasil, que foram vitimados ou causaram lesões em terceiros devido a falhas graves nesses
armamentos – TAURUS.
PREVISÃO DE ÚLTIMA SESSÃO: 11/11/2016
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  111 

21 2ª-feira 15:00 Vicente Candido (PT - SP)

15:25 Evandro Roman (PSD - PR)

15:50 Roberto Sales (PRB - RJ)

16:15 Dr. João (PR - RJ)

16:40 João Paulo Papa (PSDB - SP)

22 3!!-feira 15:00 Veneziano Vital do Rêgo (PMDB - PB)*

15:25 Roberto de Lucena (PV - SP)

23 4!!-feira 15:00 Carlos Henrique Gaguim (PTN - TO)

15:25 Pedro Paulo (PMDB - RJ)

24 5ª-feira 15:00 Evandro Gussi (PV - SP)

15:25 Rosangela Gomes (PRB - RJ)

25 6ª-feira 10:00 Ságuas Moraes (PT - MT)

10:25 Luiz Carlos Hauly (PSDB - PR)

10:50 Dimas Fabiano (PP - MG)

11:15 Leo de Brito (PT - AC)

11:40 Cabo Daciolo (PTdoB - RJ)

28 2ª-feira 15:00 Daniel Vilela (PMDB - GO)

15:25 Ricardo Bentinho (PRB - SP)

15:50 Nivaldo Albuquerque (PRP - AL)

16:15 Vinicius Carvalho (PRB - SP)

16:40 Renzo Braz (PP - MG)

29 3ª-feira 15:00 Maria Helena (PSB - RR)

15:25 Rogério Marinho (PSDB - RN)

30 4 ª-feira 15:00 Júlio Delga do (PSB - MG)

15:25 Sérgio Mora es (PTB - RS)


112  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

ORDEM DO DIA DAS COMISSÕES

CÂMARA DOS DEPUTADOS

55ª LEGISLATURA – 2ª SESSÃO LEGISLATIVA

Em 11 de novembro de 2016
Sexta-feira

I – COMISSÕES PERMANENTES
COMISSÃO DE AGRICULTURA, PECUÁRIA, ABASTECIMENTO E DESENVOLVIMENTO RURAL

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)


DECURSO: 2ª SESSÃO
ÚLTIMA SESSÃO: 17-11-16
Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO
PROJETO DE LEI Nº 5.851/16 – do Sr. Valdir Colatto – que “disciplina o aproveitamento de carcaças de animais
de produção e resíduos animais no campo para fins não comestíveis”.
RELATOR: Deputado ALCEU MOREIRA.
COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA, COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS A PARTIR DE SEGUNDA-FEIRA (DIA 14/11/2016)


Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 5.545/16 – do Sr. Arnaldo Faria de Sá – que “dispõe sobre conteúdos relacionados a acessi-
bilidade de pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida nas programações veiculadas pela
EBC – Empresa Brasil de Comunicação”.
RELATOR: Deputado FLAVINHO.
PROJETO DE LEI Nº 5.752/16 – do Sr. Otavio Leite – que “declara como de especial interesse para a geração de
conhecimento, tecnologia, inovação, bem como para o desenvolvimento brasileiro, nos termos do parágrafo
único do art. 219 da Constituição Federal, os Centros de Pesquisa e de Inovação de Empresas (CPIEs)”.
RELATOR: Deputado VITOR LIPPI.
PROJETO DE LEI Nº 6.191/16 – da Sra. Erika Kokay – que “dispõe sobre a publicidade de cunho misógino, sexista
ou estimuladora de agressão ou violência sexual”.
RELATOR: Deputado SÓSTENES CAVALCANTE.
PROJETO DE LEI Nº 6.385/16 – do Sr. André Figueiredo – que “dispõe sobre a prestação de serviços postais aos
órgãos públicos federais da Administração Direta e Indireta, e dá outras providências”.
RELATOR: Deputado FRANCISCO FLORIANO.
PROJETO DE LEI Nº 6.413/16 – do Sr. Vicentinho Júnior – que “cria o Fundo para o Desenvolvimento Tecnológi-
co das Tecnologias de Informação e Comunicação – Funtics, e incentiva a inclusão digital e o desenvolvimento
local de produtos e serviços de tecnologia de informação e comunicação”.
RELATOR: Deputado ANDRÉ FIGUEIREDO.
PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)
DECURSO: 2ª SESSÃO
ÚLTIMA SESSÃO: 17-11-16
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  113 

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO
PROJETO DE LEI Nº 5.896/16 – do Sr. Cabo Sabino – que “dispõe sobre a inclusão de cláusula nos contratos
de adesão aos serviços de telefonia fixa, de telefonia móvel e de banda larga móvel e dá outras providências”
(Apensado: PL 5935/2016)
RELATOR: Deputado VITOR VALIM.
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA
AVISOS
PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS A PARTIR DE SEGUNDA-FEIRA (DIA 14/11/2016)
Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

A – Da Análise da Constitucionalidade, Juridicidade e Mérito:


PROJETO DE LEI Nº 1.607/11 – da Sra. Sandra Rosado – que “acresce parágrafo ao art. 82 da Lei nº 7.210, de 11
de julho de 1984, que “institui a Lei de Execução Penal”, e revoga o art. 103 do mesmo diploma legal”. (Apen-
sado: PL 1802/2011)
RELATOR: Deputado GONZAGA PATRIOTA.
PROJETO DE LEI Nº 4.947/16 – do Sr. Delegado Waldir – que “altera a Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006”.
RELATOR: Deputado CABO SABINO.
B – Da Análise da Constitucionalidade e Juridicidade (art. 54, I):
PROJETO DE LEI Nº 4.447/12 – do Sr. Marcelo Matos – que “acrescenta novo § 2º ao art. 17 da Lei nº 8.245, de 18
de outubro de 1991, que dispõe sobre as locações dos imóveis urbanos e os procedimentos a ela pertinentes,
para disciplinar a cobrança de aluguel em centros comerciais (“Shopping centers”)”.
RELATOR: Deputado RODRIGO PACHECO.
PROJETO DE LEI Nº 1.855/15 – do Sr. Herculano Passos – que “dispõe sobre os serviços comerciais de tosa e
banho em cães e gatos”.
RELATORA: Deputada SORAYA SANTOS.
PROJETO DE LEI Nº 2.409/15 – do Sr. Ronaldo Martins – que “dá nova redação ao §2º do art. 12 da Lei 6.194/1974,
na forma que indica”.
RELATOR: Deputado LINCOLN PORTELA.
PROJETO DE LEI Nº 2.687/15 – da Comissão Parlamentar de Inquérito destinada a investigar a realidade do
Sistema Carcerário Brasileiro – que “estabelece que as instalações da penitenciária devem contar com equipa-
mento eletrônico de captação de sinais ópticos e acústicos”.
RELATOR: Deputado FAUSTO PINATO.
PROJETO DE LEI Nº 2.723/15 – do Sr. Daniel Vilela – que “acrescenta o § 3º ao art. 19 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro
de 1990, que dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações
públicas federais, para autorizar a implantação do sistema de escritório remoto (“home-office”) no serviço público”.
RELATOR: Deputado LUCAS VERGILIO.
PROJETO DE LEI Nº 4.273/16 – do Sr. Arnaldo Faria de Sá – que“altera o Art. 3.º da Lei 13.233 de 29 de dezembro de 2015”.
RELATOR: Deputado COVATTI FILHO.
PROJETO DE LEI Nº 4.594/16 – do Senado Federal – Romário – (PLS 657/2015) – que “institui o Dia Nacional de
Combate ao Preconceito contra as Pessoas com Nanismo”.
RELATOR: Deputado VICENTINHO.
Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO
A – Da Análise da Constitucionalidade e Juridicidade (art. 54, I):
PROJETO DE LEI Nº 5.374/16 – do Sr. Eduardo Barbosa – que “altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996,
de forma a inserir o inciso XIII no art. 3º e modificar o art. 37, caput, e o art. 58, § 3º”.
RELATOR: Deputado BETINHO GOMES.
114  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)


DECURSO: 2ª SESSÃO
ÚLTIMA SESSÃO: 17-11-16
Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

A – Da Análise da Constitucionalidade e Juridicidade (art. 54, I):


PROJETO DE LEI Nº 1.497/15 – do Sr. Veneziano Vital do Rêgo – que “altera o art. 1º da Lei nº 9.637, de 15 de
maio de 1998, que dispõe sobre a qualificação de entidades como organizações sociais”
RELATOR: Deputado THIAGO PEIXOTO.
Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO
A – Da Análise da Constitucionalidade, Juridicidade e Mérito:
PROJETO DE LEI Nº 1.331/15 – do Sr. Alexandre Baldy – que “altera a Lei nº 12.965, de 23 de abril de 2014 –
Marco Civil da Internet, dispondo sobre o armanezamento de dados de usuários inativos na rede mundial de
computadores”.
RELATOR: Deputado MARCOS ROGÉRIO.
DECURSO: 3ª SESSÃO
ÚLTIMA SESSÃO: 16-11-16
Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

A – Da Análise da Constitucionalidade, Juridicidade e Mérito:


PROJETO DE LEI Nº 2.844/15 – do Sr. Carlos Bezerra – que “altera os arts. 1.076, inciso I, e 1.085, parágrafo único,
da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002, que “Institui o Código Civil”, para fins de alterar o quórum decisório
no âmbito das sociedades limitadas”.
RELATOR: Deputado OSMAR SERRAGLIO.
PROJETO DE LEI Nº 6.246/16 – do Sr. Laerte Bessa – que “dispõe sobre os parâmetros da gratuidade para o uso
do serviço público e dá outras providências”.
RELATOR: Deputado CAPITÃO AUGUSTO.
DECURSO: 4ª SESSÃO
ÚLTIMA SESSÃO: 14-11-16
Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO
A – Da Análise da Constitucionalidade, Juridicidade e Mérito:
PROJETO DE LEI Nº 1.562/15 – do Sr. Celso Jacob – que “ Disciplina o trânsito por propriedades privadas para o
acesso a sítios naturais públicos”.
RELATOR: Deputado VALTENIR PEREIRA.
COMISSÃO DE CULTURA

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)


DECURSO: 3ª SESSÃO
ÚLTIMA SESSÃO: 16-11-16
Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 6.215/16 – do Sr. Hélio Leite – que “altera o art. 1º da Lei nº 662, de 6 de abril de 1949, para
Instituir o dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, feriado Nacional”.
RELATORA: Deputada MARINHA RAUPP.
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  115 

PROJETO DE LEI Nº 6.218/16 – do Sr. Capitão Augusto – que “institui o dia nacional do Rodeio”.
RELATOR: Deputado EDUARDO BOLSONARO.
PROJETO DE LEI Nº 6.267/16 – do Sr. Eduardo Bolsonaro – que “institui o Dia Nacional da Pessoa com Atrofia
Muscular Espinhal – AME”.
RELATOR: Deputado FLAVINHO.
DECURSO: 4ª SESSÃO
ÚLTIMA SESSÃO: 14-11-16
Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 213/15 – do Sr. Giovani Cherini – que “regulamenta o Rodeio como atividade da cultura
popular e dá outras providências”.
RELATOR: Deputado JOSE STÉDILE.
PROJETO DE LEI Nº 6.259/16 – do Poder Executivo – que “inscreve o nome de Ulysses Silveira Guimarães no
Livro dos Heróis da Pátria”.
RELATOR: Deputado CELSO PANSERA.
COMISSÃO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)


DECURSO: 1ª SESSÃO
ÚLTIMA SESSÃO: 18-11-16
Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 4.005/15 – do Sr. Rômulo Gouveia – que “estabelece desconto de um trinta avos sobre o
valor da tarifa mínima mensal do serviço de água e esgoto, por dia de falta de fornecimento de água”.
RELATOR: Deputado WELITON PRADO.
PROJETO DE LEI Nº 4.032/15 – do Sr. Marcelo Belinati – que “altera a Lei nº 11.101, de 9 de fevereiro de 2005,
(lei de falências) para determinar que os compradores de imóveis, tenham prioridade em receber os valores
pagos em caso de falência de construtoras, incorporadoras e imobiliárias”.
RELATOR: Deputado MARCO TEBALDI.
PROJETO DE LEI Nº 6.276/16 – do Sr. João Castelo – que “altera a Lei nº 9.472, de 16 de Julho de 1997, que dis-
põe sobre a organização dos serviços de telecomunicações a criação e funcionamento de um órgão regulador
e outros aspectos institucionais, nos termos da Emenda Constitucional nº 8, de 1995”.
RELATOR: Deputado ELIZEU DIONIZIO.
PROJETO DE LEI Nº 6.308/16 – do Sr. Rômulo Gouveia – que “altera a Lei nº 9.472, de 16 de julho de 1997, para
atualizar e ampliar os direitos dos usuários de serviços de telecomunicações”.
RELATOR: Deputado CABO SABINO.
DECURSO: 2ª SESSÃO
ÚLTIMA SESSÃO: 17-11-16
Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO
PROJETO DE LEI Nº 4.091/15 – do Sr. Marcelo Belinati – que “esta Lei modifica a Lei nº 8.078, de 11 de setembro
de 1990, que dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências, assegurando ao consumidor a
proteção quanto a entrega de equipamentos a Prestadora de Serviço TV a cabo, evitando os aborrecimentos
provocados pela prestadora que liga querendo o aparelho de volta e não toma as providências para buscar”.
RELATOR: Deputado WELITON PRADO.
PROJETO DE LEI Nº 6.029/16 – do Sr. Carlos Henrique Gaguim – que “acrescenta § 3º ao art. 3º da Lei nº 8.078,
de 11 de setembro de 1990, que “Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências”, para fins
de estabelecer obrigações ao fornecedor”.
RELATOR: Deputado MARCO TEBALDI.
DECURSO: 4ª SESSÃO
ÚLTIMA SESSÃO: 14-11-16
116  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO
PROJETO DE LEI Nº 3.351/15 – do Sr. Pastor Franklin – que “obriga os postos revendedores de combustíveis a
venderem os combustíveis automotivos pelos preços anteriores aos reajustes de preços, enquanto durarem
os estoques de combustíveis comprados anteriormente à vigência dos aumentos”.
RELATOR: Deputado VINICIUS CARVALHO.
COMISSÃO DE DEFESA DOS DIREITOS DA MULHER

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)


DECURSO: 1ª SESSÃO
ÚLTIMA SESSÃO: 18-11-16
Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 6.759/10 – do Senado Federal – Maria do Carmo Alves – (PLS 158/2009) – que “altera a Lei nº
11.664, de 29 de abril de 2008, para incluir a pesquisa de biomarcadores entre as ações destinadas à detecção
precoce das neoplasias malignas de mama e do trato genital feminino e à pesquisa de predisposição genética
para essas doenças”. (Apensado: PL 6917/2010)
RELATORA: Deputada LAURA CARNEIRO.
PROJETO DE LEI Nº 6.820/10 – do Senado Federal – Ideli Salvatti – (PLS 51/2007) – que “altera a Lei nº 6.259,
de 30 de outubro de 1975, para garantir o oferecimento de vacinação antipapilomavírus humano (HPV) à po-
pulação”. (Apensados: PL 5694/2009 (Apensado: PL 7551/2010), PL 449/2011, PL 1430/2011, PL 3964/2012, PL
4483/2012 e PL 4540/2012)
RELATORA: Deputada LAURA CARNEIRO.
PROJETO DE LEI Nº 166/11 – do Sr. Weliton Prado – que “dispõe sobre a criação de Casas Apoio destinadas ao
atendimento de adolescentes grávidas”. (Apensado: PL 1911/2011 (Apensado: PL 4024/2015 (Apensado: PL
5745/2016)))
RELATORA: Deputada PROFESSORA DORINHA SEABRA REZENDE.
PROJETO DE LEI Nº 7.150/14 – do Sr. Rodrigo Maia – que “altera a Lei nº 8.080, de 11 de setembro, de 1990, para
determinar a realização de campanhas destinadas à realização de exames preventivos do câncer de próstata
e de mama”.
RELATORA: Deputada ELCIONE BARBALHO.
PROJETO DE LEI Nº 6/15 – do Sr. Ricardo Barros – que “fica instituída a Semana de Orientação sobre a Gravidez
na Adolescência, na primeira semana de maio”.
RELATORA: Deputada LAURA CARNEIRO.
PROJETO DE LEI Nº 44/15 – do Sr. Sergio Vidigal – que “dá nova redação ao inciso II do art. 35 da Lei nº 11.340,
de 7 de agosto de 2006, Lei Maria da Penha, substituindo o termo “menor” pela expressão “crianças e adoles-
centes, e dá outras providências”.
RELATORA: Deputada FLÁVIA MORAIS.
PROJETO DE LEI Nº 290/15 – do Sr. Valmir Assunção – que “acrescenta art. 17-A à Lei nº 11.340, de 7 de agosto
de 2006, que cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, para dispor sobre
o direito de regresso da Previdência Social perante o agressor” (Apensados: PL 422/2015, PL 3846/2015, PL
6315/2016 e PL 6410/2016)
RELATORA: Deputada TIA ERON.
PROJETO DE LEI Nº 2.805/15 – da Sra. Erika Kokay – que “dispõe sobre a inclusão anualmente, na programação
pedagógica das escolas da rede de educação básica do País, do debate sobre o tema do combate à violência
contra a mulher”. (Apensado: PL 3795/2015)
RELATORA: Deputada MAGDA MOFATTO.
PROJETO DE LEI Nº 3.169/15 – da Sra. Mariana Carvalho – que “dispõe sobre a obrigatoriedade de fornecimento
de medicamentos pelo Sistema Único de Saúde para as mulheres com câncer de mama metastático”.
RELATORA: Deputada ANA PERUGINI.
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  117 

PROJETO DE LEI Nº 8.330/15 – do Senado Federal – Humberto Costa – (PLS 443/2011) – que “altera a Lei n°
11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha). para garantir à mulher vítima de violência doméstica o
recebimento de beneficio eventual, e a Lei n° 8.742, de 7 de dezembro de 1993 (Lei Orgânica da Assistência
Social), para definir o termo “situação de vulnerabilidade temporária” de que trata o seu art. 22””.
RELATORA: Deputada MARIA DO ROSÁRIO.
PROJETO DE LEI Nº 5.680/16 – da Sra. Carmen Zanotto – que “institui o Dia Nacional da Mulher Empresária”.
RELATORA: Deputada DÂMINA PEREIRA.
PROJETO DE LEI Nº 5.687/16 – do Sr. Professor Victório Galli – que “dispõe sobre o direito de pedido de cesaria-
na à gestante ao completar no mínimo 37 semanas de gestação”.
RELATORA: Deputada TIA ERON.
PROJETO DE LEI Nº 6.244/16 – do Sr. Rômulo Gouveia – que “altera a Lei 8.080, de 19 de setembro de 1990”.
RELATORA: Deputada ZENAIDE MAIA.
PROJETO DE LEI Nº 6.299/16 – do Sr. Cabo Sabino – que “reserva as mulheres 25% (vinte e cinco por cento) das
vagas oferecidas nos concursos públicos na área de segurança pública”.
RELATORA: Deputada GORETE PEREIRA.
DECURSO: 4ª SESSÃO
ÚLTIMA SESSÃO: 14-11-16

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 5.540/16 – do Sr. Rômulo Gouveia – que “acrescenta dispositivo na Lei nº. 8.069, de 13 de
julho de 1990, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente”.
RELATORA: Deputada TIA ERON.

COMISSÃO DE DEFESA DOS DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)


DECURSO: 1ª SESSÃO
ÚLTIMA SESSÃO: 18-11-16

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 7.602/14 – da Sra. Mara Gabrilli – que “acrescenta art. à Lei n° 7.120, de 1984 – Lei de Exe-
cução Penal”.
RELATORA: Deputada ROSINHA DA ADEFAL.

COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, INDÚSTRIA, COMÉRCIO E SERVIÇOS

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)


DECURSO: 2ª SESSÃO
ÚLTIMA SESSÃO: 17-11-16

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO
PROJETO DE LEI Nº 2.254/15 – do Sr. Vinicius Carvalho – que “dispõe sobre o atendimento ao público pelas
empresas Públicas e Privadas”.
RELATOR: Deputado LUCAS VERGILIO.
DECURSO: 5ª SESSÃO
ÚLTIMA SESSÃO: 11-11-16
118  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 6.204/16 – do Sr. Francisco Chapadinha – que “altera a Lei nº 9.294, de 15 de julho de 1996,
para obrigar a instalação de placas de advertência relativa ao ato de dirigir sob influência de álcool nos locais
em que se comercializam bebidas alcoólicas”.
RELATOR: Deputado HERCULANO PASSOS.

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO
PROJETO DE LEI Nº 2.420/15 – do Sr. Lucas Vergilio – que “ Acrescenta-se os parágrafos 4º, 5º, 6º, 7º e 8º ao ar-
tigo 122 do Decreto-Lei nº 73, de 23 de novembro de 1966”.
RELATOR: Deputado AUGUSTO COUTINHO.

COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO URBANO

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)


DECURSO: 1ª SESSÃO
ÚLTIMA SESSÃO: 18-11-16
Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 4.847/16 – do Sr. Vicente Candido e outros – que “dispõe sobre a instituição, no âmbito da
União, de parceria público-privada visando ao desenvolvimento de tecnologias de informação e comunicação
para emprego na área de segurança pública e aplicação na transformação das áreas urbanas em cidades inte-
ligentes em todo o território nacional”.
RELATOR: Deputado JOÃO PAULO PAPA.

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO
PROJETO DE LEI Nº 5.954/16 – do Sr. Givaldo Vieira – que “altera a Lei 10.257, de 10 de julho de 2001, para dis-
por sobre contrapartidas a serem prestadas pelo beneficiário de outorga onerosa do direito de construir e de
outorga onerosa pela alteração do uso do solo”.
RELATORA: Deputada MOEMA GRAMACHO.
DECURSO: 4ª SESSÃO
ÚLTIMA SESSÃO: 14-11-16

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 4.881/12 – dos Srs. José de Filippi e Carlos Zarattini – que “institui as diretrizes da Política
Metropolitana de Mobilidade Urbana (PMMU), cria o Pacto Metropolitano da Mobilidade Urbana e o Sistema
de Informações dos Transportes Metropolitanos (SITRAM), com a Autoridade Metropolitana de Transportes e
o Fundo Metropolitano de Transporte Público e dá outras providências”. (Apensado: PL 7294/2014)
RELATOR: Deputado MIGUEL HADDAD.
PROJETO DE LEI Nº 1.794/15 – do Sr. Veneziano Vital do Rêgo – que “altera a Lei 10.257, de 10 de julho de 2001,
para incluir, entre o conteúdo mínimo do plano diretor, normas de verticalização e ocupação para redução
de impactos ambientais por meio da instalação de coberturas vegetadas (telhados verdes) e reservatórios de
águas pluviais em edifícios”. (Apensado: PL 2186/2015)
RELATORA: Deputada DÂMINA PEREIRA.
PROJETO DE LEI Nº 3.519/15 – do Sr. Vitor Valim – que “altera o art. 20 da Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990, a
fim de permitir a movimentação da conta vinculada no FGTS pelo trabalhador para a construção e para aqui-
sição de mais de um imóvel na mesma Unidade da Federação”. (Apensado: PL 5049/2016)
RELATOR: Deputado ANGELIM.
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  119 

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO
PROJETO DE LEI Nº 5.206/16 – do Sr. Assis Carvalho – que “dispõe sobre a proibição do uso de carpete em es-
paços públicos e espaços privados acessíveis ao público”.
RELATOR: Deputado FABIANO HORTA.

COMISSÃO DE EDUCAÇÃO

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)


DECURSO: 1ª SESSÃO
ÚLTIMA SESSÃO: 18-11-16

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 3.095/15 – do Sr. Domingos Neto – que “define políticas públicas voltadas para redução das
desigualdades regionais, visando à pesquisa de métodos e meios de combate à desertificação e melhor convi-
vência com a semiaridez e estabelecendo preferência para instalação de centros universitários”.
RELATOR: Deputado DANILO CABRAL.
PROJETO DE LEI Nº 5.055/16 – do Senado Federal – Romário – (PLS 45/2015) – que “altera a Lei nº 9.394, de 20
de dezembro de 1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), e a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990
(Estatuto da Criança e do Adolescente), para dispor sobre educação inclusiva e sobre a notificação compulsória
de dúvidas referentes à violação de direitos das crianças e dos adolescentes com deficiência”.
RELATORA: Deputada ANA PERUGINI.
PROJETO DE LEI Nº 5.856/16 – do Sr. Bonifácio de Andrada – que “denomina “Campus Professor Diaulas Abreu”
o campus do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais localizado na
cidade de Barbacena”.
RELATOR: Deputado SARAIVA FELIPE.

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO
PROJETO DE LEI Nº 2.831/15 – do Sr. Veneziano Vital do Rêgo – que “altera a Lei nº 11.124, de 2005, e a Lei nº
11.977, de 2009, para incluir a obrigatoriedade de instalação de biblioteca pública e salas de estudos nos pro-
jetos de conjuntos habitacionais financiados pelo Fundo Nacional de Habitação de Interesse social (FNHIS) ou
implantados no âmbito do Programa Nacional de Habitação Urbana (PNHU)”. (Apensado: PL 6182/2016)
RELATOR: Deputado PEDRO FERNANDES.
PROJETO DE LEI Nº 5.180/16 – do Sr. Chico Lopes – que “dispõe sobre o Programa Institucional de Bolsas de
Iniciação à Docência – PIBID e dá outras providências”.
RELATOR: Deputado FLAVINHO.
DECURSO: 4ª SESSÃO
ÚLTIMA SESSÃO: 14-11-16

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 6.189/16 – do Sr. Valdir Colatto – que “dispõe sobre a unificação das datas de processos se-
letivos e de provas utilizadas para fins de ingresso em instituições de ensino superior no País”.
RELATOR: Deputado LOBBE NETO.
DECURSO: 5ª SESSÃO
ÚLTIMA SESSÃO: 11-11-16
120  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO
PROJETO DE LEI Nº 708/15 – do Sr. Alan Rick – que “estabelece normas gerais sobre segurança escolar e dá ou-
tras providências”. (Apensados: PL 2965/2015 e PL 3037/2015)
RELATOR: Deputado SERGIO VIDIGAL.
PROJETO DE LEI Nº 5.592/16 – da Sra. Erika Kokay – que “institui a Política Nacional de Atendimento Educacio-
nal Especializado a Crianças de 0 a 3 (três) anos – Precoce”.
RELATOR: Deputado FLAVINHO.
COMISSÃO DE FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)


DECURSO: 1ª SESSÃO
ÚLTIMA SESSÃO: 18-11-16
Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

A – Da Análise da Adequação Financeira e Orçamentária e do Mérito:


PROJETO DE LEI Nº 4.123/12 – do Sr. Ricardo Izar – que “acrescenta o Capítulo V-A, ao Título III da Lei nº 12.305,
de 2 de agosto de 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, para dispor sobre produtos retra-
balhados”.
RELATOR: Deputado LUIZ FERNANDO FARIA.
PROJETO DE LEI Nº 7.407/14 – do Senado Federal – Paulo Bauer – (PLS 49/2012) – que “altera a Lei nº 8.036, de
11 de maio de 1990, para dispor sobre o Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS)
e sobre o estabelecimento de mecanismos de transparência e de prestação de contas do gestor e do agente
operador do FGTS”.
RELATOR: Deputado LELO COIMBRA.
PROJETO DE LEI Nº 3.491/15 – do Sr. Alan Rick – que “cria a Zona Franca de Rio Branco, Estado do Acre”
RELATOR: Deputado VINICIUS CARVALHO.
PROJETO DE LEI Nº 6.217/16 – do Sr. Félix Mendonça Júnior – que “altera o Decreto nº 70.235, de 6 de março
de 1972, que dispõe sobre o processo administrativo fiscal, para incluir a possibilidade de contestação prévia
por parte do sujeito passivo”.
RELATOR: Deputado LUCAS VERGILIO.
DECURSO: 4ª SESSÃO
ÚLTIMA SESSÃO: 14-11-16
Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

A – Da Análise da Adequação Financeira e Orçamentária e do Mérito:


PROJETO DE LEI Nº 3.838/15 – do Sr. Beto Rosado – que “altera o art. 9º da Lei nº 12.844, de 19 de julho de 2013,
que dispõe sobre a liquidação de créditos concedidos aos assentados da reforma agrária, com o objetivo de
prorrogar o prazo para liquidação do crédito rural ofertados pelo poder Executivo com recursos dos Fundos
Constitucionais de Financiamento do Nordeste – FNE e do Norte – FNO”.
RELATOR: Deputado LELO COIMBRA.
PROJETO DE LEI Nº 4.085/15 – do Sr. Jorge Côrte Real – que “altera a Lei nº 12.431, de 24 de junho de 2011, com
o objetivo de ampliar o escopo das debêntures incentivadas, com o fim da assimetria de tratamento entre as
debêntures emitidas pelas empresas do segmento de infraestrutura e as demais corporações do setor industrial”.
RELATOR: Deputado LELO COIMBRA.
PROJETO DE LEI Nº 5.405/16 – do Sr. Veneziano Vital do Rêgo – que “altera a Lei nº 13.097, de 19 de janeiro de
2015, para reduzir a tributação de pequenos estabelecimentos industriais de cervejas e chopes especiais”.
RELATOR: Deputado MAURO PEREIRA.
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  121 

PROJETO DE LEI Nº 6.231/16 – do Sr. Rogério Peninha Mendonça – que “isenta as câmeras de monitoramento,
os eletrificadores de cercas e os alarmes para proteção contra roubo do pagamento do Imposto sobre Produ-
tos Industrializados – IPI”.
RELATOR: Deputado NEWTON CARDOSO JR.
B – Da Análise da Adequação Financeira e Orçamentária (art. 54):
PROJETO DE LEI Nº 193/15 – do Sr. Major Olimpio Gomes – que “regulamenta o § 7º do art. 144, que versa so-
bre organização e funcionamento dos órgãos integrantes do sistema de segurança pública reconhecendo a
atividade como insalubre e de risco”.
RELATOR: Deputado CABO SABINO.

COMISSÃO DE INTEGRAÇÃO NACIONAL, DESENVOLVIMENTO REGIONAL E DA AMAZÔNIA

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)


DECURSO: 2ª SESSÃO
ÚLTIMA SESSÃO: 17-11-16

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 6.314/16 – do Sr. Cabuçu Borges – que “altera o Decreto-Lei nº 356, de 15 de agosto de 1968,
para incluir o Estado do Amapá entre as áreas às quais se estendem os favores fiscais concedidos pelo Decreto-
-Lei nº 288, de 28 de fevereiro de 1967”.
RELATORA: Deputada JOZI ARAÚJO.

COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)


DECURSO: 4ª SESSÃO
ÚLTIMA SESSÃO: 14-11-16

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 2.049/15 – do Sr. Marcos Abrão – que “institui o Selo Pró-Água, para certificação de eletro-
domésticos e aparelhos sanitários com uso eficiente de água”.
RELATOR: Deputado ZÉ SILVA.
PROJETO DE LEI Nº 4.060/15 – do Sr. Sarney Filho – que “dispõe sobre coleta, escoamento e aproveitamento
da água proveniente do processo de condensação de aparelhos de ar condicionado, e dá outras providências”.
RELATOR: Deputado LUIZ LAURO FILHO.
PROJETO DE LEI Nº 5.370/16 – do Sr. Toninho Pinheiro – que “dispõe sobre a zona de amortecimento das uni-
dades de conservação; altera a Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000”.
RELATOR: Deputado ROBERTO BALESTRA.
PROJETO DE LEI Nº 5.751/16 – do Senado Federal – Ricardo Ferraço – (PLS 773/2015) – que “altera a Lei nº 6.567,
de 24 de setembro de 1978, para incluir a exploração de rochas ornamentais e de revestimento e de carbona-
tos de cálcio e de magnésio no regime de licenciamento ou de autorização e concessão”.
RELATOR: Deputado JÚLIO DELGADO.
PROJETO DE LEI Nº 6.140/16 – do Sr. Augusto Carvalho – que “altera o art. 13 da Lei 8.666, de 30 de junho de
1993, de para incluir no rol de serviços técnicos especializados aqueles relativos à gestão ambiental, direito
ambiental e sustentabilidade”.
RELATOR: Deputado NILTO TATTO.
PROJETO DE LEI Nº 6.195/16 – do Sr. Luiz Couto – que “acrescenta dispositivo à Lei nº 7.805, de 18 de julho de
1989, que cria o regime de permissão de lavra garimpeira, para exigir a comprovação da idoneidade econô-
122  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

mico-financeira da cooperativa para arcar com os custos decorrentes da obrigação de recuperar ou reabilitar
áreas degradadas”.
RELATOR: Deputado RODRIGO MARTINS.
PROJETO DE LEI Nº 6.331/16 – do Sr. Rômulo Gouveia – que “estabelece a obrigação dos estabelecimentos ve-
terinários, quando constatarem indícios de maus tratos nos animais atendidos, comunicar imediatamente o
fato à Polícia Judiciária”.
RELATOR: Deputado RICARDO IZAR.
COMISSÃO DE MINAS E ENERGIA

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS A PARTIR DE SEGUNDA-FEIRA (DIA 14/11/2016)


Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 6.325/16 – do Sr. Pedro Uczai – que “acresce dispositivo à Lei nº 8.171, de 17 de janeiro de
1991, que dispõe sobre a Política Agrícola, para incluir o incentivo à aquisição de equipamentos para a produ-
ção de energias renováveis entre suas prioridades”.
RELATOR: Deputado CARLOS ZARATTINI.
COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DE DEFESA NACIONAL

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)


DECURSO: 2ª SESSÃO
ÚLTIMA SESSÃO: 17-11-16
Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO
PROJETO DE LEI Nº 3.511/15 – do Sr. Fausto Pinato – que “revoga o art. 204, do Decreto-Lei n° 1.001, de 21 de
outubro de 1969, que estabelece como crime “comerciar o oficial da ativa, ou tomar parte na administração
ou gerência de sociedade comercial, ou dela ser sócio ou participar, exceto como acionista ou cotista em so-
ciedade anônima, ou por cotas de responsabilidade limitada””.
RELATOR: Deputado MARCUS VICENTE.
COMISSÃO DE SEGURANÇA PÚBLICA E COMBATE AO CRIME ORGANIZADO

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)


DECURSO: 1ª SESSÃO
ÚLTIMA SESSÃO: 18-11-16
Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 2.021/15 – do Sr. Chico Alencar e outros – que “condiciona a realização de entrevistas ou
exibição de imagens de presos sob custódia do Estado no interior de delegacias ou estabelecimentos prisio-
nais à prévia autorização judicial”. (Apensado: PL 4634/2016)
RELATOR: Deputado RONALDO MARTINS.
PROJETO DE LEI Nº 5.654/16 – do Senado Federal – Maria do Carmo Alves – (PLS 75/2012) – que “altera os arts.
14 e 199 da Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984 (Lei de Execução Penal), para assegurar tratamento humani-
tário à mulher em trabalho de parto, bem como assistência integral à sua saúde e à do nascituro, promovida
pelo poder público, e para vedar a utilização de algemas em mulheres durante o trabalho de parto”.
RELATORA: Deputada LAURA CARNEIRO.
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  123 

PROJETO DE LEI Nº 6.340/16 – da Sra. Laura Carneiro – que “acrescenta dispositivo na Lei nº 7.210, de 11 de ju-
lho de 1984 (Lei de Execução Penal), para determinar a especificação de gênero no expediente que veicula a
execução penal e estatísticas que digam respeito a informações processuais”
RELATORA: Deputada KEIKO OTA.
DECURSO: 4ª SESSÃO
ÚLTIMA SESSÃO: 14-11-16
Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO
PROJETO DE LEI Nº 1.587/15 – do Sr. Major Olimpio – que “altera a Lei nº 10.671, de 15 de maio de 2003, que
dispõe sobre o Estatuto de Defesa do Torcedor, revogando dispositivos que dispõem sobre torcida organiza-
da, e dá outras providências”.
RELATOR: Deputado CARLOS HENRIQUE GAGUIM.
PROJETO DE LEI Nº 6.185/16 – do Sr. Valdir Colatto – que “ Altera a Lei nº 7.565, de 19 de dezembro de 1986, que
institui o Código Brasileiro de Aeronáutica, para dispor sobre o transporte de cães de corporações militares”.
RELATOR: Deputado DELEGADO WALDIR.
COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS A PARTIR DE SEGUNDA-FEIRA (DIA 14/11/2016)


Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO
PROJETO DE LEI Nº 6.664/13 – dos Srs. Carlos Sampaio e Eduardo Barbosa – que “altera a Lei nº 8.742, de 7 de
outubro de 1993, que dispõe sobre a organização da Assistência Social e dá outras providências para incor-
porar o Programa Bolsa Família”.
RELATOR: Deputado LOBBE NETO.
PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)
DECURSO: 1ª SESSÃO
ÚLTIMA SESSÃO: 18-11-16
Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO
PROJETO DE LEI Nº 74/15 – do Sr. Pompeo de Mattos – que “sobre a obrigatoriedade das casas noturnas distri-
buírem preservativos aos frequentadores e dá outras providências”
RELATORA: Deputada LAURA CARNEIRO.
DECURSO: 4ª SESSÃO
ÚLTIMA SESSÃO: 14-11-16
Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO
PROJETO DE LEI Nº 7.242/14 – do Sr. Alceu Moreira – que “dispõe sobre a definição do trabalho de Diarista e
dá outras providências”.
RELATOR: Deputado JONES MARTINS.
PROJETO DE LEI Nº 886/15 – do Sr. Mário Heringer – que “”Dispõe sobre a instalação de setor destinado a pres-
tação de serviços de odontologia nos Hospitais públicos e dá outras providências””. (Apensado: PL 4348/2016)
RELATOR: Deputado SERGIO VIDIGAL.
PROJETO DE LEI Nº 4.165/15 – do Sr. Marcelo Belinati – que “acrescenta a alínea “d”, no inciso I do art. 6º da Lei
nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, para determinar a realização de campanhas permanentes de incentivo à
prática de atividades físicas”. (Apensado: PL 4245/2015)
RELATOR: Deputado DR. JORGE SILVA.
124  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PÚBLICO

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS A PARTIR DE SEGUNDA-FEIRA (DIA 14/11/2016)

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 4.930/16 – do Sr. Lucio Vieira Lima – que “”Altera a Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, que
regulamenta o exercício da enfermagem, para nela incluir a obrigatoriedade da realização de exame de sufici-
ência para obtenção de registro profissional””.
RELATORA: Deputada GORETE PEREIRA.

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO
PROJETO DE LEI Nº 4.876/16 – do Sr. Marinaldo Rosendo – que “altera o art. 139 da Consolidação das Leis do
Trabalho para permitir a concessão de férias coletivas em até três períodos”.
RELATOR: Deputado ANDRÉ FIGUEIREDO.

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)


DECURSO: 1ª SESSÃO
ÚLTIMA SESSÃO: 18-11-16

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 3.804/12 – do Sr. Giovani Cherini – que “regulamenta a profissão de Naturólogo”.
RELATOR: Deputado LEONARDO MONTEIRO.
DECURSO: 4ª SESSÃO
ÚLTIMA SESSÃO: 14-11-16

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO
PROJETO DE LEI Nº 7.396/10 – do Sr. Luiz Carlos Hauly – que “fixa restrições para o exercício de cargos e direção
em pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos e dá outras providências”. (Apensados: PL 7633/2010,
PL 7705/2010 (Apensado: PL 1991/2011), PL 7689/2010 (Apensado: PL 434/2011), PL 562/2011, PL 1163/2011
(Apensados: PL 1571/2011 e PL 3495/2012 (Apensado: PL 3586/2012)) e PL 862/2015)
RELATOR: Deputado NELSON MARCHEZAN JUNIOR.

COMISSÃO DE VIAÇÃO E TRANSPORTES

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS A PARTIR DE SEGUNDA-FEIRA (DIA 14/11/2016)

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO
PROJETO DE LEI Nº 5.007/13 – do Senado Federal – Jorge Viana – (PLS 346/2012) – que “altera a Lei nº 9.503, de
23 de setembro de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro), para dispor sobre a implantação de faixa ou pista exclu-
siva para motocicletas em vias de grande circulação e fixar as velocidades máximas permitidas para esse tipo
de veículo”. (Apensado: PL 1517/2011 (Apensados: PL 2987/2011, PL 3043/2011, PL 3886/2012 e PL 5262/2013))
RELATOR: Deputado HUGO LEAL.

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)


DECURSO: 4ª SESSÃO
ÚLTIMA SESSÃO: 14-11-16
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  125 

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 2.089/15 – do Sr. Augusto Coutinho – que “estabelece a obrigatoriedade de mecanismo de
segurança em veículos de transporte público coletivo”.
RELATOR: Deputado REMÍDIO MONAI.
PROJETO DE LEI Nº 3.356/15 – do Sr. Daniel Vilela – que “altera a Lei nº 12.587, de 3 de janeiro de 2012, que
institui a Política Nacional de Mobilidade Urbana, para atribuir aos serviços de mototáxi as mesmas diretrizes
gerais previstas para os serviços de táxi” (Apensado: PL 5323/2016)
RELATOR: Deputado LEÔNIDAS CRISTINO.
PROJETO DE LEI Nº 4.109/15 – do Sr. Felipe Bornier – que “obrigatoriedade no fornecimento de cadeiras de rodas ou
carros motorizados pelos aeroportos e companhias aéreas no trânsito, embarque e desembarque nos aeroportos”.
RELATOR: Deputado JOSE STÉDILE.
PROJETO DE LEI Nº 6.252/16 – do Sr. Francisco Floriano – que “”Altera a Lei nº 9503, de 23 de setembro de 1997,
que institui o Código de Trânsito Brasileiro, para dispor sobre as penalidades aplicadas as infrações cometidas
pelos motoristas de motocicleta, motoneta e ciclomotor”
RELATOR: Deputado GONZAGA PATRIOTA.
Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO
PROJETO DE LEI Nº 5.446/16 – do Sr. Daniel Coelho – que “altera a Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que ins-
titui o Código de Trânsito Brasileiro, para dispor sobre transporte escolar e transporte remunerado não licenciado”.
RELATOR: Deputado JOÃO PAULO PAPA.
II – COMISSÕES TEMPORÁRIAS
COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO
Nº 233-A, DE 2016, DO SENADO FEDERAL, QUE “ALTERA O ART. 100 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL,
PARA DISPOR SOBRE O REGIME DE PAGAMENTO DE DÉBITOS PÚBLICOS DECORRENTES DE
CONDENAÇÕES JUDICIAIS; E ACRESCENTA DISPOSITIVOS AO ATO DAS DISPOSIÇÕES
CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS, PARA INSTITUIR REGIME ESPECIAL DE
PAGAMENTO PARA OS CASOS EM MORA”
AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (10 SESSÕES)


DECURSO: 9ª SESSÃO
ÚLTIMA SESSÃO: 14-11-16
Proposta de Emenda à Constituição (Art. 202, §3º)

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 233/16 – do Senado Federal – (PEC 159/2015) – que “altera o art.
100 da Constituição Federal, para dispor sobre o regime de pagamento de débitos públicos decorrentes de
condenações judiciais; e acrescenta dispositivos ao Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, para ins-
tituir regime especial de pagamento para os casos em mora”.
RELATOR: Deputado PAULO TEIXEIRA.
COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER AO PROJETO DE LEI Nº 7180, DE 2014, DO SR.
ERIVELTON SANTANA, QUE “ALTERA O ART. 3º DA LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996” (INCLUI
ENTRE OS PRINCÍPIOS DO ENSINO O RESPEITO ÀS CONVICÇÕES DO ALUNO, DE SEUS PAIS OU RESPON-
SÁVEIS, DANDO PRECEDÊNCIA AOS VALORES DE ORDEM FAMILIAR SOBRE A EDUCAÇÃO ESCOLAR
NOS ASPECTOS RELACIONADOS À EDUCAÇÃO MORAL, SEXUAL E RELIGIOSA), E APENSADOS
AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)


DECURSO: 4ª SESSÃO
ÚLTIMA SESSÃO: 14-11-16
126  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 7.180/14 – do Sr. Erivelton Santana – que “altera o art. 3º da Lei nº 9.394, de 20 de dezem-
bro de 1996”. (Apensados: PL 7181/2014, PL 867/2015 (Apensado: PL 6005/2016) e PL 1859/2015 (Apensado:
PL 5487/2016))
RELATOR: Deputado FLAVINHO.

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER AO PROJETO DE LEI Nº 8045, DE 2010,


DO SENADO FEDERAL, QUE TRATA DO “CÓDIGO DE PROCESSO PENAL” (REVOGA O DECRETO-LEI
Nº 3.689, DE 1941. ALTERA OS DECRETOS-LEI Nº 2.848, DE 1940; 1.002, DE 1969;
AS LEIS Nº 4.898, DE 1965, 7.210, DE 1984; 8.038, DE 1990; 9.099, DE 1995; 9.279, DE 1996;
9.609, DE 1998; 11.340, DE 2006; 11.343, DE 2006), E APENSADO

REUNIÃO
LOCAL: Complexo Judiciário Ministro Mário Guimarães, no Fórum da Barra Funda, em São Paulo.
HORÁRIO: 10h
A – Outro Evento:
ENCONTRO REGIONAL DA COMISSÃO ESPECIAL CÓDIGO DE PROCESSO PENAL, EM SÃO PAULO/SP
Data: 11 de novembro de 2016, sexta-feira
Local: Complexo Judiciário “Ministro Mário Guimarães” – Fórum Da Barra Funda
Av. Abraão Ribeiro, 313, Barra Funda, São Paulo/SP
Objetivo: debate do Projeto de Lei 8045/2010, que estabelece o Código de Processo Penal, e apensados, com
a finalidade de colher subsídios e sugestões para aprimorar o texto do Projeto.
Coordenação do evento: Deputada KEIKO OTA (PSB/SP), Relatora-Parcial do PL 8045/10
Programação:
10 ~10:30 horas – recepção dos deputados e autoridades: antessala do auditório 10 do Fórum da Barra Funda.
10:30 ~ 12 horas – diligências ao Ministério Público, Vara do Júri, o CRAVI, dependência da audiência de custó-
dia, a sala de vídeo conferência e demais expedientes do fórum a ser levantado.
12 ~13:40 horas – pausa para almoço
14 ~16 horas – Audiência Pública (plenário 10)
Convidados:
– Paulo Eduardo de Almeida Sorci, Diretor do Complexo Judiciário Ministro Mário Guimarães (confirmado);
– Édson Luís Baldan, Delegado de Polícia, representante da Polícia Civil do Estado de São Paulo (confirmado);
– Levy Emanuel Magno, Coordenador do CAO Criminal do Ministério Público do Estado de São Paulo (confir-
mado);
– Jaime de Oliveira, Presidente da Associação Paulista dos Magistrados (confirmado);
– Paulo Dimas de Bellis Mascaretti, Presidente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo;
– Nancy Cardia, Coordenadora do Núcleo de Estudo da Violência da Universidade de São Paulo;
– Ivan C. Marques, Diretor-Executivo do Instituto Sou da Paz;
– Gianpaolo Poggio Smanio, Procurador-Geral de Justiça do Estado de São Paulo;
– Marcos da Costa, Presidente da OAB/SP;
– Marilda Aparecida Pansonato Pinheiro, Presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São
Paulo;
– Cel. PM Ricardo Gambaroni, Comandante-Geral da Polícia Militar do Estado de São Paulo;
– Juiz Egberto Penido, Coordenador do Centro de Justiça Restaurativa da Escola Paulista de Magistratura.
Realização: Câmara dos Deputados – Comissão Especial – Código de Processo Penal
Confirmações: (61) 3216-6211 ou ce.processopenal@camara.leg.br
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  127 

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (20 SESSÕES)


DECURSO: 3ª SESSÃO
ÚLTIMA SESSÃO: 07-12-16
Projetos de Lei (Art. 205, §4º)

PROJETO DE LEI Nº 8.045/10 – do Senado Federal – José Sarney – (PLS 156/2009) – que trata do “Código
de Processo Penal”. (Apensados: PL 7987/2010, PL 4599/2016, PL 4254/1998 (Apensado: PL 5353/2001), PL
7239/2002, PL 4151/2004, PL 4714/2004 (Apensados: PL 5928/2009 (Apensados: PL 5933/2009 (Apensado:
PL 6054/2009), PL 6212/2009 (Apensado: PL 6943/2010) e PL 2726/2011), PL 3054/2011, PL 4460/2016 e PL
4838/2016), PL 4911/2005 (Apensados: PL 5843/2005, PL 7053/2006 e PL 2500/2011 (Apensado: PL 3887/2012)),
PL 5305/2005 (Apensados: PL 3357/2008, PL 6055/2009, PL 7034/2014 e PL 3914/2015 (Apensados: PL 4197/2015
e PL 4267/2016)), PL 5329/2005, PL 7006/2006, PL 58/2007, PL 1341/2007 (Apensados: PL 3027/2008 e PL
4939/2016), PL 1396/2007, PL 2064/2007, PL 2193/2007 (Apensado: PL 1211/2007 (Apensado: PL 5769/2016)),
PL 2327/2007, PL 3770/2008, PL 4662/2009 (Apensado: PL 5191/2009), PL 4784/2009 (Apensado: PL 998/2011
(Apensado: PL 5481/2013 (Apensado: PL 6072/2013))), PL 5314/2009 (Apensados: PL 2065/2011 e PL 2840/2011),
PL 5954/2009, PL 6081/2009, PL 6196/2009 (Apensados: PL 6207/2009 e PL 4649/2016), PL 7283/2010 (Apen-
sado: PL 348/2015), PL 7357/2010, PL 246/2011, PL 331/2011, PL 343/2011 (Apensado: PL 3699/2015), PL
1800/2011, PL 1843/2011, PL 1889/2011 (Apensados: PL 1904/2011 e PL 5523/2013), PL 1903/2011 (Apensa-
do: PL 4937/2016), PL 1910/2011, PL 3267/2012, PL 4151/2012, PL 4525/2012, PL 4606/2012, PL 5635/2013, PL
5776/2013 (Apensados: PL 5816/2013, PL 5789/2013, PL 5837/2013, PL 6057/2013, PL 7402/2014, PL 401/2015
(Apensado: PL 1811/2015), PL 783/2015, PL 2073/2015 (Apensado: PL 3698/2015) e PL 2075/2015 (Apensa-
do: PL 3204/2015)), PL 6673/2013, PL 7213/2014 (Apensado: PL 6131/2016), PL 7479/2014, PL 7611/2014, PL
7718/2014, PL 7863/2014, PL 7871/2014 (Apensado: PL 470/2015 (Apensados: PL 586/2015, PL 2074/2015, PL
2226/2015, PL 2680/2015, PL 2803/2015 e PL 4381/2016)), PL 8034/2014, PL 52/2015, PL 77/2015, PL 512/2015,
PL 611/2015, PL 997/2015, PL 1033/2015, PL 1484/2015, PL 1654/2015, PL 2379/2015 (Apensado: PL 2964/2015
(Apensado: PL 3621/2015)), PL 2441/2015, PL 2685/2015, PL 2733/2015, PL 2762/2015, PL 2809/2015 (Apensa-
dos: PL 3923/2015, PL 3996/2015 e PL 4261/2016), PL 2917/2015, PL 3059/2015, PL 3211/2015, PL 3228/2015, PL
3267/2015 (Apensado: PL 3271/2015), PL 3388/2015, PL 3425/2015, PL 3476/2015, PL 3477/2015, PL 3478/2015,
PL 3479/2015, PL 3480/2015, PL 3481/2015, PL 3526/2015, PL 3633/2015, PL 3634/2015, PL 3684/2015 (Apensado:
PL 5906/2016), PL 3752/2015, PL 3916/2015 (Apensados: PL 4002/2015 e PL 4265/2016), PL 3922/2015 (Apen-
sados: PL 3992/2015 e PL 4262/2016), PL 4158/2015, PL 4176/2015, PL 3700/1997 (Apensados: PL 6742/2002,
PL 5116/2001 e PL 2065/2007), PL 6562/2002, PL 7013/2006, PL 4756/2012, PL 6059/2013, PL 8040/2014, PL
3816/2008, PL 4774/2016 (Apensado: PL 5361/2016), PL 4900/2016, PL 4945/2016, PL 4946/2016, PL 5170/2016, PL
5303/2016 (Apensado: PL 5832/2016), PL 358/1999, PL 2887/2015 (Apensados: PL 3005/2015 e PL 5578/2016), PL
3976/2012 (Apensado: PL 3704/2015), PL 8001/2014, PL 6672/2013, PL 4120/2012, PL 5375/2016, PL 5348/2016,
PL 5463/2016, PL 5376/2016, PL 2902/2011, PL 5820/2016, PL 5945/2016, PL 5955/2016, PL 6130/2016, PL
6080/2016, PL 6119/2016, PL 6196/2016, PL 6197/2016, PL 6242/2016, PL 6243/2016 e PL 6404/2016)
RELATOR GERAL: Deputado JOÃO CAMPOS.
III – COORDENAÇÃO DE COMISSÕES PERMANENTES
ENCAMINHAMENTO DE MATÉRIA ÀS COMISSÕES
EM 10/11/2016:
Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural:
PROJETO DE LEI Nº 6.380/2016
Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática:
ATO DE CONCESSÃO E RENOVAÇÃO DE CONCESSÃO DE EMISSORA DE RÁDIO E TELEVISÃO Nº 26/2016
Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania:
PROJETO DE LEI Nº 6.087/2016
PROJETO DE LEI Nº 6.348/2016
PROJETO DE LEI Nº 6.355/2016
PROJETO DE LEI Nº 6.356/2016
PROJETO DE LEI Nº 6.361/2016
128  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

PROJETO DE LEI Nº 6.365/2016


PROJETO DE LEI Nº 6.381/2016
PROJETO DE LEI Nº 6.383/2016
PROJETO DE LEI Nº 6.406/2016
PROJETO DE LEI Nº 6.424/2016
PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 268/2016
PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 271/2016
Comissão de Cultura:
PROJETO DE LEI Nº 6.405/2016
Comissão de Defesa do Consumidor:
PROJETO DE LEI Nº 1.624/1996
PROJETO DE LEI Nº 2.568/1996
PROJETO DE LEI Nº 3.215/1997
PROJETO DE LEI Nº 1.563/2003
PROJETO DE LEI Nº 1.749/2003
PROJETO DE LEI Nº 1.222/2007
PROJETO DE LEI Nº 1.768/2007
PROJETO DE LEI Nº 2.095/2007
PROJETO DE LEI Nº 2.573/2007
PROJETO DE LEI Nº 2.998/2008
PROJETO DE LEI Nº 2.999/2008
Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher:
PROJETO DE LEI Nº 6.410/2016
Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços:
AVISO Nº 102/2016
PROJETO DE LEI Nº 6.347/2016
Comissão de Finanças e Tributação:
PROJETO DE LEI Nº 6.087/2016
PROJETO DE LEI Nº 6.353/2016
PROJETO DE LEI Nº 6.360/2016
PROJETO DE LEI Nº 6.362/2016
PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 318/2016
Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia:
PROJETO DE LEI Nº 6.391/2016
Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável:
PROJETO DE LEI Nº 6.346/2016
PROJETO DE LEI Nº 6.370/2016
Comissão de Seguridade Social e Família:
PROJETO DE LEI Nº 6.394/2016
PROJETO DE LEI Nº 6.395/2016
Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público:
PROJETO DE LEI Nº 6.354/2016
PROJETO DE LEI Nº 6.363/2016
PROJETO DE LEI Nº 6.364/2016
PROJETO DE LEI Nº 6.375/2016
PROJETO DE LEI Nº 6.416/2016
Comissão de Viação e Transportes:
PROJETO DE LEI Nº 6.349/2016
PROJETO DE LEI Nº 6.400/2016
Comissão do Esporte:
PROJETO DE LEI Nº 6.350/2016
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  129 

Comissão Especial destinada a proferir parecer ao Projeto de Lei nº 7197, de 2002, do Senado Federal,
que “acrescenta §§ aos arts. 104 e 105 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, que dispõe sobre o Esta-
tuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências, para permitir a aplicação de medidas sócio-
-educativas aos infratores que atingirem a maioridade penal”, e apensados:
PROJETO DE LEI Nº 2.517/2015
Comissão Especial destinada a proferir parecer ao Projeto de Lei nº 8045, de 2010, do Senado Federal,
que trata do “Código de Processo Penal” (revoga o decreto-lei nº 3.689, de 1941. Altera os Decretos-lei
nº 2.848, de 1940; 1.002, de 1969; as Leis nº 4.898, de 1965, 7.210, de 1984; 8.038, de 1990; 9.099, de
1995; 9.279, de 1996; 9.609, de 1998; 11.340, de 2006; 11.343, de 2006), e apensado:
PROJETO DE LEI Nº 6.404/2016

(Encerra-se a sessão às 17 horas e 16 minutos.)

PROPOSIÇÕES APRESENTADAS

PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR


Nº 325/2016 – do Sr. Júlio Cesar – Altera a Lei Complementar nº 87, de 1996, que dispõe sobre o imposto
dos Estados e do Distrito Federal sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de
serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, e dá outras providências; e a Lei Com-
plementar nº 123, de 2006, que institui o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte.

PROJETO DE LEI
Nº 6467/2016 – do Sr. Alexandre Leite – Acrescenta dispositivo à Lei nº 10.048, de 8 de novembro de 2000,
que dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica, e dá outras providências.
Nº 6468/2016 – do Sr. Alexandre Leite – Dispõe sobre a importação de veículos automotores usados.
Nº 6469/2016 – do Sr. Alexandre Leite – Altera o Código de Trânsito Brasileiro para incluir o tratamen-
to de vítimas de acidentes de transito nas hipóteses de destinação da receita arrecadada com a cobrança de
multas de trânsito.
Nº 6470/2016 – do Sr. Luiz Carlos Hauly – Dispõe sobre a atualização monetária dos bens imóveis decla-
rados no Imposto de Renda da Pessoa Física e da Pessoa Jurídica e dá outras providências
Nº 6471/2016 – do Sr. Francisco Floriano – “Altera a Lei 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, que dispõe so-
bre o regime de concessão e permissão da prestação de serviços públicos previsto no art. 175 da Constituição
Federal, e dá outras providências, para incluir entre os encargos das concessionárias de serviço público a re-
serva em seu quadro funcional de cotas para pessoas egressas do sistema prisional”.
Nº 6472/2016 – do Sr. Francisco Floriano – “Altera a Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984, que institui a Lei
de Execução Penal, para ampliar as hipóteses de uso da tornozeleira eletrônica”.
Nº 6473/2016 – do Sr. Francisco Floriano – “Altera a Lei nº 12.711, de 29 de agosto de 2012, que dispõe
sobre o ingresso nas universidades federais e nas instituições federais de ensino técnico de nível médio e dá
outras providências, para possibilitar a comprovação da autodeclaração por meio de documentos originais e/
ou entrevista pessoal”.
Nº 6474/2016 – do Sr. Francisco Floriano – “Altera a Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006, que institui
o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas – Sisnad; prescreve medidas para prevenção do uso in-
devido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas; estabelece normas para repressão à
produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas; define crimes e dá outras providências, para possibilitar
a utilização dos recursos do Fundo Nacional Antidrogas (FUNAD), na construção de novos presídios e na dis-
ponibilização de estrutura necessária para o combate ao tráfico de drogas no interior dos presídios”.
Nº 6475/2016 – do Sr. Francisco Floriano – “Altera a Lei nº 12.305, de 02 de agosto de 2010, que institui a
Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências,
para instituir Regime Especial de desoneração fiscal para empresas especializadas em reciclagem”.
Nº 6476/2016 – do Sr. Francisco Floriano – “Dispõe sobre a suspensão e cassação da inscrição no Cadas-
tro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ/MF, de qualquer empresa que faça uso direto ou indireto de condições
degradantes de trabalho em seu processo produtivo”.
Nº 6477/2016 – do Sr. Francisco Floriano – “Altera a Lei 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, que dispõe so-
bre o regime de concessão e permissão da prestação de serviços públicos previsto no art. 175 da Constituição
130  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

Federal, e dá outras providências, para incluir entre os encargos das concessionárias de serviço público a re-
serva em seu quadro funcional de cotas para pessoas egressas do sistema prisional”.
Nº 6478/2016 – do Sr. Francisco Floriano – “Altera a Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984, que institui a
Lei de Execução Penal, para incluir a remição de parte do tempo de execução da pena pela leitura de livros”.
INDICAÇÃO
Nº 2827/2016 – do Sr. Alexandre Leite – Solicita ao Excelentíssimo Senhor Ministro da Saúde, a destina-
ção de recursos financeiros para custeio da Atenção Básica e Média Complexidade Ambulatorial e Hospitalar
do Município de Santa Cruz do Rio Pardo, localizado no Estado de São Paulo.
Nº 2828/2016 – da Srª. Marinha Raupp – Sugere ao Ministro da Justiça e da Cidadania a instalação de
postos da Polícia Rodoviária Federal nas BR’’s 429 e 425, no Estado de Rondônia.
Nº 2829/2016 – do Sr. Eduardo Barbosa – Sugere modificações no Decreto nº 3.691, de 2000, que regula-
mentou a Lei nº 8.899, de 1994, que dispõe sobre o transporte de pessoas portadoras de deficiência no sistema
de transporte coletivo interestadual.
RECLAMAÇÃO
Nº 16/2016 – do Sr. Paulão – Suscita providências para impedir abusos na condução de trabalhos da CPI
FUNAI INCRA II.
REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO
Nº 2377/2016 – da Srª. Erika Kokay – Requerimento de Informações ao Ministério do Trabalho acerca dos
impactos na geração de novas vagas de trabalho formal no Brasil em razão da anunciada Reforma da Previdência.
Nº 2378/2016 – da Srª. Erika Kokay – Requerimento de Informações ao Ministério da Fazenda e ao Mi-
nistério do Desenvolvimento Social e Agrário sobre as perícias médicas realizadas em decorrência da edição
da Medida Provisória 739/2016.
Nº 2379/2016 – do Sr. Jorge Solla – Solicita informações ao Senhor Ministro da Fazenda, sobre a decisão
da Receita Federal de suspender a isenção tributária do Instituto Lula do período de 2011 a 2014 por “desvios
de finalidade” e cobrar imposto de renda e contribuições sociais, além de multa milionária.
REQUERIMENTO
Nº 5516/2016 – do Sr. Thiago Peixoto – Requer a retirada de tramitação da proposição – projeto de lei
nº 8174, de 2014.
Nº 5517/2016 – do Sr. Herculano Passos – Requer a constituição de Comissão Especial para Criar o Marco
Regulatório da Economia Colaborativa.
Nº 5518/2016 – do Sr. Vitor Lippi – Requer a criação da Frente Parlamentar Mista em “Apoio às Cidades
Inteligentes e Humanas.
Nº 5519/2016 – da Srª. Christiane de Souza Yared – Requer a inclusão do Projeto de Lei nº 3016.2004, na
Ordem do Dia do Plenário.
Nº 5520/2016 – da Srª. Christiane de Souza Yared – Requer a desapensação do Projeto de Lei nº 6096.2016
do Projeto de Lei nº 149.1999, na Ordem do Dia do Plenário.
Nº 5521/2016 – da Srª. Erika Kokay – Requer a realização de sessão solene no dia 22 de novembro, no
Plenário desta Casa, em homenagem ao Dia Nacional da Consciência Negra.
Nº 5522/2016 – da Srª. Erika Kokay – Requer a realização de sessão solene no dia 08 de dezembro, no
Plenário desta Casa, em homenagem ao Dia Internacional dos Direitos Humanos.
Nº 5523/2016 – do Sr. Ronaldo Lessa – Requer o registro da Frente Parlamentar da Engenharia, Infraes-
trutura e Desenvolvimento Nacional perante a Mesa da Câmara dos Deputados.
Nº 5524/2016 – do Sr. João Derly – Requer Moção de Congratulação a atleta Verônica Hipólito pela con-
quista das medalhas de prata e Bronze nos Jogos Paralímpicos Rio 2016, na cidade do Rio de Janeiro
Nº 5525/2016 – do Sr. João Derly – Requer Moção de Congratulação ao atleta Yohansson Nascimento
pela conquista da medalha de Prata e Bronze nos Jogos Paralímpicos Rio 2016, na cidade do Rio de Janeiro.
Nº 5526/2016 – do Sr. João Derly – Requer Moção de Congratulação ao atleta Petrúcio Ferreira pela con-
quista das medalhas de Prata nos Jogos Paralímpicos Rio 2016, na cidade do Rio de Janeiro.
Nº 5527/2016 – do Sr. João Derly – Requer Moção de Congratulação ao atleta Phelipe Rodrigues pela
conquista das medalhas de Prata e Bronze, nos Jogos Paralímpicos Rio 2016, na cidade do Rio de Janeiro.
Nº 5528/2016 – do Sr. João Derly – Requer Moção de Congratulação à atleta Shirlene Coelho pela con-
quista da medalha de Ouro e Prata nos Jogos Paralímpicos Rio 2016, na cidade do Rio de Janeiro.
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  131 

Nº 5529/2016 – do Sr. Izalci Lucas – Requer, nos termos do art. 68 do Regimento Interno da Câmara dos
Deputados, a realização de Sessão Solene da Câmara dos Deputados para homenagear o Serviço Federal de
Processamento de Dados – SERPRO que no dia 01 de dezembro completa 52 anos de serviços prestados a Ad-
ministração Pública Federal.
Nº 5530/2016 – do Sr. Luiz Carlos Hauly – Voto de louvor em homenagem à celebração do 60º aniversário
do Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural – EMATER.
Nº 5531/2016 – do Sr. Fábio Mitidieri – Requer informações acerca da constituição da Comissão Especial
para análise do PL 7187/2014, conforme determinação de 11 de março de 2014.
Nº 5532/2016 – do Sr. Aelton Freitas – Requer a redistribuição do PL 466 de 2015 para análise de mérito
na Comissão de Finanças e Tributação – CFT.
Nº 5533/2016 – do Sr. Evair Vieira de Melo – Requer a redistribuição do Projeto de Lei nº 4.142, de 2015,
para a Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços.
Nº 5534/2016 – do Sr. Evair Vieira de Melo – Requer a redistribuição do Projeto de Lei nº 3.496, de 2015,
para a Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços.

PROPOSIÇÕES DESPACHADAS
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PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 311, DE 2016


(Do Sr. Vitor Valim)

Dispõe sobre a obrigatoriedade de candidatos diplomados a qualquer cargo eletivo apresen-


tarem exame toxicológicos
DESPACHO: DEFIRO A RETIRADA DO PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR N. 311/2016, NOS TERMOS
DO ARTIGO 104, C/C O ARTIGO 114, VII, AMBOS DO REGIMENTO INTERNO DA CÂMARA DOS DEPU-
TADOS. PUBLIQUE-SE.
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º. Esta Lei institui a obrigatoriedade de candidatos diplomados a Chefe do Poder Executivo da União,
Estados e Municípios, Deputados Federais, Estaduais e Distritais, Senadores e Vereadores apresentarem no ato
da posse laudo clínico toxicológico emitido por instituição credenciada pelo Poder Público.
§ 1º serão exigidos exames toxicológicos, previamente à posse do candidato eleito, assegurando o direi-
to a contraprova em caso de resultado positivo e a confidencialidade dos resultados dos respectivos exames.
§2º Será indeferido a posse do candidato eleito cujo laudo clínico toxicológico detectar substâncias psi-
cotrópicas ou entorpecentes proibidas pela legislação.
§3º Sendo positivo o resultado, o candidato eleito será encaminhado para tratamento até sua total re-
cuperação, não podendo, nesse período, exercer o mandato.
§4º O tratamento do candidato eleito será provido pelo poder público, diretamente ou mediante con-
vênio ou contrato com instituição idônea.
§ 5º No caso do § 2º, deste artigo, tomará posse, pelo período destinado a recuperação do titular, os se-
guintes candidatos:
I – no Poder Executivo, o Vice eleito na chapa conjunta vencedora;
II – no Poder Legislativo, o candidato diplomado suplente.
Art. 2º O Poder Executivo regulamentará está lei no prazo de 180 (cento e oitenta) dias.
Art. 3º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

JUSTIFICAÇÃO
O presente projeto tem por objetivo tornar obrigatório a apresentação de exame toxicológico para posse
a cargo eletivo de Deputados e Senadores. Frequentemente, os meios de comunicação divulgam estatísticas
e histórias alarmantes sobre o consumo de drogas e da dependência química nos diversos setores da socie-
dade brasileira. A questão, em âmbito nacional e mundial, tornou-se um dos desafios mais complexos para os
governos e objeto prioritário de políticas públicas.
A análise toxicológica para verificação do consumo de drogas vem sendo utilizada no meio profissional,
no esporte, no auxílio e acompanhamento da recuperação de usuários em clínicas de tratamento e em pesqui-
sas. O exame toxicológico tem por objetivo detectar a ingestão ou exposição às substancias tóxicas, drogas e
outras substâncias tóxicas e outras substâncias intoxicantes. Além disso, os exames são capazes de detectar o
consumo de drogas por longos períodos.
O exame toxicológico é obrigatório par emissão de CNHs C (transporte de cargas), D (transporte superior
a 8 passageiros) ou E (veículos com unidades acopladas, reboque, semirreboque, trailer) e para contratação e
desligamento de motoristas profissionais regidos pela CLT.
Além disso, há alguns concursos públicos que exigem apresentação de exame toxicológicos como por
exemplo: Oficial e Agente para a Agência Brasileira de Inteligência – ABIN, Policia Rodoviária Federal, Policia
Militar do Rio de Janeiro e do Ceará, Agente e Delegado da Polícia Federal entre outras categorias.
É de amplo conhecimento que as drogas de uso proibido no Brasil, além de provocar efeitos nocivos e
devastadores nos usuários que são delas dependentes, constituem-se peças fundamentais de sustentação de
redes criminosas que alavancam a violência no País.
Com efeito, o usuário de drogas perde progressivamente a capacidade de concentração e de discerni-
mento, além de estar sujeito ao desenvolvimento de paranoias, compulsões, confusão de pensamentos, aluci-
nações, dentre outras alterações físicas e psicológicas, as quais comprometeriam gravemente o bom exercício
do mandato e do trato da coisa pública.
Ademais, é altamente deletério o envolvimento, ainda que de forma indireta, de representantes popula-
res com o tráfico de drogas, um dos crimes organizados que mais contribuem para o aumento exponencial da
violência e da insegurança no Brasil, em cujo combate o Poder Público tem se empenhado de forma obstinada.
148  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

É fundamental, portanto, que os postulantes a mandato eletivo sejam isentos de qualquer contato com
drogas, de forma a preservar tanto sua capacidade física e psíquica para o bom desempenho da função pú-
blica que lhes for confiada pelo eleitor, quanto para romper qualquer elo imoral entre o tráfico de drogas e o
Poder Público.
A título de exemplo, um deputado ou senador possuem como principal função a apresentação, discussão
e aprovação de leis pelo Congresso Nacional vai para manifestação do Chefe do Poder Executivo, desempe-
nhando, assim, importante função na sociedade brasileira, que deve ser desempenhada por uma pessoa que
esteja livre das dependências de drogas.
Neste projeto de lei pretende-se acrescentar medidas que impeçam o candidato a cargo eletivo, eleito, a
tomar posse, e caso seja comprovado o seu envolvimento com o consumo de drogas ilícitas e outras substân-
cias intoxicantes, ajudar o eleito no processo liberação das drogas, para que ele possa depois de passar pelo
processo de recuperação desempenhar eficientemente a sua função pública.
No caso do Poder Executivo, nas três esferas, sendo o resultado positivo, tomará posse o Vice eleito na
chapa conjunta, pelo período destinado a recuperação do titular. No Poder Legislativo tomarão posse o can-
didato diplomado Suplente.
Pelas motivações citadas, propomos este Projeto de Lei, razão pela qual contamos com o apoio dos no-
bres pares em favor desta iniciativa.
Sala das Sessões, em 12 de setembro de 2016. – Deputado VITOR VALIM
PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 318, DE 2016
(Da Sra. Soraya Santos)

Dispõe sobre os efeitos tributários do contrato de advogado associado.


DESPACHO: ÀS COMISSÕES DE FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO (MÉRITO E ART. 54, RICD) E CONSTITUIÇÃO
E JUSTIÇA E DE CIDADANIA (MÉRITO E ART. 54, RICD)
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º A sociedade de advogados regularmente constituída nos termos da Lei nº 8.906, de 4 de julho de
1994, poderá associar-se com advogados, sem vínculo de emprego, para participação nos resultados.
Art. 2º O advogado associado poderá participar de uma ou mais sociedades de advogados, mantendo
sua autonomia profissional, sem subordinação ou controle de jornada e sem qualquer outro vínculo.
Art. 3º Compete à sociedade de advogados dispor e manter as prestações imprescindíveis ao exercício
da advocacia, entre outras, a estrutura física, o material permanente e o de consumo, os serviços de limpeza,
os serviços administrativos e os serviços contábeis.
Art. 4º O contrato de associação deve conter as seguintes cláusulas:
I – qualificação das partes, com referência expressa à inscrição no Conselho Seccional da Ordem dos Ad-
vogados do Brasil competente, bem como os respectivos domicílios ou sedes;
II – condições materiais prestadas pela sociedade de advogados;
III – serviços a serem prestados pelo advogado associado;
IV – forma de repartição dos riscos e das receitas entre as partes, vedada a atribuição da totalidade dos
riscos ou receitas exclusivamente a uma delas;
V – prazo de duração do contrato, inferior a dois anos, prorrogável pelo mesmo período indefinidamente;
VI – justa causa para a rescisão antecipada do contrato de associação;
VII – multa pela rescisão antecipada imotivada;
VIII – multa pelo descumprimento das demais cláusulas do contrato.
Art. 5º A receita ou faturamento da sociedade de advogados e do advogado associado são objeto de
incidência de tributos em separado, não se confundindo para qualquer fim.
Parágrafo único. O disposto neste artigo se aplica ao Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ), Imposto
de Renda da Pessoa Física (IRPF), Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), Contribuição para os Pro-
gramas de Integração Social (PIS) e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep), Contribuição para
o Financiamento da Seguridade Social (COFINS), contribuição previdenciária sobre a receita bruta e Imposto
sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS).
Art. 6º As partes devem manter escrituração contábil separada e autônoma.
§ 1º A sociedade de advogados é responsável pela retenção na fonte dos tributos devidos pelo advoga-
do associado em decorrência das atividades objeto do contrato de parceria.
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  149 

§ 2º A sociedade de advogados e o advogado associado são solidariamente responsáveis em caso de


inobservância do § 1º.
Art. 7º Esta Lei Complementar entra em vigor noventa dias após a sua publicação.
JUSTIFICAÇÃO
A associação de advogados a escritórios de advocacia já é uma realidade econômica no Brasil, com base
no art. 39 do Regulamento Geral da OAB.
A existência da figura do associado distinto do sócio e do empregado aumenta as chances de inserção
no mercado dos profissionais da advocacia, em especial os recém egressos da universidade. Trata-se de arranjo
contratual benéfico à profissão, portanto.
Ocorre que o contrato de associação é regido apenas por regulamentos da OAB, como o sobredito art.
39 do RGOAB e o Provimento nº 169, de 2015, do Conselho Federal da Ordem. Isso dificulta uma identificação
segura e clara do regime tributário ao qual deve ser submetido o advogado associado.
Por essa razão, propomos a regulamentação da questão mediante a incidência em separado dos tribu-
tos sobre a receita atribuível à sociedade e ao advogado, tornando a relação mais segura e transparente em
relação a ambos.
Fortes nessas considerações, esperamos a aprovação do projeto pelos eminentes Pares.
Sala das Sessões, em 11 de outubro de 2016. – Deputada SORAYA SANTOS
PROJETO DE LEI Nº 6.346, DE 2016
(Da Sra. Mariana Carvalho)

Dispõe sobre a utilização de materiais plásticos e de isopor em bandejas, copos, pratos, talhe-
res e outros utensílios descartáveis para o acondicionamento de alimentos.
DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PL-4916/2009.
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário
O CONGRESSO Nacional decreta:
Art. 1º Esta Lei institui a obrigatoriedade da utilização de materiais biodegradáveis na composição de
bandejas, copos, pratos, talheres e outros utensílios descartáveis de plástico e de isopor destinados ao contato
direto com alimentos.
Art.2º Fica estabelecido que em até quatro anos da publicação desta Lei a composição de bandejas, copos,
pratos, talheres e outros utensílios descartáveis de plástico e de espuma de poliestireno (isopor) destinados ao
contato direto com alimentos deverá conter, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) de material biodegradável.
Art. 3º O descumprimento do disposto na presente Lei sujeitará o infrator às sanções administrativas
contidas no art. 56 da Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990.
Art. 4º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação oficial.
JUSTIFICAÇÃO
Desde o século passado, o plástico, nas suas diversas formas, vem barateando processos industriais e,
devido a sua imensa versatilidade, está presente em todos os setores econômicos da sociedade moderna. Fo-
ram grandes as vantagens obtidas a partir da sua invenção e sua disseminação revolucionou todas as áreas
produtivas, como o setor de eletroeletrônicos, de produtos de saúde, de calçados, de brinquedos, o setor au-
tomobilístico e a aviação. Suas características e baixo custo permitem sua utilização em produtos de tecnolo-
gia sofisticada, bem como em bens simples, como aqueles destinados à utilização doméstica, possibilitando o
acesso das populações mais pobres a diversos produtos.
Embora nem sempre reconhecidos, existem também benefícios ambientais na utilização dos plásticos.
O material substitui com vantagens muitas matérias primas de origem animal, como o couro, a lã e o marfim.
Seus processos produtivos demandam relativamente pouca energia e são pouco poluentes, em contraste com
os da indústria de latas, vidros e cerâmicas, que são grandes consumidoras de energia, e da indústria de papel,
que gera resíduos poluentes. No setor automobilístico, por exemplo, a substituição de materiais metálicos pe-
sados nos veículos os tornaram mais leves com consequente diminuição do consumo de combustíveis.
Indiscutivelmente, sua utilização trouxe mais conforto e praticidade para diversos setores econômicos
e situações da vida moderna. O problema que o plástico representa para o meio ambiente vem do grande vo-
lume do material que é descartado de forma inapropriada em lixos e aterros sanitários e do fato de ele não se
degradar facilmente, persistindo por décadas na natureza. O que é vantagem durante vida útil dos materiais
150  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

plásticos se transforma em um grande problema na hora de seu descarte. Para a diminuição da quantidade
desses resíduos de lenta degradação, o ideal seria a adoção por parte da sociedade de padrões de produção e
consumo mais responsáveis e sustentáveis. Além de se estimular a redução do consumo desnecessário, deve-
-se providenciar a reutilização ou a reciclagem desses materiais.
Outra medida que pode ser adotada para amenizar o impacto dos plásticos nos depósitos de lixo e ater-
ros sanitários seria a utilização de materiais plásticos biodegradáveis que se decompõem mais rápido que o
comum, contribuindo para a solução dos problemas ambientais causados pelos plásticos convencionais.
A grande quantidade de plástico presente nos depósitos de lixo tem origem principalmente nas embala-
gens ou materiais descartáveis. Alguns desses materiais, como luvas e seringas, entre outros utilizados na área
médica, são imprescindíveis para a segurança da saúde da população. Outros, entretanto, como os utensílios
do setor de alimentação, a exemplo dos pratos, talheres, bandejas e copos de plástico ou isopor, podem ter
seu uso limitado e desestimulado.
Os recipientes descartáveis de plástico e isopor destinados à área de alimentação estão presentes de
forma ostensiva no dia a dia de toda a sociedade urbana. Pratos, copos e talheres de plástico são práticos por
serem seguros, higiênicos, leves, duráveis e economizar o tempo de quem o utiliza. Tornam-se, no entanto,
um imenso problema ao aumentar o volume de resíduos sólidos e não se degradarem com rapidez, gerando
grave impacto no meio ambiente.
Por esse motivo, alguns países têm aderido a medidas restritivas à utilização de plástico e isopor em pro-
dutos destinados ao consumo e descarte. Algumas cidades norte americanas, como Nova Iorque, já adotaram
normas para restringir a utilização de isopor em copos e bandejas para acondicionar alimentos. Recentemente,
a legislação francesa proibiu a utilização de sacolas plásticas e determinou que, até 2020, copos, taças, pratos,
talheres e outros utensílios descartáveis de plástico deverão apresentar em sua constituição 50% de materiais
de origem vegetal e serem biodegradáveis. Em 2025, cinco anos depois, a proporção do material biodegradá-
vel deverá ser de 60%.
Entendemos que o Brasil pode tomar iniciativa semelhante. Dessa forma, propomos neste projeto a obri-
gatoriedade de se utilizar materiais biodegradáveis em bandejas, copos, pratos, talheres e outros utensílios
descartáveis, hoje produzidos e comercializados em plástico comum ou isopor. O prazo estipulado para que
os fabricantes e os estabelecimentos comerciais possam se adequar às novas normas é de quatro anos a partir
da data de aprovação deste texto. Acreditamos ser um período razoável para que os processos de produção
do plástico biodegradável sejam aos poucos introduzidos.
A aprovação desta proposição é importante e urgente para a sustentabilidade do nosso ambiente e das
nossas cidades.
Assim, submetemos à apreciação dos nobre Pares o presente projeto de lei.
Sala das Sessões, em 19 de outubro de 2016. – Deputada MARIANA CARVALHO

PROJETO DE LEI Nº 6.349, DE 2016


(Do Sr. Davi Alves Silva Júnior)

Altera a redação do arts. 68, e acrescenta art. 68-A, à Lei nº 9.503 de 23 de setembro de 1997,
Código de Trânsito Brasileiro, e dá outras providências para a melhoria da acessibilidade e
segurança dos pedestres.
DESPACHO: ÀS COMISSÕES DE VIAÇÃO E TRANSPORTES; DESENVOLVIMENTO URBANO E CONSTI-
TUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA (ART. 54 RICD)
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º O art. 68, da Lei nº Lei nº 9.503 de 23 de setembro de 1997, Código de Trânsito Brasileiro, passa a
vigorar com a seguinte redação:
“Art. 68. É assegurada ao pedestre a utilização dos passeios ou passagens apropriadas das vias urbanas
e dos acostamentos das vias rurais para circulação, podendo a autoridade competente permitir a utili-
zação de parte da calçada para outros fins, desde que não seja prejudicial ao fluxo de pedestres.
...............................................................................................................................................................................................”.
§7º É dever do poder público nas vias públicas, do condomínio ou proprietário nas vias privadas,
e direito do pedestre:
I – a manutenção das calçadas e passeios adequados à circulação livre e segura.
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  151 

II – a realização imediata dos reparos para manutenção dos calçamentos, com a remoção de
desníveis, obstáculos, degraus e reentrâncias capazes de provocar acidentes ou quedas e causar
lesões corporais e danos.
III – As calçadas e espaços destinados à circulação de pedestres, numa mesma via, deverão ser
niveladas num mesmo padrão, com a devida sinalização de obstáculos na forma estabelecida
pelo CONTRAN.
IV – As pessoas autorizadas à colocação de obstáculos nas calçadas, como postes, placas, bueiros
ou tampões são responsáveis por providenciar junto ao órgão de trânsito sua devida adequação
e sinalização.
V – Os obstáculos que impedem a circulação temporária de pedestres nas calçadas deverão ser
sinalizados com o prazo previsto para sua remoção, na forma autorizada pelo Poder Público.
VI – Deverão ser prontamente removidos, às expensas de quem os colocou, os obstáculos sem pre-
visão ou autorização, independentemente de outras sanções de carater administrativo ou penal.
VII – As calçadas e vias de trânsito de pedestres deverão atender às especificações estabelecidas
pelo CONTRAN em resolução que leve em consideração as normas técnicas da ABNT para garan-
tia das condições mínimas de trânsito e acessibilidade.
Art. 2º A da Lei nº Lei nº 9.503 de 23 de setembro de 1997, Código de Trânsito Brasileiro, passa a vigorar
acrescida do art. 68-A, com a seguinte redação:
“Art. 68-A. Constitui infração gravíssima, punida com a multa de trânsito correspondente:
I – Deixar de proceder à manutenção ou aos reparos devidos nas calçadas.
II – Proceder à colocação ou manutenção de mercadorias, obstáculos, veículos ou quaquer outro
objeto capaz de impedir ou dificultar a passagem de pedestres sobre as calçadas.
§1º. A penalidade será aplicada às pessoas naturais ou jurídicas responsáveis pela infração.
§2º. Não se aplica a penalidade à obstrução temporária, parcial ou total, devidamente autorizada
e sinalizada, para a realização de serviços como a construção, manutenção predial, fornecimento
de água e esgoto, energia, gás, comunicações e sinalização de trânsito.
Art. 3º Os recursos financeiros auferidos com as multas decorrentes de infrações ao art. 68-A deverão ser
empregados na construção, conservação e melhoria das calçadas, conforme regulamentação desta lei, para
melhor acessibilidade.
Art. 4º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
JUSTIFICAÇÃO
A presente proposição tem por objetivo a diminuição dos acidentes nas calçadas, causados por desníveis,
degraus, inclinações e obstáculos ilícitos e obstáculos lícitos sem sinalização, que causam quedas, cortes e outros
acidentes, inclusive atropelamentos, por obrigarem os pedestres a buscarem o leito carroçável para sua locomoção.
Dentre as vítimas desses acidentes, os mais suscetíveis são os idosos e os portadores de deficiências fí-
sicas e visuais, que têm sua locomoção ainda mais restrita nos espaços urbanos.
Doenças
Cabe observar-se, prima facie, que esses acidentes atingem, na grande maioria, o aparelho locomotor
das pessoas, sendo uma das causas importantes de incapacitação para o trabalho, derivando em licenças mé-
dicas e tratamentos prolongados.
Causam prejuízos às empresas e ao setor público, por retirarem temporariamente do mercado de traba-
lho grande quantidade de pessoas economicamente produtivas, sem propiciarem sua substituição.
Sobrecarregam os sistemas de saúde, com tratamentos demorados, especialmente nos pronto socor-
ros e clínicas de trauma. Por causarem, não raro, lesões de baixa letalidade e alta incapacitação, prejudicam o
atendimento de casos mais graves, com a sobrecarga dos sistemas.
Não raro, essas consequências que são responsáveis por concessões de auxílio-doença pela previdência,
causam aposentadorias precoces, sobrecarregando ainda mais a previdência e a assistência sociais.
Competência
A discussão sobre a responsabilidade e o dever de iniciativa da construção, manutenção e recuperação
de calçadas, no Brasil, é secular, esbarrando quase sempre em impasses que vão da competência legislativa à
obrigação de realização.
152  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

Entendemos que o CTB solucionou as discussões a respeito ao definir o que se considera como trânsito
e vias terrestres de trânsito: o §1º, do Art. 1º, do CTB:
“§ 1º Considera-se trânsito a utilização das vias por pessoas, veículos e animais, isolados ou em grupos,
conduzidos ou não, para fins de circulação, parada, estacionamento e operação de carga ou descarga.”
No Art. 2º e seu Parágrafo Único do, o CTB define o que são vias terrestres:
“Art. 2º São vias terrestres urbanas e rurais as ruas, as avenidas, os logradouros, os caminhos, as passa-
gens, as estradas e as rodovias, que terão seu uso regulamentado pelo órgão ou entidade com circuns-
crição sobre elas, de acordo com as peculiaridades locais e as circunstâncias especiais.
Parágrafo único. Para os efeitos deste Código, são consideradas vias terrestres as praias abertas à circu-
lação pública, as vias internas pertencentes aos condomínios constituídos por unidades autônomas e as
vias e áreas de estacionamento de estabelecimentos privados de uso coletivo.”
As passagens calçadas, ou não, ao longo das vias, portanto, as integram, no conceito de vias terrestres
onde transitam pessoas. Assim, a competência legislativa sobre elas é originalmente federal e subsidiariamente
de ordem estadual e municipal, de forma derivada.
A responsabilidade pela construção e conservação das calçadas que margeiam as vias públicas e as in-
tegram, portanto, é do Poder Público através dos órgãos com circunscrição sobre as vias.
Desta forma, não há dúvida que compete ao DNIT cumprir esta lei à margem das vias federais, nos pe-
rímetros urbanos, aos DERs dos estados e do Distrito Federal nas vias estaduais e aos departamentos compe-
tentes do Distrito Federal e dos municípios, nas vias públicas locais.
Na mesma diapasão do CTB, comete-se aos proprietários dos condomínios e propriedades privadas o
dever de construção e conservação das calçadas à margem das vias terrestres privadas.
O inciso I, do novo §7º, do Art. 68, introduzido pela presente proposição, portanto, não deixa margem
de dúvida quanto ao dever de construção, conservação e recuperação das calçadas e à responsabilidade pe-
los danos decorrentes de sua falta.
Adequação
Os incisos II e III, do novo §7º, do Art. 68, tratam da adequação das calçadas existentes, com a padroniza-
ção na mesma via, quanto à altura e nivelamento, evitando que o pedestre seja surpreendido com mudanças
e reentrâncias bruscas, capazes de causarem acidentes. Na mudança para outra via ou setor, diferentemente,
o pedestre estará mais atento às alterações de piso.
Autorizados
O inciso IV fala da responsabilidade de pessoas autorizadas a se utilizarem das calçadas de forma diversa
da circulação, como colocação de postes, fiações e encanamentos sob ou sobre a calçada, por concessionários
de serviços públicos e passagem de veículos em acesso aos imóveis.
O dever de fazer as calçadas menos perigosas também incumbe a esses concessionários e permissioná-
rios, a quem é cometida a responsabilidade por danos e omissões.
As disposições do inciso V se destinam, principalmente, às interrupções ou dificuldades temporárias à
circulação nas calçadas, causadas por carga e descarga, reparos, mudanças, obras.
Principalmente no interior do país, os proprietários de prédios se acham no direito de propriedade sobre
as calçadas, nelas depositando materiais de construção, mercadorias, dispondo tapumes ao seu bel prazer e
pelo tempo que entenderem necessário, sem autorização do Poder Público e em total prejuízo da segurança
e circulação de pedestres, numa cultura equivocada e nefasta que deve ser modificada.
O inciso VI comete aos responsáveis pela colocação de obstáculos sem autorização ou previsão de reti-
rada ou realização de danos nas caçadas o dever de reparação.
Sanção
O novo art. 68-A tipifica a infração gravíssima de colocação ou manutenção indevida de obstáculos nas
calçadas, para que a multa correspondente deva ser aplicada pelos órgãos de fiscalização do trânsito, aos res-
ponsáveis, pessoas naturais ou jurídicas, independentemente de habilitação para a condução de veículos, pois
os infratores poderão ser identificados e individualizados pelos respectivos números de CPF e CNPJ.
Importa, ainda, lembrar as disposições do art. 3º, que permitem a destinação, em norma regulamentar,
dos recursos decorrentes das multas para a melhoria e acessibilidade das calçadas.
Este projeto busca o aperfeiçoamento da norma preenchendo lacuna deixada por ocasião de sua apro-
vação.
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  153 

Por tais razões contamos com a compreensão e apoio dos senhores deputados e senhoras deputadas
para a aprovação do presente projeto de lei.
Sala das Sessões, em 19 de outubro de 2016. – Deputado DAVI ALVES SILVA JÚNIOR, PR – MA
PROJETO DE LEI Nº 6.352, DE 2016
(Dos Sr. Marco Antônio Cabral e André Amaral)

Acresce o Inciso VIII e os §§ 8º e 9º ao Art. 44 da Lei nº 9.096, de 19 de setembro de 1995 que


dispõe sobre partidos políticos, regulamenta os Arts. 17 e 14, § 3º, inciso V, da Constituição
Federal.
DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PL-6314/2013.
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário
O CONGRESSO NACIONAL decreta:
Art. 1º. A Lei nº 9.096, de 19 de setembro de 1995 que dispõe sobre partidos políticos, regulamenta os
Arts. 17 e 14, § 3º, inciso V, da Constituição Federal, passa a vigorar acrescido do Inciso VIII e os §§ 8º e 9º em
seu Art. 44, com as seguintes redações:
“VIII – na criação e manutenção de programas de promoção e difusão da participação política dos
jovens, criados e mantidos pelo movimento de juventude do respectivo partido político ou, inexis-
tindo tal órgão interno, pelo instituto ou fundação de pesquisa e de doutrinação e educação política
de que trata o inciso IV, conforme percentual que será fixado pelo órgão nacional de direção parti-
dária, observado o mínimo de 5% (cinco por cento) do total.”
“§8º O movimento de juventude de que trata o inciso VIII deste artigo, para que se considere como
tal, deverá constituindo-se como pessoa jurídica de direito privado, nos termos do art. 44 da lei nº
10.406 de 10 de Janeiro de 2002;”
“§9º O repasse à instituição referida no inciso IV deste artigo, na hipótese da inexistência do movi-
mento de juventude que trata o inciso VIII, só poderá ocorrer por até quatro anos e, havendo previ-
são do referido movimento no estatuto do ente partidário, fica a agremiação obrigada a conferir-lhe
a personalidade jurídica de que trata o parágrafo anterior.”
Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
JUSTIFICATIVA
Sabe-se que o futuro de qualquer Nação reside na sua juventude. Numa República, sob a égide do Estado
Democrático de Direito, a participação política é o meio pelo qual se exerce a soberania popular. Desta forma,
o fomento a tal participação é condição de retroalimentação do poder do povo, significando condição sine qua
non para a garantia e exercício dos elementos que caracterizam as civilizações democráticas.
Nesse sentido, quis o legislador incentivar e garantir a participação de gênero, qual seja, a significativa
e relevante participação das mulheres por meio do inciso V do artigo em tela. Não obstante a reconhecida im-
portância da representação referida, o recorte etário vai para além das questões dicotômicas, englobando a
diversidade nos seus mais amplos aspectos numa determinada fase da vida.
Qualquer que seja a ideologia política, econômica ou social, sempre há de se reconhecer que a juven-
tude é a fase mais frutífera na construção de questionamentos e soluções, sejam elas individuais ou coletivas.
A juventude não é compatível na sua natureza com a indiferença e o egoísmo. Cada agente político é jovem,
mesmo que há mais tempo, pois busca na sua atividade a modificação de um cenário estreito ou mais amplo.
O futuro do próprio sistema democrático, político e partidário do Brasil depende da juventude. Isso se
depreende da característica de finitude da existência humana. O incentivo ao ingresso de jovens nas agremia-
ções partidárias é uma questão de sobrevivência a esses próprios colegiados, fazendo com que estes se oxige-
nem a possam construir novas gerações de simpatizantes, defensores, de ideias e soluções.
Destinar um percentual que, num contexto geral pode parecer muito pouco, ao fomento das juventudes
partidárias é um investimento no futuro do Brasil. O engajamento dos jovens na participação e construção de
projetos partidários se refletirá na ampliação da efetiva colaboração destes na solvência dos problemas mais
angustiantes para a nossa sociedade.
Se é direito do jovem participar politicamente, cabe ao legislador criar meios para que este o exerça da
forma mais viável e estimulada. Os movimentos de juventude partidária já demonstraram a sua capacidade de
gerar quadros que agregam enorme valor à atividade política, traduzindo-se como verdadeiro manancial de
154  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

políticos (com ou sem mandato) não apenas comprometidos com as aflições da classe, mas, sobretudo, com
as urgentes questões do Brasil do Século XXI. Garantir destinação do fundo partidário para essas juventudes é
construir pontes para o futuro, não pontes transitórias, mas verdadeiras soluções que não repousam na transi-
toriedade da juventude, antes disso, repousam sob a vontade de melhora e evolução social, impávidos alicerces.
O rogo que vem das ruas se traduz também na renovação. E é por meio do novo que podemos nos co-
locar como transicionais, perseguidores da evolução. A substituição não pressupõe o alcance do progresso,
mas a sinergia sim. É com o escopo de parceria que se busca a aprovação da destinação obrigatória de parte
do quantitativo do fundo partidário (5%) para os movimentos de juventude, estruturas comprometidas com a
inserção de novos quadros na política, com a agregação de valor aquilo que está posto.
O Poder Legislativo tem como responsabilidade promover tal incentivo por meio deste Projeto de Lei
proposto, cabendo aos mandatários do povo a realização daquilo que ele evidentemente almeja: renovação e
conscientização política. Lembremo-nos sempre: ser jovem é mais que um privilégio, é uma responsabilidade.
Brasília, 19 de outubro de 2016. – MARCO ANTÔNIO CABRAL, Deputado Federal PMDB/RJ – ANDRÉ
AMARAL, Deputado Federal PMDB/PB
PROJETO DE LEI Nº 6.353, DE 2016
(Da Sra. Professora Dorinha Seabra Rezende)

Modifica a Lei nº 11.941, de 27 de maio de 2009, para reabrir o prazo de adesão a parcelamen-
to e dá outras providências.
DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PL-3091/2012.
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º Fica reaberto, até o 30º (trigésimo) dia após a publicação desta Lei o prazo previsto no § 12 do art.
1º e no art. 7º da Lei nº 11.941, de 27 de maio de 2009, atendidas as condições previstas neste artigo.
§ 1º Poderão ser pagas ou parceladas na forma deste artigo as dívidas de que tratam o § 2º do art. 1º da
Lei nº 11.941, de 27 de maio de 2009, vencidas até 31 de dezembro de 2015.
§ 2º A adesão ao parcelamento independerá de antecipação de qualquer valor, sendo devida no proto-
colo do pedido apenas a primeira parcela calculada nos termos do parágrafo seguinte.
§ 3º Observado o disposto nesta Lei e os requisitos e as condições estabelecidos em ato conjunto do
Procurador-Geral da Fazenda Nacional e do Secretário da Receita Federal do Brasil, a ser editado no prazo de
60 (sessenta) dias a partir da data de publicação desta Lei, os débitos que não foram objeto de parcelamentos
anteriores a que se refere este artigo poderão ser pagos ou parcelados da seguinte forma:
I – pagos a vista, com redução de 100% (cem por cento) das multas de mora e de ofício, de 40% (quaren-
ta por cento) das isoladas, de 45% (quarenta e cinco por cento) dos juros de mora e de 100% (cem por cento)
sobre o valor do encargo legal;
II – parcelados em até 30 (trinta) prestações mensais, com redução de 90% (noventa por cento) das mul-
tas de mora e de ofício, de 35% (trinta e cinco por cento) das isoladas, de 40% (quarenta por cento) dos juros
de mora e de 100% (cem por cento) sobre o valor do encargo legal;
III – parcelados em até 60 (sessenta) prestações mensais, com redução de 80% (oitenta por cento) das
multas de mora e de ofício, de 30% (trinta por cento) das isoladas, de 35% (trinta e cinco por cento) dos juros
de mora e de 100% (cem por cento) sobre o valor do encargo legal;
IV – parcelados em até 120 (cento e vinte) prestações mensais, com redução de 70% (setenta por cento)
das multas de mora e de ofício, de 25% (vinte e cinco por cento) das isoladas, de 30% (trinta por cento) dos
juros de mora e de 100% (cem por cento) sobre o valor do encargo legal; ou
V – parcelados em até 180 (cento e oitenta) prestações mensais, com redução de 60% (sessenta por cen-
to) das multas de mora e de ofício, de 20% (vinte por cento) das isoladas, de 25% (vinte e cinco por cento) dos
juros de mora e de 100% (cem por cento) sobre o valor do encargo legal.
VI – parcelados em até 240 (duzentos e quarenta) prestações mensais, sem redução de multas, juros e
encargo legal.
§ 4º Aplicam-se aos parcelamentos as demais disposições da Lei nº 11.941, de 27 de maio de 2009, no
que não contrariar esta Lei.
Art. 2º A adesão ao regime de parcelamento descrito nesta Lei independe da desistência das ações judi-
ciais e recursos administrativos que discutam a legalidade do crédito e não importam em confissão do débito.
Art. 3º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  155 

JUSTIFICAÇÃO
O País está em um momento de crise, no qual diversas empresas e postos de trabalho vêm sendo fecha-
dos. Ao Estado cabe grande parte dessa responsabilidade, dado o grave desarranjo fiscal.
Entretanto, outro grande desarranjo financeiro vem se mostrando nas abusivas condições para adesão
a parcelamentos especiais: exigência de depósito prévio de no mínimo 10% do valor da dívida; exigência de
desistência de ações judiciais e exíguo prazo de pagamento.
Pela proposição aqui justificada, propomos a reabertura dos prazos do Programa de Recuperação Fiscal
– REFIS da Lei nº 11.941, de 2009, com a supressão desses pontos que entendemos abusivos.
Forte nessas razões, pugnamos pela aprovação da proposição pelos eminentes Pares.
Sala das Sessões, em 19 de outubro de 2016. – PROFESSORA DORINHA SEABRA REZENDE, Deputada
Federal DEMOCRATAS/TO

PROJETO DE LEI Nº 6.355, DE 2016


(Do Sr. Cleber Verde)

Altera a redação do art. 32da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (Lei de Diretrizes e Ba-
ses da Educação Nacional), para inserir novas disciplinas obrigatórias nos currículos dos en-
sinos fundamental e médio.
DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PL-3993/2008.
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário
O CONGRESSO NACIONAL decreta:
Art. 1º O art. 32 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Na-
cional), passam a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 32. ....................................................................................................................................................................................
II – a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, do exercício da cidadania, da
tecnologia, das artes e dos valores morais e cívicos em que se fundamenta a sociedade;
....................................................................................................................................................................................................
§ 5º O currículo do ensino fundamental incluirá, obrigatoriamente, o ensino de noções básicas so-
bre a Lei Maria da Penha, além de conteúdo que trate dos direitos das crianças e dos adolescentes,
tendo como diretriz a Lei nº 11.340, de 07 de agosto de 2006 – Lei Maria da Penha e a Lei nº 8.069,
de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), observada a produção e distribuição
de material didático adequado.
Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data da sua publicação.

JUSTIFICATIVA
A Lei 11.340/2006, popularmente conhecida como Lei Maria da Penha, tornou-se o principal instrumen-
to legal para coibir e punir a violência doméstica praticada contra as mulheres no Brasil. A lei traz em seu bojo
conjunto de normas que visa proteger bem extremamente importante: a família. A família, tida pelo ordena-
mento como base da sociedade, goza de especial proteção do Estado. A assistência à família será feita na pessoa
de cada um dos que a integram, devendo o Poder Público criar mecanismos para coibir a violência no âmbito
de suas relações. A educação é um fator fundamental para a prevenção e erradicação da violência, por isso,
acreditamos que a escola tem papel fundamental na desconstrução da violência contra a mulher. Ao levar o
conteúdo da Lei Maria da Penha para as escolas objetiva-se trabalhar a formação de uma nova consciência com
os jovens, torná-los cidadão com novos comportamentos e verdadeiros agentes transformadores da realidade.
A violência doméstica, sobremaneira a violência contra a mulher, não é recente, estando presente em to-
das as fases da história. Apenas recentemente no século XIX, com a constitucionalização dos Direitos Humanos
a violência passou a ser analisada com maior profundidade e apontada por diversos setores representativos
da sociedade, tornando-se assim, um assunto central para a humanidade, bem como, um grande desafio dis-
cutido por várias áreas do conhecimento, e iniciado o enfrentamento pela sociedade.
Necessário registrar que a violência doméstica não é marcada apenas pela violência física, mas também
pela violência psicológica, sexual, patrimonial, moral dentre outras, que em nosso país atinge grande número
de mulheres, as quais vivem estes tipos de agressões no âmbito familiar ou doméstico, em sua maioria, o que
até hoje ainda dificulta a punição dos agressores.
156  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

No Brasil, este tema ganhou relevância com a Lei nº 11.340, de 07 de agosto de 2006, também conhe-
cida como “Lei Maria da Penha”, uma merecida homenagem à mulher que se tornou símbolo de resistência a
sucessivas agressões de seu ex – esposo.
O projeto tem o objetivo de orientar meninos e meninas da rede de ensino sobre a igualdade de gênero
e o funcionamento da Lei Maria da Penha, além de ajudar a combater e prevenir a violência doméstica e sex-
ista contra a mulher.
Partindo dessa premissa, entendemos ser míster a inclusão de noções básicas da Lei Maria da Penha nas
escolas públicas estaduais, cuja execução será de suma importância para a redução, a médio e longo prazo,
da violência contra a mulher. O objetivo é instituir uma nova cultura de combate à violência contra a mulher,
bem como pautar definitivamente a igualdade entre os gêneros, despertando nos/nas estudantes o interesse
sobre as questões ligadas aos direitos humanos, apoiando-se na crença de que a escola é o lugar capaz de fazer
a diferença no combate a todas as formas de violência e na construção de uma cultura de paz.
Trata-se de uma medida preventiva de conscientização a partir de um trabalho educacional de human-
ização, respeito e informação, de forma que, havendo o cometimento da violência, seja ela denunciada e rep-
rimida com veemência.
Neste sentido, solicito o apoio dos nobres pares para a aprovação da presente proposta.
Brasília, em 20 de outubro de 2016. – Deputado Cleber Verde, PRB/MA

PROJETO DE LEI Nº 6.356, DE 2016


(Do Sr. Cleber Verde)

Acrescentar o art. 126 à Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984 (Lei de Execução Penal) da saída
temporária
DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PL-6579/2013.
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário
O CONGRESSO NACIONAL decreta:
Art 1º Acrescentar o Art. 126 da Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984, com a seguinte redação:
“Art. 126. O Estado é responsável civilmente pelo ressarcimento às vítimas dos condenados que cum-
prem pena em regime semi-aberto que obtem autorização para saída temporária do estabelecimento.
Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data da sua publicação.

JUSTIFICATIVA
O Estado tem o dever de fiscalizar os detentos que estão sob a sua tutela, visando proteger a sociedade
de uma nova violência criada por um delinquente que não foi totalmente recuperado.
A teoria da responsabilidade objetiva face à omissão se encaixa perfeitamente no sentido da responsa-
bilização estatal pelos presos beneficiados com a saída temporária, já que existe um mau funcionamento do
serviço quanto à falta de vigilância e condução coercitiva imediata ao se averiguar que o detento não voltou
ao presídio dentro do prazo previamente estabelecido.
A responsabilidade neste caso inicia no momento em que o Estado devendo vigiar o detendo na condi-
ção de “liberto temporário” não o faz e não realiza a busca do beneficiado que não volta ou estabelecimento
prisional a fim de cumprir o restante da pena, o qual era obrigado a realizar. O Estado, devendo agir não o faz.
Responsabilidade civil é a reparação do dano causado a outrem, sempre que estes atos violem em de-
corrência de obrigação assumida ou por inobservância de norma jurídica.
No conceito dado pela doutrinadora, a responsabilidade civil é a aplicação de medidas que obriguem
a pessoa a reparar os danos causados a outrem em razão do ato por ela praticado; praticado por pessoa por
quem ela responde; por alguma coisa a ela pertencente ou por imposição legal.
A Constituição Federal (BRASIL, 1988) disciplina em seu artigo 37, § 6º os requisitos da responsabilidade
estatal, quais sejam, a ocorrência do dano; ação ou omissão administrativa; existência de nexo causal entre o dano
e a ação ou omissão administrativa e ausência de causa excludente da responsabilidade estatal.
“§ 6º – As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públi-
cos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado
o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.”
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  157 

Neste caso o Estado responderá em decorrência do nexo de causalidade existente entre a sua interven-
ção e o prejuízo alegado. Considerando sempre que para que o Estado tenha que indenizar é necessário que
o sujeito tenha agido como agente público.
Observa-se com esse dispositivo Constitucional a ocorrência da responsabilidade objetiva, na modali-
dade do risco administrativo.
Existem três elementos que compõe a responsabilidade civil, são eles a conduta humana, o dano e o
nexo de causalidade.
A responsabilidade se apresenta de forma objetiva pela omissão do Estado quanto à efetiva vigilância
daqueles que recebem o benefício, por não atuar de forma a evitar o cometimento de novos delitos tendo em
vista o elevado percentual dos presos que cometem outros crimes após serem agraciados com a saída tempo-
rária para a visita aos familiares ou mesmo com fins educativos ou empregatícios, que como sabemos esperam
a oportunidade para voltar a delinquir, pois a realidade do sistema prisional não permite a sua ressocialização.
A saída temporária, por se tratar de uma responsabilidade jurisdicional, tem recebido dos órgãos julga-
dores a garantia da reparação dos danos causados pelos condenados enquanto na condição de beneficiários.
Consequência da responsabilidade estatal é o dever de indenizar as vítimas do delinquente e a penaliza-
ção da sociedade que paga por sua segurança, pela mantença do condenado no estabelecimento adequado e
em contrapartida recebe o marginal ainda mais perigoso de volta às ruas e fazendo novas vítimas.
O que obriga o Estado ao pagamento da indenização é o nexo existente entre o fato, ou seja, o delito
cometido pelo preso beneficiado com a saída temporária e a omissão de seus agentes em fiscalizar sua con-
duta fora do estabelecimento prisional, pois sabendo da sua periculosidade existe o dever de se manter um
monitoramento do detento.
Para o Estado é apenas mais um delito, somente uma indenização a ser paga. Para a sociedade o senti-
mento de impunidade.
Neste sentido, solicito o apoio dos nobres pares para a aprovação da presente proposta.
Brasília, em 20 de outubro de 2016. – Deputado Cleber Verde, PRB/MA

PROJETO DE LEI Nº 6.357, DE 2016


(Do Sr. Franklin Lima)

Regulamenta o emprego de algemas em todo o território nacional.


DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PL-2753/2000.
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário
O CONGRESSO NACIONAL decreta:
Art. 1º Esta Lei regulamenta o emprego de algemas em todo o território nacional.
Art. 2º As algemas somente poderão ser empregadas nos seguintes casos:
I – Durante o deslocamento do preso, quando oferecer resistência ou houver fundado receio de tenta-
tiva de fuga;
II – Quando o preso em flagrante delito oferecer resistência ou tentar fugir;
III – Durante audiência perante autoridade judiciária ou administrativa, se houver fundado receio, com
base em elementos concretos demonstrativos da periculosidade do preso, de que possa perturbar a ordem
dos trabalhos, tentar fugir ou ameaçar a segurança e a integridade física dos presentes;
IV – Em circunstâncias excepcionais, quando julgado indispensável pela autoridade competente;
V – Quando não houver outros meios capaz para atingir o fim a que se destinam.
VI – Em casos de crimes hediondos e violência doméstica.
VII – Quando comprovado distúrbio mental do acusado ou investigado.
Art. 3º É expressamente vedado o emprego de algemas:
I – Como forma de sanção;
II – Quando o investigado ou acusado, espontaneamente, se apresentar à autoridade administrativa ou
judiciária.
III – Na condução de pessoas intimadas que não represente riscos ao agente público, e quando não hou-
ver fundado receio de tentativa de fuga.
Art. 4º Os órgãos policiais e judiciários manterão livro especial para o registro das situações em que te-
nham sido empregadas algemas, com a indicação do motivo, lavrando-se o termo respectivo, que será assinado
pela autoridade competente e juntado aos autos do inquérito policial ou do processo judicial, conforme o caso.
158  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

Art. 5º Qualquer autoridade que tomar conhecimento de abuso ou irregularidade no emprego de al-
gemas levará o fato ao conhecimento do Ministério Público, remetendo-lhe os documentos e provas de que
dispuser, necessários à apuração da responsabilidade penal.
Art. 6º Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.

JUSTIFICAÇÃO
O presente projeto de lei busca suprir uma grave lacuna no ordenamento jurídico nacional: a regulamen-
tação do emprego de algemas. Vê-se, com frequência, os direitos fundamentais do preso serem afrontados,
principalmente quando, sob o foco da mídia, são, sem qualquer necessidade concreta, usados como meio de
propaganda policial ou política, e expostos pelo próprio Estado à curiosidade popular.
A regulamentação do emprego de algemas, segundo o art. 199 da Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984
(Lei de Execução Penal), deve ser feita por meio de decreto presidencial (art. 84, IV, da Constituição Federal).
Todavia, após vinte anos da publicação da LEP o Poder Executivo não cumpriu com seu desiderato. A solução,
até mesmo em decorrência da importância que a matéria exige, deve ser através de iniciativa deste Poder Le-
gislativo, meio legítimo no atual regime de direito.
Saliento que a proposta em apreço abraça os valores positivados na Carta Política de 1988 e regulamen-
ta a matéria com base em três requisitos fundamentais: indispensabilidade da medida, necessidade do meio
e justificação teleológica, em respeito aos princípios constitucionais da proporcionalidade, da presunção da
inocência e da dignidade da pessoa humana.
O presente projeto de lei tem como inspiração a Declaração Universal dos Direitos Humanos da Orga-
nização das Nações Unidades, de 1948, que proíbe o tratamento desumano ou degradante (artigo V); o Pacto
de San José da Costa Rica, de 1969, que prescreve que “toda pessoa privada da liberdade deve ser tratada com
o respeito devido à dignidade ao ser humano” (art. 5º, item 2); e a Declaração Americana dos Direitos e Deve-
res do Homem, de 1948, que determina o absoluto respeito ao “princípio de que todo acusado é inocente, até
provar-se-lhe a culpabilidade” (artigo XXVI).
Todos esses princípios foram incorporados à Constituição Federal de 1988, e o Código Penal, em seu art.
38, já reafirmava tais princípios estabelecendo que o preso conserva todos os direitos não atingidos pela perda
da liberdade, “impondo-se a todas as autoridades o respeito à sua integridade física e moral”.
Portanto, deve-se evitar, em tributo a essas conquistas da civilização humana, a exposição dos presos à
mídia, aos holofotes da política e à ignomínia perante a sociedade. Enfim, urge ao Brasil abraçar de vez a sua
condição de Estado Democrático de Direito, para impedir, salvo fundada necessidade, qualquer forma de tra-
tamento que implique na equiparação entre o acusado e o culpado.
Sala das Sessões, em 20 de outubro de 2016. – Deputado FRANKLIN LIMA, PP/MG

PROJETO DE LEI Nº 6.359, DE 2016


(Do Sr. Miguel Lombardi)

Renumera o § 7º transformando-o em § 8º e dá nova redação ao § 7º, do art. 44, da Lei nº


13.146, de 6 de julho de 2015, que “Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Defici-
ência (Estatuto da Pessoa com Deficiência)”, para determinar que as salas de cinema disponi-
bilizem rede de Wi-Fi específica para acesso a conteúdo para surdos-mudos e cegos através
de aplicativo gratuito disponível para baixar e instalar em “tablets” e “smartphones” conten-
do um intérprete de libras (língua brasileira de sinais) e legendas e que emita audiodescrição
via fones de ouvido.
DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PL-4248/2012.
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º O § 7º, do art. 44, da Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015, que “Institui a Lei Brasileira de Inclusão
da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência)”, passa a ser o § 8º e o § 7º passa a vigorar com
a seguinte redação:
“Art. 44. Nos teatros, cinemas, auditórios, estádios, ginásios de esporte, locais de espetáculos e de
conferências e similares, serão reservados espaços livres e assentos para a pessoa com deficiência,
de acordo com a capacidade de lotação da edificação, observado o disposto em regulamento.
....................................................................................................................................................................................................
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  159 

§ 7º As salas de cinema devem disponibilizar rede de Wi-Fi específica para acesso a conteúdo para
surdos-mudos e cegos através de aplicativo gratuito disponível para baixar e instalar em “tablets” e
“smartphones” contendo um intérprete de libras (língua brasileira de sinais) e legendas e que emita
audiodescrição via fones de ouvido.
§ 8º O valor do ingresso da pessoa com deficiência não poderá ser superior ao valor cobrado das
demais pessoas. (NR)”
Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
JUSTIFICAÇÃO
A presente proposição vai ao encontro do anseio de tratamento igualitário de muitas pessoas com de-
ficiência auditiva e visual pela indústria de entretenimento.
Hoje em dia, com as facilidades trazidas pelos computadores e smartphones e o baixo custo dos mais
variados aplicativos destinados a facilitar e simplificar a vida das pessoas, não há mais dificuldade de imple-
mentar meios de acessibilidade àqueles que querem frequentar salas de cinema e poder assistir aos filmes
oferecidos às pessoas sem deficiência.
Um bom exemplo é o aplicativo gratuito Whatscine, que foi desenvolvido pela Universidad Carlos III, de
Madri, e oferece acessibilidade a pessoas com deficiência em smartphones e tablets graças aos recursos de
audiodescrição via fones de ouvidos, disponibilização de imagens nas telas dos dispositivos de intérpretes de
Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) e de legendas sem incomodar os demais espectadores sem deficiência uma
vez que possui baixa luminosidade e o áudio não é transmitido por alto falante. Além disso o aplicativo oferece
ainda opções de interatividade e publicidade aos espectadores, trazendo novas opções de entretenimento.
Para sua utilização basta que a sala de cinema disponibilize o acesso a uma rede de Wi-Fi na qual forne-
ça o acesso ao conteúdo de acessibilidade, permitindo assim que as pessoas com deficiência auditiva e visual
possam dele usufruir.
É claro que este é apenas um pequeno exemplo das facilidades que a tecnologia põe à disposição das
pessoas atualmente e as empresas exploradoras do ramo poderão se utilizar de quaisquer outras tecnologias,
desde que atendam à gratuidade no fornecimento do aplicativo e estes contenham as funcionalidades pre-
vistas na lei, ou seja, contenham intérprete de libras (língua brasileira de sinais) e legendas e emita audiodes-
crição via fones de ouvido.
Trata-se, como se vê, de uma medida simples que, no entanto, produz um resultado prático de valor
inestimável para a inclusão das pessoas com deficiência auditiva e visual ao mundo do entretenimento e da
cultura, com potencial capaz de tornar a vida dessas pessoas mais feliz e prazerosa.
Assim, em razão de todos os motivos aqui expostos, conto com o voto favorável dos nobres pares para
a aprovação da presente proposição.
Sala das Sessões, em 20 de outubro de 2016. – Deputado MIGUEL LOMBARDI
PROJETO DE LEI Nº 6.360, DE 2016
(Do Sr. Miguel Lombardi)

Dá nova redação ao art. 3º, da Lei nº 12.213, de 2o de janeiro de 2010, para o fim de incluir
a doação direta efetuada por empresas ou pessoas físicas às organizações da sociedade ci-
vil voltadas ao atendimento de idosos no rol de hipóteses de dedução no imposto de renda.
DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PL-7193/2014.
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º O art. 3º, do art. 12-A, da Lei nº 12.213, de 20 de janeiro de 2010, passa a vigorar com a seguinte
redação:
“Art. 3º Os contribuintes poderão efetuar doações, devidamente comprovadas, aos Fundos Nacional,
Estaduais ou Municipais do Idoso ou às organizações da sociedade civil voltadas ao atendimento de
idosos devidamente credenciadas pelo órgão gestor da respectiva política no âmbito de quaisquer
entes federativos, nos termos do art. 30, VI, da Lei nº 13.019, de 31 de julho de 2014, sendo essas in-
tegralmente deduzidas do imposto de renda, obedecidos os seguintes limites:
I – 1% (um por cento) do imposto sobre a renda devido apurado pelas pessoas jurídicas tributadas
com base no lucro real; e
160  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

II – 6% (seis por cento) do imposto sobre a renda apurado pelas pessoas físicas na Declaração de
Ajuste Anual, observado o disposto no art. 22 da Lei no 9.532, de 10 de dezembro de 1997. (NR)”
Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

JUSTIFICAÇÃO
Nobres pares, a presente proposição busca simplificar o procedimento e ampliar o rol de doadores às en-
tidades do terceiro setor que realizam a relevantíssima atividade de dar àqueles que se encontram fragilizados
pelo peso dos anos uma vida digna e plena, reduzindo sobremaneira suas naturais dificuldades e percalços.
Embora a legislação em vigor já admitida a dedução das doações efetuadas aos Fundos Nacional, Esta-
duais ou Municipais do Idoso, estas estão duplamente limitadas por somente serem admitidas as deduções
efetuadas aos fundos e exclusivamente por pessoas jurídicas.
Ora, não é necessário ser um expert no assunto para se constatar que a autorização legal de dedução,
na forma como hoje se apresenta, não atende às necessidades nem das instituições nem dos eventuais inte-
ressados em colaborar com elas.
É que, fundamentalmente, os cidadãos em geral preferem destinar seus recursos diretamente às orga-
nizações da sociedade civil de seu conhecimento, seja por conhecerem de perto o seu trabalho e nele depo-
sitarem a sua confiança, seja porque sabem que aqueles que a elas dedicam parte de seu precioso tempo o
fazem pelo simples prazer de ser útil ao seu semelhante. Nada mais.
Isto gera um círculo virtuoso que compele as pessoas a doarem parte de seus recursos à manutenção do
bom trabalho desenvolvido por aquelas pessoas altruisticamente em favor de seus semelhantes.
Assim, se elas se sentirem estimuladas a doar parte de seus ganhos mediante a possibilidade de dedu-
ção no imposto de renda, indubitavelmente, abrir-se-á uma importante via para se prover estas entidades ao
menos parte dos recursos necessários à manutenção de suas relevantíssimas atividades sociais.
A aprovação da presente propositura possibilitará às organizações da sociedade civil promoverem campa-
nhas de doação incentivando aqueles que admiram e apoiam seus serviços a doar a elas parte de seus ganhos.
A condição para ser donatária é estar devidamente credenciada perante órgão gestor da respectiva políti-
ca no âmbito de quaisquer entes federativos, nos termos do art. 30, VI, da Lei nº 13.019, de 31 de julho de 2014.
Neste sentido, a aprovação desta proposição certamente se tornará um eficiente instrumento de capta-
ção de recursos pelas organizações da sociedade civil voltadas ao atendimento de idosos.
Pelas razões aqui expostas, conto com os nobres pares na votação e aprovação da presente proposta.
Sala das Sessões, em 20 de outubro de 2016. – Deputado MIGUEL LOMBARDI

PROJETO DE LEI Nº 6.361, DE 2016


(Do Sr. Cabo Daciolo)

Acrescenta dispositivo à Lei nº 9.504, de 30 de setembro de 1997, para que seja realizada nova
eleição majoritária, caso os votos nulos e brancos ultrapassem 50% do eleitorado local.
DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PL-2147/2015.
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário
O CONGRESSO NACIONAL decreta:
Art. 1º Esta Lei altera a Lei nº 9.504, de 30 de setembro de 1997, para incluir dispositivo que prevê a rea-
lização de nova eleição majoritária, caso os votos nulos e brancos ultrapassarem 50% do eleitorado local, im-
pedindo a participação dos candidatos do primeiro pleito eleitoral concorrem ao segundo.
Art. 2º A Lei 9.504, de 30 de setembro de 1997, passa a vigorar acrescida do seguinte art. 108:
“Art. 108. Se, na eleição majoritária, os votos nulos e brancos ultrapassarem 50% do eleitorado local,
ocorrerá nova eleição no prazo de vinte a sessenta dias, dela não podendo participar candidatos
que concorreram ao primeiro pleito”. (NR)
Art. 3º. Revogam-se disposições em contrário.
Art. 4º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

JUSTIFICAÇÃO
A insatisfação da população com os candidatos é cada vez mais evidente. Prova disso é o resultado das
eleições majoritárias em que, em muitas cidades, os votos brancos e nulos ultrapassam os votos obtidos por
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  161 

muitos candidatos eleitos. A insatisfação decorre da falta de credibilidade dos nossos governantes, muitos dele
envolvidos em corrupção.
Entretanto, o entendimento da Justiça Eleitoral para a legislação em vigor é de que o voto anulado por
vontade própria ou erro dos eleitores, mesmo se em quantidade superior à metade do eleitorado, não invali-
da a eleição.
Segundo a legislação, apenas os votos válidos contam para a aferição do resultado de uma eleição. Voto
válido é aquele dado a um determinado candidato ou a um partido (voto de legenda). Os votos nulos não são
considerados válidos desde 1965, conforme o Código Eleitoral (Lei 4.737/1965). Já os votos em branco não são
considerados válidos desde que entrou em vigor a Lei 9.504/1997 (Lei das Eleições). Esses votos, no final das
contas, são registrados apenas para fins de estatísticas.
Atualmente, há uma confusão, em decorrência de interpretação equivocada do artigo 224 do Código
Eleitoral, que prevê a necessidade de marcação de nova eleição se a nulidade atingir mais de metade dos votos
do país. O grande equívoco dessa teoria reside justamente no que se identifica como “nulidade”.
De acordo com o TSE, essa nulidade não representa os votos nulos ou brancos – mas, sim, a votação em
decorrência de fraudes, falsidades, coação, interferência do poder econômico e desvio e abuso de poder, além
de propaganda ilegal que beneficiem um candidato em uma disputa majoritária. Assim, para que um pleito
seja considerado inválido, provocando nova eleição, é preciso que mais de 50% dos votos sejam declarados
nulos pela própria Justiça Eleitoral.
Outra possibilidade de anular o pleito é o indeferimento do registro de candidatura – por estar inelegí-
vel ou não estar quite com a Justiça Eleitoral – ou cassação do mandato do candidato eleito com mais de 50%
dos votos válidos.
Para que haja nova eleição, excluindo os candidatos do pleito anterior, é necessário a regulamentação
da matéria. Para tanto, apresentamos o presente Projeto de Lei que acrescenta dispositivo à Lei nº 9.504, de 30
de setembro de 1997, prevendo a realização de nova eleição majoritária, caso os votos nulos e brancos ultra-
passarem 50% do eleitorado local, impedindo a participação dos candidatos do primeiro pleito eleitoral con-
correm ao segundo. O prazo para a nova eleição será de 20 a 60 dias.
Ante o exposto, submetemos aos nobres pares a presente proposição, e contamos com o apoio para
sua aprovação.
Sala das Sessões, em 20 de outubro de 2016. – CABO DACIOLO, Deputado Federal PTdoB/RJ

PROJETO DE LEI Nº 6.364, DE 2016


(Do Sr. Rôney Nemer)

Cria o Conselho Federal dos Bombeiros Civis – CFBC – e os Conselhos Regionais dos Bombeiros
Civis – CRBC – e dá outras providências.
DESPACHO: ÀS COMISSÕES DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PÚBLICO; FINANÇAS E
TRIBUTAÇÃO (MÉRITO E ART. 54, RICD) E CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA (ART. 54 RICD)
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II
O CONGRESSO NACIONAL decreta:
Art.1º Ficam criados os Conselhos Federal dos Bombeiros Civis – CFBC – e os Conselhos Regionais dos
Bombeiros Civis – CRBC – e dá outras providências, dotados de personalidade jurídica própria, de direito pri-
vado, sem vínculo com administração pública em qualquer nível, constituída com os objetivos de promover e
manter o cadastro, o registro, estabelecendo o código de ética dos profissionais do setor, disciplinando e fisca-
lizando o exercício profissional, com autonomia administrativa, organizacional, operacional e financeira, sendo
a instância superior da fiscalização do exercício profissional dos Bombeiros Civis em todo território nacional.
Parágrafo único: são instâncias superiores do CFBC:
a) Assembleia Geral (AG)
b) Plenária do Conselho Federal (PCF)
Art. 2º O Conselho Federal dos Bombeiros Civis – CFBC compõe a instância superior do Sistema Confe-
derativo, terá jurisdição em todo território nacional e na sede na capital da República, ao qual ficam subordi-
nados os Conselhos Regionais dos Bombeiros Civis, e quando necessário, recomendará e aceirará propostas
de criação novos Conselhos Regionais para melhor atendimento da categoria profissional representada, com
organização própria que assegure unidade de ação em todo o território nacional.
162  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

Art. 3º Ficam também sujeitas ao registro no sistema CFBC/CRBC, as pessoas jurídicas que admitam, em
suas atividades, serviços de assessoria, consultoria, treinamentos, atividades prevencionistas e outras ativida-
des afins prestadas por Bombeiros Civis, assim como entidades e instituições de ensino que mantenham, em
seu programa regular, cursos de formação de Bombeiros Civis; homologadas pelos órgãos competentes fede-
ral e estadual de educação
Art. 4º As pessoas jurídicas sujeitas ao registro no sistema CFBC/CRBC encontram-se abrangidas pelos
mesmos direitos e obrigações inerentes às pessoas físicas.
Parágrafo único – As pessoas jurídicas a que se refere este artigo deverão manter, em seu quadro de pes-
soal e contratado, no mínimo um Bombeiro Civil na função de Bombeiro Civil Líder ou Mestre.
Art. 5º Constitui infrações:
I – A pessoa física ou jurídica que prestar, a entidades, instituições ou empresas de serviços, consultorias
e assessorias, remunerados ou não, de exclusiva competência de Bombeiros Civis, assim reconhecidos pela
legislação vigente.
II – A pessoa física ou jurídica que exercer atividade própria ao Bombeiro Civil, sem possuir o registro no
respectivo Conselho Federal e nos Estados nos Conselhos Regionais.
III – O profissional que desempenhar atribuições estranhas ou expressamente proibidas pela legislação vi-
gente, contrariando os princípios éticos da categoria profissional e resoluções emanadas do sistema CFBC/CRBC.
IV – O Bombeiro Civil que ceder seu nome e qualificação profissional a empresas, instituições ou entida-
des, sem que nelas tenha participação efetiva.
V – O profissional que continuar em atividade, mesmo depois de ter sido suspenso pelo Conselho Fede-
ral ou pelos Conselhos Regionais.
VI – As empresas, entidades ou instituições que exerçam atividades reservadas pela lei, ao Bombeiro Civil.
Art. 6º São atribuições do CFBC
I – Pugnar pela defesa ampla dos profissionais a qual representa, pela defesa da Constituição Federal, pela
defesa dos direitos humanos, pela defesa das liberdades civis e democráticas e pela justiça social e cidadania;
II – Organizar o seu Regimento Interno e estabelecer normas gerias de conduta para os Regimentos dos
Conselhos Regionais;
III – Organizar; difundir; aplicar integralmente o Código de ética Profissional;
IV – Fiscalizar o cumprimento da lei e regulamentos de natureza profissional, podendo tomar todas as
medidas necessárias ao seu fiel cumprimento pelos respectivos Conselhos Regionais;
V – Sugerir, sempre que forem necessárias as alterações no regimento oficial e regulamentar que encon-
tre submetida a categoria profissional dos Bombeiros Civis;
VI – Homologar os Regimentos Internos organizados pelos Conselhos Regionais;
VII – Examinar e decidir, em última instância, os assuntos relativos ao exercício da profissão de Bombeiro
Civil, podendo anular qualquer Ato que não estiver de acordo com essa Lei;
VIII – Tomar conhecimento e dirimir quaisquer dúvidas suscitadas pelo Conselhos Regionais; mediante
parecer técnico conclusivo do Conselho Federal.
IX – Julgar, em última instância, todos recursos sobre registros profissionais, decisões e penalidades im-
postas pelos Conselhos Regionais;
X – Baixar e fazer as publicações das Resoluções previstas para a regulamentação e execução da presente
Lei e casos omissos, ouvindo os Conselhos Regionais;
XI – Promover diligências, instaurar inquéritos para averiguações sobre o funcionamento dos Conselhos
Regionais, adotando medidas visando a sua eficácia, eficiência e normalidade.
XII – O Conselho Federal organizará e manterá sempre atualizada a relação dos certificados concedidos
pelas escolas devidamente autorizadas pelo poder público, bem como, seus cursos, grade curricular e aplica-
ção da mesma mantendo as características educacionais e relação atualizada dos profissionais habilitados e
registrados no Sistema CFBC/CRBC;
XIII – Incorporar no balancete do Conselho Federal o resumo das receitas e despesas orçamentarias e
realizadas pelo Conselhos Regionais;
XIV – Realizar, no mínimo uma vez por ano, reuniões com os presidentes dos Conselhos Regionais;
XV – Nomear comissão de Sindicância com no mínimo três e no máximo sete componentes para apu-
ração de irregularidades administrativas praticadas pelos CRBCs em acatamento a denúncias oriundas dos
Bombeiros Civis inscritos.
Parágrafo único. Se comprovada irregularidades e anormalidades, indicar as penas previstas nesta Lei.
XVI – Julgar, em grau de recurso, as infrações ao Código de Ética Profissional do Bombeiro Civil, elabo-
rado pelo Sistema CFBC/CRBC;
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XVII – Fixar, com a participação dos CRBC(s), as anuidades, valores das multas, emolumentos e taxas a
serem pagas pelos profissionais e pessoas jurídicas, devidos aos Conselhos Regionais;
XVIII – Autorizar o Presidente a adquirir, onerar, mediante cotação de preços, alienar bens imóveis do
Conselho Federal.
XIX – O CFBC procederá a revisão de suas Resoluções, sempre que julgar necessário, de maneira a cons-
tituir um corpo doutrinário, sob forma de resoluções e recomendações consolidadas, visando garantir e asse-
gurar a unidade de ação central;
XX – O Presidente do CFBC baixará resoluções, dentro do prazo de 180 (cento e oitenta) dias, contados
a partir da publicação desta Lei no Diário Oficial da União.
Parágrafo único: As resoluções serão destinadas a complementação, a composição, a regulamentação
de ordem técnica, administrativa e jurídica, do Conselho Federal e Regionais;
XXI – Eleger sua Diretoria mediante resoluções expedidas para a criação da Comissão Eleitoral e seu Re-
gimento Interno.
XXII – Criar as Câmaras especializadas em segurança e saúde dos trabalhadores, Recursos Ambientais,
Análise de Riscos, dentre outras.
Art. 7º Constitui Renda do Conselho Federal:
I – vinte por cento (20%) sobre as anuidades cobradas de profissionais e pessoas jurídicas, emolumentos
e multas aplicadas de conformidade com este Estatuto, Resoluções e Regimento Interno; arrecadados pelos
Conselhos Regionais;
II – doações, legados, juros e receitas patrimoniais;
III – as contribuições voluntárias;
IV – as subvenções orçamentárias;
V – outros rendimentos eventuais;
Art. 8° Compete ao Conselho Federal e aos Conselhos Regionais, representar em juízo ou fora deste os
legítimos interesses da categoria profissional dos Bombeiros Civis, dentro das respectivas áreas de atuação
dentro de todo território nacional.
Art. 9º São atribuições dos Conselhos Regionais:
I – Elaborar e alterar seu Regimento Interno, submetendo-o à homologação do Conselho Federal;
II – Examinar e dar parecer em processo de reclamação ou recursos contra a concessão ou indeferimen-
to de registros;
III – Julgar, em grau de recurso, os processos de imposição de penalidade e multas;
IV – Organizar o Sistema de Fiscalização do exercício da profissão;
V – Publicar periodicamente relatório de suas atividades, junto com relação de profissionais e pessoas
jurídicas que congrega;
VI – Examinar os requerimentos e os processos de registros, expedindo as Carteiras de Identificação Pro-
fissional e os documentos de registros que lhe forem pertinentes;
VII – Eleger a sua Diretoria, conforme instruções elaboradas e expedidas pelo Conselho Federal;
VIII – Aprovar os Relatório Anual e os Balanços Financeiros que compõem o processo de Prestação de
Contas da Diretoria;
IX – Aplicar no todo, o regimento interno e o código de ética profissional aprovado pelo Conselho Federal;
X – Sugerir ao Conselho Federal a adoção de medidas necessárias à normalização dos serviços de fisca-
lização do exercício da profissão;
XI – Cumprir e fazer cumprir esta Lei e as Resoluções expedidas pelo Conselho Federal, sem prejuízo dos
atos que venham a expedir por conta própria;
XII – Criar Inspetorias e nomear Inspetores Especiais, visando a maior eficiência de fiscalização;
XIII – Organizar, disciplinar e manter atualizado o Registro dos Profissionais localizados na respectiva região;
XIV – Organizar e manter atualizado o Cadastro de Pessoas Jurídicas, previstos nesta Lei;
XV – Organizar e manter atualizado o Registro de Cursos e Escolas, de acordo com esta Lei;
XVI – Autorizar o Presidente a adquirir, onerar ou alterar bens e imóveis, mediante cotação de preços;
XVII – Impor sanções previstas nesta Lei;
XVIII – Expedir resoluções no âmbito de sua competência.
CAPITULO DAS ELEIÇÕES GERAIS
Art. 10° Das Eleições Gerais do CFBC
I – O Conselho Federal através de seu presidente baixará a resolução especifica para criação da Comissão
Eleitoral (180) dias antes do pleito.
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II – A Comissão Eleitoral terá regimento próprio que será elaborada pela plenária do Conselho Federal.
III – Todos os membros do Conselho Federal serão eleitos pelo voto direto e secreto mediante atendi-
mento dos dispositivos abaixo:
IV – Hum voto secreto dos Presidentes dos Conselhos Regionais organizados nos estados da Federação.
V – Hum voto de cada Conselheiro Federal dos estados da Federação indicados pelos Conselhos Regio-
nais e homologados pela plenária do CFBC.
VI – As chapas completas, serão inscritas no Conselho Federal, pelo responsável pela chapa ou seu re-
presentante legal.
VII – Todos os inscritos deverão estar em pleno gozo com os seus Direitos Estatutários, Sociais e deve
estar em dia com as suas contribuições, anuidades e outros pagamentos devidos ao Conselho Federal e Con-
selho Regional.
VIII – O Presidente do Conselho Federal será eleito, por maioria absoluta, dentre os membros do Conse-
lho Federal, Conselho Regional e Conselheiros Federal indicado conforme Item V.
IX – As eleições deverão ser convocadas no mínimo com 45 (Quarenta e cinco) dias de antecedência do
término do mandato da Diretoria do Conselho Federal pela Comissão Eleitoral designada.
X – As eleições serão registradas pela Comissão Eleitoral.
XI – As chapas que concorrerem às eleições deverão ser inscritas na sede da Entidade até os últimos 5
(cinco) dias úteis após a data da publicação do Edital das Eleições no Diário Oficial da União Seção 3, jornal de
Grande Circulação e nas sedes dos Conselhos regionais por Edital de convocação tudo sob a responsabilidade
da Comissão Eleitoral.
XII – Terminando o prazo de inscrição das chapas, será aberto prazo para impugnação das eleições do
CFBC, obedecendo inclusive ao Regimento Eleitoral.
XIII – Na Comissão Eleitoral terá de 1 (um) representante de cada uma chapa que se inscreverem para
concorrerem ao pleito sendo iniciado pelo responsável pela chapa e imediatamente se juntará a comissão elei-
toral por ato do regimento da própria Comissão Eleitoral.
XIV – Em se tratando de chapa única, o Presidente do CFBC ainda em exercício nomeará uma Comissão
Eleitoral composta de 3 (três) membros, podendo ou não pertencer ao Conselho Federal.
XV – Qualquer candidatura somente será homologada pela Comissão Eleitoral após serem comprovadas
as exigências estabelecidas por esta Lei.
XVI – Qualquer Bombeiro Civil em dia com seus direitos poderá solicitar a impugnação das candidaturas
ou de chapas protocolando pedido no Conselho Federal.
XVII – O prazo para a impugnação das candidaturas é de 05 (cinco) dias contados da publicação da rela-
ção nominal das chapas registradas.
XVIII – O pedido será julgado imediatamente pela Comissão Eleitoral em parecer conclusivo tendo como
base as condições previstas neste Estatuto.
XIX – A Comissão Eleitoral elaborará o seu próprio Regimento de Trabalho, sendo que o mesmo deverá
prever pelo menos as seguintes questões: – a) Garantia de acesso de representantes e fiscais em número pre-
visto no regimento, em todas as mesas coletoras e apuradoras de voto; b) Acesso às listagens atualizadas dos
eleitores aptos a votar;
XX – As questões pendentes e não resolvidas pela Comissão Eleitoral serão remetidas ao Conselho Fede-
ral que em reunião com a Plenária se pronunciará definitivamente sobre a questão levantada.
XXI – O processo eleitoral e das votações obedecerão às normas previstas nesta lei, e serão de exclusiva
responsabilidade da Comissão Eleitoral designada que regulamentará todo o pleito.
XXII – A posse para o novo mandato do Conselho Federal eleito, dar-se-á no primeiro dia útil após o tér-
mino da gestão e mandato anterior.
Art. 11° O CFBC terá a seguinte composição:
I – Presidente do CFBC.
II – Primeiro e Segundo Vice Presidente
III – Primeiro e Segundo Secretário Geral
IV – Primeiro e Segundo Tesoureiro
V – Primeiro e Segundo Conselheiro de Ética Profissional
VI – Primeiro e Segundo Conselheiro de Assuntos Patrimoniais
VII – Seis Conselheiros Fiscais sendo (3) Titulares e (3) Suplentes
VIII – Hum Conselheiro Federal para cada Estado e Distrito Federal, onde houver Conselho Regional e
seu respectivo suplentes.
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  165 

Parágrafo 1º Os Conselheiros Federais e Suplentes terão o seu domicilio na região em que se localizar os
Conselhos Regionais.
Parágrafo 2º O Conselho Fiscal terá as suas atribuições previstas nos artigos 29, 30 e 31 desta lei.
Parágrafo 3º O Conselho Fiscal será presidido pelo membro escolhido entre os titulares.
Art. 12° Os membros do Conselho Federal – CFBC, terão mandato por quatro anos e dos Conselhos Re-
gionais terão o mandato na forma dos seus Estatutos, permitida a Reeleição.
Art. 13° Junto ao Conselho Federal e a cada Conselho Regional, funcionará um Conselho Fiscal, composto
de três membros efetivos e três suplentes, eleitos para um mandato coincidente com o Sistema CFBC/CRBC.
Art. 14° A perda de mandato de membros da Diretoria do Conselho Federal ocorrerá:
a) Malversação ou dilapidação do Patrimônio Social;
b) Grave violação desta Lei;
c) Abandono de cargo na forma prevista nesta lei.
d) Por renúncia;
e) Por superveniência de causa da qual resulte o cancelamento definitivo da inscrição;
f) Por condenação criminal com pena superior a 2 (dois) anos em virtude de sentença transitada
em julgado;
g) Por destituição de cargo, função ou emprego relacionada a prática de improbidade na adminis-
tração pública ou privada, em virtude de sentença transitada em julgado;
h) Por ausência sem motivo justificado a 3 (três) seções consecutivas ou 6 (seis) seções alternadas
durante 1 (um) ano do exercício do mandato no Conselho Federal.
Parágrafo 1º A perda do mandato será declarada pela maioria absoluta de votos dos conselheiros e pos-
terior aprovação dos Membros do CFBC.
Parágrafo 2º Toda suspensão ou destituição de cargo administrativo deverá ser precedida de notificação
que assegure ao interessado o pleno direito de defesa;
Parágrafo 3º Decida pela destituição de qualquer conselheiro o mesmo deverá ser notificado em até
72 (setenta e duas horas) após a realização da Plenária do Conselho Federal, cabendo recurso no prazo de 15
(quinze) dias contados do recebimento da notificação;
Parágrafo 4º As renúncias de conselheiros serão comunicadas por escrito e com firma reconhecida ao
Presidente do CFBC.
Art. 15° Havendo renúncia ou destituição de qualquer membro do Conselho ou membro do Conselho
Fiscal, assumirá automaticamente o cargo vagante o substituto legal previsto neste Estatuto;
Parágrafo 1º No caso de vacância de cargo de Conselheiro Titular ou Conselheiro Fiscal, os Membros
Efetivos e Suplentes restantes do Conselho Federal e Conselho Fiscal reunir-se-ão para escolher o Conselheiro
Suplente a ser convocado para o cargo em disponibilidade;
Parágrafo 2º Em se tratando de renúncia do Presidente do CFBC, será por este notificado igualmente por
escrito e com firma reconhecida ao substituto estatutário, que dentro de 48 (quarenta e oito) horas reunirá o
CFBC para dar ciência do ocorrido.
Art. 16° No caso de abandono ou destituição de qualquer Conselheiro ou Conselheiro Fiscal, que hou-
ver abandonado o cargo ou for destituído, não poderá ser eleito para qualquer mandato de Administração do
CFBC, por um período de 03 (três) anos.
Art. 17º Ao Presidente do Conselho Federal – CFBC compete sua representação perante a administração
pública, no âmbito Federal, perante os Poderes Executivos, Legislativos e Judiciários, em juízo ou fora dele,
em todo o território nacional, podendo delegar poderes; visando os interesses gerais da Categoria Profissio-
nal representada, assim como, dos interesses individuais e coletivos dos Bombeiros Civis e em particular dos
Conselhos Regionais.
Art. 18° Compete ao Presidente do CFBC:
a) Convocar e presidir as Sessões da Plenária do Conselho Federal, convocar e instalar as Assembleias
Geral e Extraordinárias;
b) Convocar os Conselheiros Suplentes do CFBC e do Conselho Fiscal, pela forma prevista nesta Lei;
c) Ordenar as despesas autorizadas e visar cheques de contas a pagar, exclusiva e conjuntamente
com o Primeiro Conselheiro Tesoureiro;
d) Assinar o orçamento anual e as atas e todos os papéis que dependam de sua assinatura, bem
como rubricar os livros da secretária e os da tesouraria;
166  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

e) Organizar o quadro de pessoal, contratar ou nomear os funcionários fixando-lhes os vencimentos,


conforme as necessidades do serviço e com a aprovação da Plenária do Conselho Federal;
f) Desempenhar bem o cargo para que foi eleito e no qual foi investido frente a Categoria Profissio-
nal e Entidades Governamentais em todo o Brasil;
g) Superintender todos os negócios do Conselho Federal, bem como coordenar todas as ações da
administração central do CFBC, delegando poderes;
h) Tomar deliberações com base nos pronunciamentos da Plenária do Conselho Federal CFBC, defi-
nido no Regimento Interno, considerando as grandes distâncias geográficas no pais;
i) Cumprir e fazer cumprir as legislação em vigor, bem como os Estatutos, Regimentos e Resoluções
do Conselho Federal e das Assembleias Gerais Extraordinárias;
j) Convocar as eleições mediante estabelecimento de Comissão Eleitoral e determinar as providên-
cias para que todas as atividades e processamento relativos ao pleito, seja transferida para a Comis-
são designada;
k) Baixar todas as instruções, normas, resoluções e regulamentos necessários para funcionamento
da Comissão Eleitoral e dar posse ao Conselho eleito respeitando em tudo a Lei.
Art. 19° Ao Conselheiro Primeiro Vice Presidente compete:
a) Cumprir e fazer cumprir a presente Lei;
b) Substituir o Presidente nas suas ausências e impedimentos;
c) Auxiliar o Presidente em todas as suas atividades e nas que for designado;
d) Executar todas as atribuições que lhe forem outorgadas pelo Conselho Federal.
Art. 20° Ao Conselheiro Segundo Vice Presidente compete:
a) Substituir o Primeiro Vice Presidente em seus impedimentos e ausências legais;
b) Auxiliar o Presidente nas funções que lhe forem delegadas;
c) Executar atividades e atribuições delegadas pelo Conselho Federal;
d) Cumprir e fazer cumprir a presente Lei.
Art. 21° Ao Conselheiro Primeiro Secretário Geral compete:
a) Cumprir e fazer cumprir a presente Lei;
b) Supervisionar e preparar toda a correspondência do expediente do CFBC;
c) Ter arquivo sob sua guarda;
d) Redigir e ler as atas das seções do Conselho Federal e das Assembleias;
e) Dirigir e fiscalizar os trabalhos da Secretaria;
f) Executar outras funções e atividades que lhe forem atribuídas.
Art. 22° Ao Conselheiro Segundo Secretário Geral compete:
a) Cumprir e fazer cumprir a presente Lei;
b) Substituir o Conselheiro Primeiro Secretário Geral em seus impedimentos;
c) Auxiliar o Conselheiro Primeiro Secretário Geral para o desempenho das atribuições que lhe são
conferidas;
d) Executar todas as tarefas que lhe forem outorgadas pelo Conselho Federal.
Art. 23° Ao Conselheiro Primeiro Tesoureiro compete:
a) Cumprir e fazer cumprir a presente Lei;
b) Ter sob sua guarda e responsabilidade os valores do CFBC e documentos contábeis;
c) Assinar com o Presidente do CFBC, os cheques e efetuar os pagamentos e recebimentos autorizados;
d) Organizar e responsabilizar-se pela contabilidade do CFBC;
e) Dirigir e fiscalizar todos os trabalhos da Tesouraria;
f) Apresentar para a Plenária do Conselho Federal e Conselho Fiscal do CFBC, balancetes semestrais,
previsão orçamentária anual e balanço anual do CFBC.
Art. 24° Ao Conselheiro Segundo Tesoureiro compete:
a) Cumprir e fazer cumpri a presente Lei;
b) Substituir o Conselheiro Primeiro Tesoureiro nas suas ausências e impedimentos;
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  167 

c) Auxiliar o Conselheiro Primeiro Tesoureiro para o desempenho das atribuições que lhe são conferidas;
d) Executar todas as tarefas que lhe forem outorgadas pelo Conselho Federal.

CAPÍTULO DO CONSELHO FISCAL


Art.25º Ao Conselho Fiscal do CFBC compete:
a) Cumprir e fazer cumpri a presente Lei;
b) O Conselho Fiscal é o órgão de fiscalização da gestão financeira do Conselho Federal dos Bom-
beiros Civis;
c) Em qual quer momento, examinar e inspecionar a contabilidade e a Tesouraria, através de seus
livros e documentos, podendo em caso de irregularidade, emitir parecer conclusivo, e reunir junto
ao Conselho Federal;
d) Apreciar os balancetes financeiros, o balanço e o relatório anual do CFBC, e encaminhar parecer
para a plenária do Conselho Federal, através do Presidente;
e) Emitir pareceres sobre transações financeiras e comerciais, quando solicitado pelo Presidente do
CFBC ou Plenária do Conselho Federal;
f) Examinar a escrituração dos livros e documentos da Tesouraria;
g) Emitir parecer sobre o balanço do exercício financeiro;
h) Atender as convocações do Presidente do Conselho Federal, para a participação, em Reuniões e
nas Assembleias Gerais Ordinárias e Extraordinárias;
Art. 26° O Conselho Fiscal reunir-se-à pelo menos uma vez por ano e, extraordinariamente, sempre que
convocado pelo Presidente do Conselho Federal;
Art. 27° O Conselho Fiscal, deverá elaborar e encaminhar Parecer Conclusivo, sobre Pedidos de Suplemen-
tação de Verbas para o Exercício das atividades do CFBC, endereçando – o ao Presidente do Conselho Federal;
Parágrafo único: O Conselheiro Presidente do Conselho Fiscal será eleito dentre os seus 3 (três) membros
titulares integrantes da chapa majoritária do Conselho Federal.
Art. 28° Ao Conselheiro Federal compete:
a) Cumprir e fazer cumprir a presente Lei;
b) Preencher as vagas dos Conselheiros Titulares, ausentes ou impedidos, onde terão as mesmas
atribuições ao cargo a ser substituído;
c) Executar todas as tarefas que lhe forem outorgadas pelo Conselho Federal;
d) Aplicar e difundir integralmente o Código de Ética da Categoria Profissional;
e) Ser indicado e homologado pelo CFBC conforme esta lei.
Art. 29° Aos Bombeiros Civis e às pessoas jurídicas inscritas nos órgãos de que trata a presente Lei é vedado:
I – Prejudicar, por dolo ou culpa, os interesses que lhe forem confiados;
II – Auxiliar ou por qualquer outro meio, facilitar o exercício da profissão aos não inscritos;
III – Elaborar e divulgar anúncio ou impresso alusivo à atividade como profissional, sem mencionar sua
condição e respectivo número de inscrição no Conselho Federal ou Regional;
IV – Violar o sigilo profissional;
V – Recusar-se, a prestação de contas ou a entrega de recibos e comprovantes de despesas de quantias
que lhe tenham sido confiadas;
VI – Violar obrigação legal concernente ao exercício da profissão;
VII – Deixar de pagar contribuições devidas ao Conselho Regional;
VIII – Praticar no exercício da atividade profissional, ato que a lei defina como crime ou contravenção.
Art. 30° É competência do Sistema CFBC/CRBC a aplicação aos Bombeiros Civis e as pessoas Jurídicas
associadas, das sanções disciplinares a seguir:
Advertência Verbal: Censura – Multa – Suspensão da Inscrição, com apreensão da Carteira de Identida-
de Profissional;
Parágrafo 1º Na determinação da sanção a ser aplicada, o Conselho orientar-se-à pelas circunstâncias de
cada caso, de modo avaliar a falta como leve, média ou grave.
Parágrafo 2º A reincidência da mesma falta determinará agravação da penalidade;
Parágrafo 3º A multa poderá ser acumulada com outra penalidade, sendo aplicada em dobro no caso
de reincidência da mesma falta.
168  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

Parágrafo 4º As penalidades de suspensão serão anotadas na Ficha Cadastral ou Prontuário, para as pes-
soas físicas e jurídicas em caráter confidencial de cada Conselho, garantindo ampla defesa conforme previsto
nesta Lei.
CAPÍTULO DA FORMAÇÃO PROFISSIONAL E CURRICULAR
Art. 31° O Conselho Federal dos Bombeiros Civis – CRBC participará decisivamente nas fases de revisão,
sugestão, recomendação e encaminhamento em todas as mudanças curriculares que se refiram aos cursos técni-
cos de formação profissional da categoria representada em todo o território nacional. Para tal finalidade atuará:
I – Junto ao Ministério da Educação e Cultura – MEC;
II – Secretaria de Ensino Médio e Tecnológico de Ensino de 2º Grau – SEMTEC;
III – Junto as Secretarias de Educação nos estados da federação;
IV – Junto as instituições de ensino e conselhos autorizados pelo Poder Público, Federal, Estadual e Mu-
nicipal;
V – O CFBC participará de auditorias e fiscalizações conjuntas, nas épocas de verificação de pedidos para
a concessão de novos cursos de Bombeiros Civis, em todo o território nacional, para tanto, fará gestão junto
aos Órgãos de Educação em todos os níveis governamentais no país.
Art. 32° Os empregados do Conselho Federal e Regionais serão regidos pela Legislação Trabalhista vi-
gente no país.
Art. 33° Os Bombeiros Civis que se habilitarem nos termos desta Lei, só poderão exercer a profissão após
a Inscrição nos Conselhos Regionais.
Art. 34° Aos profissionais inscritos e de acordo com esta Lei, será fornecida uma Carteira de Identidade
Profissional de Bombeiro Civil, conforme modelo estabelecido e adotado pelo Conselho Federal dos Bombei-
ros Civis, contendo os seguintes dados:
I – Número de ordem em que foi inscrito
II – Data de emissão da Carteira,
III – Nome por extenso,
IV – Filiação,
V – Nacionalidade e naturalidade,
VI – Data de nascimento,
VII – Fotografia 3 x 4 de frente,
VIII – Impressão datiloscópica,
IX – Denominação da entidade em estabelecimento de ensino em que foi diplomado,
X – Data e indicação de registro,
XI – Assinatura por extenso,
XII – Data de expedição,
XIII – Anotações diversas, bem como, todos os elementos necessários a sua identificação; grupo sanguí-
neo, fator RH, CPF e a expressão “VALIDA EM TODO O TERRITÓRIO NACIONAL”
Parágrafo 1º A expedição da Carteira de Identidade Profissional a que se refere este artigo, só será de-
ferida mediante o pagamento da taxa a ser arbitrada pelo Conselho Federal e Conselho Regional de origem;
Parágrafo 2º A Carteira de Identidade Profissional de Bombeiro Civil, para efeitos desta Lei será expedida
em complementação ao diploma, servindo como documento de identidade e tendo fé pública;
Parágrafo 3º Para a emissão da Carteira de Identidade Profissional de Bombeiro Civil, o Conselho Regio-
nal exigirá do interessado a prova de habilitação profissional e de identidade, bem como outros elementos
julgados necessários, de acordo com instruções expedidas pelo Conselho Federal;
Parágrafo 4º Características Fundamentais da Carteira de Identidade Profissional:
I – A Carteira de Identidade Profissional na cor verde com borda amarela, será expedida em caráter per-
manente e definitivo;
II – A Carteira de Identidade Profissional na cor verde com borda azul, será expedida em caráter provisó-
rio com validade de 01 (um) ano após sua expedição;
Parágrafo 5º O Símbolo da República Federativa do Brasil, de domínio público da sociedade, será também
usado em toda a documentação pertinente ao Conselho Federal e Conselhos Regionais; no seu impedimento
o Conselho Federal e Conselhos Regionais terão simbologia própria.
Art. 35° Os diplomados em Escolas Técnicas Oficiais ou Escolas devidamente autorizadas pelo Órgãos
Federais ou Instituições Estaduais competentes, cujo diplomas estejam em fase de processamento de Regis-
tro na repartição federal competente, poderão exercer a profissão desde que obtenham registro provisório no
Conselho Federal e nos termos do Parágrafo 4º Inciso II do Artigo 38.
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  169 

Art. 36° Para que o Profissional, Empresa ou Instituição, possa exercer atividades em uma Região diver-
sa da que se encontra inscrita, deverá visar o seu registro no Conselho Regional da jurisdição, quando houver.
Parágrafo único: O CFBC expedirá resolução sobre o reconhecimento de registro de empresas e de pro-
fissionais nos Estados que não tiverem organizados os respectivos Conselhos Regionais.
Art. 37° As Pessoas Jurídicas que se encontram obrigadas ao Registro de acordo com esta Lei, deverão
também registrar no Conselho Regional, os profissionais de seu quadro técnico.
Parágrafo 1º – A inscrição de Pessoas Jurídicas só será deferida se sua atividade e a qualificação de seu
quadro técnico, estiverem relacionados com os objetivos do Sistema CFBC/CRBC.
Parágrafo 2º – O Sistema CFBC/CRBC estabelecerá em Resoluções, os requisitos a serem preenchidos
para que as Pessoas Jurídicas possam obter o registro previsto neste Artigo.
Art. 38° A correta aplicação desta Lei, a verificação e a fiscalização do exercício da profissão, serão exer-
cidos pelo Sistema CFBC/CRBC, cujo entrosamento deverá visar sempre a unidade de ação central.
Art. 39° As Assembleias Gerais Ordinárias, ocorrerão no mínimo uma vez por ano, quando da aplicação
da previsão orçamentaria e do balanço anual, e as Assembleias Gerais Extraordinária sempre que se fizerem
necessárias.
Parágrafo 1º As Assembleias Gerais são soberanas nas resoluções não contrárias, as leis vigentes e esta
Lei, suas deliberações serão tomadas por maioria absoluta dos votos dos representantes dos Conselhos Regio-
nais em primeira convocação, por maioria simples de votos presentes, em segunda convocação com qualquer
número de presentes uma hora após.
Parágrafo 2º A convocação da Assembleia Geral, será amplamente divulgada pelo Conselho Federal –
CFBC, através de seus boletins e editais públicos enviados para os Conselhos Regionais e no Diário Oficial da
União Seção 03 (três), com antecedência mínima de cinco dias.
Art. 40° Realizar-se-ão Assembleias Gerias Extraordinárias, observadas as prescrições anteriores.
a) Quando o Presidente ou a maioria do Conselho Federal e Conselho Fiscal, julgarem conveniente;
e mediante exposição de motivos.
b) Através de requerimento dos Conselhos Regionais em número de 2/3 (dois terços), inscritos no
Conselho Federal, em pleno gozo de seus direitos, os quais especificarão pormenorizadamente os
motivos da convocação.
Art. 41° A convocação da Assembleia Geral Extraordinária, quando feita pela maioria do Conselho Federal
e Conselho Fiscal, não poderá opor-se o Presidente do CFBC. O mesmo deverá tomar providências para a sua
realização dentro de 15 (quinze) dias, contados a partir da entrada do requerimento na Secretaria.
Parágrafo 1º – Deverá comparecer a respectiva Assembleia sob pena de nulidade da mesma, a maioria
dos que a promoveram;
Parágrafo 2º – Na falta de convocação pelo Presidente do CFBC, fá-la-ão expirado o prazo marcado neste
Artigo, àqueles que a requererem;
Parágrafo 3º – As Assembleias Gerais Extraordinárias, só poderão tratar de assuntos que forem convocadas.
Art. 42° As despesas do CFBC correrão pelas rubricas determinadas pela presente Lei e recomendadas
pela Assessoria Contábil da Entidade.
Art. 43° A administração do patrimônio do CFBC, é constituído pela totalidade dos bens que o mesmo
adquirir, e outros recebidos em doação pelos poderes públicos e privados, e compete ao Conselho Federal a
gestão destes bens.
Art. 44° Os títulos de renda e os bens imóveis, só poderão ser alienados, após prévia autorização da As-
sembléia Geral.
Art. 45° Fica assegurado o prazo de 180 (cento e oitenta) dias, a partir da data da publicação desta Lei,
para o cumprimento do Registro e Inscrições das Pessoas Físicas e Jurídicas.
Art. 46° O Conselho Federal dos Bombeiros Civis terá sede e foro na Capital da República e jurisdição em
todo o território nacional.
Art. 47° A dissolução do Conselho Federal dos Bombeiros Civis – CFBC será aprovada por 2/3 dos as-
sociados em Assembleia convocada para esta finalidade, constando pauta única de dissolução do Conselho.
A destinação dos seus bens móveis e imóveis será feita por doação a entidades correlatas de prevenção de
acidentes.
Art. 48° O Conselho Federal dos Bombeiros Civis funcionará como Tribunal Superior de Ética Profissional.
Art. 54 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 55 Revogam-se as disposições em contrário.
170  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

JUSTIFICAÇÃO
A profissão de Bombeiro Civil é regida pela Lei 11.901, de 12 de janeiro de 2009. Segundo a referida Lei
“Considera-se Bombeiro Civil aquele que, habilitado nos termos desta Lei, exerça, em caráter habitual, função
remunerada e exclusiva de prevenção e combate a incêndio, como empregado contratado diretamente por
empresas privadas ou públicas, sociedades de economia mista, ou empresas especializadas em prestação de
serviços de prevenção e combate a incêndio.”
A Lei classifica como funções do profissional de Bombeiro Civil da forma a seguir:
I – Bombeiro Civil, nível básico, combatente direto ou não do fogo;
II – Bombeiro Civil Líder, o formado como técnico em prevenção e combate a incêndio, em nível de en-
sino médio, comandante de guarnição em seu horário de trabalho;
III – Bombeiro Civil Mestre, o formado em engenharia com especialização em prevenção e combate a
incêndio, responsável pelo Departamento de Prevenção e Combate a Incêndio.
A Lei, ainda, estabelece a jornada de 12 horas de trabalho e descanso de 36 horas. São assegurados aos
Profissional: i) Seguro de Vida em grupo; ii) Adicional de Periculosidade de 30% do salário mensal; e iii) unifor-
me especial fornecido pelo empregador.
A profissão de Bombeiro Civil, consabido, é uma atividade em plena expansão, porém não possui um
órgão que represente a categoria fazendo-se necessário a sua criação. A criação do Concelho Federal dos Bom-
beiros Civis – CFBC – e dos Conselhos Regionais dos Bombeiros Civis – CRBC – tem por objetivo promover e
manter o cadastro e o registro dos profissionais visando o desenvolvimento e a fiscalização da profissão. Esta-
belecer o código de ética dos profissionais do setor, disciplinando e fiscalizando o exercício profissional, com
autonomia administrativa, organizacional, operacional e financeira.
O Conselho lutará pela defesa, capacitação e incentivo ao desenvolvimento da atividade profissional. É
dever da União, dos Estados e dos Municípios promover políticas sociais que contribuam para a melhoria da
qualidade de vida da sociedade.
Em razão do enraizamento da cultura de prevenção, o qual se solidificou e cresceu ao ponto de contar,
nos dias de hoje, com um efetivo de profissionais especializados, Bombeiros Civis, muito maior que o efetivo
das corporações militares oficiais do pais. Consequentemente, em 12 de janeiro de 2009, foi sancionada pelo
Governo Federal, a Lei nº 11.901, reconhecendo a atividade do BOMBEIRO CIVIL como profissão.
A profissão de Bombeiro Civil atua nas forças de segurança civis e seus profissionais são responsáveis
pelo combate a incêndios, vazamentos, teste de equipamentos de segurança e resgates de pessoas em situa-
ção de risco, e outras.
O Bombeiro Civil exerce suas funções principalmente em indústrias e empresas. Seu emprego é exigido
por norma da ABNT e atua na área de proteção e Combate a Incêndio e Atendimento de Pronto Socorrismo. A
Lei prevê inclusive que o Bombeiro Civil possa exercer suas funções no meio público. Também pode executar
serviços de Bombeiro em organizações voluntárias conveniadas com os municípios, conforme a disponibilida-
de e sistema interno de cada organização.
A atividade de Bombeiro Civil desenvolveu um mercado de trabalho para onde muitas empresas se vol-
taram, preparando-se convenientemente, por meio de estruturas especificas de prevenção e combate a aci-
dentes e para formação dos profissionais habilitados para desempenhar os serviços, de tal forma, que já vêm
participando da prestação de tais serviços há mais de 30 (trinta) anos. Desse modo, é necessário a criação de
um Órgão fiscalizador da profissão.
Assim sendo, em face das razões expostas, apresentamos o presente projeto de lei para exame desta
casa e submeto à apreciação aos ilustre pares.
Sala das Sessões, em 20 de outubro de 2016. – Deputado RÔNEY NEMER, PP/DF
PROJETO DE LEI Nº 6.365, DE 2016
(Do Sr. Irajá Abreu)

Modifica a redação da Lei nº 9.504, de 30 de setembro de 1997, para limitar a sonorização em


atos de campanha eleitoral, sob pena de cancelamento do registro do candidato.
DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PL-5710/2005.
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º Os §§ 9º e 10 do art. 39, o § 2º do art. 41 da Lei nº 9.504, de 30 de setembro de 1997, passam a vi-
gorar com as seguintes alterações:
“Art. 39. ....................................................................................................................................................................................
....................................................................................................................................................................................................
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  171 

§ 9º Até as vinte e duas horas do dia que antecede a eleição, serão permitidos distribuição de mate-
rial gráfico, caminhada, carreata e passeata em favor de candidatos, desde que não haja sonorização.
§ 10. Fica vedada a utilização de fogos de artifício, foguetes, carros de som e trios elétricos em cam-
panhas eleitorais, exceto, quanto aos dois últimos, para a sonorização de comícios, pequenas, mé-
dias e grandes reuniões, limitado o uso destes aos locais dos eventos.
............................................................................................................................................................................................(NR).
....................................................................................................................................................................................................
Art. 41. .....................................................................................................................................................................................
....................................................................................................................................................................................................
§ 2º O poder de polícia refere-se às providências necessárias para inibir práticas ilegais, vedada a cen-
sura prévia sobre o teor dos programas a serem exibidos na televisão, no rádio ou na internet. (NR)”
Art. 2º Fica acrescentado o seguinte § 2º ao art. 40-B da Lei nº 9.504, de 30 de setembro de 1997, e renu-
merado seu parágrafo único como § 1º:
“Art.40-B ..................................................................................................................................................................................
....................................................................................................................................................................................................
§ 2º O abuso ou a reiteração de conduta que configure propaganda irregular poderá gerar o cance-
lamento do registro do candidato........................................................................................................(NR)”.
Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 4º Ficam revogados os §§ 9-A, 11 e 12 do art. 39 da Lei nº 9.504, de 30 de setembro de 1997.
JUSTIFICAÇÃO
Poucas coisas incomodam mais os eleitores durante as campanhas eleitorais que os barulhos que in-
vadem suas casas em horas indesejadas ou inapropriadas, provocados por carros de som e assemelhados, os
quais circulam quase ininterruptamente veiculando jingles e mensagens dos candidatos, bem como por fo-
guetes e outros fogos de artifícios.
Não é possível, em uma sociedade plural, a permissão de uso de aparelhos sonoros em detrimento do
conforto, da paz e do sossego dos vizinhos, máxime quando o som é imposto acima dos níveis toleráveis de
ruído. Ninguém tem o direito de invadir a privacidade de uma casa, um quarto privado, onde prevalece o di-
reito ao silêncio, ao descanso, à realização de uma atividade da preferência do morador (assistir a um filme, ler
um livro, escrever, estudar), sem o distúrbio de uma mensagem imposta, não solicitada.
Sossego é bem jurídico inestimável, componente dos direitos da personalidade, intrinsecamente ligado
ao direito à privacidade. A violação do sossego agride o elemento psíquico do ser humano e deve ser encara-
da como ofensa ao direito à integridade moral do homem, conceito muito próximo ao direito à intimidade, à
imagem e a incolumidade mental.
A poluição sonora, problema social e difuso, deve ser combatida pelo poder público e por toda a so-
ciedade, mediante ações judiciais de cada prejudicado e/ou da coletividade, tendo em vista que o art. 225 da
Constituição Federal dispõe ser direito de todos o meio ambiente equilibrado.
Se o sossego deve ser resguardado da intervenção de vizinhos, bares, e casas de show, tanto mais deve
ser resguardado nas campanhas eleitorais, a serem regidas pelo poder público a fim de que se garanta o direito
de informação do eleitor, sem, no entanto, intervenções substanciais na sua paz de espírito.
Ademais, a utilização de aparelhos de sonorização acirra, ainda mais, a desigualdade do poder econô-
mico dos candidatos.
Urge, pois, seja vedada a utilização de foguetes, fogos de artifício, carros de som e assemelhados nas
campanhas eleitorais, exceto para a sonorização de comícios, pequenas, médias e grandes reuniões, limitado
o uso destas aos locais dos eventos.
Certo de estar contribuindo para o aperfeiçoamento da democracia, rogo o apoio de meus pares para o
aperfeiçoamento e aprovação do presente projeto de lei.
Sala das Sessões, em 20 de outubro de 2016. – Deputado IRAJÁ ABREU
PROJETO DE LEI Nº 6.370, DE 2016
(Do Sr. Carlos Henrique Gaguim)

Altera o art. 73 da Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, que dispõe sobre as sanções penais
e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente para alterar
a destinação das multas aplicadas por infração ambiental que cause dano ambiental grave.
172  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PL-3707/2015.


APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º O art. 73 da Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, passa a vigorar acrescido do seguinte pará-
grafo único:
“Art. 73. .................................................................................................................................................................................
Parágrafo único. Os valores provenientes de multa aplicada em decorrência de infração ambiental que
tenha causado dano ambiental grave serão destinados exclusivamente para ações de melhoria e recu-
peração da qualidade do meio ambiente nas localidades afetadas.” (NR)
Art. 2o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
JUSTIFICAÇÃO
Conforme a legislação vigente, os valores arrecadados em pagamento de multas por infração ambiental
são revertidos ao Fundo Nacional do Meio Ambiente, ao Fundo Naval, ou a fundos estaduais ou municipais de
meio ambiente, conforme dispuser o órgão arrecadador.
Assim, apesar de servir ao propósito de auxiliar na conservação ambiental, os valores acabam sendo
aplicados em projetos e ações em outras localidades e até mesmo em outros biomas.
Buscamos, por meio desta proposição, garantir que o valor das penalidades impostas por infração am-
biental decorrente de dano ambiental grave seja destinado exclusivamente para ações de melhoria e recupe-
ração da qualidade do meio ambiente nas localidades afetadas.
Desta maneira, os valores arrecadados beneficiarão diretamente as comunidades e os ecossistemas atin-
gidos pelo dano ambiental, independentemente da obrigação do infrator de reparar o dano causado.
Esperamos que a proposição receba o apoio dos Nobres Pares para sua célere tramitação.
Sala das Sessões, em 24 de outubro de 2016. – Deputado CARLOS HENRIQUE GAGUIM
PROJETO DE LEI Nº 6.372, DE 2016
(Do Sr. Vitor Valim)

Regulamenta a Vaquejada como prática esportiva e cultural em todo o território Nacional e


dá outras providências.
DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PL-6298/2016. TENDO EM VISTA ESTA APENSAÇÃO, DETERMINO A
INCLUSÃO DA CESPO NO PL 6298/16.
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º. Para os efeitos da legislação vigente é considerada prática desportiva e cultural a Vaquejada em
todo o território Nacional.
Art. 2º. Considera-se a Vaquejada todo evento de natureza competitiva, no qual uma dupla de vaqueiro
domina animal bovino em faixa demarcada.
Art. 3º. Ficam obrigados os organizadores da Vaquejada a adotarem medidas de proteção à saúde e a
integridade física do público, dos vaqueiros e dos animais.
Art. 4º. Os promotores do evento, suas equipes de apoio, juízes e organização, assim como os competi-
dores, têm obrigação de preservar os animais envolvidos no esporte, sendo que qualquer maltrato proposital
a quaisquer dos animais participantes do evento acarretará a responsabilização civil e criminal daquele dire-
tamente envolvido na ocorrência e a sua imediata desclassificação.
Art. 5º. É obrigatória, durante todo o evento, a permanência de um médico veterinário destinada a acom-
panhar o tratamento de bois e cavalos nas medidas de prevenção e contenção de eventuais acidentes.
Art. 6º Eleva a Vaquejada bem como as respectivas expressões artísticos culturais, a condição de mani-
festação da cultural nacional e de patrimônio cultural imaterial.
Art. 7º. O Poder Executivo regulamentará esta lei no prazo de 60 (sessenta) dias.
Art. 8º. Esta lei entra em vigor na data da sua publicação.
Art. 9º. Revogam-se as disposições em contrário.
JUSTIFICAÇÃO
O presente projeto tem por objetivo considerar como prática desportiva e cultural os Rodeios de Vaque-
jadas ocorridos em todo o território Nacional.
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  173 

A vaquejada é a festa mais popular e tradicional do ciclo nordestino. É uma atividade recreativa-compe-
titiva com características de esporte.
O espetáculo da vaquejada é manifestação muito cultivada pela população de diversas regiões brasilei-
ras. Suas origens remontam a antigas práticas de nosso meio rural, relacionadas à pecuária e ao uso do cavalo
como principal meio de transporte.
Há diversas leis estaduais tratando do tema, regulamentando a vaquejada como atividade desportiva e
cultural, como por exemplo a Lei 15.299, de 2013 do Estado do Ceará e a Lei nº 13.454, de 2015 do Estado da
Bahia.
Entendemos, que a vaquejada é cultura, esporte e lazer, é enfim uma atividade recreativa-competitiva,
com características de esporte.
A Vaquejada é a festa mais tradicional do ciclo do gado nordestino, uma atração que lota arquibancadas,
atrai multidões, distribui milhares de prêmios e movimenta a economia em muitas regiões onde é praticada.
Dos resultados da vaquejada, muitas famílias tiram o seu sustento, uma verdadeira paixão que se espalhou por
todo o Nordeste e Estados próximos. Os eventos geram mais de 600 mil empregos e movimentam mais de R$
14 milhões por ano, além disso, promovem o turismo em diversos Estados Nordestinos.
Diante do exposto conclamo aos nobres Pares a aprovação da presente proposição.
Sala das Sessões, em 24 de outubro de 2016. – Deputado VITOR VALIM
PROJETO DE LEI Nº 6.373, DE 2016
(Do Sr. Arthur Oliveira Maia)

Eleva a Vaquejada, bem como suas respectivas expressões artístico-culturais, à condição de


manifestação cultural nacional e de patrimônio cultural imaterial, e a regulamenta como prá-
tica esportiva formal.
DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PL-6372/2016.
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º Esta lei eleva a Vaquejada, bem como suas respectivas expressões artístico-culturais, à condição
de manifestações da cultura nacional e de patrimônio cultural imaterial, e a regulamenta como prática espor-
tiva formal.
Art. 2º A Vaquejada e suas respectivas expressões artístico-culturais, passam a ser consideradas mani-
festações da cultura nacional.
Art. 3º Consideram-se patrimônio cultural imaterial do Brasil a Vaquejada e expressões decorrentes.
Art. 4º Considera-se vaquejada a atividade recreativa ou competitiva na qual uma dupla de vaqueiros,
montados a cavalo, tem o objetivo de perseguir um bovino e conduzi-lo a um local previamente indicado,
onde o animal deverá ser derrubado.
§ 1º Os competidores são julgados na competição pela destreza e perícia na ação de dominar o animal.
§ 2º Aplicam-se à vaquejada todas as disposições gerais relativas à defesa sanitária animal, incluindo a
obrigação de apresentação de certificados de vacinação, quando exigidos pela autoridade competente.
§ 3º Os competidores de que tratam o § 1º deste artigo são denominados “vaqueiros” ou “peões de va-
quejada”.
§ 4º É vedada a participação de competidores menores de dezoito anos em qualquer vaquejada em
todo o território nacional.
Art. 5º A vaquejada poderá ser organizada nas modalidades amadora e profissional, mediante inscrição
dos vaqueiros em torneio, e podem ser patrocinadas por entidades públicas ou privadas.
Art. 6º Os organizadores da vaquejada têm a obrigação de adotar todas as medidas de proteção à saúde
e à integridade física do público, dos vaqueiros e dos animais e prover:
I – infraestrutura para atendimento médico, com ambulância de plantão e equipe médica de primeiros
socorros;
II – médico veterinário habilitado, responsável pela garantia da boa condição física e sanitária dos animais
e pelo cumprimento das normas disciplinadoras da vaquejada, impedindo maus tratos e injúrias de qualquer
natureza;
III – transporte dos animais em veículos apropriados e instalação com infraestrutura que garanta a inte-
gridade física deles durante sua chegada, acomodação e alimentação;
IV – espaço físico adequado para a realização das competições, com dimensões e formato que propiciem
segurança aos vaqueiros, aos animais e ao público em geral;
174  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

V – pista de competição obrigatoriamente isolada por alambrado não farpado contendo placas de aviso
e sinalização informando os locais apropriados para acomodação do público;
VI – seguro de vida e de acidentes em favor dos competidores, compreendendo indenizações por morte
ou invalidez permanente no valor mínimo de duzentos mil reais.
Parágrafo único. O médico veterinário referido no inciso II deste artigo atuará durante as competições,
na condição de árbitro de bem-estar animal, com a prerrogativa de fiscalizar a ação dos competidores e da
equipe de apoio no trato com os animais, devendo suspender ou impedir a participação dos animais quando,
por qualquer motivo, estejam com sua integridade física em risco.
Art. 7º Os organizadores, as suas equipes de apoio e os competidores têm a obrigação de proteger e
preservar os animais envolvidos na vaquejada de qualquer maltrato proposital, sendo vedados:
I – a utilização de luvas de prego ou assemelhados, esporas, chicotes e outros apetrechos que possam
causar ferimentos nos animais;
II – o uso de animais que estejam, no momento da corrida, com sangramento aparente.
III – o uso de bovinos com chifres pontiagudos, que possam causar risco aos competidores, aos cavalos
ou à equipe de manejo.
§ 1º É obrigatório o uso de acessório protetor de cauda nos bovinos utilizados em vaquejadas.
§ 2º O vaqueiro que, por motivo injustificado, se exceder no trato com o animal, ferindo-o ou maltratan-
do-o de forma intencional, será excluído da prova, sem prejuízo às sanções cíveis e criminais.
Art. 8º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

JUSTIFICATIVA
O presente Projeto de Lei tem por primeiro objetivo acrescentar a Vaquejada à condição de patrimônio
cultural imaterial do Brasil. Em seguida, disciplina a vaquejada como prática esportiva.
Com origem na pecuária extensiva que se expandiu pelo sertão nordestino no período colonial a partir
do século XVII, a Vaquejada teve papel essencial na interiorização do País.
Naquela época as terras da zona da mata, que colonizadores inicialmente concentraram suas atenções,
eram muito valorizadas por causa das plantações da cana-de-açúcar. Assim sendo, a pecuária foi compelida a
avançar pelo sertão, resultando na ocupação de amplos territórios que iam além da faixa litorânea, ocupada
pela cultura açucareira.
Essa maneira peculiar de pecuária, na qual o gado é criado solto em amplos campos abertos, é a gêne-
se onde nasce a figura do vaqueiro, que, afastado dos centros urbanos, desenvolve um estilo de vida peculiar,
que tem no trato com o gado o seu mote central.
Esse tipo de criação levava a um tipo de trabalho bem típico, a apartação, que ocorria quando os vaquei-
ros deviam separar o gado que se misturava com o dos vizinhos.
Durante essa atividade era muito comum que alguns bois fugissem do rebanho, situação que levava o
vaqueiro a perseguir e derrubar o animal desgarrado. Já que era um trabalho com elevado grau de dificulda-
de, exigindo habilidade e destreza dos vaqueiros, alguns acabavam se destacando no sucesso da tarefa pela
plástica da ação.
Assim, a Vaquejada, que no início era estritamente laboral, passou a ser valorizada tanto do ponto de
vista da expressão individual dos vaqueiros quanto do ponto de vista cultural. No aspecto individual, os va-
queiros alcançavam reconhecimento do grupo, graças a demonstração das suas habilidades. Por outro lado,
como expressão da cultura popular, durante as exibições, os vaqueiros dividiam seus valores e elementos co-
muns de identidade.
Com o passar do tempo, a Vaquejada enraizou-se de tal forma à cultura nordestina que atualmente faz
parte das festas mais importantes e representativas em diversas cidades no sertão.
Afora o aspecto cultural, a vaquejada evoluiu e adquiriu características competitivas e esportivas. Dessa
maneira, se faz imprescindível a elaboração de regulamentos bem definidos.
No Nordeste a Vaquejada é esporte tradicional, só perde para o futebol. Lota arenas, dá prêmios milio-
nários, movimenta cifras expressivas em leilões, gera milhares de empregos e ainda incentiva o mercado de
melhoramento genético das raças, tanto dos bovinos quanto dos equinos.
Há também o aspecto econômico. São 3 milhões de adeptos dessa prática esportiva, por ano são mais
de 4 mil provas, um movimento econômico de R$ 600 milhões – de acordo com a Associação Brasileira de Va-
quejadas (ABVAQ), e ainda cresce 20% ao ano.
Mesmo em tempos de crise, os eventos não param, são até 10 por fim de semana. Lá os vaqueiros obje-
tivam os prêmios, que vão de motos a R$ 300 mil a cada prova, que dura normalmente 3 dias.
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  175 

É inegável que a Vaquejada se tornou um evento profissional que reúne empresas, criadores de bois e
cavalos (especialmente do quarto de milha) e empresários de vários setores. Brilham vaqueiros, cavalos, bois,
e muitos sertanejos vivem destas vaquejadas, trabalho que muitas vezes envolve toda a família. São 700 mil
pessoas trabalhando direta e indiretamente.
Atualmente a Vaquejada não tem fronteiras e com cifras tão expressivas ganhou outras arenas além do
Nordeste, estando presente também no Norte, e chegando no Sudeste, especialmente no Rio de Janeiro, São
Paulo e Minas Gerais.
É importante ressaltar que os eventos vão além das pistas e, no seu entorno, vendem-se roupas, calça-
dos, artesanatos e cds. Realizam-se também leilões, nos quais se comercializam materiais genéticos e animais
com linhagens vitoriosas especiais para as vaquejadas. As indústrias de rações e suplementos, as fábricas de
medicamentos veterinários, entre outros, também são setores ligados diretamente a essa prática.
Outro ponto de argumentação extremamente relevante para a aprovação da Proposta é que a profissão
de vaqueiro está devidamente regulamentada pela Lei nº 10.220, de 11 de abril de 2001, que instituiu normas
gerais relativas à atividade de peão de rodeio, equiparando-o a atleta profissional. Nessa norma legal, o pará-
grafo único, do art. 1º, determina que as Vaquejadas se equiparam as provas de rodeios, merecendo o vaqueiro
o mesmo tratamento legal dispensado àquele atleta.
Em face do exposto, é essencial que lei federal discipline em todo o território nacional a Vaquejada, de
forma a estabelecer parâmetros que visem à preservação do bem-estar animal e à proteção dessa importan-
te manifestação cultural. Dessa forma, conto com o apoio dos ilustres Pares para o fim de aprovar o presente
Projeto de Lei.
Sala das Sessões, 24 de outubro de 2016. – Deputado ARTHUR OLIVEIRA MAIA – PPS/BA

PROJETO DE LEI Nº 6.380, DE 2016


(Do Sr. Jerônimo Goergen)

Reduz a zero as alíquotas da Contribuição para o PIS/PASEP e da Contribuição para o Finan-


ciamento da Seguridade Social – COFINS incidentes sobre a importação e a receita bruta de
vendas no mercado interno de produtos destinados à alimentação bovina e bubalina, e dá
outras providências
DESPACHO: ÀS COMISSÕES DE AGRICULTURA, PECUÁRIA, ABASTECIMENTO E DESENVOLVIMENTO
RURAL; FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO (MÉRITO E ART. 54, RICD) E CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDA-
DANIA (ART. 54 RICD)
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º O art. 1º da Lei nº 10.925, de 23 de julho de 2004, passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 1º ...................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................
XLIII – rações balanceadas, concentrados e suplementos minerais classificados no Capítulo 23, exceto as
posições 23.09.10.10 e 23.09.90.30, ácido fosfórico feedgrade, classificado no código 2809.20.19, fosfato
dicálcico, classificado no código 2835.25.00, e uréia pecuária, classificada no código 3102.10.90, desti-
nados à alimentação dos animais classificados na posição 01.02, todos da Tipi.
.................................................................................................................................................................................................
§8º A redução a zero das alíquotas da contribuição para o Pis/Pasep e da Cofins de que trata o inciso
XLIII deste artigo poderá ser aplicada a importações e à receita bruta de produtos comercializados no
mercado interno no prazo de até cinco anos contados a partir da data de início de vigência do referido
benefício.” (NR)
Art. 2º A Lei nº 12.546, de 14 de dezembro de 2011, passa a vigorar com as seguintes alterações:
“Art. 7º-A. A alíquota da contribuição sobre a receita bruta prevista no art. 7º será de 4,5% (quatro intei-
ros e cinco décimos por cento).”
“Art. 8º-A. A alíquota da contribuição sobre a receita bruta prevista no art. 8º será de 2,5% (dois inteiros
e cinco décimos por cento).”
Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
176  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

JUSTIFICAÇÃO
A Lei nº 10.925, de 23 de julho de 2004, com suas posteriores alterações, reduz a zero a alíquota da con-
tribuição para o Pis/Pasep e da Cofins de diversas mercadorias. Entre os itens contemplados estão os produtos
de consumo que compõem a denominada cesta básica do brasileiro. Trata-se de importante medida para tor-
nar mais acessíveis à população de baixa renda os produtos de primeira necessidade do cidadão, sobretudo
os alimentícios.
Ocorre, entretanto, que essa desoneração, apesar de extremamente meritória, possui lacunas. Algumas
mercadorias essenciais continuam sofrendo tributação dessas contribuições em sua cadeia produtiva, enca-
recendo desnecessariamente o produto final. Esse fato vai de encontro aos objetivos pretendidos pela Norma.
Entre as mercadorias que possuem matérias primas oneradas estão o leite e a carne bovina. Atualmente,
as rações utilizadas na alimentação de bois e vacas sofre incidência da contribuição ao Pis/Pasep e da Cofins
que pode elevar o preço final do produto em mais de 9%. Se a intenção é tornar esses alimentos mais baratos,
não há sentido em manter essa taxação.
Essa contradição se torna ainda mais evidente se observarmos que a legislação em vigor já concede o
benefício da suspensão de incidência das contribuições supracitadas às rações destinadas à alimentação de
porcos e aves. Nada mais justo, portanto, na aplicação de tratamento semelhante aos suplementos utilizados
na criação de bovinos.
De outro lado, visando cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal, informamos que, conforme a Nota CE-
TAD/COEST nº 106, de 08 de julho de 2016, encaminhada em resposta ao Ofício Pres. nº 26/2016, da Comissão
de Finanças e Tributação, a Secretaria da Receita Federal do Brasil estimou a renúncia fiscal do benefício em
R$ 82,77 milhões mensais para o ano de 2016, e em R$ 1.018,18 milhões e R$ 1.034,04 milhões para os anos
de 2017 e 2018, respectivamente. Visando compensar esses valores, propomos unificar as alíquotas da contri-
buição sobre a receita bruta em substituição à contribuição previdenciária patronal instituídas pelos arts. 7º-A
e 8º-A da Lei nº 12.546, de 14 de dezembro de 2011. De fato, essa alteração, além de compensar as renúncias
listadas, trará maior isonomia no tratamento tributário dos setores econômicos envolvidos. Adicionalmente,
estabelecemos o limite de validade de cinco anos para o benefício, com o intuito de respeitar o disposto na
Lei de Diretrizes Orçamentárias-LDO.
Assim, certos do elevado mérito da proposta, esperamos contar com o apoio de nossos ilustres Pares
para a aprovação deste Projeto de Lei.
Sala das Sessões, em 19 de setembro de 2016. – Deputado JERÔNIMO GOERGEN, PP/RS

PROJETO DE LEI Nº 6.383, DE 2016


(Do Sr. Pompeo de Mattos)

“Dispõe sobre a concessão de incentivo fiscal para as pessoas jurídicas que firmarem contra-
tos de trabalho com idosos, por mais de um ano.”
DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PL-688/1999.
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º As pessoas jurídicas que, na qualidade de empregador que firmarem contrato de trabalho com
idosos conforme a Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003, por mais de um ano, receberão incentivos fiscais.
Art. 2º O incentivo fiscal, referido no caput anterior, consistirá na dedução de 2% (dois por cento), no lu-
cro tributável, para fins de cálculo do Imposto de Renda, do montante dos salários atribuídos a essas pessoas
no período base.
Art. 3º O poder executivo regulamentará esta lei no prazo de 180 (noventa) dias contados da data de
sua publicação.

JUSTIFICAÇÃO
A Política Nacional do Idoso, estabelecida em 1997 – Lei 8.842, e o Estatuto do Idoso criado em 2003 é
um conjunto de normas legais para atender os direitos sociais dos idosos, garantindo autonomia, integração
e participação efetiva como instrumento de cidadania.
Essa lei foi reivindicada pela sociedade, sendo resultado de inúmeras discussões e consultas ocorridas
nos estados, nas quais participaram idosos ativos, aposentados, professores universitários, profissionais da área
da saúde e várias entidades representativas desse segmento, que elaboraram um documento que se trans-
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formou no texto base da lei. O Estatuto do Idoso consolida os direitos já assegurados na Constituição Federal
sobre tudo tentando proteger o idoso em situação de risco social.
O Estatuto do Idoso objetiva criar condições para promover longetividade com qualidade de vida, colo-
cando em pratica ações voltadas, não apenas para que vão envelhecer; bem como lista das competências das
várias áreas e seus respectivos órgãos.
Mesmo com a legislação reivindicando a proteção do idoso, mais de uma década depois, existe uma per-
cepção negativa sobre ele, o que se reflete nas poucas oportunidades que lhe são oferecidas. O investimento
no idoso é subestimado, pois não se acredita no retorno.
As oportunidades no mercado de trabalho são reduzidas e os investimentos para sua reciclagem e atua-
lização escassos ou inexistentes. O estigma da idade limita oportunidades de opção e decisão por uma ativida-
de. A busca de melhores condições para um envelhecimento bem sucedido com boa qualidade de vida física,
psicológica e social é mais um desejo pessoal e também um assunto significativo para a ciência e a sociedade.
Assim, faz-se necessário incentivos fiscais para absorção dessa mão de obra qualificada no mercado, que
poderá contribuir com suas experiências diversificadas e adquiridas em anos de vivência e de trabalho. Uma
vez aprovado, este Projeto Lei resultará na melhoria da qualidade de vida de milhares de idosos.
Sala das Sessões, 24 de outubro de 2016. – POMPEO DE MATTOS, Deputado Federal PDT/RS
PROJETO DE LEI Nº 6.391, DE 2016
(Do Sr. José Guimarães)

Dispõe sobre o estabelecimento do Fundo Caatinga pelo Banco do Nordeste do Brasil – BNB
e dá outras providências.
DESPACHO: ÀS COMISSÕES DE INTEGRAÇÃO NACIONAL, DESENVOLVIMENTO REGIONAL E DA AMA-
ZÔNIA; MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL; FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO (MÉRITO E
ART. 54, RICD) E CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA (ART. 54 RICD)
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II
O Congresso Nacional decreta:
Art.1º – Fica o Banco do Nordeste do Brasil – BNB autorizado a destinar o valor das doações recebidas
em espécie, apropriadas em conta específica denominada Fundo Caatinga, para a realização de aplicações
não reembolsáveis em ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento e de promoção da
conservação e do uso sustentável no bioma Caatinga, contemplando as seguintes áreas: (Redação dada pelo
Decreto nº 6.565, de 2008)
I – gestão de florestas públicas e áreas protegidas;
II – controle, monitoramento e fiscalização ambiental;
III – manejo florestal sustentável;
IV – atividades econômicas desenvolvidas a partir do uso sustentável da floresta;
V – Zoneamento Ecológico e Econômico, ordenamento territorial e regularização fundiária;
VI – conservação e uso sustentável da biodiversidade; e
VII – recuperação de áreas desmatadas.
§ 1º – Poderão ser utilizados até vinte por cento dos recursos do Fundo Caatinga no desenvolvimento
de sistemas de monitoramento e controle do desmatamento em outros biomas brasileiros e em outros países
tropicais.
§ 2o – O BNB segregará a importância equivalente a três por cento do valor das doações referidas no ca-
put para cobertura de seus custos operacionais e das despesas relacionadas ao Fundo Caatinga, incluídas as
despesas referentes à operacionalização do Comitê Técnico do Fundo Caatinga – CTFC, do Comitê Orientador
do Fundo Caatinga – COFC e os custos de contratação de serviços de auditoria. (Redação dada pelo Decreto
nº 6.565, de 2008)
§ 3º – São recursos do Fundo Caatinga, além das doações referidas no caput, o produto das aplicações
financeiras dos saldos ainda não desembolsados.
§ 4º – O BNDES representará o Fundo Caatinga, judicial e extrajudicialmente.
Art. 2º O BNB procederá às captações de doações e emitirá diploma reconhecendo a contribuição dos
doadores ao Fundo Caatinga.
§ 1º Os diplomas emitidos deverão conter as seguintes informações:
I – nome do doador;
II – valor doado;
III – data da contribuição;
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IV – valor equivalente em toneladas de carbono; e


V – ano da redução das emissões.
§ 2º – Os diplomas serão nominais, intransferíveis e não gerarão direitos ou créditos de qualquer natureza.
§ 3º – Os diplomas emitidos poderão ser consultados na rede mundial de computadores – Internet.
§ 4º – Para efeito da emissão do diploma de que trata o caput, o Ministério do Meio Ambiente definirá,
anualmente, os limites de captação de recursos.
§ 5º – O Ministério do Meio Ambiente disciplinará a metodologia de cálculo do limite de captação de
que trata o § 4o, levando em conta os seguintes critérios:
I – redução efetiva de Emissões de Carbono Oriundas de Desmatamento (ED), atestada pelo CTFC; e
II – valor equivalente de contribuição, por tonelada reduzida de ED, expresso em reais por tonelada de
carbono.
Art. 3º – O Fundo Caatinga contará com um Comitê Técnico – CTFC com a atribuição de atestar a ED cal-
culada pelo Ministério do Meio Ambiente, devendo para tanto avaliar:
I – a metodologia de cálculo da área de desmatamento; e
II – a quantidade de carbono por hectare utilizada no cálculo das emissões.
Parágrafo único. O CTFC reunir-se-á uma vez por ano e será formado por seis especialistas de ilibada
reputação e notório saber técnico-científico, designados pelo Ministério do Meio Ambiente, após consulta ao
Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, para mandato de três anos, prorrogável uma vez por igual período.
Art. 4º – O Fundo Caatinga contará com um Comitê Orientador – COFC composto pelos seguintes seg-
mentos, assim representados:
I – Governo Federal – um representante de cada um dos seguintes órgãos e entidades:
a) Ministério do Meio Ambiente;
b) Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior;
c) Ministério das Relações Exteriores;
d)Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento;
e) Ministério do Desenvolvimento Agrário;
f) Ministério da Ciência e Tecnologia;
g) Casa Civil da Presidência da República;
h) Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República; e
i) Banco do Nordeste do Brasil – BNB;
II – Governos estaduais – um representante de cada um dos governos dos Estados da Caatinga Legal que
possuam plano estadual de prevenção e combate ao desmatamento; e
III – sociedade civil – um representante de cada uma das seguintes organizações:
a) Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento –
FBOMS;
b) Coordenação das Organizações Indígenas da Caatinga Brasileira – COIAB;
c) Confederação Nacional da Indústria – CNI;
d) Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal – FNABF;
e) Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura – CONTAG; e
f) Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – SBPC.
g) Articulação Semiárido Brasileiro – ASA
§ 1º – Os membros do COFC serão indicados pelos dirigentes dos órgãos e entidades de que tratam os
incisos I a III do caput e designados pelo presidente do BNB, para mandato de dois anos, prorrogável uma vez
por igual período.
§ 2º – O COFC, que se reunirá ordinariamente uma vez a cada semestre e extraordinariamente a qualquer
momento mediante convocação de seu presidente, zelará pela fidelidade das iniciativas do Fundo Caatinga
ao Programa de Ação Nacional de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca (PAN-Brasil), es-
tabelecendo:
I – diretrizes e critérios de aplicação dos recursos; e
II – o regimento interno do COFC.
§ 3º – O COFC será presidido por um dos representantes dos órgãos do Governo Federal referidos no
inciso I do caput, com mandato de dois anos, sendo o primeiro mandato exercido pelo representante do Mi-
nistério do Meio Ambiente.
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  179 

§ 4º – As deliberações do COFC deverão ser aprovadas por consenso entre os segmentos definidos nos
incisos I a III do caput.
§ 5º – A Secretaria-Executiva do COFC será exercida pelo BNB.
Art. 5º – A participação no CTFC e no COFC será considerada serviço de relevante interesse público e não
ensejará remuneração de qualquer natureza.
Art. 6º – O BNB apresentará ao COFC, para sua aprovação, informações semestrais sobre a aplicação dos
recursos e relatório anual do Fundo Caatinga.
Art. 7º – O BNB contratará anualmente serviços de auditoria externa para verificar a correta aplicação dos
recursos referidos no caput do art. 1º.
Art. 8º – Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

JUSTIFICATIVA
O desenvolvimento regional no Brasil é promovido basicamente pelos Fundos de Desenvolvimento da
Amazônia (FDA), do Nordeste (FDNE) e do Centro-Oeste (FDCO).
Responsáveis por garantir investimentos em infraestrutura, serviços públicos e empreendimentos pro-
dutivos com capacidade de originar novos negócios e novas atividades produtivas, temos do FDA e o FNDE
desde 2001 e o FDCO, criado em 2009.
Os três Fundos focam, portanto, as áreas de atuação das Superintendências do Desenvolvimento da
Amazônia, do Nordeste e do Centro-Oeste (SUDENE, SUDAM e SUDECO)
A partir da Lei nº 12.712, de 30 de agosto de 2012 e da Resolução CMN nº 4.171 de 20 de dezembro de
2012, foram criadas as condições para a “financeirização” dos Fundos de Desenvolvimento. Hoje, participam
do financiamento de grandes empreendimentos geradores de empregos, impostos e renda para diversos mu-
nicípios das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
O FDA, FDNE e o FDCO experimentaram um grande marco evolutivo, a partir da Lei nº 12.712, de 30 de
agosto de 2012 e da Resolução CMN nº 4.171 de 20 de dezembro de 2012, que estabeleceram as condições
para a “financeirização” dos Fundos de Desenvolvimento.
As medidas vieram para permitir que a capacidade de aporte a novos projetos aumente a cada ano, pos-
sibilitando a ampliação das operações e aplicações dos recursos do FDA, FDCO e FDNE.
De acordo com o Ministério da Integração Nacional, nos últimos 25 anos, os fundos regionais investiram
R$ 210 bilhões, gerando cerca de 20 milhões de novos empregos.
Apenas em 2014, R$ 29 bilhões foram disponibilizados e contratados pelos empreendedores. No mesmo
ano, foram concedidos R$ 7 bilhões em incentivos fiscais, que oportunizaram novos investimentos da ordem
de R$ 88 bilhões no Norte, no Nordeste, no Mato Grosso, norte de Minas Gerais e do Espírito Santo.
O Ministério da Integração estima o seguinte desempenho dos fundos até, 2020, em R$ bilhões.
180  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

Considerando o expressivo volume de recursos envolvidos e seus resultados exitosos, o presente proje-
to de lei pretende contribuir com as estratégias para a conservação e uso sustentável dos recursos naturais do
bioma caatinga, conforme descreve o Ministério do Meio Ambiente, em seus registros:
“A caatinga ocupa uma área de cerca de 844.453 quilômetros quadrados, o equivalente a 11% do
território nacional. Engloba os estados Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Paraíba, Rio
Grande do Norte, Piauí, Sergipe e o norte de Minas Gerais. Rico em biodiversidade, o bioma abriga
178 espécies de mamíferos, 591 de aves, 177 de répteis, 79 espécies de anfíbios, 241 de peixes e
221 abelhas. Cerca de 27 milhões de pessoas vivem na região, a maioria carente e dependente dos
recursos do bioma para sobreviver. A caatinga tem um imenso potencial para a conservação de
serviços ambientais, uso sustentável e bioprospecção que, se bem explorado, será decisivo para o
desenvolvimento da região e do país. A biodiversidade da caatinga ampara diversas atividades eco-
nômicas voltadas para fins agrosilvopastoris e industriais, especialmente nos ramos farmacêutico,
de cosméticos, químico e de alimentos.
Apesar da sua importância, o bioma tem sido desmatado de forma acelerada, principalmente nos
últimos anos, devido principalmente ao consumo de lenha nativa, explorada de forma ilegal e insus-
tentável, para fins domésticos e indústrias, ao sobrepastoreio e a conversão para pastagens e agri-
cultura. Frente ao avançado desmatamento que chega a 46% da área do bioma, segundo dados do
Ministério do Meio Ambiente (MMA), o governo busca concretizar uma agenda de criação de mais
unidades de conservação federais e estaduais no bioma, além de promover alternativas para o uso
sustentável da sua biodiversidade.
Em relação às Unidades de Conservação (UC´s) federais, em 2009 foi criado o Monumento Natural
do Rio São Francisco, com 27 mil hectares, que engloba os estados de Alagoas, Bahia e Sergipe e, em
2010, o Parque Nacional das Confusões, no Piauí foi ampliado em 300 mil hectares, passando a ter
823.435,7 hectares. Em 2012 foi criado o Parque Nacional da Furna Feia, nos Municípios de Baraúna
e Mossoró, no estado do Rio Grande do Norte, com 8.494 ha. Com estas novas unidades, a área pro-
tegida por unidades de conservação no bioma aumentou para cerca de 7,5%. Ainda assim, o bioma
continuará como um dos menos protegidos do país, já que pouco mais de 1% destas unidades são
de Proteção Integral. Ademais, grande parte das unidades de conservação do bioma, especialmente
as Áreas de Proteção Ambiental – APAs, têm baixo nível de implementação.
Paralelamente ao trabalho para a criação de UCs federais, algumas parcerias vêm sendo desenvol-
vidas entre o MMA e os estados, desde 2009, para a criação de unidades de conservação estaduais.
Em decorrência dessa parceria e das iniciativas próprias dos estados da caatinga, os processos de
seleção de áreas e de criação de UC´s foram agilizados. Os primeiros resultados concretos já apare-
cem, como a criação do Parque Estadual da Mata da Pimenteira, em Serra Talhada-PE, e da Estação
Ecológica Serra da Canoa, criada por Pernambuco em Floresta-PE, com cerca de 8 mil hectares, no
dia da caatinga de 2012 (28/04/12). Além disso, houve a destinação de recursos estaduais para cria-
ção de unidades no Ceará, na região de Santa Quitéria e Canindé.
Merece destaque a destinação de recursos, para projetos que estão sendo executados, a partir de
2012, na ordem de 20 milhões de reais para a conservação e uso sustentável da caatinga por meio
de projetos do Fundo Clima – MMA/BNDES, do Fundo de Conversão da Dívida Americana – MMA/
FUNBIO e do FundoSocioambiental – MMA/Caixa Econômica Federal, dentre outros (documento
com relação dos projetos). Os recursos disponíveis para a caatinga devem aumentar tendo em vista
a previsão de mais recursos destes fundos e de novas fontes, como o Fundo Caatinga, do Banco do
Nordeste – BNB, a ser lançado ainda este ano. Estes recursos estão apoiando iniciativas para criação e
gestão de UC´s, inclusive em áreas prioritárias discutidas com estados, como o Rio Grande do Norte.
Também estão custeando projetos voltados para o uso sustentável de espécies nativas, manejo flo-
restal sustentável madeireiro e não madeireiro e para a eficiência energética nas indústrias gesseiras
e cerâmicas. Pretende-se que estas indústrias utilizem lenha legalizada, advinda de planos de manejo
sustentável, e que economizem este combustível nos seus processos produtivos. Além dos projetos
citados acima, em 2012 foi lançado edital voltado para uso sustentável da caatinga (manejo florestal
e eficiência energética), pelo Fundo Clima e Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal – Serviço
Florestal Brasileiro, incluindo áreas do Rio Grande do Norte. Confira.
Devemos ressaltar que o nível de conhecimento sobre o bioma, sua biodiversidade, espécies amea-
çadas e sobreexplotadas, áreas prioritárias, unidades de conservação e alternativas de manejo sus-
tentável aumentou nos últimos anos, fruto de uma série de diagnósticos produzidos pelo MMA e
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  181 

parceiros. Grande parte destes diagnósticos pode ser acessados no site do Ministério: Legislação e
Publicações. Este ano estamos iniciando o processo de atualização das áreas prioritárias para a caa-
tinga, medida fundamental para direcionar as políticas para o bioma.
Da mesma forma, aumentou a divulgação de informações para a sociedade regional e brasileira
em relação à caatinga, assim como o apoio político para a sua conservação e uso sustentável. Um
exemplo disso é a I Conferência Regional de Desenvolvimento Sustentável do Bioma Caatinga – A
Caatinga na Rio+20, realizada em maio deste ano, que formalizou os compromissos a serem assu-
midos pelos governos, parlamentos, setor privado, terceiro setor, movimentos sociais, comunidade
acadêmica e entidades de pesquisa da região para a promoção do desenvolvimento sustentável do
bioma. Estes compromissos foram apresentados na Conferência das Nações Unidas sobre Desen-
volvimento Sustentável – Rio +20.
Por outro lado, devemos reconhecer que a Caatinga ainda carece de marcos regulatórios, ações e
investimentos na sua conservação e uso sustentável. Para tanto, algumas medidas são fundamen-
tais: a publicação da proposta de emenda constitucional que transforma caatinga e cerrado em
patrimônios nacionais; a assinatura do decreto presidencial que cria a Comissão Nacional da Caa-
tinga; a finalização do Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento da Caatinga; a criação das
Unidades de Conservação prioritárias, como aquelas previstas para a região do Boqueirão da Onça,
na Bahia, e Serra do Teixeira, na Paraíba, e finalmente a destinação de um volume maior de recursos
para o bioma.”
“DECLARAÇÃO DA CAATINGA
Alagoas, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe
17 e 18 de maio de 2012
NÓS, membros dos governos estaduais, parlamentares, representantes do setor privado, do terceiro
setor, dos movimentos sociais, da comunidade acadêmica e de entidades de pesquisa dos estados
de Alagoas, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe,
mobilizados durante o período de junho de 2011 a maio de 2012 para discutir a promoção do de-
senvolvimento sustentável no bioma Caatinga, e ainda considerando que:
A Caatinga é o maior bioma da região Nordeste e o único exclusivamente brasileiro; Cerca de 28
milhões de pessoas habitam a Caatinga, fazendo dessa região uma das mais densamente povoadas
entre aquelas de características climáticas similares no mundo.
Parte desse contingente vive sob grande vulnerabilidade social e econômica; É na Caatinga que vive
a população mais pobre do Nordeste e uma das mais pobres do Brasil, e que o quadro de pobreza
da região gera uma significativa dependência dessa população em relação aos recursos naturais do
bioma; A conservação e uso sustentável dos recursos naturais da Caatinga são imprescindíveis para
o desenvolvimento da região e a melhoria da qualidade de vida da população;
Apesar da riqueza biológica, majoritariamente desconhecida, a Caatinga é o bioma brasileiro menos
protegido e pesquisado;
Ao contrário da Floresta Amazônica, da Mata Atlântica, da Serra do Mar, do Pantanal e da Zona Cos-
teira, a Caatinga não é considerada ainda como patrimônio nacional;
O elevado nível de desinformação sobre a Caatinga faz com que esse bioma não tenha o mesmo
apelo que a Amazônia e a Mata Atlântica possuem dentro e fora do país;
A Caatinga já perdeu cerca de 46% da vegetação original e a degradação ambiental que se observa
atualmente no bioma decorre principalmente da intensa, inadequada e insustentável exploração
dos recursos naturais e da escassez de projetos que integrem crescimento econômico, inclusão so-
cial e proteção do meio ambiente;
A desertificação é um problema socioambiental que provoca pobreza, desigualdade e exclusão so-
cial e que requer o enfrentamento de maneira articulada por meio de políticas públicas integradas;
A Caatinga é o bioma brasileiro mais vulnerável às mudanças climáticas e tende a ser o mais atingi-
do pelos efeitos negativos do aquecimento global, que pode agravar o quadro da desertificação e
reduzir as áreas aptas para a agropecuária e a capacidade de geração de serviços ambientais, com
impactos severos também na disponibilidade de recursos hídricos na região;
A desertificação e a seca constituem problemas que afetam particularmente o semiárido brasileiro
e, em virtude do agravamento dessas questões em 2012, há a necessidade urgente de aprovação
do projeto de lei da Política Nacional de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca,
que tramita no Congresso Nacional desde 2007;
182  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

Há estudos e registros históricos que demonstram que as secas mais graves na Região ocorrem em
intervalos próximos a dez anos, o que possibilitaria o planejamento e a execução tempestiva de me-
didas para prevenir e minimizar os impactos negativos desse fenômeno;
Os custos dos investimentos na prevenção da degradação dos solos na Caatinga são inferiores àque-
les resultantes da degradação;
A participação das populações que habitam áreas de Caatinga no gerenciamento dos recursos hídri-
cos é de fundamental importância para garantir a democratização do acesso à água, equacionando
a escassa oferta e a demanda para múltiplos usos;
O déficit nos serviços de saneamento ambiental nas unidades territoriais abrangidas pelo bioma
Caatinga afeta negativamente a saúde humana e o meio ambiente;
A matriz energética regional é fortemente dependente da vegetação nativa da Caatinga, fator este
que, aliado ao desmatamento ilegal e à escassez de iniciativas de manejo sustentável, tem intensi-
ficado a degradação do bioma;
A região Nordeste apresenta grande potencial para a geração de energia a partir de fontes renová-
veis, principalmente pelo regime e velocidade dos ventos e pelo alto índice de insolação;
A Caatinga fornece produtos florestais não madeireiros fundamentais na geração de emprego e ren-
da para a população e com grande potencial econômico, se explorados em escala pelas indústrias
química, farmacêutica e de alimentos. Além disso, há um enorme potencial para a geração de renda
em atividades como ecoturismo e uso sustentável da biodiversidade;
A Caatinga mantém serviços ambientais fundamentais para a qualidade de vida das populações e para
o desenvolvimento econômico, como polinização e conservação de água, solo e recursos genéticos;
A obtenção de conhecimentos relacionados à convivência com as condições de semiaridez, numa
perspectiva de educação contextualizada, eleva significativamente a qualidade de vida nas áreas
abrangidas pela Caatinga, principalmente daquelas populações que moram em comunidades ru-
rais, representando, inclusive, um vetor de inclusão, ascensão social e sustentabilidade ambiental;
O desenvolvimento sustentável na Caatinga depende também do fortalecimento das capacidades
científicas, tecnológicas e de inovação locais;
A implantação de padrões de produção e consumo sustentáveis na Caatinga deve levar em consi-
deração as necessidades e os conhecimentos das populações locais;
Não obstante os avanços no desenvolvimento socioeconômico da região Nordeste, o uso susten-
tável e a conservação dos recursos naturais da Caatinga continuam como metas distantes e ainda
restam grandes barreiras para a elevação do nível de prioridade com esses temas e consequentes
lacunas sistêmicas na implementação de compromissos e políticas que garantam a sustentabilida-
de desse bioma;
Há enormes desafios para se reduzir a pobreza, promover a mitigação e a adaptação às mudanças
climáticas e alcançar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODMs);
O esforço em busca da sustentabilidade na Caatinga deve contemplar a implementação e integração
de políticas que incluam, entre outras, instrumentos regulatórios, econômicos e fiscais, investimento
em infraestrutura, incentivos financeiros e parcerias;
A adoção efetiva de estratégias e ações para a promoção do desenvolvimento sustentável na Caa-
tinga é uma questão complexa e encontra grandes desafios, devendo ser realizada em um processo
gradual, mas de forma prioritária e contínua;”
Sala das Sessões, aos 25 de outubro de 2016. – José Guimarães, Deputado Federal (PT-CE)
PROJETO DE LEI Nº 6.400, DE 2016
(Do Sr. Marco Maia)

Denomina “Viaduto Prefeito Carlos Loureno Giacomazzi “ o viaduto localizado na BR-116 que
dá acesso à cidade de Canoas, Estado do Rio Grande do Sul.
DESPACHO: ÀS COMISSÕES DE VIAÇÃO E TRANSPORTES; CULTURA E CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E
DE CIDADANIA (ART. 54 RICD)
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II
Art. 1º O viaduto localizado na rodovia BR-116 e que dá acesso aos bairros Igara e Mathias Velho, na ci-
dade de Canoas, no Rio Grande do Sul, passa a ser denominado “Viaduto Prefeito Carlos Loureno Giacomazzi”.
Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  183 

JUSTIFICAÇÃO
Carlos Loureno Giacomazzi nasceu na cidade de Erechim, Estado do Rio Grande do Sul, em 5 de setem-
bro de 1930, onde viveu até os 32 anos de idade, quando então mudou-se para Canoas.
Foi agricultor e empresário e atuou em diversas entidades de natureza comercial, filantrópica, social e
política, quando, em 1968, concorreu a prefeito pelo antigo Movimento Democrático Brasileiro – MDB, mas
não assumiu o cargo em razão da vigência do regime militar.
Giacomazzi foi eleito Deputado Estadual quatro vezes – 1970, 1974, 1978 e 1982, Presidente da Assem-
bleia Legislativa em 1979 e 1980, e Presidente da CPI que analisou irregularidades na Transurb e no Banrisul.
Durante aquele período, teve destacada atuação na investigação do sequestro dos uruguaios Lilian Celiberti
e Universindo Dias. Sempre esteve contra a ditadura militar.
Prefeito de Canoas entre 1º de janeiro de 1986 e 31 de dezembro de 1988, o homenageado foi também
coordenador da campanha de Pedro Simon ao Governo do Estado em 1986 e Presidente da Metroplan em
1989, além de Conselheiro do Hospital Nossa Senhora das Graças e Diretor da ULBRA nos últimos anos.
Em toda sua vida, Carlos Loureno Giacomazzi foi sempre um exemplo para os jovens que pretendiam
ingressar na política, explicando a importância de sedimentar, desde o início de seu trabalho, os princípios fun-
damentais de honestidade e honra. Ele faleceu no dia 6 de maio de 2010, aos 79 anos de idade.
Nada mais justo, portanto, que denominar o referido viaduto em homenagem a esse nobre brasileiro,
razão pela qual solicitamos aos ilustres Deputados o apoio para a aprovação deste projeto de lei.
Sala das Sessões, em 25 de outubro de 2016. – Deputado MARCO MAIA

PROJETO DE LEI Nº 6.404, DE 2016


(Do Sr. Marcos Reategui)

Altera os Decretos-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, e nº 3.689, de 3 de


outubro de 1941 – Código de Processo Penal, a fim de permitir que qualquer cidadão promova a
ação penal privada nos casos em que o Ministério Público não ofereça denúncia no prazo legal.
DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PL-8045/2010.
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º O art. 100 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940, passa a vigorar com a seguinte
redação:
“Art. 100 – A ação penal é pública, salvo quando a lei expressamente a declara privativa do ofendido.
.................................................................................................................................................................................................
§ 3º – A ação de iniciativa privada pode ser proposta por qualquer cidadão nos crimes de ação pública,
se o Ministério Público não oferece denúncia no prazo legal.
.......................................................................................................................................................................................” (NR)
Art. 2º Os art. 29 e 30 do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941, passam a vigorar com a seguin-
te redação:
“Art. 29. Será admitida ação privada, a ser proposta por qualquer cidadão, nos crimes de ação pública,
se esta não for intentada no prazo legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e ofe-
recer denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, inter-
por recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação como parte principal.
Art. 30. Nos crimes de ação penal privada, caberá ao ofendido ou a quem tenha qualidade para re-
presentá-lo intentá-la.” (NR)
Art. 3º Esta lei aplica-se, também, aos casos em que o Ministério Público entenda não haver crime, ca-
bendo ao Poder Judiciário decidir fundamentadamente sobre o prosseguimento ou não da ação.
Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

JUSTIFICAÇÃO
A ação penal pública compete privativamente ao Ministério Público, nos termos do art. 129, inciso I, da
Constituição da República Federativa do Brasil. No entanto, o Código Penal e o Código de Processo Penal vigentes
ressalvam à sociedade a possibilidade de, nos casos de inércia do Estado, propor subsidiariamente a ação penal.
184  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

O objetivo da presente proposição é facultar a qualquer cidadão a possibilidade de suprir a lacuna de-
corrente da inércia do Ministério Público e intentar ação penal privada subsidiária da pública. Procura-se, mais
uma vez, dotar a sociedade de instrumentos para salvaguardar os bens jurídicos mais caros à coletividade e,
por decorrência, preservar a paz social.
Busca-se, portanto, estabelecer regime de cooperação entre o cidadão e o Ministério Público, na medi-
da em que, muitas vezes em decorrência da ausência de meios para tal, o Estado não é capaz de responder de
maneira efetiva à totalidade das transgressões e desvios cometidos diariamente.
É imperioso que o Poder Legislativo adote medidas que permitam a ativa participação da sociedade em
todas as suas esferas de atuação. Em um contexto de aproximação da Administração Pública com os admi-
nistrados por todos os novos recursos tecnológicos de que dispomos, é essencial consagrar no ordenamento
jurídico os mecanismos capazes de dotar o brasileiro de ferramentas ativas de participação.
Ademais, corrige-se uma violação às atribuições do Poder Judiciário, uma vez que a decisão sobre a exis-
tência, ou não, das condições da ação, compete a essa função de poder e não ao Ministério Público, como vem
ocorrendo nos casos da espécie.
Fundamentado nas razões acima expostas, apresento esta proposta de inovação legislativa, certo de
contar com o apoio desta Casa para sua implementação.
Sala das Sessões, em 25 de outubro de 2016. – Deputado Marcos Reategui, PSD/AP
PROJETO DE LEI Nº 6.405, DE 2016
(Da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher)

Inscreve os nomes de D. Maria Leopoldina e D. Isabel Christina Leopoldina Augusta no Livro


dos Heróis e Heroínas da Pátria.
DESPACHO: ÀS COMISSÕES DE CULTURA E CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA (ART. 54 RICD)
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário
O CONGRESSO NACIONAL decreta:
Art. 1º São inscritos os nomes de D. Maria Leopoldina – dita “a Paladina da Independência do Brasil” – e D.
Isabel Christina Leopoldina Augusta – dita “a Redentora da História do Brasil” – no Livro dos Heróis e Heroínas
da Pátria, que se encontra no Panteão da Liberdade e da Democracia, em Brasília, Distrito Federal.
Art.2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
JUSTIFICAÇÃO
A Arquiduquesa Caroline Josepha Leopoldine da Áustria, nascida em 22 de janeiro de 1797, em Viena,
casou-se por procuração com D. Pedro de Alcântara (1798-1834), Príncipe Real de Portugal, Brasil e Algarves,
em 13 de maio de 1817; chegou ao Rio de Janeiro, sede do Reino Unido, em novembro do mesmo ano. No Bra-
sil, passou a firmar-se “Maria Leopoldina”, para se assemelhar ao prenome principal das infantas portuguesas,
suas cunhadas. Ela e D. Pedro geraram sete filhos, dentre os quais D. Pedro II do Brasil (1825-1891) e D. Maria
II de Portugal (1819-1853).
Com o retorno de D. João VI (1767-1826) a Portugal, em abril de 1821, o casal herdeiro ficou no Brasil.
O avanço de ideias liberais e as independências de vários países na América Hispânica levaram um número
considerável de políticos brasileiros a enxergar que a manutenção da união com Portugal tendia ao fracasso.
No movimento que culminou com a emancipação política da antiga colônia luso-americana, D. Maria Leopol-
dina, surpreendentemente, assumiu a liderança junto com seu marido. Em agosto de 1822, ela era a Regente
do Reino do Brasil, em nome de D. Pedro, quando este foi a Minas Gerais e São Paulo, em visita às províncias.
Presidindo o Conselho de Estado, D. Maria Leopoldina anuiu aos entendimentos do Ministro e Conselheiro
José Bonifácio de Andrada e Silva (1763-1838) – que considerava acintosos e desonrosos os procedimentos
dos deputados portugueses que desejavam recolonizar o Brasil – e assinou as cartas ao Príncipe Regente D.
Pedro, aconselhando-o a romper com Portugal naquele momento.
Foi por influência dela junto ao pai, o Imperador Franz I da Áustria (1768-1835) – último Sacro Impera-
dor Romano-Germânico eleito –, que o poderoso diplomata Príncipe de Metternich (1773-1859) acabou por
aceitar a independência brasileira no contexto europeu e a incentivar o assentimento do processo pelo Reino
de Portugal, o que resultou no Tratado de Reconhecimento da Independência, em 1825.
Em 1º de dezembro de 1822, D. Pedro I e D. Maria Leopoldina foram coroados Imperadores do Brasil na
Igreja de Nossa Senhora do Monte do Carmo, então Catedral do Bispado do Rio de Janeiro. Em 25 de março de
1824, o casal imperial jurou a Constituição do país.
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Em dezembro de 1825, a Imperatriz D. Leopoldina deu à luz D. Pedro de Alcântara, seu último filho e
que seria o Imperador D. Pedro II, que governaria o país de 1840 a 1889. O ano de 1826 foi dificílimo para D.
Leopoldina, que sofreu com as traições do marido, a conjuntura política brasileira e portuguesa e a saudade
de sua família e terra natal. Somatizando os sofrimentos e novamente grávida, a Imperatriz teve um aborto
espontâneo e, em consequência dele, acabou falecendo, em 11 de dezembro de 1826.
A morte de D. Maria Leopoldina provocou o que se considera o primeiro luto nacional brasileiro, conforme
atestam diversos historiadores. Ela jaz no Mausoléu Imperial da Cripta do Ipiranga, em São Paulo, desde 1954.
A Princesa D. Isabel Christina Leopoldina Augusta do Brasil nasceu em 29 de julho de 1846, no Paço da
Boa Vista, na Quinta Imperial de São Cristóvão, Rio de Janeiro. Teve três irmãos: D. Affonso Pedro (1845-1847),
D. Leopoldina Thereza (1847-1871) e D. Pedro Affonso (1848-1850).
O fato de o art. 117 da Constituição Política do Império do Brasil, promulgada em 1824, designar que na
falta de sucessores varões (homens) sucederia na coroa a herdeira feminina fez com que a Assembleia-Geral
proclamasse a pequena D. Isabel, em agosto de 1850, Princesa Imperial do Brasil, isto é, herdeira direta de D.
Pedro II, que reinava nominalmente desde 1831, sob regências, e de facto, desde 1840, quando assumira o
governo do Brasil.
Em 29 de julho de 1860, ao completar 14 anos de idade, D. Isabel prestou o solene juramento constitu-
cional, no Paço do Senado, expressando fidelidade ao Imperador e às leis brasileiras.
Em 15 de outubro de 1864 ela se casou, na Catedral do Rio de Janeiro, com o Príncipe Gaston de Bour-
bon-Orleans, Conde de Eu, membro da realeza francesa. O casal passou sua primeira década de matrimônio
sem filhos, o que os fez sofrer muito. Na véspera de completar 28 anos de idade, D. Isabel deu à luz uma filha
natimorta, D. Luiza Victoria, após um parto tenebroso, em 28 de julho de 1874. Nos anos seguintes ela gerou
D. Pedro de Alcântara (1875-1940), D. Luiz (1878-1920) e D. Antonio (1881-1918).
D. Isabel foi Regente do Império por três vezes: 1871-72; 1876-77; 1887-88. Na primeira regência, prestou
novo juramento solene perante o Senado; de acordo com a literalidade das prescrições constitucionais, ela se
tornou a primeira Senadora do Brasil.
D. Isabel mostrou-se administradora conscienciosa e mulher de ação política particularmente voltada
aos interesses dos menos favorecidos. Dentre os milhões que este termo abrigava no Brasil do século XIX, so-
ciedade simultaneamente escravocrata e liberal, ela se preocupava, mormente, com a sorte dos escravizados
– afro-brasileiros ou africanos trazidos da África desde os tempos coloniais. Sobre seus períodos à frente do
Estado brasileiro, narra o pesquisador gaúcho Antonio da Rocha Almeida (1902-1971), no Dicionário de His-
tória do Brasil (1969):
Em três ausências do pai, teve D. Isabel de assumir a Regência do Império. Na primeira, coube-lhe assi-
nar os decretos concedendo facilidades à naturalização dos estrangeiros; reformando a organização judiciária;
mandando proceder ao censo do Império; firmando a paz e estabelecendo relações de amizade e comércio
com o Paraguai. Seu principal ato foi, porém, a assinatura da Lei do Ventre Livre, de 28 de setembro de 1871.
Na segunda regência tomou medidas importantes sobre a instrução pública, criando várias escolas primárias
e normais e reestruturando o Colégio Naval. Na terceira, tomou medidas tendentes a obter uma rigorosa des-
centralização administrativa; mandou construir casas para operários; executar as leis do Registro Civil; criou e
reestruturou importantes órgãos governamentais, como o Museu Nacional, o Instituto Meteorológico, o Asilo
de Meninos Desvalidos, os serviços postais e telegráficos e muitos outros.
D. Isabel era profundamente católica, o que a fez aderir, na década abolicionista (1880), ao maior movi-
mento social do Brasil oitocentista. Dado que o sistema socioeconômico e cultural vigente era patriarcal-escra-
vista, seu apoio ao movimento abolicionista, público e notório, fez dela uma antagonista perfeita ao implacável
reacionarismo do patriarcado brasileiro.
Em 13 de maio de 1888 ela assinou a célebre “Lei Áurea”, por meio da qual todos os brasileiros eram
equiparados de um ponto de vista jurídico, abolindo-se definitivamente a escravidão e a condição ambígua
de um Estado em que só eram “nacionais” e “cidadãos” os membros das classes senhoriais. Como defende o
historiador carioca Eduardo Silva, o Treze de Maio é a certidão de nascimento da nação brasileira, ainda que a
obra abolicionista tenha sido abortada.
A quartelada de 15 de novembro de 1889 impediu não somente um III Reinado feminino, mas também
o governo de lideranças jovens e brilhantes como André Rebouças (1838-1898), Joaquim Nabuco (1849-1910),
José do Patrocínio (1853-1905), Affonso Celso Júnior (1860-1938), Rodolpho Dantas (1854-1901), Alfredo de
Taunay (1843-1899), Eduardo Prado (1860-1901), Carlos de Laet (1847-1927) e tantos outros próceres das le-
tras e das ciências pátrias.
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A República que nasceu em 1889 estava longe de ser um projeto popular e democrático; durante déca-
das se manteve distante dos ideais de boa parte dos militantes dos movimentos republicanos brasileiros que
se desenvolveram de 1870 em diante.
Com o banimento e o exílio da Família Imperial brasileira extinguiu-se a Monarquia, na madrugada de
17 de novembro de 1889.
Em 05 de dezembro de 1891, D. Pedro II faleceu no Hotel Bedford, em Paris; naquele momento, simulta-
neamente solene e funéreo, a Princesa Imperial foi reconhecida pelos conselheiros de Estado e demais nobres
que a cercavam como “D. Isabel I, Imperatriz do Brasil”. Nos trinta anos seguintes, ela devotou sua vida de exi-
lada a rezar e trabalhar pela grandeza do Brasil e o conforto dos brasileiros, ainda que em campo de atuação
francamente restrito. Conviveu e apoiou todas as iniciativas de Alberto Santos-Dumont (1873-1932), que a ela
era imensamente afeiçoado.
Em 14 de novembro de 1921, com 75 anos e já mortificada pela perda de dois filhos, a única brasileira
que nos governou – antes da Presidenta Dilma Rousseff – cerrou seus olhos e voltou à eternidade. Foi velada
por quase todos os cidadãos do Município de Eu, na Normandia, e enterrada na necrópole da Capela Real de
São Luís de Dreux, no Vale do Loire. Seus restos mortais somente vieram para o Brasil em 1953; repousam, des-
de maio de 1971, no mausoléu da catedral que ela ergueu: São Pedro de Alcântara, em Petrópolis (RJ).
A identidade nacional é uma amálgama de sentimentos e sensações, mas também de ideias e ideais.
Diariamente, nós revisitamos os “fundadores da nacionalidade” em nossos projetos sociais e políticos e nos
alimentamos de esperança para que o futuro de nossos descendentes contenha um mínimo de paz, estabili-
dade e progresso.
Destarte, rememorar a “Redentora” – como D. Isabel foi chamada em 1888 – e Dona Leopoldina, sem ja-
mais deixar de fomentar as pesquisas históricas sobre suas vidas e obras, é um convite a descortinar um Brasil
que clama pelo conhecimento.
Sala da Comissão, em 25 de outubro de 2016. – Deputada GORETE PEREIRA, Presidente
PROJETO DE LEI Nº 6.418, DE 2016
(Do Sr. Marinaldo Rosendo)

Regulamenta a vaquejada como atividade desportiva e cultural em todo o território Nacional.


DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PL-6372/2016.
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II
Art. 1º. Este projeto de lei regulamenta a vaquejada como atividade desportiva e cultural em todo o ter-
ritório Nacional.
Art. 2º. Para efeitos desta Lei, considera-se vaquejada todo evento de natureza competitiva, o qual uma
dupla de vaqueiros a cavalo persegue animal bovino, objetivando dominá-lo.
§ 1º. Os competidores são julgados na competição pela destreza e perícia, denominados vaqueiros ou
peões de vaquejada, no dominar animal.
§ 2º. A competição deve ser realizada em espaço físico apropriado, com dimensões e formato que pro-
piciem segurança aos vaqueiros, animais e ao público em geral.
§ 3º. A pista onde ocorre a competição deve, obrigatoriamente, permanecer isolada por alambrado, não
farpado, contendo placas de aviso e sinalização informando os locais apropriados para acomodação do público.
Art. 3º. A vaquejada poderá ser organizada nas modalidades amadora e profissional.
Art. 4º. Os organizadores da vaquejada ficam obrigados a adotar medidas de proteção à saúde e à inte-
gridade física do público, dos vaqueiros e dos animais.
§ 1º. A proteção à integridade física dos animais compreenderá todas as etapas, desde o transporte do
local de origem, até a chegada, recebimento, acomodação, trato, manejo e montaria.
§ 2º A apresentação prévia de atestado de vacinação dos animais em competição, bem como a presen-
ça de uma equipe de paramédicos de plantão no local e de médico veterinário habilitado para acompanhar
e fiscalizar as condições físicas e sanitárias dos animais em competição, são condições indispensáveis para a
realização da prova de vaquejada, profissional ou amadora.
§ 3º. O vaqueiro que, por motivo injustificado, se exceder no trato com o animal, ferindo-o ou maltratan-
do-o de forma intencional, deverá ser excluído da prova.
Art. 5º. São proibidos:
I – o uso de qualquer tipo de estimulante ou droga por animais ou atletas competidores, podendo ser
submetidos a exames específicos em até vinte e quatro horas após o término da competição;
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II – quaisquer práticas abusivas às condições de sanidade e de integridade física dos animais em com-
petição.
Art. 6º A entidade promotora da prova de vaquejada é obrigada a contratar seguro de acidentes pessoais
para os atletas profissionais ou amadores a ela vinculados, com o objetivo de cobrir os riscos a que estão sujeitos.
Art. 7º O descumprimento das determinações contidas nos artigos 4º, 5º e 6º desta lei sujeitará o orga-
nizador da prova de vaquejada a arcar com eventuais prejuízos de ordem física e material causados a compe-
tidores, animais e público em geral, sem prejuízo das sanções penais cabíveis.
Art. 8º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

JUSTIFICAÇÃO
Este projeto de lei tem como base a Lei nº 15.299, de 8 de janeiro de 2013, do Estado do Ceará, que regu-
lamenta a vaquejada como prática desportiva e cultural, considerada inconstitucional pelo Supremo Tribunal
Federal (STF), em decisão proferida em 6 de outubro de 2016.
Ativistas que lidam com a proteção dos animais, a partir do ano de 2010, passaram a questionar judicial-
mente a prática da vaquejada, sob a alegação de que ela promove maus tratos aos bois. Verdadeiro engano!
Nos dias atuais, durante a realização das provas de vaquejada, sempre há uma grande preocupação com a
integridade física dos animais, tanto por parte de vaqueiros, como de criadores e organizadores dos eventos.
Sem dúvida alguma, as críticas em relação à vaquejada que estão sendo feitas por ativistas são fruto de
desinformação. Podem até dizer que no passado não existia o cuidado necessário com a integridade física do
animal e sua saúde, mas hoje essa realidade é bem diferente.
Na vaquejada moderna, além de ser utilizado no boi um protetor de cauda, não se pode mais usar, como
no passado, espora e chicote. Além disso, a areia colocada no local onde o animal cai é preparada com 50 ou
60 centímetros de espessura para amortecer a queda, evitando que ele se machuque. É preciso, portanto, que
a discussão em torno da vaquejada seja realizada com conhecimento de causa e sem precipitações.
A vaquejada é uma tradição cultural do povo nordestino. É também um esporte de competição e mo-
tivo para a realização de eventos de congraçamento. Aliado a tudo isso, a vaquejada significa para a região
Nordeste uma importante atividade econômica, responsável por gerar milhares de empregos. Ela conta hoje
com a participação não só de vaqueiros profissionais e amadores, mas também, de criadores, produtores de
eventos, artistas e artesãos. Estima-se que em torno de 700 mil pessoas estão sendo afetadas direta e indire-
tamente pela proibição do STF.
Para corrigir as inconstitucionalidades apontadas pela decisão do Supremo Tribunal Federal em relação à
mencionada lei cearense e fazer com que a vaquejada volte a ser praticada no país, venho apresentar este pro-
jeto de lei com o objetivo de criar um mecanismo capaz de regulamentar essa atividade, com atenção voltada
para o atendimento dos pressupostos constitucionais e de toda a legislação voltada para a proteção dos animais.
Deste modo, esta proposição prevê uma série de obrigações aos organizadores das provas, criadores e
vaqueiros, no sentido de proteger a integridade física dos animais e evitar maus tratos, a fim de cumprir fiel-
mente o que preceitua o artigo 225, § 1º, inciso VII, da Carta da República.
Assim, esperamos fazer com que a prática da vaquejada, tão importante para a preservação da cultura
da região Nordeste e sua economia, não desapareça. Por essa razão, solicito o imprescindível o apoio dos meus
pares no sentido de aprovar este projeto de lei.
Sala das Sessões, em 26 de outubro de 2016. – Deputado MARINALDO ROSENDO, PSB-PE

RECURSO Nº 171, DE 2016


(Do Sr. Arnaldo Faria de Sá)

Recorre, corn base no art. 95, § 8°, do RICD, da decisão do Presidente na Questão de Ordem
nº 251/2016.
DESPACHO: SUBMETA-SE AO PLENÁRIO, APÓS TER SIDO OUVIDA A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO
E JUSTIÇA E DE CIDADANIA, NOS TERMOS DO ART. 95, § 8º, DO REGIMENTO INTERNO. PUBLIQUE-SE.
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CÃMARA DOS DEPUTADOS • SGM


SISTEM._A_DE QUESTÕES DE ORDEM_ _
,,..--,
.~ • /
I
11 :xi f 6
Questão de Ordam Nº 2.51
A.:110.' CMl...+to.•o
ARNALDO ~ARIA De 5Â OS.'11/2016 Oa:Oa

RODRIGO MAtA (DEf.'-RJ)

Dur;inte a ~P••çi;iç.io d;w M~rti<ta Pravl~,;~ (MPVJ n. 74212016. infOrm.a qu~ ~Medida ProVit:titla n.
741120it çh<"g6U ~ C:lo13ra do• t>eputedos. so11c1ta, enl&o. a lmeolata 101tura 6:t referida MPV e, por
~u111:1t:q1.1C•~i~, s 'eu• ~ti1'8d8 d~ pauta.

Sessão Ordinârio - 0811112.016:

O SR, ARNALDO rARIA DC: SA (Blooo/PTB·SP. Pe a ordem. Sem revisão do orador.)·


Sr. Presidente. tive a informação de que a Medica Provisó!ia nº 741 cheçou. V.Ex.<1.
ooderia lê-la, por favQ1?

O SR. PRES10C.NTE (Rodr.go Maia) - ChP.gou Vpu IP.r ag~r<1

O SR. ARNALDO FARIA DE sA ·Ao lê-la, tem que refira.la de pauta. Sr. Presidente,
porque ,.;o &a cumpriu ::> prazo.

O SR. l'RESIDENTE (Rodrigo Ma;s/ ·Por quê?

O SR. ARNALDO FARIA DESA ·Ao lé-la. V.Exa. vai retira-la de pauta. porqce esta
!:>endo lida hQjt:i: ten1 QU'9 ?Sar da :>a.via de anlanh;;:,.

o SR. PRES111ENTE= (Rodrigo Maia) - Oéputado, eonlo nôs jifi e$>tamos no pro<:e~:c.n de
discLKsão da Medi!ia Pr0\4s6~ia n° 742. eu vou ler a ~Aedida Provisória nª 741 depois da
votação da MP 742.

O SR. ARNALDO FARIA DE sA · Sr. Presiden:e, se e:a. chegou~ Casa, é obriga·.ória a


leitura da mesma. V.Exs Rã::> pode aguardar.

O SR. PRESIC:ENTE (ROOligo Ma~a) - tJlas nós eatamos em processo de discussão da


uuhl:i.

O SR ARNALDO FARIA DE SÁ· Nac. Sr. Presiden<e

O SR. P'\E$1UENTc (Rodngo MaoaJ ·Sim, senhor.

O SR. ARNA.LDO FARlA DE SÃ - !'\ão. senhor. ~a verdade. estava suspersa a sessão.


Se 11MP741 c:hegov, V.Exa. tem q1.1e lê-la.

O SR. PRESIDENTE (Rod·igo Maia) - Quando eu oomecei a discussão desta matêna. ela
não '"la·,ia chegado einda. NÔ5 vamQ'S discutir a MP ;.L2 e votá-ta; depqi$, varlos. votar li
MP741

09.'11o'2::·e • ·2.&<
-----·---------~ ..--.
Pa91a ~Cl6?
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  189 

i CÂMARA DOS DEPUTADOS -SGM


i...'::.:.:<::: SISTEMA DE QUESTÕES DE ORDEM
O SR. ARNALDÕ FARIA DE SÁ-A MP 741 tem precedéncia sobre-;_ MP 742. O praz;
(IP.la é a1i! sexta-feifa. Trata-se da regJlanen:ação do FIES, Sr. Presidente.

o SR PRE:.SIU~N 1~ (~odngo ~Att1a) - Nt>s vemos votar as dLJas.

O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ-Porocdem <rono1"9ioa, a MP 7~1 &st~ na''""'º·


Quando V.Exa. ebriu a sessão. n.ão lhe foi informado que ela t::stava na mesa. Eu estou
lt-e inf.orn-al"ldo qiJe ela está na mesa.

O SR. LUIZ CARLOS HAULY (PSDB-PR. Pela or"en Saon ro<is~o do or•dor.) ·Sr.
Presidente. eu sou favor~vel à MP 742 e aproveito para so!icitar a V.Exa. que coloqJe em
votação um reqJerimentC1. de minha a1..1toria e de ov1ro~ L·nP.ra5 q\J~ snlicita a realizac;.:io
de 1.Jma Conussão Geral p.aía dat:ia1'!r a JOgat ro:., os JOQOS de azar ro Bras~I. Eu acho que
ate tem que ante::ede-qualquer tipo de disoJssão e vo:ação neste p!enãrio. Portanto. h~
um requerirnento sobre a mesa Jã hã algum tem~c, tiOlicital"ldo e realiução de uma
Com;ssSo Géral, tia qual a!:juclcs. que são a favor~ os quê sAo con~ra a jogatina irão
expor suas op·1ni6es perante a Nação. Só a discussão e a votação desse 'ema r.a
Com1a&ão 4180 bastam. E pteçi$Q que o a~surifQ venha ao plenáfio para ser debatido erro
uma Co1ni~sao Geral. Rogo a V.Exa. que marque data para a outra semana.

O SR. PRESIDENTE (Rodogo Maia) - Na olltra semana. Deputado AMaodo Fana de Sé.
Véj~ a l'ésposta do então Deputaao Edu~rdo CJ'll\a ~ um;i q1w.stAo dEI? ord4:m·

~ntté o r&cet1menro da medida prov1sór1a com prezo de sprec1ação expirada e a si.Ja


efetiva delibera~D no P:enério da respec:iva Casa, s:io a::imisslve(s atos i:i~&parat6rios
,::ara 3 inçlus3.o da m3têria na Ordem do Oi~. dura1te os quais poae haver oJtras
deliberações legis;ativas, desde que não se configure abuso ou desproporç.ions':idada
Essa é a decisão do ertão Pres;oente Eduardo Curl"a em 'elação a J'Yla questão de
o'l;ie"TI.

O SR. ARNALDO FARIA DE $A- V.E.a. não vai ler. então. a MP 741?

O SR. PRE.SIOENiE (Rod•ig:> Ml!li'I)- Ni::> Vamos apreciar a MP 742 e depois a MP 741.
Eu vo•J encerrar a sessão e, em seguida, vou abrir outra 4)-ara vot:.r a MP 7~1. i;. isso o
q1..e o/amos t.azef.

O SR. ARNALDO FARIA OE SA- E1.. sõ qv~r s, res~itosarrente ""ecorrer da decisão de


V.Exa. à Comiss:to ce Constituição o Justça, porque a precedãn:::ia nuir.aral dé·.,e ser
respeita.de.

O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Ma·a)· Sen· dóvida. En' discussa(J. Ten1 a palavra a
Dt:tpvtada Eri~a Kokay, P"fa fi:Jlar contrita ruaté·ia.
'f\A&,.,........... Q •':"a,....... ·~--( ·~ • •
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RODRIGO MAIA (DEM-RJ)
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Aflrn• qu• ler6 o oflc•o que comunica a r.m.s.ea tia M~ida Prn'vis6ti3 LMPV) n. 741t20tC a.,Os o
8'1Ce1T:1mento ~ <figc::us:&ãio d" MPV 74212016. Afirma. ainda, que a lehura na.o devert e~r lmedl3la.
etil\fOrm~ a~is!o pf'Offflaa t1a QIM'lo\J(I dç Ord~ n. 4312015.

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190  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

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AFtNALDô FARIA DE !lÁ (P'f8.SP}

RECURSO N~: (ACUA~DAlllOO HU~EJaÇÃOJ


: Re-corte, com b3ae no art. SS, § &11, do RICD. da decls.lo do P1nlaente n3 Que-stlb de Ordem n.
251/2016.

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Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  191 

REQUERIMENTO Nº 3.109, DE 2015


(Da Srª. Jandira Feghali)

Requer urgência para apreciação do PDC 103/2015.


DESPACHO: Prejudicado nos termos do art. 164, I do Regimento Interno. Junte-se aos autos. Publi-
que-se.
Senhor Presidente,
Com base no art. 155 do Regimento Interno, requeremos urgência para apreciação do PDC 103/2015, que
aprova o texto do Acordo de Coprodução Cinematográfica entre o Governo da República Federativa do Brasil e o
Governo do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte, assinado em Brasília, em 28 de setembro de 2012.
Sala das Sessões, em 09 de setembro de 2015. – Deputada JANDIRA FEGHALI, Líder do PCdoB, Bloco
PMDB, PP, PTB, PSC, PHS, PEN BLOCO PSDB, PSB, PPS, PV, BLOCO PRB, PTN, PMN, PRP, PSDC, PRTB, PTC, PSL,
PTDOB, PT PSD PR, DEM PDT SD, PROS PSOL PSDB, PSB PPS PV

REQUERIMENTO Nº 4.016, DE 2016


(Da Srª. Tia Eron)

Requer a realização de Sessão Solene no dia 22 de novembro – Dia Nacional da Consciência


Negra.
DESPACHO: Defiro. Publique-se.
Sr. Presidente,
Nos termos do Art. 68 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, requeiro a Vossa Excelência, a
realização de sessão solene no Plenário desta Casa a ser realizada no dia 22 de novembro de 2016, para home-
nagearmos o Dia Nacional da Consciência Negra no Brasil.

JUSTIFICAÇÃO
No Brasil, o Dia Nacional da Consciência Negra é comemorado no dia 20 de novembro, que coincide com
o dia da morte de Zumbi dos Palmares, servindo, ainda, para homenagear aquele grande líder que tombou na
luta contra a escravidão em 20 de Novembro de 1695.
Esta data, emblemática para o movimento negro, ganhou muita visibilidade nos últimos anos, embora
seja celebrado desde a década de 1960, é tido como uma maneira para que as pessoas reflitam sobre a inser-
ção do negro na sociedade brasileira, pela igualdade racial e pelo fim do racismo.
Esta Casa não pode ficar ausente de tão significativa data reflexiva. Que esta sessão solene ora requerida
possa para além de comemorar, também mostrar o profundo apreço pela cultura afro-brasileira e fazer uma
reflexão sobre o relevo da cultura negra e africana e o impacto que tiveram na evolução da cultura brasileira e
nos diversos campos da ciência, da política, da religião e da gastronomia.
Sala das Sessões, em de fevereiro de 2016. – Deputada Tia Eron

REQUERIMENTO Nº 4.168, DE 2016


(Do Sr. Aureo)

Requer a convocação de Sessão Solene da Câmara dos Deputados para homenagear o Institu-
to Ronald McDonald por promover a saúde e a qualidade de vida de adolescentes e crianças
com câncer, no Brasil.
DESPACHO: Defiro. Publique-se.
Senhor Presidente:
Requeiro com base no Art. 68 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, ouvido o Plenário, con-
vocação de Sessão Solene desta Casa, na data de 04 de maio de 2016, para homenagear o Instituto Ronald
McDonald, por promover a saúde e a qualidade de vida de adolescentes e crianças com câncer, no Brasil

JUSTIFICATIVA
O Instituto Ronald McDonald, organização sem fins lucrativos, desenvolve e coordena programas que
possibilitam o diagnóstico precoce, o encaminhamento adequado, o acolhimento e o atendimento integral e
de qualidade para adolescentes e crianças com câncer e seus familiares.
192  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

Desde sua fundação, em 8 de abril de 1999, o Instituto tem ajudado a transformar a história da oncolo-
gia pediátrica brasileira. Em 16 anos de atuação já destinou mais de R$ 270 milhões para a realização de 1.284
projetos de 116 instituições, beneficiando 2,8 milhões de adolescentes e crianças com câncer em todo o país.
O Instituto faz parte do sistema beneficente global Ronald McDonald House Charities (RMHC), presente
em mais de 60 países, e que conta com o suporte do McDonald’s e outros doadores corporativos e individu-
ais. Com atuação em 89% dos hospitais infantis de referência de todo o mundo, a RMHC oferece programas e
serviços para aproximadamente 9 milhões de crianças e suas famílias, anualmente.
No Brasil, o Instituto é responsável pela coordenação dos Programas RMHC Globais, programas desen-
volvidos pela RMHC e que são implementados em diversos países do mundo – Casa Ronald McDonald e Espa-
ço da Família Ronald McDonald; e dos Programas RMHC Locais, programas desenvolvidos por cada país para
atender demandas especificas de sua realidade e que são reconhecidos pela RMHC Global – Diagnóstico Pre-
coce e Atenção Integral.
No mundo todo, o câncer é a segunda doença que mais mata, precedida apenas por doenças cardio-
vasculares. Segundo estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2030, o câncer deverá vitimar
12 milhões de pessoas. No Brasil, a doença é a primeira causa de mortalidade na faixa etária entre 1 a 19 anos.
Sem dúvida nos últimos anos, os avanços em detecção precoce, tratamento e controle do câncer ganha-
ram novas perspectivas. Mas muito ainda precisa ser feito para que crianças e adolescentes com câncer possam
ter mais saúde e qualidade de vida.
Segundo o INCA, se há 30 anos a chance de cura do câncer infantil e juvenil era de 15%, atualmente
pode chegar a 85%. No entanto, ainda que o índice de cura possa atingir este patamar (85%) e o constatamos
nas instituições apoiadas pelo Instituto Ronald McDonald, o índice médio de cura no Brasil ainda é de 48%.
E é neste contexto que o Instituto Ronald McDonald atua: em benefício do adolescente e da criança com
câncer, trabalhando em conjunto com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), órgão do Ministério da Saúde, a
Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (Sobope), a Confederação Nacional das Instituições de Apoio e
Assistência à Criança e ao Adolescente com Câncer (Coniacc) e com mais de 80 instituições parceiras em todo
o Brasil.
Desta reforma, em reconhecimento ao trabalho do Instituto Ronald McDonald em prol de adolescentes
e crianças com câncer, requeiro convocação de Sessão Solene para que esta Casa de Leis preste à Igreja devi-
das e merecidas homenagens.
Sala das Sessões, em de de 2016. – Deputado AUREO, Solidariedade/RJ
REQUERIMENTO Nº 5.318, DE 2016
(Do Sr. Paulo Martins)

Requer, nos termos do art. 114, XII, do Regimento Interno, a emissão de documento sobre a
convocação de Suplente, no caso de vacância regular do cargo de Deputado Federal.
DESPACHO: Oficie-se ao interessado, esclarecendo-lhe que, diante da cessação do motivo de força
maior que impedia o Senhor Osmar Bertoldi, primeiro Suplente da Coligação PSDB / DEM / PR / PSC
/ PTdoB / PP / SD / PSD / PPS – Estado do Paraná (55ª Legislatura), de assumir o exercício do mandato
por ocasião de afastamento, licença ou vacância de titular da referida Coligação, eventual renúncia
de titular implicará a convocação do primeiro Suplente, para ser efetivado no cargo de Deputado
Federal. Publique-se.
Senhor Presidente,
Considerando, conforme já se manifestou o Supremo Tribunal Federal, que as coligações têm natureza
de “Superpartido”, figura jurídica que não se exaure no dia do pleito eleitoral e nem apaga o que decorre de
sua existência, projetando seus efeitos na ordem para ocupação dos cargos e para o exercício dos mandatos
conquistados. Esclarecendo a Suprema Corte, ainda, que, no sistema de eleições proporcionais, no momento
da diplomação são ordenados os candidatos eleitos e fixada a ordem de sucessão pelos candidatos suplentes.
Assentando também sobre a condição jurídico-política dos Deputados Federais eleitos titulares e dos suplen-
tes, ressaltando que as proibições e incompatibilidades somente incidem sobre quem detém a condição de
titular (a saber, MS 30.260, MS 30.272 e MS 21.266).
Considerando que, embora vasta a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal sobre as coligações e
os critérios para sucessão do mandato parlamentar, resta pacífico o entendimento de que à convocação de
deputado eleito suplente para assumir o mandato na condição de titular não podem ser aplicadas as mesmas
regras da convocação para mera substituição na condição de suplente. Isso porque a proibição do desfalque
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  193 

na representação popular encontra expressa previsão no § 1º do art. 56 da Constituição Federal que determina
a convocação do Suplente no caso de vaga.
Considerando a Decisão dessa Presidência, proferida em 15 de março de 2016, para a convocação deste
3º Suplente da Coligação supramencionada, tendo em vista que o primeiro na ordem de suplência encontra-
-se preso preventivamente.
Considerando a manifestação da Procuradoria-Geral da República nos autos do Mandado de Segurança
nº 34.088, no sentido de “(...), que não reúne condições para assumir a vaga de titular o suplente que se encontre,
na oportunidade de convocação, em cumprimento de prisão, tendo em vista que, diga-se mais uma vez, o exer-
cício do mandato não se coaduna com a privação da liberdade pessoal daquele a ser investido no cargo(...).
Considerando que o Deputado Marcelo Belinati, eleito titular para 55ª Legislatura pela Coligação PSDB/
DEM/PR/PSC/PTdoB/PP/PSD/PPS – Estado do Paraná, renunciará ao cargo para tomar posse como Prefeito do
Município de Londrina – PR, situação que implicará vaga na representação estadual, alterando a condição jurí-
dico-política da sucessão pelos candidatos suplentes, ultrapassando o caráter de “mera expectativa de direito”
para “direito adquirido” à posse e ao exercício no mandato de Deputado Federal.
Questiona-se à Vossa Excelência:
Considerada a disposição do §1º do art. 56 da Constituição Federal, que estabelece a convocação de
Suplente ao mandato de Deputado Federal em caso de vacância, indaga-se acerca da necessidade de chama-
mento do candidato eleito na melhor classificação para o exercício das atividades parlamentares, ainda que
este encontre-se sob prisão preventiva. Esclareça-se ademais se, no caso de impossibilidade da posse do Su-
plente, será considerada a sua renúncia ao mandato (RICD, art. 239, §1º, II).
Assim, requeiro, nos termos do art. 114, XII, do Regimento Interno desta Casa, a emissão de documento
que esclareça as indagações supra, dispondo, ainda, sobre a ordem de convocação de Suplente, no caso da
vacância do cargo de Deputado Federal eleito titular para 55ª Legislatura pela Coligação PSDB/DEM/PR/PSC/
PTdoB/PP/PSD/PPS – Estado do Paraná.
Deputado Paulo Martins, PSDB/PR
REQUERIMENTO Nº 5.443, DE 2016
(Do Sr. Luiz Carlos Hauly)

Requer, nos termos regimentais, a desapensação do Projeto de Lei Complementar nº. 315/2016
com os Projeto de Lei Complementar 310/2016.
DESPACHO: Defiro o Requerimento nº 5.443/2016. Desapense-se o Projeto de Lei Complementar
nº 315/2016 do Projeto de Lei Complementar nº 310/2016. Publique-se. Oficie-se.
Excelentíssimo Senhor Presidente,
O presente requerimento tem por finalidade a desapensação do Projeto de Lei Complementar nº 315,
de 2016, tendo em vista que o art. 142 do Regimento Interno determina que duas ou mais proposições devam
ser apensadas somente se regularem matéria idêntica ou correlata.
Tramita nesta Casa o Projeto de Lei Complementar nº 315, de 2016, de minha autoria, que tem por Emen-
ta “Acrescenta o art. 73-D à Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000.”, que visa corrigir uma injustiça
cometida pela Lei de Responsabilidade Fiscal, que não prevê uma regra que leva em consideração a queda de
arrecadação enfrentada pelos municípios, principalmente no momento de crise econômica que o país enfrenta.
Ocorre que, o Projeto de Lei Complementar nº 315/2016 foi apensado ao Projeto de Lei Complementar
nº 310/2016.
Segundo o Regimento desta Casa, somente matérias análogas, e, apesar de alguma semelhança, os PLPs
tratam de matérias diferentes.
Isto porque o PLP de minha autoria trata da não penalização dos gestores públicos cujos mandatos en-
cerram em dezembro de 2016, tendo em vista a queda de arrecadação e a falta de atualização dos valores re-
passados aos municípios, já a matéria que se pretende regulamentar no PLP 310/2016 é em relação à alteração
do art. 21 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, para vedar aumento da despesa com pessoal
nos casos que especifica.
Apesar do mérito do Projeto de Lei Complementar nº 315, de 2016, entendemos que ele não guarda per-
tinência com o objeto material do Projeto de Lei nº 310/2016, de nossa autoria, o qual acrescenta o art. 73-D à
Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000
Assim, requer, nos termos regimentais, a desapensação das proposições, por tratarem de matérias distintas.
Sala das Sessões, de outubro de 2016. – LUIZ CARLOS HAULY, Deputado Federal – PSDB/PR
194  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

REQUERIMENTO Nº 5.481, DE 2016


(Do Sr. Rômulo Gouveia)

Requer Voto de Louvor ao Dr. Roberto Suga, pelos relevantes serviços prestados ao Estado
da Paraíba.
DESPACHO: Publique-se. Arquive-se.
Senhor Presidente:
Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do art. 117, inciso XIX, § 3º do Regimento Interno da Câmara
dos Deputados, que se digne a registrar nos Anais desta Casa e publicado nos órgãos de Comunicação do Con-
gresso Nacional, Voto de Louvor ao Dr. Roberto Suga, pelos relevantes serviços prestados ao Estado da Paraíba.

JUSTIFICATIVA
A Assembléia Legislativa do Estado da Paraíba estará entregando no próximo dia 09 de novembro o Título
de cidadão Paraibano ao Doutor Roberto Suga, pelos elevados serviços prestado a Paraíba, ocupando cargos
dos mais importantes com elevado destaque, onde sempre se portou com muito zelo e afinco.
Roberto Suga possui Formação Acadêmica como:
· Especialista em promoção comercial internacional pela ONU-UNCTAD/Ministério das Relações Ex-
teriores do Brasil em Brasília – 2001;
· Especialista em negociações comerciais internacionais pela Agencia Española de Cooperación In-
ternacional na Bolívia – 1989;
· MBA em Comércio Internacional pela FGV-RJ/OEA – Organização dos Estados Americanos no Rio
de Janeiro – 1988;
· Graduado em Administração de Empresas com habilitação em Comércio Exterior pela FASP – Fa-
culdades Associadas de São Paulo – 1987.
Trata-se de um Profissional e empreendedor muito experiente e muito bem qualificado, conforme
descrito em um breve resumo:
· Mais de 25 anos de experiência profissional em relações comerciais internacionais;
· Investment Banker associado ao banco de investimentos Oppenheimer & Co. Inc. de Nova York e a
outros bancos de investimentos;
· Consultor da ONU em comércio internacional;
· No Governo Federal, foi Coordenador do Programa de Promoção de Investimentos Estrangeiros
junto ao Itamaraty – Ministério das Relações Exteriores do Brasil;
· Como diplomata da USAID, durante o governo do Presidente Bill Clinton, coordenou o Programa
de Promoção de Investimentos, Exportações e Desenvolvimento da Bolívia;
· Trabalhou como consultor da OEA – Organização dos Estados Americanos em comércio interna-
cional na América do Sul;
· Palestrante e professor de pós-graduação em cursos de Relações Internacionais e Comércio Inter-
nacional de diversas universidades na América Latina desde 1987;
Sala de Sessões, em de de 2016. – RÔMULO GOUVEIA, Deputado Federal PSD/PB

PROPOSIÇÕES PENDENTES DE DESPACHO

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 274, DE 2016


(Da Sra. Gorete Pereira)

Dá nova redação ao art. 166 da Constituição Federal para alterar a destinação obrigatória dos
recursos das emendas individuais ao projeto de lei orçamentária.
As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos termos do art. 60 da Constituição Federal,
promulgam a seguinte emenda ao texto constitucional:
Art. 1º. O art. 166 da Constituição Federal passa a vigorar com a seguinte alteração:
“Art. 166. .................................................................................................................................................................................
....................................................................................................................................................................................................
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  195 

§ 9º As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas no limite de 1,2% (um in-
teiro e dois décimos por cento) da receita corrente líquida prevista no projeto encaminhado pelo Poder
Executivo, sendo que:
I – no âmbito da União, dos Estados e do Distrito Federal, 40% (quarenta por cento) deste percentual será
destinado a ações e serviços públicos de saúde, e 10% (dez por cento) deste percentual será destinado a
ações e serviços de segurança pública, voltados ao atendimento e à proteção da mulher; e
II – no âmbito dos Municípios, 50% (cinquenta por cento) deste percentual será destinado a ações e ser-
viços públicos de saúde.” (NR)
Art. 2º. Esta Emenda Constitucional entra em vigor no exercício financeiro subsequente ao de sua pu-
blicação.
JUSTIFICAÇÃO
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) apresentada tem por objetivo alterar a destinação obrigató-
ria dos recursos de emendas individuais ao projeto de lei orçamentária, de modo que 10% (dez por cento) dos
recursos sejam destinados obrigatoriamente para ações e serviços de segurança pública, voltados ao atendi-
mento e à proteção da mulher, no âmbito da União, dos Estados e do Distrito Federal.
No Brasil, são constantes as notícias de casos de violência contra as mulheres, que envolvem a violência
física, sexual e psicológica. Diante dessa situação alarmante, se faz necessária a tomada de medidas que ga-
rantam mais recursos para proteção e atendimento das mulheres vítimas de violência.
Considerando essa situação, é importante que o Poder Legislativo faça a sua parte e contribua com par-
te dos recursos das emendas parlamentares para o atendimento e a proteção da mulher. Os recursos dessas
emendas deverão reforçar a atuação dos órgãos de segurança pública, como a Polícia Federal, no âmbito da
União, e as Polícias Civis e Militares, no âmbito dos Estados e do Distrito Federal.
São estas as razões pelas quais contamos com o apoio dos ilustres pares para a aprovação da presente
Proposta de Emenda à Constituição.
Sala das Sessões, em 10 de novembro de 2016. – Deputada GORETE PEREIRA
Proposição: PEC 0274/2016
Autor da Proposição: GORETE PEREIRA E OUTROS
Ementa: Dá nova redação ao art. 166 da Constituição Federal para alterar a destinação obrigatória dos recur-
sos das emendas individuais ao projeto de lei orçamentária.
Data de Apresentação: 09/11/2016
Possui Assinaturas Suficientes: SIM
Totais de Assinaturas:
Confirmadas 186
Não Conferem 001
Fora do Exercício 003
Repetidas 023
Ilegíveis 000
Retiradas 000
Total 213
Confirmadas
1 ADAIL CARNEIRO PP CE
2 ADEMIR CAMILO PTN MG
3 AELTON FREITAS PR MG
4 AGUINALDO RIBEIRO PP PB
5 ALBERTO FRAGA DEM DF
6 ALCEU MOREIRA PMDB RS
7 ALEX CANZIANI PTB PR
8 ALEXANDRE LEITE DEM SP
9 ALEXANDRE SERFIOTIS PMDB RJ
10 ALEXANDRE VALLE PR RJ
11 ALFREDO KAEFER PSL PR
12 ALIEL MACHADO REDE PR
13 ALTINEU CÔRTES PMDB RJ
196  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

14 ANDRÉ ABDON PP AP
15 ANDRÉ AMARAL PMDB PB
16 ANGELA ALBINO PCdoB SC
17 ANÍBAL GOMES PMDB CE
18 ANTONIO BULHÕES PRB SP
19 ANTONIO CARLOS MENDES THAME PV SP
20 ANTÔNIO JÁCOME PTN RN
21 ARNON BEZERRA PTB CE
22 ÁTILA LINS PSD AM
23 ÁTILA LIRA PSB PI
24 AUGUSTO CARVALHO 24 SD DF
25 AUREO SD RJ
26 BACELAR PTN BA
27 BEBETO PSB BA
28 BENJAMIN MARANHÃO SD PB
29 BILAC PINTO PR MG
30 BOSCO COSTA PROS SE
31 BRUNNY PR MG
32 BRUNO COVAS PSDB SP
33 CABO DACIOLO PTdoB RJ
34 CABO SABINO PR CE
35 CACÁ LEÃO PP BA
36 CAPITÃO AUGUSTO PR SP
37 CARLOS HENRIQUE GAGUIM PTN TO
38 CARLOS MANATO SD ES
39 CÉLIO SILVEIRA PSDB GO
40 CELSO JACOB PMDB RJ
41 CELSO MALDANER PMDB SC
42 CELSO PANSERA PMDB RJ
43 CELSO RUSSOMANNO PRB SP
44 CHICO ALENCAR PSOL RJ
45 CHICO LOPES PCdoB CE
46 CLEBER VERDE PRB MA
47 COVATTI FILHO PP RS
48 CRISTIANE BRASIL PTB RJ
49 DAGOBERTO PDT MS
50 DAMIÃO FELICIANO PDT PB
51 DANIEL ALMEIDA PCdoB BA
52 DANIEL VILELA PMDB GO
53 DAVI ALVES SILVA JÚNIOR PR MA
54 DIEGO GARCIA PHS PR
55 DILCEU SPERAFICO PP PR
56 DOMINGOS NETO PSD CE
57 DOMINGOS SÁVIO PSDB MG
58 DR. JORGE SILVA PHS ES
59 DR. SINVAL MALHEIROS PTN SP
60 EDINHO BEZ PMDB SC
61 EDIO LOPES PR RR
62 EDUARDO BARBOSA PSDB MG
63 EFRAIM FILHO DEM PB
64 ELCIONE BARBALHO PMDB PA
65 ELI CORRÊA FILHO DEM SP
66 ELIZIANE GAMA PPS MA
67 ERIKA KOKAY PT DF
68 ERIVELTON SANTANA PEN BA
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  197 

69 EROS BIONDINI PROS MG


70 EVANDRO ROMAN PSD PR
71 EXPEDITO NETTO PSD RO
72 EZEQUIEL FONSECA PP MT
73 EZEQUIEL TEIXEIRA PTN RJ
74 FÁBIO FARIA PSD RN
75 FÁBIO MITIDIERI PSD SE
76 FABIO REIS PMDB SE
77 FÁBIO SOUSA PSDB GO
78 FERNANDO MONTEIRO PP PE
79 FRANCISCO CHAPADINHA PTN PA
80 GABRIEL GUIMARÃES PT MG
81 GENECIAS NORONHA SD CE
82 GEORGE HILTON PROS MG
83 GEOVANIA DE SÁ PSDB SC
84 GERALDO RESENDE PSDB MS
85 GILBERTO NASCIMENTO PSC SP
86 GIVALDO CARIMBÃO PHS AL
87 GONZAGA PATRIOTA PSB PE
88 GORETE PEREIRA PR CE
89 GOULART PSD SP
90 GUILHERME MUSSI PP SP
91 HISSA ABRAHÃO PDT AM
92 HUGO MOTTA PMDB PB
93 IRACEMA PORTELLA PP PI
94 JAIME MARTINS PSD MG
95 JHONATAN DE JESUS PRB RR
96 JOÃO CAMPOS PRB GO
97 JOÃO DERLY REDE RS
98 JOÃO MARCELO SOUZA PMDB MA
99 JORGE SOLLA PT BA
100 JOSÉ AIRTON CIRILO PT CE
101 JOSÉ FOGAÇA PMDB RS
102 JOSÉ NUNES PSD BA
103 JOSUÉ BENGTSON PTB PA
104 JÚLIA MARINHO PSC PA
105 JÚLIO CESAR PSD PI
106 JÚLIO DELGADO PSB MG
107 JUNIOR MARRECA PEN MA
108 LAURA CARNEIRO PMDB RJ
109 LÁZARO BOTELHO PP TO
110 LELO COIMBRA PMDB ES
111 LEONARDO MONTEIRO PT MG
112 LEONARDO QUINTÃO PMDB MG
113 LINCOLN PORTELA PRB MG
114 LINDOMAR GARÇON PRB RO
115 LUCIANA SANTOS PCdoB PE
116 LUCIO VIEIRA LIMA PMDB BA
117 LUIZ CARLOS BUSATO PTB RS
118 LUIZ CARLOS RAMOS PTN RJ
119 LUIZ FERNANDO FARIA PP MG
120 LUIZ NISHIMORI PR PR
121 LUIZ SÉRGIO PT RJ
122 MAJOR OLIMPIO SD SP
123 MARCELO CASTRO PMDB PI
198  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

124 MARCO MAIA PT RS


125 MARCOS ROTTA PMDB AM
126 MARCUS VICENTE PP ES
127 MARIA DO ROSÁRIO PT RS
128 MARIA HELENA PSB RR
129 MÁRIO HERINGER PDT MG
130 MAURO LOPES PMDB MG
131 MAURO PEREIRA PMDB RS
132 MIGUEL HADDAD PSDB SP
133 MILTON MONTI PR SP
134 MISSIONÁRIO JOSÉ OLIMPIO DEM SP
135 NELSON MARQUEZELLI PTB SP
136 NELSON MEURER PP PR
137 NILTON CAPIXABA PTB RO
138 NIVALDO ALBUQUERQUE PRP AL
139 ORLANDO SILVA PCdoB SP
140 OSMAR SERRAGLIO PMDB PR
141 OTAVIO LEITE PSDB RJ
142 PAULO ABI-ACKEL PSDB MG
143 PAULO FREIRE PR SP
144 PEDRO CHAVES PMDB GO
145 POMPEO DE MATTOS PDT RS
146 PROFESSORA DORINHA SEABRA REZE DEM TO
147 RAIMUNDO GOMES DE MATOS PSDB CE
148 RAQUEL MUNIZ PSD MG
149 RENATO MOLLING PP RS
150 RENZO BRAZ PP MG
151 RICARDO IZAR PP SP
152 ROBERTO ALVES PRB SP
153 ROBERTO BRITTO PP BA
154 ROCHA PSDB AC
155 RODRIGO MAIA DEM RJ
156 RÔMULO GOUVEIA PSD PB
157 RONALDO FONSECA PROS DF
158 RÔNEY NEMER PP DF
159 RUBENS BUENO PPS PR
160 RUBENS OTONI PT GO
161 RUBENS PEREIRA JÚNIOR PCdoB MA
162 SANDES JÚNIOR PP GO
163 SARAIVA FELIPE PMDB MG
164 SÉRGIO MORAES PTB RS
165 SERGIO VIDIGAL PDT ES
166 SILVIO TORRES PSDB SP
167 SIMÃO SESSIM PP RJ
168 SÓSTENES CAVALCANTE DEM RJ
169 STEFANO AGUIAR PSD MG
170 SUBTENENTE GONZAGA PDT MG
171 TAKAYAMA PSC 171 PR
172 TIRIRICA PR SP
173 ULDURICO JUNIOR PV BA
174 VALMIR ASSUNÇÃO PT BA
175 VALTENIR PEREIRA PMDB MT
176 VICENTE CANDIDO PT SP
177 VICENTINHO PT SP
178 VICENTINHO JÚNIOR PR TO
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  199 

179 VINICIUS CARVALHO PRB SP


180 VITOR VALIM PMDB CE
181 WALNEY ROCHA PEN RJ
182 WALTER ALVES PMDB RN
183 WASHINGTON REIS PMDB RJ
184 WELLINGTON ROBERTO PR PB
185 ZÉ GERALDO PT PA
186 ZENAIDE MAIA PR RN
DESPACHOS DO PRESIDENTE

Expediente

PRESIDÊNCIA/SGM
Ofício CCEN/FAZER/088/2016, do Senhor Carlos José Carvalho, Coordenador Geral da Federação Nacio-
nal dos Trabalhadores da Assistência Técnica e Extensão Rural e do Setor Público Agrícola do Brasil – FASER.
Encaminha “propostas defendidas pela FASER para estruturação e fortalecimento da ATER [Assistência Técnica
e Extensão Rural no Brasil] Pública Estatal e Oficial”.
Encaminhe-se, por cópia, à Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento
Rural. Publique-se. Arquive-se.
Em 10-11-2016. – RODRIGO MAIA, Presidente
PRESIDÊNCIA/SGM
Expediente sem número. Nota coletiva do Convergências Movimentos Civis pelo Brasil, com sugestões
sobre a reforma política no país.
Encaminhe-se, por cópia, à Comissão Especial da Reforma Política. Publique-se. Arquive-se.
Em 10-11-2016. – RODRIGO MAIA, Presidente
PRESIDÊNCIA/SGM
Ofício s.n., protocolizado em 1º de novembro de 2016, de autoria do Senhor José Joaz Azevedo Perei-
ra. Solicitação de regulamentação da profissão de vaquejada e rodeio. Sugestão de minuta de projeto de lei.
Encaminhe-se à Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público, nos termos do § 4º do
art. 254 do RICD. Publique-se.
Em 10-11-2016. – RODRIGO MAIA, Presidente
PRESIDÊNCIA/SGM
Documento nº 20161431, do Senhor Euclides Carli, Presidente em exercício da Federação do Comércio de
Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo – FECOMÉRCIO SP. Manifestação de apoio ao Projeto de Lei nº
5.451/2016 e requerimento de desapensação daquela proposição dos Projetos de Lei nº 3.487/2015 e nº 1.201/2011.
Encaminhe-se, por cópia, à Comissão de Finanças e Tributação. Publique-se. Arquive-se.
Em 10-11-2016. – RODRIGO MAIA, Presidente
PRESIDÊNCIA / SGM
Ofício nº 915/2016, da Liderança do PSDB – indica o Dep. Vanderlei Macris como vice-líder do PSDB.
Registre-se. Publique-se.
Ao Senhor Diretor-Geral.
Em 10-11-2016. – RODRIGO MAIA, Presidente
PRESIDÊNCIA/SGM
Ofício nº 273/2016, do Senhor Vereador Manoel Everardo Lemos Maia, Presidente da Câmara Municipal
de Morada Nova, Estado do Ceará. Encaminha solicitação de auxílio para revitalizar a área conhecida como
Perímetro Irrigado Morada Nova.
Encaminhe-se, por cópia, aos parlamentares integrantes da bancada do Ceará. Publique-se. Arquive-se.
Em 10-11-2016. – RODRIGO MAIA, Presidente
200  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

PRESIDÊNCIA/SGM
Expediente sem número, protocolizado em 4 de novembro de 2016, sem assinatura.
Arquive-se, considerando se tratar de petição apócrifa. Publique-se.
Em 10-11-2016. – RODRIGO MAIA, Presidente
PRESIDÊNCIA/SGM
Ofício nº 20817/2016, do Supremo Tribunal Federal. Comunicação de decisão nos autos do Recurso Ex-
traordinário nº 704292, que “declarou a inconstitucionalidade material sem redução de texto, por ofensa ao
art. 150, I, da Constituição Federal, do art. 2º da Lei nº 11.000, de 15 de dezembro de 2004, de forma a excluir
de sua incidência a autorização dada aos Conselhos de fiscalização de profissões regulamentadas para fixar as
contribuições anuais devidas por pessoas físicas ou jurídicas, e, por arrastamento, declarou a inconstituciona-
lidade da integralidade do seu § 1º”.
Publique-se. Arquive-se.
Em 10-11-2016. – RODRIGO MAIA, Presidente
PRESIDÊNCIA/SGM
Ofício SN/2016 – Dep. SEVERINO NINHO. Comunica que aceita reassumir o mandato parlamentar, a partir
de 10/11/2016, na qualidade de Suplente, pelo Estado de Pernambuco.
Publique-se, nos termos do art. 56, § 1º, da CF, c/c o art. 241, inc. II, do RICD. Ao Senhor Diretor-Geral.
Em 10-11-2016. – RODRIGO MAIA, Presidente
PRESIDÊNCIA/SGM
Ofício nº 1465/2016, da Câmara Municipal de Santa Bárbara d’Oeste/SP. Moção de apelo para que sejam
promovidas alterações na Lei nº 11.934/2009.
Encaminhe-se, por cópia, às Comissões de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática e de
Seguridade Social e Família. Publique-se. Arquive-se.
Em 10-11-2016. – RODRIGO MAIA, Presidente
PRESIDÊNCIA/SGM
Ofício nº 201/16/CD, da Senhora Carol Barbosa, Chefe de Gabinete do Senhor Deputado ODORICO MON-
TEIRO, endereçado à Comissão Parlamentar de Inquérito com a finalidade de investigar denúncias e supostas
irregularidades na concessão do seguro de danos pessoais causados por veículos automotores de vias terres-
tres – CPIDPVAT e recebido pelo Serviço de Comissões Parlamentares de Inquérito após o encerramento da
referida CPI. Justificativa das ausências do Deputado Odorico Monteiro nas reuniões da CPIDPVAT dos dias 29
e 30 de agosto e 13 de setembro de 2016.
Considerando a impossibilidade de se justificarem as ausências do Deputado Odorico Monteiro nas
reuniões da CPIDPVAT dos dias 29 e 30 de agosto e 13 de setembro de 2016, nos termos do art. 41,
III, c/c o art. 44, caput, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, arquive-se junto aos docu-
mentos recebidos após o encerramento da CPI do DPVAT. Publique-se. Oficie-se.
Em 10-11-2016. – RODRIGO MAIA, Presidente
PRESIDÊNCIA / SGM
Ofício nº 116/2016, da Liderança do PTdoB – indica a Deputada Rosinha da Adefal (PTdoB/AL) para titular
da Comissão de Seguridade Social e Família.
Defiro. Publique-se.
Em 10-11-2016. – RODRIGO MAIA, Presidente
PRESIDÊNCIA / SGM
Ofício nº 470/2016, da Liderança do PT – desliga a Deputada Maria do Rosário (PT/RS) como titular da Co-
missão Especial destinada a proferir parecer ao Projeto de Lei nº 7197, de 2002, do Senado Federal, que “acres-
centa §§ aos arts. 104 e 105 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e
do Adolescente e dá outras providências, para permitir a aplicação de medidas sócio-educativas aos infratores
que atingirem a maioridade penal”, e apensados.
Defiro. Publique-se.
Em 10-11-2016. – RODRIGO MAIA, Presidente
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  201 

PRESIDÊNCIA / SGM
Ofício nº 240/2016, da Liderança do PSB – indica o Deputado Hissa Abrahão (PDT/AM) para suplente da
Comissão Especial destinada a proferir parecer à Proposta de Emenda à Constituição nº 426-A, de 2009, do Sr.
Ratinho Junior e outros, que “modifica o art. 27 e o art. 29 da Constituição Federal, impedindo a recondução
para o mesmo cargo em Mesa de Câmara de Vereadores ou de Assembleia Legislativa de uma mesma legisla-
tura”, e apensadas.
Defiro. Publique-se.
Em 10-11-2016. – RODRIGO MAIA, Presidente
PRESIDÊNCIA / SGM
Ofício nº 361/2016, da Liderança do PP – indica o Deputado Mário Negromonte Jr. (PP/BA) para titular e
indica o Deputado Adail Carneiro (PP/CE) para suplente do Grupo de Trabalho destinado a viabilizar a discussão
do Projeto de Lei nº 5.587, de 2016, que trata do transporte individual remunerado, do transporte motorizado
privado e da regulamentação dos aplicativos digitais.
Defiro. Publique-se.
Em 10-11-2016. – RODRIGO MAIA, Presidente
PRESIDÊNCIA/SGM
Of. nº 10326/2016-SERAUT, do Senhor Vereador Manoel Constantino dos Santos, Presidente da Câma-
ra Municipal de Santos, Estado de São Paulo. Encaminhamento de manifestação em repúdio à Proposta de
Emenda à Constituição nº 241/2016, que “altera o Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, para instituir
o Novo Regime Fiscal”.
Publique-se. Arquive-se.
Em 10-11-2016. – RODRIGO MAIA, Presidente
PRESIDÊNCIA/SGM
Questão de Ordem nº 253/2016, suscitada pelo Senhor Deputado PAULÃO. Alegação de que a eleição
do Presidente e dos Vice-Presidentes da CPI da FUNAI e do INCRA II teria sido iniciada sem o quórum mínimo
exigido pelo art. 50, caput, do RICD. Pedido de realização de nova eleição.
À Presidência da CPI da FUNAI e do INCRA II, para se manifestar no prazo de 3 (três) sessões. Publique-se.
Em 10-11-2016. – RODRIGO MAIA, Presidente
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Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  203 


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Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  205 

Proposições

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 268, DE 2016


(Do Sr. Gonzaga Patriota)

Aperfeiçoa o Sistema Tributário Nacional


(À COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIAPROPOSIÇÃO SUJEITA À APRECIAÇÃO
DO PLENÁRIO. REGIME DE TRAMITAÇÃO: ESPECIAL)
PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 271, DE 2016
(Do Sr. Celso Pansera)

Dá nova redação ao caput e ao § 1º do art. 14 da Constituição Federal, tornando facultativo o


exercício do direito de voto
(À COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIAPROPOSIÇÃO SUJEITA À APRECIAÇÃO
DO PLENÁRIO. REGIME DE TRAMITAÇÃO: ESPECIAL)
206  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

CÂMARA

DOS DEPUTADOS

ATO DA PRESIDÊNCIA

Nos termos do art. 38 do Regimento Interno, esta Presidência


decide criar Comissão Externa, sem ônus para a Câmara dos Deputados,
destinada a acompanhar a crise fiscal instalada no Estado do Rio de
Janeiro, conforme Requerimento nº 5480/2016, composta pelos seguintes
Deputados:

• Laura Carneiro {PMDB/RJ) - Coordenadora,


• Alessandro Molon (REDE/RJ),
• Altineu Côrtes (PMDB/RJ),
• Benedita da Silva {PT!RJ),
• Cabo Daciolo (PTdoB!RJ),
• Celso Jacob (PMDB/RJ),
• Celso Pansera {PMDB/RJ),
• Chico Alencar (PSOL/RJ),

• Deley (PTB/RJ),
• Dr. João (PR/RJ),
• Ezequiel Teixeira (PTN/RJ),
• Felipe Bornier (PROS/RJ),
• Fernando Jordão (PMDB/RJ),
• Francisco Floriano (DEM!RJ),
• Glauber Braga (PSOURJ),
Hugo Leal (PSB/RJ),
• Jandira Feghali {PCdoB/RJ),
• Julio Lopes {PP/RJ) ,
Luiz Sérgio (PT/RJ),
Marcelo Matos (PHS/RJ),
• Marquinho Mendes (PMDB/RJ),
• Otavio Leite (PS DB/RJ),
P~1 rln ~aiiA fDOIO n
r vu 1 v rau1u \llYILIU/1''-')r

• Roberto Sales (PRB/RJ),


• Rosangela Gomes (PRB/RJ),
• Soraya Santos (PMDB/RJ),
• Sóstenes Cavalcante {DEM/RJ) e
• Walney Rocha (PEN/RJ).

Brasília, Q.() de novembro de 2016.

Presidente da Câm
24.579 (AGQ'16)
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  207 

COMISSÕES

ATAS

COMISSÃO DE DEFESA DOS DIREITOS DA MULHER

55ª Legislatura – 2ª Sessão Legislativa Ordinária


ATA DA DÉCIMA QUINTA REUNIÃO (ORDINÁRIA), REALIZADA EM 25 DE OUTUBRO DE 2016.
Às onze horas e trinta e três minutos do dia vinte e cinco de outubro de dois mil e dezesseis, no Anexo
II, Plenário 4 da Câmara dos Deputados, reuniu-se, ordinariamente, sob a Presidência da Deputada Zenaide
Maia, 1ª Vice-Presidente, a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher para apreciação dos itens constantes da
pauta. Compareceram os (as) Senhores (as) Deputados (as) Gorete Pereira – Presidente; Zenaide Maia e Ana
Perugini – Vice-Presidentes; Dâmina Pereira, Flávia Morais, Janete Capiberibe, Keiko Ota, Laura Carneiro, Moe-
ma Gramacho, Raquel Muniz e Soraya Santos – Titulares; Benedita da Silva, Conceição Sampaio, Diego Garcia
e Josi Nunes – Suplentes. Compareceram também os Deputados Alice Portugal, Carlos Henrique Gaguim, De-
legado Edson Moreira, Evair Vieira de Melo, Kaio Maniçoba, Manoel Junior, Márcio Marinho, Odorico Monteiro,
Professora Marcivania, Ronaldo Benedet, Valtenir Pereira, Vinicius Carvalho e Weliton Prado, como não-membros.
Deixaram de comparecer os Deputados Elcione Barbalho, Iracema Portella, Jozi Araújo, Lucas Vergilio, Maria
do Rosário, Maria Helena, Mariana Carvalho, Professora Dorinha Seabra Rezende e Shéridan. A Deputada Maria
Helena justificou ausência às reuniões dos dias 11, 18 e 25 de outubro. A Deputada Moema Gramacho justifi-
cou ausência às reuniões dos dias 30 de agosto, 13 de setembro e 4 de outubro. Também justificou ausência à
reunião do dia 13 de setembro a Deputada Gorete Pereira, Presidente da Comissão. ABERTURA: Havendo nú-
mero regimental, a Deputada Zenaide Maia, Vice-Presidente no exercício da Presidência, declarou abertos os
trabalhos e submeteu à apreciação da Comissão as Atas da 12ª e 13ª reuniões ordinárias, realizadas no dia 4
de outubro de 2016. A Deputada Soraya Santos solicitou a dispensa da leitura das atas, por terem sido distri-
buídas previamente cópias das mesmas. Em votação, foram as Atas aprovadas, sem observação. EXPEDIENTE:
A Presidente deu como lido o expediente, com o resumo das correspondências recebidas na Comissão até o
dia 21 de outubro e encaminhado aos Senhores Deputados, por email: Correspondência do Ministério Público
do Estado de Minas Gerais encaminhando a “Carta de Minas Gerais”, documento sobre o enfrentamento à vio-
lência sexual no estado de Minas Gerais, que solicita a ampliação do atendimento às pessoas em situação de
violência sexual e defende que a Lei nº 13.239/15, que dispõe sobre a cirurgia plástica reparadora de sequelas
causada por atos de violência, seja estendida a todas as vítimas, independentemente do gênero. Correspon-
dência do Ministério do Desenvolvimento Agrário para que a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher con-
temple as ações indicadas pelo Ministério apresentando emendas e desenvolvendo gestões para que as mes-
mas sejam priorizadas no Orçamento de 2017. Correspondência da Defensoria Pública do estado de São Pau-
lo oferecendo Moção de Repúdio ao PL nº 3.235/2015, que tramita nesta comissão. ORDEM DO DIA: Dando
sequência aos trabalhos, a Presidente deu início à apreciação da pauta. A) Requerimentos: Primeiramente, a
Deputada Zenaide Maia consultou o plenário da Comissão se haveria concordância para votar em bloco os
requerimentos constantes da pauta. Havendo concordância, a Presidente em exercício colocou em votação os
itens de nºs 1 a 4, respectivamente, Requerimentos nºs 28/16, 29/16, 30/16, 31/16 e 32/16. 1) Requerimento
nº 28/16 – da Sra. Gorete Pereira – que “propõe a apresentação, pela Comissão de Defesa dos Direitos da Mu-
lher, de Projeto de Lei que ‘Inscreve os nomes de D. Maria Leopoldina e D. Isabel Christina Leopoldina Augusta
no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria’”. Em votação, o Requerimento foi aprovado. 2) Requerimento nº
29/16 – da Sra. Gorete Pereira – que “requer da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher a publicação de
cartilha que trata da temática ‘A importância da Primeira Infância’”. Em votação, o Requerimento foi aprovado.
3) Requerimento nº 30/16 – da Sra. Laura Carneiro – que “requer a substituição dos nomes dos convidados
para o Requerimento nº 24 de 2016 de minha autoria, aprovado em 04/10/2016, para realização de Audiência
Pública para discutir ações de combate e prevenção à violência sexual virtual contra as mulheres”. Em votação,
o Requerimento foi aprovado com alteração. Alteração: subscrito pelas Deputadas Dâmina Pereira e Soraya
Santos. 4) Requerimento nº 31/16 – da Sra. Keiko Ota – que “requer a realização de Audiência Pública para
discutir a humanização do luto materno”. Em votação, o Requerimento foi aprovado. 5) Requerimento nº
32/16 – da Sra. Ana Perugini e outros – que “requer a realização de audiência pública conjunta dessa Comissão
de Defesa dos Direitos da Mulher e da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, com a Frente Parlamentar
em Defesa dos Direitos Humanos das Mulheres e a Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados, para de-
bater o caso Gracinha”. Em votação, o Requerimento foi aprovado com alteração. Alteração: subscrito pelas
208  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

Deputadas Moema Gramacho, Gorete Pereira, Luiziane Lins e Érika Kokay. A Presidente sugeriu a deliberação
dos itens em que havia consenso para apreciação. Dessa forma passou a apreciar os seguintes itens: C) Propo-
sições Sujeitas à Apreciação Conclusiva pelas Comissões: 7) Projeto de Lei nº 5.461/16 – do Senado Fe-
deral – Vanessa Grazziotin – (PLS 72/2016) – que “altera a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, que “dispõe sobre
o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências”, para assegurar o direito de as gestantes re-
ceberem gratuitamente repelente contra o mosquito Aedes aegypti”. (Apensado: PL 4.587/2016) Relatora:
Deputada GORETE PEREIRA. Parecer: pela aprovação do Projeto de Lei nº 5.461/2016 e pela rejeição do PL nº
4.587/2016, apensado. A Presidente em exercício solicitou que a Deputada Soraya Santos fizesse a leitura do
parecer. Em discussão, não havendo quem quisesse discutir a matéria, o parecer foi colocado em votação. Em
votação, foi aprovado por unanimidade o parecer. 8) Projeto de Lei nº 5.654/16 – do Senado Federal – da
Sra. Maria do Carmo Alves – (PLS 75/2012) – que “altera os arts. 14 e 199 da Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984
(Lei de Execução Penal), para assegurar tratamento humanitário à mulher em trabalho de parto, bem como
assistência integral à sua saúde e à do nascituro, promovida pelo poder público, e para vedar a utilização de
algemas em mulheres durante o trabalho de parto”. Relatora: Deputada PROFESSORA DORINHA SEABRA RE-
ZENDE. Parecer: pela aprovação. A Presidente solicitou que a Deputada Soraya Santos fizesse a leitura do pa-
recer. Em discussão, não havendo quem quisesse discutir a matéria, o parecer foi colocado em votação. Em
votação, foi aprovado por unanimidade o parecer. A seguir, a Presidente informou que recebeu correspondên-
cia da Rede Justiça Criminal apoiando a aprovação do projeto. 9) Projeto de Lei nº 3.437/15 – do Senado Fe-
deral – Vanessa Grazziotin – (PLS 374/2014) – que “altera o art. 2º da Lei nº 11.664, de 29 de abril de 2008, para
dispor sobre a realização de mamografia no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS)”. (Apensados: PL 1.752/2011
(Apensados: PL 2.357/2011, PL 6.262/2013 (Apensado: PL 2.804/2015), PL 6.704/2013, PL 7.355/2014 (Apensa-
do: PL 7.359/2014) e PL 320/2015 (Apensados: PL 606/2015 e PL 4.048/2015)), PL 3.512/2015 e PL 4.997/2016).
Relatora: Deputada GORETE PEREIRA. Parecer: pela aprovação do Projeto de Lei nº 3437/2015 e dos PLs nº
357/2011, 1.752/2011, 6.262/2013, 6704/2013, 7355/2014, 7359/2014, 320/2015, 606/2015, 2804/2015, 3512/2015,
4048/2015, 4997/2016, apensados, com Substitutivo. A Presidente informou que havia sobre a mesa requeri-
mento da relatora para retirada de pauta do projeto, a pedido do Ministério da Saúde. A matéria foi retirada
de pauta a pedido da relatora. 14) Projeto de Lei nº 622/15 – da Sra. Moema Gramacho – que “dispõe sobre
a proibição do uso de recursos públicos para contratação de artistas que, em suas músicas, desvalorizem, in-
centivem a violência ou exponham as mulheres a situação de constrangimento, ou contenham manifestações
de homofobia, discriminação racial ou apologia ao uso de drogas ilícitas”. Relatora: Deputada ANA PERUGINI.
Parecer: pela aprovação do Projeto e pela rejeição da Emenda nº 1/2016 apresentada na Comissão. A Presi-
dente solicitou que a Deputada Soraya Santos fizesse a leitura do parecer. Em discussão, a Deputada Moema
Gramacho, autora do projeto, justificou a iniciativa pela apresentação do projeto e parabenizou a Deputada
Soraya Santos pela defesa do Projeto de Lei e pela luta de matérias atinentes às mulheres. Em votação, foi
aprovado por unanimidade o parecer. Em seguida, a Presidente em exercício, Deputada Zenaide Maia, regis-
trou que foram eleitas dos 167 Municípios no seu Estado 47 prefeitas e 40 vice-prefeitas. Informou que convi-
dou as Prefeitas eleitas do Rio Grande do Norte para conhecer os trabalhos da Comissão no próximo dia 9 de
novembro. Esclareceu que a vinda das prefeitas eleitas será sem ônus para a Casa porque aproveitou a opor-
tunidade da vinda das mesmas pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), que estará promovendo o
Seminário Novos Gestores 2017/2020 para os novos prefeitos eleitos (Região Nordeste) de 9 a 11 de novembro.
A Deputada Soraya Santos parabenizou a Deputada Zenaide Maia pela iniciativa e informou que iria apresen-
tar um Requerimento na CMulher para fazer um encontro de todas as prefeitas e vereadoras do Brasil, junta-
mente com a Coordenadoria da Mulher. 10) Projeto de Lei nº 5.304/16 – do Sr. Ronaldo Martins – que “altera
a Lei nº. 8.036, de 11 de maio de 1990, que dispõe sobre o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS),
para permitir o saque do saldo quando a mulher trabalhadora estiver em situação de violência doméstica, na
forma que indica”. Relatora: Deputada MARIA HELENA. Parecer: pela aprovação, com Substitutivo. A Presiden-
te solicitou que a Deputada Dâmina Pereira fizesse a leitura do parecer. Em discussão, não havendo quem qui-
sesse discutir a matéria, o parecer foi colocado em votação. Em votação, foi aprovado por unanimidade o pa-
recer. 11) Projeto de Lei nº 2.362/15 – do Sr. Alfredo Nascimento – que “altera a Lei nº 11.340, de 7 de agosto
de 2006 – Lei Maria da Penha -, para garantir o direito à cirurgia plástica reparadora, no âmbito do Sistema
Único de Saúde, à mulher vítima de violência doméstica da qual tenham resultado sequelas físicas”. Relatora:
Deputada GORETE PEREIRA. Parecer: pela aprovação, com Substitutivo. A Presidente solicitou que a Deputada
Moema Gramacho fizesse a leitura do parecer. Após a leitura, a Presidente anunciou que a ordem do dia do
Plenário havia se iniciado e o Projeto não poderia ser apreciado. Não deliberado face o início da ordem do dia
do plenário. Dessa forma, os itens remanescentes da pauta não foram deliberados, a saber: B) Proposições
Sujeitas à Apreciação do Plenário: 6) Projeto de Lei nº 2.577/15 – do Sr. Vinicius Carvalho – que “tipifica a
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  209 

conduta de a mulher imputar fato ilícito a seu companheiro com a finalidade de obter privilégio na ação da
guarda de menores”. Explicação da Ementa: Altera o Decreto-Lei nº 2.848, de 1940. Relatora: Deputada GO-
RETE PEREIRA. Parecer: pela aprovação, com emendas. Não deliberado face o início da ordem do dia do ple-
nário. 12) Projeto de Lei nº 5.345/16 – do Sr. Laudivio Carvalho – que “acrescenta à Lei nº 12.513, de 26 de
outubro de 2011, dispositivo que estimula a participação das mulheres e jovens que residem em assentamen-
tos da reforma agrária em cursos oferecidos por intermédio da Bolsa-Formação”. Relatora: Deputada PROFES-
SORA DORINHA SEABRA REZENDE. Parecer: pela aprovação. Não deliberado face o início da ordem do dia do
plenário. 13) Projeto de Lei nº 4.924/16 – do Sr. Carlos Henrique Gaguim – que “altera a Lei nº 6.259, de 30 de
outubro de 1975, para incluir a vacina contra o vírus do Papiloma Humano – HPV no Programa Nacional de
Imunizações, tendo como beneficiários homens e mulheres na faixa etária dos 9 aos 40 anos”. Relatora: Depu-
tada JOZI ARAÚJO. Parecer: pela aprovação. Não deliberado face o início da ordem do dia do plenário. 15)
Projeto de Lei nº Nº 4.528/16 – do Sr. Carlos Henrique Gaguim – que “esclarece que o namoro insere-se no
âmbito protetivo do sistema de combate à violência contra a mulher, acrescentando o inciso IV no caput do
art. 5º da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006”. Relatora: Deputada FLÁVIA MORAIS. Parecer: pela rejeição.
Não deliberado face o início da ordem do dia do plenário. 16) Projeto de Lei nº 4.614/16 – da Sra. Luizianne
Lins – que “altera a Lei nº 10.446, de 8 de maio de 2002, para acrescentar atribuição à Polícia Federal no que
concerne à investigação de crimes praticados por meio da rede mundial de computadores que difundam con-
teúdo misógino, ou seja, aqueles que propagam o ódio ou a aversão às mulheres”. Relatora: Deputada ANA
PERUGINI. Parecer: pela aprovação. Não deliberado face o início da ordem do dia do plenário. ENCERRAMEN-
TO: Às doze horas e vinte e seis minutos, em face do início da ordem do dia da sessão plenária, a Presidente
em exercício encerrou os trabalhos, antes convocando as senhoras e os senhores membros para reunião ex-
traordinária de audiência pública, hoje, dia 25 de outubro, às 15 horas, no Plenário 16 do Anexo II, da Câmara
dos Deputados. O inteiro teor da reunião foi gravado, passando o arquivo de áudio a integrar o seu acervo
documental. E, para constar, eu, ________________________ Valéria Pessoa, Secretária-Executiva, lavrei a pre-
sente Ata, que, lida e aprovada, será assinada pela Vice-Presidente no exercício da Presidência, ____________________,
Deputada Zenaide Maia, e encaminhada à publicação no Diário da Câmara dos Deputados.
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
COMISSÃO DE DEFESA DOS DIREITOS DA MULHER

55ª Legislatura – 2ª Sessão Legislativa Ordinária


ATA DA DÉCIMA SEXTA REUNIÃO (EXTRAORDINÁRIA), DE AUDIÊNCIA PÚBLICA REALIZADA EM 25
DE OUTUBRO DE 2016.
Às quinze horas e vinte e três minutos do dia vinte e cinco de outubro de dois mil e dezesseis, reuniu-se,
extraordinariamente, sob a Presidência, alternadamente, das Deputadas Gorete Pereira, Presidente, e Dâmi-
na Pereira, a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, com a participação da Secretaria da Mulher e da Co-
missão de Seguridade Social e Família, no Anexo II, Plenário 16 da Câmara dos Deputados. Compareceram
as senhoras e os senhores deputados: Gorete Pereira – Presidente; Dâmina Pereira, Flávia Morais, Keiko Ota e
Shéridan – Titulares. Compareceram também os Deputados Carlos Henrique Gaguim, Evair Vieira de Melo e
Weliton Prado, como não-membros. Deixaram de comparecer os Deputados Ana Perugini, Elcione Barbalho,
Iracema Portella, Janete Capiberibe, Jozi Araújo, Laura Carneiro, Lucas Vergilio, Maria do Rosário, Maria Helena,
Mariana Carvalho, Moema Gramacho, Professora Dorinha Seabra Rezende, Raquel Muniz, Soraya Santos e Ze-
naide Maia. Justificou a ausência a Deputada Maria Helena. ABERTURA: Abertos os trabalhos, a Presidente
Gorete Pereira informou que a reunião de audiência pública fora convocada para debater o tema: “Os princi-
pais tipos de câncer incidentes nas mulheres”, resultado da aprovação do Requerimento nº 25/16, de autoria
da Deputada Dâmina Pereira. Inicialmente agradeceu a presença dos ilustres expositores: Dr. Sandro Martins,
Coordenador da Coordenação-Geral de Atenção às Pessoas com Doenças Crônicas do Ministério da Saúde; Dr.
Adriano Tavares, representando o Sr. Joaquín Molina, Representante da Organização Pan-americana de Saúde
– OPAS; Dr Nivaldo Vieira, membro do comitê científico do Instituto Oncoguia, representando a Sra. Luciana
Holtz, Presidente do Instituto Oncoguia; Dr. Metódio Ribas, Médico Oncoginecologista, especialista em HPV; e
Dra. Carmen Manzione, representando a Dra. Angelita Habr-Gama, Presidente da Associação Brasileira de Pre-
venção do Câncer de Intestino – ABRAPRECI. A seguir, a Presidente, Deputada Gorete Pereira, explicou que a
reunião estava sendo gravada para posterior transcrição, e transmitida ao vivo pela internet. Dando sequência
aos trabalhos, a Presidente discorreu sobre as normas regimentais que disciplinariam a audiência pública e,
para as exposições dos convidados, concedeu a palavra, sucessivamente, a Dra. Carmen Manzione, represen-
210  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

tando a Dra. Angelita Habr-Gama, Presidente da Associação Brasileira de Prevenção do Câncer de Intestino
– ABRAPRECI; ao Dr. Metódio Ribas, Médico Oncoginecologista, especialista em HPV; ao Dr. Sandro Martins,
Coordenador da Coordenação-Geral de Atenção às Pessoas com Doenças Crônicas do Ministério da Saúde; Dr
Nivaldo Vieira, membro do comitê científico do Instituto Oncoguia, representando a Sra. Luciana Holtz, Presi-
dente do Instituto Oncoguia; e Dr. Adriano Tavares, representando o Sr. Joaquín Molina, Representante da Or-
ganização Pan-americana de Saúde – OPAS. A Deputada Dâmina Pereira, Coordenadora da Secretaria da Mulher
e autora do Requerimento assumiu a presidência dos trabalhos. Ao término das apresentações, a Deputada
Dâmina Pereira, Presidente da Mesa, fez uma reflexão acerca da importância da referida audiência. A seguir,
a Presidente passou às considerações finais dos convidados. ENCERRAMENTO: Às dezessete horas e trinta e
cinco minutos, nada mais havendo a tratar, a Presidente encerrou os trabalhos, antes, porém, agradecendo a
presença dos ilustres expositores, dos parlamentares e demais público presente. O inteiro teor da reunião foi
gravado, passando o arquivo do áudio a integrar o acervo documental da presente reunião. E, para constar,
eu, __________________________ Valéria Pessoa, Secretária-Executiva, lavrei a presente Ata, que, lida e apro-
vada, será assinada pela Presidente, _________________________, Deputada Gorete Pereira, e encaminhada
à publicação no Diário da Câmara dos Deputados. xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO DESTINADA A INVESTIGAR FATOS RELATIVOS À FUNDAÇÃO
NACIONAL DO ÍNDIO (FUNAI) E AO INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA
(INCRA) NOS TERMOS QUE ESPECIFICA (CPI – FUNAI E INCRA 2)

55ª Legislatura – 2ª Sessão Legislativa Ordinária


ATA DA 1ª REUNIÃO ORDINÁRIA REALIZADA EM 25 DE OUTUBRO DE 2016
Às quinze horas e onze minutos do dia vinte e cinco de outubro de dois mil e dezesseis, no Plenário 12,
do Anexo II da Câmara dos Deputados, reuniu-se a COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO DESTINADA A
INVESTIGAR FATOS RELATIVOS À FUNDAÇÃO NACIONAL DO ÍNDIO (FUNAI) E AO INSTITUTO NACIONAL DE CO-
LONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA (INCRA) NOS TERMOS QUE ESPECIFICA (CPI – FUNAI E INCRA 2), criada pelo
Ato da Presidência de 30 de outubro de 2016 (Requerimento de Instituição de CPI nº 26 de 2016, dos Deputados
Nilson Leitão, Alceu Moreira, Valdir Colatto, Tereza Cristina, Osmar Serraglio e outros). Compareceram os De-
putados Adilton Sachetti, Alceu Moreira, Assis do Couto, Carlos Henrique Gaguim, Dilceu Sperafico, Domingos
Sávio, Eduardo Bolsonaro, Janete Capiberibe, Luis Carlos Heinze, Mandetta, Nelson Marquezelli, Osmar Serra-
glio, Valdir Colatto e Zé Silva – Titulares; Elmar Nascimento, Evandro Roman, Mauro Pereira e Newton Cardoso Jr
– Suplentes. Compareceram também os Deputados Evair Vieira de Melo e Weliton Prado, como não-membros.
ABERTURA: Havendo número regimental, o Deputado Nelson Marquezelli assumiu a Presidência e declarou
aberta a reunião convocada para instalação da Comissão e eleição do Presidente e Vice-Presidentes da Comis-
são Parlamentar de Inquérito destinada a investigar fatos relativos à Fundação Nacional do Índio (FUNAI) e ao
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) nos termos que especifica (CPI – FUNAI E INCRA
2), esclarecendo que lhe coubera a direção dos trabalhos nos termos do art. 39, § 4º, do Regimento Interno da
Câmara dos Deputados. ORDEM DO DIA: Instalação da Comissão e Eleição do Presidente. Às dezesseis horas e
doze minutos o Presidente leu o Ato de Constituição e Instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito, dando
início ao processo eleitoral para eleição do Presidente da Comissão, com eleição do Deputado Alceu Moreira
(PMDB/RS), que assumiu a Presidência dos trabalhos até o encerramento da reunião às dezesseis horas e cin-
quenta e dois minutos. Durante a votação foi iniciada a Ordem do Dia no Plenário da Câmara dos Deputados,
tendo sido, por esta razão, tornado sem efeito o processo eleitoral ocorrido. E, para constar, eu Alber Vale de
Paula, Secretário-Executivo da Comissão, lavrei a presente Ata que, lida e aprovada, será assinada pelo Presi-
dente da Instalação, Deputado Nelson Marquezelli, e encaminhada à publicação no Diário da Câmara dos De-
putados. Esta Ata, o arquivo de áudio correspondente ao inteiro teor da reunião e as notas taquigráficas, após
serem decodificadas, passarão a integrar o acervo documental desta Comissão.
DESIGNAÇÕES

COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA, COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA

DESIGNAÇÃO DE RELATOR
Faço, nesta data, a(s) seguinte(s) designação(ões) de relatoria:
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  211 

Ao Deputado André Figueiredo


PROJETO DE LEI Nº 6.413/16 – do Sr. Vicentinho Júnior – que “cria o Fundo para o Desenvolvimento
Tecnológico das Tecnologias de Informação e Comunicação – Funtics, e incentiva a inclusão digital e o desen-
volvimento local de produtos e serviços de tecnologia de informação e comunicação”.
Ao Deputado Benito Gama
TVR Nº 174/16 – do Poder Executivo – (MSC 231/2016) – que “submete à apreciação do Congresso Na-
cional o ato constante da Portaria nº 3628, de 19 de agosto de 2015, que renova a autorização outorgada ao
Centro Social Educacional e Cultural de Rio Preto-MG para executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de
exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no município de Rio Preto, Estado de Minas Gerais”.
Ao Deputado Flavinho
PROJETO DE LEI Nº 5.545/16 – do Sr. Arnaldo Faria de Sá – que “dispõe sobre conteúdos relacionados
a acessibilidade de pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida nas programações veicu-
ladas pela EBC – Empresa Brasil de Comunicação”.
Ao Deputado Francisco Floriano
PROJETO DE LEI Nº 6.385/16 – do Sr. André Figueiredo – que “dispõe sobre a prestação de serviços pos-
tais aos órgãos públicos federais da Administração Direta e Indireta, e dá outras providências”.
Ao Deputado Marcos Soares
PROJETO DE LEI Nº 3.133/15 – da Sra. Margarida Salomão – que “altera o § 5º do art. 32 da Lei nº 12.485,
de 12 de setembro de 2011, e o art. 18 da Lei nº 9.612, de 19 de fevereiro de 1998, para permitir a veiculação
de publicidade comercial local pelas emissoras comunitárias”.
Ao Deputado Nilson Pinto
TVR Nº 70/16 – do Poder Executivo – (MSC 588/2015) – que “submete à apreciação do Congresso Nacio-
nal o ato constante da Portaria nº 2.496, de 16 de junho de 2015, que renova a permissão outorgada à Rádio
Concórdia FM Ltda. para explorar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão
sonora em frequência modulada, no município de Concórdia, Estado de Santa Catarina”.
À Deputada Renata Abreu
PROJETO DE LEI Nº 5.974/16 – do Sr. Rômulo Gouveia – que “dispõe sobre a webcasting e seus produ-
tos, a web rádio, a playlist, o áudio em demanda e o portal de áudio e vídeo, e dá outras providencias”.
Ao Deputado Sóstenes Cavalcante
PROJETO DE LEI Nº 6.191/16 – da Sra. Erika Kokay – que “dispõe sobre a publicidade de cunho misógi-
no, sexista ou estimuladora de agressão ou violência sexual”.
Ao Deputado Vitor Lippi
PROJETO DE LEI Nº 5.752/16 – do Sr. Otavio Leite – que “declara como de especial interesse para a ge-
ração de conhecimento, tecnologia, inovação, bem como para o desenvolvimento brasileiro, nos termos do
parágrafo único do art. 219 da Constituição Federal, os Centros de Pesquisa e de Inovação de Empresas (CPIEs)”.
Sala da Comissão, em 10 de novembro de 2016. – Alexandre Leite, Presidente

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA


DESIGNAÇÃO DE RELATOR
Faço, nesta data, a(s) seguinte(s) designação(ões) de relatoria:
Ao Deputado Altineu Côrtes
PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 265/16 – do Sr. Alfredo Kaefer – que “dá nova redação
aos arts. 48 e 49 da Constituição Federal, revoga os incisos VI e IX do art. 52 da Constituição Federal, e acres-
centa os arts. 101 e 102 ao Ato das Disposições Constitucionais Transitórias”.
PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 266/16 – do Sr. Sóstenes Cavalcante – que “dá nova
redação ao § 6º do art. 155 da Constituição Federal, para reduzir o Imposto sobre a Propriedade de Veículos
Automotores (IPVA) no caso de proprietários que não tenham cometido infrações à legislação de trânsito no
ano anterior”.
Ao Deputado Betinho Gomes
PROJETO DE LEI Nº 3.831/15 – do Senado Federal – Antonio Anastasia – (PLS 397/2015) – que “estabe-
lece normas gerais para a negociação coletiva na administração pública direta, nas autarquias e nas fundações
públicas dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios”. (Apensado: PL 4497/2001
(Apensados: PL 5662/2001, PL 6032/2002, PL 6141/2002, PL 6668/2002, PL 6775/2002, PL 1950/2003, PL 981/2007,
PL 3670/2008, PL 4276/2012 e PL 4532/2012 (Apensado: PL 7205/2014)))
Ao Deputado Cabo Sabino
212  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

PROJETO DE LEI Nº 4.947/16 – do Sr. Delegado Waldir – que “altera a Lei nº 11.343 de 23 de agosto de
2006”.
Ao Deputado Covatti Filho
PROJETO DE LEI Nº 2.524/11 – do Sr. Manato – que “regulamenta a profissão de leiloeiro público oficial”.
PROJETO DE LEI Nº 6.469/13 – do Sr. Carlos Bezerra – que “altera a Lei nº 6.015, de 31 de dezembro de
1973, que “dispõe sobre os registros públicos, e dá outras providências””. (Apensados: PL 1540/2015 (Apensado:
PL 1753/2015 (Apensado: PL 4487/2016)) e PL 1633/2015)
PROJETO DE LEI Nº 4.273/16 – do Sr. Arnaldo Faria de Sá – que “altera o Art. 3.º da Lei 13.233 de 29 de
dezembro de 2015”.
Ao Deputado Fausto Pinato
PROJETO DE LEI Nº 2.687/15 – da Comissão Parlamentar de Inquérito destinada a investigar a realida-
de do Sistema Carcerário Brasileiro – que “estabelece que as instalações da penitenciária devem contar com
equipamento eletrônico de captação de sinais ópticos e acústicos”.
Ao Deputado Gonzaga Patriota
PROJETO DE LEI Nº 1.607/11 – da Sra. Sandra Rosado – que “acresce parágrafo ao art. 82 da Lei nº 7.210,
de 11 de julho de 1984, que “institui a Lei de Execução Penal”, e revoga o art. 103 do mesmo diploma legal”.
(Apensado: PL 1802/2011)
Ao Deputado José Mentor
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 506/16 – da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação
e Informática – (TVR 192/2016) – que “aprova o ato que outorga permissão à Legal-Cat Catanduva Comuni-
cações Ltda. para explorar serviço de radiodifusão sonora em frequência modulada, no Município de Santa
Adélia , Estado de São Paulo”.
Ao Deputado Lincoln Portela
PROJETO DE LEI Nº 2.409/15 – do Sr. Ronaldo Martins – que “dá nova redação ao §2º do art. 12 da Lei
6.194/1974, na forma que indica”.
PROJETO DE LEI Nº 3.376/15 – do Senado Federal – Marcelo Crivella – (PLS 230/2014) – que “altera a Lei
nº 8.072, de 25 de julho de 1990, para incluir o crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito
no rol dos crimes hediondos”.
Ao Deputado Lucas Vergilio
PROJETO DE LEI Nº 1.764/11 – do Sr. Zé Silva – que “determina a reserva de vagas, nos processos seleti-
vos de acesso aos cursos superiores de graduação em Ciências Agrárias, das instituições federais de educação
superior, para os estudantes que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas situadas no meio
rural”. (Apensado: PL 6563/2013)
PROJETO DE LEI Nº 2.723/15 – do Sr. Daniel Vilela – que “acrescenta o § 3º ao art. 19 da Lei nº 8.112,
de 11 de dezembro de 1990, que dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das
autarquias e das fundações públicas federais, para autorizar a implantação do sistema de escritório remoto
(“home-office”) no serviço público”.
RECURSO Nº 137/16 – do Sr. Aureo – (RCP 21/2016) – que “recorre da decisão da Presidência”.
Ao Deputado Rodrigo Pacheco
PROJETO DE LEI Nº 4.447/12 – do Sr. Marcelo Matos – que “acrescenta novo § 2º ao art. 17 da Lei nº
8.245, de 18 de outubro de 1991, que dispõe sobre as locações dos imóveis urbanos e os procedimentos a ela
pertinentes, para disciplinar a cobrança de aluguel em centros comerciais (“Shopping centers”)”.
Ao Deputado Ronaldo Fonseca
PROJETO DE LEI Nº 2.310/15 – do Sr. Carlos Manato – que “altera o inciso VII do § 2º do art. 121 e § 12
do art. 129, ambos do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), e o inciso I-A do art. 1º
da Lei 8.072, de 25 de julho de 1990 (Lei de Crimes Hediondos)”.
Ao Deputado Rubens Pereira Júnior
PROJETO DE LEI Nº 3.981/15 – do Sr. Expedito Netto – que “aumenta a pena do crime de queimada”.
Ao Deputado Sergio Souza
PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 268/16 – do Senado Federal – Valdir Raupp – (PLS 78/2015) – que
“altera a Lei Complementar nº 108, de 29 de maio de 2001, para aprimorar os dispositivos de governança das
entidades fechadas de previdência complementar vinculadas à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios e a suas autarquias, fundações, sociedades de economia mista e outras entidades públicas”. (Apen-
sado: PLP 50/2011 (Apensados: PLP 193/2015, PLP 266/2016, PLP 255/2016 e PLP 274/2016))
À Deputada Soraya Santos
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  213 

PROJETO DE LEI Nº 5.173/13 – do Sr. Sergio Zveiter – que “altera a Lei nº 8.078, de 11 de setembro de
1990, que “dispõe sobre a proteção ao consumidor e dá outras providências””.
PROJETO DE LEI Nº 1.855/15 – do Sr. Herculano Passos – que “dispõe sobre os serviços comerciais de
tosa e banho em cães e gatos”.
PROJETO DE LEI Nº 6.270/16 – do Sr. Hildo Rocha – que “altera dispositivos da Lei nº 13.165, de 29 de
setembro de 2015, para definir nova regra para o teto de gastos em campanhas eleitorais, tomando como pa-
râmetro a média dos gastos declarados na eleição imediatamente anterior, consideradas a natureza dos cargos
eletivos e a circunscrição eleitoral”.
Ao Deputado Thiago Peixoto
PROJETO DE LEI Nº 3.357/15 – do Sr. Vicentinho Júnior – que “dispõe sobre o crime de invadir dispositivo
informático, sem a devida autorização, modificando conteúdo de sítio da internet”. (Apensados: PL 4093/2015
(Apensado: PL 5200/2016) e PL 5842/2016)
Ao Deputado Vicentinho
PROJETO DE LEI Nº 4.594/16 – do Senado Federal – Romário – (PLS 657/2015) – que “institui o Dia Na-
cional de Combate ao Preconceito contra as Pessoas com Nanismo”.
Sala da Comissão, em 10 de novembro de 2016. – Osmar Serraglio, Presidente
COMISSÃO DE DEFESA DOS DIREITOS DA MULHER

DESIGNAÇÃO DE RELATOR
Faço, nesta data, as seguintes designações de relatoria:
À Deputada Ana Perugini
PROJETO DE LEI Nº 3.169/15 – da Sra. Mariana Carvalho – que “dispõe sobre a obrigatoriedade de forne-
cimento de medicamentos pelo Sistema Único de Saúde para as mulheres com câncer de mama metastático”.
À Deputada Dâmina Pereira
PROJETO DE LEI Nº 5.680/16 – da Sra. Carmen Zanotto – que “institui o Dia Nacional da Mulher Empresária”.
À Deputada Elcione Barbalho
PROJETO DE LEI Nº 7.150/14 – do Sr. Rodrigo Maia – que “altera a Lei nº 8.080, de 11 de setembro, de
1990, para determinar a realização de campanhas destinadas à realização de exames preventivos do câncer
de próstata e de mama”.
À Deputada Flávia Morais
PROJETO DE LEI Nº 44/15 – do Sr. Sergio Vidigal – que “dá nova redação ao inciso II do art. 35 da Lei nº
11.340, de 7 de agosto de 2006, Lei Maria da Penha, substituindo o termo “menor” pela expressão “crianças e
adolescentes, e dá outras providências”.
À Deputada Gorete Pereira
PROJETO DE LEI Nº 6.299/16 – do Sr. Cabo Sabino – que “reserva as mulheres 25% (vinte e cinco por
cento) das vagas oferecidas nos concursos públicos na área de segurança pública”.
À Deputada Keiko Ota
PROJETO DE LEI Nº 626/11 – do Sr. Jorge Tadeu Mudalen – que “acrescenta parágrafo ao art. 8º Lei nº
8.069 de 13 de julho de 1990 – Estatuto da Criança e do Adolescente para garantir atendimento ambulatorial
e psicológico à menor gestante”. (Apensados: PL 959/2011, PL 2333/2011 e PL 4710/2016)
À Deputada Laura Carneiro
PROJETO DE LEI Nº 6.759/10 – do Senado Federal – Maria do Carmo Alves – (PLS 158/2009) – que “alte-
ra a Lei nº 11.664, de 29 de abril de 2008, para incluir a pesquisa de biomarcadores entre as ações destinadas à
detecção precoce das neoplasias malignas de mama e do trato genital feminino e à pesquisa de predisposição
genética para essas doenças”. (Apensado: PL 6917/2010)
PROJETO DE LEI Nº 6.820/10 – do Senado Federal – Ideli Salvatti – (PLS 51/2007) – que “altera a Lei nº
6.259, de 30 de outubro de 1975, para garantir o oferecimento de vacinação antipapilomavírus humano (HPV)
à população”. (Apensados: PL 5694/2009 (Apensado: PL 7551/2010), PL 449/2011, PL 1430/2011, PL 3964/2012,
PL 4483/2012 e PL 4540/2012)
PROJETO DE LEI Nº 6/15 – do Sr. Ricardo Barros – que “fica instituída a Semana de Orientação sobre a
Gravidez na Adolescência, na primeira semana de maio”.
À Deputada Magda Mofatto
PROJETO DE LEI Nº 2.805/15 – da Sra. Erika Kokay – que “dispõe sobre a inclusão anualmente, na pro-
gramação pedagógica das escolas da rede de educação básica do País, do debate sobre o tema do combate à
violência contra a mulher”. (Apensado: PL 3795/2015)
214  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

À Deputada Maria do Rosário


PROJETO DE LEI Nº 8.330/15 – do Senado Federal – Humberto Costa – (PLS 443/2011) – que “altera a Lei
n° 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha). para garantir à mulher vítima de violência doméstica
o recebimento de beneficio eventual, e a Lei n° 8.742, de 7 de dezembro de 1993 (Lei Orgânica da Assistência
Social), para definir o termo “situação de vulnerabilidade temporária” de que trata o seu art. 22””.
À Deputada Professora Dorinha Seabra Rezende
PROJETO DE LEI Nº 166/11 – do Sr. Weliton Prado – que “dispõe sobre a criação de Casas Apoio desti-
nadas ao atendimento de adolescentes grávidas”. (Apensado: PL 1911/2011 (Apensado: PL 4024/2015 (Apen-
sado: PL 5745/2016)))
PROJETO DE LEI Nº 3.235/15 – do Sr. Pr. Marco Feliciano – que “acrescenta o art. 234-A à Lei nº 8.069,
de 13 de julho de 1990, que “Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências””.
À Deputada Tia Eron
PROJETO DE LEI Nº 290/15 – do Sr. Valmir Assunção – que “acrescenta art. 17-A à Lei nº 11.340, de 7 de
agosto de 2006, que cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, para dispor
sobre o direito de regresso da Previdência Social perante o agressor” (Apensados: PL 422/2015, PL 3846/2015,
PL 6315/2016 e PL 6410/2016)
PROJETO DE LEI Nº 5.687/16 – do Sr. Professor Victório Galli – que “dispõe sobre o direito de pedido de
cesariana à gestante ao completar no mínimo 37 semanas de gestação”.
À Deputada Zenaide Maia
PROJETO DE LEI Nº 6.244/16 – do Sr. Rômulo Gouveia – que “altera a Lei 8.080, de 19 de setembro de 1990”.
Sala da Comissão, em 9 de novembro de 2016. – Deputada Gorete Pereira, Presidente
COMISSÃO DE LEGISLAÇÃO PARTICIPATIVA

55ª Legislatura – 1ª Sessão Legislativa Ordinária

COMISSÃO DE LEGISLAÇÃO PARTICIPATIVA

DESIGNAÇÃO DE RELATOR
Faço, nesta data, a seguinte designação de relatoria:
SUGESTÃO Nº 67/16 – do Instituto Fundo Devido ao Trabalhador – que “sugere à Comissão de Legislação
Participativa a realização de Audiência Pública para discussão do Projeto de Lei 3.739/15 – que “altera o art. 20
da Lei nº 8.036/1990, a fim de permitir a movimentação da conta do trabalhador no FGTS para integralização
de cotas de Fundo de Investimento destinado a financiar a exploração do pré-sal pela Petrobrás””.
Sala da Comissão, em 28 de junho de 2016

Chico Lopes
Presidente

COMISSÃO DE LEGISLAÇÃO PARTICIPATIVA


55ª Legislatura – 1ª Sessão Legislativa Ordinária
COMISSÃO DE LEGISLAÇÃO PARTICIPATIVA

DESIGNAÇÃO DE RELATOR
Faço, nesta data, a seguinte designação de relatoria:
Ao Deputado Chico Lopes (avocado)
SUGESTÃO Nº 68/2016 – da Associação Sergipana de Distribuidores Independentes em Marketing de
Rede – que “Sugere à Comissão de Legislação Participativa a realização de Audiência Pública para, em come-
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  215 

moração do Dia Internacional da Juventude, debater as ações do PRONATEC (MEC) e da Lei de Aprendizagem
(MTE) voltadas para esse público.”
Sala da Comissão, em 12 de julho de 2016.

Chico Lopes
Presidente

COMISSÃO DE LEGISLAÇÃO PARTICIPATIVA

55ª Legislatura – 1ª Sessão Legislativa Ordinária

COMISSÃO DE LEGISLAÇÃO PARTICIPATIVA

DESIGNAÇÃO DE RELATOR
Faço, nesta data, a seguinte designação de relatoria:
À Deputada Erika Kokay
SUGESTÃO Nº 69/16 – do Instituto de Estudos Socioeconômicos – que “sugere realização de Ciclo de De-
bates acerca do Futuro da Seguridade Social frente às Alterações Propostas pelo Atual Governo (MP 726/2016)”.
Sala da Comissão, em 25 de julho de 2016

Chico Lopes
Presidente

COMISSÃO DE LEGISLAÇÃO PARTICIPATIVA


55ª Legislatura – 1ª Sessão Legislativa Ordinária
COMISSÃO DE LEGISLAÇÃO PARTICIPATIVA

DESIGNAÇÃO DE RELATOR
Faço, nesta data, a seguinte designação de relatoria:
Ao Deputado Lincoln Portela
SUGESTÃO Nº 71/16 – da Fundação Conferência Nacional das Guardas Municipais do Brasil – que “su-
gere Audiência Pública para marcar a data limite dos Municípios brasileiros para ajustes de suas Guardas ao
novo Estatuto Geral das Guardas Municipais – Lei 13.022/2014”.
Sala da Comissão, em 26 de julho de 2016

Chico Lopes
Presidente
216  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

COMISSÃO DE LEGISLAÇÃO PARTICIPATIVA

55ª Legislatura – 1ª Sessão Legislativa Ordinária

COMISSÃO DE LEGISLAÇÃO PARTICIPATIVA

DESIGNAÇÃO DE RELATOR

RELATOR
Faço, nesta data, as seguintes designações de relatoria:
Ao Deputado Aliel Machado
SUGESTÃO Nº 50/16 – do Instituto Cuidar Jovem – que “sugere à Comissão de Legislação Participativa
a realização de Audiência Pública para debater a distribuição, de forma gratuita, de água potável em casas no-
turnas, boates e similares, visando maior fundamentação para a apreciação de matérias que tratam do mesmo
assunto e que já tramitam nesta Casa Legislativa”.
Ao Deputado Arnaldo Jordy
SUGESTÃO Nº 106/14 – da Associação Antiga e Iluminada Sociedade Banksiana – que “sugere Projeto
de Lei que dispõe sobre o regime dotal de bens entre os cônjuges, e dá outras providências”.
Ao Deputado Assis do Couto
SUGESTÃO Nº 48/15 – do Sindicato dos Trabalhadores de Serviços Gerais Onshore e Offshore de Macaé,
Casimiro de Abreu, Rio das Ostras, Conceição de Macabu, Quissamã e Carapebus/RJ – que “sugere à Comissão
de Legislação Participativa a realização de Audiência Pública para tratar sobre o processo de Concessão do Re-
gistro Sindical realizado pelo Ministério do Trabalho e Emprego”.
Ao Deputado Celso Jacob
SUGESTÃO Nº 136/14 – do Federação dos Empregados e Operadores de Empilhadeiras em Geral do Es-
tado de São Paulo – que “sugere Projeto de Lei que altera a redação do “caput” do artigo 618 da Consolidação
das Leis do Trabalho e acrescenta a alínea “a” ao referido dispositivo”.
Ao Deputado Chico Alencar
SUGESTÃO Nº 53/12 – do Sindicato dos Trabalhadores de Serviços Gerais Onshore e Offshore de Macaé,
Casimiro de Abreu, Rio das Ostras, Conceição de Macabu, Quissamã e Carapebus/RJ – que “sugere alteração
da redação do inciso i do artigo 8º da constituição federal de 1988, definindo o cartório de pessoas jurídicas
como órgão competente de registro de entidades sindicais, para fins do disposto no mencionado dispositivo
constitucional”.
SUGESTÃO Nº 46/15 – do Sindicato dos Trabalhadores de Serviços Gerais Onshore e Offshore de Macaé,
Casimiro de Abreu, Rio das Ostras, Conceição de Macabu, Quissamã e Carapebus/RJ – que “sugere Projeto de
Lei que trata de fornecimento de Plano de Saúde ao empregado”.
Ao Deputado Chico Lopes
SUGESTÃO Nº 70/16 – do Conselho Nacional de Saúde – que “sugere Projeto de Lei que cria o “Dia Na-
cional da Pessoa com Doença Celiaca””.
À Deputada Erika Kokay
SUGESTÃO Nº 115/14 – do Sindicato dos Servidores dos Cargos Comissionados do Governo do Distrito
Federal – que “sugere a realização de audiência pública para que sejam discutidas melhorias profissionais na
legislação que trata dos servidores em cargos comissionados”.
SUGESTÃO Nº 41/15 – da Associação Brasileira de Constelações Sistêmicas – que “sugere Projeto de Lei
que dispõe sobre inclusão da Constelação Sistêmica como um instrumento de mediação entre particulares, a
fim de assistir à solução de controvérsias”.
Ao Deputado Glauber Braga
SUGESTÃO Nº 38/15 – do Sindicato dos Trabalhadores de Serviços Gerais Onshore e Offshore de Macaé,
Casimiro de Abreu, Rio das Ostras, Conceição de Macabu, Quissamã e Carapebus/RJ – que “sugere Audiência
Pública para discutir o desemprego na atividade petrolífera”.
À Deputada Jô Moraes
SUGESTÃO Nº 53/16 – do Sindicato dos Trabalhadores de Serviços Gerais Onshore e Offshore de Ma-
caé, Casimiro de Abreu, Rio das Ostras, Conceição de Macabu, Quissamã e Carapebus/RJ – que “sugere Projeto
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  217 

de Lei que altera o art. 614 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, que trata do registro das convenções
coletivas de trabalho junto ao Ministério do Trabalho e Emprego”.
SUGESTÃO Nº 55/16 – do Sindicato dos Trabalhadores de Serviços Gerais Onshore e Offshore de Macaé,
Casimiro de Abreu, Rio das Ostras, Conceição de Macabu, Quissamã e Carapebus/RJ – que “sugere Projeto de
Lei que torna dispensável a apresentação do Código Sindical às Agências da Caixa Econômica Federal, para
fins de recolhimento e repasse da contribuição sindical”.
Ao Deputado Leonardo Monteiro
SUGESTÃO Nº 39/15 – do Sindicato dos Trabalhadores de Serviços Gerais Onshore e Offshore de Macaé,
Casimiro de Abreu, Rio das Ostras, Conceição de Macabu, Quissamã e Carapebus/RJ – que “sugere Projeto de
Lei que dispõe sobre o saque do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, por empregados demissionários
que tenham um ano de serviço ou mais”.
Ao Deputado Luiz Couto
SUGESTÃO Nº 37/15 – do Sindicato dos Trabalhadores de Serviços Gerais Onshore e Offshore de Ma-
caé, Casimiro de Abreu, Rio das Ostras, Conceição de Macabu, Quissamã e Carapebus/RJ – que “sugere Projeto
de Lei que dispõe sobre isenção do pagamento das taxas de Água e Luz para as Unidades de Saúde, Unidades
Escolares, Asilos Públicos e entidades sem fins lucrativos”.
À Deputada Luiza Erundina
SUGESTÃO Nº 64/16 – do Sindicato dos Trabalhadores de Serviços Gerais Onshore e Offshore de Macaé,
Casimiro de Abreu, Rio das Ostras, Conceição de Macabu, Quissamã e Carapebus/RJ – que “sugere proposição
que suprima o foro especial por prerrogativa de função”.
À Deputada Maria do Rosário
SUGESTÃO Nº 5/11 – da ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS CARROCEIROS E CATADORES DE MATERIAIS
RECICLÁVEIS – que “sugere Projeto de Lei que dispõe sobre a aposentadoria dos catadores de materiais re-
cicláveis”.
Ao Deputado Nelson Marquezelli
SUGESTÃO Nº 64/13 – da Associação Brasil Legal – que “”Sugere projeto de lei que altera e acrescenta
dispositivos à Lei nº 4.320, de 1964, que estatui normas gerais de Direito Financeiro para elaboração e controle
dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal””.
Ao Deputado Orlando Silva
SUGESTÃO Nº 15/15 – do Sindicato dos Trabalhadores de Serviços Gerais Onshore e Offshore de Macaé,
Casimiro de Abreu, Rio das Ostras, Conceição de Macabu, Quissamã e Carapebus/RJ – que “sugere Projeto de
Lei que altera o § 1º do art. 477 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, para que todo trabalhador, quando
no ato da rescisão do contrato de trabalho, independentemente o tempo de serviço, seja assistido pelo Sindi-
cato ou autoridade do Ministério do Trabalho e Emprego”.
SUGESTÃO Nº 23/15 – do Sindicato dos Trabalhadores de Serviços Gerais Onshore e Offshore de Macaé,
Casimiro de Abreu, Rio das Ostras, Conceição de Macabu, Quissamã e Carapebus/RJ – que “sugere Projeto de
Lei que possibilite que a contratante pague a verba rescisória aos contratados, tão logo se finde o contrato de
trabalho”.
SUGESTÃO Nº 26/15 – do Sindicato dos Trabalhadores de Serviços Gerais Onshore e Offshore de Macaé,
Casimiro de Abreu, Rio das Ostras, Conceição de Macabu, Quissamã e Carapebus/RJ – que “sugere à Comissão
de Legislação Participativa Projeto de Lei que torna crime inafiançável o não pagamento de salários e verbas
rescisórias pelo empregador”.
Ao Deputado Pastor Luciano Braga
SUGESTÃO Nº 32/15 – da Associação Ordem dos Bacharéis do Brasil – que “dispõe sobre a regulamen-
tação da profissão de Bacharel em Direito e dá outras providências”.
Ao Deputado Patrus Ananias
SUGESTÃO Nº 120/14 – da Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte – que
“sugere Projeto de lei que altera que altera dispositivo da Lei nº 11.947, de 16 de junho de 2009, que dispõe
sobre o atendimento da alimentação escolar e do Programa Dinheiro Direto na Escola aos alunos da educação
básica e dá outras providências”.
SUGESTÃO Nº 47/15 – do Sindicato dos Trabalhadores de Serviços Gerais Onshore e Offshore de Macaé,
Casimiro de Abreu, Rio das Ostras, Conceição de Macabu, Quissamã e Carapebus/RJ – que “sugere Proposta de
Emenda Constitucional que trata da eleição, reeleição e prazo de mandato para os cargos de Vereador, Depu-
tado Estadual, Deputado Federal e Senador”.
218  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

À Deputada Raquel Muniz


SUGESTÃO Nº 49/16 – do Instituto Cuidar Jovem – que “sugere à Comissão de Legislação Participativa
a realização de Audiência Pública para debater o uso indiscriminado de bebidas energéticas”.
Sala da Comissão, em 1º de agosto de 2016.

Chico Lopes
Presidente

COMISSÃO DE LEGISLAÇÃO PARTICIPATIVA


55ª Legislatura – 1ª Sessão Legislativa Ordinária
COMISSÃO DE LEGISLAÇÃO PARTICIPATIVA

DESIGNAÇÃO DE RELATOR
RELATOR
Faço, nesta data, as seguintes designações de relatoria:
À Deputada Jô Moraes
SUGESTÃO Nº 69/16 – do Instituto de Estudos Socioeconômicos – que “sugere realização de Ciclo de De-
bates acerca do Futuro da Seguridade Social frente às Alterações Propostas pelo Atual Governo (MP 726/2016)”.
Sala da Comissão, em 2 de agosto de 2016

Chico Lopes
Presidente

COMISSÃO DE LEGISLAÇÃO PARTICIPATIVA


55ª Legislatura – 1ª Sessão Legislativa Ordinária
COMISSÃO DE LEGISLAÇÃO PARTICIPATIVA

DESIGNAÇÃO DE RELATOR
Faço, nesta data, a seguinte designação de relatoria:
Ao Deputado Chico Lopes (avocado)
SUGESTÃO Nº 72/16 – da Associação de Educadores Sociais de Maringá – que “sugere Audiência Pública
para discutir a “Regulamentação da Profissão do Educador Social””.
Sala da Comissão, em 22 de agosto de 2016.

Chico Lopes
Presidente
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  219 

COMISSÃO DE LEGISLAÇÃO PARTICIPATIVA

55ª Legislatura – 1ª Sessão Legislativa Ordinária

COMISSÃO DE LEGISLAÇÃO PARTICIPATIVA

DESIGNAÇÃO DE RELATOR
Faço, nesta data, a seguinte designação de relatoria:
À Deputada Erika Kokay
SUGESTÃO Nº 75/16 – do Sindicato do Professores no Distrito Federal – que “sugere a realização de au-
diência pública, a fim de debater os Desafios e Obstáculos para a Valorização da Escola Pública no Brasil”.
Sala da Comissão, em 29 de agosto de 2016

Chico Lopes
Presidente

COMISSÃO DE LEGISLAÇÃO PARTICIPATIVA

55ª Legislatura – 1ª Sessão Legislativa Ordinária

COMISSÃO DE LEGISLAÇÃO PARTICIPATIVA

DESIGNAÇÃO DE RELATOR
Faço, nesta data, a seguinte designação de relatoria:
À Deputada Érika Kokay
SUGESTÃO Nº 73/16 – da Associação Brasileira de Constelações Sistêmicas – que “Sugere audiência pú-
blica para “Discutir a inclusão da Constelação Sistêmica como um instrumento de mediação entre particulares,
a fim de assistir a solução de controvérsias””.
Sala da Comissão, em 12 de setembro de 2016.

Chico Lopes
Presidente

COMISSÃO DE LEGISLAÇÃO PARTICIPATIVA

55ª Legislatura – 1ª Sessão Legislativa Ordinária

COMISSÃO DE LEGISLAÇÃO PARTICIPATIVA

DESIGNAÇÃO DE RELATOR
Faço, nesta data, a seguinte designação de relatoria:
220  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

Ao Deputado Chico Lopes (avocado)


SUGESTÃO Nº 77/16 – da Associação Sergipana de Distribuidores Independentes em Marketing de
Rede – que “sugere à Comissão de Legislação Participativa a realização de Seminário alusivo ao Mês da Crian-
ça, destinado a disseminar o debate sobre as relações da criança e do adolescente com o mundo do trabalho”.
Ao Deputado Luiz Couto
SUGESTÃO Nº 74/16 – da Associação Nacional dos Petroleiros Pedevistas – ANPP CONREPPV NACIONAL
– que “sugere a realização de audiência pública para debater A Conjuntura Política da Segurança e Medicina do
Trabalho”.
Sala da Comissão, em 20 de setembro de 2016.

Chico Lopes
Presidente

PARECERES

DESPACHO DO PRESIDENTE

PUBLICAÇÃO DE PARECER DE COMISSÃO


PEC 44-B/2015 CESP
PEC 134-B/2015 CESP
PRESIDÊNCIA/SGM
Publique-se.
Em 10-11-2016. – RODRIGO MAIA, Presidente

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 44-B, DE 2015


(Do Sr. Cabo Sabino e outros)

Acrescenta um § 3º ao caput do art. 42, da Constituição Federal, definindo a carga horária de


trabalho diária e semanal dos policiais e bombeiros militares; tendo parecer: da Comissão de
Constituição e Justiça e de Cidadania, pela admissibilidade (relator: DEP. RODRIGO PACHECO); e
da Comissão Especial, pela aprovação, com substitutivo (relator: DEP. SUBTENENTE GONZAGA).
DESPACHO: À COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário

PUBLICAÇÃO DO PARECER DA COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER À

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 44-A, DE 2015

I – RELATÓRIO
A Proposta de Emenda à Constituição nº 44, de 2015, pretende que se apliquem aos militares dos Esta-
dos, do Distrito Federal e dos Territórios, carga horária mensal, até o limite de 40 (quarenta) horas semanais,
prevista em um novo parágrafo, a ser acrescido ao art. 42 da nossa Lei Maior, com a seguinte redação, verbis:
“Art. 42. ....................................................................................................................................................................................
....................................................................................................................................................................................................
§ 3º Salvo nos casos de intervenção dos Estados nos municípios e nas hipóteses de decretação de
Estado de Defesa ou de Estado de Sítio, a duração do trabalho do policial e do bombeiro militar não
poderá ser superior a quarenta horas semanais facultadas a compensação de horários.”
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  221 

Na sua justificativa, o primeiro signatário da proposta, Deputado Cabo Sabino, argumentou que:
“A Constituição Federal de 1988 (CF/88), em seu art. 7º, inciso XIII, estabeleceu uma carga horária máxima
semanal para os trabalhadores urbanos e rurais. Porém, de forma não isonômica, a CF/88 não determi-
nou, no seu art. 42, uma carga de trabalho semanal máxima para os militares Estaduais. Dessa forma,
permitiu o Constituinte que os servidores militares estaduais fossem submetidos a jornadas extenuantes
e desumanas, absolutamente contraindicadas – em razão do nível de estresse que geram – para servi-
dores que são armados pelo Estado e que têm autorização legal para o uso da força. Como esperar que
um ser humano, submetido a risco de vida durante jornadas de trabalho semanais extensas, possa agir
SEMPRE com perfeito equilíbrio e acurada capacidade de julgamento, com decisões a serem tomadas,
algumas vezes, em tempo curto e sob condições extremas?
Para reduzir-se essa situação de risco, estamos propondo a presente Emenda à Constituição, que tem por
objetivo definir um valor máximo de quarenta horas para a carga horária semanal do policial militar (...).”
Na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania foi aprovada a sua admissibilidade, cujo relator,
o ilustre Deputado VITOR VALIM, trouxe, na oportunidade, argumentos irrefutáveis para sua aprovação, como
os abaixo destacados:
(...)A atividade da policia militar está prevista no texto constitucional, o qual estabelece que a segu-
rança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação
da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos órgãos: Policia Fe-
deral, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Ferroviária Federal, Policias Civis e Policias Militares e Corpo
de Bombeiros Militares. Os Policiais Militares (...) lidam com a violência, a brutalidade e a morte. Os
bombeiros exercem a função de combater o incêndio, preservação da vida (...). É importante res-
saltar que a carga horária dos policiais e bombeiros militares de 40 (quarenta) horas já é praticada
em alguns Estados como Amazonas, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e São Paulo (...)
uma jornada de 40 horas semanais irá valorizar essas classes tão importantes para a nossa socieda-
de.(...) Pelas precedentes razões, manifesto meu voto no sentido da admissibilidade da Proposta de
Emenda à Constituição nº 44, de 2015.” (sublinhado nosso).
Ou seja, ultrapassada esta importante etapa, a presente PEC agora será avaliada por este Colegiado
quanto ao seu mérito, e, em se tratando de proposta de emenda à Constituição, a proposição estará sujeita,
também, à apreciação do Plenário desta Casa, em regime de tramitação especial.
Aberto prazo para Emendas à Proposta de Emenda à Constituição nº 44, de 2015, não foram apresentas
emendas.
É o relatório.
II – VOTO
Nesta Comissão Especial, como mencionado no Relatório, há de ser analisado o mérito da Proposta, ou
seja, sua conveniência e oportunidade, além de sua juridicidade e técnica legislativa, uma vez que a admissi-
bilidade já foi aprovada pela Comissão de Constituição, Justiça e de Cidadania, nos termos regimentais.
Realmente, a Constituição Federal, em seu art. 7º, inciso XIII, acertadamente, estabeleceu uma carga ho-
rária máxima diária e semanal para os trabalhadores urbanos e rurais, nos seguintes termos:
“Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:
.................................................................................................................................................................................................
XIII – duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada
a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho.”
Contudo, não determinou, neste inciso, ou por remissão, como o fez no caso dos servidores públicos, no
§ 3º do art. 39, ou, ainda, no seu art. 42, que trata especificamente “Dos Militares dos Estados, do Distrito Fe-
deral e dos Territórios” uma carga de trabalho mensal, semanal ou diária para estes profissionais, responsáveis
pela polícia ostensiva e a preservação da ordem pública em todo o território nacional.
Isto é que se pretende corrigir, com a aprovação da presente proposta de emenda constitucional, tra-
zendo esta regra para a Constituição Federal, em razão da matéria nela tratada.
Todavia, cabe a esta Comissão Especial, se debruçar sobre este tema, avaliando se o proposto, não só no
que tange a sua conveniência e a oportunidade, mas, também, relativamente à redação sugerida, para a carga
222  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

horária semanal e ressalvas para a sua aplicação, é a mais indicada ou se merece ser aperfeiçoada, em se tra-
tando de uma categoria de profissionais que lidam com situações de perigo diuturnamente.
Quando ao seu mérito, como vimos, a PEC nº 44, de 2015, foi apresentada para suprir uma lacuna deixa-
da pelo Constituinte originário e pelo derivado, quando promulgou a EC nº 18, de 1998, que “Dispõe sobre o
regime constitucional dos militares”, uma vez que os servidores militares estaduais, por vezes, são submetidos
a jornadas extenuantes e desumanas, por ausência de um parâmetro, em sede constitucional, de jornada de
trabalho, como o fez para os demais trabalhadores do setor privado (urbano e rural) e para todas as categorias
profissionais de servidores públicos.
Em razão desta lacuna, o próprio Supremo Tribunal Federal, em sede do Recurso Extraordinário 725.180,
já indicou o caminho a ser tomado pelo Poder Legislativo, mesmo que tardiamente, para corrigir esta desigual-
dade, que maltrata o policial e o bombeiro militar estadual, levando estes profissionais, por vezes, a pensarem
que não são merecedores de uma cidadania plena, garantida e reconhecida pelo Estado brasileiro.
Nesta decisão, apesar de desfavorável ao pleito da Associação dos Praças da Polícia Militar da Região
Agreste do Estado, relacionado à carga horária de trabalho, o Ministro Gilmar Mendes, foi além do julgamento,
pois apontou qual era o caminho para se chegar ao bom deslinde da questão. Veja a notícia publicada sobre
esta decisão1:
“O Ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, manteve a decisão do desembargador Cláu-
dio Santos, do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, o qual julgou um pedido da Associação dos
Praças da Polícia Militar da Região Agreste do Estado,
A entidade argumentava, inicialmente, através do Mandado de Injunção nº 2011003184-1, existir uma
suposta omissão constitucional, no tocante à limitação da jornada de trabalho dos policiais militares.
Segundo a associação, a falta de cumprimento atingiria os artigos 42 e 142 da Constituição Federal.
De acordo com a entidade, caberia uma analogia com o artigo 19 da Lei complementar estadual nº
122/94, que institui o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis do Estado, a qual estabelece
o limite de 40 horas semanais de trabalho para o ocupante de cargo efetivo. A entidade alegou que os
PM’s estariam com carga horária rotineira e exaustiva de 240 horas mensais.
No entanto, o pleito foi negado, à unanimidade no TJRN, sob a relatoria do desembargador Cláudio San-
tos, o que levou a Associação a mover o Recurso Extraordinário 725.180, junto ao STF.
No Supremo, prevaleceu a decisão da Corte Potiguar, que destacou que a legislação da Carta Magna, ao
estender os direitos sociais aos militares, previstos no Artigo 7º para os trabalhadores urbanos e rurais,
não incluiu os incisos XIII e XVI, relacionados a duração do trabalho superior a oito horas.
Embora seja possível que legislação infraconstitucional disponha sobre vantagem ou garantia não ve-
dada ou não disciplinada pela Constituição Federal, não há, no caso, disposição legal que conceda a
garantia aos servidores militares, relata o ministro Gilmar Mendes.” (grifo nosso)
Sabe-se que o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, Lei nº 8.112/90, dispõe em seu
art. 19 sobre a jornada de trabalho geral a ser cumprida pelos servidores – 40 horas semanais nos moldes da
Constituição Federal – porém, o parágrafo 2º deste artigo traz a possibilidade de lei especial deliberar pela du-
ração da jornada de trabalho de servidores ocupantes de determinados cargos e profissões nessas especifica-
dos, possibilitando assim a análise em cada caso concreto.
Tem-se conhecimento, também, que em nosso ordenamento jurídico, temos diversas leis especiais e re-
soluções administrativas dos órgãos públicos que tratam de forma legítima as escalas de trabalho diferencia-
das, conforme entendimento do Conselho Nacional de Justiça seja ela em função da própria profissão ou por
opção do servidor, desde que não contrarie o disposto no art. 19 da Lei nº 8.112/90.
Na França, o modelo adotado, foi à equiparação aos servidores públicos em geral, ou seja, para a Polícia
Nacional (civil), a jornada é de 35 (trinta e cinco) horas semanais fixas e as horas em excesso são devolvidas em
dias de folga, já para a Gendarmeria (militar) o padrão é próprio, mais próximo dos militares, mas acaba resul-
tando, em tempo de paz, em um número de horas similar à Polícia Nacional, até porque, ambas as forças fazem
policiamento ostensivo e judiciário, o critério lá é de distinção geográfica, pois o padrão é o policiamento os-
tensivo e judiciário ser feito pela Gendarmeria, em todo o território francês, mas em grandes centros urbanos
fica a cargo da Polícia Nacional, portanto, aquele território que não tiver sido formalmente atribuído à Polícia
Nacional é de competência da Gendarmeria, o que demonstra por si só a razoabilidade de uma jornada de
trabalho similar entre as duas polícias.

1 Fonte: www.tjrn.jus.br›;tj-rn.jusbrasil.com.br/noticias/.../stf-mantem-decisao-do-tjrn-sobre-carga-horaria-da-p...:
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  223 

Neste diapasão, alguns estados membros, a quem as suas Policias e Bombeiros militares estaduais es-
tão subordinados, como é o caso do meu Estado, Minas Gerais1, foram pioneiros, no reconhecimento de que
estes profissionais merecem o respeito e isonomia com os demais servidores públicos estaduais, não só pelo
reconhecimento de seus dirigentes, mas, também, por pressão legitima daqueles que os representam, e, já
editaram normas neste sentido, mesmo na ausência de um comando inserto na Constituição Federal, esta-
belecendo um teto para a jornada de trabalho e formas de compensação em caso de extrapolação do limite
estabelecido em lei, por estes profissionais.
Ou seja, isto comprova, na prática, que é possível um bom serviço prestado à população, sem neces-
sidade de se desrespeitar os direitos trabalhistas, por que não dizer, humanos, destes profissionais da área
da segurança pública. E mais, comprova, também, a necessidade de se incluir na Constituição Federal está
diretriz, uma vez que, sem ela, os estados membros, não se vêm obrigados, por inciativa do Governo Esta-
dual, a expedir normas ou encaminhar proposta legislativa para suas respectivas Assembleias com vistas
a estabelecer uma jornada de trabalho, seja diária, semanal ou mensal, para às corporações militares a ele
subordinadas.
Assim, pode-se concluir que a proposta ora analisada, acertadamente, estipulou o limite da carga horá-
ria semanal em até 40 (quarenta) horas semanais, para os policiais e bombeiros militares estaduais, como já é
para todos os servidores públicos, federais e estaduais, o que a torna meritória e jurídica, ao dispor de forma
isonômica para todos agentes de estado uma jornada de trabalho semanal similar, e, em sendo assim, a PEC
nº 44/15, não merece qualquer reparo, neste quesito.
Contudo, a proposta pode e deve ser aperfeiçoada, a partir da análise dos conceitos ‘estado de defesa’,
‘estado de sitio’ e ‘estado de calamidade pública’. Isto porque a norma projetada, quando trata das ressalvas
para a aplicação da jornada de trabalho por ela estabelecida, citou, tão somente, as duas primeiras hipóteses,
ou seja, “salvo nos casos de intervenção dos Estados nos municípios e nas hipóteses de decretação de Estado
de Defesa ou de Estado de Sítio”.
Como sabemos a esfera federal, existem ‘estado de defesa’ e ‘estado de sitio’, que só podem ser decreta-
dos pelo Presidente da República e tem os seguintes conceitos:
O estado de defesa é decretado para preservar ou restabelecer, em locais restritos e determina-
dos, a ordem pública ou a paz social ameaçada por grave e iminente instabilidade institucional ou
atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza (art. 1362 da CF); o estado de sítio
é decretado quando estado de defesa não resolveu o problema, quando o problema atinge todo o
país, ou em casos de guerra (art. 1373, da CF)
Ora, em se tratando de comando dirigido a forças militares estaduais, é forçoso incluir, neste dispositivo,
também, o “estado de calamidade pública” que é decretado pelo Governador, ou por ele homologado, se
decretado pelo Prefeito, quando uma situação anormal, provocada por desastres, cause danos e prejuízos que
impliquem o comprometimento substancial da capacidade de resposta do poder público ao ente atingido4,
pois é nesta hora em que mais precisamos da presença do estado e de seus prepostos, já que o cidadão fica
em total situação de precariedade, razão pela qual peço o apoio do autor principal da proposta e dos meus
nobres pares para esta inserção.
1 LEI COMPLEMENTAR Nº 127, DE 2 DE JULHO DE 2013. Fixa a carga horária semanal de trabalho dos militares estaduais. O GOVER-
NADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS, O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome,
promulgo a seguinte Lei Complementar: Art. 1° A carga horária semanal de trabalho dos militares estaduais que exerçam ativida-
des administrativas, especializadas, de ensino e operacionais será de quarenta horas semanais, ressalvado o disposto no art. 15 da
Lei Estadual n° 5.301, de 16 de outubro de 1969. Art. 2° Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação. Palácio
Tiradentes, em Belo Horizonte, aos 2 de julho de 2013; 225º da Inconfidência Mineira e 192º da Independência do Brasil. ANTONIO
AUGUSTO JUNHO ANASTASIA

2 Art. 136. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, decretar estado de
defesa para preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçada por
grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza.

3 Art. 137. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, solicitar ao Congresso
Nacional autorização para decretar o estado de sítio nos casos de:I - comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos
que comprovem a ineficácia de medida tomada durante o estado de defesa;II - declaração de estado de guerra ou resposta a agressão
armada estrangeira.

4 Vide o Decreto nº 7.257, de 2010, que rege o Conselho e o Sistema Nacional de Defesa Civil (Condec e Sindec),
224  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

Relativamente à técnica legislativa, verificamos que a ementa não é fiel ao texto proposto, como exige a
pela Lei Complementar nº 95/98, alterada pela Lei Complementar nº 107/01, razão pela qual proporemos uma
pequena adequação, para suprimir o termo “diário”, uma vez que o dispositivo que irá integrar a Constituição
se refere somente a “jornada semanal”.
Nessa perspectiva é que ofertamos um Substitutivo, a presente propositura, para complementar o seu
texto inicial com a figura da “calamidade pública”, além de escoimar a incorreção relativamente à técnica leg-
islativa de sua ementa.
Feitas estas considerações submetemos o presente Relatório aos nobres Pares, concitando-os à APROVAÇÃO
da PEC 44, de 2015, na forma do SUBSTITUTIVO, em anexo.
Sala das Comissões, de agosto de 2016. – Deputado SUBTENENTE GONZAGA, PDT-MG

SUBSTITUTIVO DA PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 44 DE 2015


(Do Sr. Cabo Sabino e outros)

Acrescenta parágrafo ao caput do art. 42, da Constituição Federal, definindo a carga horária
de trabalho semanal dos policiais e bombeiros militares.
O Congresso Nacional decreta:
As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos termos do § 3º, do art. 60, da Constituição
Federal, promulgam a seguinte emenda ao texto constitucional:
Art. 1º O art. 42 da Constituição Federal passa a vigorar acrescido do seguinte parágrafo:
“Art. 42. ....................................................................................................................................................................................
§ __. Salvo nos casos de intervenção dos Estados nos municípios e nas hipóteses de decretação de
Estado de Defesa, de Estado de Sítio ou de Estado de Calamidade Pública, neste caso homolo-
gado pelo Governo Estadual, a duração do trabalho do policial e do bombeiro militar não poderá
ser superior a quarenta horas semanal facultada a compensação de horários.
Art. 3º Esta emenda passa a vigorar na data de sua publicação.
Sala das Comissões, de agosto de 2016. – Deputado SUBTENENTE GONZAGA, PDT-MG

III – PARECER DA COMISSÃO


A Comissão Especial destinada a proferir parecer à Proposta de Emenda à Constituição nº 44-A, de 2015,
do Sr. Cabo Sabino e outros, que “acrescenta um § 3º ao caput do art. 42, da Constituição Federal, definindo a
carga horária de trabalho diária e semanal dos policiais e bombeiros militares”, em reunião ordinária realizada
hoje, opinou, unanimemente, pela aprovação da Proposta de Emenda à Constituição nº 44/2015, com substi-
tutivo, nos termos do Parecer do Relator, Deputado Subtenente Gonzaga.
Participaram da votação os Senhores Deputados: Capitão Augusto – Presidente, Alberto Fraga e Eduardo
Bolsonaro – Vice-Presidentes, Subtenente Gonzaga, Relator; Bebeto, Cabo Sabino, Delegado Éder Mauro, Elizeu
Dionizio, Hildo Rocha, Izalci Lucas, Major Olimpio, Pastor Eurico, Vitor Valim, Eros Biondini, Laudivio Carvalho,
Raquel Muniz e Ronaldo Benedet.
Sala da Comissão, em 09 de novembro de 2016. – Deputado CAPITÃO AUGUSTO, Presidente – Deputado
SUBTENENTE GONZAGA, Relator

SUBSTITUTIVO ADOTADO PELA COMISSÃO À PROPOSTA DE


EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 44, DE 2015
Acrescenta parágrafo ao caput do art. 42, da Constituição Federal, definindo a carga horária de trabalho se-
manal dos policiais e bombeiros militares.
As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos termos do § 3º do art. 60 da Constituição
Federal, promulgam a seguinte emenda ao texto constitucional:
Art. 1º O art. 42 da Constituição Federal passa a vigorar acrescido do seguinte parágrafo:
“Art. 42. ....................................................................................................................................................................................
§ 3º Salvo nos casos de intervenção dos Estados nos municípios e nas hipóteses de decretação de
Estado de Defesa, de Estado de Sítio ou de Estado de Calamidade Pública, neste caso homologado
pelo Governo Estadual, a duração do trabalho do policial e do bombeiro militar não poderá ser su-
perior a quarenta horas semanal facultada a compensação de horários.”
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  225 

Art. 2º Esta emenda passa a vigorar na data de sua publicação.


Sala da Comissão, em 9 de novembro de 2016. – Deputado CAPITÃO AUGUSTO, Presidente – Deputado
SUBTENENTE GONZAGA, Relator
PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 134-B, DE 2015
(Do Senado Federal)
PEC nº 98/2015
Ofício (SF) nº 1.304/2015

Acrescenta art. 101 ao Ato das Disposições Constitucionais Transitórias para reservar vagas
para cada gênero na Câmara dos Deputados, nas Assembleias Legislativas, na Câmara Legis-
lativa do Distrito Federal e nas Câmaras Municipais, nas 3 (três) legislaturas subsequentes;
tendo parecer: da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, pela admissibilidade
desta e das de nºs 205/07 e 371/13, apensadas (relatora: DEP. SORAYA SANTOS); e da Comis-
são Especial, pela aprovação desta, com emendas, e pela rejeição das de nºs 205/07 e 371/13,
apensadas (relatora: DEP. SORAYA SANTOS).
DESPACHO: À COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA. APENSE-SE A ESTE A PEC-
205/2007 E SUA APENSADA.
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário
PUBLICAÇÃO DO PARECER DA COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER À PROPOSTA
DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 134-A, DE 2015, DO SENADO FEDERAL

I – RELATÓRIO
A proposição em epígrafe, oriunda da Comissão de Reforma Política do Senado Federal, onde adquiriu
o apelido PEC DA MULHER, objetiva a reserva de vagas para cada gênero na Câmara dos Deputados, nas As-
sembleias Legislativas, na Câmara Legislativa do Distrito Federal e nas Câmaras Municipais, nas três legislaturas
subsequentes à sua promulgação.
O Presidente da Comissão autora ressalta a sub-representação das mulheres brasileiras na vida política,
lembrando que, dos vinte países da América Latina, o Brasil só não perde do Haiti em quantidade de represen-
tantes do sexo feminino no Poder Legislativo federal. Propõe, pois, uma ação afirmativa consistente na reserva
de um percentual mínimo de cadeiras nas representações legislativas em todos os níveis federativos, com prazo
definido e números crescentes, variando de 10 a 16% (dez a dezesseis por cento) em três legislaturas sucessivas.
Já nesta Casa, efetuou-se o apensamento de duas proposições, cujos conteúdos ora se descrevem:
1) PEC nº 205, de 2007, primeiro signatário o Deputado Luiz Carlos Hauly, que fixa reserva de vaga
para mulheres na representação das diversas Casas do Poder Legislativo bem como no provimento
dos cargos em comissão e funções de comissão da Administração Pública Federal direta e indireta,
autárquica e fundacional, do Poder Legislativo e do Poder Judiciário, em números percentuais pro-
gressivos.
2) PEC nº 371, de 2013, primeira signatária a Deputada Iriny Lopes, que reserva um terço das vagas
na representação no Senado Federal e na Câmara dos Deputados de cada Estado, cada Território
(Câmara) e do Distrito Federal, para mulheres.
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania decidiu pela admissibilidade das propostas, nos
termos de voto de minha lavra.
A seguir, a Presidência da Casa criou (28.6) e constituiu (22.8) esta Comissão Especial para o exame do
mérito das proposições, nos termos do art. 202, § 2º, do Regimento Interno. Os trabalhos foram instalados em
30 de agosto do corrente ano.
Em 4 de outubro, em reunião para definição do roteiro de trabalho e deliberação de requerimentos, fo-
ram aprovados requerimentos de minha autoria, bem como da Deputada Carmen Zanotto, para a realização
de audiência pública para debater a participação feminina no Legislativo e a eficácia da reserva de vagas para
mulheres como política afirmativa para a redução das desigualdades de gênero no Brasil.
Foi planejada a realização da audiência no mês de outubro, e apresentação do relatório no mês de no-
vembro. Foi, também, aprovado requerimento de envio de ofício ao Tribunal Superior Eleitoral para levanta-
mento do número de candidaturas de mulheres lançadas com o único intuito de preencher a cota de gênero
nas campanhas municipais de 2016.
226  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

No prazo regimental, não foram apresentadas emendas às proposições.


Em 18 de outubro, eram esperados quatro convidados para a audiência pública que, no entanto, não se
realizou. Estava prevista a oitiva dos professores Flávia Millena Biroli Tokarski, e Luis Felipe Miguel, docentes do
curso de Ciência Política da Universidade de Brasília; da senhora Nadine Gasman, representante do escritório
da ONU Mulheres no Brasil; e do Ministro José Celso de Mello Filho, do Supremo Tribunal Federal.
É o breve relatório.
II – VOTO DO RELATOR
Cabe a esta Comissão Especial, nos termos do disposto no art. 34, § 2º, combinado com o estabelecido
no art. 202, § 2º, ambos do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, o exame do mérito das propostas
de emenda constitucional.
Superada do ponto de vista formal a etapa de admissibilidade das propostas de Emenda Constitucional
pelo pronunciamento da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, resta à Comissão Especial examinar,
sob as diretrizes do art. 201 e 202, § 3º, do Regimento Interno, a admissibilidade das emendas eventualmente
apresentadas, o que não ocorreu.
A análise de mérito da matéria a que se vincula a PEC nº 134-A, de 2015, e as outras proposições a ela
apensadas, qual seja, reserva de vagas nas casas legislativas destinadas a mulheres envolve discussão de alguns
aspectos da representação política no País.
A – INTRODUÇÃO AO TEMA
A Constituição Federal brasileira de 1988 prevê a chamada clausula geral do princípio da igualdade no
caput de seu artigo 5.o, segundo o qual “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza [...]”.
É muito significativo que tal disposição apareça encabeçando a lista dos direitos fundamentais e não mais,
como ocorria em antigas cartas constitucionais, como apenas mais um direito individual. Isso nos revela que
o constituinte de 1988 pretendeu colocar a isonomia como um verdadeiro princípio informador e condiciona-
dor de todos os direitos. Como diz Celso Ribeiro de Bastos, “a igualdade é, portanto, o mais vasto dos princípios
constitucionais, não se vendo recanto onde ela não seja impositiva” (1998, p.183).
Celso Antônio Bandeira de Melo, em seu famoso artigo intitulado O Conteúdo Jurídico do Princípio da
Igualdade, também deixa claro que discriminar situações, colocando pessoas sob a égide de diferentes regimes
é da propria essencia do ato de legislar, não constituindo, portanto, só por só, gravame ao princípio da igualda-
de. Segundo ele, o ponto central estaria em se saber quando seria vedado à lei estabelecer tais discriminações,
isto é, quais seriam os limites à função legal de discriminar.
Para começar a responder a essas questões, Bandeira de Melo diz que, via de regra, não é no criterio esco-
lhido como fator de discriminação que se deve buscar algum desacato ao princípio da igualdade. Segundo ele,
“qualquer elemento residente nas coisas, pessoas ou situações pode ser escolhido pela lei como fator de discriminação”.
O que realmente importa para aferir a correção de uma um regra discriminatória em face do princípio da
igualdade é a existência ou não de uma conexão lógica entre a distinção de regimes jurídicos estabelecidos e
a desigualdade das situações fáticas correspondentes. Em outras palavras, é preciso que os criterios com base
nos quais uma discriminação legal foi efetuada guardem uma relação de pertinência com tal diferenciação de
tratamento, de modo que sejam idôneos a justificá-la.
Conquistar o direito de votar e ser votada, em 1932, não foi o suficiente para garantir o acesso efetivo
das mulheres à cena política no Brasil. Nas quatro primeiras décadas que se sucederam à conquista dos direi-
tos políticos das mulheres brasileiras, o número de mulheres que saiu vitorioso de eleições para o Legislativo
federal, por exemplo, não ultrapassou uma dezena. Apenas na década de 1980, durante o processo de rede-
mocratização pós-ditadura militar, esse número teve um aumento mais significativo. No entanto, até hoje,
mais de oitenta anos após a inclusão das mulheres no processo eleitoral, as representantes do sexo feminino
na Câmara não ultrapassam 10% do total de parlamentares, mesmo com as mulheres representando mais de
50% da população, 44% dos filiados a partidos políticos e 52,13% do eleitorado.
Esse quadro de sub-representação não é exclusividade do nosso País. Como decorrência da conquista
tardia de direitos políticos para mulheres na maioria dos países, a marginalização da mulher na política, seja
pela sub-representação no Legislativo, seja pela baixa ocupação de posições de poder e influência na vida pú-
blica e na vida privada de modo geral, é uma realidade da maioria dos sistemas políticos democráticos atuais,
compondo pouco mais de 20% dos parlamentos eleitos (22,8%). No mundo inteiro, menos de cinquenta pa-
íses apresentam uma participação de mulheres na Câmara Baixa superior a 30%. Apesar de a América latina
apresentar uma tendência de linearidade progressiva quanto à presença de mulheres no legislativo, os resul-
tados específicos e os contextos institucionais são bastante díspares, com resultados que vão desde 53,1% de
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  227 

deputadas bolivianas e 48,9% cubanas a 3,1% de legisladoras de Belize, encontrando-se o Brasil no grupo de
40 (quarenta) países com pior desempenho.
Mas as mulheres só estão distantes dos postos de comando da política devido à uma discriminação his-
tórica, à falta de experiência acumulada nestas áreas de atuação e mesmo à resistência em compartilhar espa-
ços de participação e decisão. Assim, garantir uma maior representação feminina no parlamento é, no mínimo,
uma medida de aperfeiçoamento da democracia.
São, pois, propostas, mundo afora, por estudiosos, organismos multilaterais e governos, medidas ime-
diatas para a reversão desse quadro, ações afirmativas dos Estados niveladoras do campo de disputa eleitoral
entre homens e mulheres, uma discriminação positiva” necessária para o processo de geração de igualdade e
equilíbrio na esfera política, como as cotas de gênero nas listas partidárias e a reserva de cadeiras nos parla-
mentos. Se a medida adotada for bem-sucedida, a consequência natural é a mudança dos atores que definem
as políticas e, consequentemente, maior equidade.
No Brasil, a legislação eleitoral adotou as cotas de gênero nas listas partidárias na tentativa de solucio-
nar o problema da sub-representação feminina, a partir de 1998, com o objetivo de acelerar o ritmo de acesso
das mulheres às instâncias de representação, além de subtrair do imaginário coletivo a ideia de que a mulher
poderia não ser capaz de agir na política.
Em 2007, mais de 40 países possuíam legislações nacionais de cotas e mais de 160 partidos políticos ad-
otavam voluntariamente cotas para a segurar um mínimo de mulheres incluídas como candidatas nas eleições.
Cerca de oitenta e cinco por cento dos países com representação parlamentar feminina significativa (próxima
dos quarenta por cento) possuem iniciativas de cotas eleitorais ou reserva de assentos no parlamento.
B – AS COTAS ELEITORAIS FEMININAS E A CÂMARA DOS DEPUTADOS
A primeira proposta de cotas eleitorais aprovada no Brasil, em 1995, a partir de proposição de autoria
da Deputada Marta Suplicy, tinha abrangência limitada às eleições das câmaras municipais e estabelecia uma
reserva mínima de 20% das candidaturas de cada partido para mulheres. Dois anos depois, a Lei nº 9.504/1997
expandiu as cotas de candidatura feminina ao Legislativo das esferas estadual e federal (exceto Senado Federal)
e aumentou o percentual mínimo destinado às mulheres – inicialmente para 25% e, posteriormente, para 30%.
Além disso, a redação do dispositivo que trata das cotas eleitorais foi alterada para assumir, em tese, uma
postura mais universalista. Em vez de se falar em percentual de vagas reservado às mulheres, estabeleceu-se
um limite mínimo e máximo de vagas para cada sexo nas listagens dos partidos.
Infelizmente, tratava-se de um normativo inócuo: a utilização do verbo “reservar” acabou servindo para
delimitar o teto de candidaturas femininas apresentadas pelos partidos, e não o piso. Dado que o partido de-
veria apenas “reservar” aquele número de vagas às mulheres, se o partido não tivesse interesse em ocupar todo
o percentual com candidaturas de fato, poderia apenas deixá-lo reservado, vazio, e ainda assim cumpriria a lei.
E foi isso que os partidos fizeram na prática: ignoraram o objetivo da legislação, que era ampliar a candidatu-
ra de mulheres nas eleições e, no primeiro pleito sob a égide da Lei nº 9.504/1997, o total de candidaturas do
sexo feminino à Câmara dos Deputados não alcançou sequer 12%.
Somente após doze anos da publicação Lei nº. 9.504/1997, após muita discussão envolvendo a bancada
feminina da Câmara, a Secretaria de Políticas para Mulheres da Presidência da República, acadêmicos e a so-
ciedade civil, essa falha da política de cotas foi sanada. A Lei nº 12.034/2009 alterou a redação do parágrafo 3º
do artigo 10 da Lei das Eleições, substituindo o verbo “reservar” pelo verbo “preencher”, de modo a obrigar de
fato os partidos a apresentarem o mínimo de 30% (e o máximo de 70%) de candidaturas de cada sexo no ato
de registro da sua lista de candidatos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Apesar de a legislação ter ficado mais rígida, a fiscalização do TSE não seguiu a mesma rigidez nas eleições
de 2010, talvez devido à proximidade da aprovação da nova redação com o pleito eleitoral, embora a alteração
da lei tenha respeitado o princípio da anualidade requerido pela matéria. No entanto, verifica-se que, em de-
cisões relativas às eleições de 2012 e 2014, o Tribunal cumpriu à risca a previsão legal e impugnou os registros
de listas que estavam em desacordo com a lei, apresentando os seguintes argumentos:
– Não cabe a partido ou coligação pretender o preenchimento de vagas destinadas a um sexo por can-
didatos do outro sexo, a pretexto de ausência de candidatas do sexo feminino na circunscrição eleitoral,
pois se tornaria inócua a previsão legal de reforço da participação feminina nas eleições, com reiterado
descumprimento da lei.
– Sendo eventualmente impossível o registro de candidaturas femininas com o percentual mínimo de
30%, a única alternativa que o partido ou a coligação dispõe é a de reduzir o número de candidatos
masculinos para adequar os respectivos percentuais, cuja providência, caso não atendida, ensejará o
indeferimento do demonstrativo de regularidade dos atos partidários.
228  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

A análise dos dados nos mostra que houve um aumento significativo do percentual de candidatas entre
os anos 1994, quando ainda não havia lei de cotas, e 1998, primeira eleição na vigência da lei de cotas na esfera
federal. No entanto, apesar de o número de mulheres ter praticamente dobrado entre um pleito e outro, ainda
se tratava de um aumento muito aquém do esperado, considerando que a legislação da época estabelecia um
piso de 25% para as candidaturas femininas.
Outros aumentos consideráveis foram os ocorridos entre 2006 e 2010, quando o número de candida-
tas passou de 11,41% para 19,09%, e entre 2010 e 2014, quando o percentual saltou de 19,09% para 29,06%,
atingindo o número mais próximo da cota estabelecida pela legislação (fixada em 30%, a partir do ano 2000). O
aumento nesse último intervalo pode ser atribuído, em uma análise preliminar, à maior rigidez na fiscalização
do cumprimento da legislação por parte do TSE a partir de 2012, conforme já mencionado.
O comparativo entre os resultados eleitorais de 1986 a 1994, período anterior à implementação das co-
tas, e das eleições de 1998, quando houve o primeiro pleito nacional pós-cotas, traz, inicialmente, um cenário
pessimista: o número de deputadas federais eleitas, que estava seguindo uma tendência de crescimento até
1994, diminuiu de 32 para 29 entre 1994 e 1998. Em compensação, na eleição seguinte, em 2002, o número
de deputadas na Câmara aumentou em 13 cadeiras, ampliando a bancada feminina para 42 parlamentares.
Nas duas legislaturas seguintes, o número de deputadas eleitas permaneceu estagnado e, finalmente,
nas eleições de 2014, houve um modesto aumento – de 45 para 51 deputadas eleitas, o que ainda correspon-
de a menos de 10% do total de parlamentares da Casa. O aumento no número de candidaturas femininas foi,
pois, muito maior que o do número de eleitas, que teve crescimento praticamente imperceptível.
Nesse sentido, os resultados eleitorais pós-implantação das cotas de gênero, com um total de seis eleições
de âmbito federal cujos dados gerais puderam ser aqui analisados, são pouco animadores no que se referem aos
ganhos concretos da ação afirmativa, pois somente nas últimas eleições o número de candidatas conseguiu se
aproximar do piso estabelecido na legislação e o número de eleitas sequer alcançou um terço desse patamar.
O sistema proporcional de lista aberta, atualmente adotado no Brasil, tende a ser identificado como o mais
individualizado, pois a competição, que tem como base a votação em um único candidato, demanda, por vezes, a
eliminação dos seus próprios parceiros partidários (Araújo, 2001). Nesse contexto, em muitas disputas, o principal
desafio enfrentado pelas mulheres não é tornar-se candidata (ainda mais com a fiscalização mais rigorosa do TSE
para o cumprimento da lei de cotas), mas tornar-se candidata viável em um país de cultura política não igualitária.
Se analisarmos separadamente o período anterior à implementação das cotas e o posterior à adoção da
medida afirmativa, veremos que o número médio de proposições apresentados pelas deputadas federais do-
brou entre um período e outro: a média passou de 9,1 para 18,2 proposições por deputada.
Filtradas as proposições apresentadas no período, com a busca de palavras-chave relacionadas às questões
femininas, como maternidade, saúde feminina, políticas públicas para mulheres, violência doméstica e mor-
talidade infantil,
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  229 

o protagonismo das mulheres no quesito apresentação de proposições fica ainda mais evidente, com
destaque para as últimas três legislaturas.
A atuação das mulheres na Câmara tem evoluído gradativamente e, entre todos os fatores que possam
ter contribuído para essa evolução, uma legislação sobre cotas certamente está incluída, nem que seja somente
pelas discussões que despertou no Parlamento sobre a sub-representação política da mulher.
Enxergar o fracasso da política de cotas no atingimento de seu objetivo maior (ampliar a presença de
mulheres no Legislativo) nos força a pensar em novos rumos para as ações afirmativas de emancipação política
feminina, como, por exemplo, a reserva direta de cadeiras no Parlamento, iniciativa já adotada em vários países
e que foi apresentada em 2015, no âmbito da reforma política, como proposta da bancada feminina da Câmara.
A Proposta de Emenda à Constituição nº 182/2007 tratava de vários pontos de reforma política, e bus-
cou-se incluir um percentual de reserva de cadeiras no Legislativo para as mulheres. A emenda apresentava
determinava a reserva de vagas para parlamentares femininas nos legislativos municipal, estadual e federal
(exceto Senado Federal) para as próximas três legislaturas, em percentual que ia de 10% a 15% das cadeiras.
No entanto, em votação ocorrida em junho de 2015, a proposta foi rejeitada pela Câmara dos Deputados. Eram
necessários 308 votos favoráveis para a sua aprovação e a proposição recebeu 293.
O uso da reserva de cadeiras pode se mostrar uma boa solução temporária, que teve resultados positi-
vos em todo o mundo:
Nos países escandinavos, para citar um caso exemplar, a adoção voluntária pelos partidos políticos de
cotas de candidaturas nos anos 80 levou a um incremento significativo da presença feminina no parlamento.
A porcentagem concedida às mulheres como cotas partidárias (em torno de 40%) corresponde, grosso modo,
às representantes eleitas (41,1%).
A diferença pode ser, em parte, creditada ao sistema eleitoral. Um sistema de listas fechadas, como o
adotado na Suécia e na Noruega, faz com que a alteração promovida pelos partidos na seleção seja transferida
quase automaticamente para os eleitos. No caso brasileiro, em que o eleitor vota antes no candidato do que
no partido, a possibilidade de grandes disparidades entre a composição das listas de candidatos e do parla-
mento é bem maior.
A reserva de assentos é mais comum na África e na Ásia. Ocorre em duas modalidades: indicação por
meio de eleição indireta (as mulheres que obtêm mais votos dos outros membros do partido são eleitas, depois
de definidas de quantas vagas a agremiação dispõe) e eleição especial para preencher as cadeiras destinadas
às mulheres (Índia, Bangladesh, Angola, Nepal, Egito, Paquistão e Tanzânia). No Egito e no Paquistão, em que
as quotas foram retiradas, houve perceptível queda da participação feminina no Parlamento.
De toda sorte, no topo do ranking mundial da participação feminina no Parlamento está Ruanda, com
63,8% na Câmara baixa e quase 40% no Senado. Esses números devem-se, em parte, ao genocídio que fez com
que em 1996, dois anos depois das mortes, a população fosse composta por 70% de mulheres. Até o geno-
cídio, as mulheres nunca haviam ocupado mais de 18% do Parlamento, mas tiveram que assumir o protago-
nismo de suas vidas e família e ocupar papéis de liderança, sendo o estabelecimento de cotas para mulheres
no Parlamento (e em todos os órgãos tomadores de decisão), e a criação de conselhos locais exclusivamente
femininos, determinantes para se atingir os números atuais. Já em 2003, nas primeiras eleições parlamentares,
as mulheres conquistaram quase 50% dos assentos.
Bolívia e Cuba ocupam a segunda e terceira posições no ranking mundial, seguidos por Seicheles (43,8%)
e Suécia (43,6%).
A cota de mínima de 40% para cada sexo foi introduzida em 1996 na Costa Rica. Inicialmente, os parti-
dos descumpriram as determinações legais. Em 1999, a justiça eleitoral decidiu pela obrigatoriedade das cotas
e passou a rejeitar listas em desacordo com a lei. O resultado foi um incremento significativo da presença de
mulheres na câmara baixa após as eleições de 2002. Em 1998, antes da lei, foram eleitas 11 mulheres em um
total de 57 parlamentares (19%); em 2002, foram eleitas 20 mulheres (35,1%); em 2014, 19 (33,3%).
A Bélgica é peculiar por ter sido o primeiro Estado-membro da União Europeia a introduzir cotas em sua
legislação. É hoje, empatado com Andorra, o 16º país do mundo em representação feminina no Parlamento,
com 39,3%.
Portugal editou a “Lei da Paridade” em 2006, que vincula uma representação de pelo menos 33% de
ambos os sexos nas listas eleitorais para a Assembleia da República, para o Parlamento Europeu e para as au-
tarquias locais. Em 2010, era o 19º país do mundo no que diz respeito à participação das mulheres em cargos
ministeriais; em 2016, é o 29º relativamente à representação de mulheres no parlamento (34,8%).
Na Argentina, a Ley de Cupos (1991) estabelece que 30% da cota eleitoral deve ser preenchida por um
dos gêneros e que a disposição dos nomes na lista deve ser alternada de forma a não haver mais de dois nomes
consecutivos do mesmo gênero. Como resultado, as mulheres compõem, atualmente, 35,8% dos assentos na
230  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

Câmara dos Deputados e 41,7% do Senado, ao passo que na década de 80 representavam em média 4% dos
deputados eleitos.
O Brasil ocupa a 155ª posição no ranking de representação feminina do Legislativo, atrás de países que
restringem direitos de mulheres, como Sudão (45º), Iraque (26,5%), Arábia Saudita (19,9%), Chade, Egito e Tur-
quia (14,9%), Somália (13,8%) e Jordânia (12%).
É, pois, vergonhosa nossa posição no quadro mundial.
C – CONSIDERAÇÕES FINAIS
A Organização das Nações Unidas tem-se empenhado para o crescimento da participação feminina nas
diversas esferas de poder, tendo desenvolvido um programa (He for She) para discutir com as mulheres de hoje
formas de tornar o planeta mais igualitário até 2030, com oportunidades de desenvolvimento das potenciali-
dades e aproveitamento das capacidades de todos, indistintamente, superando desafios como a da diferença
salarial entre os sexos.
No Brasil, já há o sistema de quotas para candidaturas femininas que, no entanto, precisa ser revisto,
tendo em vista sua ineficácia no efetivo aumento dos quadros femininos no legislativo, objetivo primeiro da
política afirmativa.
Com efeito, na eleição realizada no último 2 de outubro, 14.498 candidatas ao cargo de vereadora não
obtiveram sequer seus próprios votos, em demonstrativo claro do uso de candidaturas formais, para mero cum-
primento das quotas. O contingente de mulheres sem voto representa 10% do total de candidatas ao Legislativo,
ao passo que somente 1.704 candidatos terminaram a apuração zerados, meros 0,6% do total de postulantes.
Ao menos 35% de todos os municípios tiveram alguma candidata sem votos. Nas capitais, 170 mulheres
acabaram o pleito sem nenhum voto; a única capital que não teve nenhuma mulher candidata a vereadora
sem voto foi São Paulo. Dos 35 partidos, 33 tiveram ao menos uma candidata sem votos. A cidade com o maior
número de candidatas a vereador sem voto no país é Maturéia (PB), onde o percentual chegou a 92%. A Para-
íba é, também, o Estado com o maior percentual de candidatas ao cargo sem nenhum voto: 23%, seguido de
22% na Bahia e em Alagoas, 19% no Maranhão e em Pernambuco, 18% no Amapá, 16% no Ceará e 15% em
Sergipe e no Pará.
Ora, o Congresso Nacional compactuar com tamanha fraude à sua própria legislação é inconcebível.
De sua parte, a Justiça Eleitoral já vem buscando mecanismo de punição ao preenchimento meramente
formal das vagas para mulheres, da mesma forma que fez, por exemplo, com o tempo mínimo de difusão e pro-
moção da participação feminina no tempo de propaganda partidária, retirado dos partidos que não o respeitam.
O Tribunal Superior Eleitoral, aliás, já sinalizou concretamente nesse sentido, ao anular, em 2015,
em sede de Recurso Especial Eleitoral, acórdão do TRE-PI que, no dia 11 de novembro de 2013, extinguiu sem
resolução do mérito, a Ação de Impugnação de Mandato Eletivo nº 149, em que pedida a cassação dos man-
datos de três vereadores que se elegeram por uma chapa que concorreu incompleta às eleições de 2012, sem
os 30% de obrigatoriedade de candidatas mulheres. Muito embora em março do corrente ano o Tribunal Re-
gional Eleitoral do Piauí tenha voltado a julgar a causa dizendo que as provas dos autos são insuficientes para
demonstrar a ocorrência dos fatos descritos na inicial, a decisão pode ser revista, eis que já firmado na Corte
Superior o entendimento de que o não cumprimento das cotas no preenchimento das vagas pode levar
à cassação de mandatos.
Entendemos, pois, chegada a hora de reformularmos o sistema de cotas adotado nos últimos 19 anos e
dar um passo adiante, mediante a reserva de vagas nas Casas Legislativas para representantes do sexo feminino.
Essa nova possibilidade de cotas tem o mesmo objetivo anterior, o de garantir o acesso de mais mulheres
às Casas Legislativas. O novo sistema de cotas seria mínimo, progressivo e, ao contrário do anterior, tempo-
rário, por período ao fim do qual se poderá avaliar seus resultados e eventual necessidade de continuação.
Diante do insucesso da política de cotas nas listas partidárias, somos pela aprovação da PEC oriunda do
Senado Federal, que garante às mulheres um percentual mínimo de cadeiras nas representações legislativas
em todos e cada um dos níveis federativos, por três legislaturas e números crescentes, de 10 , 12 e 16%.
Não incluímos, neste momento, a reserva de vagas femininas no provimento dos cargos em comissão
e funções de comissão da Administração Pública Federal direta e indireta, autárquica e fundacional, do Poder
Legislativo e do Poder Judiciário (proposta na PEC nº 205/2007), por entender que seu debate atrasaria a ma-
téria na parte em que é menos difícil obter um consenso. Deixamos de fazer menção, igualmente, ao Senado
Federal (referido na PEC nº 371/2013), tendo em vista que a inclusão da Câmara Alta nas cotas provocaria a
remessa da matéria, mais uma vez, à apreciação daquela Casa.
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  231 

Retiramos, no entanto, mediante mera emenda de redação, a referência a gênero na proposição, substi-
tuindo-a pela expressão “sexo”. Com efeito, a palavra “gênero” remete a questões de identidade que não devem
ser discutidas quando se busca garantir uma maior participação das mulheres nas decisões políticas do país.
Uma segunda e última emenda de redação é oferecida tão somente para deixar claro que a cota percen-
tual aprovada no Senado Federal refere-se a cada um dos entes federativos, de maneira a não permitir eventual
equivocado cômputo global dos números.
Dessa maneira, certa de contribuirmos para o aperfeiçoamento da democracia no País, nosso voto é pela
aprovação da Proposta Emenda à Constituição 134/2015 com as emendas de redação anexas e pela rejeição
das Propostas de Emenda à Constituição n.os, 205/2007 e 371/2013.
Brasília, em 7 de novembro de 2016. – Deputada Soraya Santos, Relatora
PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 134-A, DE 2015
(Apensadas: PEC 205/2007 e PEC 371/2013)

EMENDA Nº 1
Substitua-se, em todas as ocorrências da proposição, a palavra “gênero” pela palavra “sexo”.
Brasília, em 7 de novembro de 2016. – Deputada Soraya Santos, Relatora
EMENDA Nº 2
Acresça-se aos parágrafos primeiro e segundo do art. 101 do Ato das Disposições Constitucionais Transi-
tórias, acrescentados pelo projeto, a expressão “por ente federativo” logo após a expressão “percentual mínimo”.
Brasília, em 7 de novembro de 2016. – Deputada Soraya Santos, Relatora
III – PARECER DA COMISSÃO
A Comissão Especial destinada a proferir parecer à Proposta de Emenda à Constituição nº 134-A, de
2015, do Senado Federal, que “acrescenta art. 101 ao Ato das Disposições Constitucionais Transitórias para
reservar vagas para cada gênero na Câmara dos Deputados, nas Assembleias Legislativas, na Câmara Legis-
lativa do Distrito Federal e nas Câmaras Municipais, nas 3 (três) legislaturas subsequentes”, e apensadas, em
reunião ordinária realizada hoje, opinou pela aprovação da Proposta de Emenda à Constituição nº 134/2015,
com emendas, e pela rejeição da PEC 371/2013, e da PEC 205/2007, apensadas, nos termos do Parecer da Re-
latora, Deputada Soraya Santos.
Estiveram presentes os Senhores Deputados: Carmen Zanotto – Presidente, Tia Eron, Raquel Muniz e
Zenaide Maia – Vice-Presidentes, Soraya Santos, Relator; Ana Perugini, Elcione Barbalho, Erika Kokay, Gorete
Pereira, Hugo Leal, Iracema Portella, João Marcelo Souza, Lucas Vergilio, Nelson Marquezelli, Odorico Monteiro,
Professora Dorinha Seabra Rezende, Professora Marcivania, Weliton Prado, Celso Pansera, Conceição Sampaio,
Creuza Pereira, Evair Vieira de Melo, Laura Carneiro, Luciana Santos, Moema Gramacho, Pastor Eurico, Pompeo
de Mattos e Renata Abreu.
Sala da Comissão, em 9 de novembro de 2016. – Deputada CARMEN ZANOTTO, Presidente
EMENDA ADOTADA PELA COMISSÃO Nº 01/2016
Substitua-se, em todas as ocorrências da proposição, a palavra “gênero” pela palavra “sexo”.
Brasília, em 9 de novembro de 2016. – Deputada Carmen Zanotto, Presidente – Deputada Soraya Santos,
Relatora
EMENDA ADOTADA PELA COMISSÃO Nº 02/2016
Acresça-se aos parágrafos primeiro e segundo do art. 101 do Ato das Disposições Constitucionais Transi-
tórias, acrescentados pelo projeto, a expressão “por ente federativo” logo após a expressão “percentual mínimo”.
Brasília, em 9 de novembro de 2016. – Deputada Carmen Zanotto, Presidente – Deputada Soraya Santos,
Relatora

SEÇÃO II

ATOS DO PRESIDENTE
O PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, no uso das atribuições que lhe confere o artigo 1º, in-
ciso I, alínea “a”, do Ato da Mesa nº 205, de 28 de junho de 1990, resolve:
232  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, ABIDERMAN SOUZA


CARVALHO, ponto nº 5948, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Técnico Legislativo – atribuição Agen-
te de Encadernação e Douração, Classe Especial, Padrão 10, 1º substituto do Chefe da Seção de Comunicação
e Relações Institucionais, FC-1, do Núcleo de Tecnologia, Comunicação e Relações Institucionais, do Centro de
Documentação e Informação, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, em seus impedimentos even-
tuais, a partir de 26 de outubro de 2016.
DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, ADAILTON ALVES DE
OLIVEIRA, ponto nº 5209, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Técnico Legislativo – atribuição Op-
erador de Máquinas, Classe Especial, Padrão 10, 1º substituto do Chefe da Seção de Escrituração Patrimonial,
FC-1, da Coordenação de Contabilidade, do Departamento de Finanças, Orçamento e Contabilidade, do Quadro
de Pessoal da Câmara dos Deputados, em seus impedimentos eventuais, a partir de 26 de setembro de 2016.
DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, ADRIANA DE FATIMA
RODRIGUES, ponto nº 5737, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Técnico Legislativo – atribuição
Assistente Administrativo, Classe Especial, Padrão 10, substituta do Coordenador de Secretaria, FC-2, da Con-
sultoria Legislativa, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, no período de 31 de outubro a 23 de
novembro de 2016.
DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, ADRIANA GORETTI DE
MIRANDA CHAVES, ponto nº 7865, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atri-
buição Técnica Legislativa, Classe A, Padrão 03, substituta do Secretário-Executivo de Comissão, FC-3, da Sec-
retaria da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, da Coordenação de Comissões Permanentes,
do Departamento de Comissões, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, no período de 19 a 30 de
outubro de 2016.
DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, ALCY NELSON DA SILVA
JUNIOR, ponto nº 5920, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Técnico Legislativo – atribuição Agente
de Polícia Legislativa, Classe Especial, Padrão 10, substituto do Supervisor de Controle de Multidões, FC-1, da
Coordenação de Operações Especiais, do Departamento de Polícia Legislativa, do Quadro de Pessoal da Câ-
mara dos Deputados, no período de 10 a 31 de outubro de 2016.
DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, ALESSANDRA MARIA
QUEIROZ DE MORAES, ponto nº 6421, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Técnico Legislativo – atri-
buição Operador de Máquinas, Classe Especial, Padrão 10, 1ª substituta do Chefe da Seção de Capacitação ao
Usuário, FC-1, da Coordenação de Apoio ao Usuário, do Centro de Informática, do Quadro de Pessoal da Câmara
dos Deputados, em seus impedimentos eventuais, a partir de 08 de novembro de 2016.
DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, ALZIR PENAFORTE
BRITO FILHO, ponto nº 8151, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atribuição
Técnica Legislativa, Classe A, Padrão 01, 1º substituto do Chefe de Secretaria do Gabinete do Líder do Gover-
no na Câmara dos Deputados, FC-2, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, em seus impedimentos
eventuais, a partir de 03 de novembro de 2016.
DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, BEATRIZ MARCELI-
NO VALENÇA, ponto nº 5902, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atribuição
Taquígrafo Legislativo, Classe Especial, Padrão 10, 2ª substituta do Coordenador Administrativo, FC-3, da Di-
retoria-Geral, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, em seus impedimentos eventuais, a partir de
08 de novembro de 2016.
DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, CARLOS ROBERTO
GOMES BATISTA, ponto nº 4816, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Técnico Legislativo – atribuição
Agente de Serviços Legislativos – Serviços de Atendimento, Classe Especial, Padrão 10, 2º substituto do Chefe
da Seção de Protocolo-Geral, FC-1, da Coordenação de Comunicações, da Diretoria Administrativa, do Quadro
de Pessoal da Câmara dos Deputados, em seus impedimentos eventuais, a partir de 26 de outubro de 2016.
DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, CAROLINA MARGOT
MARTINI FONTENELE LORDELLO, ponto nº 6503, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legis-
lativo – atribuição Técnica Legislativa, Classe Especial, Padrão 10, substituta do Chefe da Seção de Manutenção
de Dados, FC-1, da Coordenação de Histórico de Debates, do Departamento de Taquigrafia, Revisão e Redação,
do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, no período de 03 a 12 de outubro de 2016.
DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, CLARISSA GONÇALVES
RODRIGUES, ponto nº 7885, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atribuição
Contador, Classe A, Padrão 03, 1ª substituta do Chefe de Seção, FC-1, do Departamento de Finanças, Orçamento
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  233 

e Contabilidade, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, em seus impedimentos eventuais, a partir
de 26 de setembro de 2016.
DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, CLÁUDIO ROBERTO DE
ARAUJO, ponto nº 6754, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atribuição Técnica
Legislativa, Classe Especial, Padrão 10, 2º substituto do Diretor Executivo de Comunicação Social, FC-5, do Quadro
de Pessoal da Câmara dos Deputados, em seus impedimentos eventuais, a partir de 09 de novembro de 2016.
DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, CLEMILTON ALVES DE
SOUSA, ponto nº 5778, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Técnico Legislativo – atribuição Agente
de Polícia Legislativa, Classe Especial, Padrão 10, substituto do Chefe da Seção de Vigilância Eletrônica, FC-1,
da Coordenação de Segurança Orgânica, do Departamento de Polícia Legislativa, do Quadro de Pessoal da
Câmara dos Deputados, no período de 17 de outubro a 17 de novembro de 2016.
DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, DIEGO CAVALCANTI
CUNHA, ponto nº 7671, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atribuição Técnica
Legislativa, Classe A, Padrão 04, 2º substituto do Chefe da Seção de Fomento à Cidadania, FC-1, do Laboratório
Ráquer, da Diretoria-Geral, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, em seus impedimentos eventuais,
a partir de 01 de setembro de 2016.
DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, DIOGO MACEDO
DOMINGUES, ponto nº 7677, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atribuição
Técnica Legislativa, Classe A, Padrão 04, substituto do Chefe da Seção de Planejamento, FC-1, do Departamen-
to de Relações Públicas e Divulgação, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, no período de 19 a 22
de setembro de 2016.
DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, DOUGLAS SANTANA
NOBRE, ponto nº 7350, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atribuição Técnico
em Documentação e Informação Legislativa, Classe B, Padrão 06, substituto do Chefe da Seção de Planejamen-
to Arquivístico e Normalização, FC-1, da Coordenação de Arquivo, do Centro de Documentação e Informação,
do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, no período de 08 a 12 de setembro de 2016.
DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, EDER NASCIMENTO DE
ALBUQUERQUE, ponto nº 7903, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atribuição
Técnica Legislativa, Classe A, Padrão 03, 1º substituto do Chefe da Seção Administrativa, FC-1, da Coordenação
de Habitação, da Diretoria-Geral, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, em seus impedimentos
eventuais, a partir de 27 de outubro de 2016.
DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, ERALDO CARDOSO SAN-
TANA, ponto nº 5271, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Técnico Legislativo – atribuição Operador
de Audiovisual, Classe Especial, Padrão 10, substituto do Chefe de Gabinete do Segundo-Secretário, FC-4, do
Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, no período de 26 de setembro a 26 de outubro de 2016.
DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, EURÍPEDES MAGALHÃES
DA SILVA, ponto nº 4303, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atribuição Técni-
co em Material e Patrimônio, Classe Especial, Padrão 10, 2º substituto do Diretor do Departamento de Pessoal,
FC-4, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, em seus impedimentos eventuais, a partir de 01 de
novembro de 2016.
DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, FABRÍCIO CORRÊA DE
ARAÚJO OLIVEIRA, ponto nº 7271, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atri-
buição Analista de Informática Legislativa, Classe B, Padrão 07, 2º substituto do Diretor da Coordenação de
Engenharia de Sistemas, FC-3, do Centro de Informática, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, em
seus impedimentos eventuais, a partir de 21 de outubro de 2016.
DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, GUILHERME ARTHUR
BELOTTO SCALABRIN, ponto nº 8114, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo –
atribuição Técnica Legislativa, Classe A, Padrão 01, 1º substituto do Chefe da Seção de Pesquisa, FC-1, da Co-
ordenação de Relacionamento, Pesquisa e Informação, do Centro de Documentação e Informação, do Quadro
de Pessoal da Câmara dos Deputados, em seus impedimentos eventuais, a partir de 26 de outubro de 2016.
DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, HERMANN ROMEU
NUNES, ponto nº 4700, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Técnico Legislativo – atribuição Adjunto
Parlamentar – Secretaria, Classe Especial, Padrão 10, 2º substituto do Chefe da Seção Administrativa, FC-1, da
Coordenação de Habitação, da Diretoria-Geral, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, em seus im-
pedimentos eventuais, a partir de 27 de outubro de 2016.
234  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, HUMBERTO SAMPAIO


NETTO, ponto nº 4226, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Técnico Legislativo – atribuição Opera-
dor de Audiovisual, Classe Especial, Padrão 10, substituto do Diretor do Departamento de Finanças, Orçamento
e Contabilidade, FC-4, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, no período de 07 a 09 de novembro
de 2016.
DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, ISABEL LÔBO DE FIGUE-
IREDO, ponto nº 7516, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Técnico Legislativo – atribuição Assistente
Administrativo, Classe B, Padrão 05, substituta do Chefe da Seção de Recuperação de Dados e Documentos, FC-
1, da Coordenação de Apoio Técnico-Legislativo, da Consultoria Legislativa, do Quadro de Pessoal da Câmara
dos Deputados, no dia 15 de setembro de 2016.
DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, ISABEL LÔBO DE FIGUE-
IREDO, ponto nº 7516, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Técnico Legislativo – atribuição Assistente
Administrativo, Classe B, Padrão 05, substituta do Chefe da Seção de Recuperação de Dados e Documentos, FC-
1, da Coordenação de Apoio Técnico-Legislativo, da Consultoria Legislativa, do Quadro de Pessoal da Câmara
dos Deputados, no período de 10 a 12 de outubro de 2016.
DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, ÍTALO JOSÉ RAMOS DE
SOUZA, ponto nº 7323, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Técnico Legislativo – atribuição Assis-
tente Administrativo, Classe B, Padrão 05, substituto do Supervisor de Almoxarifado de Material Médico, FC-1,
da Coordenação de Almoxarifados, do Departamento de Material e Patrimônio, do Quadro de Pessoal da Câ-
mara dos Deputados, no dia 31 de outubro de 2016.
DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, JOSÉ JOAQUIM DE OL-
IVEIRA RAMOS, ponto nº 7948, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Técnico Legislativo – atribuição
Agente de Polícia Legislativa, Classe A, Padrão 02, substituto do Chefe do Serviço de Apoio Jurídico, FC-2, do
Departamento de Polícia Legislativa, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, no período de 17 de
outubro a 17 de novembro de 2016.
DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, JOSEILSON GONÇALVES
DE FARIAS, ponto nº 4825, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Técnico Legislativo – atribuição Agente
de Serviços Legislativos – Serviços de Atendimento, Classe Especial, Padrão 10, substituto do Chefe de Seção,
FC-1, do Departamento de Finanças, Orçamento e Contabilidade, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Depu-
tados, no período de 27 a 30 de outubro de 2016.
DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, JULIANA CARRIJO
FRANCO, ponto nº 6923, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atribuição Técni-
ca Legislativa, Classe Especial, Padrão 10, 1ª substituta do Chefe do Serviço de Administração, FC-2, da Direto-
ria-Geral, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, em seus impedimentos eventuais, a partir de 08
de novembro de 2016.
DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, LEIDY DIANA OLIVEIRA
NASCIMENTO, ponto nº 8115, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atribuição
Técnica Legislativa, Classe A, Padrão 01, 1ª substituta do Chefe da Seção de Acompanhamento de Votação e
Abertura de Prazo Recursal de Proposições, FC-1, da Secretaria-Geral da Mesa, do Quadro de Pessoal da Câmara
dos Deputados, em seus impedimentos eventuais, a partir de 03 de outubro de 2016.
DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, LEONARDO ZAIDAN
LOPES, ponto nº 7827, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atribuição Técnica
Legislativa, Classe A, Padrão 03, substituto do Supervisor de Almoxarifado de Material e Consumo IV, FC-1, da
Coordenação de Almoxarifados, do Departamento de Material e Patrimônio, do Quadro de Pessoal da Câmara
dos Deputados, no período de 10 a 16 de outubro de 2016.
DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, LETICIA SAYURI ONO,
ponto nº 7141, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atribuição Técnico em Co-
municação Social – Divulgação Institucional, Classe B, Padrão 07, substituta do Chefe da Seção de Planejamento,
FC-1, do Departamento de Relações Públicas e Divulgação, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados,
no período de 23 de setembro a 03 de outubro de 2016.
DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, LIANY TAVARES TA-
DAIESKY, ponto nº 7692, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atribuição Técnica
Legislativa, Classe A, Padrão 04, 1ª substituta do Chefe do Serviço de Gestão Editorial, FC-2, da Coordenação
Edições Câmara dos Deputados, do Centro de Documentação e Informação, do Quadro de Pessoal da Câmara
dos Deputados, em seus impedimentos eventuais, a partir de 03 de novembro de 2016.
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  235 

DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, LIANY TAVARES TA-
DAIESKY, ponto nº 7692, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atribuição Técni-
ca Legislativa, Classe A, Padrão 04, substituta do Diretor da Coordenação Edições Câmara dos Deputados, FC-
3, do Centro de Documentação e Informação, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, no dia 26 de
outubro de 2016.
DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, LOURIVANDO RODRIGUES
FERREIRA, ponto nº 7598, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atribuição Con-
tador, Classe B, Padrão 05, substituto do Chefe de Núcleo, FC-2, do Departamento de Finanças, Orçamento e
Contabilidade, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, no período de 05 a 09 de outubro de 2016.
DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, LUCIANA CESAR COR-
DEIRO COUTO, ponto nº 6295, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atribuição
Técnico em Comunicação Social – Televisão, Classe Especial, Padrão 10, substituta do Chefe da Seção de Aten-
dimento, FC-1, do Departamento de Relações Públicas e Divulgação, do Quadro de Pessoal da Câmara dos
Deputados, no período de 01 a 18 de setembro de 2016.
DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, LUCIANA CESAR COR-
DEIRO COUTO, ponto nº 6295, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atribuição
Técnico em Comunicação Social – Televisão, Classe Especial, Padrão 10, substituta do Chefe da Seção de Even-
tos Protocolares e Solenidades, FC-1, da Coordenação de Eventos e Cerimonial, do Departamento de Relações
Públicas e Divulgação, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, no período de 28 de setembro a 09
de outubro de 2016.
DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, LUCIANA DE SOUZA
RIBEIRO, ponto nº 7554, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Técnico Legislativo – atribuição As-
sistente Administrativo, Classe A, Padrão 04, 2ª substituta do Chefe da Seção de Acompanhamento de Redes
Sociais, FC-1, do Laboratório Ráquer, da Diretoria-Geral, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, em
seus impedimentos eventuais, a partir de 03 de outubro de 2016.
DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, LUCIANA MATTA DE AN-
DRADE E SILVA, ponto nº 7870, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atribuição
Técnica Legislativa, Classe A, Padrão 03, substituta do Chefe da Seção de Recuperação de Dados e Documen-
tos, FC-1, da Coordenação de Apoio Técnico-Legislativo, da Consultoria Legislativa, do Quadro de Pessoal da
Câmara dos Deputados, no período de 06 a 09 de outubro de 2016.
DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, LUCIANO CHEMP RA-
CHID, ponto nº 7391, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Técnico Legislativo – atribuição Assistente
Administrativo, Classe B, Padrão 05, substituto do Secretário-Executivo de Comissão, FC-3, da Coordenação de
Comissões Temporárias, do Departamento de Comissões, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, no
período de 12 de setembro a 02 de outubro de 2016.
DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, MARIA JOSE GARCIA
PEREIRA, ponto nº 7651, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atribuição Técnico
em Comunicação Social – Relações Públicas, Classe B, Padrão 05, substituta do Chefe da Seção de Atendimento,
FC-1, do Departamento de Relações Públicas e Divulgação, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados,
no período de 26 de setembro a 27 de novembro de 2016.
DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, MARIA JOSE PAES MA-
RACAIPE, ponto nº 3664, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Técnico Legislativo – atribuição Agente
de Serviços Legislativos – Serviços de Atendimento, Classe Especial, Padrão 10, 1ª substituta do Chefe da Seção
de Protocolo, FC-1, da Diretoria-Geral, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, em seus impedimen-
tos eventuais, a partir de 08 de novembro de 2016.
DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, MARIA NELLY SALES
LOUREIRO, ponto nº 4622, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Técnico Legislativo – atribuição Ad-
junto Parlamentar – Secretaria, Classe Especial, Padrão 10, 1ª substituta do Chefe da Seção de Protocolo-Geral,
FC-1, da Coordenação de Comunicações, da Diretoria Administrativa, do Quadro de Pessoal da Câmara dos
Deputados, em seus impedimentos eventuais, a partir de 26 de outubro de 2016.
DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, MARIA ZELIA SANTOS
NOGUEIRA DE SÁ, ponto nº 6345, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atribui-
ção Técnico em Comunicação Social – Divulgação Institucional, Classe Especial, Padrão 10, substituta do Chefe
do Serviço de Planejamento de Comunicação, FC-2, do Departamento de Relações Públicas e Divulgação, do
Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, no período de 08 a 12 de setembro de 2016.
236  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, MARIA ZELIA SANTOS
NOGUEIRA DE SÁ, ponto nº 6345, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atri-
buição Técnico em Comunicação Social – Divulgação Institucional, Classe Especial, Padrão 10, substituta do
Chefe da Seção de Eventos Protocolares e Solenidades, FC-1, da Coordenação de Eventos e Cerimonial, do De-
partamento de Relações Públicas e Divulgação, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, no período
de 23 a 26 de setembro de 2016.
DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, MARIANA RIBEIRO DE
SOUZA, ponto nº 6613, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atribuição Técnica
Legislativa, Classe Especial, Padrão 10, substituta do Chefe da Seção de Manutenção de Dados, FC-1, da Coor-
denação de Histórico de Debates, do Departamento de Taquigrafia, Revisão e Redação, do Quadro de Pessoal
da Câmara dos Deputados, no período de 17 a 23 de outubro de 2016.
DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, NEWTON ARAUJO JU-
NIOR, ponto nº 6897, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atribuição Técnico
em Comunicação Social – Imprensa Escrita, Classe Especial, Padrão 10, substituto do Chefe da Seção de Fe-
chamento da Agência Câmara – 2ª edição, FC-1, da Coordenação de Jornalismo, do Departamento de Mídias
Integradas, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, no período de 07 a 10 de novembro de 2016.
DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, NILSON MATIAS DE SAN-
TANA, ponto nº 6581, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atribuição Técnica
Legislativa, Classe Especial, Padrão 10, 1º substituto do Diretor do Departamento de Pessoal, FC-4, do Quadro
de Pessoal da Câmara dos Deputados, em seus impedimentos eventuais, a partir de 01 de novembro de 2016.
DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, NILZA MARIA FERREIRA
ALVES, ponto nº 5795, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atribuição Técnica
Legislativa, Classe Especial, Padrão 10, substituta do Secretário-Executivo de Comissão, FC-3, da Secretaria da
Comissão de Viação e Transportes, da Coordenação de Comissões Permanentes, do Departamento de Comissões,
do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, no período de 07 a 09 de outubro de 2016.
DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, NIQUELE MOURA SIQUE-
IRA, ponto nº 6583, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atribuição Técnica
Legislativa, Classe Especial, Padrão 10, substituto do Chefe da Seção de Manutenção de Dados, FC-1, da Coor-
denação de Histórico de Debates, do Departamento de Taquigrafia, Revisão e Redação, do Quadro de Pessoal
da Câmara dos Deputados, no período de 13 a 16 de outubro de 2016.
DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, PATRICIA FIGUEIREDO
ROEDEL, ponto nº 6291, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atribuição Técnico
em Comunicação Social – Rádio, Classe Especial, Padrão 10, substituta do Diretor da Coordenação de Gestão
de Processos, FC-3, da Assessoria de Projetos e Gestão, da Diretoria-Geral, do Quadro de Pessoal da Câmara
dos Deputados, no período de 21 a 30 de outubro de 2016.
DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, PAULA TOZZATO GIMENES
SANTIAGO, ponto nº 7805, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atribuição Técni-
ca Legislativa, Classe A, Padrão 03, substituta do Chefe da Seção de Recuperação de Dados e Documentos, FC-
1, da Coordenação de Apoio Técnico-Legislativo, da Consultoria Legislativa, do Quadro de Pessoal da Câmara
dos Deputados, no período de 03 a 05 de outubro de 2016.
DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, PAULO CÉSAR DA SILVA
ALENCAR, ponto nº 4489, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Técnico Legislativo – atribuição Assis-
tente Administrativo, Classe Especial, Padrão 10, 1º substituto do Diretor da Coordenação de Comunicações,
FC-3, da Diretoria Administrativa, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, em seus impedimentos
eventuais, a partir de 27 de outubro de 2016.
DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, RACHEL LIBRELON DE
FARIA, ponto nº 7195, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atribuição Técnico
em Comunicação Social – Imprensa Escrita, Classe B, Padrão 07, substituta do Chefe da Seção de Fechamento
da Agência Câmara – 1ª edição, FC-1, da Coordenação de Jornalismo, do Departamento de Mídias Integradas,
do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, no período de 24 de outubro a 02 de novembro de 2016.
DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, RICARDO MIRANDA DE
SOUSA, ponto nº 7934, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Técnico Legislativo – atribuição Agente
de Polícia Legislativa, Classe A, Padrão 02, substituto do Chefe da Seção de Policiamento do Anexo IV, FC-1, da
Coordenação de Segurança Orgânica, do Departamento de Polícia Legislativa, do Quadro de Pessoal da Câmara
dos Deputados, no período de 17 de setembro a 17 de novembro de 2016.
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  237 

DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, ROBSON SILVEIRA CAR-
VALHO, ponto nº 4288, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atribuição Técnico
em Material e Patrimônio, Classe Especial, Padrão 10, substituto do Chefe de Seção, FC-1, do Departamento
de Finanças, Orçamento e Contabilidade, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, no período de 11
a 31 de outubro de 2016.
DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, RODRIGO SOARES SAN-
TOS, ponto nº 7004, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atribuição Técnico em
Material e Patrimônio, Classe B, Padrão 08, 1º substituto do Chefe do Serviço de Administração, FC-2, do Depar-
tamento de Material e Patrimônio, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, em seus impedimentos
eventuais, a partir de 10 de outubro de 2016.
DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, ROGERIO VENTURA TEIX-
EIRA, ponto nº 4530, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Técnico Legislativo – atribuição Assistente
Administrativo, Classe Especial, Padrão 10, 1º substituto do Diretor-Geral Adjunto, FC-5, da Diretoria-Geral, do
Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, em seus impedimentos eventuais, a partir de 08 de novembro
de 2016.
DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, RUZA MEDINA ZAGO
CAMPOS, ponto nº 7561, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Técnico Legislativo – atribuição As-
sistente Administrativo, Classe A, Padrão 04, 1ª substituta do Coordenador Administrativo, FC-3, da Direto-
ria-Geral, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, em seus impedimentos eventuais, a partir de 08
de novembro de 2016.
DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, RUZA MEDINA ZAGO
CAMPOS, ponto nº 7561, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Técnico Legislativo – atribuição Assis-
tente Administrativo, Classe A, Padrão 04, 2ª substituta do Chefe do Serviço de Administração, FC-2, da Dire-
toria-Geral, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, em seus impedimentos eventuais, a partir de 08
de novembro de 2016.
DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, SEBASTIÃO SERGIO DA
FONSECA, ponto nº 6096, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Técnico Legislativo – atribuição Agen-
te de Polícia Legislativa, Classe Especial, Padrão 10, substituto do Diretor da Coordenação de Polícia Judiciária,
FC-3, do Departamento de Polícia Legislativa, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, no período de
17 de outubro a 17 de novembro de 2016.
DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, SEMAR VIRGILIO SOU-
ZA MANSO, ponto nº 3228, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atribuição
Técnica Legislativa, Classe Especial, Padrão 10, substituto do Chefe da Seção de Escrituração Patrimonial, FC-1,
da Coordenação de Contabilidade, do Departamento de Finanças, Orçamento e Contabilidade, do Quadro de
Pessoal da Câmara dos Deputados, no período de 07 a 12 de outubro de 2016.
DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, SEMAR VIRGILIO SOUZA
MANSO, ponto nº 3228, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atribuição Técni-
ca Legislativa, Classe Especial, Padrão 10, substituto do Chefe de Seção, FC-1, do Departamento de Finanças,
Orçamento e Contabilidade, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, no período de 16 a 27 de se-
tembro de 2016.
DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, SEMAR VIRGILIO SOUZA
MANSO, ponto nº 3228, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atribuição Técni-
ca Legislativa, Classe Especial, Padrão 10, substituto do Chefe de Seção, FC-1, do Departamento de Finanças,
Orçamento e Contabilidade, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, no período de 12 a 14 de se-
tembro de 2016.
DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, SHEILA CRISTINA
MOREIRA NERES, ponto nº 5952, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atribui-
ção Contador, Classe Especial, Padrão 10, substituta do Chefe do Serviço de Processamento e Análise da De-
manda, FC-2, da Consultoria Legislativa, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, no período de 17 a
30 de outubro de 2016.
DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, SIMONE RAVAZZOLLI,
ponto nº 6311, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atribuição Técnico em Co-
municação Social – Imprensa Escrita, Classe Especial, Padrão 10, 2ª substituta do Diretor do Laboratório Ráquer,
FC-3, da Diretoria-Geral, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, em seus impedimentos eventuais,
no período de 05 a 09 de outubro de 2016.
238  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, SUPRECILIO DO RÊGO


BARROS NETO, ponto nº 7459, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Técnico Legislativo – atribuição
Agente de Polícia Legislativa, Classe B, Padrão 05, substituto do Chefe do Serviço de Apoio Técnico, FC-2, da
Coordenação de Segurança Orgânica, do Departamento de Polícia Legislativa, do Quadro de Pessoal da Câmara
dos Deputados, no período de 26 de setembro a 16 de outubro de 2016.
DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, SUPRECILIO DO RÊGO
BARROS NETO, ponto nº 7459, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Técnico Legislativo – atribuição
Agente de Polícia Legislativa, Classe B, Padrão 05, substituto do Chefe do Serviço de Apoio Técnico, FC-2, da
Coordenação de Segurança Orgânica, do Departamento de Polícia Legislativa, do Quadro de Pessoal da Câmara
dos Deputados, no período de 17 de outubro a 17 de novembro de 2016.
DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, VALTER TEIXEIRA MA-
RINS, ponto nº 7973, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Técnico Legislativo – atribuição Agente
de Polícia Legislativa, Classe A, Padrão 02, substituto do Chefe da Seção de Ocorrências Policiais, FC-1, da Co-
ordenação de Polícia Judiciária, do Departamento de Polícia Legislativa, do Quadro de Pessoal da Câmara dos
Deputados, no período de 17 de setembro a 17 de novembro de 2016.
DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, VANESSA DE MOURA
BOLZAN, ponto nº 6217, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Técnico Legislativo – atribuição Opera-
dor de Máquinas, Classe Especial, Padrão 10, substituta do Chefe do Serviço de Planejamento de Comunicação,
FC-2, do Departamento de Relações Públicas e Divulgação, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados,
no período de 01 a 07 de setembro de 2016.
DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, VANESSA DE MOURA
BOLZAN, ponto nº 6217, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Técnico Legislativo – atribuição Op-
erador de Máquinas, Classe Especial, Padrão 10, substituta do Chefe da Seção de Arte, FC-1, da Coordenação
de Conteúdo, do Departamento de Mídias Integradas, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, no
período de 05 a 06 de outubro de 2016.
CÂMARA DOS DEPUTADOS, em 10 de novembro de 2016. – RODRIGO MAIA, Presidente
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  239 

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 
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
 


 
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240  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

 
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
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
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 

 
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
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 



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 

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
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
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 

 
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


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



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



Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  241 

 

 

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 
 
 
 
 
 

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 
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 
 
 
 
 

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 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 



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
 
 
 
 
 

 


 
 
 
 
 
242  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

 
 
 
 
 
 
 
 

 




 

 
 
 
 
 
 

 



 

 
 
 
 
 

 



 

 
 
 
 
 
 
 
 
 

 


 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  243 

 
 
 
 
 





 
 
 
 
 


 

 





 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
244  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

 
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 
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 
 
 
 


 

 
 
 
 
 
 
 
 





 
 
 
 
 
 
 
 

 





































 

 
 
 
 
 
 

Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  245 

 
 

 


 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

  





































246  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

 
 
 

 
 


  

 

 



  




 


 

 
 
 
 
 
 

  


 
 
 




 
   
   
   
  

  

  

  










 
 
 

 

  


  
   
  
   
   

 
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  247 

   

  


 

 
 

   

 
 


 


 
 



   

  

   

  


 

 



  

 

 



 


 

  



  






  

 

  

  

 
 
 

  
 
 




  


 

 
 
   
  


 
248  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

 

 

 

 

 



 





   

 

 
 

 



 
 
 



 

 
 
 

 

 



 



 
 

 


 
 
 
 
 




 
 


 

 


 

  






   




 




 
 
 

Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  249 

 
 
 

 
 
 

 
 
 

 
 
 

 
 
 

 

  



 




 



  

 

 
 
 

 

  



 




 
 
  
   
  

 
 



 

 
  
 


  
 

 
 
 
 
 
 
 

 



250  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

 

 

  




 

  


 

 





  


  





  
 


 
  
 

 



 
  

 

   


 



  








 

 




  


 
 
 





  



 
 
 





 
 
 





Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  251 

 
 







 

  


   

   

 

  


  
 


  

  

 





 
   


 


 



 


 
 

  


 

 


 

 


 

 


  

   

   

  







 

 


 
   
 
 

252  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

  







  


 
 

 





 

  



 
 

 
 

 

  

 

 

 

 
 

 



  

  
 

  


 


  
  

  



 

 

  




  

  


 
 

 


 

 
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  253 

  





  

   

   

  

  




 

 

 

 


  

  


 

 





  

 


 



  

  


  


   


 
  
 
 

 
 
 
 

 
 




 

 


  





 
 
 


  


254  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

  





 
  

  



  

  

 

 
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 

  



 

 

 
 


 

 

 
 
 





 


 
   

 

 
 



 
 



 

 


 

  

 
 

  

  



  


 
 

Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  255 

  




 




 
  
 


 
 



 

 

 


 
 

  

  




 


  


 
 
 
 
  
 
  



  
 


  




 


  

 



  

  





 
 

  


 


 


 

  





 
256  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

  



  

 


 


 
   

 
 
 

  





 
 
 


  



 
 
 
  
 


 
 


 


  

 


  


 

  

 

 


 

 


  

   

  




  

   
   
   
  


 
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  257 

 

 

 

 


 
 




 


   

 
 


 

 

 






 


 

 


 



 

 
 

  


 



  

   

   

  


 


   

 

  


 

  



 



 
 
 



 

 


  






258  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

  





 

 
 
 
 
 
 

  


  

  


 
 
 
  

 


 

 
  
   
 
 
 

  

  






   

 

  


  

  

  


 
 


 
 


 


  


 

  

  

 

  

  




 


Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  259 

  

 

 
 


 
 
  



 

  


 

 
 
 
 
 
 
 

  


  



 
 


 

 
 
  
 

 
 
 
 
 
 
 
 
 



 
 
 
 



   



 
 


 


 

  


  

 



260  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

 

 
 



 
 
 
 

 

 

 




 

 
 
 



 

  

 

   

 

 
   
 
   
 





   

  

 

  


 
 

 

 
 


 
 
 

 

 
 
 
 
 

 
 

Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  261 

  
  
  

  





 



   

 



  




  

   

 



 


 

   


 

 
 

  
  

 
   
  

  

 


 

 


 



 

 
 



 
 




 




  

 

 



  




262  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

  
 



  

 


 

 

  

 

  

 
  

  

 

 

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

   


 
 
 

  


  

  



  


 

 
 

 
  
   
   
   
   
 
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  263 

  


 
 
 
 
 
 


 


 


 

 

 
 

 


 


 
 
 

 
 
 

  

  

 

 
  

 


 

 







 

 



   

 

 

  

 


  


 
 

  


   

   

   


264  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

  


 

 

 
 






  

  



 
  








  


 



 


 





   

 

 

  

  


  
 

  

 

 



 

  

 

 


 

 
 





  

 

  


 





  


  
  


 
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  265 

 

 

 

 


 


 


 

  




 

  

 
 
 



 



 
 
 



  

 


 

 

  


 

 

 


 

 


 

 





 



 

 




 
 

  

  


 
266  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

 


 
 

 
 
 


 

 
 
 

  






 

  






 
 


  

 


 

 


  

 



 

 
 
 

  



  





  

  




 
 
 

 

 
 


 


  

  




 

 

Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  267 

 
  

 


 

 

  

 

 

 

  



  

 

 
 






  
   
  
 
  

   

 
 
  
 



 



 




 


  




 


 



 



 



 




 
   
  
   


268  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

  



 

  

 


 




 
   

 

 


  


 

 
 

  
   
   
   


 
 




 


 


 
 


 
 
 

  

  



  


 


  

  

  



  

 
  



 
 
 
 
 
  
 
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  269 

 

 

  

  


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 

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
  






 

 
 
 



  


  

  

 

 
  

 

 
 
 

 
 


 
 


  




   

  


 
  



 
 

 

  
  

 
   
 
 
 


 

270  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

   

  

   

  


 

  

  



 
  



 
 
 
 
   
 
 
 
 

 
 
 
 

 
 
 
 
 
 
 
 

 
 
 

 
 
 

  

  



  

  

 
  

  

  

 
 


  
  
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  271 

  






  

  

 

 



 
  

  

 

 

  

  

 

   

  
 
  





  
  




  
 

 

 
  


 
 
  
 
 

  



 



  

 
 
 

  
 
 

272  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

 




   

 

 
 
 

  

  

 

 
  
 

 
 


  

 

 
 
 

  



  



 
 
 
 
 


 

 


  


  

 

  


  

  

  


 
  

   

  

   



 
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  273 

  




 



  

   

   

   

   

  



 
 
 

   

  

  


 
 
  

   

  


 
 
 

 
 


 
 


 

 

 



  

  


 

 
 
 
 


 

  

 

  

  


  

  


274  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

 
 
 


 
 


 
 
 


  
 


  

   

  

  

 





 
 






  

 

 

  


 
 

  

  

 
  

 

 

 




 
 

  
   
   
 



 
 


Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  275 

  




  

  






  



 



  

 
 
 

  

   

 
  



 

   

 

 


 
   
 
   
 



  


 



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


  



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
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
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 



  



  

  

276  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

  





 
 
   

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
 
 
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
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 
   

   
  

 

 
 


 
  
 

 
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  

  

 
  

 

  

 
 
 
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
 
 
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 


 
 
 





  


 

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
  


 
 


  

 
  



Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  277 

  



  

 



  

 

 
 

 

 
 


  

  




 
 
 
 

  


  


   

  

   

 



  

  


 
 

 
 



   

  

  


 

 
 


 
 

  

  







278  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

   

 

  

 

  



 



 

 



 

 


 
 

  

  

 
  

  

 

 


  

  



  

 

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
  

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 
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
 

  

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   

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


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
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  

  

  
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  279 

  



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
 
 

 


  

  

 

  

  

  


 


  

 



  

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


 
 

 

  

 

 
 

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
 
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  
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 
 





 

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
  

 

  

 



 



 
 

280  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

 



  

 

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


 

  


  



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
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
 

 

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 

 
  
 

 
 

 

  

  

  

 
 
 
 

 
 
 


 
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 




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


 
 
 


  
   
  
  


Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  281 

 

 

 

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
 

  





 



 

  


 
  
  

  




  

 
 
 
 
 
 

  

 

  


 
 


 

 

  



  

  

 
  

 

  

 

  

 

  

  
 

282  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

  


  
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 
 
  

 

  
 

 


  

 





  

 
 
 




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
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 
 

 

  

 
 








 

 




 
 
 
 

 


 
 
  

  




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

 
  

 
 
  

  


Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  283 

  



 

 

  



 





 

 

  

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
 

 
 

 


 
 




 


 
 


  

   



 

 
 



  

 


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

 

  

  

  

 

  



 


  

284  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

 
 

  

  

 

  

  

 
 
 

  

 

   

 

 


  




 

  

  
 
 

 


 

  




 

   

 

  
 
  



 

  

  

 

 

  

 

 



Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  285 

 

 

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
 
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 
 


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 

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 
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
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
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
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 

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 

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   
  
  

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

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
 

  
  

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  

  

 


  

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
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286  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

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 

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 



 

  

 
 



  

  


 
 
 






 
 
 

  
 


  

 


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

 

  

  


 
 

 

 


 


 

 

 

  

 

   

  


  


  

 

Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  287 

  



 

 

   

 

 

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

 

 

 



  
  
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 

 


 
 

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  

  

 
 



 
  
 

 
 
 

  




 

 
 

  

 
   
 

  

 



  
 

288  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

  

  

 

 

 

 


 


  

  
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 

Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  289 

 
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
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
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
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 
  
   
  
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  
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 

 
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
  
290  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

  

  


  
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  

  

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

 

 

 

  

  

 

  

 
 
 
 
 
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 
 

   

 

 
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  

  


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
 



  


 

 

 
 
 

 
  
  
  
 

 


Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  291 

 


 

  

  


 
 
 
 
 


 
 
 


  

 
 


  





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
 
 
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
 



  



 

 



 

  


 
 

  



  



  






 


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 


  
 



 
 


292  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

  






  




 


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  

  

 

 

  

 
 

 


 
 


 

 

 

 

 

 


  

 

  

  

 

  

 

 
 

 

 

 

 
 


 
 
 

  


 
 
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  293 

 
 
 

  

 

  

 


 

  

  

 

  



  



 
 


 

 


 



  
 
 
 
 


 


 


 

 

 


  

   

   

   


 

   

  


 
 

 

 
 


 
 
 
294  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

   

  


 
 



  
  

 
 

 
 

 
 

   


   

 


  



 
 
 

 

 


 
  

 

  

 
 


  

 

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


 




 

  



 

 
 

 

 
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  295 

  



 

  

  
 

 

 
 
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 
 
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
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

 
 
 
 

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 

 

  

  
 
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
  

   

  
 

 
 
 

   

   

  

   

   

   

  




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 
 
 

 
296  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

  


 

 

 



  

  

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
  

 
 
 
 
 

  

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
 

  


  

   

  

  


 
 




  

  

  


 
 

  

 

 

  

  

  

  

 

 

 

 


Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  297 

  





 

 

 


 
  
 

 
  




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
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
  



  





   

  

 

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

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


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 




 


 
  


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

  

 

 

 
  


  

  

  

 


298  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

  

  




 

 


  

 
  
 

 
 


 
 
 

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
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
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
 
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
  

  
 
 
 

  

   

   

  

   

   

   

 

  

 
 
 

 
 

   

 


  

Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  299 

  


 

  

 

 

  

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
 
 

 
 

  

 

  

 
  

 

  

 

 


 
 
 
 
 

   

 
 
 

 
 
 


 

  


  

 
 
  
 
  

  

 



  


  


300  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

 
  



 

  

  

  



  

 
 


   



  

 
 
 

 
 

 

   

   
   

 


   
 
  

   






 

  
  


 


 




   


 
 


 
  


  

 



Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  301 

 

 



 
 

  





 
 
 

 

 
 

  
  

 
 




 
 
 

 

 

 

 



 
 
 
 
 

   



 

 
 
 

  



  

 


 

  

 
 


 
  

 
  
 


302  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

  


 

 


  




  





 
 
 
 

 
  

 
 

 
 
 

   

 

  


   

 
  


 


 

  


 

 




  

 



 

  

 
 







 
 
 

 

 

  


Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  303 

  


 
  
   
   
  


  

 

 

 



  


 
 

  


  

  

 

 

  

 



 

 

  

  


 


 



 
 


 
 
 
 

 
 
 

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304  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

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

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 
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Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  305 

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
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  
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
 
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
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 
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
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 


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 
  

  


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
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 
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
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

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 

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
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  
 

 
306  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

 

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 
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 
   
  

 

 

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
  
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  
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
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 

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

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  

  

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 
  
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   
   
  


  
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
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

  
  


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
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 
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
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
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  307 

 
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  
 


 
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 
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  
  

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  


 
  
 
  
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
308  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

 
  

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 

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 



  


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

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
  

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
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
  




 



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

  

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
 
 

 
   
  
  

 
 

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

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
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 
 

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
 

Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  309 

 

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
  

 

  

  

  

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 
 
 


 
 

 



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
 


  

  

  
 

  

  

  

 

  



  

 

  
 

 

 
 


 


  
   
   
   
310  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

  
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  
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  

  

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  

 

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
  

  
 

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 
 
 
 
 
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 
 


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
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 

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
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


  
  

 
 


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  


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


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   



 

   

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
 

 
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
 

Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  311 

  




 

 

 
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 
   
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   

   
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  
 
 
 


 


 
 
 

 
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

 

 

  

 

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
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
 
  
 


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

 



  

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 
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
  

  


 

 

312  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

 


 


   



  

 

 





 
  
 
 


  

  

 

  



 
 
 

 

 



 
 
 

  


 

 
 
  


   
 
  

  


 
  

 

 

  


 

  

  
 



  

 


Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  313 

 

  

 

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

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  
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



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
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 
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
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
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
 

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 
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
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

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
  
314  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

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
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 
 

 
 
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
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
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
  
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 
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  
  
 

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
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 
 
 
 
 
 
 
 

 



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 
  
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
 
 
 
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  315 

  



 
 

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  

 
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  

  
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 

  

 
 


 

  



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

  


  

 

  


  

   

   

  



  

  
  
  
 
  

 

  



 
  



 

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
316  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

 
 

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 
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 

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   
  
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   
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   
  
   
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 
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
 
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 
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  


  

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


  
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
  

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
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 

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
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  

  

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
  

 
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

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
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

 
  
 

 

 
  
 


 
 
 

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
  

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 


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
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  



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
  


 
 

 

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
 
 
 
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 
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
 
 
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  

  



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
  

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  
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  
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 

 

  

  

 

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


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 
 
 

  

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
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 
 
 

   
  
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   
   
  
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 
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
   
 
 

  

   

  

 
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  319 

  


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
 

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  

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
  

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
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
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 

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
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
 
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
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  

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 

 

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
 

  

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
  
 
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 
  


  


  

   

  

 






 






   
  
 
  

  

 

  
  

 


  

  



 

 

  


 
 

 


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
  

  

  


 


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

  

  


 

 


  

 
322  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

 

 

 
  

 



 

 
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

  

  

  

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  

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
 

 
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

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 
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

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  
 
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 

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  

  

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

  



 
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

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
  

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 
 
 
 


 
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  323 

 
 

  



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
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 
 

 


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 

  

 
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

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 
 

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  



  

 
 

 
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
  

 




 
 
 

 

 




  

  

 

 

  

  



324  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

  



 
 

 


 
 

 

 

 
 
 
 
 

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

  

 
 
 


  

 

 
 

  

 

 





 





 
 


  
  

 

 



  

  

 


 


 

 
 

 
 




 
 



Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  325 

  

 

 

  
 







 
 


 



 
 
 

 


 
 

 
 


 

  

  

 

  

 

 
 


  



 



 



  

  

  


 

 



  


  


 
 
 
 
 
326  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

  



 
 

   

 
 


 
 
 

 







 
 

 
 
 
 


 
 
 

 
 
 



  
  

  
  

 

  

 
 
 




 


  

 

 

 

 

 

 

 



 

  

  
  
 
 

  
 


Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  327 

  




 



  

   
  
   
  

  

 

 
   
 
 
 

 
 

  
 
 
  

 

 




   


 
 
  
   
  
 

 

 
  



  

 





  

 

 
 
 


 
 

 


 
328  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

 
 
 

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
 

 
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  


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

 
 
 


 

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

  
  



  


 
 


  

 

  

  

  

 

 



 





 

 
 
 

  

   

  


 
  

  



 
 
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  329 

 
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



 



 


 

 




  

  

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 

 
  

   

 

 

 

  

   

  

 

  
   
  
   
  



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
 

 

  


 

   

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  

  

 

 


330  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

 
 
 


  

 



  

 

   

  

 
 
 




  

  

 

 

 

  

 

  

 
  

 

 
 
 
 


   

 

 

  
 
  

  


  

 
 
  

 

 
 
 




   

 
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  331 

   

  


 
 
 
 
 
 

  

 
  
 



 

 
 
 
 
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 
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  
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 

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
  

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
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
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
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
 

  

 

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
332  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

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 

 


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

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
  
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
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
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
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
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 
   
   
  
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 
 
 
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 

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   
 
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
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
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  

  


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  


Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  333 

  
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

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  

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 

 


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 



 
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 
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 
 
 

 
 
 


 
 
 

 

   


 
 
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
  


 

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
  
   
  
   
  
   
 
 
 

 

 



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 

334  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

  


 
  
  

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
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
  



 
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

 
 



  

 
  



  

 

  

 

 

 

 

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
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 
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
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
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

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
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
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

  
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  335 

   

  

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

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 
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
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  
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  
  
  
   
 
   
  
  
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
 

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
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 

336  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

   

 

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 

  
 

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  

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
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
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 



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
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

 
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
 
 
 
 


 
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

 
 

 
 

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 
 


 
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

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
 
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  337 

  

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  

  

 

   

  

   

  

  

   

  

 

 



  

 

 

 

 


 

 

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 

  

 
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

   

  

   

   

 

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   
338  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

  

  

  

   

 

   

 

   

  

  

  

 
 
 




 
 


 

  

 

 
  

 
 
 

 
 
 

 
 
 


 
 

 
 


 
 


 
 

 
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  339 

   

  

  

  

  

   

  

  

  

   

 

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
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 
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
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 


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 

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
340  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

  

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 
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
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
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 
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
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

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

 
 


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
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
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
 
 
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
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 
 
 


 
 
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 


Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  341 

  

  

  

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 

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 

  

  


 
 
 
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



 
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


 
 
 

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 

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 
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 
 
 
 
 


 
 
 
 

342  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

   

  

  

  

   

  

  

  

  

  

 
 

 
 
 
 
 


 
 






 

 

  

  

   

  

   

   

  

  

   

   

  

  

   

 

   
Novembro de 2016  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS  Sexta-feira  11  343 

  
 
  
  
  
  

  


 

  


 

  


 

 

  












  



 

 


 

 


  
 


 
 

 
 
 


 


  

 


 

 
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344  Sexta-feira  11  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS   Novembro de 2016

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