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BREVE EXPOSIÇÃO EM PROVÉRBIOS 31.

14

Neste texto, prosseguiremos vendo o bem que a mulher virtuosa faz ao marido:

v. 14 – “Ela é como navio mercante, ela traz sua comida de longe”.

Quem é “ela”? Ela é a esposa que é raçuda, que sabe que cuidar do lar é uma batalha e não se intimida. Ela é a
esposa virtuosa, que faz somente o bem ao marido e não o mal, todos os dias da sua vida, como vimos em Pv 31:10-
12.

A esposa que sabe lutar pelo seu lar é comparada por Salomão a navios mercantes.

Embora na maioria das traduções que conhecemos, tenha navio mercante, no singular; no hebraico diz
literalmente que “ela é como navios mercantes”, isto é, plural. Isto se depreende porque a palavra usada para “um
navio” é ’oniyah (Pv 30:19; Jo 1:3-4), enquanto no plural temos 'oniyoth (Jz 5:17; 1Rs 22:48).

Neste verso, está dito que ela é como 'oniyoth, ou seja, não é um navio mercante, mas navios mercantes.

Já “mercantes ou comerciantes” vem da palavra original sachar, significava “para ir ao redor ou sobre”, “viagem
ao redor”, “para viajar em volta (especificamente como um comerciante)”, “intensivamente”. Logo, a esposa virtuosa
é como os navios que comercializavam ao redor do Mar Mediterrâneo.

Desde os tempos de Saul, os hebreus começaram a figurar como um povo comercial. No tempo de Salomão o
comércio marítimo se intensificou, devido a construção do templo e as relações estabelecidas com outros povos,
já que foi um tempo de paz para Israel (1 Rs 5:9, 9:26-28, 10:22 e 2 Cr 2:16). Através do comércio marítimo era
possível adquirir e conhecer produtos e coisas de outros povos. Nos navios vinham toda a sorte de especiarias,
objetos e produtos exóticos e outros suprimentos desconhecidos pelos israelitas
(http://www.internationalstandardbible.com/S/ships-and-boats.html).

Os navios mercantes, deste modo, navegavam e traziam mercadorias distantes. Representavam a


possibilidade de que coisas de longe fossem comercializadas entre os povos, vez que poderiam obter o que em
seu próprio lugar não existia. Quantos produtos e objetos de consumo exóticos e raros para a mulher israelita
eram trazidos nesses navios!

A esposa virtuosa, ou seja, aquela que luta pelo seu lar, é igual a esses navios mercantes. Mas, em qual sentido?

Salomão explica na segunda frase: “ela traz sua comida de longe”. Isto é, tal como os navios mercantes
navegavam por lugares distantes e traziam mercadorias exóticas, raras e abundantes, a esposa virtuosa traz para
dentro de seu lar variedade exótica de comidas e em abundância.

Duas coisas são ressaltadas: a abundância, porque ela não é comparada a um navio e sim a navios; e, a
variedade exótica do que ela traz, já que as embarcações vinham trazendo coisas de lugares distantes, produtos
exóticos, especiarias, frutas, etc.
Aprendemos, então, que toda mulher do povo de Deus deve entender que a comida
é uma arma para vencer os ataques contra seu lar. A mulher que luta pelo seu lar sabe
que a comida é uma ferramenta poderosa para vencer essa guerra.

Em Gênesis 3:16-19, observamos que Deus amaldiçoou a terra, “com dor comerás dela [da terra] todos os dias
da tua vida. Espinhos, e cardos também, te produzirá; e comerás a erva do campo. No suor do teu rosto comerás o
teu pão”. O homem, como provedor do alimento para a família, enfrenta esse mundo inóspito para sustenta-la! O
ambiente de trabalho, especialmente para um cristão fiel, é cheio de dificuldades e amarguras. Sempre há brigas,
“pessoas querendo puxar o tapete das outras”, disputas, etc.

Os filhos, por sua vez, também passam por suas crises. Como ainda não possuem maturidade emocional,
facilmente se entristecem ou se desanimam.

A mulher, que é virtuosa, tem consciência disso e usa a comida como uma ferramenta para reanimá-los!

Quando o homem ou os filhos, pensam na hora de retornar ao lar, vem aquela imagem gostosa de aconchego
e de consolo...

Com base nisso, a Knorr encomendou uma pesquisa sobre o poder que os sabores possuem na vida das
pessoas. O estudo foi realizado em 11 países, com mais de 7 mil pessoas de idade entre 18 e 64 anos que
apresentavam algum interesse em assuntos relacionados à culinária. Segundo a gerente de marketing da Knorr,
Isabella Rizzo, "Esta pesquisa foi muito importante para mostrar que a relação das pessoas com a comida vai muito
além do seu aspecto nutricional. Ela tem a capacidade de transformar a vida das pessoas e produzir conexões
afetivas".

De acordo com esse estudo, uma das comidas mais importantes e que ajudou a construir esse tipo de relação
é a preparada pelas mães. No Brasil, 88% dos entrevistados afirmaram que ela era a responsável por cozinhar
para eles na infância, criando, para 75% deles, uma das melhores receitas do mundo, independentemente do
tempo que se tenha passado. Prova disso, é que 77% disseram que essa refeição consegue trazer lembranças boas
de sua infância (https://www.bonde.com.br/gastronomia/cursos-e-eventos/campanha-mostra-o-poder-afetivo-da-comida-
preparada-pelas-maes-365787.html).

Segundo o cientista comportamental da Universidade da Pensilvânia, Ralph Norgren, “Quando as pessoas


comem suas comidas preferidas, o nível de dopamina e serotonina em seus cérebros aumenta e isso lhes dá uma
sensação de prazer. O consumo de drogas como cocaína e heroína causa essa mesma reação”
(https://super.abril.com.br/saude/comida-e-tudo/).

Convenhamos, é muito agradável desfrutar de uma boa comida. Quem nunca ficou revigorado após uma sopa
quentinha, num dia em que estava doente? Ou, quem nunca vibrou de alegria ao estar saboreando um delicioso
churrasco ou ao experimentar uma apetitosa sobremesa? A comida nos dá prazer, nos alegra, nos revigora! Deus
nos fez assim!

Isso é um dom de Deus: “E também que todo o homem coma e beba, e goze do bem de todo o seu trabalho; isto
é um dom de Deus” (Ec 3:13).

Se a comida traz alegria, o contrário também é verdade... Já sentiram a tristeza e chateação de ter que comer
algo enfadonho? O desânimo é tão grande, que sequer há vontade de terminar. As conversas acabam, os sorrisos
diminuem e logo se vê um clima entediante à mesa. Já tiveram a experiência de chegar em casa cansado, após um
dia longo de trabalho, e não ter nada para comer? A sensação é de desprezo, desconsideração. Não dá vontade de
voltar para um lar assim!
No filme “A festa de Babette”, o diretor retrata a história de uma refugiada francesa que pede abrigo a uma
família dinamarquesa. Ela se torna empregada da casa, até que muito tempo depois descobre que ganhou na
loteria. Com o dinheiro, em gratidão às irmãs que a acolheram, ela promove um banquete típico da França. Antes
de experimentarem os pratos de Babette, todos estavam quietos, sérios. No entanto, ao final da ceia, regozijaram-
se, cada um a sua maneira, com as delícias do banquete. Chegando a hora da partida de Babette, já que teria o
dinheiro ganho na loteria para regressar a seu país, ela revela que foi uma renomada chef em Paris e que gastou
todo seu prêmio naquela refeição, eis que lhes tinha servido todos os caríssimos pratos que preparava na França.

Como diz o escritor Rubens Ewald Filho, “Babette conhecia os segredos de produzir alegria pela comida. [...] O
céu estava ali, naquela mesa, e era possível perceber isso sem morrer” (O cinema vai à mesa: histórias e receitas. São
Paulo: Melhoramentos, 2007, p.100).

A esposa que luta pelo lar sabe disso. Ela usa a comida como ferramenta para estabelecer os ânimos em sua
casa. O momento da refeição é de alegria e de prazer. Pode ser a comida mais simples, mas ela consegue, com
criatividade e disposição, torna-la deliciosa e apetitosa ao paladar da sua família.

Contudo, há esposas que têm sido tolas, elas têm desprezado essa poderosa arma e têm tornado o momento à
mesa um verdadeiro horror! Na verdade, a família já nem mais tem prazer em se reunir em torno da mesa. As
comidas são sempre as mesmas e, às vezes, sem nenhum sabor! Na primeira oportunidade que o marido tem, ele
vai correndo comer na casa da mãe dele... e os filhos o seguem! Essa mulher não se queixe, por não ser elogiada...

Ela não está dando o bem ao marido e edificando a sua casa: ”Toda mulher sábia edifica a sua casa; mas a tola
a derruba com as próprias mãos” (Pv 14:1).

Vemos, também, que a esposa que luta pelo seu lar se esforça para trazer variedade e inovação à mesa.

Assim como um navio mercante trabalha esforçada e incessantemente, a mulher trabalha zelosa e
continuamente para trazer variedade e inovação à mesa! Ela se esforça em surpreender sua família, em fazê-los
sentir sabores inexplorados. Prazer que vem ao provar novas receitas, novos ingredientes!

Se for preciso ir a uma feira distante para comprar aquele ingrediente especial, ela vai. Ela não mede esforços
em preparar comidas novas, porque é como navios mercantes que traz produtos de longe! Sua mesa não é
enfadonha, cansativa, não é sempre aquela mesmice! Isso porque ela não faz a comida somente por obrigação.

Ela luta todos os dias por seu lar, por isso surpreende continuamente sua família com comidas diferentes e
exóticas.

Exóticas, significa de lugares diferentes em que se vive! Talvez, um arroz jollof seja exótico para sua mesa, ou,
um crumble de maçã!

Basta lembrarmo-nos das nossas próprias reações quando experimentamos um prato novo e delicioso!
Nossos sentidos são surpreendidos e enlevados pela novidade da cor, do sabor, do aroma e da textura daquela
comida! E, se esse prato foi feito para nós, nos sentimos especiais e privilegiados! Essa comida se torna em uma
declaração de amor!

Mas, há mulheres que se gabam por só saberem fazer um ovo frito, que nem sai perfeito! Ou, dizem assim “eu
não sei cozinhar diferente, só o básico mesmo”. Não nos enganemos, essa ignorância é pecado, pois vai contra a
Palavra de Deus!

Outras, são práticas no temperamento e amam limpar a casa, “a deixam um brinco”, porém odeiam a cozinha,
porque exige cuidado, minúcia! Se nosso temperamento é assim, precisaremos de paciência para aprender! Não
será isso que Deus quer nos ensinar?
A arte culinária supõe “o conhecimento das ervas, dos frutos, dos bálsamos, e das especiarias e de tudo que se
trata e é doce nos campos e nos bosques” (John Ruskin).

Se não sabemos variedade de receitas, busquemos na internet ou perguntemos para as avós ou para as irmãs
da igreja! No Youtube tem inúmeras receitas diferentes! Há também cursos e livros gratuitos ensinando a fazer
comidas de todo o mundo, desde a gastronomia italiana à japonesa. O acesso a ingredientes e receitas é facilitado
hoje em dia e é possível substituir um ou outro produto, caso não seja possível obtê-lo.

Isto é, não há desculpas para o comodismo e a preguiça!

E, mesmo naqueles lares cujo momento financeiro esteja difícil, isso não é impedimento para a mulher
virtuosa de tornar o dia menos tenso através da comida! Ainda que tenha pouco alimento ou seja um feijãozinho
colhido na roça, ela usa da criatividade e se esforça para oferecer o melhor ao marido e aos filhos.

Para que tudo isso seja realidade é preciso completa doação da mulher para com seu marido e seus filhos.
Uma mulher que não se esforça é porque não sabe amá-los. Para se tornar uma mulher virtuosa na cozinha, o
amor, a dedicação e a concentração devem estar envolvidos.

Segundo o escritor Mia Couto, “Cozinhar não é serviço. Cozinhar é um modo de amar os outros”.

Aprendemos, além disso, que a esposa virtuosa sabe que a comida reforça os laços entre a família.

Porém, o esforço para que a mesa seja compartilhada tem se tornado cada dia mais escasso...

Uma pesquisa realizada por uma empresa de móveis na Grã-Bretanha concluiu que as vendas de mesas de
jantar estão em extinção por lá. Enquanto a venda das mesas de jantar caiu 8% nos últimos 5 anos, houve
crescimento de 40% em móveis de escritório. O número de britânicos que não mais possuíam mesa de jantar
chegava a 25%. E, entre aqueles que possuíam mesa, apenas 31% as utilizam em ocasiões especiais como o Natal
e Ano Novo. De acordo com o diretor da empresa, as mesas onde as famílias se reúnem todos os dias para comer
quase não existem e a tendência é o desaparecimento desse móvel (http://www.vyaestelar.com.br/post/7308/comer-
em-familia-traz-varios-beneficios?/refeicao_familia.htm).

Em 2004, a revista pediátrica americana “Archives of Pediatrics and Adolescent Medicine” publicou um estudo
com 4.746 crianças/jovens de 11 a 18 anos, na qual mostrou que aqueles que comiam em família se mostravam
menos propensos a beber, fumar e usar drogas. A pesquisa indicou também uma menor incidência de sintomas
de depressão e de pensamentos suicidas, além de melhor desempenho na escola
(http://www.vyaestelar.com.br/post/7308/comer-em-familia-traz-varios-beneficios?/refeicao_familia.htm).

Ao sentar em torno da mesa e comer um alimento gostoso, longe de distrações como celular e televisão, as
pessoas podem compartilhar suas experiências do dia e se conhecer mais intimamente. É uma maneira de reforçar
laços. Por isso, é um dos hábitos que evitam a depressão. Nesses momentos especiais são liberadas importantes
substâncias no cérebro, que proporcionam sensação de prazer e bem-estar
(https://www.jasminealimentos.com/alimentacao/refeicao-com-a-familia-e-os-amigos-faz-bem).

A secretária Luciene Amorim não tinha essa rotina na infância: “Meu pai sofria de alcoolismo e era difícil
conversar com ele – então, cada um comia em um canto”. Quando ela teve sua família, o jantar se tornou um
momento sagrado. Ela afirma que, para que todos possam se reunir à mesa às 20h, antecipou seu horário de
trabalho para 7h da manhã – o que significa acordar às 5h30 –, assim, consegue retornar às 16h. A mesa é uma
diversão. O filho mais velho costuma desafiar o mais novo sobre quem consegue comer mais legumes e os dois
acabam se alimentando bem. Corintianos, eles se juntam ao pai para tentar convencer a mãe a gostar de futebol,
sempre em vão (http://vidasimples.uol.com.br/noticias/comer/comer-em-familia-e-um-ritual-que-nos-aproxima-e-nos-
ensina-sobre-convivencia.phtml#.Wu5hJ4gvzIU).

Outro ensinamento desse texto, é que a mulher virtuosa é previsora,


em sua mesa sempre haverá abundância.

Os navios mercantes implicavam em fartura sempre! Basta lembrarmos da imagem dos portos antigos, em
que se via uma abundância de coisas para vender. Frutas de outras regiões, verduras, aves exóticas, etc.

A esposa que luta pelo seu lar também tem abundância em sua mesa todos os dias, porque ela é previsora! Se
o dinheiro está pouco, ela sabe dosar a quantidade certa de alimentos em cada dia da semana, para que nunca
falte. Ela nunca deixa de satisfazer os desejos do paladar de sua família.

Para que haja sempre abundância é essencial que ela não seja preguiçosa. Ela pode até fazer comidas mais
simples, porém sua mesa sempre suprirá as necessidades e os anseios do marido e dos filhos. Ela calcula o tempo
necessário para isso, prevê a quantidade de alimentos e assim nunca falta alegria à mesa!

Entretanto, hoje em dia, não somente as mulheres têm deixado de considerar esses ensinamentos...

Como vimos, a luta da mulher virtuosa na cozinha é um árduo trabalho, que exige seu todo: sua imaginação,
sua disposição e seu esforço incansável! Muitas vezes, a esposa não deixa de batalhar nessa área, apesar de estar
naqueles dias de fraqueza e sensibilidade. Ohhh, sabemos como é difícil estar na cozinha, quando o nosso humor
está sombrio...

Contudo e muito embora a esposa tenha ficado várias horas na cozinha preparando uma boa refeição, alguns
homens têm sido insensíveis a todos esses bravos esforços da esposa.

Quando? Quando o marido, seguido pelos filhos, não soltam o celular, não compartilham do momento e, isto,
quando ainda se sentam à mesa. Desprezam o trabalho dela, ainda que a comida esteja como a do banquete de
Babette.

Um homem que entende o valor de uma esposa, que é virtuosa, jamais desprezará o seu trabalho em prol do
lar, e os filhos seguirão seu exemplo.

Seu marido a louvará (v. 28), não o fazer, é grosseria, descaso e ingratidão. Para resumir, não louvar uma
esposa assim é uma falta, não somente contra ela, mas principalmente contra Deus.

Continuamos na próxima semana...

Por Ilanna Praseres

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