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MEDICAMENTOS
ANTINEOPLÁSICOS (Cont.)

Ano Letivo | 2012/2013


Unidade Curricular | Farmacologia e Terapêutica Medicamentosa
Docente | Nadine Ribeiro
Data | Maio 2013
Aula | 52 e 53

ANTINEOPLÁSICOS

Obje%vos  de  aprendizagem

No final desta aula o aluno deve ser


capaz de:

•  Identificar e caracterizar os
medicamentos imunossupressores e
hormonas e antihormonas utilizados
em oncologia

•  Identificar principais toxicidades dos


antineoplásicos e a sua gestão
farmacológica

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ANTINEOPLÁSICOS

Sumário  

•  Medicamentos imunossupressores utilizados em oncologia


•  Hormonas e antihormonas utilizadas em oncologia
1
•  Principais toxicidades dos antineoplásicos e a sua gestão
farmacológica
•  Toxicidade Hematológica, Gastrointestinal
•  Dermatológica, Renal e vesical
2 •  Cardiotoxicidade, Alterações metabólicas
•  Reacções alérgicas e anafilaxia

ANTINEOPLÁSICOS

Imunomodeladores
Fármacos que podem alterar a resposta imunitária do
doente

•  Corticosteróides e outros Imunossupressores


•  Efeito linfolítico e capacidade de supressão mitótica nos linfócitos
(ex: prednisolona, dexametasona, metilprednisolona)
•  Proteínas imunomodeladoras
•  Alteram a resposta biológica do organismo a um determinado estado
patológico
•  Actuam quer indirectamente, mediando os efeitos antitumorais, quer
directamente nas células tumorais (ex: anticorpos monoclonais,
interferões, interleucinas)

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ANTINEOPLÁSICOS

Anticorpos monoclonais - Bevacizumab


•  Mecanismo de acção: Inibe o VEGF-A (Vascular
Endotelial Growth Factor A), que estimula angiogénse

ANTINEOPLÁSICOS

Anticorpos monoclonais - Bevacizumab


•  Indicações: Cancro Colorectal (CCR), cancro da mama,
cancro de pulmão de não pequenas células, cancro das
células renais;
•  Reacções adversas: hipertensão, tromboembolismo,
hemorragia, proteinúria, perfuração gastrintestinal,
fístulas

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ANTINEOPLÁSICOS

Anticorpos monoclonais -
Cetuximab
•  Mecanismo de acção: Inibe a proliferaçãoe induz a
apoptose das células que expressem o EGFR (Epidermal
Growth Factor Receptor)

ANTINEOPLÁSICOS

Anticorpos monoclonais - Cetuximab


•  Indicações: Cancro Colorectal (CCR), Cancro da Cabeça
e Pescoço (CCP);
•  Reacções adversas: hipomagnesémia, elevação das
enzimas hepáticas (AST, ALT, fosfatase alcalina),
hipertricose, prurido, pele seca, descamação, erupção
cutânea tipo acneiforme (quanto mais exacerbada for a
reacção maior a eficácia do medicamento), queratite
ulcerativa (referir ao oftalmologista);
•  Reacções de hipersensibilidade associadas à perfusão de
anticorpo monoclonal
velocidade de perfusão
Astenia, calafrios e febre (síndrome
gripal)
Paracetamol, clemastina

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ANTINEOPLÁSICOS

Anticorpos monoclonais -
Cetuximab
Determinação do KRAS
•  Kirsten rat sarcoma;
•  Função essencial na sinalização;
•  Activação do KRAS pelo EGFR contribui para aumento
da proliferação mediada pelo EGFR, para sobrevivência
e para produção de factores pro-angiogénicos;
•  Preditivo de resposta à terapêutica com anti-EGFR’s
•  Mutação (codões 12 e 13) resulta na activação de
proteína KRAS, ocorre em cerca de 40% dos doentes
com CCR.
•  Detecção da mutação KRAS é essencial para a selecção
do fármaco a utilizar na 1ª linha do tratamento do CCR

ANTINEOPLÁSICOS

Anticorpos monoclonais - Trastuzumab


•  Mecanismo de acção: Anticorpo monoclonal humanizado com
especificidade para o domínio extracelular do HER2 (proteína com
papel importante no crescimento e desenvolvimento das células
epiteliais); levando à citotoxicidade celular dependente do
anticorpo
•  Indicações: Cancro de mama e cancro gástrico;
•  Reacções adversas: dor torácica, insuficiência cardíaca,
cardiomiopatia, edema, neuropatia periférica;
•  Reacções de hipersensibilidade associadas à perfusão de
anticorpo monoclonal

Febre, arrepios, náuseas, vómitos, cefaleias, velocidade de perfusão


broncoespasmo, angioedema, hipertensão,
hipotensão tonturas ou dispneia Clemastina e corticóide

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ANTINEOPLÁSICOS

Anticorpos monoclonais - Trastuzumab


Determinação do HER
•  Amplificação resulta em diversas cópias do gene, havendo
produção excessiva da proteína HER2.
•  Determinação do HER2 é crucial para o sucesso da terapêutica;
•  ICH e FISH são aceites para determinação inicial do HER2;
•  Resultados borderline devem ser sujeitos a estudos por outros
métodos validados.

ANTINEOPLÁSICOS

Anticorpos monoclonais - Rituximab


•  Mecanismo de acção: Anticorpo monoclonal quimérico
contra antigénio transmenbranar CD20+ que se encontra à
superfície dos Linfócito B. Esta ligação conduz à activação do
sistema imunitário do doente e à lise celular (citotoxicidade
celular depende do anticorpo)
•  Indicações: Leucemia Linfocítica Crónica (LLC), Linfoma
não-Hodgkin (LNH);
•  Reacções adversas: falência cardíaca, síndrome de
lbertação de citoquinas, síndrome da lise tumoral (pode levar
a insuficiência renal), Leucoencefalopatia Progressiva
Multifocal (LPM)
•  Reacções de hipersensibilidade associadas à perfusão de
anticorpo monoclonal
velocidade de perfusão
Astenia, calafrios e febre (síndrome
gripal)
Paracetamol, clemastina

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ANTINEOPLÁSICOS

Hormonas
Hormonas e análogos sintéticos

•  Hormonas
•  Progestagéneos: de acção directa ou indirecta (ex.: megestrol)
•  Androgéneos (ex.: testosterona)
•  Agonistas da Hormona Libertadora da Gonadotropina
•  Estrogéneos
•  Antihormonas
•  Anti-estrogéneos (ex.: tamoxifeno)
•  Anti-androgéneos: esteróides (ex.: ciproterona) e não esteróides (ex.:
flutamida)
•  Inibidores da aromatase

ANTINEOPLÁSICOS

HORMONAS E ANTI-HORMONAS
•  Os tecidos que dependem do ponto de vista proliferativo e
funcional da acção de hormonas, ao sofrerem transformação
maligna, mantêm nalguns casos as características das células
normais.

•  A verificação da hormonodependência possibilita uma


abordagem terapêutica com base na castração hormonal:
cirurgica (orquidectomia, ooforectomia, suprarrenalectomia e
hipofisectomia) ou farmacológica.

•  Existem substâncias de síntese capazes de modificar o padrão


hormonal dos doentes a quem forem administradas, sem no
entanto possuírem acção hormonal - Anti-hormonas

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ANTINEOPLÁSICOS

HORMONAS E ANTI-HORMONAS
Inibidores de estrogenios: Tamoxifeno

•  Mecanismo de acção:
Ø  Poderoso antagonista dos estrogénios a nível dos seus
receptores no tecido mamário, sendo agonista parcial para os
receptores no osso e fígado.
Ø  Inibe a ligação aos receptores do estrogénio, bloqueando a
estimulação do estrogénio pelas células do cancro de mama.
Ø  Este complexo antiestrogénio/receptor transloca para o núcleo
inibindo a síntese do DNA

ANTINEOPLÁSICOS

HORMONAS E ANTI-HORMONAS

Inibidores de estrogenios: Tamoxifeno


•  Indicação: Carcinoma da mama com receptores estrogénio
positivos.
•  Toxicidade: podem induzir sintomas da menopausa calores,
náuseas e vómitos, hemorragias vaginais, dor óssea,
irregularidades menstruais, cefaleias e depressão
•  Raramente induz toxicidade na retina e desordens
tromboembólicas

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ANTINEOPLÁSICOS

HORMONAS E ANTI-HORMONAS
Inibidores da aromatase: Anastrozole,
Letrozole, Exemestano

•  Mecanismo de acção: Inibidor selectivo não esteróide da


aromatase. Inibem a aromatização dos androgénios e estrogénios nos
tecidos periféricos, inibindo a progressão tumoral.

•  Os inibidores da aromatase representam um grupo de medicamentos


activos no cancro da mama, no período pós-menopausa.

ANTINEOPLÁSICOS

HORMONAS E ANTI-HORMONAS
Inibidores da aromatase: Anastrozole,
Letrozole, Exemestano
•  Indicação:
Anastrozole:Tratamento adjuvante pós-menopausa em mulheres c/
receptores hormonais positivos (previamente c/ cancro de mama)
Anastrozole, Letrozole:1ª linha cancro de mama metastizado
localmente avançado
Anastrozole, Letrozole, Exemestano: Cancro de mama avançado
em doentes com progressão após terapêutica com tamoxifeno

•  Reacções adversas: Alterações


GI, calores, alterações
tromboembólicas, ganho de peso e edema

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ANTINEOPLÁSICOS

HORMONAS E ANTI-HORMONAS
Analogos LHRH: Goserelina, Leuprolide
•  Mecanismo de acção: análogos de neuropéptidos hipotalâmicos,
que bloqueiam a hipófise por dessensibilização dos receptores,
com diminuição da hormona luteinizante (LH) e foliculoestimulante
(FSH), com a consequente redução da testosterona e dos
estrogénios

FSH-LH-RH liga-se aos receptores no hipotálamo libertando


FSH e LH ↑ produção de androgénios e estrogénios
↑ [ ] testosterona e estradiol
•  Indicação: Cancro próstata avançado e mama
•  Reacções adversas: calores, impotência, redução do libido,
alterações GI (náuseas, vómitos, obstipação, dor no local de
injeção), ginecomastia e edema periférico.

ANTINEOPLÁSICOS

HORMONAS E ANTI-HORMONAS
Inibidores de androgénios: Bicalutamida,
Flutamida, Nilutamida

•  Mecanismo de acção: inibem competitivamente a ligação


dos androgénios (testosterona) aos receptores periféricos
•  A flutamida é o antiandrogénio não esteróide mais utilizado no
tratamento do carcinoma da próstata. Nos casos de
intolerância hepática à flutamida uma alternativa terapêutica é
a bicalutamida.

•  Indicação: utilizados em associação c/ análogos LHRH

•  Reacções adversas: Ginecomastia, calores, elevação


transaminases, náuseas, vómitos, diarreia e alterações da
visão

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ANTINEOPLÁSICOS

Tratamento das neoplasias


Aspectos mais relevantes para enfermagem
Monitorização de efeitos secundários
•  Os efeitos adversos advêm do mecanismo de acção terapêutico, daí
que apresentem estreita margem terapêutica, devido à pouca
especificidade para as células tumorais

•  Equilíbrio entre o efeito terapêutico e um nível de toxicidade aceitável

Reacções Adversas
a) Imediatas ou precoces: náuseas, vómitos, febre, choque anafilático
b) Tardias (ex.: depressão medular, alopécia)

ANTINEOPLÁSICOS

Toxicidade da Quimioterapia
•  Hematológica
•  Gastrointestinal
•  Dermatológica
•  Renal e vesical
•  Cardiotoxicidade
•  Alterações metabólicas
•  Reacções alérgicas e anafilaxia

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ANTINEOPLÁSICOS

Toxicidade Hematológica
•  Agentes citostáticos são tóxicos à medula óssea com
intensidade variável
•  Excepto a bleomicina, a vincristina e a Asparaginase

•  Mielotoxicidade
•  Efeito colateral mais comum e mais importante
•  Dose limitante
•  Relacionada com a rápida divisão celular do tecido hematopoiético

ANTINEOPLÁSICOS

Neutropénia
•  Glóbulos brancos < 4.000 mm3
•  Aumento do risco de infecção severa
•  Relacionado com o grau e duração da neutropénia
•  Baixo risco se neutrófilos > 1.000 mm3
•  Elevado risco se neutrófilos < 500 mm3

•  Agravamento de processo infeccioso pré existente


•  Pode levar a atraso nos ciclos
•  Pode determinar redução de dose

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ANTINEOPLÁSICOS

Neutropénia
•  Resposta inflamatória diminuída
•  Primeiro, e por vezes único sinal de infecção é a FEBRE
deve ser sempre atribuída a infecção até prova em
contrário
•  Outros sinais:
•  Dor
•  Rubor
•  Edema
•  Fadiga e mal estar
•  Taquicárdia
•  Taquipneia

Cuidados ao doente neutropénico


•  Se febre (infecção): internamento, antibioterapia e
administração de factores de crescimento
(filgrastim, pegfilgrastim);
•  Sem infecção:
•  Cuidados extras de higiene corporal;
•  Evitar contacto com pessoas infectadas, locais públicos
com grandes aglomerados de pessoas, locais fechados,
contacto com animais, ingestão de alimentos crus e
receber imunizações;
•  Avaliar sinais vitais;
•  Vigiar locais de punção ou outras técnicas invasivas;
•  Vigiar aparecimento de sintomas como dor de garganta,
congestão nasal, etc;
•  Administração de factores de crescimento

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Trombocitopénia
•  Nº plaquetas circulantes < 150.000/ mm3
•  Aumento de Tempo de protrombina (TP) e do tempo parcial de
tromboplastina (PTT);
•  Risco de hemorragia:
•  baixo se n.º plaquetas < 50.000/ mm3
•  intermédio se n.º plaquetas < 20.000/ mm3
•  elevado se n.º plaquetas < 10.000/ mm3 (SNC, GI e
Respiratório)
•  Interfere com os tempos de intervalo dos ciclos e determina
redução de doses de ciclos subsequentes
•  Sinais e sintomas: petéquias, equimoses, hematomas,
sangramento por orifícios naturais ou de punção.

Cuidados ao doente com


trombocitopénia
•  Evitar
•  Traumatismos na pele e mucosas
•  Injecções IM
•  Técnicas invasivas
•  AINEs
•  Vigiar
•  Sinais e sintomas de hemorragia
•  Suspender terapêutica com efeito vasodilatador e
anticoagulante
•  Transfusão de concentrado plaquetário se necessário

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Anemia
•  Deficiência na quantidade dos
eritrócitos e hemoglobina
circulantes necessárias para
atender às necessidades de
oxigénio nos tecidos.
•  Manifesta-se por:
•  Diminuição na concentração de Sinais e sintomas:
•  palidez acentuada,
hemoglobina (Hb),
•  dispneia e cansaço fácil,
•  Alteração no hematócrito (Htc) •  alteração do sono,
sonolência e exaustão,
•  Diminuição na contagem de •  agitação e irratibilidade,
eritrócitos. •  cefaleias e zumbidos,
o Mulheres: Hb < 12g/dl •  taquicárdia,
•  hipersensibilidade ao frio
o Homens: Hb < 13g/dl

Cuidados ao doente com anemia


•  Transfusão de concentrados eritrocitários (Hb<8-9g/dl e Htc<25-27%)
•  Recurso às epoetinas

•  Suplementos nutricionais

•  vitamínicos, de ferro e ácido fólico


•  Avaliação de sinais vitais

•  Vigilância de sinais de hemorragia


•  Vigilância de sinais de dificuldade respiratória

•  Ajudar o doente nas actividades de vida diárias

•  Programar períodos de repouso ao longo do dia

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Toxicidade gastrintestinal

•  Náuseas e vómitos
•  Mucosite
•  Diarreia
•  Obstipação

Náuseas e vómitos

•  Efeitos secundários muito comuns à maioria dos antineoplásicos e,


provavelmente, os mais temidos pelos doentes oncológicos
•  Impacto significativo na terapêutica global dos doentes e na resposta
ao tratamento instituído
•  Desencadeado por citotóxicos e seus metabolitos que estimulam os
receptores de dopamina ou serotonina no tracto gastrintestinal
•  Causa de complicações potencialmente fatais:
•  desidratação
•  desequilíbrio no balanço hidroelectrolítico
•  perda de peso
•  malnutrição.
•  Atrasos ou interrupções na quimioterapia

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Náuseas e vómitos
•  Estimulação dos receptores de dopamina e de serotonina no
tracto gastrintestinal, no SNC e no CTZ (Chemoreceptor
Trigger Zone) – citotóxicos e seus metabolitos,
neurotransmissores;
•  Activação da zona do vómito.

ANTINEOPLÁSICOS

Tipos de náuseas e vómitos


Agudos
Tardios
(primeiras 24h pós- Antecipatórios
(24h pós-ciclo)
ciclo)
•  I n c i d ê n c i a e •  Podem manter-se 5-7 •  Resposta condicionada
s e v e r i d a d e dias com pico no 3º a experiências
dependente de: •  Podem ocorrer apesar anteriores
•  Potencial emético de bom controlo dos •  Envolve o ambiente
•  Dose vómitos agudos associado:
•  Via de administração •  A l t e r a ç õ e s n a •  Cheiros
•  Esquema de QT alimentação e •  Imagens
hidratação com grande •  Pessoas envolvidas
•  Ritmo de perfusão
impacto na QoL do
•  Hora do dia •  Cores associadas
doente
•  Características do •  A n s i e d a d e q u e
•  R e c o m e n d a - s e
doente (sexo, idade, envolve a punção
tratamento anti-
ansiedade, hábitos venosa
emético 3-5 dias após
a l c o ó l i c o s , QT •  V i a g e m p a r a o
sensibilidade) hospital

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ANTINEOPLÁSICOS

Potencial emetogénico dos citotóxicos

O esquema anti-emético é escolhido consoante o


potencial emetogénico dos citotóxicos ou ciclo que QT.

ANTINEOPLÁSICOS

Anti-eméticos - metoclopramida
•  Utilizada na quimioterapia de baixo poder emetogénico;
•  Prefere-se a via EV no controlo da emese aguda;
•  Pode ser utilizada em associação com outros anti-
eméticos;
•  Evitar o uso com outros depressores do SNC.

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ANTINEOPLÁSICOS

Anti-eméticos – Antagonistas dos


receptores 5HT3
•  Receptores do 5HT3 encontram-se no nervo vago, no tracto
gastrintestinal e no centro do vómito (SNC);
•  Palonosetrom tem uma semi-vida superior;
•  Restantes fármacos da classe apresentem o mesmo perfil.

ANTINEOPLÁSICOS

Anti-eméticos – Antagonistas dos


receptores NK1
•  Bloqueia selectivamente a ligação da substância P
ao receptor NK1 no SNC;
•  Mecanismo complementar aos outros anti-eméticos;
•  Metabolizado pelo CYP3A4 interacções
(irinotecano);
•  Administração: 125mg no D1 e 80mg nos D2 e D3.

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ANTINEOPLÁSICOS

Esquemas para NVIQ

ANTINEOPLÁSICOS

Cuidados ao doente com náuseas e


vómitos
•  Evitar:
•  Beber líquidos durante as refeições
•  Comer os alimentos preferidos em períodos de náuseas e vómitos
•  Cozinhar
•  Procurar:
•  Ambiente tranquilo em torno das refeições
•  Fazer refeições ligeiras e frequentes, isentas de condimentos, doces,
gorduras
•  Bons cuidados de higiene oral
•  Controlar balanço hídrico, ionograma sérico e reposição
electrolítica
•  Administração rigorosa de terapêutica antiemética

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ANTINEOPLÁSICOS

Mucosite
§  Inflamação generalizada das membranas mucosas em toda a
extensão do tracto digestivo,
§  Alterações e sintomas de inflamação
§  Eventual infecção de cada região atingida

ANTINEOPLÁSICOS

Fármacos mucotóxicos

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ANTINEOPLÁSICOS

Graus de mucosite

ANTINEOPLÁSICOS

Cuidados ao doente com mucosite


•  Controlo da dor
•  Prevenção da infecção
•  Manutenção da alimentação
•  Evitar exposição da mucosa oral a irritantes químicos e físicos
•  Aumentar ingestão de líquidos;
•  Manter uma boa higiene oral;
•  Manter dieta hipercalórica e hiperproteíca;
•  Estar atento a sinais de infecção
•  Tratamento:
ü Bochechar com soluções de nistatina/ anfotericina, bicarbonato de
sódio e lidocaína;
ü Aplicação de sucralfato;
ü Administração oral ou sistémica de analgésicos;
ü Alimentação parentérica total, em casos graves, pelo grave risco de
infecção.

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ANTINEOPLÁSICOS

Diarreia
•  Aumento anormal na frequência das dejecções, fluidificação e volume
das fezes, acompanhado pela urgência, incontinência e cólicas
abdominais;
•  Sintoma de mucosite do tracto gastrointestinal baixo;
•  Lesões na membrana permitem a entrada de microorganismos e levam à
infecção sistémica, podendo ser fatal se não tratada e diagnosticada a
tempo;
•  Excreção de muco, fluido e sangue reflecte alteração na integridade da
mucosa;
•  Diarreia severa ou persistente requer intervenção imediata para se evitar
riscos de alterações hidroelectrolíticas, deterioração do estado
nutricional, fadiga e debilidade, perda de peso, dores abdominais e
irritação périanal
•  Episódios agudos resolvem-se dentro de uma semana, ou menos, de
tratamento de suporte e interrupção da QT.

ANTINEOPLÁSICOS

Cuidados ao doente com diarreia


•  Evitar alimentos que irritem ou estimulem o intestino e alimentos
muito sólidos;
•  Alimentação hiperproteíca e rica em hidratos de carbono;
•  Refeições mais pequenas e mais frequentes;
•  Equilibrio hidroelectrolítico;
•  Antidiarreicos (loperamida) e antiespasmódicos;
•  Antibioterapia (infecção);
•  Administração de sucralfato (barreira protectora contra enzimas,
bactérias e ácidos);
•  Administração de octreótido, no caso de diarreias refractárias.

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ANTINEOPLÁSICOS

Obstipação
•  Dificuldade na passagem de fezes secas e duras,
habitualmente associada a dor abdominal e rectal;
•  Efeito secundário frequente da administração de
alcalóides da vinca, entre outros citotóxicos;
•  Sinais e sintomas:
•  Tensão abdominal;
•  Cólicas;
•  Desconforto abdominal;
•  Sensação de enfartamento;
•  Náuseas e vómitos.

ANTINEOPLÁSICOS

Cuidados ao doente com


obstipação
ž  Dieta rica em fibras, com líquidos quentes
(estimulam o peristaltismo);
ž  Reforço hídrico;
ž  Actividade física;
ž  Emolientes das fezes, laxantes e enemas
de limpeza;
•  Extração digital de fecalomas.

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ANTINEOPLÁSICOS

Reacções alérgicas e de anafilaxia


•  Resposta imune anormal e adquirida, resultante da
hipersensibilidade das células do organismo a uma substância
específica (alergeno);

•  A anafilaxia é uma forma de reacção de hipersensibilidade ou


alérgica imediata contra um antigénio mediado pela
combinação entre mastócitos e IgE.

Citotóxicos mais associados a reacções de hipersensibilidade:


•  Taxanos (docetaxel, paclitaxel)
•  Sais de platina (carboplatina, cisplatina e oxaliplatina)
•  Antraciclinas (doxorrubicina, epirrubicina)

Atividade

Refira o que é a
neutropenia, sua
importância e tratamento
farmacológico

MPG 2012 50

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Obje%vos  de  aprendizagem  

No final desta aula o aluno deve


ser capaz de:
•  Identificar e caracterizar os
medicamentos imunossupressores e
hormonas e antihormonas utilizados em
oncologia

•  Identificar principais toxicidades dos


antineoplásicos e a sua gestão
farmacológica

MPG 2012 51

SUGESTÃO DE TRABALHO AUTÓNOMO

--‐Leitura recomendada--‐

Osswald, W. et al. (2001) Terapêutica medicamentosa e suas bases


farmacológicas (4ª ed) (p853--‐944). Lisboa: Porto Editora

Aschenbrenner,D.S.,&Venable,S.J.(Eds.).(2011).Drug Therapy in
Nursing, 4th ed. Lippincott Williams and Wilkins

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