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De primeiro precisava de saber se você é lusófono, ou seja, se tem o português como

língua materna, ou se é um estrangeiro desejoso de aprender o português. Qual será


a diferença? Os estrangeiros aprendem por uma gramática específica que apresenta
muito vocabulário, algum guia de conversação (não raro incluindo cds) e lições
gramaticais. Portanto, se for estrangeiro terá de procurar uma gramática de
português como língua estrangeira ou curso em linha, além de fazer a leitura de
livros e textos fáceis para a aprendizagem de vocabulário (há livros específicos para
os aprendizes estrangeiros). O único curso em linha que conheço é a Ciberescola da
Língua Portuguesa, mas talvez haja cursos desse gênero no youtube. Precisará
ainda de um dicionário bilíngue. Em linha conheço a Infopédia da Editora Porto.
Mais tarde, quando já tiver um vocabulário extenso e um bom domínio da língua,
poderá estudar o português mais a fundo com gramáticas em português.

No entanto, caso tenha o português por língua materna e quer aperfeiçoá-lo,


escrevê-lo e falá-lo bem, será preciso que estude a gramática da língua e que leia
bons autores da nossa rica literatura. De igual modo convém ler jornais como a
Folha de São Paulo, o Estadão ou revistas (Veja, IstoÉ etc) para saber o uso que a
gente estudada no Brasil tem feito do português (ainda que esse uso seja baixo em
alguns casos).

Para o estudo da gramática recomendo a Gramática Metódica da Língua


Portuguesade Napoleão Mendes de Almeida e o seu Dicionário de Questões
Vernáculas porque, embora este não esteja conforme o novo Acordo Ortográfico,
suas lições permanecem sempre válidas. Também é possível aprender neste
sítio e neste. Ademais, há sempre a possibilidade de comprar uma gramática. A do
professor Napoleão, infelizmente, está fora do mercado, mas há outras que não são
despiciendas como a Suma Gramatical da Língua Portuguesa de Carlos Nougué e a
Nova Gramática do Português Contemporâneo de Celso Cunha e Lindley Cintra.

No que diz respeito aos autores literários recomendo textos em prosa de Machado
de Assis, Joaquim Manuel de Macedo, Castilho, Camilo Castelo Branco, Almeida
Garrett, Alexandre Herculano e tantos outros do século XIX e início do XX. Um
conselho: não se deixe intimidar se não entender um período, pois estes autores
têm uma prosa sofisticada, mas às vezes difícil de perceber na primeira leitura.
Portanto, prossiga na leitura desses ou doutros autores e assim, de pouco a pouco,
se vai compreendendo o texto. É claro que é indispensável um dicionário. Na
internet há bons como o Caldas Aulete, a Infopédia da Editora Porto e há o Houaiss
ou o Aurélio para baixar no computador. Demais, escreva e escreva para guardar os
novos vocábulos no papel e na memória e a fim de pôr em prática ativa as regras
gramaticais da língua padrão.

Por fim, divirjo veementemente de afirmações que reduzem a importância da


gramática para a aprendizagem da língua materna ou da língua estrangeira, porque
o que sei do inglês, do alemão e do francês se deve sobretudo à gramática de língua
estrangeira dessas línguas. Muito mais importante, se conheço o funcionamento, as
regras que regem a minha língua materna, o altissonante português, é devido às
aulas da língua padrão na escola, às várias gramáticas e aos livros literários que
tenho em minha biblioteca.
A dinâmica da gramática (comentário no youtube https://www.youtube.com/watch?v=sZG-
i3wxITg_)

A gramática não é a arte da escrita, tampouco também o é uma reflexão da língua. A


gramática não está pra escrita assim como a eloquência (uma arte) está pra fala. Um
concepção artística da escrita envolveria a capacidade da descrição de entes conforme o
raio de alcance do vocabulário linguístico limitasse (a palavra/expressão certa para o ente
certo). Expressar-se de uma forma clara e efetiva é uma forma de arte, tanto na escrita
quanto na fala. É também essa uma das funções mais importantes que as línguas
exercem. Falar ''bem'' não se reduz a seguir normas gramaticais obsoletas, mas sim
expressar e descrever os objetos ao redor com clareza e precisão. Por outro lado, a
função da gramática normativa se impõe na medida em que é essencial haver regras para
garantir que os diversos significados que esses entes não raro assumem possam ser
entendidos de uma forma coesa por um grupo de pessoas; nacionais, sociais e/ou
regionais. O ponto chave é que esses grupos de pessoas se sucedem rapidamente,
fomentando variações regionais e históricas, dependendo da região e do grau de influência
por parte de outros povos, como no caso do latim, que, caso não tivesse sido submetido a
variações e influências intensas, não teria dado origem ao francês, italiano, espanhol e até
mesmo ao português, a língua debatida em questão. Satisfeitas essas demandas, é
inevitável naturalmente que vai haver variações, e que a gramática deve abordar a
conjuntura de uma forma diferente, e não permanecer estagnada no tempo. Mais
importante do que seguir regras gramaticais obsoletas - o que muitos professores só
fazem no Brasil - é ter um vocabulário rico, que lhe possibilitaria expressar qualquer tipo de
coisa em qualquer momento de uma forma efetiva (eloquência). A língua portuguesa
infelizmente vai cessar de existir para dar origem a outras línguas. Isso é normal,
aconteceu com diversas línguas, vai acontecer com diversas línguas e não há nada que
possamos fazer. Não adianta chorar. Porém, é justamente em razão desse processo
cíclico é que temos o português hoje derivado do latim anos atrás. O problema de alguns
brasileiros, em relação à língua portuguesa em si, é que a imensa maioria não têm um
vocabulário rico, como nos países onde o inglês é falado, fora o hábito de não criar
neologismos, além de não seguirem as regras da gramática normativa. Então, o problema
é muito mais complexo. Mas ninguém tá defendendo ''anarquia linguística''. No Brasil,
ainda se diz ''bicicleta'', e não ''bicicreta''. Mas, também no cotidiano, as pessoas dizem
''pra mim'' e não ''para eu'' fazer - o que não há nada de errado e nenhum grupo de
intelectuais pode impor que a maioria inteira de um país fale ''para eu''. A idéia de uma
língua nacional é moderna, o conceito de nação é moderno. Em quase todos os países há
variações linguísticas consideráveis ainda hoje em plena modernidade, já que é algo
humano, regional e natural. As regras são importantes e por isso que o povo têm a suas,
até mesmo o discurso coloquial possui sua gramática normativa própria. Nenhum ser
humano se comunica sem regras, tanto no discurso formal quanto no informal, já que a
regra é um ponto de intersecção. É isso o que eu acho a que esses estudiosos se propõe:
tentam estudar o povo baseado nesse conjunto de regras próprias. É um estudo
antropológico e científico de autoconhecimento. O Nougué deixa a transparecer que
interpretou erroneamente os estudos dos caras. Esse debate não tem nada a ver com o
Bagno e já remonta bem antes ao Chomsky dar as caras. Eu não sou fã desse Bagno e
nutro certo respeito pelo Nougué, mas isso não me impede de reconhecer que nesse
vídeo ele mascateou asneira

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