Beruflich Dokumente
Kultur Dokumente
DE
BENEFÍCIOS
Presidente
Mauro Luciano Hauschild
Diretor de Benefícios
Benedito Adalberto Brunca
Equipe Técnica
Daniel Aloizio Ribas – SRD/Gerência Executiva Chapecó/SC
Natália Cristie Martins - SRD/Gerência Executiva Ouro Preto/MG
Silvana Maria de Oliveira – SRD/Gerência Executiva Belo Horizonte/MG
Tatiana Poliakoff Cartsounis - SRD/Gerência Executiva Contagem/MG
Colaboradores
Daniel Áureo Ramos – CRPS
Erike Thiele Pessoa Adelino – APS Santo Antônio/Gerência Executiva Natal/RN
Ivan Costa Ferreira - DRECB
Lúcio Flávio Dias Portela – SRD/Gerência Executiva São Luís/MA
Marcelo Luiz Mesashi - SRD/Gerência Executiva São Paulo-Sul/SP
Ricardo Adriano Brito de Medeiros – APS Natal Centro/Gerência Executiva Natal/RN
Roberto Vieira Linck - SAIS/Gerência Executiva São Paulo-Centro/SP
Rosilene Rossatto Facco Bispo – CRPS
Wânia Reis da Silva – SRD/Gerência Executiva de Goiás/GO
Agradecimentos
Aos servidores que vieram de outras Unidades, às suas Superintendências Regionais e Gerências
Executivas que compreensivamente os liberaram e sem os quais não teríamos como desenvolver e
concluir os trabalhos.
2
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO.............................................................................................................................9
SIGLAS E ABREVIATURAS.........................................................................................................10
CAPÍTULO I – RECURSO.............................................................................................................12
1 DEFINIÇÕES................................................................................................................................12
3
2.10 PESQUISA SOBRE A EXISTÊNCIA DE OUTROS BENEFÍCIOS EM NOME DO
RECORRENTE E EXISTÊNCIA DE OUTROS INTERESSADO..............................................24
2.10.1 Existência de outro benefício concedido ao recorrente.............................................24
2.10.2 Existência de outro benefício indeferido ao recorrente............................................24
2.10.3 Existência de outro interessado na mesma pretensão...............................................25
2.11 REEXAME DA DECISÃO RECORRIDA...........................................................................25
2.11.1 Reconhecimento do direito na instrução do recurso.................................................25
2.11.2 Reconhecimento parcial do direito na fase de instrução do recurso.......................26
2.11.3 Confirmação da decisão recorrida na fase de instrução do recurso........................26
2.11.4 Despacho recursal (DESP 03)......................................................................................27
2.11.5 Novos motivos de indeferimento.................................................................................27
2.12 CONSULTA AO SRD, EMISSÃO DE PESQUISA EXTERNA E SOLICITAÇÃO DE
EXIGÊNCIAS COMPLEMENTARES.........................................................................................27
4
4.2 PETIÇÃO DO RECURSO......................................................................................................36
4.3 PRAZO PARA INTERPOSIÇÃO DO RECURSO DO INTERESSADO ÀS CÂMARAS DE
JULGAMENTO.............................................................................................................................36
4.4 TEMPESTIVIDADE DO RECURSO ÀS CÂMARAS DE JULGAMENTO........................36
4.5 EFEITO SUSPENSIVO E DEVOLUTIVO DO RECURSO ÀS CÂMARAS DE
JULGAMENTO.............................................................................................................................37
4.6 NOVOS DOCUMENTOS.......................................................................................................37
4.7 IMPOSSIBILIDADE DE RECUSA AO RECEBIMENTO DO RECURSO..........................37
4.8 CONTRARRAZÕES DO INSS AO RECURSO DO INTERESSADO ÀS CÂMARAS DE
JULGAMENTO.............................................................................................................................38
4.8.1 Prazo para oferecimento das contrarrazões do INSS.................................................38
4.9 PROCESSAMENTO DO RECURSO DO INTERESSADO ÀS CÂMARAS DE
JULGAMENTO.............................................................................................................................38
4.10 REEXAME DA DECISÃO RECORRIDA DURANTE A INSTRUÇÃO DO RECURSO..39
4.11 CONSULTA ÀS ÁREAS ESPECIALIZADAS, EMISSÃO DE PESQUISA EXTERNA E
SOLICITAÇÃO DE EXIGÊNCIAS COMPLEMENTARES.......................................................40
1 DISPOSIÇÕES GERAIS..............................................................................................................46
2 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO..............................................................................................46
5
2.1 NOTIFICAÇÃO DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO...................................................47
2.2 OPOSIÇÃO DE EMBARGOS DE DECLARAÇÃO PELO INTERESSADO......................47
2.3 OPOSIÇÃO DE EMBARGOS DE DECLARAÇÃO PELO INSS.........................................48
3 ERRO MATERIAL.......................................................................................................................48
3.1 PEDIDO DE SANEAMENTO DE ERRO MATERIAL PELO INTERESSADO..................49
3.2 PEDIDO DE SANEAMENTO DE ERRO MATERIAL PELO INSS....................................49
4 REVISÃO DE OFÍCIO.................................................................................................................50
6
1.3 PROCEDIMENTOS................................................................................................................58
2 AÇÃO JUDICIAL.........................................................................................................................59
2.1 PROCEDIMENTOS................................................................................................................60
2.1.1 Conhecimento da ação judicial sem decisão proferida pelo CRPS...........................60
2.1.2 Conhecimento da ação judicial após decisão proferida pelo CRPS..........................60
2.1.3 Recurso provido com existência de outro benefício judicial concedido ao recorrente
...................................................................................................................................................61
3 ÓBITO DO SEGURADO.............................................................................................................62
3.1 DIREITO DE OPÇÃO PELOS DEPENDENTES OU SUCESSORES.................................62
6 RECLAMAÇÃO............................................................................................................................66
11 ACORDOS INTERNACIONAIS...............................................................................................72
7
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................................74
GLOSSÁRIO....................................................................................................................................76
ANEXOS...........................................................................................................................................79
8
APRESENTAÇÃO
1 RBRITO FILHO, Augusto; SILVA, Armando. O CRPS e o processo administrativo previdenciário. São Paulo: Ed.
Dos Autores, 2011.
9
SIGLAS E ABREVIATURAS
AR Aviso de Recebimento
AGU Advocacia Geral da União
APS Agência da Previdência Social
CaJ Câmara de Julgamento
CNIS Cadastro Nacional de Informações Sociais
CRPS Conselho de Recursos da Previdência Social
CTC Certidão de Tempo de Contribuição
DCB Data de Cessação do Benefício
DER Data de Entrada do Requerimento
DIB Data de Início do Benefício
DIC Data do Início da Contribuição
DID Data de Início da Doença
DII Data de Início da Incapacidade
DIP Data do Início do Pagamento
DRD Data de Regularização dos Documentos
Gex Gerência Executiva
INSS Instituto Nacional do Seguro Social
JA Justificação Administrativa
JR Junta de Recursos
LOAS Lei Orgânica da Assistência Social
MOB Monitoramento Operacional de Benefícios
MPS Ministério da Previdência Social
NTEP Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário
10
OAB Ordem dos Advogados do Brasil
PAB Pagamento Alternativo de Benefícios
PE Pesquisa Externa
PFE Procuradoria Federal Especializada
RICRPS Regimento Interno do Conselho de Recursos da Previdência Social
RPS Regulamento da Previdência Social
SAIS Serviço/Seção de Administração de Informações de Segurados
SMAN Serviço/Seção de Manutenção
SRD Serviço/Seção de Reconhecimento de Direitos
SST Serviço/Seção de Saúde do Trabalhador
11
CAPÍTULO I – RECURSO
1 DEFINIÇÕES
EXEMPLO 1:
SITUAÇÃO
Pensão por Morte Previdenciária requerida e indeferida para a companheira e Pensão por Morte
Previdenciária requerida e concedida para a cônjuge, ambas decorrentes do mesmo instituidor. A companheira recorre à
Junta de Recursos contra a decisão de indeferimento.
CONCLUSÃO
12
2.1 CIÊNCIA E NOTIFICAÇÃO DO INTERESSADO
13
EXEMPLO 2:
DATA EM QUE SE CONSIDERA REALIZADA A
DATA DA PUBLICAÇÃO DO EDITAL
NOTIFICAÇÃO
13/05/2011 28/05/2011
(sexta-feira) (sábado – dias após a publicação do Edital)
CONCLUSÃO
O prazo para interposição do recurso se iniciaria no dia 29/05/2011. Como este dia recai em um
domingo, o início do prazo se dá no primeiro dia útil subsequente, qual seja, 30/05/2011.
A intimação será nula quando realizada sem observância das prescrições legais, mas
o comparecimento do interessado supre sua falta ou irregularidade.
14
EXEMPLO 3:
SITUAÇÃO
A APS “X” indefere o benefício do segurado. O segurado protocola seu recurso junto à APS “Y” em 15/5/11.
CONCLUSÃO
A APS “Y” deve recepcionar o recurso e encaminhá-lo à APS “X”, em caráter de prioridade, que receberá o recurso
preservando a data da interposição do mesmo em 15/5/11.
A petição do recurso não possui modelo padrão de uso obrigatório pelo interessado.
No entanto, o recorrente poderá utilizar o modelo de formulário para a interposição de recurso à
Junta de Recursos disponibilizado no Anexo I deste Manual ou no sítio da Previdência Social, por
meio do endereço eletrônico http://www.mps.gov.br.
A petição deve conter, necessariamente:
a) identificação do recorrente e seu procurador ou representante legal, caso existentes, do
recorrido e do segurado instituidor, quando houver;
b) endereço para correspondência;
c) identificação do benefício, Certidão por Tempo de Contribuição – CTC, ou protocolo;
d) razões recursais;
e) data e local; e
f) assinatura do recorrente ou de seu procurador ou representante legal.
15
a) o nome da rua, avenida, logradouro, etc;
b) número e/ou complemento, se houver;
c) bairro;
d) cidade e Estado da federação; e
e) CEP.
EXEMPLO 4:
SITUAÇÃO
CONCLUSÃO
Poderá informar endereço diverso, tais como: endereço de parentes, amigos. O endereço é
exclusivamente para comunicações presumindo-se válido o encaminhamento efetuado ao endereço informado,
competindo ao recorrente mantê-lo atualizado.
A petição deve ser assinada pelo recorrente ou por seu representante legal
16
devidamente constituído.
Tratando-se de recurso interposto pela Defensoria Pública, não será exigida a
apresentação de mandato de representação, sendo suficiente a identificação funcional do Defensor.
Quando se tratar de analfabeto ou impossibilitado de assinar, a assinatura poderá ser
substituída pela assinatura “a rogo”, na presença de duas testemunhas devidamente identificadas ou
pela impressão digital do recorrente ou de quem o represente, se for o caso, colhida por servidor que
se identificará no processo.
Se o recurso tiver sido agendado pela internet ou pela central 135, será considerada
como data de interposição do recurso a data em que ocorreu a solicitação do agendamento.
17
2.4.3 Prorrogação do prazo
Os prazos previstos neste Manual, via de regra, são improrrogáveis, salvo em caso de
exceção expressa.
Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia útil seguinte se o vencimento
ocorrer em dia em que não houver expediente ou em que este for encerrado antes do horário normal.
EXEMPLO 5:
DATA DA CIÊNCIA DATA DO PROTOCOLO DO RECURSO
CONCLUSÃO
O recurso é tempestivo.
A ciência ocorreu numa sexta-feira e o prazo, portanto, começou a ser contado no 1º dia útil seguinte
(10/5/2010). O término do prazo ocorrerá em 8/6/2010
18
EXEMPLO 6:
DATA DA CIÊNCIA DATA DO PROTOCOLO DO RECURSO
CONCLUSÃO
O recurso é tempestivo.
EXEMPLO 7:
DATA DE DECLARAÇÃO
DATA DO TÉRMINO DA DATA DO PROTOCOLO
DATA DA CIÊNCIA DE CALAMIDADE
CALAMIDADE PÚBLICA DO RECURSO
PÚBLICA
CONCLUSÃO
O recurso é tempestivo.
19
A intempestividade do recurso interposto, bem como o fato de o recurso não ter sido
conhecido pelo órgão julgador por este motivo, não impedem a revisão do ato recorrido pelo INSS
quando verificada a incorreção da decisão administrativa, observado o prazo decadencial.
EXEMPLO 8:
DATA DA CIÊNCIA DATA DO PROTOCOLO DO RECURSO
CONCLUSÃO
O recurso é intempestivo.
DATA DE DECLARAÇÃO
DATA DO TÉRMINO DA DATA DO PROTOCOLO
DATA DA CIÊNCIA DE CALAMIDADE
CALAMIDADE PÚBLICA DO RECURSO
PÚBLICA
CONCLUSÃO
O recurso é intempestivo.
A data do término do prazo normal: 7/6/2010 (já que o trigésimo dia após a ciência não é dia útil).
Término do prazo observado o período do estado de calamidade: 27/6/2010 (terça-feira).
A data da excepcionalidade ocorreu em 11/5/2010 quando já decorridos quatro dias do prazo recursal,
e o término da calamidade pública ocorreu em 1º/6/2010 restituindo-se a partir do dia seguinte os 26 (vinte e seis) dias
restantes para interposição do recurso, terminando o prazo, portanto, em 27/6/2010. Entretanto, o recurso somente foi
protocolizado em 30/6/2010.
20
mediante respectivo termo de devolução, sendo substituídos por cópias cuja autenticidade seja
declarada pelo servidor processante.
Caso a apresentação de documentos ocorra após o encaminhamento do feito à JR, a
APS deve encaminhá-las à instância recursal, ficando dispensado de realizar a análise mencionada
no segundo parágrafo deste item.
21
(trinta) dias.
A contagem do prazo terá início a partir da protocolização do recurso do interessado
no INSS, entrega ou chegada dos documentos na APS ou da data do atendimento do segurado,
quando agendado.
Expirado o prazo de 30 (trinta) dias para contrarrazões do INSS, o processo será
imediatamente encaminhado para julgamento pelas Juntas de Recursos, hipótese em que serão
considerados como contrarrazões do INSS os motivos do indeferimento inicial.
22
2.9.2 Instrução do recurso à Junta de Recursos
Todas as ações listadas acima deverão ser realizadas dentro do prazo regimental para
a apresentação das contrarrazões do INSS, haja vista que, de acordo com o Parecer
nº80/DIVCONS/CGMBEN/PFE-INSS, de 23 de setembro de 2011, “instaurado o contencioso
administrativo, a necessidade de arregimentação de novos dados não pode comprometer o prazo de
recurso/contrarrazões. Eventual falha de instrução poderá ser corrigida por ação do próprio CRPS,
pelo mecanismo de baixa em diligência”.
23
2.10 PESQUISA SOBRE A EXISTÊNCIA DE OUTROS BENEFÍCIOS EM NOME DO
RECORRENTE E EXISTÊNCIA DE OUTROS INTERESSADO
24
2.10.3 Existência de outro interessado na mesma pretensão
EXEMPLO 9:
SITUAÇÃO
Recurso apresentado por companheira contra o indeferimento da pensão por morte pleiteada. Na fase
de instrução do recurso, a APS efetua consulta no sistema PLENUS e identifica a existência de outro processo de
pensão por morte pleiteada pela cônjuge do mesmo instituidor.
CONCLUSÃO
A APS deve efetuar a apensação do processo da cônjuge ao processo recursal da companheira, desde
que o envio do recurso à JR não prejudique a conclusão da análise do processo requerido pela cônjuge.
Caso a apensação prejudique a análise e conclusão do processo requerido pela cônjuge, deverá ser
juntada cópia deste ao recurso interposto pela companheira.
25
direito do interessado, para fins de extinção do processo com resolução do mérito por
reconhecimento do pedido;
c) após o julgamento da Junta de Recurso, o INSS deve retornar o processo ao órgão
julgador que proferiu a última decisão, devidamente instruído com as razões do novo entendimento,
para fins de reexame da questão. Nesse caso, em respeito ao disposto no art. 305, §4º, I do RPS, o
benefício não deve ser concedido antes do reexame do órgão julgador.
Na hipótese da letra “a”, em que ocorre a reforma total da decisão recorrida, cabe ao
servidor propor alteração da decisão recorrida à Chefia imediata. O recurso fica prejudicado por
perda do objeto, devendo a APS adotar as medidas necessárias ao atendimento da pretensão do
recorrente, deixando de encaminhar o processo à JR.
Na hipótese prevista na letra “b”, se da análise do processo o órgão julgador
constatar que não ocorreu o reconhecimento expresso e integral do direito do interessado pelo
INSS, o processo terá seguimento normal com o julgamento do recurso de acordo com o
convencimento do colegiado.
EXEMPLO 10:
SITUAÇÃO
CONCLUSÃO
A APS deve rever o benefício mediante inclusão dos 02 anos de atividade rural reconhecidos e dar
encaminhamento do recurso à JR em relação aos 04 anos controversos e remanescentes do pedido inicial do recurso.
26
setor processante da APS deve encaminhar o processo à Junta de Recursos para apreciação do
recurso interposto.
Sempre que o INSS reconhecer o direito pleiteado pelo interessado antes de qualquer
julgamento pelo CRPS, a implantação do benefício deve ser efetuada com o despacho normal de
concessão (DESP 00) ou de revisão administrativa (DESP 05). O uso do despacho recursal (DESP
03) se restringe a casos em que a decisão do CRPS for favorável ao pleito do interessado.
Em caso de dúvida sobre os atos e normas inerentes ao recurso, a APS deve formular
consulta ao Serviço/Seção de Reconhecimento de Direitos - SRD. Em se tratando de matéria
especializada, consultar a área específica, tais como Serviço/Seção de Manutenção - SMAN,
Serviço/Seção de Administração de Informações de Segurados - SAIS, Serviço/Seção de Saúde do
Trabalhador - SST, etc, lembrando que consulta à Procuradoria Federal Especializada - PFE deve
necessariamente ter trânsito e anuência do(a) SRD.
Identificada a necessidade de formulação de exigência ao interessado ou de
realização de Pesquisa Externa - PE a APS deve realizá-las.
A conclusão de qualquer das ações acima descritas deve se dar antes do término do
prazo de 30 (trinta) dias previsto para contrarrazões do INSS, haja vista que, de acordo com o
Parecer n.º 80/DIVCONS/CGMBEN/PFE-INSS, de 23 de setembro de 2011, “instaurado o
27
contencioso administrativo, a necessidade de arregimentação de novos dados não pode
comprometer o prazo de recurso/contrarrazões. Eventual falha de instrução poderá ser corrigida por
ação do próprio CRPS, pelo mecanismo de baixa em diligências”.
3.1 DILIGÊNCIAS
Será de 30 (trinta) dias, prorrogáveis por mais 30 (trinta), o prazo para que o INSS
restitua o processo ao órgão julgador com a diligência integralmente cumprida.
O pedido de prorrogação de prazo de que trata o item anterior, acompanhado de
justificativa, será encaminhado via correio eletrônico institucional ou por fax ao Presidente do órgão
julgador que, na hipótese de deferimento, estabelecerá o novo prazo final, sem prejuízo das
28
providências cabíveis se houver descumprimento injustificado.
Cabe à APS:
a) observar o prazo estabelecido para o cumprimento da diligência;
b) colher declaração por escrito e devidamente assinada pelo interessado, quando alegadas
situações que possam prejudicar o cumprimento da diligência e que interfiram no reconhecimento
do direito do recorrente, tais como: não possui documento que prove determinado tempo de
contribuição; não comprove a condição de dependente; não tem testemunhas a indicar; entre outros;
c) examinar todos os itens da diligência, a fim de verificar se foram totalmente atendidos,
evitando devoluções;
d) se for reconhecido integralmente o direito do segurado, elaborar despacho fundamentado
quanto às razões que justifiquem o reconhecimento do direito, proceder à reforma da decisão e
encaminhar o processo ao respectivo órgão julgador para extinção do processo com resolução do
mérito por reconhecimento do pedido;
e) se for reconhecido parcialmente o direito do segurado, elaborar despacho fundamentado
quanto às razões que justifiquem o reconhecimento parcial do direito e encaminhar o processo ao
respectivo órgão julgador para que prossiga com o julgamento do recurso em relação a matéria
remanescente;
f) retornar o processo diretamente ao órgão julgador.
29
d) não será considerada cumprida a diligência que versar sobre processamento de JA e não
houver manifestação quanto à homologação de forma e mérito, conforme incisos anteriores.
Nota: A autoridade competente para homologar ou não quanto ao mérito não será o CRPS,
cabendo essa responsabilidade apenas ao Gerente da APS ou Chefes de Benefícios. Dessa decisão
não cabe recurso (art. 147 do RPS, aprovado pelo Decreto nº 3.048, de 6 de maio de 1999).
e) cumprida a diligência administrativa pelo setor processante na íntegra, o processo deve
ser encaminhado diretamente ao órgão julgador.
30
a) se constatada a necessidade de oposição de Embargos de Declaração ou a ocorrência de
Erro Material, encaminhar ao SRD para adoção dos procedimentos previstos nos itens 2 e 3 do
Capítulo II deste Manual;
b) comunicar a decisão ao interessado, de forma clara e precisa, evitando expressões vagas e
citações de atos internos, informando sempre o prazo para apresentação de recurso à instância
superior; e
c) transcorrido o prazo sem a manifestação do interessado, arquivar o processo;
d) opostos Embargos de Declaração ou alegação de Erro Material pelo interessado à JR,
encaminhar ao SRD para adoção dos procedimentos previstos nos itens 2 e 3 do Capítulo II deste
Manual;
e) apresentado recurso à Câmara de Julgamento - CaJ pelo interessado, proceder conforme
item 4 desse Capítulo.
31
3.4 CONHECIMENTO E PROVIMENTO PARCIAL
Não havendo manifestação por parte do interessado, a APS deve cumprir o Acórdão
na íntegra.
Opostos Embargos de Declaração ou havendo alegação de Erro Material pelo
interessado, proceder conforme disposto nos itens 2 e 3 do Capítulo II deste Manual;
32
3.5.1 Cumprimento da decisão de conhecimento e provimento
3.6 ANULAÇÃO
As decisões de anulação são aquelas proferidas pelos órgãos julgadores do CRPS nos
casos em que o colegiado anula um decisório proferido anteriormente.
As Câmaras de Julgamento podem decidir pela necessidade de anulação do
julgamento anterior. Neste caso, devolverão os autos à unidade de origem para reexame da matéria
e nova decisão sobre o mérito da causa. Poderão também, atendendo ao princípio de economia
processual, pronunciar-se em caráter definitivo sobre o mérito da controvérsia no âmbito
administrativo, se não houver prejuízo para a instrução da matéria ou para a defesa das partes.
33
3.8 ALÇADA DAS JUNTAS DE RECURSOS
Matérias de alçada são aquelas julgadas em única instância pelas JR/CRPS, não
comportando recurso às CaJ/CRPS.
São matérias de alçada das Juntas de Recursos as seguintes decisões colegiadas:
a) fundamentadas exclusivamente em matéria médica, quando os laudos ou pareceres
emitidos pela Assessoria Técnico-Médica da JR e pelos Médicos Peritos do INSS apresentarem
resultados convergentes; e
b) proferidas sobre reajustamento de benefício em manutenção, em consonância com os
índices estabelecidos em lei, exceto quando a diferença na Renda Mensal Atual - RMA decorrer de
alteração da Renda Mensal Inicial - RMI.
A análise técnica de períodos exercidos sob condições especiais não será considerada
como matéria de alçada, visto que neste caso abrange tanto análise administrativa quanto médica,
ou seja, as análises são feitas em conjunto, o que afasta a hipótese de ser considerada matéria
exclusivamente médica.
Cabe à APS:
a) receber o processo e cumprir a decisão do acórdão;
b) comunicar o interessado da decisão da JR; ou
c) em caso de dúvida o impossibilidade do cumprimento da decisão recursal, devolver à
SRD com despacho fundamentado
34
prerrogativa do CRPS. Neste caso, nas contrarrazões apresentadas pelo SRD deverá ser feita a
ressalva expressa de que o recurso à CaJ/CRPS não é devido, uma vez que a decisão proferida era
de alçada das JR/CRPS.
Caso o recurso tenha sido oriundo de apuração e comprovação de irregularidade com
decisão final desfavorável ao interessado, após comunicação ao mesmo, proceder de acordo com as
normas relativas à cobrança do débito, se for o caso.
Das decisões proferidas pelas Juntas de Recursos que não constituam matéria de
alçada, o interessado, quando não conformado, poderá interpor recurso especial às Câmaras de
Julgamento do CRPS.
Se o interessado apresentar recurso à CaJ contra decisão de alçada da Junta de
Recursos, a APS deve adotar os procedimentos descritos nesse item, uma vez que admitir ou não o
recurso é prerrogativa do CRPS. Neste caso, nas contrarrazões apresentadas pelo SRD deverá ser
feita a ressalva de que o recurso a CaJ/CRPS não é devido, uma vez que a decisão proferida era de
alçada das JR/CRPS.
EXEMPLO 11:
SITUAÇÃO
Recurso provido parcialmente pela JR/CRPS. O(a) SRD recorre contra a parte favorável.
CONCLUSÃO
O segurado poderá recorrer com relação à parte desfavorável podendo protocolar o recurso tanto na
APS que indeferiu o pedido inicial quanto no(a) SRD.
35
4.2 PETIÇÃO DO RECURSO
A petição do recurso não possui modelo padrão de uso obrigatório pelo interessado.
No entanto, o recorrente poderá utilizar o modelo de formulário para a interposição de recurso às
Câmaras de Julgamento do CRPS disponibilizado no sítio da Previdência Social, por meio do
endereço eletrônico http://www.mps.gov.br, conforme Anexo II deste Manual.
A petição deve conter, necessariamente:
a) a identificação do recorrente, conforme disposto no subitem 2.3.1 deste Capítulo;
b) o endereço para correspondência, conforme disposto no subitem 2.3.2 deste Capítulo;
c) a identificação do benefício, CTC ou número do protocolo que originou o recurso;
d) as razões recursais, conforme disposto no subitem 2.3.4 deste Capítulo; e
e) a assinatura do recorrente ou de seu representante legal, conforme disposto no subitem
2.3.5 deste Capítulo.
36
4.5 EFEITO SUSPENSIVO E DEVOLUTIVO DO RECURSO ÀS CÂMARAS DE
JULGAMENTO
EXEMPLO 12:
SITUAÇÃO
Benefício de aposentadoria por tempo de contribuição indeferido por falta de tempo de contribuição
devido ao não reconhecimento do período rural de 1980 a 1989. Segurado recorre à JR contra o indeferimento
pleiteando a inclusão do período rural de 1980 a 1989. A JR reconhece o direito ao cômputo apenas do período de 1980
a 1983, mantendo o indeferimento do benefício. O SRD recorre tempestivamente à CaJ pleiteando a reforma da
decisão da JR. O segurado recorre tempestivamente à CaJ pleiteando apenas o período rural de 1987 a 1989.
CONCLUSÃO
O efeito devolutivo do recurso especial possibilita à CaJ analisar todo o objeto do recurso, ou seja, o
indeferimento do benefício e todo o período rural de 1980 a 1989.
O efeito suspensivo do recurso especial exime o INSS do cumprimento do acórdão proferido pela JR
até o julgamento do recurso pela CaJ.
37
recurso, observando as disposições contidas no subitem 2.7 deste Capítulo.
38
e) cadastrar o recurso no sistema de recursos;
f) fornecer ao recorrente o comprovante do recebimento; e
g) efetuar a juntada da petição do recurso com os respectivos anexos, se houver, ao processo
que originou o recurso, caso se encontrem na unidade;
h) encaminhar o processo ao SRD em caráter prioritário, haja vista o prazo para o
oferecimento de contrarrazões.
Cabe ao SRD:
a) receber o processo contendo o recurso à CaJ, ou efetuar a juntada do recurso ao processo
caso o mesmo já se encontre na unidade;
b) pesquisar a existência de ação judicial com mesmo objeto do recurso administrativo nos
sítios dos respectivos Tribunais Regionais Federais e Tribunais de Justiça. Em caso positivo,
proceder conforme item 2 do Capítulo V deste Manual;
c) efetuar pesquisa nos sistemas corporativos (tais como CNIS, PLENUS, entre outros), com
a finalidade de verificar a existência de benefício em nome do interessado, registrando nos autos o
que for apurado;
d) reexaminar a decisão recorrida, conforme disposto no subitem 4.10 deste Capítulo;
e) elaborar despacho fundamentado dirigido à JR/CRPS caso o SRD reconheça o direito do
interessado, ou oferecer contrarrazões. Nas duas situações é indispensável a assinatura da chefia do
setor.
39
colegiado.
40
diretamente relacionado à matéria objeto de julgamento do colegiado;
b) a fundamentação baseada em prova obtida por meios ilícitos ou cuja falsidade tenha sido
apurada em processo judicial;
c) o julgamento de matéria diversa da contida nos autos;
d) a fundamentação de voto decisivo ou de acórdão incompatível com sua conclusão.
41
5.3 EFEITO SUSPENSIVO E DEVOLUTIVO DO RECURSO ÀS CÂMARAS DE
JULGAMENTO
Uma vez interposto o recurso pelo INSS às Câmaras de Julgamento, cabe ao SRD providenciar a
notificação do interessado para, se desejar, apresentar contrarrazões no prazo de 30 (trinta) dias.
42
a) cadastrá-las no sistema de recursos;
b) juntá-las ao processo;
c) analisá-las e, caso concorde com as razões do interessado, elaborar despacho
circunstanciado e fundamentado quanto ao reconhecimento do direito, justificando a desistência do
recurso especial, e encaminhar o processo à APS para cumprimento da decisão da JR; ou
d) em se tratando de acolhimento parcial das contrarrazões do interessado, elaborar
despacho circunstanciado e fundamentado quanto ao reconhecimento parcial do direito,
encaminhando o processo à CaJ para julgamento da parte controversa; ou
e) caso discorde totalmente das contrarrazões do interessado, remeter o processo à CaJ para
julgamento do recurso interposto.
Por se tratar de decisão de última instância, cabe à APS comunicar ao interessado que
tal decisão é definitiva, ou seja, não comporta novo recurso.
Não terá sequência eventual pedido de revisão de decisão indeferitória definitiva de
benefício confirmada pela última instância do Conselho de Recursos da Previdência Social.
Contudo, no caso de apresentação de outros documentos, será considerado novo pedido de
benefício.
Se o interessado apresentar novo recurso à CaJ, a petição deve ser recebida e juntada
ao processo, apontando-se o descabimento, visto que se trata de decisão de última e definitiva
instância. Posteriormente, a APS deve encaminhar o processo ao SRD que providenciará seu
encaminhamento à CaJ.
43
6.1 DILIGÊNCIAS
Cabe à APS:
a) cumprir a decisão da CaJ, observando as orientações da SRD;
b) comunicar ao interessado sobre a decisão; e
c) arquivar os autos do processo.
44
6.3 ACÓRDÃO PROVIDO AO INSS
Cabe à APS:
a) receber o processo e cumprir a decisão do acórdão;
b) comunicar a decisão ao interessado por carta, acompanhada de cópia do acórdão da CaJ,
esclarecendo que foi esgotada a via administrativa, não cabendo mais recurso;
c) caso o recurso tenha sido oriundo de apuração e comprovação de irregularidade, com
decisão final desfavorável ao interessado, após a ciência do mesmo, proceder de acordo com as
normas relativas à cobrança do débito, se for o caso.
45
CAPÍTULO II – DEMAIS PROCEDIMENTOS APLICÁVEIS AOS ÓRGÃOS
JULGADORES DO CRPS
1 DISPOSIÇÕES GERAIS
2 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
46
2.1 NOTIFICAÇÃO DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
EXEMPLO 13:
SITUAÇÃO
CONCLUSÃO
Neste caso, o SRD deve opor Embargos de Declaração e oportunizar ao embargado a apresentação de
contrarrazões pois a decisão recursal poderá ter seu conteúdo modificado, alterando-lhe o sentido.
Cabe ao SRD:
a) recepcionar os embargos entregues na própria SRD ou remetidos pela APS;
b) juntá-los ao processo, caso este se encontre no SRD;
c) se a intenção do embargante implicar na alteração do sentido do decisório, o INSS na
condição de embargado deve oferecer contrarrazões aos embargos;
d) encaminhar o processo ao órgão julgador.
47
2.3 OPOSIÇÃO DE EMBARGOS DE DECLARAÇÃO PELO INSS
O SRD deve:
a) analisar a proposta e, se de acordo, opor os Embargos de Declaração;
b) se a aceitação dos Embargos de Declaração pelo órgão julgador implicar na alteração do
sentido do acórdão, notificar o embargado para, se desejar, oferecer contrarrazões no prazo de 30
(trinta) dias;
c) anexar as contrarrazões ao processo, caso apresentadas; e
d) encaminhar ao órgão julgador; ou
e) caso o SRD não concorde com a proposta, elaborar despacho fundamentado e devolver à
APS para cumprimento da decisão.
3 ERRO MATERIAL
48
3.1 PEDIDO DE SANEAMENTO DE ERRO MATERIAL PELO INTERESSADO
Cabe ao SRD:
a) recepcionar o requerimento entregue na própria SRD ou remetido pela APS;
b) juntá-lo ao processo, caso este se encontre no SRD;
c) elaborar despacho sucinto; e
d) encaminhar o processo ao órgão julgador.
Caso a APS entenda que ocorreu erro material no acórdão, a mesma deve:
a) elaborar despacho sucinto expondo seu entendimento; e
b) encaminhar o processo ao SRD.
O SRD deve:
a) recepcionar o processo e, se confirmada a necessidade de saneamento do acórdão,
elaborar despacho sucinto; e
b) encaminhar ao órgão julgador; ou
c) caso contrário, o SRD deve elaborar despacho e devolver à APS orientando-a quanto ao
teor do acórdão.
49
4 REVISÃO DE OFÍCIO
O regimento interno do CRPS prevê que os órgãos julgadores devem rever de ofício
suas próprias decisões, enquanto não ocorrer a decadência de que trata o art. 103-A da Lei nº 8.213,
de 24 de julho de 1991, quando:
a) violarem literal disposição de lei ou decreto;
b) divergirem dos pareceres da Consultoria Jurídica do MPS, aprovados pelo Ministro de
Estado da Previdência Social, bem como do Advogado-Geral da União, na forma da Lei
Complementar nº 73, de 10 de fevereiro de 1993;
c) divergirem de enunciado editado pelo Conselho Pleno; e
d) for constatado vício insanável, conforme definição contida no subitem 2.2 do Capítulo I
deste Manual.
Constatada alguma das ocorrências acima, o SRD poderá submeter o processo a nova
análise pelo órgão prolator da decisão, com vistas à avaliação de possível revisão de ofício.
Caso o interessado apresente pedido de Revisão de Ofício, a APS deve instruir e
encaminhar ao SRD. Nesse caso o SRD, em despacho fundamentado, demonstrará o cabimento ou
não do pedido e remeterá o processo ao órgão julgador que emitiu a decisão.
Não há previsão regimental de recurso contra decisão que indeferiu a provocação da
revisão de ofício, não cabendo ao INSS retornar os autos do processo ao órgão julgador quando este
não admitir o seu pedido. Caso se trate de pedido do interessado, o mesmo deve ser esclarecido
quanto a essa impossibilidade, contudo os autos deverão ser encaminhados ao CRPS, pois admitir
ou não do pedido é prerrogativa dos órgãos julgadores.
50
CAPÍTULO III – PROCEDIMENTOS APLICÁVEIS AO CONSELHO PLENO
DO CRPS
1.2 PROCEDIMENTOS
51
1.3 DECISÃO DO CONSELHO
52
2.2 PRAZO PARA APRESENTAÇÃO DO PEDIDO
Cabe ao SRD:
a) recepcionar o requerimento entregue na própria SRD ou remetido pela APS;
b) juntá-lo ao processo, caso este se encontre no SRD;
c) elaborar contrarrazões; e
d) encaminhar o processo ao órgão julgador.
53
2.5 PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA NO CASO CONCRETO PELO
INSS
O SRD deve:
a) formular pedido de uniformização de jurisprudência no caso concreto por meio de
despacho fundamentado;
b) indicar acórdão divergente, proferido nos últimos cinco anos, por outro órgão julgador,
composição de julgamento, ou, ainda, por resolução do Conselho Pleno;
c) notificar o interessado para, se desejar, oferecer contrarrazões no prazo de 30 (trinta) dias;
d) anexar as contrarrazões ao processo, caso apresentadas; e
e) encaminhar o processo ao órgão julgador.
Quando a parte interessada for o INSS, será do SRD a competência para apresentar o
pedido de Reclamação ao Conselho Pleno.
54
3.2 ADMISSIBILIDADE
Cabe ao SRD:
a) recepcionar a reclamação entregue na própria SRD ou remetida pela APS;
b) juntá-la ao processo, caso este se encontre no SRD;
c) elaborar despacho de encaminhamento; e
d)remeter o processo à Presidência do CRPS.
O SRD deve:
a) formular a Reclamação ao Conselho Pleno por meio de despacho fundamentado
indicando o Parecer ou Enunciado infringido pelo acórdão;
b) anexar a Reclamação ao processo; e
55
c) encaminhar o processo à Presidência do CRPS.
56
CAPÍTULO IV - ARTIGO 309 DO RPS
O exame de matéria controvertida de que trata o art. 309 do RPS, só deve ser
evocado em tese de alta relevância, in abstracto, não sendo admitido para alterar decisões recursais
em caso concreto já julgado em única ou última e definitiva instância, nos termos das Notas
Técnicas PFE-INSS/CGMBEN/DIVCONS nº 99/2008 e PFE-INSS/CGMBEN/DIVCONT nº
55/2009.
57
CAPÍTULO V – DISPOSIÇÕES COMUNS AOS RECURSOS
Em qualquer fase do processo, desde que antes do julgamento do recurso pelo órgão
competente, o interessado poderá voluntariamente desistir do recurso interposto.
1.3 PROCEDIMENTOS
58
b) caso o processo tenha sido encaminhado à JR e não tenha havido julgamento, remeter o
pedido à JR, para a homologação do pedido de desistência;
c) se a JR converteu o julgamento em diligência, a APS deve anexar o pedido ao processo e
devolver à JR, para a homologação do pedido de desistência;
d) caso o recurso ordinário já tenha sido julgado com decisão de provimento total ou parcial,
inclusive nos casos de matéria de alçada, sem interposição de recurso especial do INSS ou do
segurado, a APS deve juntar o pedido aos autos do processo e retorná-lo ao órgão julgador para
conhecimento e manifestação;
e) ocorrendo na fase de recurso especial ou de diligência da CaJ, o pedido será encaminhado
para homologação do órgão de segunda instância;
f) havendo decisão de última e definitiva instância, o pedido deve ser juntado aos autos do
processo e este deve ser devolvido ao órgão julgador para ciência e manifestação. Caso a decisão
seja denegatória ao interessado ou esse não possuir direito ao benefício, anexar o pedido e arquivar.
2 AÇÃO JUDICIAL
A propositura, pelo interessado, de ação judicial que tenha objeto idêntico ao pedido
sobre o qual versa o processo administrativo importa em renúncia tácita ao direito de recorrer na
esfera administrativa e desistência do recurso interposto.
Considera-se idêntica a ação judicial que tiver as mesmas partes, a mesma causa de
pedir e o mesmo pedido do processo administrativo.
Entende-se como partes os sujeitos de determinada relação jurídica, na qual uma delas demanda
algo (requerente/recorrente) em face de outra (requerido/recorrido), pouco importando se o direito
alegado existe ou não.
Considera-se causa de pedir o conjunto de fatos ao qual o requerente/recorrido
atribui o efeito jurídico que pretende obter com o processo por ele instaurado.
Defini-se como pedido o efeito jurídico que se pretende obter com a instauração do
processo.
Exemplo 14:
SITUAÇÃO
Pensão por morte requerida por “A”, na condição de companheira do falecido e indeferida por falta de
qualidade dependente – companheiro(a).
CONCLUSÃO
59
Causa de pedir: existência de uma relação de união estável por “n” anos, só interrompida com o
falecimento do segurado, mas não reconhecida pelo INSS.
Pedido: reconhecimento da união estável e concessão do benefício de pensão por morte
2.1 PROCEDIMENTOS
60
judicial, solicitando a aplicação do art. 126, §3º da Lei 8.213/91, e apresentar as razões de mérito
em conjunto;
b) caso decida por acatar a decisão recursal, encaminhar os autos à Procuradoria Federal
Especializada local, solicitando orientações quanto ao procedimento a ser adotado.
EXEMPLO 15:
SITUAÇÃO
JR/CaJ dá provimento ao recurso para concessão de uma Aposentadoria por Tempo de Contribuição.
No entanto, existe outra Aposentadoria por Tempo de Contribuição concedida decorrente de ação judicial.
CONCLUSÃO
2.1.3 Recurso provido com existência de outro benefício judicial concedido ao recorrente
61
cumprimento da decisão administrativa.
EXEMPLO 16:
SITUAÇÃO
JR/CaJ dá provimento ao recurso para concessão de uma Aposentadoria por Idade. No entanto, existe
um auxílio-doença concedido decorrente de ação judicial
CONCLUSÃO
3 ÓBITO DO SEGURADO
62
5 CUMPRIMENTO DAS DECISÕES DOS ÓRGÃOS JULGADORES DO
CRPS
EXEMPLO 17:
SITUAÇÃO
CONCLUSÃO
No momento de cumprir a decisão, o SRD/APS verifica o direito a uma aposentadoria por idade que,
inclusive, seria mais vantajosa ao segurado. O INSS não pode alterar a espécie do benefício, uma vez que é proibido
executar uma decisão de forma a prejudicar o evidente sentido da mesma.
Além das hipóteses nas alíneas “c” e “f” do item 5.3, a decisão recursal poderá deixar
de ser cumprida se for verificado que ao interessado foi reconhecido o direito a benefício pleiteado
na esfera judicial que seja incompatível com aquele reconhecido na decisão recursal. Nessa hipótese
cabe prévia manifestação da PFE, nos termos do item 2 do Capítulo IV deste Manual.
Não será óbice para o cumprimento da decisão recursal a violação a ato normativo do
INSS.
Quando houver dificuldades oriundas dos sistemas de benefícios para cumprir
acórdãos dos órgãos julgadores, cadastrar consulta por meio do sistema Suporte WEB INSS,
conforme Memorando-Circular Conjunto n.º 9/DIRBEN/DIRAT, de 18 de março de 2011.
63
5.2 APLICAÇÃO DA DECISÃO AO CASO JULGADO
As decisões dos órgãos recursais se aplicam unicamente aos casos julgados, não se
estendendo administrativamente, por analogia, aos demais processos ou casos.
Consoante Nota Técnica nº 39/2010/DIVCONS/CGMBEN/PFE-INSS, de 28 de
maio de 2010, não se pode aplicar uma decisão tomada em um processo relativo a uma pessoa
interessada, a outro processo de outra pessoa interessada.
A extensão administrativa vedada é a de aplicar-se uma decisão do órgão recursal ao
deslinde de outro caso, de outra pessoa.
64
EXEMPLO 18:
SITUAÇÃO
CONCLUSÃO
Neste caso, os dependentes ou sucessores não poderão optar pelo benefício que considerarem mais
vantajoso, devendo a APS manter o benefício de Pensão por Morte calculado com base na Aposentadoria por Tempo de
Contribuição que estava sendo mantida quando do óbito do segurado. O benefício reconhecido por decisão recursal não
poderá ser concedido e o processo deverá ser devolvido à instância recursal conforme previsto no §3º do artigo 56 do
RICRPS.
EXEMPLO 19:
SITUAÇÃO
CONCLUSÃO
Considerando-se que não havia benefício concedido ao segurado, cabe à APS cumprir a decisão
recursal, e em seguida revisar a Pensão por Morte para informar o benefício de Aposentadoria por Tempo de
Contribuição como benefício anterior.
65
para o caso, deverão ser observados os seguintes critérios:
a) quando o órgão julgador revir o ato administrativo, em virtude de erro de procedimento
inicial da concessão, a DRD será fixada obedecendo os mesmos critérios observados nas concessões
regulares;
b) quando o órgão julgador solicitar documentos com o fim de complementar julgamento ou
solicitar diligências para saneamento de dúvidas constantes dos autos, a DRD a ser considerada será
fixada na data do cumprimento da exigência;
c) na fase recursal, quando forem apresentados, pelo interessado, novos elementos que
venham ser considerados, por si só, como essenciais à concessão do benefício, a DRD será a
mesma data de apresentação desses novos elementos. E caso haja, nesta hipótese, necessidade de
complementação da documentação apresentada, a DRD deverá ser fixada como sendo a de juntada
dos respectivos documentos.
6 RECLAMAÇÃO
66
d) após a decisão indeferitória definitiva do CRPS, não será admitido pedido de revisão para
a reafirmação da DER, exceto se vier acompanhada de outros documentos, além dos já existentes
no processo, hipótese em que será considerado e recebido como novo pedido de benefício.
EXEMPLO 20:
SITUAÇÃO
Decisão proferida pela JR reconhecendo o direito ao benefício sem interposição de Recurso Especial
(consolidação da decisão no âmbito administrativo), no entanto, face ao tempo decorrido, o interessado solicita
reafirmação da DER por considerar mais vantajoso.
CONCLUSÃO
67
8.1.1 Retirada dos autos para extração de cópia reprográfica
Poderá ser permitida a retirada dos autos das dependências do INSS com a finalidade
de reproduzir os documentos do interesse do requerente, desde que acompanhado por servidor, a
quem caberá a responsabilidade pela integralidade do processo até seu retorno.
O acompanhamento do servidor de que trata o item acima, poderá ser dispensado
caso o procurador seja advogado, exigindo-se a retenção da carteira da OAB na unidade do INSS,
até a devolução dos autos.
EXEMPLO 21:
DATA DA CIÊNCIA DATA DA SOLICITAÇÃO DE CARGA
24/05/10 14/06/10
68
CONCLUSÃO
Quando a decisão recorrida ensejar recurso e/ou contrarrazões pelo INSS e pelo
interessado, a notificação ao interessado e a retirada dos autos deverão ser feitas após a prática do
ato pelo INSS.
EXEMPLO 22:
SITUAÇÃO
Provimento parcial. Se tanto o INSS quanto o segurado têm interesse em recorrer, o prazo será
comum.
CONCLUSÃO
Cabe ao SRD interpor recurso e, ato contínuo, facultar ao segurado interpor recurso e apresentar
contrarrazões. Caso, de forma espontânea (independentemente de intimação), o segurado ou seu representante legal
comparecer e tiver ciência dos autos, o prazo para recorrer terá início somente após a prática do ato pelo INSS.
69
8.2.1 Devolução dos autos retirados em carga
Não sendo o processo devolvido pelo advogado no prazo estabelecido, o fato deve
ser comunicado à PFE local, para providências quanto à devolução, inclusive pedido judicial de
busca e apreensão, se necessário, e comunicação, por ofício, à Seccional da OAB para as medidas a
seu cargo.
70
9 PAB DE ORIGEM RECURSAL
EXEMPLO 23:
SITUAÇÃO
PAB gerado de decisão recursal que teve como objeto o deferimento de um benefício.
CONCLUSÃO
A análise não deve adentrar no mérito já julgado, ou seja, não se rediscutirá o direito ao benefício,
dada a consolidação da decisão do CRPS, o que não impede a verificação das planilhas de cálculos com os valores
devidos e recebidos, bem como do esclarecimento do motivo da fixação da Data do Início do Pagamento - DIP, da
Data de Regularização dos Documentos - DRD, da Data de Início da Correção Monetária - DIC, e a portaria e/ou
orientação interna utilizada para obtenção dos índices da correção, entre outros.
71
EXEMPLO 24:
SITUAÇÃO
PAB gerado de decisão recursal que teve como objeto o reconhecimento do exercício de atividade em
condições especiais de um determinado período.
CONCLUSÃO
A análise não deve adentrar no mérito já julgado, ou seja, não se rediscutirá o enquadramento do
período, dado a consolidação da decisão do CRPS. Neste caso, o direito ao benefício poderá ser discutido, pois não
houve manifestação por parte do CRPS com este objeto.
11 ACORDOS INTERNACIONAIS
72
indeferiu o benefício.
Quando se tratar de recurso à CaJ, na forma estabelecida na legislação, compete ao
Organismo de Ligação Brasileiro das Gex a instrução e fundamentação do recurso, cabendo ao SRD
dessa Gex a tramitação do processo àquela instância julgadora.
Quando houver decisões favoráveis das Juntas de Recursos ou das Câmaras de
Julgamento em parte ou na totalidade ao interessado, cabe ao SRD receber os autos e remetê-lo à
APS de Acordos Internacionais respectiva para, no prazo de 6 (seis) dias úteis, elaborar parecer
prévio sobre a decisão proferida. Em seguida, o processo será devolvido ao SRD para que seja
verificada a ocorrência das hipóteses de incidentes processuais, recurso especial ou pedido de
uniformização de jurisprudência, conforme o caso.
O procedimento descrito no item anterior deve observar o prazo máximo de 30
(trinta) dias para realização do protocolo.
Antes da apresentação das contrarrazões pelo SRD, quando se tratar de recurso do
interessado à CaJ, compete à APS de Acordos Internacionais respectiva a emissão de parecer prévio.
12 COBRANÇA ADMINISTRATIVA
73
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
74
_______ Parecer n. 79/DIVCONS/CGMBEN/PFE-INSS, de 16 de setembro de
2010. Consulta: propositura de ação judicial e óbito do recorrente durante a fase recursal.
_______ Parecer n. 80/DIVICONS/CGMBEN/PFE-INSS, de 23 de setembro de
2011. Consulta: prazo para providências complementares em processos em fase recursal.
_______ Parecer n. 86/DIVICONS/CGBEN/PFE-INSS, de 19 de outubro de 2011.
Consulta: a instrumentalidade das formas.
MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL – MPS. Portaria n. 548, de 13 de
setembro de 2011. Aprova o Regimento Interno do Conselho de Recursos da Previdência Social -
CRPS.
75
GLOSSÁRIO
CONTRARRAZÕES são as alegações, por escrito, que uma das partes apresenta
para contestar, refutar ou contradizer as razões do seu opositor.
CURATELA é o encargo público que a lei, por meio de decisão judicial, atribui a
uma pessoa, como curador, para cuidar de outra ou de outras, administrando-lhes os bens e
defendendo os seus interesses quando forem civilmente incapazes ou estiverem impedidas de fazê-
lo por sua conta.
76
a) de conversão em diligência, a qual não dependerá de lavratura de acórdão, sendo
utilizada para melhor instrução do processo, saneamento de vício insanável, cumprimento de
normas administrativas ou legislações pertinentes à espécie.
b) de não conhecimento: ocorre quando a instância julgadora não analisa o mérito do
recurso.
77
PROCURAÇÃO é o instrumento legal pelo qual se delega poderes a uma pessoa
para tratar de assunto de seu interesse em seu nome.
78
ANEXOS
79
ANEXO I
80
RECURSO À JUNTA DE RECURSO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL DO CONSELHO DE
RECURSOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL
SEGURADO: _______________________________________________________________
(NOME)
RECORRENTE: _____________________________________________________________
(NOME)
RECORRIDO – INSS: ________________________________________________________
(LOCALIDADE)
ENDEREÇO PARA CORRESPONDÊNCIA: ______________________________________
___________________________________________________________________________
(RUA, Nº, BAIRRO, CIDADE, MUNICÍPIO, ESTADO, CEP)
MOTIVO DO RECURSO:______________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
______________________________________________
LOCAL e DATA
__________________________________________________________
ASSINATURA (do próprio ou do representante legal)
81
ANEXO II
82
RECURSO ÀS CÂMARAS DE JULGAMENTO DO CONSELHO DE RECURSOS DA
PREVIDÊNCIA SOCIAL-CRPS
SEGURADO: _______________________________________________________________
(NOME)
RECORRENTE: _____________________________________________________________
(NOME)
RECORRIDO – INSS E _______.ª JUNTA DE RECURSO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL DO
CRPS
RAZÕES DO RECURSO:______________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________
LOCAL e DATA
_______________________________________________
ASSINATURA (do próprio ou do representante legal)
83