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Ca p í tu lo

O Balanço Patrimonial –
Estudo Introdutório

3.1. O Balanço Patrimonial – Conceitos Iniciais

Primitivamente, o patrimônio de uma pessoa física ou jurídica era formado


a partir da acumulação de bens. Hoje, entretanto, essa visão já se encontra
completamente ultrapassada. Atualmente, a palavra patrimônio define algo muito
mais complexo e é esta a definição utilizada em Contabilidade hoje em dia:

Patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações vinculados a uma pessoa, física ou


jurídica, que possam ser avaliados em moeda.

Em Contabilidade, o objeto é sempre o patrimônio de uma entidade, definido


como um conjunto de bens, direitos e de obrigações para com terceiros, pertencente
a uma pessoa física, a um conjunto de pessoas, como ocorre nas sociedades informais,
ou a uma sociedade ou instituição de qualquer natureza, independentemente da
sua finalidade, que pode, ou não, incluir o lucro. O essencial é que o patrimônio
disponha de autonomia em relação aos demais patrimônios existentes, o que significa
que a entidade dele pode dispor livremente, claro que nos limites estabelecidos pela
ordem jurídica e, sob certo aspecto, da racionalidade econômica e administrativa.
Contabilmente, representa-se, a qualquer tempo, o patrimônio de toda e
qualquer entidade por meio de uma Demonstração Financeira denominada Balanço
Patrimonial, conforme a seguir veremos.
A maior característica de um patrimônio é o seu valor econômico. O patrimônio
é avaliável em moeda, tanto em relação aos bens e direitos, quanto em relação
às obrigações. Não fazem parte do patrimônio os direitos e as obrigações naturais,
nem os direitos e as obrigações de natureza jurídica não pecuniária (por exemplo:
aqueles que são relativos às relações em família).

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24  ■  Introdução à Contabilidade – Teoria e Questões — Justino Oliveira

O patrimônio é composto por uma parte positiva, em que se situam os bens e os direitos; existe,
também, a parte negativa, em que se situam as obrigações.

Os bens, a entidade os possui de fato; por outro lado, quanto aos direitos, a
entidade possui o direito de recebê-los em moeda. Por isso, os bens e os direitos
compreendem aquilo que de positivo a entidade possui. Em contrapartida, o
lado direito é chamado de parte negativa, tendo em vista as obrigações financeiras
que a entidade possui junto a terceiros.
Os bens e os direitos constituem a parte positiva do patrimônio, a que chamamos
de Ativo da entidade. Já as obrigações constituem a parte negativa do patrimônio,
que denominamos de Passivo da entidade.

Ativo = Bens + Direitos

Passivo Exigível = Obrigações

3.2. A Representação Gráfica do Patrimônio de Uma Entidade


Econômico-Administrativa

O patrimônio de uma entidade pode ser representado, a qualquer tempo, por


convenção contábil, por um gráfico em forma de “T”. Esse gráfico recebe o nome
de Balanço Patrimonial e consiste em um meio de apresentar de maneira detalhada,
e ao mesmo tempo objetiva, o patrimônio de uma entidade.

Patrimônio – O Balanço patrimonial


PARTE POSITIVA PARTE NEGATIVA
ATIVO PASSIVO
BENS E DIREITOS OBRIGAÇÕES

3.2.1. Os aspectos qualitativo e quantitativo do patrimônio


O patrimônio de uma entidade é composto por bens, direitos e obrigações, e
deve ser apresentado sob os aspectos qualitativo e quantitativo.
Quanto ao aspecto qualitativo do patrimônio, os elementos que o compõem
são analisados de acordo com a natureza de cada um deles. Cada elemento
patrimonial recebe uma denominação, de tal forma que se consiga distinguir,
dentro de um determinado patrimônio, cada elemento particular e característico.

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Capítulo 3   —  O Balanço Patrimonial – Estudo Introdutório   ■  25

Essa denominação deve ser de tal maneira aplicada, que se consiga o completo
entendimento de cada item componente do patrimônio, especificando-o a contento.

Exemplo
São apresentados a seguir os componentes patrimoniais de acordo com o aspecto
qualitativo do patrimônio:
• Bens:
n Imóveis

n Veículos

n Dinheiro

n Obras de arte

n Computadores

n Móveis e utensílios

• Direitos:
n Notas promissórias a receber

n ICMS a recuperar

n Aluguéis a receber

n IPI a recuperar

n Duplicatas a receber

• Obrigações:
n Contas a pagar

n Fornecedores ou fornecedores a pagar

n Impostos a recolher

n Salários a pagar

n Seguros a pagar

Quanto ao aspecto quantitativo do patrimônio, diz respeito à expressão de


cada item patrimonial em valor monetário, isto é, tal aspecto faz menção ao valor
com o qual cada componente patrimonial pode ser expresso em moeda.

Exemplo
São apresentados a seguir componentes patrimoniais de acordo com os aspectos
quantitativo e qualitativo do patrimônio:
• Imóveis – R$ 150.000,00
• Veículos – R$ 32.000,00
• Computadores – R$ 7.820,00

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• Notas Promissórias a Receber – R$ 21.000,00


• Fornecedores ou Fornecedores a Pagar – R$ 1.300,00
• Duplicatas a Receber – R$ 13.000,00
• Contas a Pagar – R$ 1.800,00
• Aluguéis a Receber – R$ 10.350,00
A seguir, faremos um breve detalhamento dos componentes do Ativo.

3.3. O Ativo

O Ativo é composto pelos bens e direitos da entidade econômico-administrativa


que possam ser expressos em moeda. Exemplos de alguns bens e direitos que possam
pertencer a uma entidade são: móveis, veículos, valores a receber, computadores,
imóveis, dinheiro em caixa, dinheiro depositado em bancos, mercadorias em estoque
etc.
O Ativo compreende o conjunto de recursos aplicados na entidade, recursos
estes a partir dos quais se espera a geração de benefícios econômicos futuros para a
entidade, ou seja, a partir dos quais se espera a apuração de resultados favoráveis à
entidade fruto da aplicação desses bens e direitos nessa mesma entidade ao longo de
seu tempo de vida útil econômica.

3.3.1. Bens
Coisa:
Aquilo que existe por si só na natureza, independentemente da vontade e/ou da
intervenção do homem (por exemplo: o ar, as árvores, a terra, o mar etc.)

Bem:
A fim de satisfazer suas necessidades, o homem se utiliza das coisas,
convertendo-as em bens.
Do ponto de vista econômico, bem é tudo aquilo que é capaz de satisfazer as
necessidades do homem, sendo suscetível de avaliação em moeda.
Aquilo que é corpóreo (perceptível) transforma-se em um bem quando recebe
destinação capaz de satisfazer as necessidades do homem (por exemplo: o rio é
transformado em um bem quando o homem o utiliza para a navegação ou para
outros fins; o sol, por outro lado, apesar de ser indispensável para o homem, não
pode ser considerado um bem, já que não pode sofrer apropriação). Se for possível
a apropriação de algo, então bem poderá se tornar.
Quais os principais atributos de um bem? São a possibilidade de apropriação e
a utilidade para o homem.

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Transmissão de bens móveis:


A aquisição de propriedade de bens móveis somente se concretiza com a tradição,
ou seja, quando o transmitente entrega o bem móvel ao adquirente.

Transmissão de bens imóveis:


De acordo com o novo Código Civil, a aquisição de propriedade de bens imóveis
se dá por meio do registro do imóvel no competente Registro de Imóveis.

Os bens podem ser classificados:

a) Quanto à existência física:


Bens corpóreos (ou tangíveis ou materiais) são aqueles que possuem existência
física, podendo ser observados e percebidos pelos sentidos humanos (por exemplo:
automóveis, joias, roupas, imóveis etc.)
Bens incorpóreos (ou intangíveis ou imateriais) são aqueles que somente
podem ser percebidos pela inteligência (por exemplo: marcas, invenções, obras
literárias, programas de computador etc.)

b) Quanto à mobilidade:
Bens móveis são os bens corpóreos que podem ser deslocados de um lado para
o outro (por exemplo: automóveis, joias etc.)
Bens imóveis são aqueles que possuem situação fixa, ou seja, não podem ser
deslocados de um lado para o outro (por exemplo: terrenos, edificações, plantações
etc.)

c) Quanto à possibilidade de substituição:


Bens fungíveis são os bens móveis que podem ser substituídos por outros de
mesma espécie, qualidade e quantidade (por exemplo: dinheiro, gêneros alimentícios,
carvão, bebidas em geral etc.).
Bens infungíveis são os bens móveis que não podem ser substituídos por outros
(por exemplo: obras de arte geralmente são personalizadas; logo, não há como
substituir uma obra de arte por outra).

d) Quanto aos proprietários:


Bens públicos são os que pertencem às pessoas jurídicas de direito público
interno (União, Estados, Municípios).
Bens privados ou particulares são os que pertencem aos particulares, ou seja,
que não pertencem aos entes públicos.

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Do ponto de vista contábil, bens são tudo aquilo que uma entidade possui
ou possa possuir em seu patrimônio, seja com a finalidade de uso, de troca ou de
consumo, e que possa ser avaliado em moeda.
Os bens (materiais e imateriais) de uma entidade podem ser utilizados para uso,
troca ou consumo próprio. Em uma padaria, por exemplo, as prateleiras em que são
expostos os diferentes tipos de mercadorias à venda são consideradas bens de uso.
Já  as mercadorias expostas à venda são consideradas bens de troca. Por sua vez, os
sacos utilizados para embalagem dos pães são considerados bens de consumo.
Há inúmeras classificações para os bens. Do ponto de vista contábil, certamente
a mais importante é aquela que divide os bens em corpóreos (ou materiais ou
tangíveis) e incorpóreos (ou imateriais ou intangíveis).
São considerados bens corpóreos aqueles que você percebe pelos sentidos
físicos, pois possuem existência física (dinheiro, máquinas, equipamentos, imóveis,
veículos, computadores etc.). Por outro lado, são considerados bens incorpóreos
aqueles que você não percebe pelos sentidos físicos, pois não existem no mundo
físico para tal fim (marcas, patentes, ponto comercial, programas de computador,
propriedade científica etc.).
Os bens corpóreos são divididos em bens móveis (por exemplo: veículos) e bens
imóveis (por exemplo: edificações em geral).

Marca:
A marca é um sinal que distingue determinado produto, mercadoria ou serviço.
Trata-se da principal ferramenta de identificação e valorização utilizada no mercado.
Segundo o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), “nos termos da
lei brasileira, marca é todo sinal distintivo, visualmente perceptível, que identifica e
distingue produtos e serviços de outros análogos, de procedência diversa, bem como
certifica a conformidade dos mesmos com determinadas normas ou especificações
técnicas”.

Patente:
De acordo com o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), “a patente
é um título de propriedade temporário outorgado pelo Estado, por força de lei, ao
inventor ou pessoas cujos direitos derivem do mesmo, para excluir terceiros, sem
sua prévia autorização, de atos relativos à matéria protegida, tais como fabricação,
comercialização, importação, uso, venda etc. Em função das diferenças existentes
entre as patentes, elas poderão se enquadrar como patentes de invenção ou como
patentes de modelo de utilidade”.

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3.3.2. Direitos
Direitos (contabilmente falando) representam créditos, ou seja, valores que a
entidade tem a receber, oriundos de transações com terceiros, ou a recuperar, como
consequência dessas transações. Entenda como terceiro todo aquele que de alguma
forma se relacione com a entidade (por exemplo, clientes que compram mercadorias
da entidade a prazo são considerados terceiros; dos clientes, a entidade possui o
direito de recebimento dos valores por eles transacionados quando a compra e venda
é realizada a prazo).
O crédito constitui a confiança que uma pessoa inspira a outra no sentido de,
no futuro, cumprir uma obrigação atualmente assumida (Fran Martins).
Em regra, quando a entidade registra em sua contabilidade um direito, ela o faz
associando o nome do título ou do documento que representa o direito acompanhado
da expressão “a Receber”. Conforme veremos, a expressão “a Recuperar” também
poderá ser utilizada para designar um direito.

Exemplo
São exemplos de direitos registrados na contabilidade de uma entidade:
• Duplicatas a receber
• Aluguéis a receber
• Notas promissórias a receber
• Juros ativos a receber
• Serviços a receber

Exemplo
A empresa JOliveira Comercial Ltda. possui em seu patrimônio os seguintes
bens e direitos:
• Veículos – R$ 100.000,00
• Dinheiro em caixa – R$ 20.000,00
• Dinheiro depositado no Banco ABC S/A – R$ 130.000,00
• Notas Promissórias a Receber de Maria Felina – R$ 1.000,00
• Imóveis – R$ 240.000,00
• Valores a Receber de J. J. Oliver – R$ 25.000,00
• Computadores – R$ 10.000,00

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Podemos afirmar, então, que a empresa JOliveira Comercial Ltda. possui bens
em valor total igual a:
• Veículos – R$ 100.000,00
• Dinheiro em caixa – R$ 20.000,00
• Dinheiro depositado no Banco ABC S/A – R$ 130.000,00
• Imóveis – R$ 240.000,00
• Computadores – R$ 10.000,00
Total em bens = R$ 500.000,00

Podemos afirmar que a empresa JOliveira Comercial Ltda. possui direitos em


valor total igual a:
• Notas Promissórias a Receber de Maria Felina – R$ 1.000,00
• Valores a Receber de J. J. Oliver – R$ 25.000,00
Total em direitos = R$ 26.000,00

O Apêndice 2, no final deste volume, apresenta um breve estudo dos títulos


de crédito (Notas Promissórias, Duplicatas a Receber etc.), assim como de outros
importantes documentos mencionados em nossos estudos contábeis ao longo desta
obra. Remetemos o leitor a esse apêndice, a fim de que possa melhor compreender
a existência de cada um deles, sendo-lhe, para isso, fornecidas suas principais
características. Isso ajudará o leitor a entender como efetuar os registros contábeis
quando for mencionado um desses documentos.
Antes de passarmos à apresentação do Passivo, reapresentaremos o gráfico em
forma de “T” (Balanço Patrimonial), que apresenta o patrimônio de uma entidade
a qualquer momento, a fim de que o leitor com ele se familiarize.

Patrimônio – O Balanço patrimonial


PARTE POSITIVA PARTE NEGATIVA
ATIVO PASSIVO
“BENS E DIREITOS” “OBRIGAÇÕES”

Em seguida, faremos um breve detalhamento dos componentes do Passivo.

3.4. O Passivo ou Passivo Exigível

O Passivo ou Passivo Exigível é a parte do Balanço Patrimonial que compreende


as obrigações financeiras de uma entidade com relação a terceiros. Nessa área do
Balanço Patrimonial deverão ser apresentadas todas as obrigações que, uma vez
vencidas, serão cobradas por seus respectivos credores junto à entidade, ou seja,
nessa parte do gráfico em forma de “T” (lado direito do gráfico) serão lançadas todas
as dívidas contraídas pela entidade em relação a terceiros.

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A entidade, para realizar suas mais diversas operações, poderá se utilizar de


parcelas do patrimônio de terceiros, gerando, então, obrigações da própria entidade
junto a estes (por exemplo: quando uma empresa adquire mercadorias a prazo, uma
parcela do patrimônio de um terceiro – as mercadorias da transação – é entregue à
entidade para a prática de suas operações; em consequência disso, surge a obrigação
de a entidade pagar por essas mercadorias na data do vencimento da fatura respectiva,
obrigação esta que é registrada, conforme adiante será mostrado, na parte do Passivo
Exigível).
Conforme mencionamos, o Passivo ou Passivo Exigível consiste basicamente
nas dívidas da entidade econômico-administrativa com terceiros. É no Passivo que
costumam ser registradas as obrigações de pagar a terceiros pela entidade, isto é,
as dívidas da entidade para com terceiros. Também são registradas no Passivo as
obrigações de fazer (conforme será posteriormente mostrado) pela entidade.
O Passivo Exigível representa as fontes ou origens de recursos provenientes de
terceiros para a entidade. Podemos dizer que é o capital fornecido por terceiros à
entidade. Representa, então, o Capital de Terceiros utilizado pela entidade em suas
operações.

Os elementos do Passivo constam do lado direito do Balanço Patrimonial.

Exemplo
São exemplos de possíveis elementos do Passivo Exigível de uma entidade:
• Impostos a recolher;
• Financiamentos a pagar;
• Aluguéis a pagar;
• Salários a pagar;
• Fornecedores ou fornecedores a pagar;
• Notas promissórias a pagar;
• Contas a pagar etc.

3.5. O Patrimônio Líquido

Define-se Situação Líquida como a diferença existente entre o Ativo e o Passivo


Exigível de uma entidade em um determinado momento. Caso seja encontrado
um valor positivo para essa diferença, então a situação líquida receberá o nome de
Patrimônio Líquido.
Se for encontrada diferença entre o Ativo Total e o Passivo Exigível, tal diferença,
quando positiva (Patrimônio Líquido), será representada do mesmo lado do Passivo
Exigível (lado direito do Balanço Patrimonial).

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Repare que o gráfico em forma de “T” sofrerá um pequeno corte do lado direito,
a fim de promover a separação entre as parcelas do Passivo Exigível e do Patrimônio
Líquido.

BALANÇO PATRIMONIAL

PASSIVO EXIGÍVEL

ATIVO

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

3.6. A Equação Fundamental do Patrimônio

Por convenção contábil, o lado direito do gráfico em forma de “T” (Balanço


Patrimonial) representa as FONTES OU ORIGENS DE RECURSOS de uma
entidade (ou seja, de que maneira surgiram os recursos a serem utilizados
pela entidade); já o lado esquerdo do gráfico representa as APLICAÇÕES DE
RECURSOS na entidade (isto é, em que foram aplicados os recursos obtidos
pela entidade).

Convém ressaltar que não existe a menor possibilidade de algo ter sido aplicado no Ativo
de uma entidade sem que tenha havido uma fonte ou origem de recursos para tal fim (por
exemplo: se um veículo é adquirido por uma empresa à vista, significa que, por algum meio,
a empresa obteve recursos tais que lhe proporcionaram a aquisição do veículo à vista; de outra
forma, se a empresa adquire um veículo a prazo, utiliza-se do capital de um terceiro para esse fim,
contraindo obrigação com este – terceiro – em seu Passivo Exigível).

O nome Balanço Patrimonial tem sua razão de ser. Em um patrimônio, como


não pode haver aplicação de recursos sem que haja uma origem correspondente
para os mesmos, então o total de aplicações de recursos será SEMPRE igual ao
total de origens de recursos! Balanço, nesse caso, significa posição de equilíbrio,
tal qual uma balança de pratos (aplicações e origens de recursos SEMPRE em
equilíbrio, ou seja, sempre se equivalendo!).
Como o total das origens SEMPRE será igual ao total das aplicações, surge,
então, a equação fundamental do patrimônio:

Ativo = Passivo Exigível + Patrimônio Líquido

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O Ativo, que representa as aplicações de recursos, será SEMPRE igual à soma


“Passivo Exigível + Patrimônio Líquido”, que representa as fontes ou origens de
recursos de uma entidade, pois não há aplicação de recursos em uma entidade
sem que haja uma fonte ou origem de recursos correspondente à aplicação!
Devemos mencionar que a equação fundamental do patrimônio apresenta a
situação líquida positiva, ou seja, Ativo maior que o Passivo Exigível!

O Ativo também é conhecido como Patrimônio Bruto ou Capital Aplicado ou Recursos


Aplicados!

Observando a equação fundamental do patrimônio, podemos chegar à seguinte


conclusão:

Sendo o Ativo maior que o Passivo Exigível (situação mais comum), se do patrimônio
bruto (Ativo) forem diminuídas as obrigações para com terceiros (Passivo Exigível), então
teremos o patrimônio líquido dessas obrigações (Patrimônio Líquido)!

Exemplo
Considere a Empresa Germânia Comercial Ltda., que possui Ativo igual a
R$ 102.000,00 e Passivo Exigível igual a R$ 31.000,00. Nesse caso, o Patrimônio
Líquido da empresa nesse momento é igual a:
Patrimônio Líquido = Ativo – Passivo Exigível
R$ 102.000,00 – R$ 31.000,00 = R$ 71.000,00
→ Patrimônio Líquido = R$ 71.000,00

BALANÇO PATRIMONIAL

PASSIVO EXIGÍVEL = 31.000

ATIVO = 102.000

PATRIMÔNIO LÍQUIDO = 71.000

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