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Prefácio

Este livro focaliza duas áreas essenciais ao interesse d a interpretação bíblica hoje: a
significação das alianças de Deus e a relação dos dois testamentos. Mediante a correta
compreensão das iniciativas de Deus em estabelecer alianças n a história será lan çad o
sólido fu n d am en to p ara d esem aran h ar a questão complexa da relação dosdois
testamentos.

Virtualmente, toda escola de interpretação bíblica hoje tem chegado a apreciar a significação
das alianças para a com preensão da m ensagem distintiva das Escrituras. Que o Senhor da
aliança abençoe esta discussão em andamento, de tal maneira que se inflame nos corações
de hom ens de todas as nações amor mais completo ao que se fez ser “um a aliança para os
povos”.

PRIMEIRA PARTE

INTRODUÇÃO ÀS

ALIANÇAS DIVINAS

A Natureza das

Alianças Divinas

Que é aliança?

Pedir definição de “aliança” é como pedir definição de “mãe”.

Pode-se definir mãe como a pessoa que nos trouxe ao m undo. Esta definição po d e ser
form alm ente correta. Mas quem se sentirá satisfeito com ela?

As Escrituras testificam com clareza a respeito da significação das alianças divinas. Deus entrou,
repetidam ente, em relação de aliança com indivíduos. Referências explícitas encontram-se
n a aliança divina estabelecida com Noé (Gn 6.18), Abraão (Gn 15.18), Israel (Êx 24.8) e
Davi (SI 89.3). Os profetas de Israel predisseram a vinda dos dias da “nova” aliança (Jr 31.31),
e Cristo mesmo falou d a última ceia em linguagem de aliança (Lc 22.20).

Mas que é aliança?

Alguns irão desencorajar qualquer esforço n o sentido de apresentar um a definição sumária


de “aliança” que abranja todos os variados usos do termo n a Escritura. Sugeririam que os
múltiplos e diferentes contextos em que a palavra ocorre implicam muitos sentidos
diferentes.1

1. Cf. com D. J. McCarthy, “A aliança n o Velho Testam ento: O Estado Presente In q


u irição ”, Revista Trimestral Católica Bíblica (Catholic Biblical Quarterly, 27, (1965):
219, 239. D elb ert R. Hillers co m en ta a respeito d a tarefa d e definir aliança em
Aliança: A História de u m a Idéia Bíblica (Covenant: The Histmy ofa Biblical
Idea,Baltimore, 1969), p. 7-“Não é o caso d e seis cegos e o elefante, mas de u m
g ru p o d e eruditos paleontólogos crian d o m onstros d iferentes dos fósseis de seis
espécies separadas.”
Qualquer definição do term o “aliança” deve admitir claramente amplitude tão larga quanto
o exigem os dados da Escritura. Todavia, a mesma integridade da história bíblica ao ser
determinada pelas alianças de Deus sugere um a unidade abrangente n o conceito de aliança.

Q ue é, então, aliança? Como definiria você a relação de aliança en tre Deus e o seu povo?2

Aliança é um pacto de sangue soberanamente administrado.

Q uando Deus entra em relação de aliança com os homens, Ele de m aneira soberana institui
um pacto de vida e morte. A aliança é um pacto de sangue, o u um pacto de vida e morte,
soberanamente administrado.

Três aspectos desta definição das alianças divinas devem ser considerados com maior
cuidado.

ALIANÇA É UM PACTO

Em seu aspecto mais essencial, aliança é aquilo que une pessoas. Nada está mais perto do
coração do conceito bíblico de aliança do que a imagem de um laço inviolável.

Extensas investigações n a etimologia do termo do Velho Testamento para “aliança” (rTTQ)


têm-se provado inconclusivas na determinação do sentido da palavra.3 Todavia, o uso

2. O próprio fato de que a Escritura fala de alianças “divinas”, alianças feitas por Deus com
o seu povo, pode ser de gran de significação em si mesmo. Quanto parece, este fenômeno
de alianças divinas não o corre fora de Israel. “Fora do Velho Testamento não temos evidência
clara de um tratado entre um deus eo seu povo”, diz Ronald E. Clements, em Abraão e Davi:
Gênesis 15 e sua Significação para a Tradição Israelita (AbraJiam and David: Genesis 15
and. its Meaning for the Israelite Tradition, Naperville, IL, 1967), p. 83. Cf. também com o
comentário de David Noel Freedman em “O Compromisso Divino e a Obrigação Humana”,
na revista Interpretação (Interpretation), 18, (1964): 420: “Não há paralelismo convincente
no mundo pagão...” com relação às alianças de Deus com o homem como se acha na
Bíblia.

3. O caráter inconclusivo da evidência etimológica é quase geralmente reconhecido . Cf. com


Moshe Weinfeld, Theologisches Wòrterbuch zum Alten Testament,(Stuttgart, 1973), p. 783;
Leon Morris, A Pregação Apostólica da Cruz (The Apostolic Preaching of the Oross, London,
1955), pp. 62ss. Uma sugestão indica o verbo barah, que significa “comer” . Se for este o
caso, a referência pode ser à refeição sagrada que muitas vezes estava associada com o
processo de firm ar aliança. Martin Noth, “Firmar Pacto no Velho Testam ento à Luz de um Texto
de Mari” , em As Leis do Pentateuco e Outros Ensaios ( The Laws in the Pentateuch and Other
Essays, Edinburgh , 1966), p. 122, argumenta contra a hipótese. Sugere que a frase “aliança”
envolveria alusão a métodos diferentes para se íirmar uma aliança. De um lado, indicaria a
automaldição da divisão animal. Do o utro lado, indicaria a participação de uma refeição de
aliança. Nolh é a favor da sugestão de que “aliança” deriva do acadiano birit, que se relaciona
com a preposição hebraica *f3 “entre ” . Ele elabora um processo de passo-múltiplo pelo qual
o termo atingiu independência adverbial através da frase “matar um asno de entre-meio ”,
assumiu o sentido substantivo de “meditação ” que conseqüentemente requereu a
introdução de uma segunda preposição “entre ” e, finalmente, evoluiu para a palavra normal
“aliança” , que podia ser usada com outros verbos além do verbo “cortar” ( entre ) . Uma
terceira sugestão etimológica sugere a raiz acadiana baru, “amarrar, agrilhoar” , e o substantivo
relacionado biritu, “faixa” ou “grilhão ” . Weinfeld, op., cit. p. 783, considera esta última
sugestão como a mais válida.

4. As recentes argum en taçõ es d e E. Kutsch d e q u e o term o “aliança” significa

“o b rig ação ” o u “com p ro m isso ” são, n a verdade, fascinantes. Mas n ão são adequadas p
ara

d errib ar o conceito básico d e q u e a “aliança” é “p acto ” . Kutsch arg u m en ta que a definição

d e “alian ça” co m o “o b rig ação ” é válida se o tipo d e aliança é u m em q u e a pessoa


se

“o b rig a” , é “o b rig ad a” p o r u m p o d e r externo, o u ch eg a a u m a “o b rigação” m ú


tu a com

u m a p arte igual. Ele observa tam b ém q u e o paralelismo h ebraico freq ü en tem en te altern
a

“aliança” co m “estatu to ” e “ju ram en to ” , fato q u e a seu ver favorece o sentido de

“o b rig ação ” (E. Kulsch, “Gottes Zuspruch u n d A nspruch beritin d e r alttestam entlichen

T h eo lo g ie” , em Q uestões disputadas d o V elho T estam en to (Questions clisfmtées


cUAncim

Testament, G em bloux, 1974), pp. 71ss). D iscordância cordial com a teoria d e Kutsch,

expressa em artigos mais antigos, é registrada p o r D. J. McCarthy em “Berit e a Aliança n a

H istória D eu tero n o m ista” , em.Estudos d a Religião d o Antigo Israel, S u plem ento ao Velho

T estam en to (Studies in the Religion ofAncim t Israel, Supplement to Vetus Testamentum,23,


1972):

81ss. McCarthy conclui q u e a trad u ção tradicional p o d e p erm an ecer, apesar das

a rg u m en taçõ es d e Kulsch. E m b o ra as alianças divinas invariavelm ente envolvam

obrigações, seu p ropósito últim o vai além d a quitação co m p reen d id a p o r u m dever.


Ao

contrário, é a inter-relação pessoal d e Deus com o seu povo que está n o coração d a aliança.

Este co n ceito d o coração d a aliança foi p erceb id o n a história dos investigadores d a aliança

desde os dias d e J o h n Cocceius, como se vê p ela sua ênfase sobre o efeito d a aliança n
o

fazer paz en tr e partes. Cf. com Charles Sherw ood McCoy, A Teologia d a Aliança de

Jo h a n n e s Cocceius ( The Covenant Theohgy ofjohannes Coccáus,New Haven, 1965), p. 166.

5. U m a exceção seria Gênesis 9.10, 12, 17, em q u e Deus estabelece o pacto com os

animais d o cam po. Cf. tam b ém co m Oséias 2.18; Jerem ias 33.20, 25. A despeito d o papel

das partes impessoais com relação ao pacto nestas passagens, é ain d a u m “p acto ” que está
sen d o estabelecido com elas.

6. As preposições *p3, D3J, HK, e V p o d em ser usadas p ara descrever esta relação.

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