Sie sind auf Seite 1von 29

DIREITO PENAL MILITAR

Professor Alexandre Quintas


▶ ARTIGO 9º

▶ MODIFICAÇÕES FEITAS PELA LEI


▶ 13.491/17

▶ INTRODUÇÃO
▶ COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA MILITAR FEDERAL

▶ Art. 124. À Justiça Militar compete processar e julgar os crimes


militares definidos em lei.

▶ Parágrafo único. A lei disporá sobre a organização, o


funcionamento e a competência da Justiça Militar.
COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA MILITAR
ESTADUAL

▶ § 4º Compete à Justiça Militar estadual processar e


julgar os militares dos Estados, nos crimes militares
definidos em lei e as ações judiciais contra atos
disciplinares militares, ressalvada a competência
do júri quando a vítima for civil, cabendo ao
tribunal competente decidir sobre a perda do
posto e da patente dos oficiais e da graduação
das praças.                           
     
▶ QUAL A LEI QUE DEFINE OS CRIMES MILITARES?
▶ DECRETO-LEI 1001/69 – CÓDIGO PENAL MILITAR – Modificado
pela Lei 13.491/2017

▶ ARTIGO 9º - EM TEMPO DE PAZ

▶ ARTIGO 10 – EM TEMPO DE GUERRA

▶ CONSTITUCIONALIDADE DA LEI 13.491/17 ?


▶  Art. 9º Consideram-se crimes militares, em tempo de paz:

▶ I - os crimes de que trata este Código, quando definidos de modo


diverso na lei penal comum, ou nela não previstos, qualquer que
seja o agente, salvo disposição especial;
CONCEITO DE CRIME PROPRIAMENTE
MILITAR

▶ “É A INFRAÇÃO PENAL PREVISTA NO CÓDIGO PENAL

MILITAR ESPECÍFICA E FUNCIONAL DO OCUPANTE DO

CARGO MILITAR QUE LESIONA BENS OU INTERESSES DAS

INSTITUIÇÕES MILITARES NO ASPECTO PARTICULAR DA

DISCIPLINA, DA HIERARQUIA, DO SERVIÇO E DO DEVER

MILITAR”.
▶ Art. 9º - Consideram-se crimes militares, em tempo de paz:

▶ I (...)

▶ ANTES
▶ II - os crimes previstos neste Código, embora também o
sejam com igual definição na lei penal comum, quando
praticados:

▶ DEPOIS

▶ II – os crimes previstos neste Código e os previstos na


legislação penal, quando praticados:
CONSEQUÊNCIA DA NOVA REDAÇÃO DO INCISO II DO ARTIGO 9º CPM
▶ HOUVE UMA AMPLIAÇÃO DOS CRIMES DE
NATUREZA MILITAR, UMA VEZ QUE QUALQUER
CRIME EXISTENTE NO ORDENAMENTO
JURÍDICO BRASILEIRO PODERÁ SE TORNAR
CRIME MILITAR, A DEPENDER DO
PREENCHIMENTO DAS CONDIÇÕES
PREVISTAS NO INCISO II e III DO ARTIGO 9º
DO CÓDIGO PENAL MILITAR.
▶ EXEMPLOS

▶ LEI 4898/65 – ABUSO DE AUTORIDADE


▶ LEI 8069/90 – ECA
▶ LEI 9455/97 – TORTURA
▶ LEI 9503/97 – CTB
▶ LEI 9605/98 – CRIMES AMBIENTAIS.
▶ EXCEÇÕES: CUIDADO QUANDO O CRIME POSSUI
COMPETÊNCIA CONSTITUCIONAL OU LEGAL

▶ EXEMPLOS

▶ CRIMES ELEITORAIS (CF. ART. 121)


▶ LAVAGEM DE CAPITAIS (L. 9613/98. ART. 2º, III)
▶ CRIMES CONTRA O SISTEMA FINANCEIRO ( L. 7492/86, ART. 26)
IMPLICAÇÕES

▶POR SE TRATAR DE NORMA QUE ALTEROU A COMPETÊNCIA, É DE


NATUREZA PROCESSUAL E DEVE SER APLICADA IMEDIATAMENTE,
NA FORMA DO ARTIGO 5º DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL
MILITAR E ARTIGO 2º DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL.

▶TODAVIA, HÁ DOUTRINADORES (VLADIMIR ARAS) QUE ESTÃO


AFIRMANDO QUE PARA A APLICAÇÃO DA LEI, NO QUE TANGE À
NOVA DEFINIÇÃO DE CRIMES MILITARES, VALE A REGRA DA
IRRETROATIVIDADE. (?) (PROPOR DISCUSSÃO)
▶ LEI 13.491/17 E PRINCÍPIO DO JUIZ NATURAL

▶ LEI 13.491/17 E O DIREITO INTERTEMPORAL


▶OVERRULING DE CERTAS SÚMULAS DO STJ.

▶A SÚMULA 90 DO STJ QUE PREVÊ QUE “COMPETE À JUSTIÇA MILITAR PROCESSAR E


JULGAR O POLICIAL MILITAR PELA PRÁTICA DO CRIME MILITAR, E À JUSTIÇA
COMUM PELA PRÁTICA DE CRIME COMUM SIMULTÂNEO ÀQUELE”, PERDEU A
VALIDADE, UMA VEZ QUE NÃO HAVERÁ MAIS CRIME COMUM SIMULTÂNEO AO
CRIME MILITAR, TENDO EM VISTA QUE QUANDO O MILITAR ESTADUAL COMETER
CRIME PREVISTO NA LEGISLAÇÃO PENAL COMUM, EM UMA DAS HIPÓTESES DO
INCISO II DO ART. 9º, DO CÓDIGO PENAL MILITAR, O QUE OCORRE GERALMENTE
QUANDO O MILITAR ESTÁ EM SERVIÇO OU ATUANDO EM RAZÃO DA FUNÇÃO, O
CRIME SERÁ MILITAR. (Artigo 79, inciso I, do CPP – Separação dos Processos)
▶A SÚMULA 172 DO STJ QUE DISPÕE QUE “COMPETE À JUSTIÇA COMUM
PROCESSAR E JULGAR MILITAR POR CRIME DE ABUSO DE AUTORIDADE,
AINDA QUE PRATICADO EM SERVIÇO”, IGUALMENTE, PERDEU A
VALIDADE, UMA VEZ QUE OS CRIMES DE ABUSO DE AUTORIDADE
PASSAM A SER JULGADOS PELA JUSTIÇA MILITAR.
▶A SÚMULA 75 DO STJ QUE DISPÕE QUE “COMPETE À
JUSTIÇA COMUM ESTADUAL PROCESSAR E JULGAR O
POLICIAL MILITAR POR CRIME DE PROMOVER OU
FACILITAR A FUGA DE PRESO DE ESTABELECIMENTO
PENAL”, PERDEU A VALIDADE, UMA VEZ QUE ESTE CRIME
PASSA A SER JULGADOS PELA JUSTIÇA MILITAR.
▶A SÚMULA 06 DO STJ QUE DISPÕE QUE “COMPETE À
JUSTIÇA COMUM ESTADUAL PROCESSAR E JULGAR
DELITO DE ACIDENTE DE TRÂNSITO ENVOLVENDO
VIATURA DE POLÍCIA MILITAR, SALVO SE AUTOR E VÍTIMA
FOREM POLICIAIS MILITARES EM SITUAÇÃO DE
ATIVIDADE”, DEVE SER LIDA COM CAUTELA, NA MEDIDA
EM QUE MESMO QUE O CRIME COMETIDO SEJA
PREVISTO NO CÓDIGO BRASILEIRO DE TRÂNSITO, SE
COMETIDO POR MILITAR EM SERVIÇO, DEVERÁ SER
JULGADO PELA JUSTIÇA MILITAR.
▶ Art. 9º - Consideram-se crimes militares, em tempo de paz:

▶ I (...)

▶ II – os crimes previstos neste Código e os previstos na


legislação penal, quando praticados:

▶ III Os crimes praticados por militar da reserva, ou reformado,


ou por civil, contra as instituições militares, considerando-se
como tais não só os compreendidos no inciso I, como os do
inciso II, nos seguintes casos.
▶§ 1o Os crimes de que trata este artigo, quando
dolosos contra a vida e cometidos por militares
contra civil, serão da competência do Tribunal
do Júri. (Redação dada pela Lei nº 13.491, de
2017)
▶ § 2o Os crimes de que trata este artigo, quando dolosos contra a
vida e cometidos por militares das Forças Armadas contra civil,
serão da competência da Justiça Militar da União, se praticados
no contexto: (Incluído pela Lei nº 13.491, de 2017)

▶ I – do cumprimento de atribuições que lhes forem estabelecidas


pelo Presidente da República ou pelo Ministro de Estado da
Defesa; (Incluído pela Lei nº 13.491, de 2017)

▶ II – de ação que envolva a segurança de instituição militar ou de


missão militar, mesmo que não beligerante; ou (Incluído pela Lei
nº 13.491, de 2017)
▶III – de atividade de natureza militar, de operação de paz, de garantia da lei e

da ordem ou de atribuição subsidiária, realizadas em conformidade com o

disposto no art. 142 da Constituição Federal e na forma dos seguintes diplomas

legais: (Incluído pela Lei nº 13.491, de 2017)

▶a) Lei no 7.565, de 19 de dezembro de 1986 - Código Brasileiro de Aeronáutica;

(Incluída pela Lei nº 13.491, de 2017)

▶b) Lei Complementar no 97, de 9 de junho de 1999; (Incluída pela Lei nº 13.491,

de 2017)

▶c) Decreto-Lei no 1.002, de 21 de outubro de 1969 - Código de Processo Penal

Militar; e (Incluída pela Lei nº 13.491, de 2017)

▶d) Lei no 4.737, de 15 de julho de 1965 - Código Eleitoral. (Incluída pela Lei nº

13.491, de 2017)
▶ CONSTITUCIONALIDADE DA LEI 13.491/17
▶ AÇÕES EM TRAMITAÇÃO NO SUPREMO

▶ ADPF Nº 289 – PGR – JULGAMENTO DE CIVIS

▶ ADIN 5.032 – QUESTIONA O ARTIGO 15, §7º DA LC 97/99


▶ (IN) CONSTITUCIONALIDADE DO VETO DO PRESIDENTE DA
REPÚBLICA AO ARTIGO 2º DA LEI 13.491/17 QUE TRANSFORMOU
UMA LEI TEMPORARIA EM PERMANENTE
▶ LEI Nº 13491/17

▶ ART. 2º. ESTA LEI TERÁ VIGÊNCIA ATÉ O DIA 31 DE DEZEMBRO DE


2016 E, AO FINAL DA VI^GÊNCIA DESTA LEI, RETORNARÁ A TER
EFICÁCIA A LEGISLAÇÃO ANTERIOR POR ELA MODIFICADA.
(VETADO)
▶ Razões do Veto:

▶ “As hipóteses que justificam a competência da Justiça Militar


da União, incluídas as estabelecidas pelo projeto sob sanção,
não devem ser de caráter transitório, sob pena de
comprometer a segurança jurídica. Ademais, o emprego
recorrente das Forças Armadas como último recurso estatal
em ações de segurança pública justifica a existência de uma
norma permanente a regular a questão. Por fim, não se
configura adequado estabelecer-se competência de tribunal
com limitação temporal, sob pena de se poder interpretar a
medida como o estabelecimento de um tribunal de exceção,
vedado pelo artigo 5º, inciso XXXVII da Constituição.”
▶ Constituição Federal –

▶ Artigo 66.....

▶ § 2º O veto parcial somente abrangerá texto integral de


artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea.
▶ “Assim, o fundamento doutrinário que alicerça a concepção
de que o veto parcial deve ter maior extensão suporta-se na
ideia de que, vetando palavras ou conjunto de palavras, o
Chefe do Executivo pode desnaturar o projeto de lei,
modificando o seu todo lógico, podendo, ainda, com esse
instrumento, legislar. Basta – como se disse – vetar advérbio
negativo. Data vênia, não é bom esse fundamento, uma vez
que: a) o todo lógico da lei pode desfigurar-se também pelo
veto, por inteiro, do artigo, do inciso, do item ou da alínea. E
até com maiores possibilidades; b) se isto ocorrer – tanto em
razão de veto ou palavra ou artigo – o que se verifica é
usurpação de competência pelo Executivo, circunstância
vedada pelo art. 2º da CF (...). (TEMER, Michel. Elementos de
Direito Constitucional. 22ª ed. Malheiros Editores, 2008, p.
143/144)

Das könnte Ihnen auch gefallen