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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

CENTRO DE HUMANIDADES
UNIDADE ACADÊMICA DE HISTÓRIA
DISCIPLINA: HISTÓRIA ECONÔMICA GERAL
PROFESSORA: MARIA LIEGE FREITAS FERREIRA
ALUNA: MONA TARSILA MIRANDA CORREIA

RESENHA CRÍTICA - DOCUMENTÁRIO – A SERVIDÃO MODERNA – JEAN-


FRANÇOIS BRIENT (2009)

Campina Grande, 15 de julho de 2018.


A Servidão Moderna. Título original: De la Servitude Moderne. Dirigido por:
Jean-François Brient. Ano 2009. Tempo: 52 min.
A servidão moderna é uma escravidão voluntária, consentida pela multidão de
escravos que se arrastam pela face da terra. Eles mesmos compram as mercadorias que
os escravizam cada vez mais. Eles mesmos procuram um trabalho cada vez mais
alienante que lhes é dado, se demonstram estar suficientemente domados. A escolha do
explorador quem deverão servir para que isso acontecesse, foi necessário tirar desta
classe a consciência de sua exploração e de sua alienação. Ficando assim o raciocino do
quanto estranho é a modernidade da nossa época. O reverso dos escravos da antiguidade
aos servos da Idade média e aos operários das primeiras revoluções industriais, o curta
demonstra que estamos hoje em dia frente a uma classe totalmente escravizada, pessoas
que são manipuláveis por todo tipo de veículos de comunicação, que traz o
entretenimento para amenizar e maquiar a verdadeira face da realidade. Sendo ignorado
o que deveria ser a única e legítima reação dos explorados. O curta traz as minorias que
reagem a este estilo de vida inaceitável da exploração humana e de recursos naturais
para fins de obtenção de capital. A mensagem do curta seria até que ponto estamos
sendo manipulados, fingimos não ver o obvio, deixamos o lado humano social e
mergulhamos no individualismo na cobiça por ascensão materialista nos tornando cegos
diante de uma situação exploradora que o capitalismo selvagem traz, sendo as pessoas
passivas diante desse modelo de economia.
Os aspectos que o documentário utiliza para construir o cenário que represente
a opressão da servidão moderna é composto de imagens fortes e impactantes perante o
desenvolvimento mundial como; satélites, explosões nucleares, massa de trabalhadores
em movimento robótico como engrenagens da indústria, prisões como moradia,
alimentos concebidos com crueldade animal e de compostos químicos que nos adoecem.
Um mundo insipido, cujo nossos sentidos foram alienados pra beneficiar um cenário em
eterna construção que unifica os espaços de acordo com os interesses do Estado,
tornando o mundo cada vez mais sujo e barulhento. E tais espaços que aprisionam o
indivíduo, são sustentados pelo mesmo, enclausurando-o a servir para pagar esses bens
que o adoecem, entrando em um eterno ciclo que faz surgir novas necessidades trazidas
pela tecnologia, que serve para difundir a mensagem do sistema dominante.
A globalização trazia a promessa de integração, tal qual a tecnologia que
extinguiria a fome e a doença, porém gradualmente o que se percebe é que as diferenças
de classe não desaparecem, só desenvolvem e alimentam o capitalismo selvagem, e
tornam as fronteiras flexíveis, porém ainda ou senão, mais eficientes, tornando o mundo
fragmentado, fazendo o antagonismo entre a escassez e a abundância, apenas o cenário
para criar a falsa ideologia de que todas as respostas serão atendidas com poder
monetário. Porém, a inversão do desemprego moderno condiciona o indivíduo a estar à
estar subordinado a esse mesmo sistema que escraviza e ainda se deve estar agradecido
quando não for engolido por ele. Não se consegue fugir da influência do sistema, até
mesmo o lazer é manipulado para que ele seja alimentado e não seja alterado. A
ideologia do sistema deve ser alimentado a todo custo em todos os aspectos da vida.
Seja familiar, cotidiana, no ambiente de trabalho, nos hábitos alimentares, no lazer e etc.
De tanto obedecer se adquire reflexos automáticos de submissão. O sistema é
uma máquina que é alimentada e desenvolvida desde e o início de seu processo e nunca
tem fim, pois é um ciclo. Mesmo a medicina trabalha em prol do sistema de servidão
moderna. A medicina é mercantil, nunca realmente trata da origem da doença, e sim de
suas consequências. De forma que se cria outra cadeia de dependência, sem alterar o
sistema e sim em integrar-se a ele. E mudar parece cada vez mais uma alternativa
impossível. A liberdade só existe para aqueles que defendem os imperativos mercantis,
porém até esses são parte do sistema, logo dependentes dele, portanto farão de tudo para
mantê-lo. Inclusive se recorre mesmo ao misticismo, pois o escravo moderno precisa de
“seu deus” para viver melhor nesse sistema, e esse deus é o dinheiro.
O sistema aliena o indivíduo desde a infância, pois deve-se matar qualquer senso
crítico ou mesmo de sonho de um sistema diferente desde de cedo. Ir contra o sistema é
acima de tudo um ato criminoso. Se deve ser registrado, se deve receber educação
segundo as ideologias do Estado se deve constituir família, trabalhar para sustentar a si
e essa família, ter moradia, pagar impostos e etc. O sistema medíocre e alienador se
apropria da criança e a prende em uma cadeia de distrações que gradualmente moldam
suas perspectivas de mundo, impondo uma lente turva que não permite enxergar seu
próprio gradual processo de alienação.
A mulher é tida emancipada apenas para constituir como parte do sistema servil.
Sua revolta, seus protestos e seu desejo de existir integramente enquanto cidadão foi
revertido e deformado como um produto que alimenta o sistema servil, até porque os
parâmetros de “liberdade” que vemos em prática ainda comportam a alienação do
sistema, portando com a mulher senão é diferente, é pior por constituir num sistema
alienante e patriarcal. Se cria pirâmides de hierarquia. Mesmo os que estão no topo da
pirâmide não estão com a visão mais clara. O esporte por exemplo, que financia o
sistema servil é a representação da vitória e o fracasso social. O pão e circo continua
sendo o que foi para Roma; uma distração e cenário para cativar os alienados e mantê-
los sob seu poder se utilizando da ilusão de que os escravos modernos são cidadãos.
A conservação do atual estado da sociedade mercantil é primordialmente
mantida pelas vertentes políticas e partidárias dominantes. As representações não teriam
espaço se não estivessem e prol do espectro geral do sistema escravizador. O que se
chama de democracia na verdade é um “totalitarismo moderno”, no qual alimenta a falsa
ideia de que se tem opções, quando na verdade continua-se aprisionado nos moldes
desse mar mediático que cria uma ideologia dualista do que é “do bem e do mal”,
enquanto a massa é apenas manipulada. A guerra social só será vitoriosa no momento
que unir-se as subjetividade em uma frente comum, dominando-se a linguagem e
buscando comunicar-se em busca de sua emancipação,

Cenas de alguns filmes presente no documentário:


1- Requiem para um sonho – Requiem for a Dream (2000) – Darren Aronofsky
2- Clube da Luta – Fight Club (1999) – David Fincher
3- V de Vingança – V for Vendetta (2005) – James McTeigue

Frases de autores famosos citados no documentário:


1- “Que época terrível é esta que idiotas dirigem cegos?” - William
Sheakspeare
2- “Estão convencidos de que o homem, espécie pecadora por excelência,
domina a criação. Como se todas as outras criaturas tivessem sido criadas
apenas para servir-lhes a comida, a roupa, para serem martirizadas e
exterminadas.” – Isaac Bashevis Singer
3- “É triste pensar que a natureza fala e que o gênero humano não a escuta.”
Victor Hugo
4- “A boa consciência como símbolo de rebanho”. – Friederich Nietzsche

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