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Análise do Hino da Independência - Gramática…

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Análise do Hino da
Independência
6 de setembro de 2017 Por Paulo G.
Cerqueira

Você sabia que há uma música criada


em homenagem ao dia da
Independência? Todo dia 07 de
Setembro é comemorado o dia da
Independência do Brasil. Para
comemorar a libertação do domínio de
Portugal, foi criado um hino
comemorativo para essa data. O Hino
da Independência traz muitas palavras
pouco usadas hoje e tem uma
organização semelhante à do Hino
Nacional. Vamos falar um pouco sobre
a letra e algumas curiosidades dessa
música pouco conhecida.

No dia 07 de Setembro de 1822, o


príncipe D. Pedro IV estava voltando de
uma viagem feita a São Paulo quando
recebeu uma carta de sua esposa
informando o que estava acontecendo
no Rio de Janeiro. Diz a tradição que ele
e seus companheiros sacaram suas
espadas e D. Pedro proclamou a
independência do Brasil às margens do
rio Ipiranga. Assim, ele passou a ser
Dom Pedro I, no Brasil, o Imperador do
Brasil.
Para comemorar esse evento de
extrema importância, foi criado o Hino
da Independência. A letra foi composta
pelo poeta, jornalista, político e livreiro
brasileiro, Evaristo da Veiga. Seguindo
o estilo árcade, o hino da
independência pretende engrandecer
elementos específicos: o Brasil e os
brasileiros.

No artigo sobre o sufixo eiro, eu disse


que este pode caracterizar agentes
com pouco prestígio na sociedade. A
palavra brasileiro caracterizava aquele
que carregava o pau-brasil. Com o
aumento do povoamento e com o
crescimento do sentimento
nacionalista, os nascidos no Brasil
passaram a acolher o termo brasileiro
com orgulho. Esse orgulho se reflete
em diversas passagens do hino: “Brava
gente brasileira!”, “Parabéns, ó
brasileiro,”.
As partes do Hino da
Independência
Vamos tratar apenas da letra, os
aspectos musicais, partituras e afins
não serão discutidos aqui. O poema,
podemos dizer assim, é composto por
quatro estrofes com quatro versos
cada, intercalados por um estribilho, tb.
refrão. O primeiro e o segundo versos
de cada estrofe são considerados
soltos, pois não há rima entre eles. Os
versos segundo e quarto são rimas
agudas, isto é, rimam a última sílaba da
palavra; a palavra “Brasil” sempre
termina as estrofes.

Hino da Independência –
Refrão
“Brava gente brasileira!
Longe vá… temor servil:
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.”

Há uma saudação aos brasileiros,


desejando-se que a servidão não mais
retorne. Claro que estamos falando da
servidão à Coroa portuguesa, nessa
ocasião ainda não se cogita a abolição
da escravatura. Esse refrão intercala
todas as estrofes, segue a mesma
métrica e rima. Termina com um
período composto alternativo “Ou ficar
a pátria livre/ Ou morrer pelo Brasil.”
Não há outra opção, é “independência
ou morte”.

Hino da Independência –
Primeira Estrofe
“Já podeis, da Pátria filhos,
Ver contente a mãe gentil;
Já raiou a liberdade
No horizonte do Brasil.”

O começo informa aos brasileiros que


estamos livres e que a “mãe gentil” se
alegra com tal situação. O sentimento
nacionalista é muito presente,
evidenciado pelos termos “Pátria”,
“mãe gentil” e “Brasil”. Os dois
primeiros versos dessa estrofe podem
ser reorganizados da seguinte forma:
“Filhos da Pátria, já podeis ver a mãe
gentil contente”.
Hino da Independência –
Segunda Estrofe
Os grilhões que nos forjava
Da perfídia astuto ardil…
Houve mão mais poderosa:
Zombou deles o Brasil.”

Na segunda estrofe, temos um ataque


direto à dominação portuguesa. Note-
se que são utilizadas as palavras
“perfídia” (deslealdade, falsidade,
traição, etc.) e “ardil” (artimanha,
astúcia, cilada, armadilha). Nos dois
versos finais, a soberania brasileira é
enaltecida. Além de ser uma nação
mais poderosa, permitiu-se zombar
“deles”.

Hino da Independência –
Terceira Estrofe
Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil;
Vossos peitos, vossos braços
São muralhas do Brasil.”
As “ímpias falanges” são as tropas
inimigas que estão prestes a enfrentar
as forças brasileiras, mas o moral dos
nossos guerreiros não deve ser
abatido, pois “Vossos peitos, vossos
braços/ São muralhas do Brasil.”

Hino da Independência –
Quarta Estrofe
Parabéns, ó brasileiro,
Já, com garbo juvenil,
Do universo entre as nações
Resplandece a do Brasil.”

O poema termina com um gracejo. Nos


versos anteriores, os termos “da Pátria
filhos” e “Brava gente brasileira” são
sinônimos, agora convergidos no
vocativo “ó brasileiro”. A elegância do
Brasil supera a de todas as outras
nações. Repare nos versos “Do
universo entre as nações/ Resplandece
a do Brasil”, a omissão pode confundir
um desavisado. Não há nenhuma
palavra feminina. Essa anáfora indireta
se refere à grandeza deste país, que
supera a de todas as outras nações,
inclusive a de Portugal.
São 195 anos de história. O hino da
independência, assim como o da
bandeira, não é tão famoso, mas é
muito bonito.

Ver também

Análise do Hino Nacional Brasileiro

Proclamação da República Federativa


do Brasil

Hino da Independência –
Letra completa
Já podeis, da Pátria filhos,
Ver contente a mãe gentil;
Já raiou a liberdade
No horizonte do Brasil.

Brava gente brasileira!


Longe vá… temor servil:
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.

Os grilhões que nos forjava


Da perfídia astuto ardil…
Houve mão mais poderosa:
Zombou deles o Brasil.

Brava gente brasileira!


Longe vá… temor servil:
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.

Não temais ímpias falanges,


Que apresentam face hostil;
Vossos peitos, vossos braços
São muralhas do Brasil.

Brava gente brasileira!


Longe vá… temor servil:
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.

Parabéns, ó brasileiro,
Já, com garbo juvenil,
Do universo entre as nações
Resplandece a do Brasil.

Brava gente brasileira!


Longe vá… temor servil:
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.

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