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Direito subjetivo é o poder da vontade consubstanciado na faculdade de agir e de exigir de outrem

determinado comportamento para a realização de um interesse, cujo pressuposto é a existência de


uma relação jurídica. Nessa esteira, afirma-se que o direito subjetivo, visto dessa forma, sugere
sempre de pronto a ideia de uma prestação ou dever contraposto de outrem: Quem tem um poder de
ação oponível a outrem, seja este determinado, como nas relações de crédito, seja indeterminado,
como nos direitos reais, participa obviamente de uma relação jurídica, que se constrói com um
sentido de bilateralidade, suscetível de expressão pela fórmula poder-dever: poder do titular do
direito exigível de outrem; dever de alguém para com o titular do direito.

Isto posto, a primeira opção do credor é proceder à cobrança judicial através da AÇÃO DE
EXECUÇÃO, caso o título extrajudicial esteja dentro do prazo prescricional , ou AÇÃO
MORATÓRIA, caso o titulo esteja vencido, e prescrito.A execução pode ser instaurada caso o
devedor não satisfaça a obrigação certa, líquida e exigível consubstanciada em título executivo.

Com a fraude contra credores, nasce para o prejudicado um direito potestativo de agir diretamente
na esfera jurídica de outrem (devedor e terceiros contratantes), anulando o negócio jurídico
realizado às astúcias (art. 158, caput, do CC⁄02). A ação falimentar participa do arcabouço de
medidas judiciais assecuratórias ou conservatórias da responsabilidade patrimonial do devedor.
É ação serviente àquele que, titularizando crédito quirografário anterior, encontra-se ameaçado pela
inadimplência do devedor, diante de alienações que lhe diminuam a solvabilidade ou lhe reduzam à
insolvência (art. 158 do CC⁄02). Os dispositivos da lei revogada preveem casos de ineficácia
objetiva, considerada aquela que independe de as partes envolvidas no ato estarem mancomunadas,
e de revogabilidade, cuja aplicação tem sede própria na hipótese de fraude praticada pelos
contratantes, presentes o eventus damni e o consilium fraudis.

O caso fático nos coloca, uma questão incidental, importante, que muda o curso, e a ótica da
questão. No intermezzo, das cobranças amigáveis, ou ditas “extrajudiciais”, e doravante, em todo
caso, inadimplidas, e sem resposta satistatória ao pleiteio obrigacional, o devedor passou a adotar
comportamentos descritos na LRF, como praxe procedimental de devedor insolvente. E logo após,
resquícios e indícios, de condutas e ações que ocultam fraude á credores, e fraude à execução.O
credor prescruta qual a melhor via jurisdicional á tomar, para reaver seu credito. Já que, em uma
subsequente ação executória, no caso de fraude, não haveria bens do réu, passiveis à penhora. Ao
menos, sobre o manto da personalidade jurídica, do devedor inadimplente.

À sua vez, o regime de fraudes, quando analisadas no âmbito falimentar, possui caracteristica
próprias. Os atos praticados pelo devedor em detrimento de credores, se decretada a falência
daquele, podem ser desfeitos nos termos dos arts. 52 e 53 do Decreto-lei n.º 7.661⁄45, parcialmente
correspondentes aos arts. 129 e 130 da Lei n.º 11.101⁄05.São chamados pela doutrina de “atos de
falência”, comportamentos normalmente praticados por sociedade empresária que se enco ntra em
estado de insolvência econômica (patrimônio líquido negativo). A presunção é absoluta, e não
interessa se há patrimônio positivo ou negativo.

Pedro, e Paulo, os devedores inadimplentes, são sócios em uma sociedade limitada que exerce
atividade no setor de oficina mecânica e funilaria. Osvalnidio Perruque, fornecedor de tintas
automotivas tentou receber por todos os meios amigáveis possíveis, mas não teve êxito.Se o credor,
contratou a obrigação, com a pessoa jurídica, é ponto importante, e merece ser discutido. Como o
crédito possui valor baixo, de R$ 3.500,00, devidamente demonstrados e comprovados, através de
titulos de credito vencidos, notas fiscais, cheques, ou documento particular assinado por duas
testemunhas, em que o devedor assume a divida, o pedido de falência, poderia ser medida, deveras,
extrema, para o caso concreto.
No julgamento do recurso especial 920.140, a Quarta Turma do STJ lembrou que a Corte repele o
pedido de falência como substitutivo de ação de cobrança de quantia ínfima, devendo-se prestigiar
a continuidade das atividades comerciais, uma vez não caracterizada situação de insolvência, diante
do princípio da preservação da empresa. No caso, a FICAP S/A recorreu de decisão que julgou
extinta ação de falência proposta por ela contra a Instaladora Elétrica Ltda., sem o julgamento do
mérito, sob o fundamento de que o objetivo da demanda é a rigidez no recebimento do crédito. Para
isso, sustentou que o pedido de falência estava devidamente amparado em duplicatas vencidas e
protestadas, com a prova de recebimento da mercadoria, e baseava-se na impontualidade, sendo
desnecessária a demonstração de insolvência da ré.

Em muitos dispositivos de natureza empresarial, a LFRE equipara a fraude à simulação, à falsidade,


ao dolo e ao erro essencial, sendo que o artigo 158 do Código Civil, da Lei 10.406 de janeiro de
2002, dispõe sobre a fraude contra credores de forma régia e positivada:

"Art. 158. Os negócios de transmissão gratuita de bens ou remissão de dívida, se os praticar o


devedor já insolvente, ou por eles reduzido à insolvência, ainda quando o ignore, poderão ser
anulados pelos credores quirografários, como lesivos dos seus direitos."

São atos, condutas, comportamentos elencados no Art. 94, III, da Lei 11.101. Se o empresário ou
sociedade empresária praticar qualquer desses atos, haverá um presunção de que o empresário ou a
sociedade empresária estará em estado de insolvência4. Ocorre a chamada “ liquidação
precipitada”. A liquidação pr ecipitada é um ato de falência que ocorre quando o empresário se
defaz dos seus bens sem reposição. É a venda de maquinário, equipamento, estoque, o caminhão
que fazia entrega, ou seja, o camarada vai desaparecendo aos poucos. Isso se chama “liquidação
precipitada”. Com base nesse fato, é possível ajuizar o pedido de falência.

A decretação da falência exige requisitos impreteríveis, quais sejam: comprovante de recebimentos


das mercadorias ou serviços e identificação expressa no instrumento do recebedor do protesto. Se
ausentes os requisitos essenciais para a propositura da ação, a ação de falência deve ser considerada
temerária, pois não haverá elementos suficientes e convincentes para que a falência seja decretada.

No entanto, é possível a propositura da ação de execução por título extrajudicial, a qual também é
arriscada quando não preenchidos seus requisitos, porém, com conseqüências menos gravosas do
que a ação falimentar.. Isto porque, se oferecidos embargos à execução pelo devedor, caso haja
impugnação aos documentos (falta de comprovante de recebimento), poderá se produzir outros
meios de prova a fim de comprovar a validade dos títulos e a veracidade da relação jurídica,
trazendo maiores chances de êxito ao credor.

No caso fatico, porem, já consumado os atos de fraude, simulação, e liquidação precipitada, e o


exaurimento do patrimonio da pessoa juridica, polo sinalagmatico, do vinculo contratual, e
obrigacional, torna-se, portanto, irremediavel, e inevitavel, a opção do credor, pela via jurisdicional,
de ambito falimentar. Afinal, poderia apenas, sob o instituto da Lei 11.101/05, e de seus
procedimentos peculiares e idiossincraticos, o credor reaver seu credito de forma satisfatoria, com a
anulação dos feitos juridicos, de desfazimento simulado e fraudolento, de bens, em conluio com
terceiros, dados a cabo, pelo devedor.

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