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Habitar vs.

Desconstrução da casa

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Habitar vs. Desconstrução da casa

Alan Wexler
Alison & Peter Smthson

Droog Design

Joe Colombo

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As formas de relação entre os homens na segunda metade do século XX mudaram


aceleradamente.
Por todas partes falava-se de uma revolução tecnocientífica.
Uma nova sociedade chamada digital, pós-industrial, da informação ou telemática é a
constatação de esta mudança profunda.
Todo isto leva inevitavelmente uma autentica revolução domestica; a casa, para alem da sua
estrutura física ou o seu carácter protector, é um espaço em transformação.
A quebra substancial do lar, como tradicional baluarte do privado e íntimo, obedece a duas
causas fundamentais: as mudanças nas estruturas sociais e as novas tecnologias da
comunicação e o controlo ambiental.
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Alison & Peter Smithson, como herdeiros críticos do modernismo, propõem nos anos 50 uma
série de obras de carácter efémero, que abriram as portas para uma mudança profunda nos
anos 60; o habitar e o seu projecto presente e futura ocupam um lugar essencial nalguns destes
trabalhos.
O sentido de identidade e pertença do sujeito que habita, assim como o valor vital e autêntico
do quotidiano, adquirem a máxima importância como um sistema conceptual e intelectual
elaborado para a expressão arquitectónica.
Por outro lado, emerge a necessidade de uma arquitectura responsável, destinada ao homem,
que é a expressão natural e brutal de tudo aquilo que acontece.
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Durante os anos 50 os Smithson investigaram e especularam nas possibilidades da tecnologia


da prefabricação e da estandardização da construção.
Eles propuseram vários protótipos para casas unifamiliares.
Estas casa são as respostas à grande questão que preocupava os Smithson: como encontrar
uma alternativa à casa suburbana convencional.
The house of the future, Londres 1955,1956
Alison & Peter Smithson

Trata-se de uma maqueta a escala real de uma casa do futuro (pensada para os próximos 25
anos) realizada para a exposição organizada pelo jornal DAILY MAIL e exposta no OLYMPIA de
Londres e posteriormente em Edimburgo.
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Eles queriam desenvolver uma nova tipologia que integrasse as novas tecnologias da era do
consumo e as novas formas de habitar para os novos tipos de família.
Esta casa foi pensada como uma casa urbana, não se encontra pousada num esplêndido
jardim.
Esta casa pode-se agrupar criando uma comunidade compacta.
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Para os arquitectos esta casa esta destinada a um casal novo ou velho sem crianças, pois o
pátio não é suficiente para os meninos brincar.
Esta planta mostra uma possibilidade de agrupamento compacto com grande densidade (entre
70 e 80 casas por acre)
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Os diferentes espaços da casa, situados a volta de um pátio ajardinado, flúem entre eles como
compartimentos de uma cova.
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Cada um dos espaços tem dimensões, superfícies e alturas variáveis; segundo o uso.
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Cada compartimento apresenta novas inovações e tecnologias no habitar como por exemplo na
casa de banho tem uma cabina para a duche com saída de ar quente para secar e com
candeeiro solar.
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Esta casa é um dos primeiros exercícios que mostra as novas formas de habitar, e as suas
consequências na arquitectura, mostrando a desintegração das peças da cozinha devido aos
produtos embrulhados, os electrodomésticos cada vez mais silenciosos, etc…
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Entre as várias inovações os arquitectos mostram um forno instalado na altura dos olhos para
controlar melhor a cocção, um frigorifico menos profundo mas mais alargado para poder
encontrar facilmente os produtos, etc.…
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Tudo esta pensado basicamente para facilitar a vida aos habitantes e torna-la muito mais
pratica e inclusivamente mais higiénica.
Esta casa representa espontaneamente tudo aquilo que acontece.
Os arquitectos sentem-se mais os catalisadores do que os criadores ou interpretes de um
tempo.

Nesta proposta utópica pode-se detectar um inovador conceito do habitar pois revela uma das
maiores ambições da arquitectura dos 60: o total controlo ambiental graças aos órgãos técnicos
introduzidos num espaço vital, livre e indeterminado.
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Entre naturalista e futurista, a casa rompe convenções e normativas rotineiras para explorar um
novo modo de habitar.
Enquanto nos anos vinte as novas estruturas transformaram por completo o espaço domestico
(recordar Le Corbusier e a sua planta livre) os anos 60 sonham com um controlo total a partir
das unidades técnicas acrescentadas ao espaço domestico libertado ( um dos mais claros
exemplos poderemos vê-lo depois com o Joe Colombo)
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Esta casa foi “construída” como o carro Citroen, com peças especializadas, com destinos
determinados.
Esta planta de execução mostra as aberturas nas paredes para os visitantes da exposição
poder ver os interiores.
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Foi feita em contraplacado, como os primeiros aviões, depois de fazer uma série de formas
coloca-se a pele por cima. A casa foi feita em 10 dias.
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A estrutura da casa foi moldada com resinas plásticas.


Trata-se de uma estrutura epidérmica composta por partes independentes na união das quais
resultam juntas elásticas que absorvem os movimentos térmicos e as descontinuidades
estruturais.
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A iluminação integrada nas paredes outorga um carácter distinto a cada espaço.


No exterior se observa uma cobertura com dupla curvatura e concavidade para permitir a
entrada da luz natural e a recolha e canalização das águas pluviais até uma gargola que verte a
água num depósito existente no jardim.
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O único equipamento móvel da casa – a excepção dalguns electrodomésticos portátil - são as


cadeiras: mais concretamente a cadeira PAGO constituída por tubos de aço standard, a cadeira
EGG baixa e adequada para ler e ver televisão, a cadeira TULIP para relaxar-se.
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Alison & Peter Smithson deram indicações ao estilista que criou os vestidos para os figurantes
que simulavam ser os habitantes da casa do futuro.
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Patio and Pavilion, Londres 1956
Alison & Peter Smithson

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Durante os anos 50, o Institute of Contemporany Arts –ICA- de Londres brilhou pela actividade
do Independent Group, um grupo jovem de artistas, arquitectos e críticos que constitui o
laboratório cultural mais intenso e estimulante do arte britânico.
Este grupo fez uma definição antropológica da cultura em que qualquer género de actividade
humana era objecto de juízo estético e de atenção.
Neste grupo, organizador de exposições e conferências que fomentassem debates e
discussões intervinham activamente os arquitectos Alison & Peter Smithson, Reyner Banham,
James Stirling, Theo Crosby e Colin St John Wilson
O 9 de Agosto de 1956 inaguro-se na Whitechapel Gallery, no East End de Londres a exposição
“This is Tomorrow”.
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Alison & Peter Smithson conjuntamente com Nigel Henderson e Edoardo Paolozzi, foram um
dos 12 grupos – compostos cada um deles por um pintor um escultor e um arquitecto –
convidados para representar a interpretação da relação existente entre arquitectura, pintura e
escultura.

Introduz uma nova ordem na manifestação artística, a exploração de um novo campo, o campo
da obra de arte a grande escala.
O mundo fronteiriço entre arquitectura e artes plásticas.
A exploração realiza-se no mundo das ideias.
Não se trata de ampliar objectos existentes, mas sim de criar um mundo visual novo que tenha
umas referencias mais extensas.
“ uma espécie de habitat simbólico no qual se encontram respostas… acerca das necessidades
básicas humanas – uma vista do céu, um pedaço de solo, privacidade/intimidade, a presença da
natureza e dos animais quando os necessitamos – e símbolos dos impulsos básicos humanos –
estender, controlar e movimento

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Peter Smithson descreve esta instalação como “ uma espécie de


habitat simbólico no qual se encontram respostas… acerca das
necessidades básicas humanas – uma vista do céu, um pedaço de
solo, privacidade/intimidade, a presença da natureza e dos animais
quando os necessitamos – e símbolos dos impulsos básicos humanos –
estender e controlar, e movimento”.
A morfologia real é muito simples, um pátio, ou um espaço fechado
onde se implanta o pavilhão.
O pátio e o pavilhão contem objectos que simbolizam as coisas que
precisamos por exemplo uma roda, imagem do movimento e das
máquinas.
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Realiza-se com signos de ocupação mediante a possessão de um pedaço de mundo por uma
parte e de um espaço fechado por outra.
Pátio & pavilion resume tipologicamente, mas também simbolicamente o sonho de habitar.
A instalação está povoada de objectos quotidianos, habitantes queridos que são portadores de
afectos e memoria.
Estes testemunhos do calor humano são a verdadeira identidade do sujeito.
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A metodologia de trabalho de grupo foi acordar uma ideia geral; por parte dos arquitectos
fornecer uma estrutura e por parte dos artistas facilitar os objectos.
Segundo esta premissa a tarefa dos arquitectos foi construir um contexto onde as pessoas se
identifiquem e a dos artistas dar signos e imagens aos cenários de esta relação.
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A estrutura é de madeira de segunda mão, as paredes do pátio são revestidas com painéis de
contraplacado acabados com alumínio reflectante, a cobertura do pavilhão foi resolvida com
chapa ondulada de plástico translúcido para poder ver os objectos pousados acima; o solo
cobriu-se de areia.
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Os arquitectos deixaram a estrutura e foram para o CIAM que se celebrava na altura em


Dubrovnik, enquanto Edoardo Paolozzi e Nigel Henderson “vestiram” a estrutura na arte de
habitar” com os seus objectos baseando-se na “arte espontanea”
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A posição do visitante joga um papel fundamental na organização definitiva da instalação.


Cada um dos visitantes é reflectido transformando-se em habitante do espaço.
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Os fragmentos e objectos pousados obrigam a cada um dos visitantes a fazer uma


reconstrução e leitura pessoal baseado num jogo de associações de ideias e possíveis
analogias.
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O conjunto de elementos torna ao visitante parte da instalação e o desafia a ver a colecção de


imagens e objectos e a procurar as suas próprias associações e interpretações.
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O conjunto tinha um carácter intemporal; era mais uma declaração sobre a habitação e o
território do que um programa que anunciasse um estilo ou um enfoque particular.
É sobretudo uma forma de mostrar o trabalho em colaboração dos artistas Nigel Henderson, e
Eduardo Paolozzi com os arquitectos Smithson.
Habitat futurista Visiona, Colonia 1969
Joe Colombo

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Este protótipo experimental realizado para a Bayer Leverkusen promocionava o uso de novas
fibras sintéticas ao mesmo tempo que propunha a habitação adequada a um novo modo de vida
em constante evolução.
A ideia base é a criação de um espaço que se configura desde o interior até ao exterior.
Não se trata de preencher um volume com moveis ou objectos mais ou menos úteis que
formam parte da bagagem do habitante, segundo o gosto e a cultura; ao contrário, trata-se de
escolher uma ou mais unidades que, colocadas num espaço livre, outorguem ao usuário uma
série de serviços de qualidade.
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VISIONA 69 inclui três blocos diferentes, verdadeiras máquinas para viver, coordenadas entre
eles e dispostos numa superfície livre e continua de 100m.
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O central living é um bloco aberto para descansar, ler, ouvir música, ver a televisão , conversar,
etc. a televisão encontra-se encastrado no tecto e é orientável.
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O night cell pode fechar-se, inclui uma cama rodeada de uma parede-armário circular e um
banho, com uma banheira esférica, utilizável também como cabine para duche. Este é muito
equipado com vários acessórios eléctricos e automáticos.
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A kitchen box é um bloco que apresenta uma cozinha altamente equipada onde uma só pessoa
situada no centro possa chegar sem necessidade de deslocar-se a todas as prestações.
Contem uma mesa para comer que, uma vez preparada se extrai da cabine da cozinha e retira-
se ao finalizar a comida.
Este habitat foi exposto posteriormente no Museu da ciência e Tecnologia de Milão, e
sucessivamente noutras cidades europeias.
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Apartamento de Joe Colombo, Milão 1969 1970
Joe Colombo

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Colombo projectou para o seu próprio apartamento duas máquinas coordenadas : Rotoliving e
Cabriolet-bed , que sintetizam, respectivamente, o equipamento necessário para o dia e para a
noite , seguindo e desenvolvendo o seu discurso “anti-moveis” iniciado anos atrás mediante os
experimentos como a minikitchen e combi-center, container e visiona.
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Rotoliving
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Cabriolet-bed
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Total furnishing unit, Nova York 1972
Joe Colombo

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Este hábitat futurista foi projectado para a exposição no MOMA.


É o resultado de uma reflexão sobre a célula domestica em consonância com o modo de vida
do presente e do futuro.
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O espaço proposto é dinâmico, em continuo estado de transformação, de modo que um espaço


mínimo possa estender-se ao máximo, com a maior economia.
Quatro monoblocos altamente equipados distribuem-se livremente no espaço: kitchen,
Cupboard, Bed and Privacy e Bathroom.
As quatro estruturas são autónomas e diferenciadas de forma que podem ser adaptáveis a
distintos espaços e ambientes segundo as exigências.
Na exposição foram apresentadas ocupando 28m2 .
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O armário (Cupboard) serve de divisória entre dois ambientes , entre a entrada e a zona que se
utilizará eventualmente de noite.
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O bloco dia-noite (Bed and Privacy) reúne todas as exigências do habitar: dormir, comer,
receber convidados, etc.
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Contrariamente a estes duplos usos, a cozinha e o banho servem unicamente para a função
para a qual foram desenhados.
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A Obra de Alan Wexler encontra-se entre na fronteira do espaço arquitectónico, da escultura e


do desenho de mobiliário
Create House (casa embalagem) è uma proposta que se baseia na convicção de que o
mobiliário pode dotar o espaço de significado, uso e função, manipulando e transformando a
percepção convencional deste.
Create House, Nova York 1991
Alan Wexler

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Três Armários encastrados e que se deslocam configuram o espaço de estar, trabalhar, dormir
cozinhar e de comer, conforme as necessidades do homem.
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Esta domesticidade móvel baseia-se nas relações entre viver em ou viver ao redor de, entre
espaço aberto e espaço fechado, entre forma positiva e forma em negativo
Vinyl House, Nova York 1994
Alan Wexler

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Vinyl House é uma construção pré fabricada de chapa metálica revestida a vinil, produzida em
série.
Vai encaixotada em uma caixa de 13x76x182 cm
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A vinil house actua como o invólucro de suporte, protecção e exposição dos materiais
necessários para a vida quotidiana: uma almofada, uma lanterna, um espelho e água.
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Demasiado pequena para conter uma sanita, um dormitório e uma cozinha separadas, a
construção alberga nas suas paredes o mobiliário necessário, cujas formas aparecem no
exterior como fantasmas.
O interior permanece vazio. Conforme as necessidades, o equipamento alberga-se no vazio,
definindo um espaço para um único objecto e actividade.
Uma certa pressão provoca que se revelem no exterior as actividades interiores.
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Droog Design, Roterdão

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Luis Lima

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