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ISSN 2525-4294
Junho 2019
olume 1 • Número 9
Educação Integral:
Volume
Reflexões sobre educação na perspectiva da
C
integralidade humana
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INEQ / FAEP
VOLUME 1 - NÚMERO 9 – (JUNHO DE 2019)
Toda edição da revista “Educação Integral: reflexões gógico na potencialização de práticas democráticas no
sobre educação na perspectiva da integralidade hu- trabalho de construção dos planejamentos, das ações
mana” apresenta a reflexão sobre um tema, que sugere cotidianas, dos projetos e relações transformadoras.
a todos os trabalhadores da educação uma postura de
observação atenta para as concepções subjacentes às No artigo “Alfabetização e Fracasso Escolar: Família,
práticas educativas e as possibilidades de transforma- Escola e Psicopedagogia”, destaca –se a necessidade
ção do processo de apropriação do patrimônio cultural da interação entre todos os trabalhadores da educação
da humanidade pelos educandos. Destacar a Gestão e as famílias no trabalho pedagógico que contribui para
Democrática como tema é a possibilidade de explicitar as aprendizagens dos educandos. Algumas escolas
o compromisso das esferas governamentais com o Di- privadas e algumas escolas públicas realizam esta in-
reito à Educação, na perspectiva do acesso e da perma- teração de forma a contribuir para a formação da per-
nência, mas principalmente, da qualidade da educação. sonalidade de crianças, adolescentes e jovens, outras
Tocar na Qualidade do processo Educacional exige pen- precisam repensar suas práticas com a ajuda de edu-
sar sobre a relação educativa que só existe pelo diálogo, cadores externos que conseguem, de forma propositiva
portanto, a condição para a sua existência é a gestão e emancipadora, ajudar com afastamentos e aproxima-
democrática. Esta não se refere apenas às relações de ções da realidade.
poder entre governantes e trabalhadores da educação
ou entre diretores, professores e comunidade. Refere A “Perspectiva da Pedagogia de Projetos no Ensino
–se às interações presentes entre os atores e prota- Superior”, explicitada de forma esclarecedora em um
gonistas em todo processo educativo. O Educando só dos artigos desta edição, colabora com a reflexão so-
consegue aprender se estiver envolvido nesse processo bre a Formação Inicial dos Educadores. Ao considerar
como sujeito de vontade e esta condição só é possível a Educação Superior o conjunto de Graduação e Pós
por meio de relações dialógicas. – Graduação, a proposta deste artigo ajuda a repen-
sar as opções didáticas dos cursos com a intenção de
Nesta nona edição, os textos pretendem auxiliar na re- construir a relação teoria e prática com os educandos,
flexão sobre a construção de Projetos Políticos – Pe- introduzindo –os no universo do trabalho autônomo, do
dagógicos em processos participativos, que envolvam olhar crítico e na formação de profissionais democráti-
toda a comunidade educativa. Pretende possibilitar o cos.
repensar contínuo sobre práticas inclusivas e democrá-
ticas em várias esferas do processo educacional. A formação inicial explicitada no artigo citado acima
precisa de continuidade no cotidiano das instituições
Neste contexto, destaca-se artigo voltado para refle- educativas. Para tanto, o artigo “A Formação do Pro-
xões sobre o tema desta revista: “Gestão Democrática fessor” trata, de forma contextualizada e reflexiva, da
Participativa: a Família na Escola”, o autor aponta, de necessidade de coletivos de professores e outros tra-
forma competente e precisa, a importância das ações balhadores da educação na instituição educativa. Estes
conjuntas para garantir a qualidade da educação. No encontros formativos precisam analisar as práticas pe-
contexto da construção de um movimento de participa- dagógicas e realizar estudos e pesquisas na perspec-
ção conjunta das famílias, comunidade e trabalhadores tiva de ações criativas e inovadoras. O autor do artigo
da educação nas decisões, todos os sujeitos da ação afirma, de forma precisa, que professores transforma-
educativa precisam estar envolvidos no processo peda- dores e reflexivos têm mais chance de formar crianças,
gógico. adolescentes e jovens mais ousados e criativos.
O artigo “Clima Educacional, Gestão Democrática e o O processo democrático nas instituições educativas
Papel do Coordenador Pedagógico”, envolve de forma envolve as relações em todos os aspectos, que sempre
mais específica a importância do Coordenador Peda- são considerados pedagógicos. Atender as necessida-
No artigo “Deficiência Auditiva: Novos Desafios Desta forma, o Conselho Editorial da revista e os
Rumo à Inclusão”, a autora destaca também as di- educadores – autores das escolas que contribuíram
ficuldades para a inclusão dos educandos surdos, com seus artigos esperam que os leitores possam
tanto no que se refere às relações solidárias e afe- ler as sínteses provisórias, as provocações e as re-
tivas, como no trabalho com a apropriação do co- flexões sobre as práticas presentes nos ambientes
nhecimento. A preocupação maior é garantir a todos educacionais e possam ampliar seus discursos ex-
uma educação inclusiva de qualidade na perspectiva ternos e internos na busca da qualidade da educa-
da gestão democrática. ção, da construção da identidade e valorização do
profissional das instituições educacionais. Essa qua-
O artigo “Luiz Gama e sua Contribuição Literária lidade será concretizada na medida em que todos
com o Movimento Negro” constitui –se em uma contribuírem com os entrelaçamentos que constro-
contribuição valorosa para a reflexão sobre a impor- em cotidianamente a rede da gestão democrática.
tância da identidade étnica dos africanos e dos seus
descendentes. O mito da democracia racial ainda BOA LEITURA
está presente nas práticas educativas, que se deno-
minam democráticas e se apresentam discrimina-
13 ESCOLA
– Felipe Alves Larsen
23
ALFABETIZAÇÃO PRECOCE
– Glauce Rossi Quilici
29 ESCOLA E PSICOPEDAGOGIA
– Luciana Lapa Xavier Galvão
A FORMAÇÃO DO PROFESSOR
57 CONHECIMENTO NA INFÂNCIA
– Rodrigo Pereira de Almeida
66 MOVIMENTO NEGRO
– Rosemeire Da Silva Andrade Arrais
80 SUPERIOR
–Silvia Cavanha Buratinne
87 INCLUSÃO
–Simone Fante Mendes da Silva
Com a finalidade de compreender a função do BERNADO, Elisangela da Silva; BORDE, Amanda Mo-
reira. PNE 2014-2024: uma reflexão sobre a meta 19
gestor educacional, identificando os instrumen- e os desafios da gestão democrática. Revista Edu-
tos para uma prática ativa dentro da escola, co- cação e Cultura Contemporânea, v. 13, n. 33, 2016.
nhecendo a sua importância nesse contexto e BITTAR, Mariluce; OLIVEIRA João Ferreira. Gestão e
Políticas da Educação. Rio de Janeiro: DP&A, 2004.
o seu cotidiano, identificando os instrumentos BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Na-
para uma prática dinâmica e ativa dentro da co- cional, n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Dispo-
munidade escolar, este estudo foi direcionado, nível em: <http://portal.mec.gov.br>. Acessado em:
01 de Maio de 2019.
no sentido de contribuir efetivamente para a CÁRIA, Neide Pena; SANTOS, Mileide Pereira. Gestão
melhoria do processo de ensino e de aprendi- de democracia na escola: limites e desafios REGAE:
zagem. Uma vez que no contexto da educação Rev. Gest. Aval. Educ, Santa Maria, v. 3, n. 6, jul./dez.
2014.
brasileira, muito se tem discutido sobre a ges- DAVIS, C. Silva. Papel e valor das interações sociais
tão de ensino dinâmica e participativa, que su- em sala de aula. Cadernos de pesquisas, 2002, n. 71.
pera o enfoque limitado de administração, em FERREIRA, Naura Syria Carapeto. Gestão Democráti-
ca da Educação: ressignificando conceitos e possibi-
vista tamanha complexidade dos problemas lidades. In: AGUIAR, Maria Ângela da S.(org.). Gestão
educacionais na sociedade contemporânea. da Educação: Impasses, perspectivas e compromis-
sos. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2004.
GALVÃO, Veronica Bezerra de Araújo; SILVA, Anielson
Os principais resultados apontaram que, na Barbosa da; SILVA, Walmir Rufino da. O desenvolvi-
trajetória educacional, esse profissional vem mento de competências gerenciais nas escolas pú-
sendo forçado a atuar de acordo com as novas blicas estaduais. Educação e Pesquisa, São Paulo, v.
38, n. 1, 2012.
necessidades das transformações socioeco- LUCK, Heloísa. Gestão Educacional: uma questão
nômicas e cultural na sociedade moderna. E, paradigmática. 9. ed. vol. 1. Rio de Janeiro: Vozes,
para isso, deve estabelecer o direcionamento e 2011.
________. Liderança em gestão escolar. 7. ed. vol. IV.
mobilização em ações conjuntas, associadas e Rio de Janeiro: Editora Vozes, 2011.
articuladas, com o único objetivo da melhoria e OLIVEIRA, Dalila Andrade (org.). Gestão democrática
qualidade do ensino. da educação: desafios contemporâneos. Petrópolis:
Vozes, 2008.
PARO, Vitor Henrique. Diretor escolar: educador ou
O tema gestão democrática e participativa na gerente? São Paulo: Cortez, 2015.
escola é de suma importância para a socieda- ________. Administração escolar: introdução crítica.
14 ed. São Paulo: Cortez, 2016.
de brasileira contemporânea, que experimenta VANDRESEN, Ana; FREITAS, Maria. Conhecimentos
o sabor dos frutos de uma democracia cada administrativos necessários para o gestor escolar.
vez mais inclusiva e abrangente, porque esse São Paulo: Cortês, 2008.
VIEIRA, A. T. Almeida; M.E.B; ALONSO, M. Gestão es-
tipo de gestão é um exercício cotidiano da de- colar e tecnologias. São Paulo: Avercamp, 2002
mocracia, que habitua a comunidade escolar a
Palavras-chave: Alfabetização; Educação infantil; O pai de um aluno de dois anos conta que o filho já
Ensino-aprendizagem. sabe o nome de todas as letras e contar até dez. O
próximo passo será de que a criança aprenda a ler
ABSTRACT e escrever. A mãe de uma menina de quatro anos
está aflita porque a professora não ensina a ler e
Graduada em Letras na Universidade São Judas Tadeu – USJT 1; pós-graduada em Alfabetização e Letramento. Profes-
sora de Educação Infantil e Ensino Fundamental I desde 1990. Contato: glaucerossi@gmail.com
INEQ - Educação integral
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escrever, como antigamente. Ela acredita que a letras espontaneamente. Que isso seja tratado
filha não conseguirá acompanhar os estudos como brincadeira, então.
no 1º ano . Estes exemplos fazem parte das
preocupações dos pais, na maioria das vezes, Outra questão é que um bom número dessas
logo que a criança completa de três a quatro crianças não aprende a ler e a escrever passa
anos. a apresentar o que se convencionou chamar de
dificuldade de aprendizagem. Isto ocorre porque
Percebo, como professora, muitas vezes uma nem toda criança se interessa por aprender a ler
ansiedade por parte dos pais no encaminha- e a escrever ou simplesmente não está pronta
mento de seus filhos à escola, dos professores para enfrentar o processo de alfabetização. As
por terem que alfabetizar as crianças na pré- crianças , no entanto, costumam ser suspeitas
-escola e de muitas escolas que passaram a de apresentar distúrbio de aprendizagem.
ofertar estímulos para a alfabetização precoce.
Os pais, em geral ficam satisfeitos com esse Esse estudo apresenta uma abordagem quali-
procedimento e orgulhosos das conquistas dos tativa, pela caracterização da necessidade de
filhos. Mas essa atitude é boa para as crianças? interpretação dos dados da realidade, visto que
A pesquisa a esse respeito visa encontrar um analisa o processo de alfabetização das crian-
caminho para refletir sobre os aspectos da in- ças antes dos seis anos.
trodução precoce da leitura e da escrita, bem
como o papel da educação infantil no desenvol- Trata-se de um caminho metodológico que
vimento das crianças. apresenta uma pesquisa bibliográfica para aná-
lise e interpretação dos dados, fundamentada
A discussão sobre alfabetização precoce está na reflexão de leituras de textos, de autores di-
posta há tempos e muitos especialistas se divi- versos (livros, enciclopédias, e outros). Nesse
dem em posições opostas. Além de analisar as sentido, o trabalho deverá apresentar as princi-
posições de especialistas, outro caminho seja pais discussões sobre o tema entre os especia-
pensar em alguns efeitos da introdução pre- listas através da leitura, análise e interpretação
coce da leitura e da escrita. O questionamento das idéias dos autores, enfocando a função da
que a temática envolve nos reporta a uma revi- educação infantil e qual a sua relação com a al-
são da prática educativa na educação infantil, fabetização.
tratando de um assunto de interesse de pais e
educadores. 1. Alfabetização precoce
O que acontece atualmente é uma grande pre- A alfabetização precoce, dúvida de muitos pais
ocupação dos envolvidos em alfabetizar crian- e educadores, está sendo adotada por muitas
ças até seis anos, tornando prioridade o ensino escolas infantis. A tendência não agrada a boa
ler e escrever, esquecendo-se de que o brincar é parte dos especialistas, que dizem que a alfabe-
tão importante quanto nesta fase de desenvol- tização exige certo grau de maturidade a qual
vimento da criança. as crianças de até sete anos de idade não de-
senvolveram e que a função da pré-escola não
Através dos olhares que norteiam essa pesqui- é a de alfabetizar. Outros, porém, defendem a
sa, é evidente que a alfabetização precoce con- antecipação de aprender a ler e escrever.
tribui para o desaparecimento da infância. Até Segundo alguns especialistas existe uma hora
os seis anos, o mais importante é brincar livre- certa para a criança desenvolver cada habilida-
mente para desfrutar o que pode da primeira in- de. Acreditam que os alunos devem aprender a
fância. Claro que algumas se interessarão pelas ler e escrever a partir dos sete anos. Nessa fase,
As questões levantadas são para uma profun- As pesquisas mostram a grande realidade:
da reflexão em relação ao fracasso de nossos
alunos e nos remete a seguinte questão: o [...] estamos convencidos de que uma
problema pode estar no sistema educacional verdadeira transformação da escola, não
como um todo? Segundo Bossa (2011) apud uma transformação dos métodos mas
Guilherme (2011, p.2), os alunos que estão con- sim da relação aluno-professor-conteú-
cluindo o ensino fundamental e saem sem ler do, pode resultar em um fator que desde
e escrever e operar as quatro operações, saem de seu interior contribua para diminuir
dessa forma por conta de várias situações que parte do fracasso. Dito mais facilmente:
vão desde qualidade de ensino, que para ela é a nós docentes não podemos solucionar
questão primordial, até à desestrutura familiar. na sala de aula as carências materiais de
E numa escala menor, problemas de saúde físi- nossos alunos e todas as consequências
ca e emocional. físicas e psíquicas, mas sim, está em nos-
1 - Graduada em Pedagogia pela ULBRA – Universidade Luterana do Brasil, 2013; Pós-Graduação em Formação Docente pela FACITEP
(INEQ), 2018; Professora de Educação Infantil no Município de São Paulo no CEI Elísio Teixeira Leite – São Paulo –SP.
Assim, “o ensino deixará, então, de ser um ofício Segundo Nóvoa (1992), urge a construção de
para tornar-se uma verdadeira profissão, seme- um ambiente que chama de casa comum da
lhantemente à profissão de médico ou às pro- formação e da profissão, isto é, um lugar onde
fissões de engenheiro ou advogado” (TARDIF, se encontram a Universidade, as Escolas e os
2000, p. 8). Hoje, se reflete que a gestão da sala representantes dos professores, ou seja, onde
de aula exige uma reorganização dos espaços está a profissão, criando um local onde de fato
de aprendizagem em que seja possível se traba- se formem os professores com a possibilidade
lhar em pequenos grupos ou em grupos maio- do diálogo entre a universidade, as escolas e os
res, exigindo assim, um comportamento mais profissionais da educação.
flexível com os novos recursos tecnológicos,
despertando nos alunos para que a partir da A formação pode estimular o desenvol-
ferramenta tecnológicas e chegue ao caminho vimento profissional dos professores, no
da aprendizagem, ou seja, um estímulo para se quadro de uma autonomia contextualiza-
chegar a um objetivo e não a tecnologia pela da da profissão docente. Importa valorizar
tecnologia. paradigmas de formação que promovam
a preparação de professores reflexivos,
O maior desafio da profissão docente, é con- que assumam a responsabilidade do seu
ceber os professores como “produtores de sua próprio desenvolvimento profissional e
profissão” (NÓVOA, 1992, p.17). A experiência da que participem como protagonistas na
sala de aula possibilita e se constitui no espaço implementação das políticas educativas.
privilegiado onde os diferentes saberes são ad- (NÓVOA, 1992, p. 16)
quiridos de forma pessoal e profissional e vão
DESIGN
GRÁFICO
2019/2
Ingresse com sua
nota do ENEM
RESUMO RESUMEN
O presente artigo pretende expor as teorias de El presente artículo pretende exponer las teorías
clima organizacional voltadas ao meio educacio- de clima organizacional orientadas al medio edu-
nal, mostrando como esse clima pode influenciar cativo, mostrando cómo ese clima puede influen-
o comportamento e atuação dos agentes parti- ciar el comportamiento y actuación de los agentes
cipantes do processo educativo. Pretende ainda participantes del proceso educativo. El objetivo de
relacionar a importância do desempenho de uma este trabajo es analizar la relación entre la calidad
gestão democrática para a manutenção do clima, y la calidad de la información.
e o papel do Coordenador Pedagógico, como ar-
ticulador, através de ações junto aos professores Palabras clave: Gestión democrática; Coordinador
e demais funcionários, para êxito nesse processo. pedagógico; Formación.
Palavras chave: Gestão democrática; Coordenador
pedagógico; Formação. Ao tentar entender as causas do comportamento
de um sujeito em situação de trabalho, é necessá-
ABSTRACT rio que se faça um estudo sobre o ambiente onde
se realiza esse trabalho, afinal, são os atores da
The present article intends to expose the organi- própria organização que fazem com ela seja per-
zational climate theories focused on the educa- cebida tal como é. As teorias sobre “clima” no local
tional environment, showing how this climate can de trabalho reportam-se principalmente às carac-
influence the behavior and performance of the terísticas organizacionais (BRUNET, 1992), que
agents participating in the educational process. It podem ser indicadores de sua forma de agir, cons-
also intends to relate the importance of the perfor- ciente ou inconscientemente, em relação aos seus
mance of a democratic management for the main- membros e à sociedade. Dessa forma, o principal
tenance of the climate, and the role of the Peda- elemento é a percepção que um indivíduo tem seu
gogical Coordinator, as articulator, through actions ambiente de trabalho. O modo como as coisas
with teachers and other employees, to succeed in são percebidas são mais valorizadas que a reali-
this process. dade objetiva. Essa teoria vem ao encontro com
as ideias de Lewis (apud BRUNET, 1992), que esti-
Keywords: Democratic management; Pedagogical pula que o comportamento de um sujeito é função
coordinator, Training. de sua personalidade e do ambiente no qual está
inserido. A percepção surge para interpretar a rea-
Formada em Pedagogia (PUC-SP) e Artes Visuais (UNIMES), pós graduada em Arte Terapia (USJT). Professora de Educa-
ção Infantil e Ensino Fundamental I da Prefeitura Municipal de São Paulo (EJA - EMEF Aroldo de Azevedo) e Assistente de
Diretor (EMEI Francisca Julia da Silva). Contato: marinamaniezo@gmail.com, (11) 99544-7690.
A partir dessa reflexão podemos afirmar que o Nesse sentido, expõe-se através deste artigo a
educador é o grande responsável pelo desen- importância da ludicidade no processo de cons-
volvimento e o alcance da aprendizagem do trução do aprendizado, proporcionando meios
aluno, através da integração dos conteúdos para a criança ampliar a imaginação e criativi-
com a ludicidade. É através da prática diferen- dade de modo alegre e prazeroso, oportunizan-
ciada do educador que o educando será inse- do ao aluno tornar-se futuramente um adulto
rido na maneira lúdica de aprender e se sentirá crítico, com autonomia e iniciativa, sendo capaz
mais alegre, motivado e capaz de demonstrar de resolver as mais diversas situações sem ne-
suas habilidades e competências, e consequen- nhuma dificuldade.
temente estará ao mesmo tempo aprendendo e
se divertindo, pois vivemos em um tempo que 1. A ludicidade no desenvolvimento da criança
as rápidas e profundas mudanças ocorridas na
sociedade acabam por exigir da escola e dos O vocábulo lúdico vem do latim ludus e signifi-
professores um repensar da prática para res- ca brincar. Segundo Piaget, o desenvolvimento
ponder às necessidades do mundo contempo- da criança acontece através do lúdico, que não
râneo. representa somente o jogar, mas sim pode ser
encontrado em várias manifestações como na
Ao longo do tempo, a escola vem buscando Durante muito tempo, acreditou-se na práti-
aperfeiçoar técnicas e métodos de ensino a fim ca pedagógica fundamentada na repetição de
de transformar o ensino em prática inovadora exercícios. Pensava-se que essa prática é que
e prazerosa, algo que não seja somente base- levaria a criança a aprender a ler e escrever me-
ado na transmissão de conhecimentos, mas lhor. Porém, sabemos que essa não é mais a
sim em um espaço rico de significados e tro- melhor maneira de transmitir o conhecimento
ca de experiências, a partir da socialização e para os alunos. Os professores deixaram de
da construção do conhecimento. Na busca por serem transmissores do conhecimento e pas-
esse aperfeiçoamento, o lúdico surge como um saram a ser mediadores da aprendizagem, pois
recurso didático dinâmico que proporciona re- o aprendiz não é um receptor passivo. A tarefa
O Mestre dos mestres foi um excelen- Para a criança o lúdico é uma preparação para
te educador porque era um contador de a vida adulta, pois é através da imaginação que
parábolas. Cada parábola que ele contou ela projeta sua vida futura e cabe aos professo-
há dois mil anos era uma rica história que res propiciar o ambiente adequado para as brin-
abria o leque da inteligência, destruía pre- cadeiras, descobertas e crescimento. É através
conceitos e estimulava o pensamento. desse meio facilitador que a criança sem perce-
Este era um dos segredos pelos quais ele ber desfrutará da maravilhosa liberdade de brin-
vivia rodeado de jovens. (...) Para ser inte- car e aprender, pois as crianças precisam correr
ligente não é preciso ser um intelectual ou riscos e desafios para serem bem-sucedidas
um cientista, basta criar histórias e inserir em seu processo de ensino aprendizagem, pro-
nelas lições de vida. (CURY, 2010, p.49) duzindo e interpretando a linguagem que está
além das certezas que já tem sobre a língua.
Pode-se compreender com base no autor, e na
experiência relatada que através das histórias Não se pode também deixar de mencionar que
podemos despertar nos alunos um mundo de para a incorporação do lúdico faz-se necessário
ideias, baseado na imaginação, na emoção, na uma política educacional que garanta a forma-
criatividade, se apoderando desta maravilhosa ção do profissional, um engajamento total do
ferramenta que é contar histórias para inovar a grupo escolar, principalmente direção e profes-
maneira de educar. É a partir do simples ato de sores, abraçando a causa juntos e buscando
contar ou criar uma história que podemos glo- através do dialogo e conscientização da insti-
balizar vários assuntos em diferentes aspectos tuição de ensino acerca do valor do elemento
para trabalhar com os alunos, desde o conteú- lúdico na formação integral do educando. O
do curricular, até os mais variados problemas desafio das carências e dos problemas edu-
ou situações existentes na própria escola ou na cacionais, numa sociedade de mudanças tão
vida quotidiana das crianças. O autor também rápidas quanto a nossa, requer a combinação
fala que contar histórias é psicoterapêutico, e de esforços e talentos na busca de alternativas
uma das melhores maneiras de se resolver con- e soluções adequadas à realidade que nos cer-
flitos em sala de aula, em vez de gritar, agredir ca, facilitando a aprendizagem através de uma
ou fazer sermões, que serão ignorados e em grande quantidade de recursos que devem ser
pouco tempo esquecidos, mas a história fisga inseridos dentro da sala de aula para facilitar o
RESUMO negro.
1- Licenciatura plena em pedagogia, artes visuais e história; pós – graduada em psicopedagogia, educação inclusiva e formação docen-
te. Contato: rosyedrade@gmail.com
b c
a
RESUMO tion.
1 - Professora de Educação Infantil da rede Municipal. Licenciada em Pedagogia; Pós-Graduação em Práticas Educativas:
Criatividade, Ludicidade e Jogos.
1. Resumo em Língua Portuguesa, contendo cacional Ineq serão apreciados por três mem-
de 100 palavras, referências do autor (institui- bros desta comissão, que poderão aceita-los
ção, cargo, titulação e endereço eletrônico); integralmente, propor reajuste ou recusá-los,
2. Resumo em inglês ou espanhol; com base em critérios técnicos como: coerên-
3. Palavras-chave: até cinco; cia textual, encadeamento lógico, normas da
4. Redação em língua portuguesa, digitação ABNT vigentes, problemática enunciada e de-
em folha formato A4, word for Windows, fon- senvolvida, introdução, referencial teórico, con-
te Time New Roman, tamanho 12, espaço 1,5, siderações finais e referência bibliográficas;
margens esquerda e superior com 3 cm, direita 9. Os textos que não observarem os padrões
e inferior com 2 cm; aqui estabelecidos não serão publicados;
5. As entrevistas deverão ter, no máximo 04 10. Os Autores que tiverem trabalhos publica-
(quatro) laudas; as traduções de documentos e dos terão acesso ao arquivo digital da Revista
textos clássicos e os artigos científicos, de 08 Educação Integral, não sendo pagos direitos au-
(oito) a 16 (dezesseis) laudas, as resenhas até torais;
03 ( três) laudas e os relatórios de trabalho de 11. O conteúdo dos textos deve passar por cri-
campo até 15 (quinze) laudas, incluindo-se nes- teriosa revisão textual, que é de responsabilida-
sas delimitações as tabelas, quadro, gráficos, de de seus autores;
figuras, fotografias e referências bibliográficas 12. Os casos omissos serão discutidos e deli-
que fizerem parte dos textos; berados pela Comissão Editorial;
6. Apresentar notas de rodapé ( se necessário) 13. Informações sobre o periódico podem ser
numeradas em algarismos arábicos; solicitados aos editores, no Núcleo de Desen-
7. As citações e referências bibliográficas de- volvimento de Atividades Pedagógicas do Gru-
vem obedecer ao padrão estabelecido pela As- po Ineq ou via e-mail;
sociação Brasileira de Normas Técnicas (a mais 14. Os trabalhos deverão ser enviados somen-
atualizada), para referenciamento de livros, te por e-mail para o endereço: educacaointe-
revistas, suportes eletrônicos e outros multi- gral@ineq.com.br com o devido comprovante
meios, disponíveis no site www.abnt.org.br; de pagamento do artigo. Não enviaremos para
8. Os textos encaminhados à Comissão Edito- revisão, antes de identificar o pagamento.
rial da Revista Educação Integral do Grupo Edu-
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