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Folosofia

Unidade 1

O objetivo deste texto2 [e desta unidade] é explicitar o sentido e a tarefa da filosofia na


educação. Em que a filosofia poderá nos ajudar a entender o fenômeno da educação? Ou,
melhor dizendo: se pretendemos ser educadores, de que maneira e em que medida a
filosofia poderá contribuir para que alcancemos o nosso objetivo?
Diz-se que toda educação deve ter uma orientação filosófica (SAVIANI, 1975, p. 1).
Aqui o que temos é um ato reflexivo que nos leva a pensar a educação como instrumento
de mudança. Desta forma, admite-se também que a filosofia desempenha papel
imprescindível na formação do professor.
Eis, pois, o objeto da filosofia, aquilo de que trata a filosofia, aquilo que leva o homem a
filosofar: são os problemas que o homem enfrenta no transcurso de sua existência
(SAVIANE, 1975).

1.1. Os Usos Correntes da Palavra "Problema":

Um dos usos mais frequentes da palavra problema é, por exemplo, aquele que a
considera como sinônimo de questão.
O que gostaria de deixar claro no momento é que uma questão, em si, não é suficiente
para caracterizar o significado da palavra problema. Isto porque uma questão pode
comportar (e o comporta com frequência, segundo se explicou acima) resposta já
conhecida. E quando a resposta é desconhecida? Estaríamos aí diante de um
problema? Aqui, porém, nós já estamos abordando uma segunda forma do uso comum e
corrente da palavra. Trata-se do problema como não-saber.
Levada ao extremo, tal interpretação acaba por identificar o termo problema com mistério,
enigma (o que também pode ser comprovado numa consulta aos dicionários). No entanto,
ainda aqui, o fato de desconhecermos algo, a circunstância de não sabermos a resposta a
determinada questão, não é suficiente para caracterizar o problema. Mistério, porém, não
é sinônimo de problema. É, ao contrário e frequentemente, a solução do problema, e,
quiçá, de todos os problemas. Como os mistérios da fé!
Assim, não é o grau de dificuldade (mesmo que seja elevado ao infinito) que permite
considerar algo como problemático. Por fim, a dúvida tem, a partir de sua etimologia, o
significado de uma dupla possibilidade. Implica, pois, a existência de duas hipóteses em
princípio igualmente válidas, embora mutuamente excludentes. Ora, em determinadas
circunstâncias é perfeitamente possível manter as duas hipóteses sem que isto represente
problema algum
Em suma, as coisas que nós ignoramos são muitas e nós sabemos disso. Todavia, este
fato, como também a consciência deste fato, ou mesmo, a aceitação da existência de
fenômenos que ultrapassam irredutivelmente e de modo absoluto a nossa capacidade de
conhecimento, nada disso é suficiente para caracterizar o significado essencial que a
palavra problema encerra.
1.2. Necessidade de se Recuperar a Problematicidade do "Problema"
Se o problema deixou de ser problemático, cumpre, então, recuperar a problematicidade
do problema. Estamos aqui diante de uma situação que ilustra com propriedade o
processo global no qual se desenrola a existência humana.
A essência do problema é a necessidade. Com isto nós podemos, enfim, recuperar os
usos correntes do termo "problema", superando as suas insuficiências ao referi-los à nota
essencial que lhes impregna de problematicidade: a necessidade. Assim, uma questão,
em si, não caracteriza o problema, nem mesmo aquela cuja resposta é desconhecida; mas
uma questão cuja resposta se desconhece e se necessita conhecer; eis aí um problema.

Algo que eu não sei não é problema; mas quando eu ignoro alguma coisa que eu preciso
saber, eis-me, então, diante de um problema. Da mesma forma, um obstáculo que é
necessário transpor, uma dificuldade que precisa ser superada, uma dúvida que não pode
deixar de ser dissipada são situações que se configuram como verdadeiramente
problemáticas.
Deve-se notar, contudo, que o problema, assim como qualquer outro aspecto da existência
humana, apresenta um lado subjetivo e um lado objetivo, intimamente conexionados numa
unidade dialética.
A verdadeira compreensão do conceito de problema supõe, como já foi dito, a
necessidade. Esta só pode existir se ascender ao plano consciente, ou seja, se for sentida
pelo homem como tal (aspecto subjetivo); há, porém, circunstâncias concretas que
objetivizam a necessidade sentida, tornando possível, de um lado, avaliar o seu caráter
real ou suposto (fictício) e, de outro, prover os meios de satisfazê-la. Diríamos, pois, que o
conceito de problema implica tanto à conscientização de uma situação de necessidade
(aspecto subjetivo) como uma situação conscientizadora da necessidade (aspecto
objetivo).

Em suma: problema, apesar do desgaste determinado pelo uso excessivo do termo,


possui um sentido profundamente vital e altamente dramático para a existência
humana, pois indica uma situação de impasse. Trata-se de uma necessidade que se
impõe objetivamente e é assumida subjetivamente. O afrontamento, pelo homem,
dos problemas que a realidade apresenta, eis aí, o que é a filosofia. Isto significa,
então, que a filosofia não se caracteriza por um conteúdo específico, mas ela é,
fundamentalmente, uma atitude; uma atitude que o homem toma perante a realidade.
Ao desafio da realidade, representado pelo problema, o homem responde com a
reflexão.

Pergunta para reflexão:


Se a essência do problema reside na necessidade, por que muitas igrejas não consideram
essa dimensão de atender seus membros em suas carências de aprendizado das
Escrituras? É possível admitir que, enquanto batistas, temos negado ou negligenciado as
inúmeras demandas/necessidades que nos são apresentadas, ofertando
pseudossoluções, como apresenta o texto?
____________
Responda a questão abaixo:
O que você identifica como sendo as principais necessidades educacionais dos
membros da igreja em que você congrega? O que pode ser feito para suprir essa
carência?
Compartilhe sua resposta abaixo e proponha uma solução inicial ante o que você expôs.
Sua resposta deve ser sucinta (entre 50 e 100 palavras) e deve ser o resultado de sua
reflexão pessoal. Ou seja, não copie e cole algo de autoria de outra pessoa, no máximo
faça uma breve citação.

Levando-se em consideração que educação abrange toda a formação do individuo,


podemos pontuar as necessidades de:
- melhorar a qualificação , capacitação e conscientização da importância do
compromisso com o reino, dos professores do ministério infantil.
- falta de voluntários e professores para trabalhar no ministério infantil.
- falta de pessoas qualificadas para dar aula na EBD adulto.
- Pouca atividade social e evangelista(fora igreja)
- Falta de um discipulado (um a um )mais efetivo e ativo
- dificuldade de formação dos pgs
- fazer os pais entenderem a importância da EBD infantil , tanto quanto a escola secular.

solução: so a graça de Cristo kkkkkk!!! muita oração é claro , e também muita ação para
tentar contornar os problemas.
Capacitação de professores, treinamentos, campanhas de conscientização ,com
compromisso e fidelidade a palavra de Deus.

Várias são as necessidades que enfrentamos. Se pensarmos em igreja s de médio e


grande porte, o que é mais desafiador é montar um programa educacional que contemple
a diversidade do público em suas faixas etárias específicas. Já em igrejas pequenas, um
dos problemas que é muito recorrente é dispor de pessoas disponíveis e capacitadas para
assistir à Escola Bíblica.
Só isso nos dá muito em que pensar. É nesse sentido que a filosofia serve à educação:
fomentando questões e estimulando possibilidades

Assista ao vídeo abaixo e em seguida responda: o que precisamos considerar para que
a igreja não repita o modelo mecanicista que perdura até os nossos dias na
educação convencional?

No mundo moderno não basta apenas seguir instruções , hoje temos que buscar
alternativas que criem autonomia e pratica para avaliar e validar o verdadeiro
aprendizado.
Para isso nós como educadores cristãos , devemos ter em mente que a aprendizagem é
diferente para cada individuo , e que cada um tem o seu tempo e forma de aprender.
Buscar novas ferramentas como : videos , musicas , teatro, fantoches , desenhos ,
gincanas, geogral , feira da bíblia ... são essenciais para abranger de forma mais
completa todas as formas possíveis de aprendizagem.
Um educador cristão jamais pode desistir de um aluno com dificuldade de
aprendizagem, pois o conteúdo que esta em jogo é fundamental para a formação crista
do individuo, e a verdadeira compreensão dela , literalmente leva à VIDA!

Hoje não há mais dúvida que a educação requer de seus atores novas formas de pensar e
fazer o ensino-aprendizagem. Perceber que cada aluno tem um ritmo próprio e que pode
ser sujeito do seu aprendizado é um primeiro passo, porém muitos outros devem ser
dados.
Hoje colhemos os resultados de uma educação bancária, para citar um termo do pensador
Paulo Freire. Essa forma de ensinar centrava a primazia no trabalho do professor. É
urgente de um olhar diferenciado, que permita que nossos alunos atuem criticamente,
entendendo que o caminhar de fé não é sinônimo de ignorância, mas é, antes de tudo, o
tomar consciência de si, do outro e do sagrado.

NOÇÃO DE REFLEXÃO1
E que significa reflexão? significa "voltar atrás". É, pois, um re-pensar, ou seja, um
pensamento em segundo grau. Poderíamos, pois, dizer: se toda reflexão é pensamento,
nem todo pensamento é reflexão.. Refletir é o ato de retomar, reconsiderar os dados
disponíveis, revisar, vasculhar numa busca constante de significado. É examinar
detidamente, prestar atenção, analisar com cuidado. E é isto o filosofar. Até aqui a
atitude filosófica parece bastante simples, pois uma vez que ela é uma reflexão sobre os
problemas e uma vez que todos e cada homem têm problemas inevitavelmente, segue-se
que cada homem é naturalmente levado a refletir, portanto, a filosofar.

AS EXIGÊNCIAS DA REFLEXÃO FILOSÓFICA


Com efeito, se a filosofia é realmente uma reflexão sobre os problemas que a realidade
apresenta, entretanto ela não é qualquer tipo de reflexão. Para que uma reflexão possa
ser adjetivada de filosófica, é preciso que se satisfaça uma série de exigências que vou
resumir em apenas três requisitos: a radicalidade, o rigor e a globalidade. Quero dizer, em
suma, que a reflexão filosófica, para ser tal, deve ser radical, rigorosa e de conjunto.
Radical: Em primeiro lugar, exige-se que o problema seja colocado em termos radicais.
Em outras palavras, exige-se que se opere uma reflexão em profundidade.
Rigorosa: 2 lugar ,para garantir a primeira exigência, deve-se proceder com rigor, ou
seja, colocando-se em questão as conclusões da sabedoria popular e as generalizações
apressadas que a ciência pode ensejar.
De conjunto: 3 lugar, o problema não pode ser examinado de modo parcial, mas numa
perspectiva de conjunto, relacionando-se o aspecto em questão com os demais aspectos
do contexto em que está inserido. Com efeito, ao contrário da ciência, a filosofia não tem
objeto determinado; ela dirige-se a qualquer aspecto da realidade, desde que seja
problemático; seu campo de ação é o problema enquanto não se sabe ainda onde ele
está; por isso se diz que a filosofia é busca. E é nesse sentido também que se pode dizer
que a filosofia abre caminho para a ciência; através da reflexão, ela localiza o problema
tornando possível a sua delimitação na área de tal ou qual ciência que pode então analisá-
lo e, quiçá, solucioná-lo. Além disso, enquanto a ciência isola o seu aspecto do contexto e
o analisa separadamente, a filosofia, embora dirigindo-se às vezes apenas a uma parcela
da realidade, insere-a no contexto e a examina em função do conjunto.

Afirmamos antes que o problema apresenta um lado objetivo e um lado subjetivo,


caracterizando-se este pela tomada de consciência da necessidade.
A reflexão é provocada pelo problema e, ao mesmo tempo, dialeticamente, constitui-
se numa resposta ao problema. Ora, assim sendo, a reflexão se caracteriza por um
aprofundamento da consciência da situação problemática, acarretando um salto
qualitativo que leva à superação do problema no seu nível originário. Segundo
Dermeval Saviani
Por fim, é necessária uma observação sobre a expressão bastante difundida, "problema
filosófico".
Cabe perguntar: "existem problemas que não são filosóficos?" Na verdade, um problema,
em si, não é filosófico, nem científico, artístico ou religioso. A atitude que o homem toma
perante os problemas é que é filosófica, científica, artística ou religiosa ou de mero bom-
senso.
Assim como "problemas científicos" são aquelas questões de que se ocupam os cientistas,
"problemas filosóficos" não são outra coisa senão aquelas questões de que se têm
ocupado os filósofos.
Não se deve esquecer, porém, que não é porque os filósofos se ocuparam com tais
assuntos que eles são problemas; mas, ao contrário: é porque eles são (ou foram)
problemas que os filósofos se ocuparam e se preocuparam com eles.
Resta, então, a seguinte alternativa: a expressão "problemas filosóficos" é uma
manifestação corrente da linguagem e, como fenômeno, ao mesmo tempo revela e oculta
a essência do , filosofar. Oculta, na medida em que compartimentalizando também a
atitude filosófica (bem a gosto do modo formalista de pensar) a reduz a uns tantos
assuntos já de antemão catalogáveis, empobrecendo um trabalho que deveria ser
essencialmente criador. Revela, enquanto pode chamar a atenção para alguns problemas
que se revestem de tamanha magnitude, em face das condições concretas em que o
homem produz a sua existência, que exigem, em caráter prioritário, uma reflexão radical,
rigorosa e de conjunto. Tratar-se-ia, por conseguinte, de problemas que põem em tela, de
imediato e de modo inconteste, a necessidade da filosofia. Estaria justificado, nessas
circunstâncias, o uso da expressão "problema filosófico".
_______
Com base no fragmento (Noção de Reflexão) do texto de Dermeval Saviani,
apresentado acima, caracterize o termo refletir.

GABARITO
Ora, assim sendo, a reflexão se caracteriza por um aprofundamento da consciência da
situação problemática, acarretando (em especial no caso da reflexão filosófica, por virtude
das exigências que lhe são inerentes) um salto qualitativo que leva à superação do
problema no seu nível originário.

Quais são os requisitos que Dermeval Saviani diz que precisam ser satisfeitos para
que uma reflexão possa ser adjetivada como filosófica?
Para que uma reflexão possa ser adjetivada de filosófica, é preciso três requisitos: a
radicalidade, o rigor e a globalidade

GABARITO
Com efeito, se a filosofia é realmente uma reflexão sobre os problemas que a realidade
apresenta, entretanto ela não é qualquer tipo de reflexão. Para que uma reflexão possa
ser adjetivada de filosófica, é preciso que se satisfaça uma série de exigências que vou
resumir em apenas três requisitos: a radicalidade, o rigor e a globalidade.

NOÇÃO DE FILOSOFIA1
Esclarecendo o significado essencial de problema; explicitados a noção de reflexão e os
requisitos fundamentais para que ela seja adjetivada de filosófica, podemos, finalmente,
conceituar a filosofia como uma REFLEXÃO (RADICAL, RIGOROSA E DE CONJUNTO)
SOBRE OS PROBLEMAS QUE A REALIDADE APRESENTA.
A partir daí, é fácil concluir a respeito do significado da expressão "Filosofia da
Educação". Esta não seria outra coisa senão uma REFLEXÃO (RADICAL, RIGOROSA E
DE CONJUNTO) SOBRE OS PROBLEMAS QUE A REALIDADE EDUCACIONAL
APRESENTA.
NOÇÃO DO "FILOSOFIA DE VIDA"
Mas será que isso nos diz alguma coisa? Quando ouvimos falar em filosofia da educação
não me parece que ocorra em nosso espírito a ideia acima. Com efeito, ouvimos falar em
Filosofia da Educação da Escola Nova, Filosofia da Educação da Escola Tradicional,
Filosofia da Educação do Governo de São Paulo, Filosofia da Educação da Igreja Católica,
etc.; e sabemos que não se trata aí da reflexão da Igreja Católica, dos educadores da
Escola Nova ou do Governo de São Paulo sobre os problemas educacionais; a palavra
filosofia refere-se aí à orientação, aos princípios e normas que regem aquelas entidades.
Tal orientação pode ou não ser consequência da reflexão. Com efeito, a nossa ação segue
sempre certa orientação; a todos momentos estamos fazendo escolhas, mas isso não
significa que estamos sempre refletindo; a ação não pressupõe necessariamente a
reflexão; podemos agir sem refletir (embora não nos seja possível agir sem pensar). Neste
caso, nós decidimos, fazemos escolhas espontaneamente, seguindo os padrões, a
orientação que o próprio meio nos impõe. É assim que nós escolhemos nossos clubes
preferidos, nossas amizades; é assim que os pais escolhem o tipo de escola para os seus
filhos, colocando-os em colégio de padres (ou freiras) ou em colégio do Estado; é assim
também que certos professores elaboram o programa de suas cadeiras (vendo o que os
outros costumam transmitir, transcrevendo os itens do índice de certos livros didáticos,
etc.); e é assim, ainda, que se fundam certas escolas ou que o Governo toma certas
medidas.
Nessas situações nós não temos consciência clara, explícita do porquê fazemos assim e
não de outro modo. Tudo ocorre normalmente, naturalmente, espontaneamente, sem
problemas. Proponho que se chame a esse tipo de orientação "filosofia de vida" 2.
Todos e cada um de nós temos a nossa "filosofia de vida". Esta se constitui a partir da
família, do ambiente em que somos criados.
Para saber mais, assista ao vídeo do professor Mario Sérgio Cortella, explicando como a
filosofia se presta a refletir a própria existência.
O professor Mario Sérgio Cortella, explicando como a filosofia se presta a refletir a
própria : FILOSOFIA NO DIA A DIA COM MARIO SERGIO CORTELLA (6:17)

A filosofia ajuda a escapar de algumas obviedades, levanta as suspeitas, sai do obvio e


nos tras uma nova percepção. É um movimento filosófico!
-Decarte e aristotalis os dois maiores filósofos para ele .

1SAVIANI, Dermeval. A filosofia na formação do educador. p. 9-10. Disponível em


<http://portalgens.com.br/portal/images/stories/pdf/A_filosofia_na_formao_do_educado
r.pdf>. Acessado em 25. fev. 2019.
2Esta noção de "filosofia de vida" corresponde, na terminologia gramsciana, ao
conceito de "senso comum". Cf. GRAMSCI, A. - Quaderni del Cárcere, especialmente
o caderno 10. (Na tradução brasileira, ver, Concepção Dialética da Historio, em especial
a Parte I.)

NOÇÃO DE "IDEOLOGIA"1
Mas, como já dissemos, quando surge o problema, ou seja, quando não sei que rumo
tomar e preciso saber, quando não sei escolher e preciso saber, aí surge a exigência do
filosofar, aí eu começo a refletir. Essa reflexão é aberta; pois se eu preciso saber e não
sei, isto significa que eu não tenho a resposta; busco uma resposta e, em princípio, ela
pode ser encontrada em qualquer ponto (daí, a necessidade de uma reflexão de conjunto).
À medida, porém, que a reflexão prossegue, as coisas começam a ficar mais claras e a
resposta vai se delineando. Estrutura-se então uma orientação, princípios são
estabelecidos, objetivos são definidos e a ação toma rumos novos tornando-se
compreensível, fundamentada, mais coerente. Note-se que também aqui se trata de
princípios e normas que orientam a nossa ação. Mas aqui nós temos consciência
clara, explícita do porquê fazemos assim e não de outro modo.
Contrapondo-se à "filosofia de vida", proponho que se chame a esse segundo tipo de
orientação, "ideologia"2. Observe-se, ainda, que a opção ideológica pode também se opor
à "filosofia de vida" (pense-se no burguês que se decida por uma ideologia revolucionária):
neste caso, o conflito pode acarretar certas incoerências na ação, determinadas pela
superposição ora de uma, ora de outra. Aqui se faz mais necessária ainda a vigilância da
reflexão.
ESQUEMATIZAÇÃO DA DIALÉTICA "AÇÃO-PROBLEMA-REFLEXÃOAÇÃO"
Podemos, pois, para facilitar a compreensão, formular o seguinte diagrama:
1. Ação (fundada na filosofia de vida) suscita
2. Problema (exige reflexão: a filosofia) que leva à
3. Ideologia (consequência da reflexão) que acarreta
4. Ação (fundada na ideologia).
Não se trata, porém, de uma sequência lógica ou cronológica; é uma sequência dialética.
Portanto, não se age primeiro, depois se reflete, depois se organiza a ação e por fim age-
se novamente. Trata-se de um processo em que esses momentos se interpenetram,
desenrolando o fio da existência humana na sua totalidade. E como não existe reflexão
total, a ação trará sempre novos problemas que estarão sempre exigindo a reflexão; por
isso, a filosofia é sempre necessária e a ideologia será sempre parcial, fragmentária e
superável3. Assim, poderíamos continuar o diagrama anterior, da seguinte forma:
1. Ação (fundada na ideologia) suscita
2. Novos Problemas (exigem reflexão: a filosofia) que levam
2. Reformulação da ideologia (organização da ação) que acarreta
3. Reformulação da ação (fundada na ideologia reformulada).

NOÇÃO DE FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO1

Portanto, o que conhecemos normalmente pelo nome de filosofia da


educação não o é propriamente, mas identifica-se (de acordo com a
terminologia proposta) ora com a "filosofia de vida", ora com a
"ideologia". Acreditamos, porém, que a filosofia da educação só
será mesmo indispensável à formação do educador; se ela for
encarada, tal como estamos propondo, como uma REFLEXÃO
(RADICAL, RIGOROSA E DE CONJUNTO) SOBRE OS
PROBLEMAS QUE A REALIDADE EDUCACIONAL APRESENTA.
Podemos, enfim, responder à pergunta colocada no início: que é
que leva o educador a filosofar? O que leva o educador a filosofar
são os problemas (entendido esse termo com o significado que lhe
foi consignado) que ele encontra ao realizar a tarefa educativa. E
como a educação visa o homem, é conveniente começar por uma
reflexão sobre a realidade humana, procurando descobrir quais os
aspectos que ele comporta, quais as suas exigências referindo-as
sempre à situação existencial concreta do homem brasileiro, pois é
aí (ou pelo menos a partir daí) que se desenvolverá o nosso
trabalho. Assim, a tarefa da Filosofia da Educação será oferecer
aos educadores um método de reflexão que lhes permita encarar os
problemas educacionais, penetrando na sua complexidade e
encaminhando a solução de questões tais como: o conflito entre
"filosofia de vida" e "ideologia" na atividade do educador; a
necessidade da opção ideológica e suas implicações; o caráter
parcial, fragmentário e superável das ideologias e o conflito entre
diferentes ideologias; a possibilidade, legitimidade, valor e limites da
educação; a relação entre meios e fins na educação (como usar
meios velhos em função de objetivos novos?); a relação entre teoria
e prática (como a teoria pode dinamizar ou cristalizar a prática
educacional?; é possível redefinir objetivos para a educação
brasileira?).
Quais os condicionamentos da atividade educacional? Em que
medida é possível superá-los e em que medida é preciso contar
com eles? O elenco de questões acima mencionado é apenas um
exemplo do caráter problemático da atividade educacional, o que
explica a importância e a necessidade da reflexão filosófica para o
educador. Além desses, citados ao acaso, muitos outros problemas
o educador terá que enfrentar. Alguns deles são previsíveis; outros
serão decorrência do próprio desenvolvimento da ação. E se o
educador não tiver desenvolvido uma capacidade de refletir
profundamente, rigorosamente e globalmente, suas possibilidades
de êxito estarão bastante diminuídas.
CONCLUSÃO
Assim encarada, a filosofia da educação não terá como função fixar
"a priori" princípios e objetivos para a educação; também não se
reduzirá a uma teoria geral da educação enquanto sistematização
dos seus resultados. Sua função será acompanhar reflexiva e
criticamente a atividade educacional de modo a explicitar os seus
fundamentos, esclarecer a tarefa e a contribuição das diversas
disciplinas pedagógicas e avaliar o significado das soluções
escolhidas.Com isso, a ação pedagógica resultará mais coerente,
mais lúcida, mais justa2; mais humana, enfim.
De acordo com Saviani, o que leva o educador a filosofar?

GABARITO
O que leva o educador a filosofar são os problemas (entendido esse termo com o
significado que lhe foi consignado) que ele encontra ao realizar a tarefa educativa.

Qual é a tarefa da Filosofia da Educação de acordo com Saviani?


GABARITO
Assim, a tarefa da Filosofia da Educação será oferecer aos educadores um método de
reflexão que lhes permita encarar os problemas educacionais, penetrando na sua
complexidade e encaminhando a solução de questões tais como: o conflito entre "filosofia
de vida" e "ideologia" na atividade do educador; a necessidade da opção ideológica e suas
implicações; o caráter parcial, fragmentário e superável das ideologias e o conflito entre
diferentes ideologias; a possibilidade, legitimidade, valor e limites da educação; a relação
entre meios e fins na educação (como usar meios velhos em função de objetivos novos?);
a relação entre teoria e prática (como a teoria pode dinamizar ou cristalizar a prática
educacional?; é possível redefinir objetivos para a educação brasileira?).

Minha resposta: A tarefa da Filosofia da Educação será oferecer aos educadores um


método de reflexão que lhes permita encarar os problemas educacionais, penetrando na
sua complexidade e encaminhando a solução de algumas questões.
Se3ndo assim, Sua função será acompanhar reflexiva e criticamente a atividade
educacional de modo a explicitar os seus fundamentos, esclarecer a tarefa e a
contribuição das diversas disciplinas pedagógicas e avaliar o significado das soluções
escolhidas.

UNIDADE 2 –
Nesta unidade, apresentaremos um panorama sobre algumas linhas de pensamento que
marcaram a educação ocidental: Tomismo; Marxismo; Existencialismo; Empirismo
Pedagógico; Pragmatismo.
É claro que temos muitas outras, mas por conta da nossa economia de tempo, precisamos
sintetizar o conteúdo. Todavia, mesmo resumindo o que podemos, gostaria que você,
car@ alun@, tivesse uma noção dos pensadores que marcaram a nossa educação desde
a Grécia antiga. Por isso, dê uma atenção especial ao infográfico abaixo e note como duas
correntes ideológicas (Racionalismo e Idealismo), a partir de Sócrates, marcaram nossa
trajetória educacional.
INFOGRÁFICO – A EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO PEDAGÓGICO
Para saber mais sobre esse assunto, acesse o texto Pensar a escola, uma aventura
de 2500 anos, de Márcio Ferrari, disponível em
<https://novaescola.org.br/conteudo/1823/pensar-a-escola-uma-aventura-de-2500-anos>.
Acessado em 26. Mar. 2019.

Pensar a escola,
uma aventura de
2500 anos
Tão antigo quanto a filosofia, o
pensamento educacional se desdobra em
várias correntes, mas suas raízes estão
fincadas na Grécia antiga
POR:
Márcio Ferrari
01 de Outubro de 2008

A EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO PEDAGÓGICO


Clique para baixar o infográfico em PDF
Ilustração: Milton Rodrigues Alves
Por trás do trabalho de cada professor, em qualquer
sala de aula do mundo, estão séculos de reflexões
sobre o ofício de educar. Mesmo os profissionais de
ensino que não conhecem a obra de Aristóteles (384-
322 a.C.), Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) ou
Émile Durkheim (1858-1917) trabalham sob a influência
desses pensadores, na forma como suas idéias foram
incorporadas à prática pedagógica, à organização do
sistema escolar, ao conteúdo dos livros didáticos e ao
currículo docente.

Antes mesmo de existirem escolas, a educação já era


assunto de pensadores. Um dos primeiros foi o grego
Sócrates (469-399 a.C.), para quem os jovens
deveriam ser ensinados a conhecer o mundo e a si
mesmos. Para seu discípulo Platão (427-347 a.C.), o
conhecimento só poderia ser alcançado num plano
ideal e nem todos estariam preparados para esse
esforço. Aristóteles, discípulo de Platão, inverteu as
prioridades e defendeu o estudo das coisas reais como
um meio de adquirir sabedoria e virtude. O sistema de
ensino que ele preconizou era acessível a um número
maior de pessoas.

Duas vertentes

O quadro de afiliações filosóficas que você encontra
anexado à capa desta edição se baseia no princípio de
que as duas tendências (a idealista, de Platão, e a
realista, de Aristóteles) podem ser traçadas em toda a
história da filosofia no Ocidente - esse é um critério
possível, mas não absoluto. Mesmo quando dominada
pelo cristianismo, durante a Idade Média, a educação
experimentou as vertentes idealista e realista, uma
seguida da outra, de acordo com os postulados de
Santo Agostinho (354-430) e de Tomás de Aquino
(1224/5-1274).
No século 14, a Europa havia se voltado de novo para o
saber clássico. O feudalismo cedeu lugar a Estados
nacionais, e as universidades, embora fiéis à teologia,
passaram a dar atenção também ao conhecimento
científico. Começava o humanismo. Filósofos como o
holandês Erasmo de Roterdã (1469-1536) valorizaram
a capacidade do ser humano de moldar a si mesmo por
meio da leitura e da liberdade de conhecer.

Praticamente ao mesmo tempo, o fundador do


protestantismo, Martinho Lutero (1483-1546), criou as
bases da educação pública e universal. Em nome do
direito de todos de ler e interpretar a Bíblia por si
mesmos, o monge alemão deixou um legado
duradouros na história do ensino. A Igreja Católica
reagiu com uma ofensiva dos jesuítas, cujo ensino se
baseava em rígida disciplina intelectual e física.

No século 17, enquanto o absolutismo triunfava como


forma de governo numa Europa que se subdividia em
Estados cada vez menores, religião e razão tentavam
conviver na cultura. O grande nome racionalista no
campo pedagógico foi o do tcheco Comênio (1592-
1670), que previu um ensino que respeitasse a
capacidade e o interesse do aluno sem severidade.

O século terminou com o despontar do liberalismo, no


pensamento do inglês John Locke (1632-1704),
convicto de que as idéias nascem da experiência e não
são inatas no ser humano. Os 100 anos seguintes
ficaram marcados pela consagração dos direitos civis -
liberdade, privacidade, propriedade e igualdade. Para
os pensadores da época, a sociedade moderna seria
aquela em que as luzes da razão se acenderiam em
cada um para usufruir desse aprendizado individual.

Tanta fé na civilização e na adaptabilidade do ser


humano irritou alguns filósofos, para quem a
humanidade mais perdeu do que ganhou ao se afastar
da natureza. Por isso, missão urgente era preservar as
crianças da "influência corruptora" da sociedade. O
nome-chave dessa escola é o suíço Rousseau, que
reconstruiu a figura da criança como um ser em
processo. Friedrich Froebel (1782-1852), herdeiro da
tendência naturalista, projetou a educação dos menores
de 8 anos, procurando cuidar deles sem desrespeitar
sua evolução espontânea.

Com a Revolução Francesa, em 1789, a escola tornou-


se a instituição que garantiria certa homogeneidade
entre os cidadãos e daí, pelo mérito, a diferenciação de
cada um. A educação se expandiu por toda a França. O
auge da crença nesse consenso social se encontra no
pensamento do sociólogo francês Durkheim, para quem
a sociedade era a materialização de uma consciência
coletiva.

Aceita a idéia de que a criança na escola está num


processo de desenvolvimento a ser respeitado e
estimulado, a garantia para que isso aconteça foi
enfatizada pelos postulados da Escola Nova, que se
desenvolveu no final do século 19. Um grande
representante do método tradicional foi o educador
alemão Johann Friedrich Herbart (1776-1841), com sua
didática baseada na direção do professor e na disciplina
interna do aluno.

A Escola Nova deu impulso ao desenvolvimento de


práticas didático-pedagógicas ativas. Um de seus
representantes é o norte-americano John Dewey (1859-
1952), que pregou a democracia dentro da escola. O
movimento escolanovista representou também uma
adequação educacional ao crescimento urbano e
industrial. Um de seus pilares foi a identificação dos
métodos pedagógicos com a ciência. Inseriram-se na
crença em uma "pedagogia científica" tanto Maria
Montessori (1870-1952) como o belga Ovide Decroly
(1871-1932). A médica e educadora italiana buscou os
princípios de uma auto-educação motivada por
materiais pedagógicos.

Construtivismo

Ainda que originária de outro meio, a obra do biólogo


suíço Jean Piaget (1896-1980) de certa forma deu
prosseguimento às investigações da Escola Nova sobre
o desenvolvimento cognitivo das crianças e dos
adolescentes. Suas descobertas marcaram a
pedagogia no século 20 mais do que o trabalho de
qualquer outro pensador. Entre os seguidores do
construtivismo, como ficou conhecida a doutrina de
Piaget, está a argentina Emilia Ferreiro, muito influente
no Brasil.

Paralelamente, em consonância com as idéias


socialistas do alemão Karl Marx (1818-1883), vários
pensadores de esquerda desenvolveram idéias
especificamente pedagógicas, como o russo Anton
Makarenko (1888-1939), que defendeu uma ligação
maior entre produção e escola. O bielo-russo Lev
Vygotsky (1896-1934) levantou a tese da gênese social
do psiquismo, estruturada por meio de um sistema de
signos. E o educador brasileiro Paulo Freire (1921-
1997) alcançou largo reconhecimento internacional por
um método centrado na necessidade de consciência
social e na importância do "outro".

Em países da Europa Ocidental, o chamado Estado de


bem-estar social assumiu uma função reguladora das
desigualdades e assumiu mais do que nunca a missão
de educar. Nesse contexto, uma importante linhagem
de pensadores críticos questionou concepções
arraigadas sobre o papel da escola, a organização do
conhecimento e as noções de inteligência, entre outras.
Fazem parte dessa geração intelectuais como os
franceses Edgar Morin, Pierre Bordieu (1930-2002) e
Michel Foucault (1926-1984) e o norte-americano
Howard Gardner, que causou impacto no meio
pedagógico no início dos anos 1980 ao defender a idéia
das inteligências múltiplas.

TOMISMO
Embora seja interessante abordar a história da filosofia voltada para educação desde seus
primórdios, somos limitados por conta do tempo de nossa disciplina. Isso, é claro, não
invalida a pequisa pessoal que cada alun@ pode e deve fazer sobre essa temática.
Para não ficarmos somente nas abordagens mais recentes, nesta unidade, trabalharmos
um panorama filosófico e educacional da partir da Idade Média. Iniciaremos com a
contribuição de Tomás de Aquino com a corrente que ficou conhecida como Tomismo.
O Tomismo é o conjunto das doutrinas teológicas e filosóficas do pensador italiano Tomás
de Aquino 1225-1274, consideradas o ponto culminante do pensamento escolástico, e nas
quais se destaca a busca de uma harmonia entre o racionalismo aristotélico e a tradição
revelada do cristianismo1.
É isso que Márcio Ferrari2 também afirma quando destaca que “mesmo quando dominada
pelo cristianismo, durante a Idade Média, a educação experimentou as vertentes idealista
e realista, uma seguida da outra, de acordo com os postulados de Santo Agostinho (354-
430) e de Tomás de Aquino (1224/5-1274)”. Este último atua como um agente de transição
de uma concepção idealista que migra para a realista.
Há dois tipos de conhecimento nesta corrente filosófica: o sensível, captado pelos
sentidos, e o intelectível, que se alcança pela razão. Desta forma é transportado para a
educação um princípio pedagógico moderno e revolucionário para seu tempo: o de
que o conhecimento é construído pelo estudante e não simplesmente transmitido pelo
professor.
Outro detalhe importante que marcou esse momento diz respeito ao público que começou
a ser atendido pelos sistemas educacionais vigentes:
Para a educação, o tomismo teve grande importância, porque introduziu o princípio da
disciplina intelectual e a noção de que por meio da razão – e portanto do estudo – se
atinge o conhecimento, a felicidade e a virtude. Foi sob essa influência que os políticos
começaram a pressionar a igreja a estender a educação aos leigos pobres e que sugiram
as primeiras universidades3.
Gauthier4, destacando Durkheim, diz que a escola nasceu na Idade Média. E não só isso,
ele continua afirmando que:
a escola se inscreve no prolongamento de movimento que começa com os gregos e
prossegue sob o Império Romano […] A igreja tem como missão ensinar as bases,
permitindo aos cristãos terem acesso ao conhecimento dos textos sagrados. Assim, a
igreja é levada a recuperar o espaço escolar existente e redefinir a educação […] a escola
nasce em virtude dos caracteres que a definem; concentração, organização e projeto
moral comum5.
Desta forma, para ser cristão, é preciso ser um indivíduo educado; é preciso um mínimo de
civilização. Considerando-se que a religião cristã tende a reunir, a unificar, ela tem tudo
para ser civilizadora, educativa. Veremos pois que a escola e o cristianismo operam em
uma relação muito próxima, e que o cristianismo permite à escola propagar-se6.
Para saber mais, assista ao vídeo que destaca a contribuição do professor Antonio
Joaquim Severino.
NOVA ESCOLA | PENSADORES: SANTO TOMÁS DE AQUINO - A EDUCAÇÃO (2:50)

A educação é um instrumento , uma via para a ação . Para a pedagogia tomista , os


Valores são aqueles vinculados a essência dos homens, o homem gira melhor quanto
mis conhecer sua natureza , quanto mais conhecer o bem , mais ele fara o bem.
Valoriza o produto do conhecimento, de acordo com o conhecimento eu posso adequar
minha vontade a eles. Isso levara o homem a mais perto da perfeição e o aproximará de
Deus.
Busca q a criança se realize quando adulto, a sua plena potencialidade traves de sua
essência, q sera direcionada pelo conhecimento o seu modo de ser e agir de acordo com
os valores que nos regem. Realizar um auto conhceimengto para primorar nosso
conhecimento humano.
Para sermos humanos , precisam os ser historicamentge cristãos , segunda a idade
media.

LUTERANISMO
Hoje não trabalharemos uma teoria filosófica específica, mas a contribuição de um
pensador para a ideia de uma educação pública. Falo do reformista Martinho Lutero, a
quem damos o crédito por desencadear a Reforma Protestante.
Para essa aula, tomaremos emprestada a contribuição da obra de Walter Altmann,
intitulada Lutero e Libertação, publicada pela editora Ática em parceria com a Sinodal.
No tratado, dirigido aos conselhos de todas as cidades da Alemanha, para que criem e
mantenham escolas cristãs, redigido por Lutero em 1524, temos a descrição das
vantagens de se manter um sistema educacional mantido pelo governo para atender
meninos e meninas de todas as faixas sociais, empregando-lhes conhecimentos que
fossem úteis para a manutenção do Estado.
Lutero destaca que já não era mais concebível um sistema que visasse apenas a
formação de padres, monges e freiras. Ele critica severamente o sistema tomista quando
diz que “as escolas de hoje já não são mais o inferno e purgatório de nossas escolas, nas
quais éramos torturados com declinações e conjugações, e mesmo com tantos açoites,
tremor, pavor e sofrimento não aprendemos simplesmente nada”1.
Para Lutero,
os meninos devem ser enviados a estas escolas diariamente por uma ou duas horas e,
não obstante, fazer o serviço em casa, aprender um ofício ou o para que sejam
encaminhados, para que as duas coisas andem juntas enquanto são jovens e podem
dedicar-se a isso. Do contrário, gastam-se dez vezes mais tempo com jogos de bolinhas,
jogar bola, corridas e lutas.
Creio que você percebeu que há nessa na proposta de Lutero, algo que permanece até os
nossos dias: a ideia de uma formação estudantil útil para a sociedade.
Altmann2 destaca que
o antigo sistema educacional medieval estava em crise, como reflexo localizado de uma
crise maior, a saber, a da sociedade medieval em transição para um capitalismo mercantil.
Originalmente, no período medieval, havia apenas as escolas dos monastérios. Sua linha
educacional era aristotélico-tomista, e as possibilidades de uma educação superior
limitava-se à carreira eclesiástica.
Embora fosse, por muito tempo a opção viável de educação, diante das transformações
sociais, o modelo tomista deixou de atender às necessidades sociais. Ademais, Lutero
enfatizou a demanda de que o sistema de educação deixasse de ser restrito a um público
pequeno e se tornasse mais acessível para a maioria da população e que sua abrangência
fosse maior3.
O financiamento deveria partir dos cidadãos e também dos governos. Porém, um houve
certa resistência ao modelo proposto pelo reformador, pois muitos pais negavam-se em
abrir mão do trabalho que os filhos realizavam.
Todo esse impasse fez com que Lutero propusesse um sistema mais regionalizado, ou
seja, cada cidade deveria construir suas escolas e, alguns casos, obrigar os pais a
matricularem seus filhos. Isso deu base para a obrigatoriedade do ensino nos estados
modernos4.
Para saber mais sobre esse assunto, assista aos vídeos abaixo.

QUAL A RELAÇÃO ENTRE LUTERO E A EDUCAÇÃO? - THOMAS HEIMANN (1:21)


Os principis destaques de lutero na educação são: Democratização do ensino , o
ingresso as mulheres a educação , criação de boas bibliotecas para ajudar na
acessibilidade dos materiais de estudo(literaturas) ,formação de bons profissionais ao
mercado de trabalho e exercício da cidadania.

LUTERO - EPISÓDIO 8 - EDUCAÇÃO É DIREITO DE TODOS (1:52)


Universalização do ensino , não focado apenas no ensino religioso e Defendia q a
educação era para todos incluindo ( mulheres e pobres), e que deveria ter mulheres
como professoras para ensinar mulheres. Educação mais lúdica (criança tem q aprender
brincando ), defendia que o estado fizesse um investimento alto na educação, 100 x
mais q em armas .

EPISÓDIO 9 - MULHERES: O INÍCIO DA LUTA (2:24)


Seculo 16 , marcado por 2 teólogos medievais quanto a sexualidade e o feminino : santo
agostino e geronimo . eles diziam não a sexualidade , e que o celibato é o caminho para
o ceu, que os homnes tinham 100 % de chance de ir para o ceu se vrassem monges , mas
q as mulheres apenas 90 por causa da mesntruacao q as deixava impouras . Com Lutero
a mulher passa a ser valorizada , pois ele elimina o paradfigma q basta ser celibato para
ganhar pontos para o ceu .
MARXISMO E EDUCAÇÃO
Para a aula de hoje, separamos um dos temas mais controversos que paira sobre a
Filosofia da Educação, o Marxismo.
Há aqueles que são fortes defensores dos postulados de Karl Marx e outros acabam por
se mostrar ferrenhos opositores.
Apresentaremos, nesta aula, quais são as principais ideias do marxismo e como elas
influenciaram e influenciam ainda hoje a educação.
Adianto, logo de saída, que a ordem de exposição é apenas didática e não preferencial,
pois cabe a todos que pensam a educação, investigar as teorias e identificar
quais fenômenos filosóficos, se é que podemos chamar assim, estão presentes na práxis
educativa à nossa volta.

Introdutoriamente, assista ao vídeo de Clóvis de Barros Filho sobre essa temática.


POR QUE LER MARX? | CLÓVIS DE BARROS FILHO (2:52)

Filosofos q pregam q tudo o q vc vê na vida , não se explica por si só .É preciso


entender as causas subterrâneas para entender a explicação de tudo isso , são os
filósofos da suspeita.
Que são : Max(diz q a explicação das ocorrências do mundo da vida se enco9ntram
camufladas e escondidas no sistema econômico, tudo se resume a luta de classes entre
burgueses e proletariados) , Froid e Mitch.

As Ideias Marxistas
Uma obra que nos oferece um panorama da vida e obra de Karl Marx é Intitulada de Marx
e a Pedagogia Moderna, de Mario Alighiero Manacorda, publicada pela editora Alínea em
2007. É possível encontrar, para consulta, uma versão em PDF na Internet. Também
disponibilizamos esse arquivo em nossa biblioteca.
MARX E A PEDAGOGIA MODERNA - MARIO ALIGHIERO MANACORDA
Márcio Ferrari1 destaca que:
Numa de suas frases mais famosas, escrita em 1845, o pensador alemão Karl Marx (1818-
1883) dizia que, até então, os filósofos haviam interpretado o mundo de várias maneiras.
‘Cabe agora transformá-lo’, concluía. Coerentemente com essa ideia, durante sua vida
combinou o estudo das ciências humanas com a militância revolucionária, criando um dos
sistemas de ideias mais influentes da história.
Pensando nesses sistemas, o professor Francisco Porfírio apresenta, na película abaixo,
uma reflexão sobre o conceito de ideologia na obra marxista e que consequente tem forte
influência na educação.
IDEOLOGIA E MARXISMO - BRASIL ESCOLA (9:25)
Para o materialismo dialético(marx) a ideologia da Teoria marxista para o povo é negativa
e do ponto de vista burguesa é positiva . Ele fala que duas classes diferentes com conflitos
do interesses não podem se unir. Ambos não podem querer a mesma coisa. Ideologia da
egemonia de classes é lacunar, sugere muitas preposições onde o não dito é dito.
Para complementar esse conteúdo, também recomendamos o vídeo produzido pela
Unicamp, no programa "Diálogo sem fronteira", da RTV Unicamp, sobre Marxismo e
Educação, com o Prof. José Claudinei Lombardi, tendo como entrevistador o Prof. Pedro
Paulo Funari
DIÁLOGO SEM FRONTEIRA: MARXISMO E EDUCAÇÃO (23:32)
(falta assistir esse vídeo)

Pergunta para Reflexão


A alienação de que fala Marx é consequência do afastamento entre os interesses do
trabalhador e aquilo que ele produz. De modo mais amplo, trata-se também do abismo
entre o que se aprende apenas para cumprir uma função no sistema de produção e uma
formação que realmente ajude o ser humano a exercer suas potencialidades. Você já
pensou se a educação, como é praticada a seu redor, procura dar condições ao aluno
para que se desenvolva por inteiro ou se responde apenas a objetivos limitados pelas
circunstâncias?

EXISTENCIALISMO
O que é o Existencialismo?1
Existencialismo é uma doutrina filosófica centrada na análise da existência e do modo
como seres humanos têm existência no mundo. Procura encontrar o sentido da vida
através da liberdade incondicional, escolha e responsabilidade pessoal.
Segundo esta corrente filosófica, os seres humanos existem primeiramente e depois cada
indivíduo passa a sua vida mudando a sua essência ou natureza.
Esta tendência filosófica que surgiu e se desenvolveu na Europa entre as duas guerras
mundiais (1918-1939), é caracterizada por centrar a sua análise na existência, entendida
esta não como fática ou fato de ser, mas como realidade individual mundana.
Enquanto representa uma reação humanista contra toda a forma de alienação, o
existencialismo tem uma extensa série de precursores: Sócrates, Santo Agostinho, Maine
de Bitan, etc. Mas, em sentido restrito, a origem do existencialismo remonta a Kierkegaard,
o qual, por oposição à filosofia especulativa hegeliana, projeta uma filosofia segundo a
qual o sujeito está implicado vitalmente na sua reflexão e não se limita a uma objetivação
abstrata da realidade. Perante isto, defende a irredutibilidade da existência humana
relativamente a qualquer tentativa idealizadora ou coisificadora.
Existencialismo de Sartre
O representante principal do existencialismo ateu é Jean-Paul Sartre, tendo publicado
obras significativas como L'Existentialisme est un Humanisme ("O Existencialismo é um
Humanismo") de 1946 e L'Être et Le Néant (O Ser e o Nada) de 1943.
De acordo com Sartre, a existência precede a essência, ou seja, primeiro existe e depois
determina a sua essência, através das suas ações e forma de viver a vida. Assim, o
existencialismo ateu era contrário ao existencialismo cristão, porque o homem era
responsável por definir a sua essência e não Deus.
Existencialismo ateu
O existencialismo se desenvolveu em duas direções: uma ateia e outra cristã. O
existencialismo ateu declara que não existindo Deus, todo o fundamento universal
desaparece, o que origina a subjetividade da moral. Surge então um sentimento de
angústia que revela a fragilidade humana, a sua responsabilidade única perante qualquer
ato e a necessidade de orientar a ação livre para um autoprojeto individual ou
compromisso social.
O existencialismo filosófico exerceu uma grande influência na teologia (R. Bultmann), na
literatura (A. Camus) e na psiquiatria (Binswanger).
Existencialismo Cristão
O existencialismo cristão incide comunhão e no amor interpessoal como meio de uma
transcendência moral da presença absoluta. Insiste na defesa de uma perspectiva
antropológica, embora não admita o imanentismo ateu. Está representado por K. Barth, G.
Marcel e K. Jaspers.
O EXISTENCIALISMO E A EDUCAÇÃO
Para aprofundarmos nossa discussão, gostaria de compartilhar com você um trecho do
artigo O EXISTENCIALISMO EM SARTRE: SUBJETIVIDADE E SOCIEDADE DO
CONHECIMENTO2, de autoria de Thiago Reginaldo e Maria Elivete da Silva Pereira.
Disponibilizamos a versão completa do referido texto na biblioteca de nossa disciplina.
Para acessá-lo, basta clicar no título do artigo acima ou se preferir, acesse o site de
origem através do link:
<https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rfe/article/view/1744 >. Acessado em 07.
Abr. 2019.
Abaixo, transcrevo um trecho do referido material.
Reflexões sobre educação na sociedade do conhecimento3
Nos últimos anos, à medida que a sociedade se transformou e caminhou rumo à era
informacional ou do conhecimento diferentes tecnologias e modelos digitais foram criados
e tem impacto direto na educação. De acordo com Tedesco (2009) no mundo aonde se
acumulam e circulam informações e conhecimentos através de tecnologias gradativamente
mais poderosas o papel dos espaços educativos deve ser definido pela sua capacidade
para preparar o uso consciente, crítico e ativo de tais dispositivos.
Com esses aparatos tecnológicos o indivíduo passou e passa a observar o mundo a partir
de diferentes lentes. Essa relação atual do sujeito com o mundo e do mundo com o sujeito
acontece através da virtualidade por meio de processos de comunicação que trazem
novas perspectivas dentro do pensamento apresentado por Sartre. Esses aspectos podem
entrar como a condição universal do sujeito devido à época em que se vive hoje, onde o
indivíduo já nasce na era digital. Deste modo, a sociedade digital e em rede passa a fazer
parte da constituição do sujeito.
Com a sociedade conectada e com padrões complexos de desenvolvimento, se torna uma
tarefa árdua estabelecer reflexões sociais nos sujeitos e emancipar suas atitudes devido
às formas de globalização das informações. A educação emancipadora e o conhecimento
podem se tornar formas de levar o sujeito a superar seus limites através da consciência. A
consciência está no fato de olhar para o que está acontecendo no mundo e poder se
posicionar perante isso.
A relação do sujeito com os meios de comunicação midiáticos pode acontecer de
diferentes formas a partir da simples introjeção ou reflexão-crítica dos conteúdos que lhe
são apresentados. É preciso apontar que o sujeito é livre para fazer suas escolhas, pois,
até mesmo o não escolher é uma escolha. Por exemplo, os noticiários têm anunciado
muitas tragédias, guerras e outras notícias envolvendo atos de violência, enquanto uns
procuram soluções com iniciativas sociais ou educativas outros apenas assistem
passivamente o que está acontecendo e esta inércia colabora para a manutenção do
desastre. Assim, para que se tenha uma atitude reflexiva e crítica perante os meios de
comunicação e como resultado uma postura emancipatória é preciso de responsabilidade
nas suas escolhas e compreensão da realidade em que se está inserido. Para favorecer
este processo de escolha a educação para os meios deve capacitar à participação
crítica afirma Buckingham (2012, p. 53):
4
Precisamos capacitar os jovens a se tornarem participantes ativos na cultura de mídia;
porém, não basta apenas participação ou criatividade por si próprias. É preciso, também,
que sejam participantes críticos, desenvolvendo um entendimento mais amplo das
dimensões econômicas, sociais e culturais da mídia – entendimento este que não resulta
automaticamente da produção criativa.
A liberdade da escolha perante uma participação crítica possibilita ao o sujeito a reflexão e
análise na definição de projetos e ser no mundo. Perante isso o ser no mundo do sujeito
passa a ter filtros para conseguir selecionar e ser consciente. Os filtros poderiam ser
descritos como uma forma de manter o sujeito atento ou alheio perante a consciência. O
uso desses filtros irá causar um mal estar, o que Sartre chama de náusea ou angústia,
caso contrário, será incorporado as suas atitudes o sentimento de “estar na multidão”, ou
seja, ser mais um sujeito no mundo capital. Assim, para a transformação do sujeito e do
mundo é preciso dessa inquietação angustiante. Trata-se de um processo de construção e
desconstrução que leva a reflexão e crítica dos objetos, pessoas e mundo. Para refletir
sobre isso é preciso se distanciar, estar fora, para poder se posicionar frente aquilo e
poder ter um olhar consciente. Para ter novas atitudes perante algo é preciso compreendê-
lo, olhar em todas as faces do fenômeno, e o conhecimento permite que isso aconteça.
Uma vez distanciado do contexto aparece à possibilidade de transformar-se e transformar.
A compreensão da construção de conhecimento e dos processos midiáticos frente a essa
realidade apresentada corrobora para a formação emancipatória de sujeitos desde a mais
tenra idade até os mais velhos. O conhecimento se configura para Sartre como algo
absoluto numa tentativa de representação de ser o que não se é:
Quero captar este ser e não encontro senão eu mesmo. O conhecimento, intermediário
entre o ser e o não-ser, remete-me ao ser absoluto se pretendo fazê-lo subjetivo e a mim
mesmo quando suponho captar o absoluto. O sentido mesmo do conhecimento é ser o
que não é e não ser o que é, porque, para conhecer o ser tal como é, seria necessário ser
este ser; mas não há esse “tal como é” salvo porque não sou o ser que conheço, e, se me
convertesse nele, o “tal como é” desvanecer-se-ia e já nem sequer poderia ser pensado.
(SARTRE, 1997, p. 286)
Essa definição de conhecimento compreende que a realidade das mídias e dos processos
de comunicação em rede é formada por pessoas e suas relações se estabelecem através
das pessoas, ou seja, é algo humano com interfaces tecnológicas. Para a melhor
compreensão e estruturação desse conhecimento nas mídias por essa visão precisa-se
entender o que Sartre chama para-outro. É pelo para-outro que existe a possibilidade de
mediar um processo e despertar o conhecimento: “é somente na medida em que se opõe
ao outro que cada um é absolutamente Para-si; afirma contra o outro e frente ao outro seu
direito de ser individualidade” (SARTRE, 1997, p. 307). Dessa forma, o ser humano
apreende a realidade através de uma rede de colaboração na qual cada ser ajuda o outro
a desenvolver-se, ao mesmo tempo em que também se desenvolve. Todos aprendem
juntos e em colaboração. Como afirma Freire (1993, p.9), “ninguém educa ninguém, como
5

tampouco ninguém educa a si mesmo: os homens se educam em comunhão,


mediatizados pelo mundo”.
Ao se pensar os sistemas educacionais formais o educador tem a função de facilitar a
criação de sentido e significado à interlocução entre o estudante e as plataformas digitais e
midiáticas. Para Freire (1983, p.47), “a educação é comunicação, é diálogo, na medida em
que não é transferência de saber, mas um encontro de sujeitos interlocutores que buscam
a significação dos significados”, e por isso destaca-se aqui a importância da concepção
dialógica da comunicação na educação. Nessa disseminação do conhecimento pela
comunicação um novo horizonte pode ser alcançado através da mediação do educador-
estudante e como resultado um ser mais crítico no mundo perante a grande quantidade de
informações da mídia em massa. O educador como resultado contribuirá para a formação
da individualidade do estudante. Isso pode ser feito através da mediação
educador/estudante/comunidade em orientações de processos educativos e de
conhecimento. Deve-se despertar a reflexão no estudante por estes processos, o
despertar de uma participação crítica do sujeito no mundo com resultado em ações.
A ação esperada diante da reflexão no estudante se enquadra no existencialismo de
Sartre (1987) que afirma que a vida humana é possível e que toda a verdade e ação
implicam na subjetividade humana. Isso ancora o projeto humano de cada um que é
subjetivo e individual, porém, universal já que orienta a humanidade a seguir seus atos.
Deste modo, Freire (1983) afirma não há possibilidade de dicotomia do homem e do
mundo, visto que não existe um sem o outro. O autor constata que pela ação do homem
no mundo, através de sua ação sobre ele, o homem encontra as marcas de sua própria
ação. Além disso, “não podemos nos assumir como sujeitos da procura, da decisão, da
ruptura, da opção, como sujeitos históricos, transformadores, a não ser assumindo-nos
como sujeitos éticos” (FREIRE, 2005, p. 17).
6

Como observado até aqui, a teoria de Sartre pode ser pensada em conjunto com a
Pedagogia Libertadora de Freire que se enquadra na corrente pedagógica sociocrítica de
Libâneo (2005). Entretanto, com as novas representações sociais e a complexidade da
sociedade do conhecimento outras correntes além dessa precisam ser referidas aqui para
uma compreensão ampla de outros termos que também contribuem para a compreensão
da emancipação do sujeito e sua subjetividade, entre elas, as holísticas e pós-modernas.
De acordo com Libâneo (2005) as correntes holísticas enxergam a realidade como
integração entre o todo e as partes, sua complexidade e natureza; e as correntes pós-
modernas valorizam os muitos discursos, linguagens e diferenças para o desenvolvimento
da consciência. Esses conceitos apresentados indicam que a subjetividade e os
conhecimentos do mundo se apresentam de diferentes formas e implicarão, quando
respeitados e compreendidos, em sujeitos mais plurais e respeitosos. O autor alerta,
todavia, que é preciso ter cuidado para que na sociedade do conhecimento, a despeito de
todas essas teorias, não haja somente um saber fazer, mas uma preocupação com a
formação geral:
Não há uma crise de formação; há um contexto concreto de transformações sociais,
econômicas, políticas que tendem a privar a humanidade e, portanto, os processos
formativos, de perspectivas de existência individual e social. A formação global do ser
humano, portanto, continua sendo condição de humanização e tarefa da pedagogia, onde
se inclui certamente o desenvolvimento da razão. Mas trata-se de uma racionalidade que
resgata a subjetividade, a autonomia da consciência humana, assentada no
desenvolvimento das capacidades cognitivas e afetivas de problematização e apreensão
da realidade. (LIBÂNEO, 2005, p.41)
Desse modo a formação global tem relação com o ser no mundo de Sartre em todas suas
potencialidades de subjetividade, individualidade, direito a diferenciação, aprendizado,
afetividade, compartilhamento e relações sociais. Isso contribui para um cidadão
consciente e ético que caminha rumo a sua liberdade. Não se deve esquecer, no entanto,
da relação do ser no mundo e da sua universalização e ação coletiva – à medida que o ser
se constrói ele influi para além de si no outro e no mundo. Dessa maneira na sociedade do
conhecimento as formas de comunicação e compreensão do mundo podem ser utilizadas
de maneira reflexiva e comprometidas em processos mediados e emancipatórios.

Para saber mais sobre o assunto, assista aos vídeos abaixo


O EXISTENCIALISMO EM SARTRE - BRASIL ESCOLA (17:45)

Precursores do existenciaaismo de Sartre :


Klerkegaard que dizia que :
Para se compreender a vida humana , deve-se pensar sobre sua própria vida primeiro .
Nietsche: O sentido da filosofia é uma busca do sentido da vida cotidiana , filosófica.
Constrói-se enquanto ser. A vida cotidiana humana importa para a filosofia, e não so
conhecimentos puros, a vivencia nos constrói quanto seres humanos , Tudo é natureza ,
faz paste da mesma coisa , o homem não é maior q a natureza .
Husserl: criou um método fenomenológico q procura entender as essências das coisas
através das impressões que os fenômenos provocam nas pessoas.
Nós dependemo9s da nossa imoressao percepca9o pessoal , são importantes pra me
fazer entender algo.

Esses 3 pensadores juntos formam a teoria do existencialismo.

Sartre nega que tenha alguma essência humana (q o separe da natureza ), ele acredita q
o ser humano não tem essência e sim q ele se torna alguém a partir das experiências
vividas por ele. Para ele cada ser humano é único e singular e a pastir de sua vivencia
ele vai se tornando quem ele é ... a existência vem antes da essência.
Primeiro somos inseridos no mundo para depois pensrm9os na ensencia q nos definira
como seres humanos .
Dualismo psicofísico (platao e Decarte ): corpo e alma
Sartre já fala de corpo e consiencia , temos um corpo físico e a consiencia ( q habita
esse corpo)
Ser em si(corpo): compõe o ser humano é um objeto em si . exemplo: tudo q é definido ,
nomedado e identificado (ex: meu rosto, meu cabelo )
Ser para si(consciência): tem consiencia de si , vive para si, mas não tem uma
identidade definida ou seja nossa consciência .
Nao há consciência sem corpo. (ele é um filosofo materialista)
Pra Sartre o ser humano é acometido por uma angustia, é como se apenas o corpo
tivesse uma identidade e a consciência vivesse nessa busca por se igualar a identidade
do corpo. Não conseguimos ser identidade e nem ser consciência pura , por isso
vivemos em angustia.

Para Sartre o ser humano esta condenado a liberdade . pq somos seres de esc9olha
continua, não dendo como fugir de fazer escolhas , então se não existe um essesncia e
sim cada pessoa é q faz as escolhas , cada ser humano cai num condição , onde ele foi
condicionado a tomar uma atitude uma decisão .por isso nada pode me definir pq eu
nbao tenh9o uma essência

O QUE É EXISTENCIALISMO? (1:35)

É uma linha de pensasmento que prega a liberdade para conduzir a sua própria vida.

Para mim, o existencialismo é algo anti cristão. Como pode um cristão afirmar que ele
tem liberdade para decidir o q escolher em sua vida ? eu nasci com uma inclinbacao
para o mal com uma essência ruim , logo , minhas decisões são dominadas pela
essesncia ruim pecado, e só a liberdade em cristo.

EMPIRISMO PEDAGÓGICO
EMPIRISMO PEDAGÓGICO
Por muito tempo, pensadores da educação fizeram a pergunta: como uma pessoa
aprende? Pelo que já deu para ver nessa disciplina até agora, muitos teóricos se dispõem
para responder esse questionamento.
A aula de hoje dará conta de uma dessas possibilidades, o Empirismo, que, na medida em
que estiver sendo apresentado, será contraposto com outras perspectivas.
VISÃO EMPIRISTA DA APRENDIZAGEM (1:55) video

O individuo aprende somente através da experiência e observação.


Tabula rasa (folha de papel em branco)- deve ser preenchida de conhecimentos
adquiridos através de experiências.
Aristotales é o principal representante desse pensamento.
A relação de sujeito e objeto é assim : o objeto (as experiências ) formam o sujeito( a
pessoa ).
O sujeito depende de algo externo (objeto) q fornecera elementos para ele aprender e
conhecer.O sujeito portanto sera influenciado pelo o que lohe foi progranmado pelos
agentes externos.
O ensino9 tradicional se baseiam nesde conceito empirista da aprendizagem.

O QUE É EMPIRISMO1
Empirismo é um movimento filosófico que acredita nas experiências humanas como
únicas responsáveis pela formação das ideias e conceitos existentes no mundo.
O empirismo é caracterizado pelo conhecimento científico, quando a sabedoria é adquirida
por percepções; pela origem das ideias, por onde se percebem as coisas, independente
de seus objetivos ou significados.
O empirismo consiste em uma teoria epistemológica(estuda como surgiu a coisa) que
indica que todo o conhecimento é um fruto da experiência, e por isso, uma consequência
dos sentidos. A experiência estabelece o valor, a origem e os limites do conhecimento.
O principal teórico do empirismo foi o filósofo inglês John Locke (1632 – 1704), que
defendeu a ideia de que a mente humana é uma "folha em branco" ou uma "tabula rasa",
onde são gravadas impressões externas. Por isso, não reconhece a existência de ideias
natas, nem do conhecimento universal.
Sendo uma teoria que se opõe ao Racionalismo, o empirismo critica a metafísica e
conceitos como os de causa e substância. Ou seja, todo o processo do conhecer, do saber
e do agir é aprendido pela experiência, pela tentativa e erro.
Etimologicamente, este termo possui uma dupla origem. A palavra pode ter surgido a partir
do latim e também de uma expressão grega, derivando de um uso mais específico,
utilizado para nomear médicos que possuem habilidades e conhecimentos de experiências
práticas e não da instrução da teoria.
Além de John Locke, existiram outros diversos autores de destaque na formação do
conceito do empirismo, como Francis Bacon, David Hume e John Stuart Mill.
Atualmente, o empirismo lógico é conhecido como neopositivismo, criado pelo círculo de
Viena. Dentro do empirismo, existem três linhas empíricas: a integral, a moderada e a
científica.
Na ciência, o empirismo é utilizado quando falamos no método científico tradicional, que é
originário do empirismo filosófico, que defende que as teorias científicas devem ser
baseadas na observação do mundo, em vez da intuição ou da fé, como lhe foi passado.
Empirismo e Racionalismo
O Empirismo e o Racionalismo são duas correntes filosóficas opostas.
O Racionalismo aborda o tema do conhecimento a partir das ciências exatas, enquanto
o Empirismo dá mais importância às ciências experimentais.
Segundo o Racionalismo, o conhecimento é alcançado fazendo um bom uso da razão, e
não dos sentidos, porque a informação obtida através dos sentidos pode estar errada,
porque é possível haver engano naquilo que se ouve ou vê.
Empirismo e Inatismo
O Inatismo é uma corrente de pensamento filosófico totalmente oposta ao do Empirismo.
O Inatismo acredita que o conhecimento é inato ao ser humano, ou seja, os indivíduos
já nascem com determinados conhecimentos.
Ao longo da vida, no entanto, os inatistas acreditam que os indivíduos devem receber
estímulos para que todos os conhecimentos existentes possam se desenvolver.
Os conhecimentos seriam transmitidos de geração em geração através da
hereditariedade.
Empirismo e Iluminismo
O Iluminismo, também conhecido como "Época das Luzes", foi um período de
transformações na estrutura social, principalmente na Europa, onde os temas giravam em
torno da Liberdade, do Progresso e do Homem.
Ao contrário do empirismo, o iluminismo dava grande importância à razão, procurando
sempre mobilizar o seu poder.
Empirismo e Criticismo
O Criticismo é uma corrente filosófica que indica a razão como imprescindível para se
alcançar o conhecimento, não havendo a necessidade do recurso aos sentidos.
Immanuel Kant, criador do Criticismo, usou essa filosofia para trazer um ponto comum
entre o empirismo e racionalismo.
Kant afirma que a sensibilidade e o entendimento são duas faculdades importantes na
obtenção do conhecimento, sendo que a informação captada pelos sentidos vai ser
modelada pela razão.
Para saber mais sobre o assunto, leia o artigo da professora Beatriz Santomauro,
intitulado Inatismo, Empirismo e Construtivismo – três ideias sobre a aprendizagem.
Há uma versão em PDF desse material na biblioteca de nossa disciplina e você pode
também acessar o site de origem no Link abaixo:
INATISMO, EMPIRISMO E CONSTRUTIVISMO – TRÊS IDEIAS SOBRE A
APRENDIZAGEM – BEATRIZ SANTOMAURO
Para saber mais, assista ao vídeo abaixo
EMPIRISMO (5:07)

O empirismo é a filosofia q destaca a importância do conhecimento através da


experiência , mas que experiência é essa ?
Experiencias internas (sonhos, emoções , raciocineo logico ,imaginação) são excluídas ,
apenas s experiências sensoriais ou seja, as experiências adquiridas através dos
sentidos( visao , audição , tato, olfato e paladar ).
Lema do empirismo: nada existe no intelecto q não tenha passado antes pelos sentidos.
Reconhecer a importancia da 4experinecia não torna a pessoa empirista. {ara ser
empirista tem q ter como0 base fundamental de todo o conhecimento a experiência , o
conhcecimnto não existe sem a evidencia sensorial nao for conhecida.

A exp-eriencia emk si não são o próprio conhecimento e sim qa base para surgir o
conhecimento q opera em cima dessas evidencas sensoriais. Rembora reconhecam a
importância do racionalo , o sensorial é de suprfema importância e p0onto de partida de
informação confiável.
PRAGMATISMO
Olá, car@ estudante!
Antes de passarmos para a etapa de sondagem dessa unidade, precisamos registar a
contribuição da corrente filosófica que ficou conhecida como Pragmatismo, muito embora
seu “idealizador” prefira o nome “Instrumentalismo”, para a educação.
Do artigo assinado por Márcio Ferrari1, destacamos os fragmentos abaixo. Para dispor da
versão integral em PDF, acesse a biblioteca de nossa disciplina – JOHN DEWEY – O
PENSADOR QUE PÔS A PRÁTICA EM FOCO.
Quantas vezes você já ouviu falar na necessidade de valorizar a capacidade de pensar
dos alunos? De prepará-los para questionar a realidade? De unir teoria e prática? De
problematizar? Se você se preocupa com essas questões, já esbarrou, mesmo sem saber,
em algumas das concepções de John Dewey (1859-1952), filósofo norte-americano que
influenciou educadores de várias partes do mundo. No Brasil inspirou o movimento da
Escola Nova, liderado por Anísio Teixeira, ao colocar a atividade prática e a democracia
como importantes ingredientes da educação.
Dewey é o nome mais célebre da corrente filosófica que ficou conhecida como
pragmatismo, embora ele preferisse o nome instrumentalismo - uma vez que, para essa
escola de pensamento, as ideias só têm importância desde que sirvam de instrumento
para a resolução de problemas reais. No campo específico da pedagogia, a teoria de
Dewey se inscreve na chamada educação progressiva. Um de seus principais objetivos
é educar a criança como um todo. O que importa é o crescimento - físico, emocional e
intelectual.
O princípio é que os alunos aprendem melhor realizando tarefas associadas aos
conteúdos ensinados. Atividades manuais e criativas ganharam destaque no currículo e as
crianças passaram a ser estimuladas a experimentar e pensar por si mesmas. Nesse
contexto, a democracia ganha peso, por ser a ordem política que permite o maior
desenvolvimento dos indivíduos, no papel de decidir em conjunto o destino do grupo a que
pertencem. Dewey defendia a democracia não só no campo institucional mas também no
interior das escolas.
Estímulo à cooperação

Influenciado pelo empirismo, Dewey criou uma escola-laboratório ligada à universidade


onde lecionava para testar métodos pedagógicos. Ele insistia na necessidade de estreitar
a relação entre teoria e prática, pois acreditava que as hipóteses teóricas só têm sentido
no dia a dia. Outro ponto-chave de sua teoria é a crença de que o conhecimento é
construído de consensos, que por sua vez resultam de discussões coletivas. "O
aprendizado se dá quando compartilhamos experiências, e isso só é possível num
ambiente democrático, onde não haja barreiras ao intercâmbio de pensamento", escreveu.
Por isso, a escola deve proporcionar práticas conjuntas e promover situações de
cooperação, em vez de lidar com as crianças de forma isolada.
Seu grande mérito foi ter sido um dos primeiros a chamar a atenção para a capacidade de
pensar dos alunos. Dewey acreditava que, para o sucesso do processo educativo, bastava
um grupo de pessoas se comunicando e trocando ideias, sentimentos e experiências
sobre as situações práticas do dia a dia. Ao mesmo tempo, reconhecia que, à medida que
as sociedades foram ficando complexas, a distância entre adultos e crianças se ampliou
demais. Daí a necessidade da escola, um espaço onde as pessoas se encontram para
educar e ser educadas. O papel dessa instituição, segundo ele, é reproduzir a comunidade
em miniatura, apresentar o mundo de um modo simplificado e organizado e, aos poucos,
conduzir as crianças ao sentido e à compreensão das coisas mais complexas. Em outras
palavras, o objetivo da escola deveria ser ensinar a criança a viver no mundo.
"Afinal, as crianças não estão, num dado momento, sendo preparadas para a vida e, em
outro, vivendo", ensinou, argumentando que o aprendizado se dá justamente quando os
alunos são colocados diante de problemas reais. A educação, na visão deweyana, é "uma
constante reconstrução da experiência, de forma a dar-lhe cada vez mais sentido e a
habilitar as novas gerações a responder aos desafios da sociedade". Educar, portanto, é
mais do que reproduzir conhecimentos. É incentivar o desejo de desenvolvimento
contínuo, preparar pessoas para transformar algo.
A experiência educativa é, para Dewey, reflexiva, resultando em novos conhecimentos.
Deve seguir alguns pontos essenciais: que o aluno esteja numa verdadeira situação de
experimentação, que a atividade o interesse, que haja um problema a resolver, que ele
possua os conhecimentos para agir diante da situação e que tenha a chance de testar
suas ideias. Reflexão e ação devem estar ligadas, são parte de um todo indivisível. Dewey
acreditava que só a inteligência dá ao homem a capacidade de modificar o ambiente a seu
redor.
Liberdade intelectual para os alunos
A filosofia deweyana remete a uma prática docente baseada na liberdade do aluno para
elaborar as próprias certezas, os próprios conhecimentos, as próprias regras morais. Isso
não significa reduzir a importância do currículo ou dos saberes do educador. Para Dewey,
o professor deve apresentar os conteúdos escolares na forma de questões ou problemas e
jamais dar de antemão respostas ou soluções prontas. Em lugar de começar com
definições ou conceitos já elaborados, deve usar procedimentos que façam o aluno
raciocinar e elaborar os próprios conceitos para depois confrontar com o conhecimento
sistematizado. Pode-se afirmar que as teorias mais modernas da didática, como o
construtivismo e as bases teóricas dos Parâmetros Curriculares Nacionais, têm inspiração
nas ideias do educador.

JOHN DEWEY(1) – FUNCIONALISMO E PRAGMATISMO – FILOSOFIA DA


EDUCAÇÃO (5:44) vídeo

Funcionalismo:
Segundo Dewey O comportamento não deve ser analisado de forma segmentar
(processos senssoriais ,processos cerebrais e respostas motoras) e sim que devemos
observar que existe um fluxo comportamental que precisa ser considerado em sua
inteiresa.
Ex: chama da vela ( todos os tipos comportamentais estão envoovidos no aprendizado de
não mexe4r na chama da vela ).

Pragmatismo:
Conceitos filosoficos abstratos so podem ter significado se forem utilizados de forma
pratica. Entend que o pensamento deve ter utilidade pratica em beneficio ao ser humano
(servir aos inter4sses da sobrevi8vencia humana ).

Democracia é para ser vivida através da educação e experiências educacionais .


As crianças não são paginas em branco(onde os pro9fessores vao escrever nelas a
histofria ) elas são ativas e a escola tem q ter a capacidade de reco9nhecer essa atividade
nelas e orientalas. A crianças tras 4 impulsos inatos : comunicar, construir , perguntar e
expressar d forma mais precisa possível .
Ela tbm tem interesses e atividades em coisas relacionadas no seu lar . que tem q ser uda
pela escola para crescimento do estudante.

Tradicionais X românticos
Tradicional : Os tradicionalistas defedem a escola tem q ser centrada nos conteúdos e
programas discip0linados e gradual , cabendo aos estudantes serem dóceis e receptivos
.

Romanticos: defendiam a escola senhtrada na criança , o crescimento natural e


desinibido da criança er prioritária do que o ensino das disciplinas.

Dewey não é nenhum dos dois ele condena o ensino focado apenas no com teudo0 , mas
tbm não gosta do foco na criança sem nenhum direcionamento.
Para ele , é possível as duas coisas ter em foque o interesse no9 desenvolvimento da
ctrinac a e tbm focar no conteúdo de forma harmoniosa.

JOHN DEWEY(2) – DEMOCRACIA E EDUCAÇÃO – FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO (7:03)

É o principal nome (referencia) para a educação progressiva amerficana , ele acredita


que a educação deve ser focado no estudante sem desmerecer a imporetancia dos
conteúdos escolares, sendo q a melhor forma de aprender é da experiência ,
condenando a forms antiga de aprender q é através da memorizacao e repetição. E sim
co9m presentacao de problemss estimulantes e não rígidas e dogmáticas , onde a
educação deve estimular um pensamento criativo e não dócil e discip0lihndo.
A teoria e a pratica , pensamento e ação são i9nseparaveis , tem q andar juntos.
Para Dewey a educação progressiva tem 6 principios:
1- Os interesses das crianças são o ponto de partida (motivar as crianças com os
afazeres escolares)
2- Os estudantes aprendem de forma ativa
3- O professor é um orientador ( e não um instrutor, ele deve atuar com um guia )
4- A escola é um microcosmo da sociedade
5- Atividades devem focar na solução de problemas
6- Clima social deve ser democrático e cooperativo (deve estar conectada com sua
sociedade)

Atividade

O Tomismo foi fortemente marcado pelo:

Escolha uma:
a. Idealismo platônico
b. Positivismo de Augusto Comte
c. Marxismo de Karl Marx
d. Realismo aristotélico
e. Pragmatismo de John Dewey
Feedback
Sua resposta está correta.
A resposta correta é: Realismo aristotélico.
Questão 2
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
Marcar questão
Texto da questão

Sobre o Tomismo, marque a alternativa INCORRETA?

Escolha uma:
a. Foi sob essa influência que os políticos começaram a pressionar
a igreja a estender a educação aos leigos pobres e que sugiram as
primeiras universidades
b. A igreja é levada a extinguir o espaço escolar existente e redefinir
a educação […] a escola nasce em virtude dos caracteres que a
definem; concentração, organização e projeto moral comum

c. Para a educação, o tomismo teve grande importância, porque


introduziu o princípio da disciplina intelectual e a noção de que por
meio da razão – e portanto do estudo – se atinge o conhecimento, a
felicidade e a virtude.
Feedback
Sua resposta está correta.
A igreja é levada a RECUPERAR o espaço escolar existente e
redefinir a educação […] a escola nasce em virtude dos caracteres
que a definem; concentração, organização e projeto moral comum
A resposta correta é: A igreja é levada a extinguir o espaço escolar
existente e redefinir a educação […] a escola nasce em virtude dos
caracteres que a definem; concentração, organização e projeto
moral comum.
Questão 3
Correto
Atingiu 2,00 de 2,00
Marcar questão
Texto da questão
Qual a principal contribuição do reformista Martinho Lutero para
a Educação?
Escolha uma:
a. Propôs um sistema de educação público, organizado em três
ciclos (fundamental, médio e superior) e voltado para o saber útil.

b. Propôs a instalação e manutenção do tomismo para as escolas


alemãs.
c. Propôs que os pais investissem na educação doméstica dos
filhos em períodos noturnos, a fim de que não os prejudicassem em
seus afazeres trabalhistas.
Feedback
Sua resposta está correta.
A resposta correta é: Propôs um sistema de educação público,
organizado em três ciclos (fundamental, médio e superior) e voltado
para o saber útil..
Questão 4
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
Marcar questão
Texto da questão

Sobre o existencialismo, complete as lacunas com os termos


correspondentes.
“Desse modo a formação global tem relação com o ser no mundo
de Sartre em todas suas potencialidades de subjetividade,
individualidade, direito a diferenciação, aprendizado, afetividade,
compartilhamento e relações sociais. Isso contribui para um cidadão
Escolher...ético e apáticoconsciente e incréduloconsciente e ético crítico e

incrédulo que caminha rumo a sua


liberdade.”

Feedback
Sua resposta está correta.
A resposta correta é:

Sobre o existencialismo, complete as lacunas com os termos


correspondentes.
“Desse modo a formação global tem relação com o ser no mundo
de Sartre em todas suas potencialidades de subjetividade,
individualidade, direito a diferenciação, aprendizado, afetividade,
compartilhamento e relações sociais. Isso contribui para um cidadão
[consciente e ético ] que caminha rumo a sua liberdade.”

Questão 5
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
Marcar questão
Texto da questão

Sobre o Empirismo, complete as lacunas com os termos


correspondentes,
O empirismo consiste em uma Escolher...teoria racionalistateoria
epistemológica que indica que todo o
conhecimento é um fruto da experiência, e por isso, uma
consequência dos sentidos. A Escolher...razãoexperiência

estabelece o valor, a origem e os limites


do conhecimento.

Feedback
Sua resposta está correta.
A resposta correta é:

Sobre o Empirismo, complete as lacunas com os termos


correspondentes,
O empirismo consiste em uma [teoria epistemológica] que
indica que todo o conhecimento é um fruto da experiência, e por
isso, uma consequência dos sentidos. A [experiência]
estabelece o valor, a origem e os limites do conhecimento.

Questão 6
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
Marcar questão
Texto da questão

De acordo com Márcio Ferrari, o Pragmatismo de John Dewey


foi influenciado pelo:

Escolha uma:

a. Empirismo
b. Construtivismo
c. Inatismo
Feedback
Sua resposta está correta.
A resposta correta é: Empirismo.
Questão 7
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
Marcar questão
Texto da questão

Assista ao vídeo abaixo e em seguida complete a frase com o


termo que falta.

<div class="player-unavailable"><h1 class="message">Ocorreu um erro.</h1><div


class="submessage"><a href="http://www.youtube.com/watch?v=Cms4t0QcfRI"
target="_blank">Tente assistir o vídeo em www.youtube.com</a>, ou ative o
JavaScript caso ele esteja desativado em seu navegador.</div></div>
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JOHN DEWEY(1) – FUNCIONALISMO E PRAGMATISMO –
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO (5:44)
Para o Pragmatismo, conceitos filosóficos abstratos só têm
significado na medida em que podem ser utilizados de forma
Escolher...artesanalrepetidaConceitual prática .

Feedback
Sua resposta está correta.
Resposta a partir de 2:38 a 2:47
A resposta correta é:

Assista ao vídeo abaixo e em seguida complete a frase com o


termo que falta.

<div class="player-unavailable"><h1 class="message">Ocorreu um erro.</h1><div


class="submessage"><a href="http://www.youtube.com/watch?v=Cms4t0QcfRI"
target="_blank">Tente assistir o vídeo em www.youtube.com</a>, ou ative o
JavaScript caso ele esteja desativado em seu navegador.</div></div>

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JOHN DEWEY(1) – FUNCIONALISMO E PRAGMATISMO –
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO (5:44)
Para o Pragmatismo, conceitos filosóficos abstratos só têm
significado na medida em que podem ser utilizados de forma
[prática].
Questão 8
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
Marcar questão
Texto da questão

Assista ao vídeo abaixo e em seguida responda o que se pede.


Segundo Dewey, as crianças têm quatro impulsos inatos, quais
são eles?

<div class="player-unavailable"><h1 class="message">Ocorreu um erro.</h1><div


class="submessage"><a href="http://www.youtube.com/watch?v=Cms4t0QcfRI"
target="_blank">Tente assistir o vídeo em www.youtube.com</a>, ou ative o
JavaScript caso ele esteja desativado em seu navegador.</div></div>

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JOHN DEWEY(1) – FUNCIONALISMO E PRAGMATISMO –
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO (5:44)

Escolha uma:
a. Construir, Perguntar, Comunicar e Omitir
b. Brincar, Gritar, Correr e Chorar
c. Comunicar, Construir, Perguntar e Expressar
d. Comunicar, Explicar, Rever e Assimilar
Feedback
Sua resposta está correta.
Resposta a partir de 3:47 a 3:56
A resposta correta é: Comunicar, Construir, Perguntar e
Expressar.\

PAULO FREIRE
Vídeo : PAULO FREIRE - HISTÓRIA E MÉTODO (3:56)

Toda pessoa pode se tornar ativa n o ambiente em que vive

O portal Porvir – Inovações em Educação destaca a matéria de Tatiana Klix que


apresenta a contribuição da Pedagogia freiriana para a Educação, sobretudo brasileira.
Abaixo transcrevo um trecho do referido texto e disponibilizo na biblioteca uma versão em
PDF da matéria na íntegra.
PAULO FREIRE, A SIMPLICIDADE QUE AINDA INOVA1
Por Tatiana Klix
Maior educador brasileiro já preconizava, há 50 anos, conceitos como interdisciplinaridade
e educação baseada em projetos.
Paulo Freire, o mais importante e revolucionário educador brasileiro, viveu a maior parte
da sua vida e criou seus métodos e conceitos pedagógicos em uma realidade sem
computador em larga escala, internet, jogos online ou redes sociais. Mas mesmo após 50
anos da primeira experiência de alfabetização de adultos em Angicos, Rio Grande do
Norte, que se tornaria o método com o seu nome, boa parte dos ensinamentos do
pensador pernambucano seguem contemporâneos. E mais: vários deles ainda são
inovadores para o cenário educacional.
“Nunca tivemos tanta chance de aprender juntos como agora”, avalia Jose Moran,
pesquisador e professor de comunicação da USP, que enxerga na colaboração, na troca,
na convivência virtual e no compartilhamento de saberes um dos princípios mais
importantes de Paulo Freire, o de aprender junto. “Educador e educando aprendem em
comunhão” é uma frase que resume a concepção freireana para a prática do aprendizado.
Ao rejeitar o que chamou de educação bancária, na qual o professor apenas transmitia
conhecimentos aos alunos, o pensador valorizou a cultura e o conhecimento prévios dos
estudantes e a ideia que se aprende na troca, seja entre professores e alunos, seja com
outros professores, seja entre alunos. “A educação está na vida, no nosso cotidiano e na
nossa formação como um todo. Não acontece só na escola, mas em qualquer ambiente”,
explica a professora doutora da Unicamp Debora Cristina Jeffrey.
Para saber mais sobre o método de alfabetização de Paulo Freire, consulte a
obra CONSCIENTIZAÇÃO: Teoria e Prática da Libertação Uma Introdução ao
Pensamento de Paulo Freire (disponível na biblioteca), publicado pela Editora Cortez &
Moraes, em 1979. Nessa obra, o leitor pode compreender como se estrutura o
pensamento freiriano e poderá entender o passo a passo de seu método a partir da
experiência de alfabetização de adultos em um projeto desenvolvido pelo SESI de
Pernambuco, conforme o fragmento abaixo:
Trabalhando num departamento de Serviço Social, se bem que do tipo assistencial – SESI
–, repeti meu diálogo com o povo, sendo já um homem. Como diretor do Departamento de
Educação e de Cultura do SESI, em Pernambuco, e depois na Superintendência, de 1946
a 1954, fiz as primeiras experiências que me conduziram mais tarde ao método que iniciei
em 1961. Isto teve lugar no movimento de Cultura Popular do Recife, um de cujos
fundadores fui, e que mais tarde teve continuidade no Serviço de Extensão Cultural da
Universidade do Recife; coube-me ser seu primeiro diretor. 2
O método obedece ao rigor científico de experimentação e registro das etapas para que o
resultado possa ser repetido. Não é em vão que ainda hoje, muito projetos de
alfabetização de adultos seguem o método freiriano.
Abaixo, destacamos o documentário produzido pela TV Escola, o qual destaca, dentre
outros aspectos da pedagogia freiriana, detalhes do método de alfabetização.
DOCUMENTÁRIO PAULO FREIRE CONTEMPORÂNEO [HD] (53:02) vídeo

Registre-se que dos muitos pensadores brasileiros, Paulo Freire imprimiu uma marca
política dentro da educação. Não uma política partidária, que é muito comum em espaços
escolares, mas uma politização do processo educativo. Além de poder ler as palavras, os
alunos, agora conseguiam entender o que é ler o mundo que as cerca.

DERMEVAL SAVIANI
Olá, car@ alun@!
Hoje estudaremos a contribuição do pensador Dermeval Saviani que com sua reflexão
sobre a Educação nos oferece uma leitura singular de mundo para o universo do ensino-
aprendizagem.
Débora Carvalho, Mariana Bezerra e Maria Antonia Sattamini apresentam, no video
abaixo, um panorama bem didático sobre a vida e obra de Dermeval Saviani. Assista e
faça as anotações que você considera relevantes. Na sondagem da Unidade 3,
retomaremos essa película para trabalhar duas questões.

PENSAMENTO EDUCACIONAL BRASILEIRO: DERMEVAL SAVIANI (13:44)

Seu principal elemento norteador é a filosofia, ele afirma que A escola é o lugar de
aprendizagem e assimilação de conhecimentos formais que é através da avaliação do
conhecimento formal que podemos formular novos conhecimentos e novas praticas ,
onde a escola deve não só transmitir a critica desses conhecimentos formais e sim
formar cidadoes pensantes reconhecendo e refletindo através de filosofias e histora
da educação. Para Saviane a filosofia é a capacidade de refletir se compreender
sobre os problemas que determinada questão nos traz, no caso a educação e agir
para modificalas . Ele afirma que é necessário conhecer o processo histórico da
educação para poder entender a educação .
Ele é o pai da pedagogia histórico critica q consiste na valorização da educação
escolar , fazendo com q o estudante entendendo a sociedade, onde a escola
transmita o saber sistematizado historicamente pelo homem , onde essa pedagogia
se baseia é focada em conteúdos científicos , mas nao é conteudista , pq se
preocupa com o desenvovimento cultural, racional e intelectual do aluno.

Pedagogia histórico critica contrapõe-se a reprodutivista, pois é enraizada na


historia.
Dermeval aborda Que os estudantes sejam capazes de desenvolver um pensamento
critico de modo q possam transformar a sociedade.
A marginalidade é a condição da criança excluída e a marginalização se da pela
ausência de acesso a criança a escola.
Essas teorias erram quando não levam as experiências pedagógicas anteriores em
consideração presentes na historia , e acaba desenvolvendo o próprio sistema que
critica , pq mantem a desigualdade social por conta da inviabilidade econimica para
uma certa parcela da sociedade.
PENSAMENTO EDUCACIONAL BRASILEIRO: DERMEVAL SAVIANI (13:44)
Como você pôde contemplar, a atividade reflexiva de Saviani gira em torno dos desafios
da educação, sobretudo, brasileira. Ao abordar a linha pedagógica histórico-crítica que
consiste em uma valorização do espaço escolar, ele defende que a escola garanta
conteúdos que façam que o estudante compreenda a sociedade, sendo um participante
ativo e crítico e transformador.
Para entender um pouco mais sobre A Pedagogia Histórico-crítica, assista o vídeo abaixo.
Na sequência também disponibilizamos alguns outros vídeos que apresentam o que
Saviani pensa sobre o Estudo da História da Educação e a Escola Sem Partido.
Lembro a todos que a abordagem e linha de pensamento do autor, necessariamente não
precisa refletir a sua visão, enquanto estudante e crítico, porém como se trata de um
pesquisador da área, consideramos de valia o estudo de suas ideias.
DERMEVAL SAVIANI E A PEDAGOGIA HISTÓRICO CRÍTICA (21:01)
Para a pedagogia histórico critica o papel da educação escolar é possibilitar o
acesso do indivíduos aos conhecimentos sistematizados , formais , cultura letrata.
Ele estudou sobre o Sistema de educacao do brasil:
E descobriu q o brasil não tem uma, pois não tem uma lei regulamentndo esse
sistema.
Autor do livro : politica e educação no brasil.
Os 4 grandes períodos da educação brasileira:
1- Predomínio da vertente religiosa (jesuítas)
2- Disputa entre a pedagogia religiosa x leiga
3- Predominância da pedagogia nova
4- Ideias pedagógicas produtivismo

POR QUE ESTUDAR HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO? - DERMEVAL SAVIANI (3:13)


A educação é o ato de produzir direta e intensionalmente em cada individuo singular
a humanidade que é produzida histórico e culturalmente pelos homens ao longo da
historia.
Positivamente: Jesuítas e reformas pombalinas para organizar a escola publica
constituem a base para construir a escola publica q temos hj .
Negativamente: as autoridades não exerciam a prioridade a educação de forma
correta não é realmente efetivada com acoes praticas.
Principais marcos da historia da educação:
 1549 – 1759 = p0redominancia da pedagogia tradicional católica – jesuítas
 1759-1732= desenvolve-se a pedagogia laica
 1932-1969= emergência e desenvolvimento da pedagogia nova, como
tentativa de superação dos limites tradicional
 1969- ate os dias de hoje =desenvolvimento da conceppcao pedagógica
produtivista q vem desenvolvendo uma tendência a articular a educação com
as demandas do mercado o q é próprio da sociedade capitalista.

DERMEVAL SAVIANI - CONGRESSO INTERNACIONAL "ESCOLA PÚBLICA: TEMPOS


DIFÍCEIS, MAS NÃO IMPOSSÍVEIS" (3:27)
Fala que o governo aplicou u7mm golpe de estado e q esta tirando os recursos da
educação.

Para saber um pouco mais sobre o que tratamos até aqui, consulte o texto dos
pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas, Eraldo Leme Batista e Marcos
Roberto Lima, intitulado A PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA COMO TEORIA
PEDAGÓGICA REVOLUCIONÁRIA1.
Resumo do artigo
Apresentaremos neste texto uma análise da proposta pedagógica pedagogia histórico-
crítica como um importante instrumental no processo de emancipação humana, sobretudo,
das camadas subalternas. Entendemos que esta pedagogia está fundamentada na visão
crítica da sociedade capitalista, não se resumindo a um mero reformismo no âmbito
pedagógico que mantêm incólume a estrutura societária. Constitui-se numa concepção
pedagógica transformadora, embasada no materialismo histórico-dialético, que por sua
práxis revolucionária, choca-se frontalmente com as tendências ditas “pós-modernas”,
tornando-se um importante instrumental na superação da unilateralidade humana. Por
manter a centralidade da categoria trabalho, coloca-se em desencontro com os interesses
do grande capital, que se pauta em teorias conservadoras transvestidas em modismos
educacionais que impossibilitam a compreensão da realidade.

MOACIR GADOTTI
Para Moacir Gadotti, através da Educação um outro mundo é possível. Assista a película
que se segue:
Entrevista com Moacir Gadotti (1:49)
O q é educar para um mundo possível? É educar para uma educacao sustentável,
emancipadora. Para conscientizar , educadores do futuro , que buscam um mundo
melhor, justo e produtivo , igual para todos.

É reconhecido que Moacir Gadotti é um grande entusiasta e estudioso da Pedagogia


de Paulo Freire e advoga a ideia de educação popular para formação do indivíduo
politizado. Por prática, reconheço a força de empoderamento que essa pedagogia propõe,
pois na década de 2000, a Prefeitura da Cidade do Recife desencadeou formações
pautadas nos princípios da Educação Popular voltadas às populações de adolescentes
(AESA – Adolescentes Educadores em Saúde) e mulheres (ESAM Educadores em Saúde
da Mulher).
Na ocasião, Agentes Comunitários de Saúde e outros profissionais da Secretaria de
Saúde do Recife trabalharam junto a suas comunidades adscritas a ideia de que cada
indivíduo deve participar ativamente de sua formação e remodelar a sociedade que o
cerca. Foi uma experiência marcante, da qual os frutos perduram até os dias presentes.
Além de defensor da pedagogia freiriana, Gadotti dirige sua reflexão às políticas
educacionais. É bem verdade que muitas vezes a defesa por determinada postura política,
há, nas entrelinhas, uma defesa partidária. Por isso, como já venho orientando desde o
início dessa disciplina, filtremos as opções partidárias e nos concentremos no que se
refere à Educação.
Nessa questão, abaixo, compartilho o artigo de autoria de Moacir Gadotti que trata como
as políticas de governo interferem nas políticas públicas voltadas à educação.
Não se espante ao se deparar com posições partidárias nas entrelinhas do texto, pois tais
características nos servirão de base para discussão no fórum de fechamento desta
unidade.
POR UMA POLÍTICA QUE DEIXE A ESCOLA AGIR LIVREMENTE
Moacir Gadotti2
Vive-se falando em crise na educação sem verificar o quanto se caminhou.
Em contrapartida ao otimismo, queria opor um certo pessimismo, para realizar
justamente uma dialeticidade na leitura da realidade. De início quero tratar da
Constituição e das normas constitucionais que foram apresentadas como avançadas e
possíveis de se constituírem em referência para a construção de um programa a ser
realizado. Eu gostaria de apontar alguns problemas nestas normas constitucionais, que
demonstram, no meu entender, o quanto nossas conquistas foram limitadas. O
cumprimento destas normas constitucionais é muito problemático. Neste ano, por
exemplo, o próprio Ministro da Educação declarou que não há condições para cumprir o
Artigo 60 das "disposições transitórias" que prevê que, no mínimo, 50% do orçamento
do MEC seja aplicado no ensino fundamental e na erradicação do analfabetismo. Ele se
declarou sem qualquer condição de fazê-lo, pois teria que prejudicar as Universidades,
já que 80% do orçamento, segundo o Ministro, é aplicado no ensino superior. Há,
portanto, um descumprimento desse artigo que prevê em dez anos a eliminação do
analfabetismo e a universalização do ensino fundamental. Então, são normas
constitucionais que não são respeitadas. Portanto, nesse aspecto, temos até boas leis,
mas não há condições de aplicabilidade. Normas não faltam, o que faltam são
programas, planos de ação prática que possam interferir significativamente nessa
realidade. Nosso País tem hoje aproximadamente 35 milhões de analfabetos e 8,5
milhões de crianças em idade escolar fora da Escola.
Apesar dessas conquistas, os índices de evasão da primeira para a segunda série
continuam os mesmos, nos últimos cinquenta anos. Fala-se muito em expansão
quantitativa da Escola. Afirma-se que a Lei no 5692/71 representou, no que diz respeito
à organização da Escola, um avanço considerável, mas, na verdade, ela não conseguiu
transformar a realidade neste aspecto. Os dados mostram que o índice de analfabetismo
nacional continua praticamente o mesmo e a última estatística publicada em março, pelo
IBGE, fruto da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, aponta uma mudança no
índice de analfabetismo. Nos últimos cem anos, é a primeira vez que há acréscimo da
porcentagem de analfabetismo: de 25,59% para 25,76%. Houve, portanto, um aumento
considerável do contingente de analfabetos no Brasil. Esse é um dado alarmante. As
condições da perversidade estão se aprofundando.
Além disso, tivemos derrotas consideráveis na Constituinte, por exemplo, as verbas
públicas para as Escolas confessionais. É inadmissível que um país com esses dados
destine verbas públicas para Escolas confessionais. Se a Igreja quisesse realmente
mudar o quadro da educação, ela se envolveria na defesa da Escola pública. Defendendo
verbas públicas para Escolas confessionais ela deu argumentação para o desvio de
verbas públicas para empresas educacionais. Esta foi uma derrota que nós não
esperávamos.
Uma outra derrota foi a não regulamentação da carreira para o magistério no ensino
privado. A carreira do magistério na Escola pública foi uma conquista. A gestão
democrática representou outra grande conquista para a Escola pública. Mas na escola
privada não, graças a pressões da CNBB. A democracia vai bem para a CNBB quando é
fora da Igreja, mas dentro da Igreja ela não defende a democracia.
Estamos fazendo uma crítica a esta dicotomia do ensino público e do ensino privado e à
posição da Igreja, porque esta Constituinte assumiu posições retrógradas. Creio que a
derrota maior neste capítulo não está representado na quantidade, mas na qualidade, na
concepção de educação que expressa. É uma concepção ainda burocrática. Ela não
resgata a dívida que a educação brasileira tem com a classe trabalhadora. Essa dívida
diz respeito a uma educação solidária, uma educação que forme pessoas para a
solidariedade. Fala-se em formação da cidadania como um conceito de iluminismo, mas
não se fala do direito da pessoa, do direito do sujeito, do indivíduo.
Fala-se em participação, mas se retira a alma da Escola. Por exemplo, não se coloca a
Escola como centro gerador da própria política educacional, não se coloca o professor
como o iniciador da própria educação. Não se valorizou o professor, não se valorizou a
sala de aula de forma decisiva nesta Constituição e nem no atual anteprojeto de LDB
que é pior que a Lei anterior. Esse projeto do deputado Otávio Elisio é pior do que o que
Clemente Mariano, em 1947, mandou para a Câmara. Porque foi elaborado ao nível
dessas entidades da pós-graduação, mas não chegou na base. Não se ouviu a base, mas
alguns intelectuais dessas entidades, que apenas, trabalham, que militam ao nível de
pós-graduação. Eu creio que é pior ainda, porque mantém a mesma estrutura de
Conselho Federal de Educação, de Conselho Estadual de Educação. É ainda o
Presidente da República quem nomeia os Conselheiros. Que conquista é essa? Eu
entendo que nós devemos questionar profundamente a forma deste projeto.
É preciso questionar essa autonomia da burocracia. A burocracia se autonomizou a tal
ponto que, se hoje se fechasse o MEC durante um ano, as escolas não saberiam. Não é
que nós não precisamos de burocracia; precisamos de uma burocracia emancipadora
como diria Weber, de uma "racionalidade emancipadora". Este projeto de lei não
questiona a forma de escolha dos dirigentes do MEC, que é feita hoje pelo
apadrinhamento, fisiologismo, favoritismo. Esses são os critérios de escolha. É preciso
questionar profundamente essa Constituição e o seu prolongamento: Lei de Diretrizes e
Bases.
Creio que o atual projeto de LDB não enfrenta o problema do empobrecimento da
Escola; um novo projeto pedagógico que deve inserir-se neste grande "Projeto Para o
Brasil" precisa conter dispositivos no sentido da retomada da capacidade da Escola, de
resolver os seus problemas, de experimentar pedagogicamente, como propunha
Florestan Fernandes. É necessário experimentar, errar, "chutar", quer dizer, possibilitar
à Escola fazer o seu projeto. É fundamental que nesse "Programa Alternativo de
Governo", conste isso como uma concepção alternativa. Nosso objetivo é conquistar na
LDB aquilo que o Florestan propôs: um Conselho de Desenvolvimento
Educacional para gerar planos, o que justamente está faltando. Não faltam leis, faltam
planos concretos de intervenção. Faltam iniciativas. E isso poderia ser feito através
desse "Plano Nacional de Educação" elaborado através desse Conselho de
Desenvolvimento Educacional, superando-se a concepção privatizante e autoritária,
gerada pelos Conselhos Federal e Estaduais, os quais até hoje foram tomados de assalto
pela empresa privada.
É preciso que a LDB saia da pós-graduação e ganhe as ruas e as escolas.
Um segundo ponto: um Plano Alternativo de Governo deve ter um pouco mais de
ousadia, do que apenas legitimar as conquistas atingidas até agora. É preciso, também,
não ficar a reboque do Estado. É necessário tomar iniciativa. Tenho defendido uma
ideia para superar essa dicotomia entre ensino público e ensino privado e essa
perversidade que é a de reservar o ensino superior apenas àqueles que se formam (ou,
pelo menos, a maior parte daqueles que se formam) nas escolas privadas de elite.
Não basta priorizar o ensino fundamental para as classes trabalhadoras e deixar o ensino
superior apenas para as elites que se formam na escola privada. Insisto na ideia da
criação de um "Sistema Nacional Unificado de Educação". Que os alunos das Escolas
públicas tenham prioridade na Universidade pública. Que as Universidades públicas
privilegiem a entrada de quem está na Escola pública, que é a classe trabalhadora. Me
poupe !!! todos são trabalhadores !!!
Eu defendi isso na Comissão de Educação, Cultura, Esporte e Lazer. Não houve
condições de incluir isso, evidentemente, nesta nova Constituição, pela pressão das
escolas privadas, cujo objetivo é formar a elite para colocar na Universidade. Acho que
nós temos que colocar a sério esta questão. No dia em que a escola fundamental for
estendida para todos, intensificará o conflito entre o ensino público e ensino privado.
Defendo a ideia de unificação do ensino público. Muitos defendem, simplesmente, a
extinção do ensino privado. Acho que não se tem de extinguir, tem-se de asfixiá-lo, o
que é diferente. É o Estado que assegura hoje a política privatizante. No projeto da
Constituição enviado pelo PT ao Congresso, previa-se a extinção em dez anos do ensino
privado. Foi uma posição tomada pelo Diretório Nacional. A imediata suspensão da
concessão do direito à abertura de escolas para o ensino privado e depois, em dez anos,
a sua extinção. Creio que não é por aí. Temos de definir uma tática concreta de
articulação de todo o sistema de ensino público para valorizá-lo como um todo. Por
outro lado, engajar a Universidade pública no resgate do ensino público de primeiro e
segundo graus, eliminando-se o vestibular para quem segue a Escola pública.
O teste da administração municipal de São Paulo nos oferece outros dados. Um partido
que tem uma proposta como o PT, quando chega a uma Prefeitura como a de São Paulo
e começa a colocar em ação suas propostas, em cem dias, de que o Jânio fez em três
anos. Não triplicamos apenas o salário (de dezembro para o mês de abril) para todos os
funcionários, mas implantamos Colegiados em vários níveis.
A mudança estrutural que estamos fazendo é uma mudança de espírito do caráter
burocrático da Secretaria. Queremos fazer com que os órgãos da Secretaria pensem a
educação. Nós transferimos a merenda escolar para a Secretaria do Abastecimento e a
Saúde Escolar para a Secretaria de Higiene e Saúde. Ninguém, anteriormente,
conseguiu tirar essas duas atividades da Secretaria da Educação, porque havia interesses
político-econômicos.
Eu sou otimista. Se o PT, junto com uma coligação ampla, ganhar a Presidência da
República, nós temos quadros e concepção na área de educação suficientes para mudar
esse País. Temos de ser ambiciosos para ultrapassar o que está aí.
Quanto ao caráter do Plano Alternativo de Governo: alguns insistem — isso foi
colocado em reuniões anteriores — que não vai ser um programa socialista, porque não
dá para colocar o socialismo como bandeira de luta neste momento. Mas eu acho que
não devemos ter medo do socialismo e mostrar, pedagogicamente, que avanços em
direção ao socialismo são possíveis hoje. Não adianta, taticamente, renunciar ao
referencial que nós temos que é o socialismo. Porque o povo vai dizer: "eles estão
fazendo a mesma coisa que o Brizola fez", isto é, vão, taticamente, se aliar a esses
grupos de empresários. Não adianta renunciar. Nossa cara é essa mesma, nossa cara é
socialista. Agora, não precisamos de um socialismo rançoso, daquela coisa que afastaria
o voto. Mas nós temos de nos apresentar como socialistas.
Só que neste momento o nosso programa não precisa ser estritamente socialista, mas um
programa popular e democrático em direção ao socialismo. Ele tem de ter a cara do PT
que é socialista. Acho que isso dá a tônica do programa, porque não adianta só um
programa tecnicamente perfeito se ele não tiver uma cara nova que alimente a
esperança. Eu acho que foi isso que o PT soube fazer nas últimas eleições. Essa
coerência do PT fez com que ele ganhasse as eleições. Não foi porque fez concessões
em relação ao seu programa. A Erundina, aqui em São Paulo, jamais fez concessões.
Temos de nos apresentar com clareza e objetividade. Na educação, sobretudo, acho que
nós podemos continuar ousando. Temos de carregar esse programa de uma alternativa
na área de alfabetização. Nós temos de dar uma resposta a esses 35 milhões de
brasileiros que não conseguem, por falta de instrumental que a alfabetização dá,
participar decisivamente dos destinos desse País. Eu acho, portanto, que temos de
insistir nesse programa de alfabetização, temos de insistir na educação ambiental, que é
uma questão fundamental. E também na educação extra-formal: a escola não é o único
espaço onde há educação.
Para terminar, eu queria tocar em dois pontos polêmicos que são a questão de tempo
integral e a da municipalização. Acho que o Programa também tem de se pronunciar
sobre isso. Há posições divergentes, inclusive dentro do PT, com relação à
municipalização. Mas eu aqui queria distinguir duas coisas: uma é a educação municipal
que, hoje já conta com mais de 350 mil professores; e outra é a transferência das escolas
do Estado para o Município e isso é o que poderia ser questionável, o que se chama de
municipalização. Por outro lado, o combate à municipalização feito por algumas
entidades não deve supor que o Município deixe de pensar na educação. Seria realmente
castrar a capacidade de organização popular, inclusive, de participação, de poder
popular, se disséssemos que a educação tem de ser pensada somente ao nível Federal e
Estadual. Parece-me que este combate à municipalização está virando um grande tigre
de papel.
E com isso está se perdendo a capacidade de intervenção nos municípios. A verba que
os municípios têm, está sendo desviada para outras atividades porque não há nem
projetos de educação em muitos municípios brasileiros. A verba vai para cultura, para
alimentação, etc. Acho que tem de ser levada a sério a questão da educação municipal.
Quanto ao período integral, há divergências no PT. Um dos argumentos contrários a
essa ideia é o seguinte: enquanto não houver escola para todos, não se deve lutar pelo
tempo integral, há quem considere este um projeto quercista ou brizolista. Na minha
visão, o tempo integral é ideal. É uma conquista necessária. A permanência da criança
na escola por quatro horas e mais três ou quatro onde for possível, obviamente, com
orientação pedagógica adequada, é uma necessidade social que responde às
necessidades dos trabalhadores.
Nossas propostas educacionais no "Plano Alternativo do Governo" devem conter um
programa de resgate de austeridade, de valorização da sala de aula e do professor.
Temos de fazer isso se quisermos inverter a prioridade da política educacional da
ditadura. Por que há tanta falta de professores? Não é só porque ele é mal pago, mas
porque não existe um projeto que garanta sua permanência na Escola em tempo integral,
para orientação de alunos, correção de avaliações, preparação de aulas. Precisamos lutar
contra o burocratismo, o legalismo, para deixar a Escola funcionar livremente.
_______________
Perguntas para reflexão
Questão 1
“É necessário experimentar, errar, ‘chutar’, quer dizer, possibilitar à Escola fazer o
seu projeto. É fundamental que nesse ‘Programa Alternativo de Governo’, conste isso
como uma concepção alternativa. Nosso objetivo é conquistar na LDB aquilo que o
Florestan propôs: um Conselho de Desenvolvimento Educacional para gerar planos, o
que justamente está faltando. Não faltam leis, faltam planos concretos de intervenção.
Faltam iniciativas. E isso poderia ser feito através desse ‘Plano Nacional de Educação’
elaborado através desse Conselho de Desenvolvimento Educacional, superando-se a
concepção privatizante e autoritária, gerada pelos Conselhos Federal e Estaduais, os
quais até hoje foram tomados de assalto pela empresa privada.”
Considerando o fragmento de Gadotti, disposto acima, reflita:
Diante do quadro educacional que contemplamos hoje em nosso país, você concorda
que ainda podemos nos dar ao luxo de errar em nossos projetos educacionais? Lembre-
se que a ideia da proposta é ter uma escola que desenvolva seus projetos de educação. E
pensando nisso, é seguro darmos essa prerrogativa à escola em nome de uma gestão
democrática?
Questão 2
“Além disso, tivemos derrotas consideráveis na Constituinte, por exemplo, as verbas
públicas para as Escolas confessionais. É inadmissível que um país com esses dados
destine verbas públicas para Escolas confessionais. Se a Igreja quisesse realmente
mudar o quadro da educação, ela se envolveria na defesa da Escola pública.
Defendendo verbas públicas para Escolas confessionais ela deu argumentação para o
desvio de verbas públicas para empresas educacionais. Esta foi uma derrota que nós
não esperávamos.”
Considerando a legislação que regulamenta as instituições de ensino, qual a
relevância das escolas confessionais em nosso país? Você concorda que verbas
públicas devam ser destinadas para escolas com esse perfil?
Ela permite q a es cola seja confessional , isso é importante na manuntenco das mais
diversas matrizes de fe do nosso pais uma vez que essas escolas proporcioatendem os
anseios de uma determinada parcela da população que deveria ser desinada para todas ,
seja investida em prol da propagação da fe de um grupo . Ainda que esse grupo seja
majoritário na sociedade.

..........................
CONSIDERAÇÕES SOBRE FREIRE, SAVIANI E GADOTTI - PROF. EDIVALDO ROCHA
(14:47)
Segundo Paulo Freire : O aluno se torna um agente ativo no seu processo de
aprendizagem onde não é so o professor q passa as informaçoes .O rofessor +
aluno+ sociedade tejm interesses em mudar a sociedade para melhorar.
Saviane: É mais voltado para o professor, onde ele não se contenta apenas com o q
foi repassado pelo livro didático , validando a informaçoes e indo atrás de um novo
conhecimento. Onde não apenas o professor , mas tbm os alunos agem analixando
todas as informações sejam analisadas criticamente. Tornando o conteúdo critico do
professor, para fazer uma síntese de um novo material, ou seja do seu novo
conhecimento.
Gadotti: muitas vezes o sistema educacional puxa por um viés ideologico
partidário, assim tem-se que ter cuidado se o filosofo não vai ser tendencioso parta
estabelecer uma apologia politica a partido A ou B. Gadotti fdaz iss favorecendo
assim uma politica partidária , e isso não é bom ! O que é bom são politicas públicas
..

..........................

Considerando a notória alienação político-social que muitos brasileiros


manifestam, como a pedagogia freiriana pode ser relevante para mudar esse
cenário em nossos dias?

Resposta professor: Antes de ser uma metodologia de ensino, ou a despeito de ser uma
metodologia, a pedagogia proposta por Paulo Freire considera que o indivíduo precisa não
só aprender a ler as palavras, mas sobretudo saber ler o mundo que a cerca para que
diante dessa leitura, possa ser um agente de seu processo de ensino-aprendizagem. Em
resumo, a pedagogia freiriana estimula a alfabetização linguística e política do indivíduo.

Outra resposta :

O método Paulo Freire estimula a alfabetização dos adultos


mediante a discussão de suas experiências de vida entre si,
através de palavras ‘geradoras’(a partir da realidade do
cidadão), além de despertar o ser político que deve ser sujeito
de direito. O Patrono da Educação Brasileira desenvolveu um
método de alfabetização baseado nas experiências de vida das
pessoas, para facilitar o aprendizado , e consequentemente
através da educação , dar a eles o direito de exercerem sua
cidadania no meio em que vive, tonando-se uma pessoa ativa
socialmente e politicamente.
A educação problematizadora busca estimular a consciência crítica da realidade e a
postura ativa de alunos e professores no processo ensino-aprendizagem, de forma que
não haja uma negação ou desvalorização do mundo que os influencia. Sendo assim, a
educação é encarada como um ato político, e as relações estabelecidas entre alunos e
professores devem ser embasadas em interações de respeito entre sujeitos e cidadãos, de
modo a construir conhecimento crítico e centrado na busca pela autonomia.
A ideia de que o professor deve transmitir conhecimentos ao aluno e que este deve
memorizá-los, internalizá-los e repeti-los mecanicamente é denominada “concepção
bancária” da educação, segundo Freire. A concepção bancária parte do pressuposto de
que o professor é detentor de conhecimentos legítimos e que o aluno é um mero
receptáculo de informações. Neste tipo de relação, existe uma desigualdade importante
quanto ao poder e à autonomia, pois o professor é o sujeito da ação, ele ensina e toma o
aluno como um objeto, passivo, receptivo e ingênuo. Além disso, o contexto é
desvalorizado, a história de vida dos indivíduos é secundária, e a ação educativa é uma
forma de opressão e subjugação.
Em busca da autonomia na educação, Freire preconiza a estratégia da ação-reflexão-
ação, utilizando como ferramentas o estímulo à curiosidade, à postura ativa e à
experimentação do aluno, fomentando a análise crítica da realidade durante a formação.
Na concepção freireana, o professor deve atuar de forma problematizadora,
questionadora, mas com postura respeitosa e gentil, desestimulando qualquer forma de
dis- criminação e respeitando a diversidade entre os alunos. Para Freire, ensinar é uma
especificidade humana e ele prioriza a necessidade de o professor saber escutar o
educando, sendo o diálogo a sua principal ferramenta de ensino.

particularmente , não consigo entender o que tem a ver a pedagogia freiriana com a
suposta alienação politico-social que o senhor menciona ter muitos brasileiros.
na minha concepção , tem-se uma visão distorcidas dos fatos , onde o foco não esta
no método pedagógico de Paulo Freire e sim em seu viés partidário socialista
(mesmo alegando não ter ).
Para mim é obvio que essa matéria tem viés partidário explicito! Acredito que
Paulo Freire nos trouxe muitas coisas importantes para a nossa educação, a
valorização da alfebetização dos menos favorecidos é alem de humanitária,
essencial para qualquer sociedade em desenvolvimento. Entender que todos somos
iguais perante o estado é dever de todos e isso tem q ser buscado com fervor. Nao
consigo enxergar essa sociedade opressora e burguesa ser o causador de todos os
males na educação. entender que o social interfere é uma coisa , tornar isso regra é
outra totalmente diferente.
enfim... mas , respondendo a pergunta ... através da pedagogia freiriana
valorizaremos cada vez mais a cultura e o conhecimento prévios dos estudantes e a
ideia que o aprendizado acontece na troca, seja entre professores e alunos, seja com
outros professores, seja entre alunos. Entendendo que a educação está na vida, no
nosso cotidiano e na nossa formação como um todo. Não acontece só na escola, mas
em qualquer ambiente, e que todo individuo é um ser capaz de fazer algo útil.

Com base na sua atuação como docente, o que Saviani defende como sendo crucial
ao professor no exercício do magistério? Trecho referente ao capítulo 1 do vídeo.
Para Saviane o professor não pode ser apenas um repetidor um transmissor de
conhecimentos ja compendiados , ele deve ser um pesquisador um criador , alguém
que se posiciona ativamente em relação a sua área, tendo condições de contribuir
para seu desenvolvimento.
De acordo com o que foi apresentado na película Pensamento Educacional
Brasileiro: Dermeval Saviani (capítulo 2), a qual destaca o pensamento de Saviani,
qual o objetivo da Educação Básica e Superior?

Seu principal elemento norteador é a filosofia, ele afirma que A escola é o lugar de
aprendizagem e assimilação de conhecimentos formais que é através da avaliação do
conhecimento formal que podemos formular novos conhecimentos e novas praticas ,
onde a escola deve não só transmitir a critica desses conhecimentos formais e sim
formar cidadoes pensantes reconhecendo e refletindo através de filosofias e histora
da educação.
O objetivo da educação básica e da educação superior é formar cidadões que
saibam reconhecer e discutir sobre os problemas da sociedade alem de trazer novas
propostas para resolve-los.

O PROFESSOR PRECISA SER OUVIDO


Tania Zagury: "O professor precisa ser ouvido"1
Para a pesquisadora carioca, os que pensam a Educação e os que estão à frente da sala
de aula devem trabalhar juntos

Antigamente, quando o aluno não aprendia, era ele o único culpado: não estudava, não
prestava atenção na aula e era desinteressado. De duas ou três décadas para cá, se a
criança não aprende, a responsabilidade é toda do professor e da didática e metodologia
ultrapassadas usadas em sala de aula. Ambas as posições - radicais e pouco
fundamentadas - tentam justificar o péssimo desempenho dos estudantes brasileiros da
Educação Básica nas avaliações. Mas nenhuma dá conta do recado de forma satisfatória.
Para tentar entender os reais motivos da sofrível performance dos alunos, Tania Zagury,
mestre em Educação e pesquisadora, resolveu ouvir quem está na linha de frente dessa
batalha: os professores. "Queria saber dos próprios educadores quais são suas
dificuldades, necessidades e possibilidades". Com a experiência de 33 anos em várias
funções do Magistério - de alfabetizadora e supervisora a formadora de professores -
somada aos resultados da pesquisa, Tania concluiu que a sociedade e o próprio universo
da Educação criam mitos que aprisionam o professor e acabam por prejudicar seu
trabalho. E, pior, fazem com que ele muitas vezes se torne refém da própria consciência,
por não conseguir atingir plenamente os objetivos.
A pesquisa, realizada ao longo de três anos, compilou a opinião de 1172 professores, de
escolas públicas e particulares da Educação Básica de 42 cidades, em 22 estados
brasileiros. As principais conclusões desse estudo estão no livro O Professor Refém,
lançado em abril de 2006. Algumas delas Tania revela e comenta na entrevista a seguir.
Quais os principais problemas do professor na sala de aula?
Tania Os cinco principais são manter a disciplina (22%), motivar os alunos (21%), avaliar
de forma adequada (19%), manter-se atualizado (16%) e escolher a metodologia
adequada (10%) - todos diretamente relacionados com a atuação do professor. Os
entrevistados também apontaram o que eles consideravam as causas desses problemas:
a formação inconsistente que tiveram ou continuam tendo, a falta de tempo e de recursos
financeiros. Isso demonstra consciência da realidade, porque os professores poderiam
simplesmente colocar toda a culpa no aluno. Eles sabem que não têm condições de
ensinar o mínimo necessário - ler, escrever e fazer contas - para formar cidadãos.
Como o professor se sente com o baixo rendimento dos alunos?
Tania Ele se sente muito angustiado, às vezes até desesperado, pois quer fazer o melhor,
mas simplesmente não tem condições para isso. O Magistério é uma das profissões que
mais tiveram aumento de tarefas nos últimos tempos. Além de ensinar conteúdos da área
para a qual foi preparado, o professor tem de lidar com outros para os quais não tem
nenhuma capacitação. Basta ver os temas transversais que fazem parte dos Parâmetros
Curriculares Nacionais: cada um compreende uma área do conhecimento com sua própria
complexidade. O professor de Matemática não está pronto para falar de Educação Sexual,
nem o de Língua Portuguesa para ensinar questões ligadas ao Meio Ambiente.
Essas novas funções deixam o professor desmotivado?
Tania De maneira geral, ele continua tendo vontade de ensinar e de fazer bem seu
trabalho, mas tem consciência de que está muito difícil. Por isso, ele está ficando
estressado, deprimido, e isso faz com que se torne refém da estrutura educacional.
Como essa estrutura aprisiona os docentes?
Tania Ela é calcada na falta de continuidade. Um grupo de pensadores simpatiza com
determinada linha pedagógica e começa a divulgá-la como sendo a melhor. Muitas vezes,
quem está na sala de aula não tem informações teóricas suficientes para questionar ou
rebater as novas ideias. Assim, os que não trabalham daquela maneira acabam se
sentindo desatualizados, por fora, por baixo. Ficam na obrigação de começar a usar
métodos para os quais não foram capacitados. E, às vezes, há mesmo essa imposição,
pois o tal grupo de vanguarda assumiu o poder e instituiu mudanças por lei, sem
discussão. Para promover uma grande mudança, é preciso base científica e técnica. Sem
isso, aparecem os mitos que aprisionam o professor.
Quais os principais mitos criados nos últimos tempos?
Tania Um deles é que afeto e carinho são imprescindíveis na aprendizagem. Eles são
importantes, mas não determinantes. Esse mito acaba dando a entender que um professor
que não faz brincadeiras, mesmo dominando os conteúdos, não é competente. Se ele é
frio nas relações pessoais, é rotulado de inapto. Outro mito que paira sobre as escolas é
que, se o professor é bom - ou seja, criativo, dinâmico e usa diversas ferramentas de
ensino -, qualquer aluno aprende. Claro que tudo isso é importante, mas também não é
suficiente. Para aprender, é necessário que o aluno esteja motivado, que estude, faça as
lições e se esforce. Só aulas maravilhosas não bastam.

Mas não é função do professor motivar os alunos?


Tania Com certeza. Mas não se pode atribuir somente a isso o sucesso ou o fracasso da
aprendizagem. A motivação é um processo interno do aluno e não envolve mágica, mas
didática. Não adianta o professor chegar na frente da sala e dar um show. O processo
todo envolve principalmente comunicação, ou seja, a escolha do código adequado para
aquela disciplina e para o público em questão. O papel do professor é iniciar esse
processo, trazendo coisas interessantes para o aluno, de acordo com a faixa etária. Ligar
o conteúdo à realidade tem se mostrado um método bastante eficaz. Alguns conteúdos, no
entanto, não se prestam a essa estratégia. Isso não significa que devam ser retirados do
currículo.
O professor deve usar o lúdico no processo de ensino e aprendizagem?
Tania A escola não precisa ser o tempo todo atraente e lúdica como algumas teorias
propõem. Quem defende isso nunca deu aulas e muitas vezes não é especialista em
Educação. A escola tem de ensinar que para conseguir alguma coisa é preciso esforço e
dedicação. Caso contrário, ela estará apenas enfatizando valores que a sociedade
preconiza e prejudicam a Educação.
Que valores são esses?
Tania A sociedade tem uma parcela significativa de culpa pelo fracasso da Educação no
país. Ela está cada vez mais consumista e imediatista, voltada para a busca do prazer e
para a criação de desejos e necessidades. A mídia dá um valor absurdo à fama, ao poder
e ao dinheiro. O saber e as conquistas intelectuais são minimizados. Esforço e dedicação
não são méritos levados em consideração. O discurso teórico defende que a Educação é
imprescindível, mas o que se vê na prática é um endeusamento do que é fácil e do que dá
prazer imediato. E aprender, muitas vezes, é difícil e sofrido. Com o saber desvalorizado, a
escola e o papel do professor também ficam desprestigiados.
Mas, apesar de todas as dificuldades, os professores ainda não entregaram os
pontos…
Tania Alguns desistem e mudam de profissão. Dos que ficam, poucos têm má vontade. A
maioria se vira e tenta fazer o que pode. Mas esses também acabam reféns, dessa vez da
própria consciência, pois acham que não trabalham como gostariam e deveriam. Isso fica
muito claro quando os entrevistados apontam a dificuldade em avaliar os alunos. A maioria
dos educadores acredita na eficiência da avaliação qualitativa, mas reconhece não fazê-la
como deve. Para avaliar as conquistas na aprendizagem de conteúdos, de procedimentos
e de atitudes, o professor precisa olhar para cada um de maneira singular. Ora, mas como
fazer isso com mais de 40 alunos por sala, dando aula em mais de uma escola e sem
tempo para planejar instrumentos de avaliação variados? Resultado: ou ele faz o que dá e
sente culpa por não fazer bem feito, ou escolhe outro tipo de avaliação para ser menos
injusto com o aluno.
Como deveriam ocorrer as mudanças na área da Educação?
Tania Qualquer mudança deveria ser precedida de um projeto piloto para testar sua
eficácia, prever os problemas que podem surgir e já propor uma solução antes da
aplicação em todo o sistema. As inovações devem ser avaliadas para não haver dúvidas
de que elas produzirão os resultados esperados. Mais do que isso: é necessário ouvir o
professor, que afinal de contas é quem está na linha de frente, é quem implementa todas
as novidades. Com isso não quero defender que é preciso pedir licença ao professor para
tomar uma decisão político-pedagógica, mas é imprescindível acabar com essa dicotomia
entre os que pensam e os que fazem a Educação.
Mas as Secretarias de Educação costumam oferecer capacitação quando mudam o
sistema…
Tania O treinamento é feito durante o processo de implementação do projeto e não a
priori, como deveria. O professor precisa ser instrumentalizado para ter domínio das
técnicas e se sentir seguro antes de entrar na sala de aula. Sem isso, fica muito difícil
resolver os diversos problemas que aparecem. Acho que foi essa falta de envolvimento
que comprometeu a implantação dos ciclos na escola pública.
Os professores são contra o sistema de ciclos?
Tania Para minha surpresa, não. Eles são a favor, mas desde que outras medidas
também sejam adotadas ao mesmo tempo. Na pesquisa, 66% dos entrevistados
afirmaram que só veem sentido no sistema de ciclos e na progressão continuada com o
aumento de carga horária dos estudantes na escola e um esquema para dar reforço aos
que têm dificuldade em acompanhar a turma. E os professores têm razão: nos países em
que os ciclos deram certo, as classes foram organizadas com menos alunos, os
professores tiveram aumento substancial no salário para poder dedicar-se em tempo
integral à escola e receberam treinamento antes de começar a trabalhar dessa forma.
Como driblar essa falta de estrutura da escola pública?
Tania Não podemos supervalorizar os recursos tecnológicos, porque nada substitui a
presença e a interferência do professor em sala de aula. Ele pode levar uma caixa de
papelão fechada para a classe, colocar em cima da mesa e pedir que a turma adivinhe o
que tem dentro. Lá pode estar simplesmente um exercício ou uma proposta de atividade,
mas isso já vai provocar a turma. O professor tem de mostrar a beleza e o poder das
ideias usando os recursos que tem, mesmo que isso se resuma a quadro-negro e giz.
Muitos colegas estão se virando para melhorar sua formação: mesmo não tendo dinheiro
para comprar livros, quem está interessado em se aperfeiçoar vai à biblioteca da escola ou
da cidade ou usa a internet em casa, na escola ou em lugares públicos. Mas nada disso
isenta o governo de fazer seu trabalho e oferecer melhores condições para o docente,
ouvir os professores antes de qualquer mudança e se comprometer com a Educação.
Qual uso você gostaria que as pessoas que estão em cargos de comando na
Educação fizessem com as informações de sua pesquisa?
Tania Faltava ouvir o educador, e isso nós fizemos agora. Se os governantes usarem os
dados e começarem dar voz ao professor antes de qualquer mudança radical, estarão
criando chances para quem trabalha em sala de aula também se sentir responsável pelas
mudanças e aderir ao projeto. Assim, eles poderão apontar o que está dando certo e o que
é necessário fizer para melhorar o resultado do trabalho. Falam tanto em afeto em relação
ao aluno, por que não ter afeto também em relação ao professor?
__________
Pergunta para reflexão
“Quais os principais mitos criados nos últimos tempos?
Tania Um deles é que afeto e carinho são imprescindíveis na aprendizagem. Eles são
importantes, mas não determinantes. Esse mito acaba dando a entender que um professor
que não faz brincadeiras, mesmo dominando os conteúdos, não é competente. Se ele é
frio nas relações pessoais, é rotulado de inapto. Outro mito que paira sobre as escolas é
que, se o professor é bom - ou seja, criativo, dinâmico e usa diversas ferramentas de
ensino -, qualquer aluno aprende. Claro que tudo isso é importante, mas também não é
suficiente. Para aprender, é necessário que o aluno esteja motivado, que estude, faça as
lições e se esforce. Só aulas maravilhosas não bastam.”
Considerando o trecho da entrevista acima, quais são os mitos que pairam sobre
nossa prática docente nas igrejas?
Em João 14:26 temos; “Mas o Consolador, o Espírito Santo a quem o Pai enviará em meu
nome, ele vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que eu vos
tenho dito”.
Diante da prerrogativa que o próprio Espirito de Deus é responsável por “abrir os olhos”
dos cristãos para entender e aprender sobre a Palavra de Deus, por que, então,
amargamos pouco rendimento em muitas escolas bíblicas? É o Espirito Santo que tem
falhado, ou os crentes que não têm buscado como deveriam, ou ainda, os professores têm
atrapalhado e não ensinam como deveriam?
A resposta para essas perguntas acima não são fáceis de se estabelecer, mas merecem,
com toda certeza, a nossa atenção.
ORNAL FUTURA, TV FUTURA - Tania Zagury (6:06)
Quanto a Formação de professores nas universidades: procura-se dar as coisas
mais modernas ou seja os melhores métodos para ele ter a melhor maneira para dar
resultados de ensino aos alunos.
So que há uma diferença entre escola publica e escola particular , na escola
particular ele consegue desempenhar melhor a sua função pq la ele tem todos os
recursos possíveis para isso , já as escols publicas não , então quando o professor
entra numa escola publica para dar aula ele se depara com uma realidade totalmente
adversa, da qual ele não esta preparada.
Gestão democrática : os proprios professores se dizem motivados penas com o q
foram capacitados pra dar aaula.

O PAPEL DO PROFISSIONAL DE
EDUCAÇÃO NO CONTEXTO SOCIAL E
ECLESIÁSTICO BRASILEIRO
Olá!
Hoje quero compartilhar com você um texto produzido pela professora Ycléa Cervino para
esta disciplina. A professora Ycléa tem contribuído com a educação por mais de cinco
décadas. Dos seus pouco mais de 80 anos de idade, 50 deles têm sido dedicados ao
preparo de obreiros para o campo missionário.
Para nós que fazemos parte do Seminário de Educação Cristã – SEC tem sido uma honra
poder contar com sua experiência, dedicação e exemplo de chamado cristão.
Abaixo, transcrevo o texto dessa estimada docente.
O PAPEL DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO NO CONTEXTO SOCIAL E
ECLESIÁSTICO BRASILEIRO.

Cada século traz suas características, e a sociedade está em constante mutação, os mais
velhos têm dificuldade de adaptar-se às mudanças e os mais novos se insurgem contra as
ideias antigas. Como resolver estes conflitos entre gerações?
A Igreja, cumprindo o seu papel, não somente religioso, mas educacional, precisa se
adequar e conhecer, não só os ensinamentos da Bíblia, mas as tendências da sociedade
em evolução.
Os estudiosos apontam para várias tendências sociais para este novo século que estamos
vivendo, entre elas destacamos: triunfo do individualismo, espírito crítico, geração da
velocidade, realidade virtual, aumento dos dilemas éticos e globalização.
O educador religioso precisa conhecer essas tendências e procurar adaptar seus ensinos
para enfrentar, não como uma ameaça, mas como uma forma de crescimento e desafio
para aprofundar seus conhecimentos, métodos e técnicas de ensino.
Sugestões: O ensino deve focar o indivíduo, conhecendo suas características particulares
e seu habitat, tentar aplicar a teoria à vivência individual; isto é, como o aluno pode aplicar
os conceitos teóricos à sua vida prática?
Os jovens de hoje não aceitam como verdade absoluta aquilo que os professores
ensinam, apresentam críticas e se consideram superiores aos mais velhos. O ensino da
Bíblia deve ser, na medida do possível, baseado em pesquisas, para que o aluno
descubra por si mesmo que as verdades bíblicas não estão contrárias ao conhecimento
científico, mas complementam e reforçam as descobertas da ciência
A Igreja precisa acompanhar a velocidade do tempo, antes se andava no lombo de
animais, hoje temos o trem bala; a correspondência era feita por cartas, hoje é virtual, os
educadores religiosos, precisam adequar seus ensinos usando todos os recursos da
tecnologia avançada (que cada dia avança mais).
O mundo está cada vez menor, as distâncias não existem, pois o conhecimento é
divulgado ao mesmo tempo em todo o mundo, produzindo grandes dilemas éticos, não só
no nível da ciência, como da fé religiosa e dos relacionamentos. O educador religioso
necessita ter fundamentos firmes, estar seguro nas suas convicções para poder dialogar
com os mais jovens e orientá-los dentro dos padrões bíblicos, mas contextualizando dentro
do tempo e da cultura de cada um.
Recife, 04.05.19
Ycléa Cervino.
____________
Pergunta para reflexão
Considerando as muitas inovações, sobretudo no campo da educação, como tem sido a
nossa desenvoltura enquanto professores? Temos aliado as tecnologias e conhecimentos
disponíveis à nossa prática ou ainda estamos repetindo métodos e técnicas arcaicas como
se dentro da igreja a forma de fazer a educação não pudesse se atualizar?
_____________
Para saber mais, assista ao vídeo da professora Simone de Melo sobre como melhorar a
dinâmica na Escola Bíblica. Recomendo que o alun@ pesquise outros materiais na
internet, a fim de melhorar a sua performance. Lembre-se que a internet contem as mais
variadas dicas.

COMO PREPARAR UMA AULA PARA ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL? (2:58)


Metodologia de ensino ativa : criado por Eric mozu , objetivo de colocar o aluno no
centro da aprendizagem , nela a critica e a reflexão são incentivados pelo professor q
conduz a aula , mas o aluno ‘o centro desse processo.
COMO FUNCIONARIA A UTILIZACAO DESSA METODOLOGIA NA EBD?
1- O professor precisa conhecer profundamente a lição bíblica que ele ira dar
dentro da sala de aula , pra que ele consiga explicar de forma clara e
transparente para os seus alunos. Lembrndo que o tempo máximo para a
exposição da matéria e do texto bibli co são de 15 a 20 min.Apos a explicação
do teto bíblico e da matéria , cojmec o processo da arte da perguntaçao .
Exemplo: crie grupos de rspostas A, B , C e entregue a cada aluno ou grupo ,
faca as pergunts e certifiquese se a media de acertos foi entre 50 – 70 % para dar
continuidade a aula.
Depois: dividir a sala em grupos e pedir para eles discutirem algum tema da aula
entre 4 a 5 min e depois cada grupo fara uma exposição do q foi falado pelo
tempo dado do professor .
Após isso o professor devera fazer uma nova exposição da aula resuimida e
aplicar um novo teste para avaliar se os alunos realmente aprenderam . e depois
o professor pode falar um pouco sobre o estudado ou fazer novas perguntas .

SONDAGEM DA DISCIPLINA -
CONTRIBUIÇÕES DA FILOSOFIA DA
EDUCAÇÃO PARA O TRABALHO
ECLESIÁSTICO
Olá!
Chegamos ao fim de nossa disciplina e vamos fechar com chave de ouro.
Creio que tod@s viram como a filosofia se presta para o fazer da Educação. Como disse
Saviani, todo processo de ensino-aprendizagem tem uma filosofia que nos ajuda a refletir
a nossa prática. O que lamentamos é que muitas vezes, por diversos motivos, não
alcançamos as metas desejadas e nossas igrejas.
Diante disso, são inevitáveis as perguntas: o que está errado? Onde estamos errando?
O que precisa ser feito?
Gosto muito de lembrar o que Tania Zagury enfatiza: nem tudo é culpa do professor.
Tenho certeza que muitos dão o melhor de si para ver resultados significativos em suas
igrejas. Uma prova disso é que muitos se disponibilizaram para fazer esta formação.
A pergunta que nunca deve sair de nossa mente é: o que fazer para melhorar? Porque
quando pensamos assim, não nos contentaremos com o que temos, mas trabalharemos
para aperfeiçoar e multiplicar os acertos e corrigir as falhas. Dar o melhor de si é um
princípio importante para continuar seguindo em frente. O apóstolo Paulo nos diz “Se é
ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino” Rm 12:7.
Mas para não sair do foco da Filosofia Aplicada à Educação, visto que nosso discurso já
está parecendo livro de autoajuda (kkkkk), reflitamos sobre:
Como a Filosofia da Educação pode contribuir para melhorar o desempenho
daEscola Bíblica em nossas igrejas?
Observações:
Neste fórum você poderá ler as respostas dos colegas e comentar de maneira construtiva.
Porém, não serão admitidas cópias de postagens dos alunos ou de terceiros.
Seja original em suas considerações, caso queira dispor de algum texto, de colegas ou de
terceiros, faça as devidas referências.
Também não serão aceitas respostas superficiais ou vagas, como “concordo com
fulano” ou “faço minhas as palavras de ciclano”.
Considere para sua resposta o que estudamos ao longo da disciplina e visualize
possibilidades de melhorias para o ensino eclesiástico.
Resposta:
Através da aplicação dos conhecimento da filosofia na educação cristã,
podemos desfrutar de uma estrutura de ensino bem elaborada, abrangendo além
de uma qualificação adequada na metodologia de ensino dos professores uma
visão interativa entre a relação professor –aluno, onde o aluno tem liberdade de
se expressar e expor opiniões e criticas quantos assuntos abordados , abrindo
espaço para uma discursão saudável e enriquecedora de ideias, vale ressaltar que
o entendimento e método de ensino do professor tem que ser adequado a
situação sociopolítica em que o aluno esta inserido , dando ao mesmo as
condições adequadas para desenvolver seus conhecimentos de forma livre e
espontânea. Se todas essas considerações forem levadas a serio e de fato
executadas , com certeza teríamos uma melhora no ensino eclesiástico.
Quanto a arte de filosofar ...na minha opinião pessoal (logo, minha filosofia
quanto ao assunto) é que : Como cristões, o único cuidado que devemos tomar ,
é o de não deixar a filosofia desqualificar a veracidade da palavra de Deus. Ter
duvidas, e suposições quanto a assuntos bíblicos faz parte ! Ignorar a bíblia ou
partes dela como verdade teológica, é um erro sem volta.

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