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Texto Complementar 2 – Tipos de Presunção

Prof. Leonardo Godoi Sia

▪ Presunção hominis
A presunção hominis é aquela que se assume como praesumptio facti vel hominis ou
presunção de fato. Representam, nesta ótica tradicional, verdadeiro princípio de prova,
segundo o qual o enunciado de difícil comprovação probatória deverá ser complementado
com outros fatos e presunções.

▪ Presunção legal
A presunção legal ou iuris é observada prescrições estabelecidas em lei, isto é, são
enunciados expressos no texto legal, como por exemplo, a consequência da lei, a verdade
jurídica imposta pela lei, o conteúdo de regras jurídicas, entre outros.

▪ Presunção relativa
A presunção relativa também chamada de juris tantum ou iuris tantum é uma técnica que
modifica o ônus probatório. São modificadas quando existem provas em contrário.

▪ Presunção absoluta
Quanto a presunção absoluta, temos que é a lei que dita a verdade do fato instituindo-o de
forma vigorosa no sistema a ponto de inadmitir prova em contrário, conforme ensina Arruda
Alvim (1986). No campo tributário, Alfredo Augusto Becker, na dicotomia direito adjetivo/direito
substantivo, reforçou a ideia de que as presunções não são normas probatórias, mas
proposições prescritivas de direitos e deveres: A presunção “juris et de jure” não é regra de
prova de direito adjetivo, mas regra dispositiva ou imperativa de direito substantivo.

▪ Presunção qualificada
A presunção qualificada também chamada de mista, é procedimento presuntivo que, de um
lado, comumente admite prova em contrário, mas poderá vir prescrita inadmitindo prova; e,
de outro, somente na forma determinada em lei. Entra neste conceito, por exemplo, o art. 340
do antigo Código Civil.

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Art. 340 CC. O credor que, depois de contestar a lide ou aceitar o depósito, aquiescer no
levantamento, perderá a preferência e a garantia que lhe competiam com respeito à coisa
consignada, ficando para logo desobrigados os co-devedores e fiadores que não tenham
anuído.

Destas presunções, quais são as admitidas na constituição do fato jurídico tributário?

Para responder tal indagação temos que relembrar as palavras do Professor Paulo de Barros
Carvalho, quando explicita sobre a constituição do fato jurídico tributário.

Tomando as noções do jurista espanhol Gregório Robles, professor Paulo de Barros entendeu
que os conceitos de “norma”, “procedimento” e “acto” são indissociáveis no direito positivo na
figura do lançamento tributário. Neste sentido, traduzem momentos significativos de uma e
somente uma realidade. Não pode haver o ato sem um procedimento, e não há procedimento
sem norma que o estabeleça, conforme destacamos:

“Neste ponto, estou bem afinado com Robles, para quem o procedimento não é outra coisa
que a regra ou norma prescritora daquilo que o sujeito tem que fazer para realizar uma
ação, ou praticar um acto (em seu sentido estático), o que implica reconhecer que todo
procedimento se expressa verbalmente por meio de uma regra ou norma que institui os
tópicos necessários à concretização do acto. Esse ter que exprime a presença da chamada
regra técnica, tão utilizada na compostura do tecido linguístico do direito posto.”

Desta forma, concluímos com Florence Cronemberger Haret (2010, pág. 106), que

“toda presunção, em seu sentido amplo ou em cada um de seus tipos enunciativos, é


procedimento de raciocínio (presuntivo), ato de presumir e norma (de estrutura) procedimental
que institui o itinerário para se presumir: todos os indicativos de um resultado, ora (i) a
protopresunção, no caso de enunciação-factual produzida por autoridade incompetente para
constituir norma, como as partes no processo, ora (ii) a presunção propriamente dita ou em
sentido estrito, quando se trata de enunciação-normativa expedida por enunciador
competente, seja ele entendido como legislador (na previsão abstrata), seja como aplicador
(no enunciado factual concreto)”.

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São acepções que retratam o contexto presuntivo em ambos os níveis comunicacionais da
presunção, acarretando a aplicabilidade na constituição do fato jurídico tributário. “

Diante do que foi colocado, pergunto:

▪ O Fisco pode promover presunções em matéria tributária para fins de evitar a elisão?
▪ É lícita a construção de uma ficção jurídica por parte do Fisco para atingir o seu
poder de tributar?

As ficções e as presunções em matéria tributária servem para


aumentar ou restringir o poder de tributar do Fisco. Como regra geral,
as ficções e as presunções serão usadas a favor do Fisco, com
objetivo de garantir a captação da receita tributária e assim aumentar
a gestão tributária, tornando-a mais eficiente. Por exemplo, presume-
se que os moradores dos conjuntos habitacionais não têm
capacidade contributiva, não podendo ser tributado no que toca ao
IPTU e em contrapartida podemos presumir que moradores de
determinado bairro possuem capacidade contributiva podendo
assim, ser tributados.

Referências

HARET, Florence Cronemberger. Presunções no Direito Tributário: Teoria e prática. Tese de


Doutorado apresentado na USP. 2010. PP 296-297

BECKER, Alfredo Augusto. Teoria Geral do Direito Tributário. 4ª ed. São Paulo. Noeses, 2007,
p. 558.

ARRUDA ALVIM, J.M. Manual de direito processual civil. 3. ed. São Paulo: RT, 1986, pp. 400-
401.

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