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Teste de avaliação – 10.

o Ano
Versão 2

Nome _____________________________________________ Ano ________ Turma _________ N.o _______

Grupo I
Apresenta as tuas respostas de forma bem estruturada.

PARTE A
Lê as seguintes estâncias do Canto VIII de Os Lusíadas de Luís de Camões. Se necessário, consulta as
notas.
98
96
Este rende munidas fortalezas;
Nas naus estar se deixa, vagaroso,
Faz trédoros5 e falsos os amigos;
Até ver o que o tempo lhe1 descobre;
Este a mais nobres faz fazer vilezas,
Que não se fia já do cobiçoso
E entrega Capitães aos inimigos;
Regedor, corrompido e pouco nobre.
Este corrompe virginais purezas,
Veja agora o juízo curioso
Sem temer de honra ou fama alguns perigos;
Quanto no rico, assi como no pobre,
Este deprava às vezes as ciências,
Pode o vil interesse e sede imiga
Os juízos cegando e as consciências.
Do dinheiro, que a tudo nos obriga.

99
97
Este interpreta mais que sutilmente
A Polidoro2 mata o Rei Treício,
Os textos; este faz e desfaz leis;
Só por ficar senhor do grão tesouro;
Este causa os perjúrios entre a gente
Entra, pelo fortíssimo edifício,
E mil vezes tiranos torna os Reis.
Com a filha de Acriso3 a chuva d' ouro;
Até os que só a Deus omnipotente
Pode tanto em Tarpeia4 avaro vício
Se dedicam, mil vezes ouvireis
Que, a troco do metal luzente e louro,
Que corrompe este encantador, e ilude;
Entrega aos inimigos a alta torre,
Mas não sem cor6, contudo, de virtude!
Do qual quási afogada em pago morre.

Luís de Camões, Os Lusíadas,


prefácio de Costa Pimpão, 4.ª ed., Lisboa, MNE, Instituto Camões, 2000, p. 365.

1
a Vasco da Gama. 2 Príamo, rei de Troia, confiou o seu filho Polidoro a Polimnestor, rei da Trácia (o rei Treício). Depois da queda de Troia, Polimnestor, para se
apoderar do oiro, que teria vindo com o filho de Príamo, matou Polidoro e atirou o seu cadáver ao mar. 3 Acriso, pai de Dánae, encerrou a sua filha numa torre de
bronze para impedir o cumprimento da profecia de que seria morto pelo filho que dela nascesse. Mas Júpiter entrou na torre sob a forma de uma chuva de oiro e tornou
Dánae mãe de Perseu, que mais tarde veio a matar Acriso. 4 Tarpeia, filha de Spurius Tarpeius, entregou a cidadela de Roma (o Capitólio) aos Sabinos sob promessa
de eles lhe darem o que traziam no braço esquerdo (bracelete de oiro). Tácio, rei dos Sabinos, consentiu, mas, ao entrar na cidadela, atirou-lhe não só a bracelete, mas o
escudo que tinha no mesmo braço. Os soldados fizeram o mesmo e Tarpeia ficou esmagada. 5 traidores. 6 disfarçado.

1. Indica o assunto do texto.


2. Identifica os planos narrativos presentes e justifica a sua interdependência.
3. Refere a expressividade da hipérbole no verso 4 da estância 99.
4. Explicita o sentido dos versos 5-8 da estância 99 com recurso a exemplos textuais.

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PARTE B

Lê o seguinte soneto. Se necessário, consulta as notas.

O tempo acaba o ano, o mês e a hora,


a força, a arte, a manha, a fortaleza;
o tempo acaba a fama e a riqueza,
o tempo o mesmo tempo de si chora.

5 O tempo busca e acaba o onde mora


qualquer ingratidão, qualquer dureza;
mas não pode acabar minha tristeza,
enquanto não quiserdes vós, Senhora.

O tempo o claro dia torna escuro,


10 e o mais ledo1 prazer em choro triste;
o tempo a tempestade em grã2 bonança.

Mas de abrandar o tempo estou seguro


o peito de diamante, onde consiste
a pena e o prazer desta esperança.

Luís de Camões, Rimas (texto estabelecido e prefaciado por Álvaro J. da Costa Pimpão), Coimbra,
Almedina, 2005, p. 183.

1
alegre. 2 grande.

5. Esclarece a oposição introduzida pela conjunção «mas» na segunda quadra.

6. Interpreta o assunto do segundo terceto.

PARTE C

7. As referências à vida pessoal marcam presença nas duas obras de Luís de Camões: Rimas e
Os Lusíadas.

Escreve uma breve exposição na qual apresentes uma reflexão desta natureza presente em cada
uma das obras.

A tua exposição deve incluir:


• uma introdução ao tema;

• um desenvolvimento no qual apresentes, para cada umas das obras, uma reflexão sobre a vida
pessoal do poeta, fundamentando cada uma em, pelo menos, um exemplo significativo;
• uma conclusão adequada ao desenvolvimento do tema.

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Grupo II
Lê o texto. Se necessário, consulta a nota.

Descoberta Nau da Carreira da Índia naufragada ao largo de Cascais

Uma equipa de arqueólogos da Câmara Municipal de Cascais, do Projeto Municipal da Carta


Arqueológica Subaquática do Litoral, descobriu uma nau que terá naufragado entre 1575 e 1625,
e que é considerada a «descoberta do século», segundo o município.

Uma nau que terá naufragado entre 1575 e 1625 foi agora descoberta por uma equipa de
5 arqueólogos da Câmara Municipal de Cascais. A descoberta, feita num mergulho junto ao ilhéu do
Bugio, no rio Tejo, no passado dia 3 de setembro, resultou do Projeto da Carta Arqueológica
Subaquática de Cascais (ProCASC), aprovado pelo município em 2005, e que tem por objetivo
recolher todo o tipo de informação histórica, numa campanha de investigação subaquática. Em
declarações à agência Lusa, o diretor científico do ProCASC, Jorge Freire, explicou que os vestígios
10 da nau foram encontrados a uma profundidade média de 12 metros, junto ao Bugio, e abrangem uma
área aproximada de 100 metros de comprimento por 50 metros de largura.
«Vê-se o escudo de Portugal, a esfera armilar, portanto, por aí, estamos seguramente a falar de um
achado de desígnio nacional muito semelhante àquilo que foi a Nossa Senhora dos Mártires [uma nau
portuguesa também do Caminho das Índias, descoberta em 1994], utilizada como motivo da Expo98,
15 só com uma diferença, já que esta está em melhor estado de conservação, daquilo que nos é possível
ver à superfície. A área também é muito maior do que foi exumado1 na Nossa Senhora dos Mártires»,
afirmou o diretor e mergulhador do projeto.
[…]
«A maior parte das descobertas no país foram feitas por achado fortuito. A maior parte das
descobertas em Cascais, e esta em particular, foram feitas em ambiente científico. O que estamos a
20 fazer neste momento é mapear todos os achados que estão à superfície, para termos um diagnóstico
daquilo que está visível, para ver qual a evolução do sítio em termos de sedimentação,
e perceber a própria dinâmica do sítio», esclareceu.
[…]
Segundo o diretor do ProCASC, «brevemente» a nau irá transformar-se num campo-escola para a
formação académica de alunos das universidades. «Temos uma ausência de campos para formar
25 arqueólogos e ela [nau] vai ser transformada, nesse sentido [num campo-escola], porque está lá a nau
e um conjunto de navios de outras cronologias muito perto deste sítio, que também necessitam de ser
intervencionados, e vamos juntar-nos num planeamento. […]»
De acordo com Jorge Freire, o campo-escola será criado através da Cátedra UNESCO «O
Património Cultural dos Oceanos», tutelada pelo Centro de Humanidades da Faculdade de Ciências
30 Sociais e Humanas, da Universidade Nova de Lisboa, em parceria com a Marinha Portuguesa e a
Direção-Geral do Património Cultural.

João Ruela Ribeiro,


in https://www.publico.pt/
(texto adaptado, consultado a 20 de fevereiro de 2018)
1
exumado – desenterrado, descoberto.

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1. A nau agora descoberta
(A) não fazia parte da armada em que estava a de Nossa Senhora dos Mártires.
(B) apresenta diversas semelhanças com o achado de a Nossa Senhora dos Mártires.
(C) é em tudo semelhante à nau Nossa Senhora dos Mártires.
(D) encontra-se numa área menos abrangente da de Nossa Senhora dos Mártires.

2. A nau vai ser transformada em campo-escola com o objetivo de servir de


(A) modelo a outros campos-escola.
(B) museu académico para alunos universitários.
(C) base para a formação de futuros especialistas nesta área.
(D) referência a outros navios já encontrados.

3. A expressão «estamos seguramente a falar de um achado de desígnio nacional» (ll. 12-13)


demonstra o caráter
(A) subjetivo do texto.
(B) informativo do texto.
(C) objetivo e informativo do texto.
(D) subjetivo e informativo do texto.

4. A expressão «por achado fortuito» (l. 18) significa que a maior parte das descobertas foi feita de
forma
(A) casual.
(B) delineada.
(C) planificada.
(D) súbita.

5. A modalidade presente no enunciado «Uma nau que terá naufragado entre 1575 e 1625» (l. 2) é
(A) deôntica (valor de permissão).
(B) epistémica (valor de probabilidade).
(C) apreciativa (juízo de valor) .
(D) epistémica (valor de certeza).

6. Identifica as funções sintáticas desempenhadas pelos constituintes sublinhados:


a) «Uma nau (…) foi agora descoberta por uma equipa de arqueólogos […]» (ll. 4-5);
b) «O que estamos a fazer neste momento é mapear todos os achados […]» (ll. 19-20).

7. Classifica a oração «já que esta está em melhor estado de conservação» (l. 15).

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Grupo III

Redige uma síntese do texto apresentado no Grupo II (com 395 palavras), utilizando entre 120 e 132
palavras (um terço de 395).

No teu texto deves:


– distinguir a informação essencial da acessória (eliminando repetições, detalhes, exemplos);
– utilizar mecanismos de supressão e de condensação de informação (como hiperónimos);
– manter a rede lexical (vocabulário específico/palavras-chave) do texto-fonte;
– utilizar mecanismos de coesão e coerência textuais;
– ter em atenção a marcação de parágrafos e a correção linguística;
– respeitar a extensão do texto indicada.

Observações:

1. Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em
branco, mesmo quando esta integre elementos ligados por hífen (ex.: /dir-se-ia/). Qualquer número
conta como uma única palavra, independentemente do número de algarismos que o constituam
(ex.: /2019/).

2. Relativamente ao desvio dos limites de extensão indicados – entre cento e vinte e cento e trinta e
duas palavras –, há que atender ao seguinte:
– um desvio dos limites de extensão indicados implica uma desvalorização parcial (até 5 pontos)
do texto produzido;
– um texto com extensão inferior a sessenta palavras é classificado com zero pontos.

FIM

COTAÇÕES
Item
Grupo
Cotação (em pontos)

1. 2. 3. 4. 5. 6. 7.
I
16 16 8 16 16 16 16 104

1. 2. 3. 4. 5. 6. 7.
II
8 8 8 8 8 8 8 56

III Item único


40
TOTAL 200

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