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No capítulo VII da obra “Carne e Pedra”, intitulada O Medo do Contato, Richard Sennet

disserta a respeito dos guetos judeus em Veneza, fazendo um paralelo direto com a obra de
Shakespeare “O mercador de Veneza”. Na obra de ficção, um cristão não consegue abater
uma dívida com um banqueiro judeu e se vê na obrigação de cumprir com sua palavra.

Veneza, a Pérola do Adriático era uma cidade de extrema importância comercial e de rotas,
pela sua localização geográfica estratégica tanto para as Cruzadas quanto para a exploração
de mercadoras vindas do oriente, mais especificamente especiarias. Após a destruição
causada pela guerra da Liga de cambrai, diversos judeus de diferentes partes da Europa
migraram para a “cidade imã”, que lhes parecia segura.

Na Itália forte e completamente cristã, esse povo era completamente segregado, sempre
culpados por todas as desgraças que atingiam Veneza, sendo símbolos de doenças
contagiosas, pestes e ate mesmo culpados pelo declínio da cidade. Por esse motivo
inclusive, se da o nome do capítulo, O medo do contato dos cristãos com os judeus. Eles
eram considerados intocáveis, em um sentido pejorativo.

Entretanto, os judeus eram banqueiros e comerciantes, acusados também de usura, pecado


cristão. Por isso, eram de grande importância pra cidade de Veneza, tinham dinheiro e
sabiam fazer negociações. O isolamento desse povo nos guetos foi a solução encontrada
para que eles não se misturassem e ocupassem o mesmo lugar dos cristãos mas ao mesmo
tempo sem perder seus serviços. Foi uma “segregação sem expulsão”. Os guetos ficavam
afastados da cidade, em velhos distritos de fundição de difícil acesso e pouca ou nenhuma
infraestrutura, com segurança fornecida pelo estado mas paga pelos próprios judeus.

Os guetos protegeram os judeus de ataques em dias considerados santos algumas vezes. a


noite as janelas eram fechadas para evitar comércios ilegais. Dentro dos guetos era
permitido exercer sua fé. Com esse isolamento geográfico, os judeus foram se fechando
cada vez mais e se afastando da “cidade cristã”.

Na obra de Shakespeare, o banqueiro acaba sendo derrotado e, além de tudo sua filha foge
de casa apaixonada por um cristão. Esse trecho é uma espécie de crítica a forma com que ao
longo do tempo a tradição judaica se tornou apenas usar uma marca amarela pela cidade,
sem um sentimento forte judaico.
No capítulo 4 de “História da Teoria da arquitetura” Hanno-Walter Kruft discorre a respeito
dos teóricos logo após o Tratado de Alberti, em que tentam dar a ele um ar mais atual e
acessível.

O primeiro deles, Filarete escreve um tratado de arquitetura em uma novela de 25 livros em


forma de diálogo. Ela começa com uma simples conversa em que um arquiteto descreve os
princípios da arquitetura e depois da fundação e planificação da cidade fictícia de Sforzinda.
Ele se propõe a tratar das medidas da habitação, dos diversos tipos de habitações atuais e
antigas e das necessidades do homem de habitação e de comer. Filarete faz uma
abordagem antropocêntrica das mediadas das habitações o tempo todo.

Francesco de Giorgio faz uma síntese sobre as ideias de Filarete e Alberti. Sua obra não é
simétrica e tem inicio com a construção das fortalezas e sustenta a ideia de Alberti dizendo
que todas as proporções e cálculos tem origem na perfeição do corpo humano. Ele cita
inclusive que este afirma que todas as medidas e proporções da arquitetura proveem do
corpo humano. Ele desenvolve sua teoria a partir da máxima de que “o homem é um animal
social”. Através da teoria habitacional de Filarete distingue cinco variedades de casa em que
a distribuição interna segue a função: casa para camponeses, para nobres, para artesãos,
para comerciantes e eruditos.

Leonardo da Vinci tem um caráter mais pratico do que teórico em seus escritos. Ele
apresenta uma forma urbana radical, em que a planta da cidade seria quadrada,
atravessada por canais e em que as vias seriam distinguidas para transporte de mercadorias
e vias de passagem.

Donato Bramante através da nudez, ele na geometria, na perspectiva e na Antiguidade. Sua


obra é destacada pela clareza conceitual e extrema valorização da estética e suas
implicações nas construções.

O renascimento nos faz pensar o corpo humano e sua relação com a arquitetura e a cidade
na medida em que as proporções, as formas e a escala humana são minimalistamente
pensadas e valorizadas, o que reflete diretamente nas construções, na moradia onde vai
abrigar esse ser perfeito humano e é nele que aprendemos tudo para construí-la e faze-la de
forma a melhor atender suas necessidades e funções.

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