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Kultur Dokumente
imprensa@sieeesp.com.br
DIRETORIA
Presidente
Benjamin Ribeiro da Silva
Colégio Albert Einstein
Matéria de Capa
4
1º Vice-presidente
José Augusto de Mattos Lourenço
Colégio São João Gualberto
Sieeesp
2º Vice-presidente
Waldman Biolcati Sua atuação e sua estrutura
Curso Cidade de Araçatuba
1º Tesoureiro
José Antonio Figueiredo Antiório
Colégio Padre Anchieta
Comportamento Sexualidade
14 32
2º Tesoureiro
Antonio Batista Grosso
Colégio Átomo
Drogas na escola Sexo é Direito –
1º Secretário
Itamar Heráclio Góes Silva Saúde sexual
Educ Empreendimentos Educacionais
2º Secretário
Antonio Francisco dos Santos
Colégio Novo Acadêmico Capacitação Educação Digital
DIRETORES DE REGIONAIS 16 O que faz a diferença 34 Ciberarquitetura -
ABCDMR
Oswana M. F. Fameli - (11) 4437-1008 na formação Convergências de
Araçatuba profissional do Senai mídia a serviço da
Waldman Biolcati - (18) 3623-1168
Bauru
educação
Gerson Trevizani - (14) 3227-8503
Campinas
Sociedade
18
Antonio F. dos Santos - (19) 3236-6333
Guarulhos
Uma razão para Filantropia
Wilson José Lourenço Júnior - (11) 4963-6842
Marília
Luiz Carlos Lopes - (14) 3413-2437
sonhar 38 OAB e Sieeesp
debatem filantropia
Ribeirão Preto
João A. A. Velloso - (16) 3610-0217
Osasco
José Antonio F. Antiório - (11) 3681-4327 Recreação
Presidente Prudente
Antonio Batista Grosso - (18) 3223-2510 20 Aprendendo
42
Filantropia
Santos
brincando Lei nº 12.868/13
Ermenegildo P. Miranda - (13) 3234-4349
e a Filantropia
São José dos Campos
Maria Helena Baeza - (12) 3931-0086 Educacional:
São José do Rio Preto Motivação Reflexos e Ajustes
Cenira Blanco Fernandes Lujan - (17) 3222-6545
Sorocaba
Edgar Delbem - (15) 3231-8459
24 Pegue a estrela
do mar...
Certificação
48
JANEIRO DE 2014
Editor
Adhemar Oricchio - MTB 8.171 Vale a pena ser uma
Repórteres
Saúde “Escola Legal”
26
Gisele Carmona
Ygor Jegorow (estagiário)
Assessoria de Imprensa e Aleitamento natural
Produção Editorial
Editor-chefe: Adhemar Oricchio
52
Editor gráfico: Balduino Ferreira Leite
Site: Gisele Carmona
Redes Sociais: Ygor Jegorow
Impressão: Companygraf Obrigações
Reflexão
30
Colaboradores
• Ana Paula Saab • Antonio Higa
• Carlos Alberto Nonino
• Clemente de Sousa Lemes Teoria e Prática
• Ivaci de Oliveira • Jocelin de Oliveira
• José Maria Tomazela • José Rodrigues
• Ulisses de Souza
www.sieeesp.org.br
Av. das Carinás, 525 - São Paulo - SP
54 Cursos
CEP 04086-011 - (11) 5583-5500
2 Escola Particular
Editorial
Benjamin
meio período?
Sindicato dos Estabelacimentos de
Ensino no Estado de São Paulo
benjamin@einstein24h.com.br
O secretário
A A falta de vagas nas
creches brasileiras é
motivo de muita preocupação
creches, o que realmente
é mais justo, desde que se
mantenha o tempo integral,
defendeu também
o uso de critérios
e ocupa espaços generosos
na mídia. Mais uma vez estou
que é a forma adequada de
se atender a essa camada da
socioeconômicos
tratando desse assunto, no população trabalhadora. A para a distribuição
momento em que me deparo ideia da criação de creches
com uma notícia no jornal surgiu na década de 1970, das vagas nas
Diário de S.Paulo dando
conta de que na tentativa de
com o aumento do número
de fábricas, foram iniciados
creches
cumprir a meta do prefeito os movimentos de mulheres
Fernando Haddad, da capital e a luta por um local onde
paulista, de zerar a fila da poderiam deixar seus filhos
creche em São Paulo até 2016, enquanto trabalhavam. No
a Prefeitura quer criar vagas início elas tinham um foco
de meio período na cidade. A meramente assistencialista,
proposta passaria a valer já a mas a partir da Constituição diariamente para conseguir
partir do início de 2014. de 1988, do Estatuto da uma vaga para seus filhos.
Até o mês de setembro, Criança e do Adolescente em Estima-se que até 70 mães
oficialmente, a fila à espera 1990 e da Lei de Diretrizes e pedem ajuda à Defensoria
por vagas em creches na Bases da Educação Nacional Pública do Estado por dia
capital paulista era de 156.982, em 1996, é que a educação para ingressar na Justiça.
mas sabe-se que esse número infantil foi colocada como Nos últimos dias, a Câmara
é ainda maior. Ou seja, como a primeira etapa do ensino Municipal aprovou, em
num passe de mágica Haddad básico no Brasil. primeira votação, o projeto do
quer resolver o problema da A promessa anterior do vereador Jair Tatto que cria o
falta de vagas nas creches prefeito Haddad era de auxílio-creche, um benefício
ignorando o problema das se criar 150 mil vagas de que concede meio salário
mães que trabalham e não educação infantil até 2016, mínimo (aproximadamente
têm onde deixar seus filhos, com a construção de 243 R$ 400) para mães com
se realmente for levada a sério creches para 50 mil crianças filhos na fila da creche. Na
a promessa de acabar com o e com convênios. Hoje o gestão anterior, projeto
período integral. O secretário município tem 364 instituições semelhante foi barrado, pois o
municipal de Educação, César e, as outras 1.258, são prefeito Kassab o considerou
Callegari, nega que a medida é conveniadas, atendendo no inconstitucional.
uma artimanha da Prefeitura total, aproximadamente, 210 Esse problema da falta de
para alcançar a meta de zerar mil crianças. Como se vê, não vagas nas creches se arrasta
a fila da creche, deixando claro fosse a iniciativa privada, o há muitos anos e não podemos
que a ideia não é precarizar ou caos na educação infantil em esperar que agora, com
aumentar o atendimento. São Paulo seria total. soluções paliativas, em prejuízo
O secretário defendeu Enquanto o impasse das mães que não têm onde
também o uso de critérios persiste, e a Prefeitura estuda deixar seus filhos, a solução se
socioeconômicos para a o que fazer, dezenas de arraste por mais uma gestão e
distribuição das vagas nas pessoas entram na Justiça por vários anos mais.
Escola Particular 3
Matéria de Capa
SIEEESP
SUA ATUAÇÃO E SUA ESTRUTURA
Adhemar Oricchio
4 Escola Particular
Arquivo Sieeesp
A missão e a prioridade da diretoria da nossa entidade
é continuar prestando cada vez mais serviços de
assessoria às escolas, uma vez que nós estamos aqui
para servir aos associados
Benjamin Ribeiro da Silva – presidente do Sieeesp
além de entrar definitivamente nos meios colaborando para que o mantenedor te-
modernos das redes sociais. nha o melhor assessoramento em todos
Segundo Benjamin Ribeiro da Silva, os setores do seu estabelecimento. Os
presidente do Sieeesp “a missão e a priori- departamentos de Cursos, Relações e
dade da diretoria da nossa entidade é con- Atendimento, Comunicação, Regionais,
tinuar prestando cada vez mais serviços Comercial, Gerência Administrativa, Finan-
de assessoria às escolas, uma vez que nós ceiro, Jurídico, Pedagógico e Internacional
estamos aqui para servir aos associados”. mostram o que foi oferecido de melhor em
Para demonstrar como o Sindicato se cada um deles e que as perspectivas para
preparou para prestar assistência aos seus 2014 são as melhores possíveis. A análise a
sindicalizados e à comunidade educacio- seguir demonstra não só a preocupação do projetos antigos, que continuam produ-
nal, a revista Escola Particular mostra a Sieeesp com a quantidade como também zindo resultados positivos, mesmo com o
atuação e a estrutura dos seus departa- com a qualidade dos serviços oferecidos. passar do tempo. Uma prova dessa labuta
mentos, com destaque para os aspectos diária é o Congresso e Feira de Educação
mais importantes de cada um deles. Foram SEMPRE ALERTA Saber. O evento que está em sua 18ª edição
milhares de cursos, parcerias, reuniões, O ano mal começou e o planejamento já tem data e local para acontecer, além
palestras, assembleias, atendimento às e a estratégia das tarefas tomam conta da confirmação de grandes nomes da
dúvidas mais frequentes, por telefone, e- de toda a estrutura do Sieeesp. Além do área educacional do Brasil e do exterior.
mails, cartas e até mesmo pessoalmente. aprimoramento das áreas de trabalho, os Marque no calendário: dias 25, 26 e 27
Cada departamento do Sieeesp conta departamentos estão em busca de novas de setembro, no Centro de Exposições
com uma função específica e direcionada, formas de atendimento para incrementar Imigrantes, em São Paulo.
Escola Particular 5
Matéria de Capa
Arquivo Sieeesp
O prédio, com sete
andares e 2.550
metros quadrados
de área construída
está localizado em
Santo Amaro
6 Escola Particular
Arquivo Sieeesp
O Departamento Jurídico do Sieeesp é coordenado
pelo professor José Antônio Figueiredo Antiório e tem
importante papel junto à diretoria do Sindicato
Escola Particular 7
Matéria de Capa
Arquivo Sieeesp
CURSOS
Sob a supervisão de Maria Regina de
Stéfano, o Departamento de Cursos teve
forte atuação durante 2013, trazendo para
o Sindicato milhares de educadores para
treinamento e capacitação. “Procuramos
estabelecer uma programação que atenda
aos interesses dos mantenedores e dos
educadores, sempre com o intuito de
qualificar e melhorar o nível de ensino do
país”, afirma Regina.
Foram muitos os cursos ministrados Procuramos estabelecer uma
em 2013 por grandes nomes, como o Pro-
grama de Formação e Desenvolvimento programação que atenda aos
para Gestão Escolar, com duração de nove interesses dos mantenedores e
meses; Curso de Especialização no Ensino dos educadores
da Matemática – cálculo mental – sucesso
Maria Regina de Stéfano
Arquivo Sieeesp
8 Escola Particular
sxc.hu
Moscou, um
dos destinos a ser
visitado nas viagens
internacionais do
Sieeesp
Escola Particular 9
Matéria de Capa
O gerente
administrativo Osni
Rozalino é um dos mais
antigos funcionários da
instituição
ADMINISTRATIVO
Suporte à diretoria. Esta é a principal
função do Departamento Administra-
tivo no Sieeesp, que tem como gerente
Arquivo Sieeesp
Osni Rozalino, um dos mais antigos fun-
cionários da instituição. Sua experiência
de 40 anos dentro do Sindicato ajuda a dar
forma às principais diretrizes propostas
pela diretoria, bem como auxilia no ge- FINANCEIRO
renciamento das ações dos funcionários. Outro departamento prestador de
Como, por exemplo, o CPD, sempre em serviços do Sieeesp é o Financeiro, que
fase de aprimoramento, em busca de um cuida de setores como Departamento
melhor atendimento. Usar a tecnologia Pessoal, Contas a Pagar, Serviços Gerais,
para interligar departamentos, regionais, acompanhamento bancário e assessoria
mantenedores e sociedade em geral. Essa à diretoria na área econômico-financeira,
é uma das principais características do “principalmente com a missão de auxiliar
Departamento de Informática do Sieeesp. a manter o perfeito equilíbrio e o sanea-
Além de assessorar os mantenedo- mento das finanças da entidade”, segundo
res e funcionários do Sindicato, esse de- Júlio de Souza, o responsável por essa área.
partamento auxilia na infra-estrutura de
equipamentos e redes de computadores COMUNICAÇÃO/IMPRENSA
presentes na entidade, agilizando a A missão de informar a comunidade
prestação de serviços e garantindo a educacional e a sociedade como um todo
continuidade de serviços como o do site e manter o Sindicato informado, foi um dos
institucional e o Jornal Eletrônico. principais destaques deste departamento
Outro departamento importante para em 2013. Os resultados comprovam esse
a administração do Sieeesp é o setor de trabalho: centenas de matérias publicadas
Arrecadação. Ao contrário do que se em jornais impressos, Internet e redes so-
pensa, sua função não é apenas cobrar ciais e dezenas de reportagens radiofônicas
os estabelecimentos de ensino para a e televisivas, graças ao empenho conjunto
arrecadação de fundos. Ele também tem e contínuo da assessoria de imprensa,
outros objetivos, como o de informar a em São Paulo, e dos correspondentes
abertura de currículo de escolas, atualizar espalhados pelo interior do Estado e que
os cadastros escolares, localizar escolas contribuem de maneira decisiva para ta-
e fazer remessas de correspondências. manho sucesso.
Em 2014, o principal objetivo será o de Além da divulgação na mídia externa,
melhorar esse contato já existente entre conseguimos grandes feitos com os veícu-
mantenedores e o Sindicato, mostrando los internos. Estamos publicando a edição
que cobrar não é a única utilidade desse 190 da revista Escola Particular, totalmen-
departamento. te renovada, com bastante conteúdo
educacional, muitos anúncios e um forte
apelo comercial e o número de páginas
ampliado; o Jornal Eletrônico, em seu 12º
A revista Escola
Particular está
totalmente renovada
e com bastante
conteúdo educacional
10 Escola Particular
Escola Particular 11
Matéria de Capa
12 Escola Particular
Escola Particular 13
Comportamento
DROGAS NA ESCOLA
O consumo de drogas é um fenômeno
mundial e deve ser encarado como
um grave problema de saúde pública em
São raros os jovens que atravessam
a adolescência sem serem expostos às
drogas, trata-se de um “fenômeno da
Na escola pode haver perda de interes-
se, queda de rendimento escolar, atitude
negativista, atrasos e faltas injustificáveis,
todo o mundo. Trata-se de um grande juventude”. Na prática o início ocorre problemas de disciplina, envolvimento
desafio aos pais, médicos, educadores e com o uso de cigarro, vinho e cerveja com colegas usuários de drogas, grande
à sociedade de um modo geral. (drogas legalmente liberadas ao consumo, mudança na aparência física, vestimentas
Os estudos epidemiológicos sobre socialmente aceitas e de fácil acesso), e apresentação pessoal. Alguns sintomas
o consumo de álcool e de outras drogas posteriormente vem o uso da maconha e físicos também podem estar presentes,
evidenciam um crescimento assustador logo a seguir a cocaína, o êxtase, o crack como fadiga, problemas de sono, dores
nas últimas décadas, sendo que os jovens e a heroína, dentre outras. de cabeça, enjôos e mal-estar.
têm tido suas primeiras experiências cada Jovens sob o efeito de drogas apresen-
vez mais precocemente, ocorrendo nor- tam desinibição comportamental, perda Quais são os fatores de risco?
malmente na passagem da infância para do juízo crítico e de reflexos motores, Dificilmente um único fator de risco
a adolescência. fatos que colaboram para que algumas das levará o jovem ao transtorno por uso
Para termos uma ideia, o diagnóstico principais causas de mortes entre adoles- de álcool e drogas. Na verdade, o uso de
de abuso de álcool e de drogas entre ado- centes, como acidentes automobilísticos, drogas está relacionado a uma série de
lescentes americanos cresceu de 3% para suicídio, afogamentos e mortes por arma características, sendo que quanto mais
10% nos últimos dez anos, o consumo de de fogo estejam relacionados, em quase fatores de risco este jovem possuir, maio-
maconha triplicou entre estudantes com metade dos casos, ao consumo recente res serão suas chances de envolvimento
14 anos de idade e dobrou entre os jovens de bebidas alcoólicas ou outras drogas. problemático com essas substâncias.
com 17 anos durante as últimas décadas. Costumo fazer uma analogia com
De um modo geral, diferentes estudos Quais são os sinais de alerta? uma balança de dois pratos. De um lado
revelam que cerca de 10 a 16% dos adoles- Alguns sinais de alerta a pais e pro- da balança colocamos os fatores de risco
centes apresentam algum problema com fessores podem auxiliar na identificação e do outro os fatores de proteção. Um
o álcool ou outras drogas de abuso. de comportamentos relacionados ao jovem se tornará dependente químico de
uso de álcool e drogas. Mudanças de determinada droga se a quantidade de
personalidade e de humor, irritabilidade, fatores de risco sobrepuser os fatores de
quebra de regras, brigas frequentes com proteção. Desta forma, o trabalho preven-
os pais, comportamento irresponsável tivo realizado por pais e educadores será
acompanhado de falta de motivação pelas o de aumentar ao máximo os fatores de
atividades e baixa-estima costumam ser proteção e tentar eliminar esses possíveis
encontrados em adolescentes que se fatores de risco.
iniciam no uso das drogas. Muitas vezes a herança genética de-
sempenha um importante papel no sur-
gimento e manutenção desse problema.
Filhos de pais alcoólatras apresentam até
quatro vezes mais chances de se tornarem
usuários crônicos de álcool quando com-
parados com filhos de não alcoólatras.
Quando investigamos a história familiar
desta criança ou adolescente, comumente
observamos a existência de familiares que
vivenciam ou vivenciaram problemas com
álcool ou outras drogas de abuso.
sxc.hu
14 Escola Particular
Fatores ambientais como eventos de
sxc.hu
vida estressantes, inserção em lares deses-
truturados e violentos, divórcio dos pais,
abuso físico, emocional e sexual, menor Jovens são
atenção paterna e falta de vínculos afetivos
entre familiares aumentam consideravel- “induzidos” pelo
mente as chances de se tornar usuário de
drogas.
poder da mídia e da
A adolescência por si só representa
uma fase problemática para o consumo
própria sociedade de
de drogas. Nesta etapa da vida o jovem
passa por grandes modificações físicas
que o consumo de
e comportamentais. Está criando sua
própria identidade, sua personalidade e
álcool é bom
identifica-se mais com o grupo de amigos,
estando também mais apto a novas ex-
periências, novos desafios, não aceitando quinze anos, carnaval, jogos de futebol e envolvimento problemático com drogas
mais passivamente ordens e orientações grandes confraternizações de jovens são aumentam muito quando a experimenta-
de seus pais. convites para o consumo do álcool, na ção acontece antes dos 15 anos de idade.
Características de temperamento e grande maioria das vezes, legitimados por Desta forma, quanto mais tarde o jovem
personalidade também podem influenciar pais e familiares. experimenta a droga, mais protegido
no aumento do risco de envolvimento com Outras características comportamen- seu cérebro estará e menores serão as
drogas. Por exemplo, crianças e adoles- tais comumente encontradas em jovens chances de um problema mais sério se
centes excessivamente tímidos, retraídos, com risco ao uso de drogas são impul- instalar no futuro. •
impopulares e que não conseguem se sividade, agressividade, dificuldade para
destacar nos esportes ou nos estudos reconhecer uma situação de perigo,
apresentam mais chances de se envol- menor religiosidade e a presença de psi-
verem com as drogas. copatologias. Dr. Gustavo Teixeira
Médico psiquiatra da
A influência de modismos representa A precocidade da experimentação infância e adolescência.
outro fator de risco importante. Jovens de álcool e de outras drogas pode repre- Professor visitante
da Bridgewater State
são “induzidos” pelo poder da mídia e sentar também um aumento do risco de University. Mestre em
Educação, Framingham
da própria sociedade de que o consumo transtornos ligados ao uso de substân- State University.
comportamentoinfantil.com
de álcool é bom. As tradicionais festas de cias. Estudos revelam que as chances de
Escola Particular 15
Capacitação
sxc.hu
O que faz a diferença na formação
profissional do Senai
16 Escola Particular
Escola Particular 17
Sociedade
office.microsoft.com
S onhar nos ajuda a definir claramente
nossas metas e a programar nossa
mente para alcançá-las.
“racionalmente”. Ele não faz distinção en-
tre o que queremos atrair e o que queremos
evitar, o que consideramos bom e o que
Os sonhos são o resultado da nossa consideramos ruim. Ele apenas executa a
imaginação fazendo aquilo que a ela cabe sua programação. Processa a informação,
fazer: projetar o futuro. É importante man- fazendo quase instantaneamente todas
ter nossos sonhos vivos e projetando em as associações possíveis de cada dado de
nossa mente uma visão clara do que que- entrada com a infinidade de dados arma-
remos no futuro. É assim que conseguimos zenados.
programar nosso subconsciente. Você poderia perguntar: “E daí? O que
Nosso cérebro tem uma capacidade isso significa?”.
muito maior do que podemos conceber. Dizem que a imaginação é mais pode-
A parte a que temos acesso direto, o cons- rosa que o desejo. Isso reflete uma com-
ciente, representa apenas uma fração de paração direta entre as maneiras de se
toda a sua capacidade. programar o subconsciente (maior capaci-
É no subconsciente que se encontra o dade), e o consciente (menor capacidade).
verdadeiro poder da mente. Essa parte, de Nosso desejo é parte da nossa cogni-
capacidade impressionante, cuida simul- ção, nosso raciocínio consciente. Quere-
taneamente de milhares de processos em mos algo, então, usando o consciente,
todos os sistemas do corpo. fazemos planos, começamos a executá-los
Ela recebe informações e gera respos- e nos esforçamos para manter o foco na di-
tas e comandos, coordenando o funciona- reção escolhida. Entretanto, como a capaci-
mento sincronizado de trilhões de células. dade do consciente é limitada, rapidamente
E ela faz tudo isso em paralelo com todas perdemos o foco, desviando-o para outro
as atividades no consciente, o que inclui o assunto de maior urgência ou prioridade.
raciocínio durante a resolução de proble- Quando nos damos conta, já deixamos de
mas muito complexos. executar o plano inicial há muito tempo e
Além disso, o subconsciente registra e nos sentimos frustrados com a nossa falta
compara cada segundo de informação que de “força de vontade”. Se você algum dia
recebemos por todos os nossos sentidos, já tentou fazer dieta, sabe bem do que
mesmo que não tenhamos “percebido” estou falando.
nada conscientemente. Dá para imaginar Por outro lado, uma tarefa passada ao
tamanha capacidade de processamento subconsciente será executada, em paralelo
de dados? Quantos computadores seriam com milhões de outras, por 24 horas e sete
necessários para realizar esse mesmo tra- dias por semana, até que a solução seja
balho? alcançada.
O único problema é que o subconsci- Uma vez que um objetivo definido é
ente não julga as informações recebidas transferido para o subconsciente através
segundo os padrões que estabelecemos de uma visão criada por um sonho, todas as
18 Escola Particular
informações disponíveis são comparadas e
analisadas no tocante à sua utilidade para a É importante e deliberada na mente, do nosso sonho, da
nossa visão, com todos os detalhes pos-
realização daquele propósito. Isso acontece
com todos os dados adquiridos pelos senti-
manter nossos síveis, como se fosse um filme que se repete
indefinidamente e se torna mais detalhado
dos, tanto os arquivados quanto os novos;
tudo sem que estejamos conscientemente
sonhos vivos e a cada edição, é a maneira de “programar”
o subconsciente.
atentos ao processo.
Um exemplo simples dessa situação
projetando em Por isso, afirmar que a imaginação é
mais poderosa do que o desejo é comple-
acontece quando nossos filhos ainda são nossa mente uma tamente pertinente.
bebês. Eu, por exemplo, tenho um sono Usamos a capacidade limitada do nosso
muito pesado. Pode passar sobre minha visão clara do que consciente para imaginar insistentemente
cabeça um jato voando a baixa altura e
com pós-combustão aberta. Um ruído queremos no futuro nosso desejo sendo realizado e, assim,
comandamos, ou programamos, a parte
enorme. Eu não acordo. Contudo, bastava realmente poderosa da nossa mente para
um suspiro do meu filho no berço para que, realizar a tarefa.
imediatamente, eu acordasse. todos os recursos humanos e materiais É como se o consciente e o subcons-
Da mesma forma, o seu subconsciente necessários para transformar nossa visão ciente fossem partes de um grande porta-
irá buscar por qualquer informação que em realidade. aviões. O consciente seria a cabine, onde
possa ajudá-lo a realizar o seu objetivo. A questão é: como informar ao sub- fica o comandante e alguns poucos tripu-
Geralmente, você nem saberá de onde consciente o nosso desejo, o nosso objetivo lantes, e o subconsciente, os outros cinco
ela veio, mas de repente terá a “inspiração” e todos os detalhes dos nossos planos? mil homens da embarcação.
de como resolver a situação e progredir na A resposta é: utilizando a imaginação. Portanto, comande “seu navio” com
atividade. A repetição insistente, de forma consciente sabedoria. •
Com a solução trabalhada constante-
mente pelo subconsciente, passamos a
agir de forma natural, quase “instintiva”,
para executá-la. Com os nossos sentidos Marcos Pontes
www.marcospontes.com.br
“afinados”, descobrimos novas oportuni- Nascido em Bauru, SP, em 1963, desde 1998 é o único Astronauta à disposição do Brasil, e aguarda
a escalação pelo governo para seu segundo voo espacial. Além das suas funções da carreira
dades e nos associamos às pessoas certas civil de astronauta, é Palestrante Motivacional, Coach Especialista em Desempenho Pessoal e
Desenvolvimento Profissional, Mestre em Engenharia de Sistemas, Engenheiro Aeronáutico
em cada fase do projeto. Tudo parece pelo ITA, Diretor Técnico do Instituto Nacional para o Desenvolvimento Espacial e Aeronáutico,
“convergir magicamente” para o nosso Empresário, Consultor Técnico, Embaixador das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial,
Presidente da Fundação Astronauta Marcos Pontes e Autor de três livros: Missão Cumprida. A
sucesso. Realizamos todas as atividades história completa da primeira missão espacial brasileira, É Possível! Como transformar seus sonhos
em realidade e O Menino do Espaço, todos publicados pela editora Chris McHilliard do Brasil.
com motivação contagiante e reunimos
Escola Particular 19
Recreação
•••••••••••••••••
Na minha oficina todas as
atividades lúdicas têm como
base a música, seja ela tocada
ou cantada, mas como pano de
fundo para um objetivo final
•••••••••••••••••
Escola Particular – Como surgiu a ideia
de usar a música nas atividades?
Márcio Bernardes – A música sempre
Rana Formaturas
20 Escola Particular
MB – A gente fala de brincar. Isso é es- então, tem de ter um porquê do que está
sencial, brincando a gente aprende muita fazendo. Não só ver a atividade como um
coisa. Sem brincar, aprendemos também. momento de lazer ou de ócio. Tem de ter
Mas quando temos a oportunidade de um propósito. E eu busco sempre isso,
aprender brincando a assimilação dos um propósito educativo para a atividade
conteúdos fica mais fácil. E o que acho usando a música.
interessante é a parte da educação lúdica. EP – E quanto aos benefícios ao corpo,
A gente está aprendendo de uma forma o que pode ser trabalhado com a música?
lúdica, pode passar diversos conteúdos MB – A música pode ser utilizada
através desse modo. como forma de trabalhar a coordenação
EP – E o que seria esse modo lúdico? motora global, como a lateralidade, o
MB – O lúdico é quando você trabalha esquema corporal, a noção de tempo e
com coisas simbólicas. Pode-se trabalhar ritmo etc., de maneira mais prazerosa e
com atividades recreativas, propriamente lúdica, contextualizando os movimentos
ditas, mas com conteúdo pedagógico, que serão solicitados em determinada
sempre visando um objetivo. atividade. Nesse sentido a aprendizagem
EP – Qual o objetivo das suas ativi- é internalizada espontaneamente e com
dades? descontração.
MB – Eu acredito que a atividade é EP – Atualmente, as crianças estão
uma ferramenta e não só o objetivo final. muito solitárias. Geralmente brincam
Ela tem de levar a um objetivo maior, sozinhas no computador e com jogos
•••••••••••••••••••••••
A música pode ser utilizada como forma de trabalhar
a coordenação motora global, como a lateralidade,
o esquema corporal, a noção de tempo e ritmo
••••••••••••••••••••••• Rana Formaturas
Escola Particular 21
Recreação
sxc.hu
•••••••••••
Se é possível
eletrônicos. Nas suas atividades você es-
trabalhar a mente
timula a socialização das crianças? A escola
também pode ajudar nessa etapa?
brincando, por
MB – Cada vez mais existem condo- que não poderia
mínios que têm tudo dentro. E a criança
não precisa mais sair de lá para se divertir. ser possível
Na minha época, jogava bola na rua, co-
nhecia outras pessoas, a galera do outro trabalhar o corpo
quarteirão. Mas hoje em dia, isso fica mais
difícil. Talvez pela violência nas cidades. enquanto se
Então, as crianças de hoje em dia conhe-
cem apenas o pessoal do condomínio. brinca?
Por isso a escola é importante nessa hora,
pois proporciona à criança um convívio
com outras crianças. Eu citei na palestra •••••••••••
que o objetivo é não deixar as crianças propõe esse movimento de troca. É o que
naquela “panelinha”, não fiquem apenas já falei, a atividade não é só a atividade
com o seu grupinho. Possam brincar com em si, ela é uma ferramenta usada para
o maior número de pessoas possíveis e, alcançar um objetivo maior.
assim, aumentar o nível de informação e EP – Você é formado em educação
aprendizado. física. Você usa isso nas atividades? Existe
EP – Nas atividades você usa apenas a preocupação com os exercícios físicos
música infantil ou usa músicas para todas também? Além da preocupação com o
as idades, fazendo com que não só crian- ensino, existe a preocupação com o corpo?
ças, mas adultos, possam participar? O seu MB – As crianças estão ficando seden-
gosto musical influencia na escolha das tárias e isso acarreta a obesidade. Então,
canções usadas? se é possível trabalhar a mente brincando,
MB – Eu sou eclético. Ouço de tudo, por que não poderia ser possível trabalhar
desde Sidney Magal a Metallica. Nessa o corpo enquanto se brinca? A atividade
palestra, apresentada no Congresso Saber física com o conteúdo pedagógico é a me-
2013, apliquei atividades que cabem tanto lhor saída. Tento tirar essa ideia de que só
para a terceira idade quanto para crian- a musculação é atividade física, aquela
ças. Dependendo da atividade é possível coisa chata, de movimentos repetitivos, le-
adaptá-la para uma determinada faixa vantando peso. E por que não colocar uma
etária. Sempre levo em consideração as música e deixar a coisa animada, fazendo o
características do público de cada idade, pessoal perder calorias e ganhar qualidade
os gostos musicais, e isso dá certo. de vida? •
EP – Como é implantado esse método
nas escolas?
MB – O método é usar a educação Márcio Bernardes
lúdica. Acreditamos que o conhecimento Formado em Educação
Física e pós-graduado em
não é somente depositado de um lado. Jogos Corporativos. Diretor
geral da equipe Só Rindo
Somente eu falo e vocês ouvem. O apren- Recreações & Eventos
dizado não se dá por aí. É legal haver uma
troca. E a música é uma coisa vibrante, ela
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Escola Particular 23
Motivação
Juliano Matos
Jornalista e palestrante
julianomatos.com.br
palestrante@julianomatos.com.br
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Escola Particular 25
Saúde
sxc.hu
O leite materno é a alimentação ideal sociada a baixa oxigenação do cérebro,
para o recém-nascido porque além de nu-
trir e fornecer anticorpos contra diversas
podendo levar ao comprometimento
de seu rendimento escolar devido a seu
O ato da
moléstias, o simples ato de amamentar
transmite o necessário sentimento de
déficit de atenção. Muitas vezes também
apresenta características de irritabilidade,
amamentação é de
amor, carinho, aconchego, criando se-
gurança e vínculo afetivo entre o filho e
e pode, facilmente, ser confundida com
uma criança hiperativa. Quem ficou res-
suma importância
a mãe.
Podemos observar que atualmente
friado e teve obstrução das vias aéreas
sabe muito bem o que queremos dizer.
para certas
a mulher, até por necessidade, tem dedi- Passamos o dia mal-humorados, cansados, funções que serão
cado menos tempo ao filho em virtude sonolentos, sem apetite, sem paladar,
da necessidade de desenvolver suas dormimos mal... Imaginem passar a vida desenvolvidas a
atividades profissionais simultaneamente assim... E fazer esporte, então? Como ter
com as atividades domésticas. Para mi- um bom desempenho se a passagem do partir dessa fase
nimizar esse problema, ela opta pelo ar é totalmente desviada? É lógico que a
aleitamento artificial através do uso da criança terá menor sucesso nesta prática.
mamadeira, tentando evitar conflitos com Da mesma forma, a mastigação tam- dentes, levando à ocorrência de mordidas
suas responsabilidades. Neste caso, com bém fica comprometida. Sem o exercício abertas e problemas de fala.
certeza, a criança será levada a ter grandes dos músculos durante a amamentação Tudo isso, SÓ por causa de uma sim-
prejuízos em seu desenvolvimento frente o tônus muscular fica flácido, não sendo ples troca de forma de aleitamento!
a esta decisão. suficientemente capaz de mastigar ali- É lógico que há situações em que é
O que não se fala muito é que além do mentos resistentes como carnes, legumes impossível a prática do aleitamento na-
fator nutricional, o ato da amamentação é e frutas fibrosas ou duras. A criança tem tural da criança, mas existem formas de
de suma importância para certas funções preguiça e depois de certo tempo começa se minimizar esses danos quando há a
que serão desenvolvidas a partir dessa a recusar este tipo de alimento, pois se necessidade da opção pelo aleitamento
fase, como a respiração nasal, a deglutição cansa de tanto mastigar sem resultado. artificial.
e a mastigação! Sua digestão ficará prejudicada com a Prometo ensinar como proceder cor-
A partir dos movimentos musculares falta desses nutrientes importantes em retamente em uma próxima matéria!
que o bebê faz para conseguir sugar o leite sua alimentação, podendo, novamente, A natureza é sábia e perfeita. Deixe-a
materno, diferentes feixes musculares são ocasionar danos ao seu desenvolvimento. seguir seu fluxo – o natural fluxo da vida – e
acionados, promovendo o desenvolvi- Não escapando do problema, a lín- tudo dará certo. Pense nisso! •
mento facial do bebê. Esses músculos vão gua também será afetada, pois terá sua
garantir as adequadas formas da língua, posição alterada para se adaptar ao uso
lábios, bochechas e outras estruturas que da mamadeira, que é totalmente diferente
têm estreita relação com as funções da da posição de sucção empregada no seio. Dra. Márcia Amar
Mestre e Especialista em
mastigação, deglutição e respiração por Assim, haverá problema na forma em que Odontopediatria
toda a vida. ela se posiciona na boca e como faz seu
Como sabemos, estas funções são movimento para engolir saliva ou alimento
básicas na vida de qualquer pessoa! Crian- (deglutição atípica). Às vezes esta má pos-
ça com respiração bucal crônica está as- tura pode afetar também a posição dos
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Escola Particular 27
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Escola Particular 29
Reflexão
TEORIA E PRÁTICA
Uma parceria indissociável como
base de uma educação
de qualidade
• Pensar
• •e• • • •
escrever sobre
•
um assunto sem dúvida
sxc.hu
•••••••••••
iniciativa desenvolvida por um grupo
multidisciplinar que trarei no meu próximo
artigo. O objetivo é apresentar uma ex-
periência bem sucedida como convite à re-
O objetivo é apresentar uma experiência flexão e fonte de inspiração para grandes
transformações na educação em 2014. •
bem sucedida como convite à reflexão e
fonte de inspiração para
grandes transformações na
Lucy Duró
Pedagoga, Psicopedagoga
e membro do Laboratório
Interinstitucional de
•••••••••••
Psicologia da Universidade
de São Paulo.
evoluireducacional.com.br
30 Escola Particular
Escola Particular 31
Sexualidade
sxc.hu
O DIREITO À SAÚDE SEXUAL – O cuida-
do com a saúde sexual deveria estar
disponível para a prevenção e o tratamento
saúde sentem-se cúmplices de um “delito”
se ajudarem o jovem na sua vida sexual.
Assim, mesmo que, em alguns casos, o que
ao ginecologista e urologista. Uma outra
atividade que pode ser bastante útil é rea-
lizar oficinas com pais e filhos para ajudar
de todos os problemas sexuais, preocupa- ele tenha que fazer seja entregar camisi- na comunicação sobre sexualidade entre
ções e desordens. nhas, não consegue! Em vez de entregar eles. No Instituto Kaplan, nós tivemos uma
Preocupação é o que não falta, quando os preservativos, cumprindo o seu papel e experiência muito rica nesse sentido, com
se é um adolescente e a questão é sexua- atendendo a um dos direitos mais simples uma atividade que denominamos “CHEGA-
lidade. É o tamanho do pênis que parece e difundidos, resolve dar conselhos para TE” . Para saber mais, entre no nosso site:
nunca ser o esperado, os seios que não que esse adolescente não tenha relações kaplan.com.br.
crescem no mesmo momento que os da sexuais. E o resultado é o desestímulo do A falta de comunicação e o estresse em
amiga, os pequenos lábios vaginais que jovem para ir aos Postos de Saúde. torno da sexualidade do jovem podem mo-
têm bordas diferentes, a ejaculação que
demora a acontecer ou que não consegue
ser controlada, a menstruação que vem de
forma irregular... Além dessas preocupa- Falar sobre sexualidade com adolescentes
ções com a normalidade do corpo que está
em desenvolvimento, quando se iniciam as ainda pode ser muito difícil para pais e
atividades sexuais, os jovens precisam se
ver às voltas com a ansiedade da primeira
educadores, e também para os jovens
vez, a sua capacidade de desempenho
sexual e o medo da gravidez e de contrair
uma DST/Aids. Quanto àqueles que podem usufruir do tivar a hostilidade, diminuir a autoestima ou
Todas essas preocupações exigem atendimento particular, a situação fica ain- gerar sentimento de culpa e ansiedade, que
cuidados. E todo adolescente deve ter seu da mais complicada, pois para ter acesso ao são fatores que contribuem de forma sig-
direito à saúde sexual respeitado. Mas não serviço de saúde privado é preciso contar nificativa, tanto para o desempenho esco-
é isso que acontece na prática. O desres- com a compreensão e apoio dos pais, o que lar, como para a vulnerabilidade à infecção
peito vai desde o direito de participar de ainda é, para muitos, um desafio difícil de das DST/Aids e a gravidez na adolescência.
atividades de educação sexual ao acesso encarar. Inseguros, sem uma referência de Falar sobre sexualidade com adoles-
aos serviços de saúde. Quanto às escolas, conduta que os tranquilize, os pais sofrem centes ainda pode ser muito difícil para
muitas delas já estão sensibilizadas da com as incertezas e a impotência diante pais e educadores, como também para os
necessidade de se fazer educação sexual, de uma nova concepção de vida sexual. próprios jovens. No entanto, ao longo de
mas, de fato ainda não se empenharam Por outro lado, os adolescentes sentem- minha experiência profissional, de uma
em realizar esse trabalho de forma eficaz. se incompreendidos e até magoados. Se coisa tenho convicção: é fundamental para
Mas, vamos falar um pouco mais sobre isso a primeira vez está para acontecer, ou já a saúde do adolescente que professores,
quando eu trouxer o Direito à Educação aconteceu, eles podem ficar receosos com pais e jovens encontrem um caminho para
Sexual compreensiva (abrangente). a perspectiva de vir a desencadear um es- conquistar essa comunicação. Só assim os
tresse familiar e se intimidam quando pre- adultos e adolescentes poderão conhecer
O atendimento à saúde cisam falar com seus pais, principalmente, o pensamento de cada geração e desmis-
Os jovens estão completamente de- quando a conversa é sobre a consulta ao tificar o sexo na adolescência. •
samparados em relação ao seu direito à ginecologista/urologista.
saúde. Os que precisam dos serviços públi-
cos, nem sempre encontram, nos Postos de O que a escola pode fazer Maria Helena Vilela é
educadora sexual e
Saúde, profissionais que os acolham; pelo A escola pode ajudar bastante propor- diretora do Instituto Kaplan
kaplan.com.br
contrário! Muitas vezes, por temerem que cionando aos pais e alunos oportunidades
o jovem não saiba se prevenir, ou mesmo para lidar com essas situações, como por
por não concordarem com a iniciação se- exemplo, realizando palestras de sensibili-
xual nessa idade, alguns profissionais da zação para os pais sobre a visita periódica
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Escola Particular 33
Educação Digital
PARTE III
Arquivo do autor
e aplicação de modelos Ciberar-
quitetônicos, com a integração de mídia
analógico-digital, serão apresentados a
seguir:
34 Escola Particular
Escola Particular 35
Educação Digital
Arquivo do autor
(Itaú) Unibanco
O Projeto Jovem Cientista se constituiu
em uma ação inovadora do Instituto Uni-
banco voltada a desenvolver competências
e habilidades em jovens, estudantes do
ensino médio de escolas da rede pública
brasileira. Com foco nas áreas de Física,
Biologia/Química, Matemática e Língua
Portuguesa o projeto enfatizou o trabalho
socioeducacional, valorizando a iniciativa
dos estudantes, buscando novos talentos,
Figura 3: Estudantes de ensino médio envolvidos
visando desenvolver a prática na iniciação com uma situação-problema, contextualizada,
de pesquisas científicas. para a qual utilizam a construção de um modelo
Os ambientes criados para acolher molecular (analógico) tendo ao fundo apoio de
os estudantes e professores (universi- mídia digital, com acesso à Internet e simuladores.
Estudos demonstraram significativos ganhos de
tários-estagiários, que tiveram forma- qualidade nos processos cognitivos realizados
ção específica para o projeto) foram as pelos estudantes, durante o programa.
REFERÊNCIAS
• CARVALHO NETO, C. Z. “Espaços ciberarquitetônicos e a integração de mídias por meio de técnicas derivadas de
tecnologias dedicadas à educação “. Dissertação defendida perante o Programa de Pós-Graduação em Educação
Científica e Tecnológica, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Florianópolis, 2006. Disponível em: http://
www.carvalhonetocz.com/publicacao-academica/. Acesso em 13.11.2013.
Revista Época on-line: Disponível em http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI12447-15254,00-
A+SALA+DE+AULA+DO+FUTURO.html. Acesso em 13.11.2013.
• Salas Inteligentes, informações públicas e gratuitas: www.igge.org.br (contato@igge.org.br).
Cassiano Zeferino de Carvalho Neto é pós-doutorado em educação digital pelo ITA e doutorado
em engenharia e gestão do conhecimento pela UFSC; é mestre em educação científica e
tecnológica (UFSC) e especialista em qualidade na educação básica (INEAM/OEA/USA). Tem
licenciaturas em Física e Pedagogia (PUCSP). É fundador e atual presidente do Instituto Galileo
Galilei para a Educação (IGGE), e também fundador e diretor executivo da Laborciencia Editora.
www.carvalhonetocz.com. Contato: carvalhonetocz@gmail.com.
Esta coluna conta com o apoio do Instituto para a Formação Continuada em Educação
(www.ifce.com.br).
36 Escola Particular
Escola Particular 37
Filantropia
OAB E SIEEESP
DEBATEM FILANTROPIA
Gisele Carmona
Gisele Carmona
38 Escola Particular
Escola Particular 39
Filantropia
Gisele Carmona
festou sua satisfação por poder trabalhar assistir às apresentações, comentou
a questão das escolas filantrópicas, afir- que essa é uma boa oportunidade para
mando que esse tema já é uma preocupa- começarmos a ser mais inteligentes. “É
ção antiga do sindicato. Espera, com essa preciso oferecer sugestões plausíveis e
iniciativa atual, poder prestar grandes apresentá-las ao governo, porque eles
serviços a esse segmento educacional. estão tão perdidos nesse assunto quanto
José Augusto de Mattos Lourenço, nós. Precisamos encontrar meios para que
vice-presidente do Sieeesp, um dos grandes todos fiquem bem com essa situação”.
incentivadores do Núcleo de Estudos do Ao final do encontro foi aberto um
Terceiro Setor, agradeceu a presença e a espaço para esclarecer dúvidas dos par-
participação dos mantenedores e acredita ticipantes, que debateram ativamente
que essa parceria tem tudo para prosperar com questionamentos de interesse geral.
e trazer muitos benefícios às escolas. A promessa é de que essa não será a única
Após as apresentações e esclareci- reunião. Segundo os advogados da OAB
mentos de abertura, a Dra. Ana Carolina SP e os representantes do Sieeesp, novos
Barros Pinheiro Carrenho, advogada e debates serão agendados para que a edu-
vice-presidente da comissão de direito do cação brasileira continue se atualizando,
terceiro setor da OAB SP, seguiu o encon- afinal, somente assim construiremos um
tro com a palestra “Assistência Social e país melhor. •
Educação”. Ela simplificou a lei para os par-
ticipantes e tirou dúvidas que surgiram.
40 Escola Particular
Escola Particular 41
Filantropia
Lei nº 12.868/13 e a
Filantropia Educacional:
Reflexos e Ajustes
sxc.hu
O Certificado de Entidade Beneficente
de Assistência Social (CEBAS) é cer-
tificação opcional para entidades sem fins
Portanto, há alguns anos, as entidades
educacionais têm seus pedidos protocoliza-
dos e apreciados, no âmbito do Ministério
tre os principais pontos atinentes à área
educacional, destacamos:
1 – Censo Educacional: As entidades
lucrativos das áreas de educação, de saúde da Educação. de educação certificadas deverão pres-
e de assistência social. Trata-se de requi- Nesse contexto, aludida certifica- tar informações ao Censo da Educação
sito para fins de fruição da imunidade de ção demanda a integração entre alguns Básica e ao Censo da Educação Superior,
contribuições sociais como, por exemplo, elementos, quais sejam: o Estatuto, os conforme definido pelo Ministério da Edu-
da cota patronal, conforme o disposto na Controles Internos, as Demonstrações cação (aguarda-se regulamentação). Tal
Lei 12.101/2009. Contábeis de acordo com a Resolução disposição foi incluída, na Lei nº 12.101/2009
Com efeito, a Lei 12.101/2009 (e seu CFC nº 1409/12 (que aprovou a ITG 2002), a pela Lei nº 12.868/2013. Vale ressaltar que
Decreto Regulamentador nº 7.237/2010) foi Prestação de Contas a tempo e modo, bem atualmente o órgão responsável pelos
considerada, à época de sua publicação, como a Regularidade Fiscal na Esfera Fede- censos escolares é o INEP – Instituto Na-
o novo marco regulatório no que tange ral (CND – Certidão Negativa de Débitos cional de Estudos e Pesquisas Educacionais
ao binômio “filantropia – certificação” e ou CPEN – Certidão Positiva com Efeitos Anísio Teixeira.
trouxe, em seu bojo, relevantes alterações de Negativa). 2 – Remuneração de Diretores: uma
na logística da certificação em pauta. Especificamente no tocante ao CEBAS, das principais novidades, trazida pela Lei
Dentre elas, destacamos o fato de dados da Lei de Diretrizes Orçamentárias – nº 12.868/2013, foi a possibilidade de remu-
que, desde o advento da Lei em comento, LDO, de 2013 , dão conta de que a Projeção neração, tanto dos Diretores Estatutários,
novos pedidos, bem como de renovação para 2013, em termos de Renúncia Previ- quanto dos Diretores registrados (CLT).
do CEBAS, levados a efeito pelas entidades denciária oriunda do CEBAS, será da ordem Contudo, tal remuneração deve estar em
sem fins lucrativos, devem ser direcionados de R$ 8.867.707.183, o que representa 0,18% consonância com algumas regras, quais
ao Ministério competente consoante se- do PIB. sejam: a) remuneração aos diretores não
gregação a seguir: Ministério da Educação Recentemente, em 16 de outubro de estatutários que tenham vínculo empre-
(entidades da área educacional), Ministério 2013, foi publicada, no Diário Oficial da gatício (não há limite de valor); b) dirigen-
da Saúde (entidades da área de saúde) e União, a Lei nº 12.868/2013 que, dentre ou- tes estatutários podem ser remunerados
Ministério do Desenvolvimento Social e tros assuntos, modificou substancialmente desde que recebam remuneração inferior,
Combate à Fome (entidades da área de a Lei nº 12.101/2009. Note-se que a Lei em em seu valor bruto, a 70% (setenta por
assistência social). pauta ainda não foi regulamentada. Den- cento) do limite estabelecido para a remu-
42 Escola Particular
Escola Particular 43
Filantropia
sxc.hu
neração de servidores do Poder Executivo 5 – Bolsistas matriculados na educação entidades poderão conceder bolsas de
federal; c) nenhum dirigente estatutário básica: inovação legal onde cada bolsa de estudo parciais, desde que preencham os
remunerado poderá ser cônjuge ou parente estudo integral concedida a aluno ma- seguintes requisitos: a) no mínimo, uma
até 3º (terceiro) grau, inclusive afim, de ins- triculado na educação básica em tempo bolsa de estudo integral para cada nove alu-
tituidores, sócios, diretores, conselheiros, integral equivalerá a 1,4 (um inteiro e nos pagantes; e b) bolsas de estudo parciais
benfeitores ou equivalentes da instituição quatro décimos) do valor da bolsa de de 50%, quando necessário para o alcance
e o total pago a título de remuneração para estudo integral. do número mínimo exigido, conforme
dirigentes estatutários, pelo exercício das 6 – Entidades que prestam serviços definido em regulamento. Sem prejuízo
atribuições estatutárias, deve ser inferior a integralmente gratuitos: deverão garantir das proporções mencionadas, a entidade
5 (cinco) vezes o valor correspondente ao a observância da proporção de, no mínimo, de educação deverá ofertar, em cada uma
limite individual estabelecido no parágrafo um aluno cuja renda familiar mensal per de suas instituições de ensino superior, no
5º, do artigo 12, da Lei nº 12.868/2013. Note- capita não exceda o valor de um salário- mínimo, uma bolsa integral para cada vinte
se que tal cenário não impede a remune- mínimo e meio para cada cinco alunos e cinco alunos pagantes.
ração da pessoa do dirigente estatutário matriculados. 9 – Conceito de alunos pagantes: a Lei
ou diretor que, cumulativamente, tenha 7 – Entidades que atuam na educação nº 12.868/2013 trouxe o conceito de alu-
vínculo estatutário e empregatício, exceto superior e que aderiram ao PROUNI: inova- nos pagantes. Com efeito, consideram-se
se houver incompatibilidade de jornadas ção legal onde somente serão aceitas, no alunos pagantes o total de alunos que
de trabalho. âmbito da educação superior, bolsas de não possuem bolsas de estudo integrais.
3 – Alteração do critério quantitativo: estudo vinculadas ao PROUNI, salvo as Atenção a este ponto: Não se consideram
antes da alteração legislativa o critério, bolsas integrais ou parciais de 50% para alunos pagantes os inadimplentes por
para fins de concessão/renovação do pós-graduação stricto sensu. Excepcional- período superior a noventa dias, cujas ma-
CEBAS, era tripartite, vale dizer, eram mente serão aceitas, como gratuidade, no trículas tenham sido recusadas no período
considerados três critérios: a) 20% de âmbito da educação superior, as bolsas letivo imediatamente subsequente ao
concessão de bolsas anualmente (base de de estudo integrais ou parciais de 50% inadimplemento, conforme definido em
cálculo: receita efetivamente auferida); oferecidas fora do PROUNI aos alunos regulamento.
b) concessão de uma bolsa integral para que preencham os requisitos da renda per 10 – Termo de Ajuste de Gratuidade:
cada nove alunos pagantes (anualmente) capita (artigos 14 e 15 da Lei 12.101/2009), O Termo de Ajuste de Gratuidade (instru-
e c) renda per capita. Contudo, com a alte- desde que a instituição tenha cumprido a mento utilizado para instituições que têm
ração legislativa, estamos diante de novo proporção de uma bolsa de estudo integral o CEBAS indeferido, na área educacional,
critério que considera, tão somente, duas para cada nove alunos pagantes no PROUNI somente por conta do critério quantitativo,
variáveis, quais sejam: a) concessão anual e que tenha ofertado bolsas no âmbito do ou seja, não cumprimento do percentual
de uma bolsa integral para cada cinco alu- PROUNI que não tenham sido preenchidas. de concessão de bolsas), previsto na Lei
nos pagantes e b) renda per capita. Com tal Por fim, somente serão computadas as 12.101/2009, sofreu algumas alterações,
alteração, resta evidente que a proporção bolsas concedidas em cursos de graduação a saber: a) após a publicação da decisão
do “número de bolsistas x pagantes” foi ou sequencial de formação específica regu- relativa ao julgamento do requerimento de
majorada, ou seja, deverá haver número lares, além das bolsas para pós-graduação concessão ou de renovação da certificação
maior de bolsistas. stricto sensu. na primeira instância administrativa, as
4 – Bolsistas com deficiência: inovação 8 – Entidades que atuam na educação entidades de educação disporão de prazo
legal onde cada bolsa de estudo integral superior e que não aderiram ao PROUNI: improrrogável de trinta dias para requerer
concedida a aluno com deficiência, assim inovação legal onde as entidades deverão a assinatura do Termo de Ajuste de Gra-
declarado ao Censo da Educação Básica, conceder anualmente bolsas de estudo na tuidade. O Termo de Ajuste de Gratuidade
equivalerá a 1,2 (um inteiro e dois décimos) proporção uma bolsa de estudo integral poderá ser celebrado somente uma vez
do valor da bolsa de estudo integral. para cada quatro alunos pagantes. As com cada entidade. Ponto relevante é o
44 Escola Particular
Escola Particular 45
Filantropia
sxc.hu
fato de que as bolsas de pós-graduação 13 – Débitos Tributários: Em caso de
stricto sensu poderão integrar o porcen- decisão final desfavorável, publicada após a
tual de acréscimo de compensação de 20%, data de publicação desta Lei, em processos
desde que se refiram a áreas de formação de renovação de que trata o artigo 35 da
definidas pelo Ministério da Educação. Re- Lei no 12.101/2009, cujos requerimentos te-
centemente, em 25 de outubro de 2013, nham sido protocolados tempestivamente
foi publicada no Diário Oficial da União, (dentro do prazo), os débitos tributários
a Instrução Normativa MEC nº 2, de 24 serão restritos ao período de 180 (cento
de outubro de 2013, que regulamentou o e oitenta) dias anteriores à decisão final,
Termo de Gratuidade e trouxe a logística, afastada a multa de mora. Por outro lado,
bem como os referidos formulários, do em caso de decisão favorável, em proces-
referido Termo. sos de renovação de que trata o artigo 35
11 – Prazo para renovação: houve subs- da Lei no 12.101/2009, cujos pedidos tenham
tancial alteração no prazo de renovação sido protocolados intempestivamente
do CEBAS, ou seja, será considerado tem- (fora do prazo), os débitos tributários se-
pestivo (dentro do prazo) o requerimento rão restritos ao período de 180 (cento e
de renovação da certificação protocolado oitenta) dias anteriores à decisão, afastada
no decorrer dos 360 (trezentos e sessenta) a multa de mora.
dias que antecedem o termo final de vali- 14 – Vigência das alterações, da Lei nº
dade do certificado (a Lei 12.101/2009 previa 12.868/2013, para as entidades educacio-
prazo de 6 (seis meses). nais: Para as entidades de educação, os
12 – Extensão do prazo validade do requerimentos de concessão ou renovação
CEBAS: As certificações concedidas ou que do Certificado de Entidade Beneficente
vierem a ser concedidas, com base nesta de Assistência Social de que trata a Lei no
Lei, para requerimentos de renovação pro- 12.101/2009, protocolados até 31 de dezem-
tocolados entre 30 de novembro de 2009 bro de 2015 serão analisados com base nos
e 31 de dezembro de 2011 terão prazo de critérios vigentes até a data de publicação
validade de 5 (cinco) anos. Outra inovação desta Lei, ou seja, as alterações acima se-
foi o fato de que as entidades de educação rão aplicáveis somente a partir de 2016.
que tenham protocolado requerimentos Exceção: serão aplicados os critérios vigen-
de concessão ou de renovação no período tes após a publicação desta Lei, caso sejam
compreendido entre 30 de novembro de mais vantajosos à entidade postulante.
2009 e 31 de dezembro de 2010 poderão Diante de todas as alterações acima, re-
ser certificadas sem a exigência de uma comendamos que as instituições de ensino
bolsa de estudo integral para cada 9 (nove) façam um planejamento estratégico de
alunos pagantes, desde que cumpridos os modo a agir preventivamente para, deste
demais requisitos legais. Note-se que o modo, proceder às alterações internas
referido prazo de cinco anos é restrito a necessárias para fins de adequação à Lei
estas hipóteses. nº 12.868/2013. •
1 Artigo 195, parágrafo 7º, da Constituição Federal.
2 BRASIL. Câmara dos Deputados. Disponível em: http://www.camara.gov.br/internet/
comissao/index/mista/orca/orcamento/OR2013/info_complem/vol2/08_IncisoVIII.pdf.
Acesso em: 26 de setembro de 2013.
46 Escola Particular
Escola Particular 47
Certificação
office.microsoft.com
Adhemar Oricchio
O Projeto
O Sieeesp – Sindicato dos Estabeleci-
mentos de Ensino no Estado de São
Paulo conclama as escolas particulares, “Escola Legal” já
Com o objetivo de orientar a regula-
mentação dessas escolas, garantindo aos
pais mais segurança na hora da matrícula,
associadas, que até o momento não solici-
taram junto ao Departamento Pedagógico está em seu sétimo o Sindicato dos Estabelecimentos de
Ensino no Estado de São Paulo (Sieeesp),
o selo “ESCOLA LEGAL”, que o façam, pois
o objetivo do mesmo é o de orientar os
ano de atuação criou o Projeto “Escola Legal” que, em seu
sétimo ano de atuação, contabiliza 1.530
pais a identificar e escolher uma escola instituições de ensino cadastradas que já
que tenha registro, que esteja autorizado As escolas de Educação Infantil rece- se encontram de acordo com a lei.
o seu funcionamento pelos órgãos legais. bem alunos durante todo o ano e os pais O Sieeesp analisa cada caso individual-
Além disso, é uma prova de que a escola que pretendem matricular seus filhos pre- mente para orientar a escola quanto às
recebe orientação do Sindicato das Escolas cisam estar atentos se a instituição escolhi- providências a serem tomadas, conforme
Particulares nas áreas jurídica, pedagógica, da está devidamente regulamentada con- as necessidades. Na maioria dos casos, as
cursos direcionados a professores e man- forme as exigências da Diretoria Regional instituições que estão em situação irregular
tenedores visando aprimoramento. É, de Educação (antiga Coordenadoria de junto ao Sieeesp são as de Educação Infantil.
portanto, uma campanha de moralização Ensino), órgão municipal responsável pela
da escola privada no estado de São Paulo. fiscalização desse tipo de estabelecimento. Penalidade
O selo “Escola Legal” deve ser fixado em Nem todas as escolas, ao abrirem, cum- Segundo a coordenadora do Depar-
local visível e de fácil acesso a comunidade. prem as exigências para o funcionamento. tamento Pedagógico do Sindicato, pro-
48 Escola Particular
office.microsoft.com
fessora Marlene Schneider, as escolas procuram, o que é errado, pois a partir do Médio, recebe visitas periódicas de super-
ilegais podem ser penalizadas, correndo momento em que se pretende abrir uma visores, que verificam entre outras coisas a
o risco de serem fechadas. “Quando uma escola, as providências para autorização quantidade de alunos por classe, de acordo
denúncia chega à Diretoria Regional de de funcionamento precisam ser tomadas com a metragem estabelecida legalmente,
Educação, de que determinada escola es- antes de começar a funcionar”. além de analisar a qualificação dos profis-
tá funcionando ilegalmente, uma equipe sionais que ali trabalham.
de três supervisores é encaminhada ao Inspeção
local para analisar as dependências, a Uma escola regulamentada pela Dire- Certificados
documentação e, caso seja confirmada toria Regional de Educação, no caso de O Sieeesp confere o certificado “ES-
a irregularidade, é concedido um prazo instituições de Educação Infantil, ou, pela COLA LEGAL”, às oficialmente autorizadas,
de 30 dias para a escola cumprir as de- Diretoria Estadual de Ensino, responsável com ato publicado no Diário Oficial do
terminações legais. É quando muitos nos pelas escolas de Ensino Fundamental e Município (Educação Infantil), ou do Estado
Escola Particular 49
Certificação
O “Escola Legal”
orienta os pais
de alunos quanto
à necessidade
de escolher uma
escola que tenha
office.microsoft.com
autorização de
funcionamento
junto aos órgãos
competentes
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Escola Particular 51
Classsiesp
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Escola Particular 53
Cursos
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