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INÍCIO / LUSA
Idai: Principais desastres naturais em
Moçambique desde as cheias de 2000
Principais desastres naturais registados em Moçambique desde as grandes cheias de
2000, segundo dados da plataforma www.reliefweb.int, que compila a resposta a
desastres naturais em todo o mundo.
Lusa
22 Março 2019 — 14:17
- fevereiro/março de 2000
As piores cheias de que há registos em Moçambique
ocorreram em 2000. O rio Zambeze transbordou deixando a região
da Beira quase totalmente submersa.
TÓPICOS
Internacional As inundações fizeram 800 mortos e provocaram pelo menos 100
mil refugiados, com o sul do país a ficar sem água potável e com
os alimentos a escassearem durante um largo período.
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fevereiro/março de 2006
A 23 de fevereiro foi registado no centro e no sul de Moçambique
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02/06/2019 Idai: Principais desastres naturais em Moçambique desde as cheias de 2000
um sismo 7,5 na escala aberta de Richter, que provocou cinco
mortos e 27 feridos. A 15 de março, novo sismo de 5,3 atingiu as
províncias de Sofala e de Manica, no centro do país sem causar
danos.
janeiro/fevereiro de 2007
A 22 de fevereiro, o ciclone tropical Favio atingiu o distrito de
Vilankulo, na província de Inhambane, com uma intensidade
equivalente a uma tempestade de categoria 4, tendo matado nove
pessoas e afetado mais de 160 mil.
Globalmente, as chuvas e inundações que se registavam desde
janeiro desse ano afetaram cerca de 500 mil pessoas.
As colheitas ficaram completamente destruídas e o país precisou
de um plano de assistência alimentar do Programa Mundial de
Alimentação (WFP, na sigla em inglês) devidos aos riscos de
insegurança alimentar das populações.
março de 2008
O ciclone Jokwe provocou 10 mortes e afetou os distritos de
Dondo, Chemba, Marromeu e Shinde, também no centro do país.
janeiro de 2012
A tempestade tropical Dando, de categoria 1, provocou inundações
no sul do país, danificando casas e escolas nas províncias de
Maputo, Gaza e Inhambane.
O impacto combinado das tempestades tropicais Dando, Funso e
Irina, que durante esse mês atingiram Moçambique, provocou 44
mortos e mais de 100 mil pessoas afetadas. As estimativas
apontaram que 28 mil habitações, 735 escolas e 31 unidades de
saúdes foram destruídas ou danificadas. Mais de 140 mil hectares
de colheitas foram afetados e mais de 40 mil hectares destruídos.
fevereiro de 2013
Cheias, iniciadas em outubro de 2012, no sul de Moçambique
causaram mais de 113 mortos e afetaram mais de 240 mil pessoas,
a maior parte pelo transbordo de rios, segundo o balanço final, feito
em fevereiro.
A província mais afetada foi a de Gaza, que teve duas localidades,
Chókwé e Caniçado, completamente submergidas pelas águas do
rio Limpopo.
No mesmo ano, foi registada a eclosão de uma epidemia de cólera
na província de Cabo Delgado, norte.
março de 2014
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O ciclone tropical Helen causou fortes chuvas na província de Cabo
Delgado, no norte, deixando desalojadas mais de 10 mil pessoas
janeiro 2015
As fortes chuvas sazonais iniciadas em dezembro de 2014
causaram inundações no norte e centro de Moçambique, com o
Governo a emitir um aviso vermelho a 12 de janeiro de 2015.
De acordo com dados oficiais, cerca de 400 mil pessoas foram
afetadas nas províncias de Zambézia, Nampula, Niassa, Cabo
Delgado e Manica. Quase 15 mil casas ficaram danificadas e
outras foram 22 mil completamente destruídas. Mais de 17 mil
pessoas ficaram desalojadas.
Potenciado pelas fortes chuvas e pelas inundações, foi declarado
um surto de cólera ainda em dezembro de 2014. No total, foram
registados 8.835 casos e 65 mortes.
janeiro 2017
Pelo menos 44 pessoas morreram e 79 mil pessoas foram afetadas
pelas chuvas e inundações nas províncias de Maputo, Gaza,
Inhambane e Nampula.
março de 2019
O balanço provisório da passagem do ciclone Idai é de 557 mortos,
dos quais 242 em Moçambique, 259 no Zimbabué e 56 no Maláui.
O ciclone afetou pelo menos 2,8 milhões de pessoas nos três
países africanos e a área submersa em Moçambique é de cerca de
1.300 quilómetros quadrados, segundo estimativas de
organizações internacionais.
A cidade da Beira, no centro litoral de Moçambique, foi uma das
mais afetadas pelo ciclone, na noite de 14 de março, e a ONU
alertou que 400.000 pessoas desalojadas necessitam de ajuda
urgente, avaliada em mais de 40 milhões de dólares (mais de 35
milhões de euros).
Mais de uma semana depois da tempestade, milhares de pessoas
continuam à espera de socorro em áreas atingidas por ventos
superiores a 170 quilómetros por hora, chuvas fortes e cheias, que
deixaram um rasto de destruição em cidades, aldeias e campos
agrícolas.
As organizações envolvidas nas operações de socorro e
assistência humanitária têm alertado para o perigo do surto de
doenças contagiosas.
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