Após leitura do conteúdo trazido no Texto Orientador
na Unidade I, dialogar sobre:
a) Contexto e fatores que resultaram na construção do Sistema Internacional de Direitos Humanos e sua projeção para tutela das populações minorizadas no Brasil perante a luta antirracista. b) Resolução de conflitos no cenário internacional resultante da universalização dos Direitos Humanos, da soberania das nações e garantia das especificidades multifatoriais de cada país envolvidos em processos judicializados no Sistema Internacional de Direitos Humanos. Vamos lá!
Logo no início do Texto Orientador nos trás uma reflexão que os
direitos humanos não advieram gratuitamente, como bem espoe o autor: Direitos não são presentes... são conquistas ao custo de vidas e sangue que são bases de movimentos de resistência e enfrentamento de uma parcela da população dominada e violentada, reivindicando a tutela jurídica como passo fundamental não apenas para o fim de tais violências, mas como condição preventiva de impedimento de novas violações de direitos, sejam de quais gerações forem.
Dentro da concepção das violações dos direitos de primeira
geração observa-se que o Estado se abnegava frente a desigualdade material, enquanto a igualdade formal caminhava- se dentro de uma lógica liberalista-capitalista, atendendo aos interesses do capital em detrimento aos interesses do proletariado. No espectro que transpassa a violação dos direitos de primeira dimensão, podemos retratar os povos que ao longo da história tiveram sua dignidade violada, seus territórios colonizados e desapropriados por forças colonialistas- imperialistas. Consequentemente desencadeando danos irreparáveis. Ocasionando vários levantes e mobilizações em prol do reconhecimento dos direitos de todos os povos sem distinção. Assim como a luta pela materialização desses direitos. Surgindo então a Sistematização Internacional dos Direitos Humanos, tendo o Estado como interventor na formulação, promoção e tutela dos direitos positivados. Cabe também observar que as duas Grandes Guerras foram fatores que contribuíram para ponderação da significância humanitária. Logo que os conflitos armados foram os principais responsáveis pelas atrocidades e banalização da opressão e humilhação humanitária. A Alemanha por exemplo na Primeira Guerra Mundial em sua disputa imperialista com outros impérios terminou perdendo o duelo e foi condenada a indenizar aos países supra imperialistas vencedores, que os impuseram pesadas penas. Agravando a situação econômica, política e social desse país. Estas sanções recaíram sobre a população alemã que passaram a enfrentar humilhações e necessidades, principalmente com as hiperinflações, a fim de garantir o pagamento que lhe foi imposta. Diante da revanche da Alemanha Nazista, o mundo mergulha em outro conflito mundial, dessa vez de maior proporção e com maiores perdas e danos a população civil que foram afetados mesmo não participando diretamente dos conflitos armados. Essas duas guerras foram pontos de partida para cogitação e formação de mecanismo de promoção e manutenção da paz mundial. Bem como pela busca na validação dos direitos da humanidade e da Sistematização Internacional dos Direitos Humanos. Pois os resultados das duas grandes guerras foram as perdas da dignidade e da insegurança mundial em razão das exibições bélicas, ameaçando a paz universal, paz esta que por sinal é necessária para que as nações prosperem e sigam seu curso natural sem intervenção e risco a sua soberania. No Brasil não diferente de muitos Estados modernos é influenciado pelo processo de universalização dos direitos humanos em sua constituinte. No entanto limitou-se apenas na positivação constitucional destes direitos. Cujo maior desafio é garantir materialização. Entre uma das lutas por tais garantias, está a persistência pela efetivação do direito a igualdade racial, que vem sendo conquistado a passos lentos, de forma conflitante e suavizadas com políticas públicas. Do mais a luta pela igualdade racial no Brasil tem pedido uma ampla mudança estrutural.