Sie sind auf Seite 1von 14

FACULDADE DE ECONOMIA

Métodos de Estudo e Pequisa

(Textos de Apoio para Estudantes dos Cursos


de Licenciatura em Economia, Gestão, e
Contabilidade e Finanças, 1o. Ano)

Prof Doutor José Chichava, PhD (econ)

1
QUESTÕES PRÉVIAS

Estudar é uma das formas facilitadoras do desenvolvimento do


potencial próprio dos elementos cognitivos do ser humano – a sua
inteligência – e daqueles aspectos vitais à formação necessária e
própria do mundo das relações sócioculturais, como Disciplina,
Autoconfiança, Prudência, Descoberta, Domínio, Autodomónio,
etc.

A decisão de estudar em um curso superior exige uma postura


que vai para além da mera frequência às aulas. Os estudos
secundários são diferentes dos superiores, e quem cedo toma
consciência disso tem muitas probabilidades de sucesso. Não há
dúvidas que no ensino superior a chave para o sucesso depende
do estudante.

O saber depende do aprender e o aprender está subordinado ao


modo de estudar, estando o sucesso estudantil dependente de
muitos ingredientes.

I. INGREDIENTES PRINCIPAIS PARA O SUCESSO NOS


ESTUDOS
1. MOTIVAÇÃO

A Motivação é um ingrediente decisivo no processo de Ensino-


Aprendizagem. Ela conduz ao sucesso nos estudos. A Motivação
é a força interior que impele o estudante a realizer determinada
tarefa ou acção, visando atingir um fim específico. Os professores
e os conteúdos curriculares da disciplina podem funcionar como

2
agentes estimuladores da motivação, mas a atitude do(a)
estudante é fundamental. É verdade que a motivação aumenta
mais quando o que aprendemos ajuda-nos a entender melhor, a
agir melhor, a aumentar a curiosidade para saber (investigar)
mais.

Para manter a Motivação sempre alta, sugere-se que escreva na


contra-capa do seu caderno ou numa cartolina o seguinte:

“Eu sei que sou capaz de ser o melhor estudante da

minha turma”.

“Eu sei que sou capaz de concluir o meu curso sem

dificuldades”.

1.1. Características de um estudante motivado

O estudante motivado sente a todo o momento:


(a) Auto-estima;
(b) Interesse;
(c) Curiosidade;
(d) Segurança;
(e) Ânimo;
(f) Confiança;
(g) Entusiasmo;
(h) Determinação
(i) Vontade e Força de Vencer. O êxito começa com a
vontade.

3
1.2. Características de um estudante desmotivado

O estudante desmotivado sente:


(a) Baixa auto-estima;
(b) Desinteresse;
(c) Apatia;
(d) Insegurança;
(e) Desânimo;
(f) Inércia;
(g) Desalento;
(h) Preguiça;
(i) Derrotado antes de ir ao combate.

Frequentes vezes, o estudante desmotivado acaba desistindo de


frequentar as aulas. Muitas vezes, o estudante desmotivado não
só desiste mas mobiliza os outros para desistir. Ele tem prazer de
ser um “racassado vitorioso” e encontra sempre motivos que
justificam a sua mediocridade. Ó estudante motivado, seja
vigilante e forte para não seres arrastado para o fracasso
académico.

1.3. Conselhos importantes

Afinal o que se espera de ti como estudante?

Como aluno(a) nos estudos pré-universitários, os professors


diziam-te o que fazer. Nos estudos universitários é diferente. Tudo
depende de ti. Partindo do princípio de que és “independente”
como estudante, descubra que “ajuda” está disponível para ti na

4
faculdade: o registo académico, a secretaria, os professores, a
união de estudantes, os funcionários, a biblioteca, os colegas, etc.
Para a tua “independência” ter mais sentido precisas de:
§ saber adaptar-te à novas pessoas e ambiente da
faculdade (mudar de atitude);
§ habilidade para definir metas para melhorar o teu
trabalho;
§ habilidade para trabalhar com os colegas (em grupo);
§ habilidade para organizar o teu tempo;
§ habilidade para ti próprio.

2. CONDIÇÕES DE ESTUDO

As condições de estudo podem concorrer para consolidar e/ou


engrandecer a motivação mas não devem ser tomadas como
podendo justificar o fracasso académico. É sobejamente sabido
que muitos estudantes oriundos de famílias com poucos recursos
ou sem mesmo nenhuns têm tido um desempenho académico
positivo, e muitas vezes brilhante. Tal situação é justificada pelo
alto nível de motivação desses estudantes.

As condições de estudo podem ser: Ambientais e Pessoais.

2.1. São condições ambientais:

(a) o Local de Estudo (escritório, biblioteca, sala, quarto,


jardim);
(b) o Mobiliário Indispensável (mesa ou secretária);
(c) a Iluminação (luz natural, electricidade, Xipefo, velas);

5
(d) a Temperatura (ambiente: quente, frio, escaldante);
(e) a Ventilação;
(f) o Silêncio. É verdade que há quem consiga e se
adapte mesmo com barulho. Exemplo: música.

2.2. São condições pessoais:

(a) a Saúde Mental. O sucesso estudantil exige


sanidade mental.
(b) a Alimentação, sobretudo a qualidade da mesma;
(c) o Consumo de Álcool, Drogas, Tabaco e
Tranquilizantes, que podem influenciar
negativamente o sucesso académico;
(d) a Fadiga, que exige descanso;
(e) O Sono, que também precisa de descanso;
(f) O Exercício Físico, que pode contribuir para
aumentar a disposição do estudante.

II. A PLANIFICAÇÃO DO ESTUDO E DA APRENDIZAGEM

1. PLANIFICAÇÃO
As capacidades natas e intelectuais não são as únicas
responsáveis pelo sucesso ou insucesso dos estudantes. Por isso,
estudar, ter um bom rendimento estudantil, requer, para além da
motivação e boas condições ambientais e pessoais, uma
adequada Planificação.

1.1. Vantagens da Planificação

6
a) A Planificação MELHORA:
ü A Motivação;
ü A Concentração;
ü A Organização;
ü A Autonomia;
ü A Disponibilidade;
ü O Rendimento.

b) A Planificação EVITA:

ü Os Problemas de Escassez de Tempo;


ü O Cansaço;
ü A Pressão e o consequente Stress;
ü O Esforço Desnecessário;
ü Os Contratempos de Última Hora;
ü A Ansiedade.

c) A Planificação PERMITE:

ü Controlar o Tempo;
ü Superar as Dificuldades;
ü Ter os Estudos em Dia;
ü Ter maior Disponibilidade para o Lazer;
ü Ter uma Visão Global da Matéria.

A planificação é importante e, quando bem feita pode ajudar-nos a


alcançar a qualidade no nosso processo de estudo levando-nos
ao sucesso académico. Para o sucesso académico é imperioso
que o estudante reconheça e assuma a necessidade de gerir o

7
seu tempo (que até parece abundante), planificando-o tendo em
conta todas as actividades que desenvolve ao longo do dia,
incluindo as de lazer. Lembre-se que todo o tempo usado para
construir um Plano não é tempo perdido, mas sim um ganho e
requisito fundamental para o sucesso.

1.2. A elaboração do Plano de Estudo

Eis alguns princípios que podem ajudar a construção de um Plano


de Estudo:
i) Fazer um plano Mensal, um plano Semanal e um
plano diário;
ii) Não gastar todo o tempo de estudo numa disciplina,
por exemplo, a Matemática, a Microeconomia ou a
Contabilidade Geral. É preciso que todas as disciplinas
do teu Semestre estejam contempladas no Plano;
iii) Notar que há disciplinas que necessitam de mais
tempo de estudo que outras, sendo recomendável
começar com as disciplinas de grau de dificuldade
média, seguindo-se as maior dificuldade e terminando
com as mais fáceis;
iv) Reservar um intervalo de 10 a 15 minutos para
descanso, entre o estudo de duas disciplinas;
v) Sempre que necessário, aumentar o tempo de estudo
de algumas disciplinas, sobretudo em períodos de
testes;
vi) Usar uma agenda para anotar as datas das
avaliações, dos compromissos de estudo em grupo, da

8
elaboração, entrega e apresentação de trabalhos
académicos;
vii) Esforçar-se por cumprir o Plano porque ele é teu e é
para teu bem.

PLANIFICAÇÃO SEMESTRAL

Ano Lectivo de 20____


Dia\Mês Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31

9
Um dos grandes desafios que vós tendes como estudantes é o
facto de terem que ajudar nas tarefas domésticas em casa, para
não falar dos convites sociais que nunca faltam e precisam ser
atendidos. Neste aspecto, é preciso saber encaixar tempo no
Plano para realizer as actividades domesticas e sociais que se
revelarem prioritárias. Exemplo: arrumar seu quarto e a mesa
onde estuda; ajudar na varredura do quintal; pôr a mesa para a
refeição; lavar a loiça; ir ao Mercado fazer compras; dar banho
aos irmãozinhos mais novos; etc. etc. Mesmo para aqueles
estudantes com empregados em casa ou com outros irmãos ou
parentes mais velhos coabitando no mesmo tecto, é desejável que
se envolvam em algumas tarefas caseiras.

PLANIFICAÇÃO SEMANAL / HORÁRIO SEMANAL





Hora\Dia 2a. Feira 3a. Feira 4a. Feira 5a.Feira 6a. Feira Sábado Domingo
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
0:00

10

Para mais velhos,
os estudantes
particularmente os que estudam
nos cursos nocturnos (cursos pós-laborais), é também importante
que prevejam no plano “dar uma mãozinha” lá em casa. “Ó
Colega, deixa de se comportar como m-a-c-h-ã-o”! Ajude nas
tarefas de casa à companheira. Se planificares bem terás sempre
tempo para estudar, não obstante o teu fundo de tempo ser
escasso. O que deves fazer de forma seleccionada é reduzir a
participação em todos aqueles eventos sociais onde sempre
estavas presente e eras pontual, antes de ingressares na
faculdade. Não falte ao estudo em grupo para atenderes a alguns
eventos sociais que não sejam super imprescindíveis porque
perder uma sessão de estudo em grupo pode ser fatal nos testes
e outras avaliações, sobretudo aquelas que foram programadas
para serem apresentadas em grupo.

Seja um estudantes motivado e determinado fazendo o teu curso


no tempo programado. Não planifique por baixo mas sempre por
cima. As reprovações constituem desperdício académico e são
prejudiciais para ti, para a academia e para a sociedade. Acabas
ocupando um lugar de um outro cidadão que continua à espera de
vaga para ingressar nos estudos superiores.

2. MEMÓRIA

Memória é uma capacidade que permite ao estudante ADQUIRIR,


CONSOLIDAR, e RECUPERAR informações sobre objectos,
pensamentos ou sentimentos, mesmo que não estejam presentes.

11
2.1. Factores que conduzem ao esquecimento (redução
da memória):
• Ausência de Motivação;
• Deficiente Aprendizagem;
• Deterioração (o tempo…);
• Interferência (incompatibilidade na presença de
informações muito semelhantes); e

• Recalcamento (recordações boas e recordações más).

2.2. Factores que facilitam a memorização:


• Motivação;
• Compreensão;
• Organização;
• Repetição;
• Revisão.
2.3. Como tornar a nossa memória “mais longa”?

ü Praticando exercício físico;


ü Tendo uma alimentação saudável;
ü Procurando dormir cerca de oito horas diárias;
ü Evitando o consumo de álcool, Tabaco e outros
estimulantes;
ü Procurando descontrair-se e evitando o stress;
ü Exercitando regularmente a memória;
ü Fazendo Mnemónicas 1 , isto é, criar palavras ou
frases cujas letras correspondem às iniciais das
palavras que quer memorizar;


1 É uma palavra de origem grega que significa “arte de lembrar”.

12
ü Repetindo palavras ou ideias, em voz alta ou baixa;
ü Identificando as palavras chaves que resumem um
conceito ou significado.

3. A APRENDIZAGEM

Estudar no ensino superior é fazer parte de uma comunidade


estudiosa de adultos na qual todos, estudantes e professores
estão activos em identificar novos conhecimentos para eles
próprios e compartilharem com os outros.

Como estudante não estudas apenas factos. Estás a ser treinado


a pensar em formas que te habilitam, a tempo, a conduzires a tua
própria investigação usando metodologias seguras.

3.1. O papel do professor

No processo de ensino-aprendizagem, o professor deve ser mais


tutor e pesquisador para garantir uma transmissão actualizada do
conhecimento numa dada disciplina.

O professor deve ajudar o estudante a encontrar as soluções dos


problemas sòzinho sem interferência no seu raciocínio. O papel do
professor é ajudar no método para o alcance das soluções. Muitas
vezes é recomendável indicar um livro ou capítulos de um livro
para o estudante ler, e depois marcar com ele(a) um encontro
para avaliar a(s) forma(s) como o (a) estudante pretende escrever
o Ensaio ou outra tarefa numa dada disciplina ou curso.

13
3.2. O papel do estudante

O papel de estudante é a assimilação de novos conhecimentos


que demonstrem domínio dos vários conteúdos dos cursos.

O estudante deverá ser resiliente, isto é, ser capaz de permanecer


firme e determinado em tempos ou situações de adversidades e
dificuldades diversas.

A resiliência ajuda o estudante quando:


ü experimenta muitas mudanças: novos ambientes,
expectativas, formas de pensar;
ü há desafios e pressões: emocionais, financeiras,
académicas;
ü há muitas coisas para fazer ao mesmo tempo:
trabalho, estudo, família, amigos;
ü não encontra na biblioteca o livro recomendado pelo
professor;
ü as coisas não andam como planificou: as notas
baixam em relação às expectativas, não encontra o
emprego que está à procura, acabou uma relaçao com
uma pessoa querida;
ü sente-se em baixo ou quer desistir de estudar.

Maputo, Fevereiro de 2017

14

Das könnte Ihnen auch gefallen