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ATOS ADMINISTRATIVOS

GERAL
O que é um ATO ADMINISTRATIVO?
Toda manifestação da Administração Pública que tenha por fim MARTE.
Def
Modificar Adquirir Resguardar Transferir Extinguir direitos e obrigações.
Silêncio não é considerado um ato administrativo, salvo previsto em lei.
Nat Espécies do gênero ato jur
Jurídica
Fatos Jur Eventos na natureza dos quais resultam conseqüências jurídicas.
em sentido Ex: passagem do tempo, nascimento, morte, inundação destruidora etc.
estrito
Qq manifestação ou declaração unilateral humana voluntária que tenha finalidade direta alterar o mundo
Atos Jur jur.
Ex: promessa de recompensa, oferta de ações de S.A., assinatura de NP.
Contrato. Vínculos jur que se aperfeiçoam com mais de uma declaração ou manifestação de vontade.
Ato Jur
Ex: CT C e V, CT de doação – Bilaterais na formação;
Bilateral
CT de constituição de uma sociedade com mais de dois sócios – Pluril. na form.
Manifestação ou declaração da adm púb (nesta qualidade, ou de particulares no exercício de prerrogativas
Conceito púb), com fim imediato de produzir efeitos jur determinado, conforme interesse púb e sob regime
predominantemente de dir púb.
Regime de Por serem praticados no exercício de atribuições públicas.
Dir Púb São manifestações ou declarações exaradas no âmbito das rel jur de dir púb.
Atos Não se confundem com os atos adm. Não estão sujeitos à teoria geral dos atos adm.
políticos São atos da Adm Púb em sentido amplo, praticados em obediência à CF.
ou de Ex: iniciativa de leis, sanção ou veto a PL, celebração de tratados internacionais, decretação de estado de
governo sítio.
São os “atos da administração”. Para se referir quando a Adm Púb pratica atos desprovida de prerrogativas
públicas, atuando em igualdade jur com os particulares, sob regência do dir privado.
Ex: SEM vende no mercado bens de sua produção, Banco estatal celebra com particular ct de abertura de
conta corrente com particular ou agente púb assina cheque para pagar um fornecedor.

Incluem:
 Atos admistrativos propriamente ditos (manifestação de vontade, regida por dir púb);
Atos
 Atos da Adm Púb regidos por dir privado;
privados
 Atos materiais praticados pela Adm Púb, que são atos de mera execução de detrminações adm (não
praticados
tem como conteúdo uma manifestação de vontade). Ex: varrição de praça, dissolução de passeata,
pela Adm
pavimentação de estrada, demolição de um prédio ameaçando a ruir.
Púb
(Atos da
Não incluem:
Administra
ção)  Atos administrativos praticados por particulares no exercício de prerrogativas púb (delegatários).

OBS: Assim, “atos administrativos” não são espécies do gênero “atos da administração (em sentido
amplo)”. Pois há atos administrativos praticados por particulares.

A locação de um prédio pela administração traduz um ato da administração que, embora regido pelo
direito público, põe o particular em posição igualitária com o poder público. ERRADO CESPE 2013 SEFAZRS
nem todos os atos do Estado são atos administrativos. Os administrativos são regidos pelo Direito Público.
A locação, por sua vez, é regida pelo Direito Privado, e, enquanto tal, é apenas um ato da Administração.
Fato administrativo corresponde aos atos materiais da administração pública. De acordo com
Alexandrino e Vicente Paulo: "os fatos administrativos não têm por fim a produção de efeitos jurídicos;
nessa acepção, eles consubstanciam, tão somente, a implementação material de atos administrativos, de
Fatos
decisões ou determinações administrativas". Em outras palavras, o efeito jurídico é produzido pelo ato
Administra
administrativo em si, a implementação dele, o fato administrativo é responsável apenas pelos atos
tivos
materiais que o ato administrativo determina.
Acepção tradicional: Materialização da função adm, correspondem aos “atos materiais”.
Ex: apreensão de mercadorias, construção de escola púb, limpeza de praça, colisão de veículo oficial.

Bandeira de Mello: Considera o silêncio, omissão ou inércia da adm que produza efeitos jur. Pois o não
fazer não pode ser considerado um ato adm, já que é o oposto, um não-ato.
Ex: Decadência do dir da Adm Púb de anular um ato viciado.

Di Pietro: Considera efeitos da natureza que produzam efeitos no dir adm.


Ex: Morte de um servidor público.

Características:
 Não tem como finalidade produzir efeitos jur (embora deles possam decorrer);
 Não há manifestação ou declaração de vontade com conteúdo jur.;
 Não faz sentido falar em “presunção de legitimidade”, “revogação ou anulação”, “discricionários ou
vinculados”.

Um fato administrativo não se preordena à produção de efeitos jurídicos, traduzindo-se em uma atividade
material no exercício da função administrativa. CESPE 2013 BACEN PROC
FATO ADMINISTRATIVO NÃO QUER DIZER, LITERALMENTE, QUE A MATÉRIA EM SI NÃO PRODUZIRÁ
EFEITOS JURÍDICOS... PODEM SIM PRODUZIR TAIS EFEITOS!!!... MAS NÃO SERÁ ESTABELECIDO OU
ORDENADO EFEITOS JURÍDICOS ANTECIPADOS COMO NO ATO, OU SEJA, NÃO SERÁ PREORDENADO.
Até parece que o CESPE retirou um trecho do Carvalho Filho:
"(...) a idéia de fato administrativo não tem correlação com tal conceito, pois que não leva em consideração
a produção de efeitos jurídicos, mas, ao revés, tem o sentido de atividade material no exercício da função
administrativa, que visa a efeitos de ordem prática para a Administração."

CESPE (2013 – TRT- 10ª REGIÃO (DF e TO) – Analista Judiciário): Os fatos administrativos não PRODUZEM
efeitos jurídicos, motivo pelo qual não são enquadrados no conceito de ato administrativo. Errado! Pois
podem ou não produzir.

O contrato administrativo pode ter o seu equilíbrio quebrado em virtude de o Estado praticar ato ilícito que
lhe modifique as condições, de modo a provocar prejuízo ao contratado. Nessa situação, fica caracterizado
o denominado fato do príncipe. ERRADO. CESPE 2015. PREF SLVADOR PROC

Na verdade ficou caracterizado o fato da administração: No fato da Administração, segundo Hely Lopes
Fato da
Meirelles, “é toda ação ou omissão do Poder Público que, incidindo direta e especificamente sobre o
Administra
contrato, retarda, agrava ou impede a sua execução.
ção
O fato da Administração é evento diretamente relacionado com a execução do contrato, enquanto o fato
do príncipe atinge apenas reflexamente o contrato, causando desequilíbrio econômico

Fato da administração -> ato incide direta e especificamente no equilíbrio do contrato


Fato príncipe: ato influencia indireta/reflexamente no equilíbrio do contrato
Segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro, ato administrativo é a declaração do Estado ou de quem o
represente, que produz efeitos jurídicos imediatos, com observância da lei, sob o regime jurídico de direito
público e sujeita ao controle pelo Poder Público.
elementos presentes no conceito: - Manifestação de vontade; - Praticada pela Administração Pública ou
por quem lhe faça às vezes; - Sob o regime de direito público ? Com prerrogativas em relação ao particular;
- Submissão ao controle judicial.
Não confundir Atos Administrativos x Atos da Administração
Atos de
outros
Atos da Administração ? são atos praticados pelo Poder Público sob o amparo do direito privado. Neste
poderes
caso, a Administração é tratada igualitariamente com o particular. É o caso, por exemplo, da permuta,
compra e venda, locação, doação etc. Diante desta última diferenciação, é possível alegar que existem
atos da Administração (por terem sido praticados pelo Poder Executivo) que não são atos administrativos
(pois não são regidos pelo direito público).
Fonte: Apostila Professor Carlos Barbosa

"Embora os atos administrativos sejam atos típicos do Poder Executivo no exercício de suas funções
próprias, não se deve esquecer que os Poderes Judiciários e Legislativo também editam atos
administrativos, principalmente relacionados ao exercício de suas atividades de gestão interna, como atos
relativos à contratação de seu pessoal, à àquisição de material de consumo etc."
Direito Administrativo Descomplicado. Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo. Página 429

Os órgãos administrativos de todos os Poderes, e não apenas do Poder Executivo, exercem atividades
administrativas e, portanto, editam atos administrativos. É o caso, por exemplo, de quando a Mesa do
Senado promove concurso público para a seleção de novos servidores; de quando a Secretaria do STF
realiza licitação para adquirir uma nova frota de veículos para o Tribunal; ou de quando o Presidente do
TCU demite servidor do órgão.

A edição de atos administrativos é exclusiva dos órgãos do Poder Executivo, não tendo as autoridades dos
demais poderes competência para editá-los. ERRADO. CESPE 2013 DPEDF

SILÊNCIO DA ADMINISTRAÇÃO
Resumo ATO ADMINISTRATIVO – SILÊNCIO DA ADMINISTRAÇÃO:
"A omissão da administração pode representar a aprovação ou
rejeição da pretenção do administrado, tudo dependendo do que dispuser a norma
competente" – HELLY LOPES MEIRELES.

- SILÊNCIO:
A. APROVAÇÃO - DECURSO DO PRAZO = aprovação SEM motivação
B. REJEIÇÃO - DECURSO DO PRAZO = rejeição podendo ou não exigir motivação

- NATUREZA JURÍDICA DA DECISÃO


CLÁSSICA (J.S.CARVALHO FILHO) = o juiz ORDENA o adm. que decida sob pena de
multa e outras consequências;
MODERNA (C.A.BANDEIRA DE MELLO)
Ato vinculado = Estando o juiz convencido da pretensão, ele substitui a vontade do administrador;

Ato discricionário = Vedado ao juiz ingressar na análise do mérito administrativo


MACETE:
- Regra: Não se admite o silêncio como forma de manifestação.
- Exceção: Qdo houver previsão legal.

Para que o silêncio da administração caracterize ato administrativo deve está previsto em lei.
Silêncio Administrativo: embora se trate de matéria divergente na doutrina, majoritariamente, pode-se
definir que o silêncio da Administração Pública, diante de determinada situação, não produz qualquer
efeito, ressalvadas as hipóteses em que o próprio texto legal determinar o dever de agir do poder público,
definindo que a ausência de conduta ensejará a aceitação tácita de determinado fato ou até mesmo a
negativa pelo decurso do tempo. Nestes casos, pode-se entender que o efeito decorre da disposição legal
que atribui à nãoatuação determinadas consequências específicas e não do silêncio, propriamente
considerado.
Fonte: Manual de Direito Administrativo - Matheus Carvalho

Até mesmo o silêncio pode significar forma de manifestação da vontade, quando a lei assim o prevê;
normalmente ocorre quando a lei fixa um prazo, findo o qual o silêncio da Administração significa
concordância ou discordância.
FONTE: Maria Sylvia Di Pietro.

Para eminentes juristas, como José dos Santos Carvalho Filho, Diógenes Gasparini, Celso Antônio Bandeira
de Mello, o silêncio também caracteriza um fato administrativo e, por isso, pode produzir efeitos na ordem
jurídica, tanto para o agente que se omitiu, quanto para o administrado que busca um provimento
administrativo, não existindo normalmente previsão legal para esses efeitos.
Fonte: Fernanda Marinela, Direito Administrativo.
ATO ADMINISTRATIVO – SILÊNCIO DA ADMINISTRAÇÃO:
"A omissão da administração pode representar a aprovação ou rejeição da pretenção do administrado, tudo
dependendo do que dispuser a norma competente" – HELLY LOPES MEIRELES.

- SILÊNCIO:
A. APROVAÇÃO - DECURSO DO PRAZO = aprovação SEM motivação
B. REJEIÇÃO - DECURSO DO PRAZO = rejeição podendo ou não exigir motivação
- NATUREZA JURÍDICA DA DECISÃO
CLÁSSICA (J.S.CARVALHO FILHO) = o juiz ORDENA o adm. que decida sob pena de multa e outras
consequências;
MODERNA (C.A.BANDEIRA DE MELLO)
Ato vinculado = Estando o juiz convencido da pretensão, ele substitui a vontade do administrador;
Ato discricionário = Vedado ao juiz ingressar na análise do mérito administrativo
Hist Quando a lei estabelece que o decurso do prazo sem a manifestação da administração pública implica
aprovação de determinada pretensão, o silêncio administrativo configura aceitação tácita, hipótese em que
é desnecessária a apresentação de motivação pela administração pública para a referida aprovação. CESPE
2013

Q589592- A lei pode atribuir efeitos ao silêncio administrativo, inclusive para deferir pretensão ao
administrado. V

Q385979- O silêncio pode significar forma de manifestação de vontade da administração, desde que a lei
assim o preveja. V

Q326463 - O silêncio administrativo, que consiste na ausência de manifestação da administração pública em


situações em que ela deveria se pronunciar, somente produzirá efeitos jurídicos se a lei os previr. V

Q417867 - Não se admite no ordenamento jurídico brasileiro que o silêncio se configure forma de ato
administrativo. F

Q353219 -O silêncio administrativo consiste na ausência de manifestação da administração nos casos em


que ela deveria manifestar-se. Se a lei não atribuir efeito jurídico em razão da ausência de pronunciamento,
o silêncio administrativo não pode sequer ser considerado ato administrativo. V

CESPE - 2013 - BACEN - Procurador-Quando a lei estabelece que o decurso do prazo sem a manifestação da
administração pública implica aprovação de determinada pretensão, o silêncio administrativo configura
aceitação tácita, hipótese em que é desnecessária a apresentação de motivação pela administração pública
para a referida aprovação. V

A galera estava dizendo q o cespe tinha mudado o entendimento. O Cesp mudou entendimento? Sim >
Contudo, ele mudou em relação ao princípio da solenidade. Temos q usar a seguinte regra:

➩Se a questão citar o "Princípio da Solenidade" - NÃO se admite no direito público o silêncio - o ato deverá
ser escrito, registrado e publicado,

➩Se a questão NÃO citar o "Princípio da Solenidade" - A lei pode atribuir efeitos ao silêncio administrativo,
inclusive para deferir pretensão ao administrado.

- Em 2010 caiu a seguinte questão:


CESPE- TRT1º- Região - 2010 - Q60255. c) Em obediência ao princípio da solenidade da forma, entendida
esta como o meio pelo qual se exterioriza a vontade da administração, o ato administrativo deve ser escrito
e manifestado de maneira expressa, não se admitindo, no direito público, o silêncio como forma de
manifestação da vontade da administração. (Gabarito: F)

- HOJE A CESPE CONSIDERA O ITEM CORRETO, OBSERVE A PRÓXIMA QUESTÃO:


Ano: 2015 Banca: CESPE Órgão: DPE-PE - Em obediência ao princípio da solenidade das formas, o ato
administrativo deve ser escrito, registrado e publicado, não se admitindo no direito público o silêncio como
forma de manifestação de vontade da administração. CERTO
SILÊNCIO ADMINISTRATIVO
FATODA ADMINISTRAÇÃO SE A LEI NÃO ATRIBUIR
FATO ADMINISTRATIVO: SE A LEI ATRIBUIR = O SILÊNCIO POSSUI EFEITO JURÍDICO

VIDEQ326463 Q286004 O silêncio administrativo, que consiste na ausência de manifestação da


administração pública em situações em que ela deveria se pronunciar, somente produzirá efeitos jurídicos
se a lei os previr.
Maria Sylvia Zanella Di Pietro explica que, "até mesmo o silêncio pode significar forma de manifestação da
vontade, quando a lei assim o prevê; normalmente ocorre quando a lei fixa um prazo, findo o qual o silêncio
da Administração significa concordância ou discordância.

Q353219 Um fato administrativo não se preordena à produção de efeitos jurídicos, traduzindo-se em uma
atividade material no exercício da função administrativa.

Q346498 Quando a lei estabelece que o decurso do prazo sem a manifestação da administração pública
implica aprovação de determinada pretensão, o silêncio administrativo configura aceitação tácita, hipótese
em que é desnecessária a apresentação de motivação pela administração pública para a referida aprovação.

Cespe – TCE/ES 2012) O SILÊNCIO ADMINISTRATIVO consiste na ausência de manifestação da administração


nos casos em que ela deveria manifestar-se. Se a LEI NÃO ATRIBUIR EFEITO JURÍDICO em razão da ausência
de pronunciamento, o silêncio administrativo não pode sequer ser considerado ato administrativo.
Comentário: O item está certo. Para a doutrina majoritária, o silêncio não é considerado ato administrativo
porque lhe falta um elemento essencial, qual seja, a declaração de vontade. No silêncio não há
exteriorização do pensamento, requisito indispensável para a caracterização do ato administrativo
(corresponde ao elemento “forma”).
Assim, o silêncio ou omissão da Administração NÃO pode ser considerado um ato administrativo, ainda que
possa gerar efeitos jurídicos (como no caso da decadência e da prescrição).
Em resumo, devemos entender que a omissão só possui efeitos jurídicos quando a lei assim dispuser
(negando ou concedendo o pedido). Caso não haja previsão legal das consequências, o silêncio não possuirá
efeitos jurídicos.

PROVA:Conquanto não seja ato, o silêncio é considerado um fato administrativo; como tal, pode gerar
consequências jurídicas, a exemplo da prescrição e da decadência. Carvalho Filho distingue duas hipóteses
de silêncio administrativo: a lei aponta as consequências da omissão e a lei é omissa a respeito.
Pr da A galera estava dizendo q o cespe tinha mudado o entendimento. O Cesp mudou entendimento? Sim >
Solenidade Contudo, ele mudou em relação ao princípio da solenidade. Temos q usar a seguinte regra:

➩ Se a questão citar o "Princípio da Solenidade" - NÃO se admite no direito público o silêncio - o ato deverá
ser escrito, registrado e publicado,

➩ Se a questão NÃO citar o "Princípio da Solenidade" - A lei pode atribuir efeitos ao silêncio administrativo,
inclusive para deferir pretensão ao administrado.

- Em 2010 caiu a seguinte questão:

CESPE- TRT1º- Região - 2010 - Q60255. c) Em obediência ao princípio da solenidade da forma, entendida
esta como o meio pelo qual se exterioriza a vontade da administração, o ato administrativo deve ser escrito
e manifestado de maneira expressa, não se admitindo, no direito público, o silêncio como forma de
manifestação da vontade da administração. (Gabarito: F)

- HOJE A CESPE CONSIDERA O ITEM CORRETO, OBSERVE A PRÓXIMA QUESTÃO:

Ano: 2015 Banca: CESPE Órgão: DPE-PE - Em obediência ao princípio da solenidade das formas, o ato
administrativo deve ser escrito, registrado e publicado, não se admitindo no direito público o silêncio como
forma de manifestação de vontade da administração. CERTO
Em Breve: Resumos: https://www.facebook.com/Aprendendo-Direito-108313743161447/
Quest O silêncio administrativo consubstancia ato administrativo, ainda que não expresse uma manifestação
formal de vontade. ERRADO. CESPE 2016 TJAM JUIZ

Há um tempo o CESPE vem cobrando o Silêncio Administrativo em suas provas, então colocarei abaixo as
questões mais recentes cobrada pela banca!

(Ano: 2014 Banca: CESPE Órgão: SUFRAMA) A respeito do direito administrativo, julgue o item subsecutivo.
Caso a administração seja suscitada a se manifestar acerca da construção de um condomínio em área
supostamente irregular, mas se tenha mantida inerte, essa ausência de manifestação da administração será
considerada ato administrativo e produzirá efeitos jurídicos, independentemente de lei ou decisão judicial.
GABARITO: ERRADO

(Ano: 2014 Banca: CESPE Órgão: TJ-CE) Acerca dos atos administrativos, assinale a opção correta.
a) O silêncio pode significar forma de manifestação de vontade da administração, desde que a lei assim o
preveja.
b) Os atos administrativos abrangem os denominados atos de direito privado praticados pela administração,
tais como a compra e venda e a locação.
c) O objeto do ato administrativo corresponde ao conteúdo mediato que o ato produz, ainda que seja
incerto quanto aos seus destinatários.
d) É possível a convalidação de ato administrativo praticado por sujeito incompetente em razão da matéria;
nesse caso, a convalidação admitida recebe o nome de ratificação.
e) A administração possui o prazo decadencial de cinco anos para revogar os atos administrativos de que
decorram efeitos favoráveis para os destinatários, contados da data em que foram praticados, no caso de
efeitos patrimoniais contínuos.
GABARITO: A

(Ano: 2014 Banca: CESPE Órgão: TJ-CE) No que se refere aos atos administrativos, assinale a opção correta.
a) A admissão é o ato administrativo unilateral e discricionário por meio do qual a administração reconhece
ao particular o direito à prestação de determinado serviço público.
b) A convalidação é o ato administrativo, praticado tanto pela administração como pelo administrado, por
meio do qual é suprido o vício existente em um ato ilegal; os efeitos da convalidação são ex nunc.
c) Considera-se ato administrativo apenas o ato que produza efeitos jurídicos, sejam eles mediatos ou
imediatos.
d) A imperatividade é atributo do ato administrativo decorrente do poder extroverso da administração
pública: dado esse poder, os atos administrativos se impõem a terceiros, ainda que não haja concordância
desses.
e) Não se admite no ordenamento jurídico brasileiro que o silêncio se configure forma de ato
administrativo.
GABARITO D

(Ano: 2015 Banca: CESPE Órgão: DPE-PE) Em obediência ao princípio da solenidade das formas, o ato
administrativo deve ser escrito, registrado e publicado, não se admitindo no direito público o silêncio como
forma de manifestação de vontade da administração.
GABARITO: CERTO

A prefeitura de determinado município brasileiro, suscitada por particulares a se manifestar acerca da


construção de um condomínio privado em área de proteção ambiental, absteve-se de emitir parecer. Nessa
situação, a obra poderá ser iniciada, pois o silêncio da administração é considerado ato administrativo e
produz efeitos jurídicos, independentemente de lei ou decisão judicial. ERRADO. CESPE 2017

O que posso concluir sobre isso é que quando a questão não menciona que a LEI assim o prever o silêncio
administrativo não configura forma de manifestação da vontade da administração (essa é a regra geral!).

Em obediência ao princípio da solenidade das formas, o ato administrativo deve ser escrito, registrado e
publicado, não se admitindo no direito público o silêncio como forma de manifestação de vontade da
administração. ERRADO. CESPE 2015 DPEPE Olá pessoal (7/02/2015) GABARITO ALTERADO DE ERRADO
PARA CERTO!!!! Justificativa: De fato, o ato administrativo deve ser escrito, registrado e publicado, não se
admitindo no direito público o silêncio como forma de manifestação de vontade da administração. Dessa
forma, opta-se pela alteração do gabarito do item.

Quando a lei estabelece que o decurso do prazo sem a manifestação da administração pública implica
aprovação de determinada pretensão, o silêncio administrativo configura aceitação tácita, hipótese em que
é desnecessária a apresentação de motivação pela administração pública para a referida aprovação. CESPE
2013 BACEN PROC[

CESPE/TRT1ºRegião/2010/Q60255. c) Em obediência ao princípio da solenidade da forma, entendida esta


como o meio pelo qual se exterioriza a vontade da administração, o ato administrativo deve ser escrito e
manifestado de maneira expressa, não se admitindo, no direito público, o silêncio como forma de
manifestação da vontade da administração. (Gabarito: F)

CESPE/TRT8ºRegião/2013/ Q346821. c) O silêncio da administração pública pode significar forma de


manifestação de vontade, quando a lei assim o prevê. (Gabarito: V)

CESPE/TJ-CE/2014/Q385979. a) O silêncio pode significar forma de manifestação de vontade da


administração, desde que a lei assim o preveja. (Gabarito: V)

CESPE/BACEN/Procurador/2013. d) Quando a lei estabelece que o decurso do prazo sem a manifestação da


administração pública implica aprovação de determinada pretensão, o silêncio administrativo configura
aceitação tácita, hipótese em que é desnecessária a apresentação de motivação pela administração pública
para a referida aprovação. (Gabarito: V)

CESPE/TJ-PE/2014/Q385979. O silêncio pode significar forma de manifestação de vontade da administração,


desde que a lei assim o preveja. (Gabarito: V)

CESPE/TJ-SE/2014. e) Não se admite no ordenamento jurídico brasileiro que o silêncio se configure forma de
ato administrativo. (Gabarito: F).

CESPE/TRE-MT/2015. d) A lei pode atribuir efeitos ao silêncio administrativo, inclusive para deferir
pretensão ao administrado. (Gabarito: V)

REQUISITOS DE VALIDADE ou ELEMENTOS


Res CO FI FO M OB [ COmpetência, FInalidade, FOrma, Motivo e OBjeto]
COMPETÊNCIA - Sanável e Vinculado
FORMA - Sanável e Vinculada
FINALIDADE - Insanável e Vinculada
MOTIVO - Insanável e Vinculado ou Discricionário
OBJETO - Insanável e Vinculada ou Discricionário

COM petência: É quem está legalmente autorizado a fazê-lo, ainda que não seja tão competente naquele
sentido popular.
FI nalidade: A Administração não pode atuar com o objetivo de beneficiar ou prejudicar pessoas
determinadas, uma vez que seu comportamento deverá sempre ser norteado pela busca do interesse
público.
FOR ma: é o modo de exteriorização do ato administrativo.
M otivo: Representa a situação de direito e de fato que determina sua realização.
OB jeto: Consiste no efeito jurídico imediato produzido pelo ato.
FOCO (FORMA E COMPETÊNCIA) ACEITA CONVALIDAÇÃO, FINALIDADE NÃO!
Competên
cia
Finalidade A finalidade é uma face do princípio da impessoalidade.

A autoridade da administração pública não agiu de forma impessoal e sim por interesses pessoais, as
desavenças, logo, vício de finalidade.

“Finalidade: É o objetivo que a administração pretende alcançar com a prática de determinado ato
administrativo. O objeto do ato administrativo é o efeito jurídico imediato (aquisição, transformação ou
extinção de direitos) a finalidade é o efeito mediato, ou seja, o interesse coletivo que o administrador
persegue ao praticar o ato. É requisito vinculado à Lei.”

"Finalidade: Podemos identificar nos atos administrativos:


a) uma finalidade geral ou mediata, que é sempre a mesma, expressa ou implicitamente estabelecida na lei:
a satisfação do Interesse público;
b) uma finalidade especifica, imediata, que é o objetivo direto, o resultado especifico a ser alcançado,
previsto na lei, e que deve determinar a prática do ato.

Objeto:
O objeto é o próprio conteúdo material do ato. O objeto do ato administrativo identifica-se com o seu
conteúdo, por meio do qual a administração manifesta sua vontade, ou atesta simplesmente situações
preexistentes. Pode-se dizer que o objeto do ato administrativo é a própria alteração no mundo jurídico que
o ato provoca, é o efeito jurídico imediato que o ato produz. "- Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, Direito
Administrativo Descomplicado. (Com adaptações).

Bizu: vogal com vogal, consoante com consoante


OI - Objetivo Imediato
FM - Finalidade Mediata
Forma Incorre em vício de forma a edição, pelo chefe do Executivo, de portaria por meio da qual se declare de
utilidade pública um imóvel, para fins de desapropriação, quando a lei exigir decreto. CESPE 2014 PGEBA

" O vício de forma consiste na omissão ou na observância incompleta ou irregular de formalidades


indispensáveis à existência ou seriedade do ato" (art. 2º, parágrafo único,b, da Lei nº 4.717/65).
O ato é ilegal, por vício de forma, quando a lei expressamente a exige ou quando determinada finalidade só
possa ser alcançada por determinada forma. Exemplo: o decreto é a forma que deve revestir o ato do Chefe
do Poder Executivo. Fonte: Maria Sylvia Zanella Di Pietro - Direito Administrativo - 17º

Vício de FORMA : OMISSÃO ou observância INCOMPLETA ou IRREGULAR indispensáveis a existência do ato.


Outros casos que geram vício de FORMA
- Ausência de motivação
- Servidor julgado em processo sem garantia de contraditório e ampla defesa
- Deveria ter aplicado decreto em uma desapropriação e aplicou portaria
Motivo
Objeto
Quest Ano: 2018 Banca: CESPE Julgue o item a seguir, relativo aos atos administrativos. O ato administrativo
praticado com desvio de finalidade pode ser convalidado pela administração pública, desde que não haja
lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros. (ERRADO)

A finalidade reflete o fim mediato dos atos administrativos, enquanto o objeto, o fim imediato, ou seja, o
resultado prático que deve ser alcançado. CESPE 2016 TJDFT JUIZ

EXTINÇÃO E CONVERSÃO
Leg CAPÍTULO XIV
DA ANULAÇÃO, REVOGAÇÃO E CONVALIDAÇÃO
Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode
revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.

Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para
os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.
§ 1o No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de decadência contar-se-á da percepção do primeiro
pagamento.
§ 2o Considera-se exercício do direito de anular qualquer medida de autoridade administrativa que importe
impugnação à validade do ato.
Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros,
os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria Administração.
Complementação: Súmulas 473 e 346, ambas do STF.
Res Anulação (ou invalidação) - retirada do ato por motivo de ilegalidade; em virtude de estar em
desconformidade com a ordem jurídica. ocorre quando a Administração – poder de autotutela – ou o Poder
Judiciário declara a extinção do ato administrativo por motivo de vícios. Tem efeitos retroativos – ex-tunc.
Trata-se de ato declaratório.

Revogação - extinção do ato por motivo de oportunidade e conveniência; Esta forma de extinção do ato
decorre do poder discricionário, ou seja, pode a Administração utilizar desse instituto com base na
conveniência e oportunidade. Tem efeito prospectivos – ex-nunc. Trata-se de ato constitutivo;

Cassação - extinção do ato por descumprimentos dos requisitos impostos; é a retirada do ato porque o
destinatário descumpriu condições que deveriam permanecer atendidas a fim de dar continuidade à situação
jurídica. Retirada do ato em razão do descumprimento das condições inicialmente impostas.
Ex.: Cassação da licença dada para o funcionamento de um hotel, uma vez que vem funcionando um motel.

Caducidade - extinção do ato por lei superveniente que impede a manutenção do ato inicialmente válido; é a
retirada do ato em razão de nova norma jurídica que tornou inadmissível a situação que antes era permitida.
Retirada de um ato administrativo em razão da superveniência de uma norma jurídica que é com ele
incompatível.
Ex.: Caducidade de permissão de uso para circo, em decorrência da superveniência de lei do plano diretor,
que cria rua naquele lugar.

Contraposição (ou derrubada) - situação em que um ato novo se contrapõe a um ato anterior extinguindo
seus efeitos. o ato extingue um anterior porque tem efeitos opostos. Ocorre quando dois atos
administrativos, que decorrem de competências diferentes, se contrapõem, momento em que o segundo
elimina os efeitos do primeiro. ocorre em razão de edição de novo ato editado que possui efeitos opostos ao
ato anterior. O ato anterior, com isso é extinto pelo ato posterior, visto ser incompatível com este;
Ex: exoneração de servidor tem efeitos contrapostos ao ato de nomeação.
Cassação CASSAÇÃO --> ILEGALIDADE SUPERVENIENTE, CULPA DO BENEFICIÁRIO ALTERAÇÃO FÁTICA (O QUE MUDA
x Caducid SÃO OS FATOS)
EX.: "A" TEM LICENÇA PARA CONSTRUIR UM HOTEL, MAS NÃO LUCRA E RESOLVE CONSTRUIR UM BORDEL..

CADUCIDADE --> NOVA LEI, ALTERAÇÃO JURÍDICA. (O QUE MUDA É A LEI)


EX.: "A" TEM LICENÇA PARA CONSTRUIR UM CIRCO, DEPOIS VEM LEI NOVA E DIZ QUE NÃO PODE MAIS.

CASSAÇÃO => Ato adm. nasce VÁLIDO e se torna INVÁLIDO (ilegalidade superveniente). Ex: Cassação de CNH
O motorista cometeu determinada infração de trânsito e teve o seu direito de dirigir suspenso. A cassação da
carteira de habilitação é aplicada quando o condutor, mesmo com a sua habilitação suspensa, é flagrado
dirigindo. Nesse caso o condutor se lascou , pois para dirigir novamente precisa fazer o processo de
habilitação novamente (extingue o ato).
A anulação de ato administrativo fundamenta-se na ilegalidade do ato, enquanto a revogação funciona como
uma espécie de sanção para aqueles que deixaram de cumprir as condições determinadas pelo ato. ERRADO.
CESPE 2018 PCSE DEL. Cassação
A cassação de um ato administrativo corresponde a extingui-lo por descumprimento dos requisitos
estabelecidos para a sua execução. CESPE 2018 PCSE DEL
Anulação • Ilegalidade (ofensa à lei) ou ilegitimidade (ofensa aos princípios)
• Deve ser precedida de procedimento administrativo em que assegure, ao interessado, contraditório e ampla
defesa, mesmo que o vício seja nítido
• Efeitos retroativos (ex tunc), desconstituindo os efeitos já produzidos e impedindo que constitua novos
efeitos. Retroage à data da prática do ato
• Efeitos já produzidos em relação a terceiro de boa-fé devem ser protegidos
• Pode ser feito pela administração (autotutela) ou pelo judiciário
• Atos vinculados e discricionários
• Prazo decadencial de 5 anos contados da data em que foram praticados
• Se tiver sido praticado por má-fé, não há prazo decadencial. Pode ser anulado a qualquer tempo
Retirada de um ato administrativo em decorrência de sua ilegalidade.

>Pode ser anulado tanto pela Administração Pública (poder de autotutela), quanto pelo Poder Judiciário.
>Anulam-se atos vinculados e os discricionários.
>Tem efeitos ex-tunc (retroativos).
>É ato declaratório.
=> ilegalidade
=> Adm. Púb.(de ofício ou provocado) ou Poder Judiciário (se provocado)
=> ex tunc (tem efeito retroativo)
ANULAÇÃO: O ATO É ILEGAL, DEVE SER RETIRADO DO MUNDO JURIDICO (POSSUI DEFEITOS)
Ato O ato anulatório, por meio do qual se anula um ato administrativo ilegal vinculado ou discricionário, tem
anulatóri natureza meramente declaratória e não constitutiva. ERRADO. CESPE 2013 AGU
ox
Natureza "Anulação é a declaração de invalidação de um ato administrativo ilegítimo ou ilegal, feita pela própria
jur Administração ou pelo poder judiciário." (...) "A anulação tem natureza constitutiva, visto que inaugura uma
nova situação jurídica. A anulação retroage, ou seja, atinge o ato desde sua origem, restaurando à situação
vigente anterior ao ato inválido, respeitando somente os efeitos produzidos que atingiram os terceiros de
boa-fé."

Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO -


Revogaçã • Conveniência e oportunidade (mérito)
o • Também deve ter contraditório e ampla defesa
• Efeitos prospectivos (ex nunc), devendo respeitar os direitos adquiridos
• Só a administração pode revogar (o judiciário não)
• Só atos discricionários podem ser revogados. A propósito, não cabe revogação de atos:
Retirada do ato administrativo por razões de conveniência e oportunidade.

>Só pode ser realizada pela própria Administração, decorrendo do seu poder discricionário.
>Tem efeitos ex-nunc (prospectivos).
>É ato constitutivo.

Enunciativos (certidão, atestado, parecer e apostila) Exauridos ou consumados Vinculados Que geraram
direitos adquiridos Integrantes de um procedimento administrativo Meros atos da administração Complexos
Quando se exauriu a competência relativamente ao objeto do ato

• Não há prazo decadencial para a revogação de um ato que proporciona direitos ao administrado
=> conveniência ou oportunidade
=> só adm. púb.
=> ex nunc (não tem efeito retroativo)
REVOGAÇÃO: O ATO É LEGAL, SERÁ RETIRADO POR TER DEIXADO DE SER CONVENIENTE E OPORTURNO (NÃO
HÁ DEFEITOS)
Não cabe DICA besta para decorar:
revogaçã "VC PODE DÁ?", deve responder:
o "Não, pois não pode revogar."
V – Vinculados; C – Consumados; PO - Procedimento administrativo; DE – Declaratório/Enunciativos; DÁ -
Direitos Adquiridos.

Mazza:
Atos administrativos que não podem ser revogados:
a) Atos preclusos no curso de procedimento administrativo; b) Atos que geram direito adquirido; c) Atos
exauridos; d) Atos vinculados; ·e) Atos enunciativos.
Revogaçã Quando se transforma em anulação
o pelo PJ Uma revogação ILEGAL, deve ser anulada com efeitos ex tunc! ;)
STF Súmula nº 473 -Administração Pública - Anulação ou Revogação dos Seus Próprios Atos
A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles
não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos
adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.
Caso a administração pública revogue determinado ato administrativo e, posteriormente, se constate que o
ato de revogação não fora praticado em consonância com as exigências legais, tal revogação poderá ser
anulada tanto pela própria administração pública quanto pelo Poder Judiciário. CESPE 2013 AGU
Efeitos ANULAÇÃO------Para atos com defeitos---------ex tunc------efeito retroativo
REGOVAÇÃO---Para atos sem defeitos--------ex nunc-----efeito prospectivo

ANULAÇÃO: EX-TUNC (COLOCA A MÃO NA TESTA ( T DE TUNC E TESTA) E EMPURRA PARA TRÁS).RETROAGEM
À DATA DO FATO.

REVOGAÇÃO: EX-NUNC ( COLOCA A MÃO NA NUCA ( N DE NUNC E NUCA) E EMPURRA PARA FRENTE. NÃO
RETROAGEM À DATA DO FATO.

Decorei assim, e nunca mais esqueci.


Tanto a anulação como a revogação retiram do mundo jurídico atos com defeitos e produzem efeitos
prospectivos.
Só a anulação retira do mundo jurídico atos com defeitos, por serem ilegais, produzindo efeitos pretéritos (ex
tunc) para desconstituir efeitos ilegais produzidos anteriormente. Já a revogação não recai sobre atos ilegais,
e sim sobre atos legais mas que não são mais convenientes e oportunos, sendo que a revogação só produz
efeitos prospectivos, isto é, daqui para frente, preservando os efeitos produzidos anteriormente.
Efeitos Produção de efeitos para o futuro :
para Anulação : efeitos ex tunc, retroage a data do ato.
Futuro Revogação: efeitos ex nunc, não retroage a data do ato, produzindo seus efeitos até a revogação .

Em geral, a revogação do ato administrativo produz efeitos ex tunc, mas, em determinadas situações, pode
ela ter efeitos ex nunc. ERRADO. CESPE 2015
Revogaçã Caso haja a revogação de ato administrativo revogador, não poderão ser aproveitados os efeitos produzidos
o do ato no período em que vigorava o primeiro ato revogador. Cespe 2015.
revogado
r Trata-se da revogação da revogação
Bastante controvertida é a discussão sobre a possibilidade de revogação do ato revocatório. Sendo
discricionário, o ato revocatório em princípio pode ser revogado. Mas a doutrina majoritária nega efeito
repristinatório à revogação da revogação. Assim, o ato revogador da revogação não ressuscita o primeiro ato
revogado, podendo apenas representar um novo ato baseado nos mesmos fundamentos do ato inicial. O
certo é que a eficácia da revogação é sempre proativa, de modo que a revogação ao ato revogatório só
produz efeitos futuros, faltando-lhe o poder de restaurar retroativamente a eficácia do primeiro ato
revogado.

"Se houver revogação do ato que havia revogado o anterior, ocorrerá a repristinação da situação original, sem
efeito retroativo. Significa que, caso haja revogação de um ato que revogou um determinado posicionamento
da Administração que gerava direito a alguns administrados, haverá o retorno desse direito para os
administrados a partir da revogação do ato revogador, vez que não há que se falar em direitos retroativos".
FONTE: Sinopse Direito Administrativo, juspodvim, 2015, p. 202
Mazza
Explicando o fenômeno mencionado na assertiva: Repristinação.
Na ordem jurídica, repristinação é o restabelecimento da eficácia de um ato administrativo anteriormente
revogado. Nesse sentido o art. 2°, §3° da LINDB estabelece que "lei revogada não se restaura por ter a lei
revogadora perdido a vigência, salvo disposição em contrário".

Ou seja, a repristinação no Brasil é exceção. isso acontece porque como o ato administrativo revogador só
possui efeito Ex-nunc (prospectivo) ele não tem como se aplicar a fatos passados, que nesse caso é o ato
administrativo revogado, por isso que o ato administrativo revogador não consegue restabelecer os efeitos
jurídicos do ato administrativo anteriormente revogado, ficaria mais ou menos assim:
edição do Ato A
Ato B revoga ato A
Ato C revoga ato B
Nessa situação o ato A não teria sua vigência restabelecida, por força do art. 2 §3 LINDB, salvo previsão
expressa contida no ato C.
espero ter ajudado, as demais tão fundamentadas pelos colegas
abraço a todos e bons estudos
Quest Assim como ocorre nos negócios jurídicos de direito privado, cabe unicamente à esfera judicial a anulação de
ato administrativo. ERRADO. CESPE 2018. Art 53

Tanto a anulação como a revogação retiram do mundo jurídico atos com defeitos e produzem efeitos
prospectivos. ERRADO. CESPE 2018 PCSE DEL

Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: ABIN Prova: Agente de Inteligência Uma diferença entre a revogação e a
anulação de um ato administrativo é a de que a revogação é medida privativa da administração, enquanto a
anulação pode ser determinada pela administração ou pelo Poder Judiciário, não sendo, nesse caso,
necessária a provocação do interessado. ERRADO

Atos gerais de caráter normativo não são passíveis de revogação, eles podem ser somente anulados. ERRADO.
CESPE 2016. Atos gerais de caráter normativo podem sim ser revogados. Aliás, é muito comum vermos a
Administração revogar seus atos normativos, como decretos, instruções normativas, portarias etc.

Revogação é instrumento jurídico utilizado pela administração pública para suspender temporariamente a
validade de um ato administrativo por motivos puramente discricionários. ERRADO. CESPE 2015 A revogação
é a retirada do ato do mundo jurídico, pois o mesmo se tornou inoportuno e inconveniente. Respeitados os
direitos adquiridos.

A prerrogativa de invalidar ato administrativo é da própria administração pública, ao passo que a de revogá-lo
é do Poder Judiciário, em decisão referente a caso concreto que lhe seja apresentado. ERRADO. CESPE 2015
Lei nº 9.784/99, “Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de
legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos
adquiridos.

Se ficar constatado que determinado ato administrativo contém vício de legalidade, a administração pública
deverá promover a sua revogação. ERRADO. CESPE 2015 Ato com vício de legalidade deverá promover a
anulação.

Q133274 Ano: 2011 Banca: CESPE Órgão: Correios Prova: Analista de Correios - Administrador
A revogação de ato administrativo é privativa da administração que o praticou e somente produz efeitos
prospectivos, visto ser o ato revogado válido. GABARITO: CERTO

Q868650 Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: CGM de João Pessoa - PB Prova: Técnico Municipal de Controle
Interno – Geral Em relação à anulação e à revogação dos atos administrativos, julgue o item seguinte.
A revogação produz efeitos retroativos. GABARITO: ERRADO

Prova: CESPE - 2012 - MPE-PI - Analista Ministerial - Área Processual - Cargo 8 Disciplina: Direito
Administrativo | Assuntos: Atos administrativos; A revogação não pode atingir os meros atos administrativos,
tais como as certidões e os atestados. GABARITO: CERTA.

Prova: CESPE - 2012 - AGU - Advogado Disciplina: Direito Administrativo | Assuntos: Atos administrativos;
Teoria das nulidades; Embora a revogação seja ato administrativo discricionário da administração, são
insuscetíveis de revogação, entre outros, os atos vinculados, os que exaurirem os seus efeitos, os que
gerarem direitos adquiridos e os chamados meros atos administrativos, como certidões e atestados.
GABARITO: CERTA.
Ato de De acordo com o atual entendimento do STJ, o desfazimento do ato administrativo considerado ilegal pelo
efeitos Estado independe de prévio processo administrativo, mesmo que o ato anulado tenha produzido efeitos
concreto concretos. ERRADO. CESPE 2015
se
Desfazim A jurisprudência desta Corte tem firmado o entendimento de que a invalidação de ato administrativo
ento classificado como ampliativo de direito depende de prévio processo administrativo, em que sejam
assegurados ao interessado o contraditório e a ampla defesa (STJ MS 8627 DF).
se o ato gerou efeitos concretos, o desfazimento deverá ser devidamente motivado e conferido ao
destinatário o exercício do contraditório. Sempre que houver ofensa a direitos individuais, abre-se o dever ao
contraditório.

[CONVALIDAÇÃO
Res “Havendo FOCO admite convalidação (ANULÁVEIS)” FOrma e COmpetência
FO (forma, se não for essencial ao ato)
CO (competência, se não for exclusiva),

Vício de FCC = Forma, Competência -> Convalida

OBS: Não admite CONVALIDAÇÃO:


- se a COMPETÊNCIA for exclusiva de órgão ou autoridade.
- se a FORMA for imprescindível para a prática do ato.
Vício de FOMI = Finalidade, Objeto, Motivo -> Insanável
FIMOB ----- (NULOS) – Não podem ser convalidados
Elementos COMPETÊNCIA -> usurpação de função -> não convalidável
x -> excesso de poder (competência exclusiva) -> não convalidável
Convalida -> excesso de poder (competência não exclusiva) -> convalidável
FORMA -> de forma (não essencial à validade) -> convalidável
-> de forma (essencial à validade) -> não convalidável
FINALIDADE -> de finalidade -> não convalidável
MOTIVO -> de motivo -> não convalidável
OBJETO -> de objeto -> não convalidável
Conceito Convalidação: é a correção com efeitos retroativos do ato administrativo com defeito sanável. Ademais,
seus efeitos serão ex tunc.

Justificativa - CESPE:
De acordo com a doutrina, nem sempre é possível a convalidação do ato, a qual vai depender do tipo de
vício que atinge o ato. Nesse sentido, destaca-se que, “quanto ao sujeito, se o ato for praticado com vício de
incompetência, admite-se a convalidação, que nesse caso recebe o nome de ratificação, desde que não se
trate de competência outorgada com exclusividade.” Assim, ressalta a doutrina que "também não se admite
a ratificação quando haja incompetência em razão da matéria; por exemplo, quando um ministério pratica
ato de competência de outro ministério, porque, nesse caso, também existe exclusividade de atribuições". "
A questão já afirma tratar-se de competência de outro ministério. Assim, não há que se cogitar de
convalidação por meio de ratificação. A questão também não cogitou de vício de incompetência quanto ao
sujeito, mas de vício de incompetência em razão da matéria, para o qual, segundo a doutrina, não se admite
a ratificação.
http://www.cespe.unb.br/concursos/DPF_12_DELEGADO/arquivos/DPF_DELEGADO_JUSTIFICATIVAS_DE_A
LTERA____ES_DE_GABARITO.PDF

A convalidação do ato, sendo possível, é uma faculdade do agente público, caso entenda que haja
conveniência e oportunidade, tendo em vista os Princípios da Supremacia do Interesse Público, da
Economicidade, dentre outros. A anulação sempre opera efeitos retroativos (ex-tunc), uma vez que, a
anulação pressupõe que o ato nasceu maculado, devendo assim ser extirpada a sua existência. A anulação,
matéria de ordem pública, baseia-se tão somente em lei, não deixando margem de conveniência e
oportunidade para quem a opera.

em se tratando dos institutos da anulação e da convalidação de atos administrativos, há que se invocar os


artigos 53/55 da Lei 9.784/99, sendo que, à luz de tais dispositivos legais, depreende-se que inexiste base
legal para a modulação dos efeitos da anulação de um dado ato administrativo. Em sendo invalidado o ato,
a anulação terá necessariamente efeitos ex tunc.

Art. 55 Lei 9784/99: Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem
prejui ́zo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria
Administração.
Tipos Segue os tipos de convalidação:
- Ratificação: supre o vício de competência (não foi o caso da questão)
- Reforma: mantém a parte válida do ato e retira a parte inválida (foi o que aconteceu na questão)
- Conversão: retira a parte inválida e edita novo ato válido com outro teor (por exemplo: nomeou João e
Francisco para cargo público, mas não era pra ter nomeado Francisco e sim Pedro. Far-se-á a conversão, ou
seja, retira a nomeação de Francisco e insere-se a de Pedro e mantém a de João)

Ratificação é a convalidação de ato por vício de competência.


Reforma é a retirada da parte "estragada" do ato vicioso.
Conversão retira essa parte "estragada" do ato e insere uma nova etapa.
No enunciado, o autor afirma que foi retirada a licença, porém permanece as férias mas sem ingressar
nenhum novo ato, logo, trata-se de reforma.

Convalidar: Aproveitar o mesmo ato que é anulável, sanando o seu vício, geralmente estes vícios recaem
sobre os elementos COMPETÊNCIA e FORMA. Ou seja, a Convalidação tem por objetivo corrigir um Ato.
Conversão ou Sanatória: É a troca de um Ato Nulo que tem o vício Insanável por outro Ato mais simples
respeitando a lei.
Conforme trecho grifado a seguir da questão: Novo ato foi, então, praticado, retirando-se a concessão da
licença e ratificando-se a concessão das férias, nos dá a certeza de que: se um novo Ato foi criado para
substituir outro, é porque o Ato anterior era um Ato NULO e INSANÁVEL, portanto a questão estava falando
de Conversão ou Sanatória.

três espécies de convalidação:


a) ratificação: quando a convalidação é realizada pela mesma autoridade que praticou o ato;
b) confirmação: realizada por outra autoridade;
c) saneamento: nos casos em que o particular é quem promove a sanatória do ato.
Ato Conforme o STJ, ato administrativo com vício sanável não poderá ser convalidado se tiver sido impugnado
impugnad judicialmente, mas poderá sê-lo no bojo de impugnação administrativa. CESPE 2014 PGEPI
o
Segundo entendimento do STJ, uma vez impugnado o ato administrativo seja pela via judicial, seja pela via
administrativa não mais há possibilidade de convalidação. Vejamos o REsp 719548 PR ADMINISTRATIVO E
PROCESSO CIVIL � AÇÃO POPULAR VISANDO ANULAÇÃO DE CONTRATO � PROJETO SIVAM � FALTA DE
PREQUESTIONAMENTO (SÚMULA 282/STF) VIOLAÇÃO DO ART. 535 DO CPC � FUNDAMENTAÇÃO
DEFICIENTE (SÚMULA 284/STF) REVISÃO DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS (SÚMULA 5/STJ)� REVOLVIMENTO
DO CONTEXTO FÁTICO-PROBATÓRIO (SÚMULA 7/STJ)CONVALIDAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS �
IMPOSSIBILIDADE DIANTE DE IMPUGNAÇÃO JUDICIAL CONDIÇÃO DA AÇÃO POPULAR � LESIVIDADE �
COMPROVAÇÃO. (...) 5. Somente são passíveis de convalidação os atos da Administração que não foram
impugnados administrativa ou judicialmente. (...) STJ - REsp: 719548 PR 2005/0009564-0, Relator: Ministra
ELIANA CALMON, Data de Julgamento: 03/04/2008, T2 - SEGUNDA TURMA, Data de Publicação: DJe
21/11/2008 DJe 21/11/2008.
Agente Por ser a competência administrativa improrrogável, atos praticados por agente incompetente não se
incompete sujeitam a convalidação. ERRADO CESPE 2018
nte
Conforme Alexandre Mazza (Manual de Direito Administrativo): "São passíveis de convalidação os atos com
defeito na competência ou na forma. Defeitos no objeto, motivo ou finalidade são insanáveis, obrigando a
anulação do ato. José dos Santos Carvalho Filho, no entanto, admite convalidação de ato com vício no
objeto, motivo ou finalidade quando se tratar de ato plúrimo, isto é, “quando a vontade administrativa se
preordenar a mais de uma providência administrativa no mesmo ato: aqui será viável suprimir ou alterar
alguma providência e aproveitar o ato quanto às demais providências, não atingidas por qualquer vício”.
Motivação Os atos de revogação e de anulação devem ser motivados com a indicação dos fatos e fundamentos
jurídicos, de forma explícita, exigência que não se estende aos atos de convalidação. ERRADO CESPE 2013
BACEN
Lei 9.784/99 .“Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos
fundamentos jurídicos, quando:
VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo.
Motivação De acordo com o entendimento do STJ, não existe a possibilidade de convalidação de ato administrativo
Posterior cuja motivação seja obrigatória, depois de emitido. Nesse caso, a administração deverá anular o ato e emitir
um novo, instruído com as razões de decidir. ERRADO. CESPE 2014

Sabemos que o vício quando constante da FORMA e COMPETÊNCIA é


convalidável, diferentemente de quando consta no MOTIVO, FINALIDADE e OBJETO hipótese
em que não há possibilidade de convalidação.

Pois bem, o item refere-se à vicío na motivação, neste caso


a sacada que a questão exigia era saber que a motivação constitui elemento
integrante da FORMA e não do motivo, logo o ato admite sim convalidação.

Considerando que a motivação compõe o elemento forma do ato administrativo é verdadeiro dizer que
existe possibilidade de convalidação quando inexistir motivação obrigatória.

Aliás, o STJ recentemente julgou pela possibilidade de que a autoridade coatora motive ato administrativo
em sede de informações em mandado de segurança, vejamos:

DIREITO ADMINISTRATIVO. MOTIVAÇÃO POSTERIOR DO ATO DE REMOÇÃO EX OFFICIO DE SERVIDOR.

O vício consistente na falta de motivação de portaria de remoção ex officio de servidor público pode ser
convalidado, de forma excepcional, mediante a exposição, em momento posterior, dos motivos idôneos e
preexistentes que foram a razão determinante para a prática do ato, ainda que estes tenham sido
apresentados apenas nas informações prestadas pela autoridade coatora em mandado de segurança
impetrado pelo servidor removido. De fato, a remoção de servidor público por interesse da Administração
Pública deve ser motivada, sob pena de nulidade. Entretanto, consoante entendimento doutrinário, nos
casos em que a lei não exija motivação, não se pode descartar alguma hipótese excepcional em que seja
possível à Administração demonstrar de maneira inquestionável que: o motivo extemporaneamente
alegado preexistia; que era idôneo para justificar o ato; e que o motivo foi a razão determinante da prática
do ato. Se esses três fatores concorrem, há de se entender que o ato se convalida com a motivação ulterior.
Precedentes citados: REsp 1.331.224-MG, Segunda Turma, DJe 26/2/13; MS 11.862-DF, Primeira Seção, DJe
25/5/09. AgRg no RMS 40.427-DF, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, julgado em 3/9/2013.
Quest Um ato administrativo que apresente defeitos sanáveis poderá ser convalidado quando não lesionar o
interesse público, não sendo necessário que a administração pública o anule. ERRADO. CESPE 2017

Um ato administrativo que apresente defeitos sanáveis poderá ser convalidado quando não lesionar o
interesse público, não sendo necessário que a administração pública o anule.. CESPE 2017 Art 55.

Admite-se a convalidação de ato administrativo por meio de decisão judicial, desde que não haja dano ao
interesse público nem prejuízo a terceiros. ERRADO. CESPE PGESE 2018

Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: PC-MA Prova: CESPE - 2018 - PC-MA - Delegado de Polícia Civil
É possível a convalidação de atos administrativos quando apresentarem defeitos relativos aos elementos
A objeto e finalidade. B motivo e competência. C motivo e objeto. D competência e forma. E finalidade e
forma. GABARITO: D

Ato administrativo praticado por autoridade incompetente e que apresente defeito não pode ser
convalidado. ERRADO. CESPE 2017

A convalidação implica o refazimento de ato, de modo válido. Em se tratando de atos nulos, os efeitos da
convalidação serão retroativos; para atos anuláveis ou inexistentes tais efeitos não poderão retroagir.
ERRADO. CESPE 2016.
A convalidação somente incide sobre atos anuláveis, isto é, que apresentam vícios sanáveis, e sempre
produz efeitos retroativos (ex tunc).

A convalidação dos atos administrativos que apresentem defeitos sanáveis pode ser feita pela
administração, desde que esses atos não acarretem lesão ao interesse público ou prejuízo a terceiros. CESPE
2016. TJDFT JUIZ

São passíveis de convalidação os atos administrativos que ostentem vícios relativos ao motivo, ao objeto e à
finalidade, desde que não haja impugnação do interessado. ERRADO. CESPE 2016 DPERN

Situação hipotética: Poucos dias depois de determinado ato administrativo de autoridade competente ter
concedido licença e férias a servidor do TJDFT, verificou-se que o servidor não tinha direito à licença. Novo
ato foi, então, praticado, retirando-se a concessão da licença e ratificando-se a concessão das férias.
Assertiva: Nesse caso, o ato posterior convalidou o anterior, por meio de ratificação. ERRADO. CESPE 2015
TJDFT OJAV

Estando o administrador diante de ato administrativo viciado, o princípio da segurança jurídica lhe confere a
opção, observado o critério de conveniência e oportunidade, de convalidar o ato se o vício for sanável,
reconhecer a sua estabilização pelo decurso do tempo, modular os efeitos da anulação ou, ainda, invalidar o
ato, com efeitos ex tunc. ERRADO. CESPE 2014 TJDFT JUIZ

Prova: CESPE - 2014 - TC-DF - Auditor de Controle Externo A convalidação supre o vício existente na
competência ou na forma de um ato administrativo, com efeitos retroativos ao momento em que este foi
originariamente praticado. (C)

Quando um ministério pratica ato administrativo de competência de outro, fica configurado vício de
incompetência em razão da matéria, que pode ser convalidado por meio da ratificação. ERRADO. CESPE 213
DPF DEL Nesse caso não há como se convalidar tal ato, já que vício de competência quanto à matéria, não
admite convalidação, não confundir com vicio de competência em relação à pessoa que pratica (elemento
competência do ato admin), segue o esquema:

Vício de competência quanto à matéria, não admite a


convalidação.
Vício de competência com relação à pessoa, admite-se a convalidação.

Ano: 2013 Banca: CESPE Órgão: TRT - 17ª Região (ES) O ato praticado com vício de competência não admite
convalidação. (E)
Vício de COMPETÊNCIA É CONVALIDÁVEL: desde que não seja exclusiva. Neste caso, o ato é nulo.
Vício de FINALIDADE NÃO É CONVALIDÁVEL: não é possível aproveitar um ato praticado com finalidade
estranha.
Vício de FORMA É CONVALIDÁVEL: desde que não se trate de forma essencial .
Vício de MOTIVO NÃO É CONVALIDÁVEL: motivo inexistente ou inadequado ao resultado pretendo é nulo.
Vício de OBJETO NÃO É CONVALIDÁVEL: há, na doutrina, quem defenda que, tratando-se de objeto plúrimo,
seria possível a convalidação.
A convalidação pode ser operada se o vício estiver na FOrma ou na COmpetência.
Pra guardar : FOCO na convalidação.

Conforme o STJ, ato administrativo com vício sanável não poderá ser convalidado se tiver sido impugnado
judicialmente, mas poderá sê-lo no bojo de impugnação administrativa. ERRADO. CESPE 2014 PGEPI

Segundo entendimento do STJ, uma vez impugnado o ato administrativo seja pela via judicial, seja pela via
administrativa não mais há possibilidade de convalidação.

Vejamos o REsp 719548 PR ADMINISTRATIVO E PROCESSO CIVIL � AÇÃO POPULAR VISANDO ANULAÇÃO DE
CONTRATO � PROJETO SIVAM � FALTA DE PREQUESTIONAMENTO (SÚMULA 282/STF) VIOLAÇÃO DO ART.
535 DO CPC � FUNDAMENTAÇÃO DEFICIENTE (SÚMULA 284/STF) REVISÃO DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS
(SÚMULA 5/STJ)� REVOLVIMENTO DO CONTEXTO FÁTICO-PROBATÓRIO (SÚMULA 7/STJ)CONVALIDAÇÃO
DOS ATOS ADMINISTRATIVOS � IMPOSSIBILIDADE DIANTE DE IMPUGNAÇÃO JUDICIAL CONDIÇÃO DA AÇÃO
POPULAR � LESIVIDADE � COMPROVAÇÃO.
(...)
5. Somente são passíveis de convalidação os atos da Administração que não foram impugnados
administrativa ou judicialmente.

(...)
STJ - REsp: 719548 PR 2005/0009564-0, Relator: Ministra ELIANA CALMON, Data de Julgamento:
03/04/2008, T2 - SEGUNDA TURMA, Data de Publicação: DJe 21/11/2008 DJe 21/11/2008.

MÉRITO E MOTIVAÇÃO
Mérito Em nome do princípio da inafastabilidade da jurisdição, deve o Poder Judiciário apreciar o mérito do ato
administrativo, ainda que sob os aspectos da conveniência e da oportunidade. ERRADO. CESPE 2016
O Poder Judiciário não adentra no mérito do ato administrativo (conveniência e oportunidade). No entanto, o
PJ pode analisar a legalidade, razoabilidade e proporcionalidade do ato.
LTIP O ato administrativo que negar pedido de servidor público de licença para tratar de interesses particulares
poderá ser revisto pelo Poder Judiciário quando houver abuso por parte da administração pública, mediante
provocação do interessado. CESPE 215 TCU PROC

Embora, em regra, não seja cabível ao Poder Judiciário examinar o mérito do ato administrativo discricionário
- classificação na qual se enquadra o ato que aprecia pedido de licença de servidor para tratar de interesse
particular -, não se pode excluir do magistrado a faculdade de análise dos motivos e da finalidade do ato,
sempre que verificado abuso por parte do administrador (STJ AgRg no REsp 1.087.443⁄SC)
Motivo "Não se deve confundir motivo, enquanto elemento formativo dos atos administrativos, com a motivação.
Esta é somente a exposição dos motivos do ato, ou seja, a fundamentação do ato administrativo,
estabelecendo a correlação lógica entre a situação descrita em lei e os fatos efetivamente ocorridos.
Representa uma justificativa à sociedade, estabelecendo a razão de prática daquela conduta."
(Matheus Carvalho. Manual de Direito Administrativo, 2015. p. 257)
Motivo ou causa é a situação de direito ou de fato que determina ou autoriza a realização do ato
administrativo. O motivo é a situação de fato ou de direito que serve de fundamento para a prática do ato. O
motivo é elemento obrigatório do ato administrativo, essencial, ou seja, o ato administrativo sem motivo, isto
é, sem estar investido dos pressupostos de fato e de direito que justificam sua prática, é totalmente nulo.

A motivação, por sua vez, vem a ser a exposição dos motivos que determinam a prática do ato, a
exteriorização dos motivos que levaram a Administração a praticar o ato. É a demonstração por escrito, de
que os pressupostos autorizadores da prática do ato realmente aconteceram.
Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo. Direito Administrativo. 3ª edição. Impetus. 2002.

Motivo é a situação de fato (o acontecimento) e direito (segundo os termos tipificados em lei) que enseja a
prática do ato;
Motivação é nada mais, nada menos que a situação declarada por escrito dos fatos que ensejaram o ato,
portanto está vinculada ao requisito forma, e não motivo, do ato administrativo.

Como a administração reprovou o servidor após o término do estágio probatório ( 3 anos) po inassiduidade (
MOTIVO) e o servidor comprovou que JAMAIS havia faltado ao serviço ou se atrasado estamos diante da
TEORIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES.

TEORIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES


Ao motivar o ato administrativo, a Administração ficou vinculada aos motivos ali expostos, para todos os
efeitos jurídicos. Tem aí aplicação a denominada teoria dos motivos determinantes, que preconiza a
vinculação da Administração aos motivos ou pressupostos que serviram de fundamento ao ato. A motivação é
que legitima e confere validade ao ato administrativo discricionário. Expostos os motivos, a validade do ato
fica na dependência da efetiva existência do motivo. Presente e real o motivo, não poderá a Administração
desconstituí-lo a seu capricho. Por outro lado, se inexistente o motivo declarado na formação do ato, o
mesmo não tem vitalidade jurídica." (RMS 10.165/DF, 6.ª Turma, Rel. Min. Vicente Leal, DJ de 04/03/2002).

FONTE: STJ
Karen Regina , de modo simples : ATO NULO X ATO ANULÁVEL

ATO NULO ( NULIDADE ABSLOUTA) - POSSUI VÍCIO GRAVE, INSANÁVEL QUANTO AOS ELEMENTOS DE
VALIDADE(OBJETO, FORMA ESSENCIAL, COMPETÊNCIA EXCLUSIVA, FINALIDADE E MOTIVO) .TEM QUE SER
DESFEITO ( ANULADO) . NÃO ADMITE CONVALIDAÇÃO.

ATO ANULÁVEL ( NULIDADE RELATIVA ) - POSSUI VÍCIO LEVE , SANÁVEL QUANTO AOS ELEMENTOS DE
VALIDADE ( COMPETÊNCIA NÃO EXCLUSIVA E FORMA NÃO ESSENCIAL) . PODE SER DESFEITO OU
CONVALIDADO .

Não sei se ficou claro pra você !! Espero que tenha te ajudado na compreensão . Bons estudos ..

Motivação e motivo são juridicamente equivalentes. ERRADO. CESPE TJAM JUIZ

Ano: 2017 Banca: CESPE Órgão: PC-GO Prova: CESPE - 2017 - PC-GO - Delegado de Polícia Substituto
Após o término de estágio probatório, a administração reprovou servidor público e editou ato de exoneração,
no qual declarou que esta se dera por inassiduidade. Posteriormente, o servidor demonstrou que nunca havia
faltado ao serviço ou se atrasado para nele chegar. Nessa situação hipotética, o ato administrativo de
exoneração é
A nulo por ausência de finalidade.
B anulável por ausência de objeto.
C anulável por ausência de forma.
D anulável por ausência de motivação.
E nulo por ausência de motivo.
GABARITO: LETRA E

Motivaçã CEESPE 2015 JUIZ TJPB


o B Por força do princípio da motivação, que rege a atuação administrativa, a lei veda a prática de ato
administrativo em que essa motivação não esteja mencionada no próprio ato e indicada em parecer. ERRADO

Nem todos os atos administrativos serão motivados, a exemplo da exoneração de um servidor ocupante de
cargo comissionado ( livre nomeação e livre exoneração= "ad nutum"). No entanto, se houver motivação
estará submetido à Teoria dos Motivos Determinantes. ao contrário do afirmado, a lei admite a chamada
fundamentação per relationem, ou seja, aquela que se limite a fazer referência ao conteúdo de pareceres e
outras peças de informação. É o que se extrai do teor do art. 50, §1º, Lei 9.784/99: “§ 1o A motivação deve
ser explícita, clara e congruente, podendo consistir em declaração de concordância com fundamentos de
anteriores pareceres, informações, decisões ou propostas, que, neste caso, serão parte integrante do ato."

D No exercício do poder disciplinar, a administração pública pode impor sanção administrativa a servidor,
sendo vedado ao Poder Judiciário, segundo jurisprudência, perquirir a motivação nesse caso. ERRADO

Com fulcro na CF/88, nem mesmo lei excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ao ameaça a direito (
Inafastabilidade da tutela judicial). Logo, embora assista ao Poder Público o poder disciplinar de impor
sanções aos administrados, se estas sanções forem desproporcionais ou desarrazoadas, o administrado
poderá provocar o Poder Judiciário. é perfeitamente possível ao Poder Judiciário, no exercício do controle
jurisdicional de legalidade dos atos administrativos, e desde que devidamente provocado (princípios da
inafastabilidade da jurisdição, art. 5º, XXXV, CF/88 e da inércia jurisdicional), analisar a motivação de ato
punitivo contra servidor público, em ordem a apurar, por exemplo, se os fundamentos utilizados
correspondem à realidade fática, bem assim se lastreiam a sanção aplicada.
T. De acordo com a teoria dos motivos determinantes, os atos administrativos, quando tiverem sua prática
motivos motivada, ficam vinculados aos motivos expostos, para todos os efeitos jurídicos. Havendo desconformidade
determin entre os motivos e a realidade, ou quando os motivos forem inexistentes, a administração deve anular o ato.
antes "A teoria dos motivos determinantes aplica-se tanto a atos vinculados quanto a atos discricionários, mesmo
aos atos discricionários em que, embora não fosse obrigatório, tenha havido motivação.

É importante frisar que a teoria dos motivos determinantes tem aplicabilidade mesmo que a motivação do
ato não fosse obrigatória, mas tenha sido efetivamente realizada pela administração.

Exemplificando, a nomeação e exoneração do servidor ocupante de cargo em comissão independem de


motivação declarada. O administrador pode, portanto, dentro da sua esfera de competências, nomear e
exonerar livremente, sem esta obrigado a apresentar qualquer motivação. Contudo, caso ele decida motivar o
seu ato, ficará sujeito à verificação da existência e da adequação do motivo exposto.

Desta forma, supondo que a autoridade competente exonerasse um servidor comissionado e decidisse
motivar por escrito o ato de exoneração, afirmando que o servidor foi exonerado em razão de sua
inassiduidade, poderia o servidor contestar perante o Judiciário (ou perante a própria administração,
mediante um recurso administrativo) esse motivo, comprovando, se for o caso, sua inexistência, provando
que não faltava ao serviço, nem se atrasava.

Assim, se o servidor não teve faltas nem atrasos durante o período em que esteve comissionado, fica
evidente a inexistência do motivo declarado como determinante no ato de exoneração. Esse ato de
exoneração, portanto, seria inválido e poderia ser anulado pelo Poder Judiciário ou pela própria
administração."
Quest Situação hipotética: Um servidor público efetivo indicado para cargo em comissão foi exonerado ad nutum
sob a justificativa de haver cometido assédio moral no exercício da função. Posteriormente, a administração
reconheceu a inexistência da prática do assédio, mas persistiu a exoneração do servidor, por se tratar de ato
administrativo discricionário. Assertiva: Nessa situação, o ato de exoneração é válido por não se aplicar a
teoria dos motivos determinantes. ERRADO. CESPE 2017. TRF5 JUIZ

Removido de ofício por interesse da administração, sob a justificativa de carência de servidores em outro
setor, determinado servidor constatou que, em verdade, existia excesso de servidores na sua nova unidade
de exercício. Nessa situação, o ato, embora seja discricionário, poderá ser invalidado. CESPE 2017

Por serem os ocupantes de cargo em comissão demissíveis ad nutum, é sempre inviável a anulação do ato de
exoneração de ocupante de cargo em comissão com fundamento na teoria dos motivos determinantes.
ERRADO. CESPE 2018

A teoria dos motivos determinantes não se aplica aos atos vinculados, mesmo que o gestor tenha adotado
como fundamento um fato inexistente. ERRADO. CESPE 2016

Segundo a teoria dos motivos determinantes, mesmo que um ato administrativo seja discricionário, não
exigindo, portanto, expressa motivação, se tal motivação for declinada pelo agente público, passa a vinculá-la
aos termos em que foi mencionada. CESPE 2015 DPERN

Os atos administrativos discricionários não exigem motivação e a motivação, se houver, em nada afeta a
validade do ato administrativo, ante a impossibilidade de vinculação dos motivos. CESPE 2013 SEFAZRS

Situação hipotética: Um servidor público efetivo em exercício de cargo em comissão foi exonerado ad nutum
em razão de supostamente ter cometido crime de peculato. Posteriormente, a administração reconheceu a
inexistência da prática do ilícito, mas manteve a exoneração do servidor, por se tratar de ato administrativo
discricionário. Assertiva: Nessa situação, o ato de exoneração é válido, pois a teoria dos motivos
determinantes não se aplica a situações que configurem crime. ERRADO. CESPE 2011. PF DEL

Ano: 2011 Banca: CESPE Órgão: TJ-ES Nem todo ato administrativo necessita ser motivado. No entanto,
nesses casos, a explicitação do motivo que fundamentou o ato passa a integrar a própria validade do ato
administrativo como um todo. Assim, se esse motivo se revelar inválido ou inexistente, o próprio ato
administrativo será igualmente nulo, de acordo com a teoria dos motivos determinantes. (CERTO).

Ano: 2007 Banca: CESPE Órgão: TCU A teoria dos motivos determinantes cria para o administrador a
necessária vinculação entre os motivos invocados para a prática de um ato administrativo e a sua validade
jurídica. ( CERTO)

Ano: 2009Banca: CESPE Órgão: TCU De acordo com a teoria dos motivos determinantes, o agente que pratica
um ato discricionário, embora não havendo obrigatoriedade, opta por indicar os fatos e fundamentos
jurídicos da sua realização, passando estes a integrá-lo e a vincular, obrigatoriamente, a administração, aos
motivos ali expostos. (CERTO)

Ano: 2010 Banca: CESPE Órgão: TRE-BA De acordo com a teoria dos motivos determinantes, ainda que se
trate de ato discricionário sem a exigência de expressa motivação, uma vez sendo manifestada a motivação,
esta vincula o agente para sua realização, devendo, obrigatoriamente, haver compatibilidade entre o ato e a
motivação, sob pena de vício suscetível de invalidá-lo. ( CERTO)

Ano: 2015Banca: CESPE Órgão: TCU Conforme a teoria dos motivos determinantes, a validade do ato
administrativo vincula-se aos motivos que o determinaram, sendo, portanto, nulo o ato administrativo cujo
motivo estiver dissociado da situação de direito ou de fato que determinou ou autorizou a sua realização.
(CERTO)

Considere que, no exercício do poder discricionário, determinada autoridade indique os motivos fáticos que
justifiquem a realização do ato. Nessa situação, verificando-se posteriormente que tais motivos não existiram,
o ato administrativo deverá ser invalidado. CESPE 2013. TRT17 OJAV

ATRIBUTOS
(qualidades ou características)
Resumo P A T I [ Presunção Legitimidade e Veracidade, Autoexecutoriedade, Tipicidade, Imperatividade]
Presença Somente presunção de legitimidade e tipicidade.
em todos
Presunçã Presente em todos os atos adm.
o de Presunção: relativa (iuris tantum), admite prova em contrário. Também, não permite o Judiciário apreciar sua
legitimid validade ex oficcio.
ade ou Fundamento: Necessidade do PP exercer com agilidade suas atribuições, tendo em vista o interesse público,
legalidad autorizando a sua imediata execução ainda que eivados de vícios ou defeitos aparentes (enquanto não
e sustado ou anulado).
Daí o ônus da prova da existência do vício do ato adm ser de quem alega.

Os atos administrativos são dotados dos atributos da veracidade e da legitimidade, havendo presunção
absoluta de que foram editados de acordo com a lei e com a verdade dos fatos. CESPE 2016 DPERN
Os atos administrativos gozam do atributo da presunção de legitimidade, mas tal presunção NÃO É ABSOLUTA
( juris et jure), é relativa ( juris tantum). Desse modo, admite prova em contrário.
Possibilidade da Adm púb criar unilateralmente obrigações ou impor restrições.
Decorre do poder extroverso do Estado (prerrogativa do PP de extravasar a própria esfera jur e adentrar na
alheia, independentemente de anuência).
São imediatamente impostos aos particulares (presunção de legitimidade), mesmo questionados adm e jud
quanto à sua validade (salvo: impugnação ou recurso com ef suspensivo ou decisão judicial nesse sentido).
Essa característica nasce com a simples existência do ato, ainda que eivado de ilicitude, daí ter que ser
fielmente cumprido (salvo ordem manifestamente ilegal).

Facetas:
 Plano Normativo: presunção de legitimidade, significando que a interpretação e a aplicação da nj pela
Adm foram corretas;
 Plano Fático: presunção de veracidade, significando que os fatos alegados pela Adm existiram e foram
verdadeiros.

Presença do atributo: Somente nos atos que implicam obrigação para o administrado ou impostos sem
consentimento. Ex: Atos punitivos de um modo geral, incluído os praticados no exercício do poder de polícia.

Ausência: Atos adm cuja prática é solicitada pelo próprio administrado em seu próprio interesse (desde q tb
Imperati atendam o int púb), pois não criam obrigações para o administrado, nem imposição.
vidade Ex: Obtenção de uma certidão ou de uma autorização de uso do bem púb.

Tanto os atos administrativos constitutivos quanto os negociais e os enunciativos dispõem do atributo da


imperatividade. ERRADO. CESPE 2015
Imperatividade é impor o ato adm. independentemente da vontade, todos os atos tem, menos os negociais (a
pedido do administrado, como licenças e autorizações, enunciativos (apenas declaram, como certidões) e de
gestão (igualdade de condições, consenso de vontades) (Alexandre Magno)
O atributo da imperatividade não está presente em todos os atos administrativos. Vale dizer, a
imperatividade somente ocorre nos casos onde o Estado se vale do seu poder de império para impor alguma
obrigação ao particular, como na desapropriação ou na interdição de um estabelecimento comercial, por
exemplo. Assim, nos atos enunciativos e negociais, o Estado não se vale do seu "Poder Extroverso".
*Atos enunciativos: são aqueles que atestam ou certificam uma situação preexistente, sem, contudo, haver
manifestação de vontade estatal propriamente dita. São exemplos as certidões e os atestados.
*Atos negociais: são aqueles em que a vontade da Administração coincide com o interesse do administrado,
sendo-lhe atribuídos direitos e vantagens. Parte da doutrina chama os atos negociais de “atos de
consentimento”, pois são editados em situações nas quais o particular deve obter anuência prévia da
Administração para realizar determinada atividade de interesse dele, ou exercer determinado direito. São
exemplos os alvarás de construção, a licença para o exercício de uma profissão, a licença para dirigir, a
autorização para prestar serviço de táxi etc.
Os que podem ser materialmente implementados diretamente, inclusive pelo uso da força, sem necessidade
de obtenção de autorização judicial prévia.
Jamais afasta a apreciação judicial do ato, nem impede o particular destinatário do ato auto-executório de
provocar o ctrl jud prévio (liminar).

Presença: Qualidade própria dos atos inerentes ao exercício de atividades típicas da Adm, atuando na
Auto-
condição de PP.
executori
edade
Fundamento: Necessidade de defesa ágio dos interesses da sociedade, especialmente no exercício do poder
de polícia.

Possibilidades:
 Lei expressamente prevê (não significa que a lei afirme expressamente, mas sim apenas define que é
passível de ser adotada em determinada situação);
Ex: Retenção de caução em contratos, encampação, apreensão de mercadorias etc.
 Situações de emergência (pode adotar um ato ou situação não expressamente previsto em lei)
evitando lesão maior ao interesse público (segurança da coletividade e incolumidade pública).
Ex: Demolição de prédio em ruína, internamento de pessoa com doença contagiosa.

Multas:
 A cobrança de multa resistida pelo particular não é revestida de auto-executoriedade:
o Imposição: Independe de manifestação do Judiciário;
o Execução (cobrança forçada): Deve ser pelo PJ.
 Multa por inadimplemento irregular de CT administrativo: A Adm pode executar diretamente a
penalidade, sem necessidade de consentimento do contratado na garantia prestada ou nas quantias
devidas.

Imperatividade: Possibilidade da Adm criar obrigação unilateral para o particular.


Exigibilidade: Obrigação do administrado cumprir o ato;
Executoriedade: Possibilidade da própria Adm compelir a prática do ato (coação material, constrangimento
físico).
O ato imperativo é exigível mas não executório: Quando a Adm só pode utilizar meios indiretos para
constranger o administrado.
Ex: Adm intimar o particular a construir calçada. Essa determinação não é ato executório, pois a Adm não
pode coagir materialmente o particular à construí-la, só podendo usar meios indiretos, como a multa.

Em algumas hipóteses, quando não contemplado o atributo da autoexecutoriedade, a administração pública


é impedida de realizar a execução material de ato administrativo sem prévia autorização judicial, a exemplo
do que ocorre com o fechamento de restaurante pela vigilância sanitária. ERRADO. CESPE 2013

O erro é que o fechamento de restaurante independe de manifestação prévia do Poder Judiciário, ou seja, o
ato é dotado de autoexecutoriedade, sendo expressão do Poder de Polícia.
Conforme ensina a Prof.ª Maria Sylvia Di Pietro: No Direito Administrativo, a autoexecutoriedade não existe,
também, em todos os atos administrativos, ela só é possível:
1. quando expressamente prevista em lei. Em matária de contrato, por exemplo, a Administração Pública
dispõe de várias medidas autoexecutórias, como a retenção de caução, a utilização dos equipamentos e
instalações do contratado para dar continuidade à execução do contrato, a encampação etc.; também em
matéria de polícia administrativa, a lei prevê medidas autoexecutórias, como a apreensão de mercadorias, o
fechamento de casas noturnas, a cassação de licença para dirigir;
2. quando se trata de medida urgente que, caso não adotada de imediato, possa ocasionar prejuízo maior
para o interesse público; issoa acontece também, no âmbito ad polícia administrativa, podendo-se citar,
como exemplo, a demolição de prédio que ameaça ruir, o internamento de pessoa com doença contagiosa, a
dissolução de reunião que ponha em risco a segurança de pessoas e coisas.
O atributo da autoexecutoriedade não impede que o ato administrativo seja apreciado judicialmente e
julgado ilegal, com determinação da anulação de seus efeitos; porém, nesses casos, a administração somente
responderá caso fique comprovada a culpa. ERRADO. CESPE 2017
A responsabilidade do Estado, em regra, é objetiva, independe de culpa. A anulação, em regra, gera o dever
Autoexec de indenizar por parte da Administração Pública, salvo na hipótese em que o administrado contribuiu para a
e R+C prática da ilegalidade.
Imagine-se um agente da ANVISA praticando um ato de apreensão de mercadorias vencidas, mas o fazendo
mediante abuso de poder, na modalidade excesso de poder. Nesse caso, o ato está sujeito à apreciação
judicial e, embora seja autoexecutável, poderá ser anulado. No entanto, a responsabilidade da Administração
será objetiva, em razão do ato praticado por seu agente (art. 37, § 6.º, CF/88).
Corolário do pr legalidade.
Conseqüências:
Tipicidad  Garantia para o administrado, pois impede a Adm de praticar um ato unilateral e coercitivo, sem
e previsão legal;
 Afasta a possibilidade de ser praticado um ato totalmente discricionário. Pois a lei ao prever o ato, já
define os limites de exercício da discricionariedade.

CLASSIFICAÇÕES
CONTEÚDO
"Las Vegas Ama Dinheiro"
Res Licença - Vinculado
Autorização - Discricionário
Adm pratica sem margem alguma de liberdade de decisão.
A lei obrigatoriamente determinou o único comportamento possível. Não se interferem com apreciação
subjetiva.
Ex: Concessão de licença-paternidade da 8.112/90.
AQUELES QUE NÃO POSSUEM A LETRA ''R'' EM SEU NOME:
EX: LIÇENÇA / ADMISSÃO / HOMOLOGAÇÃO / VISTO ... CADÊ O ''R'' ????????
Não podem ser revogados:
Vinculados
Vinculados
Consumados
Complexos (apenas por 1 órgão)
POProcedimentos Administrativos
Declaratórios
Enunciativos
Exauriu a competência da autoridade que editou o ato
Direitos Adquiridos
Considere que a administração pública tenha constatado, após o devido processo administrativo, que a
conduta praticada por servidor público se amoldava à hipótese de cassação de aposentadoria. Nessa
situação, a penalidade a ser imposta não tem natureza vinculada, já que, à luz da legislação de regência e da
jurisprudência, a administração pública disporá de discricionariedade para aplicar a pena menos gravosa.
ERRADO. CESPE 2013 BACEN

Cassação tem caráter vinculado, é punitiva. Não é ato discricionário, é vinculado!! Jurisprudência STJ:
A Administração Pública, quando se depara com situações em que a conduta do investigado se amolda nas
hipóteses de demissão ou cassação de aposentadoria, não dispõe de discricionariedade para aplicar pena
menos gravosa por tratar-se de ato vinculado" (MS 15.517/DF, Rel. Ministro Benedito Gonçalves, Primeira
Seção, DJe 18.2.2011).

A princípio, a Lei nº 8.112/90 vincula uma única pena para cada infração, sem conceder à autoridade
Cassação de
julgadora discricionariedade para decidir de forma diferente. Ou seja, em regra, uma vez configurado o
aposentadori
a ilícito, a pena é vinculada. Assim já se manifestou a Advocacia-Geral da União, no Parecer - AGU nº GQ-183,
vinculante:
“7. Apurada a falta a que a Lei nº 8.112, de 1990, arts. 129, 130, 132, 134 e 135, comina a aplicação de
penalidade, esta medida passa a constituir dever indeclinável, em decorrência do caráter de norma
imperativa de que se revestem esses dispositivos. Impõe-se a apenação sem qualquer margem de
discricionariedade de que possa valer-se a autoridade administrativa para omitir-se nesse mister. (...)

8. Esse poder é obrigatoriamente desempenhado pela autoridade julgadora do processo disciplinar (...).”
“Parecer-Dasp. Desqualificação de penalidade. As infrações disciplinares são específicas, não comportando
desqualificação da respectiva penalidade”.
Os artigos. 129, 130, 132, 134 e 135 da Lei nº 8.112/90, estabelecem, respectivamente, que as penas de
advertência, suspensão, demissão, cassação de aposentadoria e destituição de cargo em comissão serão
aplicadas às hipóteses elencadas. Nesse aspecto, não é dado à autoridade o poder de perdoar, de compor
ou de transigir, aplicando algum tipo de pena alternativa.
Adm pode praticar com certa liberdade de escolha (conteúdo, modo, oportunidade e conveniências) quanto
à valoração dos motivos e à escolha do objeto (conteúdo), nos termos e limites da lei.
Ex: LTIP da L. 8112/90
Discricionário
s
Discricionariedade:
 Quando a lei confere faculdade (liberdade para atuar) à adm;
 Quando a lei usa conceitos jur indeterminados (situações em que o agente não pode afirmar com
certeza a ocorrência ou não da tipificação).
Juízo privativo de oportunidade e conveniência, tendo em conta o interesse púb. Quando o conceito não
estiver numa zona de certeza positiva, nem negativa.
Ex: boa-fé, demissão por conduta escandalosa (8.112/90), moralidade pública, etc.

Obs¹: A decisão discricionária, assim como qq atuação adm, deve atender o interesse público e os demais pr.
jur pertinentes.
Obs²: Discricionariedade implica existência de lei e atuação dentro dos seus limites. Arbitrariedade significa
ato contrário á lei ou não previsto.
AQUELES QUE POSSUEM A LETRA ''R'' EM SEU NOME:
EX: AUTORIZAÇÃO / APROVAÇÃO / PERMISSÃO

O Poder Judiciário não pode realizar o controle dos atos administrativos discricionários, sob pena de ofensa
ao princípio da separação dos poderes. ERRADO. CESPE 2013. TRF2 JUIZ

Outrossim, a antiga doutrina que vedava ao Judiciário analisar o mérito dos atos da Administração, que
gozava de tanto prestígio,não pode mais ser aceita como dogma ou axioma jurídico, eis que obstaria, por si
só, a apreciação da motivação daqueles atos,importando, ipso facto, na exclusão apriorística do controle
dos desvios e abusos de poder, o que seria incompatível com o atualestágio de desenvolvimento da Ciência
Jurídica e do seu propósito de estabelecer controles sobre os atos praticados pela AdministraçãoPública,
quer sejam vinculados (controle de legalidade), quer sejam discricionários (controle de legitimidade). (AgRg
no AgRg no REsp 1213843/PR)

Não possuem destinatários determinados.


Possuem generalidade e abstração. Detém normatividade (atos normativos).
Características:
 Diferenças da lei: Não diferem no aspecto material (proposições gerais e abstratas). Somente no
aspecto formal.
o Lei: Provém de órgãos legislativos. Podem inovar o dir.
o Ato administrativo: Emana de órgão ou entidade da Adm Púb. Subordinados às leis, tendo
função apenas de dar fiel execeução e uniformidade de cumprimento.
 Discricionários: Sempre. Quanto ao conteúdo que é limitado à lei (não é mera reprodução da lei, pois
senão seria inútil. Há sempre alguma margem de escolha para a Adm);
 Prevalecem sobre os individuais;
Gerais  Revogação: A qq tempo. Caso a sua aplicação num caso concreto gere algum dir adquirido, ele será
mantido, o que não impede sua revogação. Diversamente dos atos individuais, que por terem
destinatários certos, não podem ser revogados se gerarem dir adiquiridos.
Ex: Decretos regulamentadores, Instruções normativas, atos declaratórios normativos e algumas resoluções
editadas por agências reguladoras.
 Publicação: Condição para eficácia, pois se destinam a produzir efeitos externos.
Obs¹: Para alguns autores a publicação integra o ciclo de formação do ato, não podendo ser considerado
concluído (perfeito) enquanto não publicado.
 Impugnação: Não cabe impugnação direta por meio de recursos adm, nem atacado diretamente por
ação judicial. O autor pode apenas pedir a anulação de um ato individual, pedindo incidentalmente
o afastamento da aplicação do ato geral no caso concreto.
Obs¹: Pode ser impugnado por ADIn pelos legitimados.
Possuem destinatários determinados, produzindo efeitos concretos, constituindo ou declarando situações
jur subjetivas.
Ex: Nomeação de aprovados em concurso público, exoneração de servidor, autorização de uso de bem
público, decreto declaratório de utilidade púb para desapropriação.
Pode ser:
 Ato singular: um único destinatário;
Individuais  Ato plúrimo: diversos destinatários determinados.

Características:
 Publicação: Necessária somente aos que devam produzir efeitos externos ou onerem o patrimônio
público. Nos demais casos, basta somente providenciar a intimação ao destinatário. Ex: decisão de
recurso adm.
 Discricionários ou vinculados.
 Revogação: Somente se não tiver gerado dir adquirido ao destinatário.
 Impugnação: Cabe impugnação direta por meio de recursos adm, bem como ações judiciais como
MS, APop, ações ordinárias etc.

Internos
Externos

CLASS - EFEITOS
Segundo PROF.:GUSTAVO SCATOLINO (Procurador da Fazenda Nacional)
H) QUANTO AOS EFEITOS

ATO CONSTITUTIVO: é aquele por meio do qual a Administração cria, modifica ou extingue um direito ou
situação do administrado. São exemplos a revogação, a autorização, a dispensa, a aplicação de penalidade.

ATO DECLARATÓRIO: é aquele em que a Administração apenas reconhece um direito preexistente.


Ex: anulação, licença, homologação. OBS! Revogação e autorização são atos constitutivos. Anulação e
licença são atos declaratórios.

CLASS – ESPÉCIES (NONEP)


Atos aqueles que contêm um comando geral do Executivo, visando a correta aplicação da lei; estabelecem regras
Normativo gerais e abstratas, pois visam a explicitar a norma legal. Exs.: Decretos, Regulamentos, Regimentos,
s Resoluções, Deliberações, etc.
Atos visam disciplinar o funcionamento da Administração e a conduta funcional de seus agentes. Emanam do
Ordinatóri poder hierárquico da Administração. Exs.: Instruções, Circulares, Avisos, Portarias, Ordens de Serviço,
os Ofícios, Despachos.
aqueles que contêm uma declaração de vontade do Poder Público coincidente com a vontade do particular;
visa a concretizar negócios públicos ou atribuir certos direitos ou vantagens ao particular. Ex.: Licença;
Autorização; Permissão; Aprovação; Apreciação; Visto; Homologação; Dispensa; Renúncia;

São aqueles que contêm uma declaração de vontade da Administração visando concretizar negócios
jurídicos, conferindo certa faculdade ao particular nas condições impostas ou consentidas por ela.
Em outras palavras, embora estejamos diante de um interesse recíproco das partes envolvidas, o negócio
apresenta características peculiares, porque, repita-se, é elaborado de modo unilateral pela Administração.
Como exemplo: a permissão para o uso de um bem público em troca da possibilidade de exploração de
publicidade pelo particular responsável pela conservação da área.

Fonte: livro Direito Administrativo - Celso Spiptzcovsky


Negociais
Parte da doutrina chama os atos administrativos negociais de “atos de consentimento”, pois são editados
ou de
em situações nas quais o particular deve obter anuência prévia da Administração para realizar determinada
Consentim
atividade de interesse dele, ou exercer determinado direito. São exemplos os alvarás de construção, a
ento
licença para o exercício de uma profissão, a licença para dirigir, a autorização para prestar serviço de táxi
etc. Fonte: Erick Alves _ Estratégia Concursos

Os atos negociais são editados em situações nas quais oordenamento jurídico exige que oparticular obtenha
anuência prévia (atode consentimento) da administração para realizar determinada atividade deinteresse
dele, ou exercer determinado direito.
As espécies de atos negociais: Licença Autorização Permissão
Fonte: Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino

Atos administrativos negociais ou de consentimento

Os atos administrativos de consentimento são aqueles editados a pedido do particular, viabilizando o


exercício de determinada atividade e a utilização de bens públicos. Alguns autores denominam os atos de
consentimento estatal de atos receptícios ou atos negociais, uma vez que a vontade da Administração é
coincidente com a pretensão do particular. Inserem-se na categoria de atos de consentimento as licenças,
permissões, autorizações e admissões.

Geralmente, os atos administrativos de consentimento ou negociais são formalizados por alvará. Assim, por
exemplo, no tradicional alvará de licença para funcionamento de estabelecimento particular, o alvará é a
forma e a licença é o conteúdo do ato administrativo.

FONTE: OLIVEIRA, Rafael Carvalho Rezende, Curso de Direito Administrativo.

Os atos administrativos negociais são também considerados atos de consentimento, uma vez que são
editados a pedido do particular como forma de viabilizar o exercício de determinada atividade ou a
utilização de bens públicos. CESPE 2015. DPU

"(CESPE/UNB – PC/AL – ESCRIVÃO – 2012) A coercibilidade e a imperatividade não permeiam os atos


negociais. ( ) Certo ( ) Errado
Resposta: No ato negocial, a declaração de vontade da Administração coincide com a pretensão do
particular, concretiza com ele um negócio jurídico ou lhe atribui direitos; há interesses recíprocos que geram
direitos e obrigações para as partes, o que afasta a coercibilidade e a imperatividade administrativa, pois
não utiliza de sua supremacia sobre os destinatários. Gabarito: Certo."

Os atos enunciativos, como as certidões, por adquirirem os seus efeitos por lei, e não pela atuação
administrativa, não são passíveis de revogação, ainda que por razões de conveniência e oportunidade.
CESPE 2014. PGEBA

aqueles que se limitam a certificar ou atestar um fato, ou emitir opinião sobre determinado assunto; NÃO
SE VINCULA A SEU ENUNCIADO. Ex.: Certidões; Atestados; Pareceres.

Parecer é exemplo de ato administrativo enunciativo

Ato de enunciativo - Um ato que só vai mostrar a situacao de alguma coisa. NAO MODIFICA NEM CRIA NEM
Enunciativ
EXTINGUEM DIREITO
o
para lembrar desse ato, lembro de CAPA

C- ERTIDAO

A- TESTADO

P- ARECER

A- POSTILA
atos com que a Administração visa a punir e reprimir as infrações administrativas ou a conduta irregular dos
Atos
administrados ou de servidores. É a APLICAÇÃO do Poder de Policia e Poder Disciplinar. Ex.: Multa;
Punitivos
Interdição de atividades; Destruição de coisas; Afastamento de cargo ou função

CLASS - CRITÉRIO DE FORMAÇÃO


* Simples: São aqueles que resultam da manifestação de um único órgão, seja singular (simples singulares)
ou colegiado (simples colegiais ou coletivos). Exemplos: decisão do conselho de contribuintes, declaração de
comissão parlamentar de inquérito. Sobre os atos simples coletivos, preleciona José dos Santos Carvalho
Filho: “As vontades formadoras são interna corporis e se dissolvem no processo de formação, de modo que
Simples
apenas uma é a vontade que se projeta no mundo jurídico.
Ato simples: manifestação de um único órgão - apenas UM ATO. 1 órgão - 1 ato
são os que decorrem da declaração de vontade de um único órgão, seja ele singular ou colegiado. Exemplo:
a nomeação pelo Presidente da República; a deliberação de um Conselho.
Composto * Compostos: São aqueles praticados por um único órgão, mas que dependem da verificação, visto,
aprovação, anuência, homologação ou “de acordo” por parte de outro, como condição de exequibilidade. A
manifestação do segundo órgão é secundária ou complementar. Exemplos: auto de infração lavrado por
fiscal e aprovado pela chefia e ato de autorização sujeito a outro ato confirmatório, esse último segundo
José dos Santos Carvalho Filho. No ato composto, a existência, a validade e a eficácia dependem da
manifestação do primeiro órgão (ato principal), mas a execução fica pendente até a manifestação do outro
órgão (ato secundário).
é o que resulta da manifestação de dois ou mais órgãos, em que a vontade de um é instrumental em relação
a de outro, que edita o ato principal. Enquanto no ato complexo fundem-se vontades para praticar um ato
só, no ato composto, praticam-se dois atos, um principal e outro acessório; este último pode ser
pressuposto ou complementar daquele. Exemplo: a nomeação do Procurador Geral da República depende
da prévia aprovação pelo Senado (art. 128, § 1o, da Constituição); a nomeação é o ato principal, sendo a
aprovação prévia o ato acessório, pressuposto do principal. A dispensa de licitação, em determinadas
hipóteses, depende de homologação pela autoridade superior para produzir efeitos; a homologação é ato
acessório, complementar do principal. Os atos, em geral, que dependem de autorização, aprovação,
proposta, parecer, laudo técnico, homologação, visto etc., são atos compostos
Ato composto: manifestação de vontade de um órgão, mas necessita de aprovação de outro órgão, para
garantir a eficácea do ato. 1 órgão - 2 atos

* Complexos: São formados pela conjugação de vontades de mais de um órgão ou agente. A manifestação
do último órgão ou agente é elemento de existência do ato complexo. Somente após ela, o ato torna--se
perfeito, ingressando no mundo jurídico. Com a integração da vontade do último órgão ou agente, é que o
ato passa a ser atacável pela via judicial ou administrativa.
são os que resultam da manifestação de dois ou mais órgãos, sejam eles singulares ou colegiados, cuja
vontade se funde para formar um ato único. As vontades são homogêneas; resultam de vários órgãos de
uma mesma entidade ou de entidades públicas distintas, que se unem em uma só vontade para formar o
ato; há identidade de conteúdo e de fins. Exemplo: o decreto que é assinado pelo Chefe do Executivo e
referendado pelo Ministro de Estado; o importante é que há duas ou mais vontades para a formação de um
ato único.
O ato complexo é necessário que haja manifestação de vontade de dois ou mais órgãos para que o ato seja
praticado. Importante notar que há apenas um ato, e não vários atos simples praticados em sequencia por
diferentes órgãos. Os autores citados acima dão como exemplo de ato complexo a concessão de
determinados regimes especiais de tributação que dependem de parece favorável de diferentes ministérios,
como o Ministério da Indústria e Comércio e o Ministério da Fazenda, no caso da isenção relativa a algumas
Complexo
aquisições de bens de informática.
Conforme Alexandre Mazza (Manual de Direito Administrativo), "atos complexos são formados pela
conjugação de vontades de mais de um órgão. A manifestação do segundo órgão é elemento de existência
do ato complexo. Somente após, o ato torna-se perfeito. Com a integração da vontade do segundo órgão, é
que passa a ser atacável pela via judicial ou administrativa." O autor cita o exemplo de José dos Santos
Carvalho Filho, referente à investidura de Ministro do Supremo Tribunal Federal.
deve ser formado pela junção de manifestações de vontade de órgãos diferentes, sendo, portanto, derivado
da conjugação de vontades de órgãos diversos.
PROCESSO DECOREBA:
Ato complexo: manifestação de vontades de órgão diferentes - conjugados .
>2 órgãos - 1 ato.
Exs:
Aposentadoria
A nomeação dos ministros de tribunais superiores
ato Complexo = tem haver c sexo .. vc precisa de dois orgaos p um unico fim... rsrs
Trata-se de ato administrativo complexo, que somente se aperfeiçoa com o exame de sua legalidade e
consequente registro no tribunal de contas competente. ERRADP. CESPE 2017. DPEAC

Atos complexos resultam da manifestação de um único órgão colegiado, em que a vontade de seus
membros é heterogênea. Nesse caso, não há identidade de conteúdo nem de fins. ERRADO. CESPE 2016
Quest
Atos compostos resultam da manifestação de dois ou mais órgãos, quando a vontade de um é instrumental
em relação à do outro. Nesse caso, praticam-se dois atos: um principal e outro acessório. CESPE 2016

São classificados como compostos os atos administrativos elaborados pela manifestação autônoma de
agentes ou órgãos diversos que concorrem para a formação de um único ato. ERRADO. CESPE 2015

Enquanto no ato complexo as manifestações de dois ou mais órgãos se fundem para formar um único ato,
no ato composto se pratica um ato administrativo principal que depende de outro ato para a produção
plena dos seus efeitos. CESPE 2017

Q854533 / CESPE: Enquanto no ato complexo as manifestações de dois ou mais órgãos se fundem para
formar um único ato, no ato composto se pratica um ato administrativo principal que depende de outro ato
para a produção plena dos seus efeitos. GABARITO: CORRETO

CESPE/TRE-BA/2010 Ato administrativo complexo é aquele que resulta do somatório de manifestações de


vontade de mais de um órgão, por exemplo, a aposentadoria. (C)

CESPE/MPE-RR/2008 Ato administrativo composto é o que resulta da manifestação de dois ou mais órgãos,
em que a vontade de um é instrumental em relação à de outro, que edita o ato principal. (C)
De acordo com Alexandre Mazza: Quando o ato administrativo depende, para sua formação, da conjugação
de vontades de mais de um órgão da Administração (ato complexo), a revogação será possível somente com
a concordância de todos os órgãos envolvidos na prática do ato.

Portaria interministerial produzida, em conjunto, por dois Ministérios não pode ser revogada por portaria
posterior editada por apenas uma das Pastas.

A portaria interministerial editada pelos Ministérios da Educação e do Planejamento demanda a


manifestação das duas Pastas para a sua revogação. Ex: o art. 7º do Decreto 6.253/2007 determinou que os
Ministérios da Educação e da Fazenda deveriam editar um ato conjunto definindo os valores, por aluno,
para fins de aplicação dos recursos do FUNDEB. Atendendo a este comando, em março de 2009, os
Ministros da Educação e da Fazenda editaram a Portaria interministerial 221/2009 estipulando tais valores.
Ocorre que alguns meses depois, o Ministro da Educação editou, sozinho, ou seja, sem o Ministro da
Fazenda, a Portaria 788/2009 revogando a Portaria interministerial 221/2009 e definindo novos valores por
aluno para recebimento dos recursos do FUNDEB.

O STJ concluiu que esta segunda portaria não teve o condão de revogar a primeira. A regulamentação do
valor por aluno do FUNDEB exige um ato administrativo complexo que, para a sua formação, impõe a
manifestação de dois ou mais órgãos para dar existência ao ato (no caso, portaria interministerial).

Revogação Por simetria, somente seria possível a revogação do ato administrativo anterior por autoridade/órgão
de Ato competente para produzi-lo. Em suma, o primeiro ato somente poderia ser revogado por outra portaria
Comlexo interministerial das duas Pastas. STJ. 1ª Seção. MS 14.731/DF, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, julgado
em 14/12/2016 (Info 597). DIZER O DIREITO.

O fundamento da resposta está na seguinte decisão do STJ:


A portaria interministerial editada pelos Ministérios da Educação e do Planejamento demanda a
manifestação das duas Pastas para a sua revogação.
STJ. 1ª Seção. MS 14.731/DF, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, julgado em 14/12/2016 (Info 597).

Ato complexo
O art. 7º do Decreto nº 6.253/2007 determinou que o ato que regulamentasse o valor do FUNDEB por aluno
deveria ser conjunto, ou seja, de autoria tanto do Ministério da Educação como da Fazenda. Por essa razão,
foi editada a Portaria Interministerial 221/2009.

Dessa forma, pode-se dizer que a regulamentação do valor por aluno do FUNDEB exige um ato
administrativo complexo que, para a sua formação, exige a manifestação de dois ou mais órgãos para dar
existência ao ato.

Se a regulamentação ocorrer com a manifestação de apenas um dos órgãos (apenas o MEC), este ato é
inválido por deficiência de formação ou, em outras palavras, por não se caracterizar como um ato
completo/terminado.
Simetria
Por simetria, apenas se admite a revogação do ato administrativo por autoridade/órgão competente para
produzi-lo.

A Portaria interministerial 221/2009 foi editada, em conjunto, pelos Ministérios da Educação e da Fazenda.
Logo, por regra de simetria, a revogação deste ato somente poderia ser feita por meio de nova portaria
interministerial produzida por ambas as Pastas. Ausente uma delas, não se considera completa a
desconstituição.

O MEC, sozinho, não tem legitimidade para revogar o ato administrativo complexo que foi produzido por ele
em conjunto com o Ministério da Fazenda.

Portanto: O Decreto exige a edição conjunta da Portaria. Por lógica reversa, a revogação também depende
da vontade manifestada pelas duas Pastas.
Referência: CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Portaria interministerial produzida, em conjunto, por dois
Ministérios não pode ser revogada por portaria posterior editada por apenas uma das Pastas. Buscador
Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: . Acesso em: 30/07/2017

À questão se aplica o raciocínio do seguinte julgado noticiado no informativo 597, do STJ:

>>> Portaria interministerial produzida, em conjunto, por dois Ministérios não pode ser revogada por
portaria posterior editada por apenas uma das Pastas <<<

A portaria interministerial editada pelos Ministérios da Educação e do Planejamento demanda a


manifestação das duas Pastas para a sua revogação. Ex: o art. 7º do Decreto 6.253/2007 determinou que os
Ministérios da Educação e da Fazenda deveriam editar um ato conjunto definindo os valores, por aluno,
para fins de aplicação dos recursos do FUNDEB. Atendendo a este comando, em março de 2009, os
Ministros da Educação e da Fazenda editaram a Portaria interministerial 221/2009 estipulando tais valores.
Ocorre que alguns meses depois, o Ministro da Educação editou, sozinho, ou seja, sem o Ministro da
Fazenda, a Portaria 788/2009 revogando a Portaria interministerial 221/2009 e definindo novos valores por
aluno para recebimento dos recursos do FUNDEB. O STJ concluiu que esta segunda portaria não teve o
condão de revogar a primeira. A regulamentação do valor por aluno do FUNDEB exige um ato administrativo
complexo que, para a sua formação, impõe a manifestação de dois ou mais órgãos para dar existência ao
ato (no caso, portaria interministerial). Por simetria, somente seria possível a revogação do ato
administrativo anterior por autoridade/órgão competente para produzi-lo. Em suma, o primeiro ato
somente poderia ser revogado por outra portaria interministerial das duas Pastas. STJ. 1ª Seção. MS
14.731/DF, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, julgado em 14/12/2016 (Info 597).
Fonte: https://dizerodireitodotnet.files.wordpress.com/2017/04/info-597-stj1.pdf
Ano: 2017 Banca: CESPE Órgão: MPE-RR Prova: CESPE - 2017 - MPE-RR - Promotor de Justiça Substituto
Decreto de um governador estadual estabeleceu que determinado tema fosse regulamentado mediante
portaria conjunta das secretarias estaduais A e B. Um ano depois de editada a portaria conjunta, nova
portaria, editada apenas pela secretaria A, revogou a portaria inicial.
Nessa situação, considerando-se o entendimento do STJ,
I a segunda portaria não poderia gerar efeitos revocatórios.
II a revogação de ato complexo, ou seja, ato formado pela manifestação de dois ou mais órgãos, demanda a
Quest edição de ato igualmente complexo; vale dizer, formado pela manifestação dos mesmos órgãos subscritores
do ato a ser revogado.
A respeito das asserções I e II, assinale a opção correta.
A A asserção I é falsa, e a II é verdadeira.
B As asserções I e II são falsas.
C As asserções I e II são verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.
D As asserções I e II são verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I.
GABARITO: C

De império
De gestão
De
expedient
e
Ato-regra
Ato-
condição
Ato
Subjetivo
Constitutiv
o
Extintivo
Modificati
vo
Declaratóri
o
Válido
Nulo
Anulável
Inexistente
Perfeito
Eficaz
Pendente
Consumad
o
Ato eficaz
x
Ato
exequível
Os atos de mero expediente caracterizam-se por apresentarem efeitos estritamente internos, não atingindo
a esfera jurídica de terceiros. Sequer ostentam conteúdo decisório, de modo que, realmente, da prática de
tais atos não há que se cogitar da interposição de recursos administrativos.

Atos de expediente são atos internos da Administração Pública que se destinam a dar andamentos aos
processos e papéis que se realizam no interior das repartições públicas. Caracterizam-se pela ausência de
De mero conteúdo decisório, pelo trâmite rotineiro de atividades realizadas nas entidades e órgãos públicos. Temos
expedient como exemplo a expedição de um ofício para um administrado, a entrega de uma certidão, o
e encaminhamento de documentos para a autoridade que pode tomar a decisão sobre o mérito, etc. fonte:
Estratégia concursos

Não são passíveis de questionamento por via recursal os atos administrativos de mero expediente. ERRADO.
CESPE 2014 PGEBA

ESPÉCIES
Negociais ATOS NEGOCIAIS = Deferir ao particular nas condições impostas ou consentidas pelo Poder Público. Ex:
licença, autorização e permissão.
PRINCIPAIS ATOS NEGOCIAIS:
Licença – Ato administrativo unilateral, vinculado, declaratório, que permite, caso preenchidos todos os
requisitos legais, o desempenho de atividades que dependam de manifestação do poder público para a sua
realização, como por exemplo, a licença para construir;
Autorização – Ato administrativo unilateral, discricionário, constitutivo e precário expedido para a realização
de um serviço público ou mesmo na utilização de bem público no interesse predominantemente pelo
particular, como por exemplo o porte de arma;
Concessão – Ato bilateral, precedido de licitação, pelo qual o Estado transfere ao particular a prestação de
serviços públicos mediante uma remuneração paga diretamente pelo usuário;
Permissão – Ato unilateral, discricionário e precário em que se faculta ao particular o exercício de serviço de
interesse coletivo ou a utilização de bem público.
Licença Licença para o exercício de determinada profissão é exemplo de ato administrativo vinculado. CESPE 2018
A licença é um meio de atuação do poder de polícia da administração pública e não pode ser negada se o
requerente satisfizer os requisitos legais para a sua obtenção. CESPE 2013

Licença é um ato vinculado e definitivo, editado com fundamento no poder de polícia administrativa, nas
situações em que o ordenamento jurídico exige a obtenção de anuência prévia da administração pública
como condição para o exercício, pelo particular, de um direito subjetivo de que ele seja titular.
Por ser a licença um ato vinculado, uma vez atendidas as exigências legais e regulamentares pelo interessado,
deve a administração concedê-la, ou seja, existe direito subjetivo do particular à sua obtenção.
Fonte: Direito administrativo descomplicado, Marcelo Alexandrinho e Vicente Paulo, 20 edição, pag.486.
Licença x Licença Autorização
Autorizaç  É ato administrativo vinculado.  É ato administrativo discricionário.
ão  Válido se praticado por absolutamente  Inválido se praticado por absolutamente incapaz, uma
incapaz, uma vez que independe de vez que depende de valoração.
valoração.  Admite revogação.
 Não admite revogação.  Gera expectativa de direito.
 Gera direito adquirido.  Não há indenização
 Há indenização  É constitutivo
 É declaratório
Autorização: ato administrativo unilateral, discricionário e precário pelo qual a Administração faculta ao
particular o uso de bem público (autorização de uso), ou a prestação de serviço público (autorização de
serviço público), ou o desempenho de atividade material, ou a prática de ato que, sem esse consentimento,
seriam legalmente proibidos (autorização como ato de polícia).

Licença: é o ato administrativo unilateral e vinculado pelo qual a Administração faculta àquele que preencha
os requisitos legais o exercício de uma atividade.

> A diferença entre licença e autorização é nítida, porque o segundo desses institutos envolve interesse,
“caracterizando-se como ato discricionário, ao passo que a licença envolve direitos, caracterizando-se como
ato vinculado”. Na autorização, o Poder Público aprecia, discricionariamente, a pretensão do particular em
face do interesse público, para outorga ou não a autorização, como ocorre no caso de consentimento para
porte de arma; na licença, cabe à autoridade tão somente verificar, em cada caso concreto, se foram
preenchidos os requisitos legais exigidos para determinada outorga administrativa e, em caso afirmativo,
expedir o ato, sem possibilidade de recusa; é o que se verifica na licença para construir e para dirigir veículos
automotores. A autorização é ato constitutivo e a licença é ato declaratório de direito preexistente.

Como dito, no caso da carteira de habilitação, se a pessoa fez todos os cursos e foi aprovada em todos os
testes, a administração pública é obrigada a conceder a este, sua CNH, vinculada a tal decisão > ato
preexistente.

Já na Autorização, o particular requer algo, exemplo, autorização para vender suco na praia, a adm. não é
obrigada a conceder tal autorização, vai observar se é possivel ou não esta atividade.
Autorizaç Uma breve síntese sobre a autorização:
ão - Ato administrativo o qual a Administração confere ao particular a execução de um serviço para fim próprio
ou mesmo administrativo;
- Podem representar um espécie de imposição, requisito para que possa ser praticado algum ato (Poder de
Polícia/ Coercibilidade) ou a simples delegação de atividade pública de alguns serviços públicos;
(Descentralização por delegação).
- Diferente das licenças, autorizações não tem condão de vinculado de um direito subjetivo do particular
sendo esse ato concedido por mera oportunidade e conveniência;
- No caso de um contrato de autorização, não haverá sua manutenção de modo que poderá ser revogado a
qualquer tempo por condições discricionárias da Administração (Ato Administrativo Precário).
A alternativa da questão em nada se confunde com aquilo que foi explicitado acima, visto que se aquela se
trata de um homologação.

Autorização é o ato pelo qual a administração concorda com um ato jurídico já praticado por particular em
interesse próprio. Errado. Cespe 2016
É ato discricionário e precário por meio de que a Administração Pública autoriza o uso de bem público por um
particular de forma anormal ou privativa, no interesse eminentemente do, beneficiário, e também é ato
discricionário e precário através do qual o Poder Público concede ao particular o exercício de determinadas
atividades materiais que dependem de fiscalização (exercício do poder de polícia), como por exemplo, a
autorização de porte de arma ou para funcionamento de uma escola privada.” (Matheus Carvalho. Manual de
Direito Administrativo, 2015. pp. 279-280)

A autorização de uso de bem público por particular caracteriza-se como ato administrativo unilateral,
discricionário e precário, para o atendimento de interesse predominantemente do próprio particular. CESPE
2013 DPEDF
Autorizaç Autorização
ão Caract A autorização possui as mesmas características da permissão, constituindo ato administrativo discricionário
que permite o exercício de determinada atividade pelo particular ou o uso privativo de bem público (ex.:
autorização para fechamento de rua; autorização para porte de arma).
Assim como ocorre com a permissão, a autorização possui as seguintes características:
a) ato de consentimento estatal;
b) ato discricionário; e
c) ato constitutivo.
Parcela da doutrina procura distinguir a autorização e a permissão de uso de bem público a partir do interesse
a ser atendido pelo ato. Na permissão, o interesse público e o interesse privado do permissionário são
satisfeitos com igual intensidade (ex.: permissão para instalação de banheiros químicos nas vias públicas). Na
autorização, por sua, vez, o interesse do autorizatário é atendido de forma preponderante e o interesse
público apenas remotamente (ex.: autorização para fechamento de rua para realização de festa junina).
Entendemos, contudo, que a mencionada distinção não acarreta qualquer efeito prático ou jurídico, uma vez
que, independentemente da nomenclatura utilizada, o ato será discricionário e precário
FONTE: OLIVEIRA, Rafael Carvalho Rezende, Curso de Direito Administrativo.
Autorizaç ATENÇÃO PARA A DIFERENÇA ENTRE AUTORIZAÇÃO Vs. PERMISSÃO
ão x Autorização: unilateral / discricionário / precário e constitutivo expedido para realização de serviços ou a
Permissã utilização de bens públicos no interesse predominantemente do PARTICULAR. ex: porte de arma / mesas de
o bar em calçadas / explorarção de jazaida mineral
Permissão: unilateral / discricionário / precário que faculta o exercício de serviço de interesse coletivo ou a
utilização de bem público. Difere da autorização porque a permissão é outorga no interesse
predominantemente da COLETIVIDADE. ex: permissão para taxista e instalação de banca de jornal.
Autorizaç AUTORIZAÇÃO - ATO DISCRICIONÁRIO, PRECÁRIO E CONSTITUTIVO
ão x - AUTORIZAÇÃO CONCEDIDA POR PRAZO INDETERMINADO (regra) --> CASO SEJA REVOGADA NÃO HAVERÁ
prazo INDENIZAÇÃO.
- AUTORIZAÇÃO CONCEDIDA POR PRAZO DETERMINADO (exceção) --> CASO SEJA REVOGADA ANTES DO
PRAZO HAVERÁ INDENIZAÇÃO.

Ano: 2013 Banca: CESPE Órgão: TJ-RN Prova: CESPE - 2013 - TJ-RN - Juiz
O município de Natal concedeu, por prazo indeterminado, autorização para que Fausto utilizasse parte de
praça pública municipal para explorar comércio de jornais e revistas. Sobrevindo interesse em dar outra
destinação ao local, o município revogou a autorização, consignando prazo de trinta dias para a desocupação.
Fausto, então, ajuizou ação pleiteando a nulidade da revogação da autorização, visando manter-se no local,
com pedido alternativo de indenização por perdas e danos, em razão do fechamento de seu negócio.
Nessa situação hipotética, considerando-se a jurisprudência do STJ, a ação deverá ser julgada
A procedente, pois a administração municipal deveria ter pronunciado a caducidade da autorização, e não tê-
la revogado.
B procedente, pois a autorização gera direito subjetivo à exploração do bem por prazo indeterminado
C procedente em parte, pois a administração pública pode legitimamente revogar a autorização, mas está
obrigada a indenizar o particular lesado.
D improcedente, pois a autorização é ato precário revogável a qualquer tempo, sem qualquer ônus para a
administração.
E procedente, pois a administração municipal deveria ter anulado a autorização, e não tê-la revogado.
GABARITO: D
Alvará Alvará divide-se em Licença e Autorização.
Licença: vinculado
Autorização: discricionário.

"Vale citar, aqui, Maria Sylvia Zanella Di Pietro [05], para a qual "Alvará é o instrumento pelo qual a
Administrativa Pública confere licença ou autorização para a prática de ato ou exercício de atividade sujeitos
ao poder de polícia do Estado. Mais resumidamente, o alvará é o instrumento de licença ou da autorização.
Ele é a forma, o revestimento exterior do ato; a licença e a autorização são o conteúdo do ato"." ( extraído de
https://jus.com.br/artigos/12795/o-ato-da-licenca-administrativa)
Licença e autorização são atos administrativos de consentimento (negociais ou receptícios). Os atos
administrativos de consentimento são aqueles editados a pedido do particular, viabilizando o exercício de
determinada atividade e a utilização de bens públicos. Geralmente, os atos administrativos de consentimento
ou negociais são formalizados por alvará.
Autorizac ato administrativo unilateral, discricionário e precário, pela qual a Administração faculta ao particular o uso
ao privativo de bem público, ou o desempenho de atividade material, ou a prática de ato que, sem esse
administr consentimento, seria legalmente proibido.
ativa
Homolog "Homologação é o ato unilateral e vinculado pelo qual a Administração Pública reconhece a legalidade de um
ação ato juri ́dico. Ela se realiza sempre a posteriori e examina apenas o aspecto de legalidade, no que se distingue
da aprovação". (Di Pietro, Direito Administrativo, 2017, p. 243)
Apesar haver uma pequena divergência na doutrina, grande maioria defende que a homologação é ato
VINCULADO (pesquisei um pouco e encontrei apenas o finado Hely Lopes Meireles defendendo que também
pode haver juízo de conveniência).
No entanto, e isso é inquestionável, há um erro claro no item ao afirmar que a autoridade homologante pode
alterar o ato homologado.
Pode ocorrer homologação em atos vinculados ou discricionários. Detalhe é que a homologação consiste em
ato unilateral e vinculado, pelo qual a Administração Pública reconhece a legalidade de um ato jurídico. Ela se
realiza sempre a posteriori e examina apenas o aspecto da legalidade, no que se distingue da aprovação, que
é ato discricionário e examina aspectos de conveniência e oportunidade. Exemplo: homologação de licitação.

A homologação é um ato administrativo unilateral vinculado ao exame de legalidade e conveniência pela


autoridade homologante, sendo o ato a ser homologado passível de alteração, em virtude do princípio da
hierarquia presente no exercício da atividade administrativa. ERRADO CESPE 2017. TRF5 JUIZ

A homologação é ato administrativo que envolve apenas competências discricionárias relacionadas à


conveniência de ato anteriormente praticado. ERRADO. CESPE 2015
Quest Licença e autorização são atos administrativos que representam o consentimento da administração ao
permitir determinada atividade; o alvará é o instrumento que formaliza esses atos. CESPE 2017
Enunciati Atos enunciativos possuem conteúdo meramente declaratório - como certidões e atestados- e, assim sendo,
vos não possuem juízo de valor ao passo que atos normativos são responsáveis por regulamentar a estrutura
interna com o uso de decretos espedidos pelo Chefe do Executivo, com caráter abstrato e geral, não
podendo, todavia, inovar o ordenamento jurídico.

O objeto dos atos administrativos normativos é equivalente ao dos atos administrativos enunciativos.
ERRADO. CESPE 2016
Permissã A permissão de uso de bem público, tradicionalmente considerada ato administrativo precário, possui
o atualmente natureza jurídica de contrato administrativo bilateral resultante de atividade vinculada do
administrador. ERRADO. CESPE 2015

É bem verdade que a permissão de uso de bem público é considerada ato administrativo precário. Entretanto,
não se exige contrato administrativo para sua delegação ao particular, basta um simples ato administrativo. E
mais, trata-se de ato discricionário da administração, ou seja, sua concessão ao administrado será auferida no
caso concreto através de critérios de conveniência e oportunidade.
Situação diversa ocorre no caso de permissão de serviço público, onde a lei exige a celebração de contrato
administrativo, precedido de licitação e sua rescisão só ocorrerá nos casos especificados em lei.
A permissão de uso de bem público, tradicionalmente considerada ato administrativo precário, possui
atualmente natureza jurídica de contrato administrativo bilateral resultante de atividade vinculada do
administrador. O enunciado se refere a permissão de serviço público (ademais, apesar de ser contrato ainda
conserva o atributo da precariedade pois está previsto na lei, por isso doutrina diz precariedade mitigada), a
permissão de uso de bem público continua sendo ato administrativo precário.
EFEITOS
Passado O que é Retrospectivo:
Que se volta para o passado.

O que é Prospectivo:
Que faz ver adiante ou ao longe. Concernente ao futuro

Retrospectivo = ex tunc
Prospectivos = ex nunc
Anulação = retrospectivo, ex tunc
Revogação = respeita os direitos adquiridos, ex nunc
EX PRODUZEM EFEITOS "EX TUNC":
- ANULAÇÃO
- CONVALIDAÇÃO.
TUNC tem o (T) de testa. Com um tapa na TESTA você vai para trás.

PRODUZEM EFEITOS "EX NUNC":


- REVOGAÇÃO.
- CADUCIDADE.
- CASSAÇÃO.

NUNC tem o (N) de NUCA. Com um tapa na NUCA você vai para frente.
Anulação - ATOS ILEGAIS
Revogação -ATOS NÃO MAIS CONVENIENTES E OPORTUNOS.
Início O ato administrativo será válido quando completar todas as suas fases de elaboração e existência, estando
produção pronto a produzir efeitos. ERRADO. CESPE 2019
efeitos O ato está apto a produzir efeitos a partir de sua publicação; ou do advento do termo, se for o caso; ou do
implemento da condição, se também for o caso. A formação do ato administrativo depende de três fatores: 1-
Existência ou perfeição do ato: verifica-se, primeiro, se todas as etapas necessárias a formação do ato foram
cumpridas. 2- Validade: verifica-se se todo o ato está em conformidade com a lei. 3- Eficácia: É a aptidão do
ato para produzir efeitos. Depende de publicação, termo ou condição.

Devido a isso, é possível haver ato perfeito, inválido e eficaz, ou seja, produzindo efeitos, devido à presunção
de legitimidade dos atos administrativos, até que se verifique, posteriormente, a legalidade do ato.
ATO VÁLIDO (NÃO POSSUI VÍCIOS) NÃO SE CONFUNDE COM ATO COMPLETO (REALIZA TODAS AS FASES).
Prodrômi O erro da alínea "a" está em afirmar que os efeitos do ato atípico que atingem terceiros não objetivados pelo
co ato administrativo são efeitos prodrômicos. Na verdade é o efeito atípico reflexo do ato que atinge terceiros
estranhos a sua prática. Vejamos:

" Fernanda Marinela ensina que alguns atos administrativos além do efeito típico podem produzir efeitos
secundários, também chamados atípicos. Efeito típico é aquele esperado, específico a certa categoria de ato.
Já os efeitos atípicos podem ser reflexos ou prodrômicos.

O efeito atípico reflexo do ato atinge terceiros estranhos a sua prática. O efeito atípico prodrômico do ato,
por sua vez, ocorre nos atos complexos ou compostos, e surge antes do ato concluir seu ciclo de formação,
consubstanciando-se em situação de pendência de alguma outra formalidade.

Marinela explica que o efeito prodrômico do ato se dá, por exemplo, quando a primeira autoridade se
manifesta e surge a obrigação de um segundo também fazê-lo, constatado neste meio tempo; o efeito
prodrômico independe da vontade do administrador e não pode ser suprimido."

Fonte: http://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/2603364/o-que-se-entende-por-efeito-prodromico-do-ato-
administrativo-aurea-maria-ferraz-de-sousa

Espero ter ajudado! Bons estudos a todos!

APROFUNDAMENTO
Aposentad APOSENTADORIA SERVIDOR
oria ATO COMPLEXO
Efetivação: aprovação TCU
NÃO garante contraditório/ampla-defesa. EXCETO: Prazo 5 anos

Antes de 5 anos -- não será necessário garantir ampa defesa e contraditório;


Depois de 5 anos -- obrigatória a garantia de ampla defesa e contraditório.

SÚMULA VINCULANTE n.º 3: "Nos processos perante o TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO asseguram-se o
contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato
administrativo que beneficie o interessado, EXCETUADA a apreciação da legalidade do ato de concessão
inicial de aposentadoria, reforma e pensão".
Súmula vinculante 3. Nos processos perante o Tribunal de Contas da União asseguram-se o contraditório e a
ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie
o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e
pensão.
Existe uma exceção à SV 3: se o Tribunal de Contas demorar muito tempo para analisar a concessão inicial
da aposentadoria (mais que 5 anos), ele terá que permitir contraditório e ampla defesa ao interessado.
Resumindo. Quando o TC aprecia a legalidade do ato de concessão inicial da aposentadoria, ele precisa
garantir contraditório e ampla defesa ao interessado?
REGRA: Não.
EXEÇÃO: será necessário garantir contraditório e ampla defesa se tiverem se passado mais de 5 anos desde
a concessão inicial e o TC ainda não examinou a legalidade do ato.
Fonte: Súmulas do STF e STJ anotadas e organizadas por assunto - Márcio André Lopes Cavalcante, 2018, pg.
31.

O prazo de 5 anos se conta da entrada do pedido no TCU, não da concessão do benefício:


"Inexiste afronta ao princípio do contraditório e da segurança jurídica quando a análise do ato de concessão
de aposentadoria, pensão ou reforma for realizada pelo TCU dentro do prazo de cinco anos, contados da
entrada do processo administrativo na Corte de Contas". (MS 31704, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, DJe-
098 13-05-2016)
Há um julgado do Toffoli que toma como termo a quo a concessão do benefício, mas aí o prazo seria de 10
anos:
"Há prescindibilidade do contraditório e da ampla defesa nos processos de análise de legalidade do ato de
concessão de aposentadoria, reforma e pensão, ressalvados os casos em que ultrapassado o prazo de 5
(cinco) anos de ingresso do processo no TCU ou 10 (dez) anos da concessão do benefício". (Rcl 15405,
Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI, DJe-064 06-04-2015)

Como, no caso, não ultrapassados 10 anos, da concessão, aplica-se a Súmula Vinculante 3 em sua
integralidade:
"Nos processos perante o Tribunal de Contas da União asseguram-se o contraditório e a ampla defesa
quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o interessado,
excetuada a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão".

Correta, portanto, a alternativa "A":


"O ato de aposentadoria de agentes públicos é complexo e somente se aperfeiçoa após o seu registro junto
ao TCU". (MS 34695 AgR, Relator(a): Min. LUIZ FUX, DJe-288 13-12-2017*)

*Repare-se que o julgado citado pela Renata para justificar o gabarito é de 2011, entendimento claramente
superado pela jurisprudência mais atual e pacífica do Supremo. O livro do Márcio Cavalcante, citado pelo
Luiz Tesser, também está desatualizado nesse tópico.

De fato, os atos de aposentadoria são considerados atos administrativos complexos, que somente se
aperfeiçoam após o registro no Tribunal de Contas. Conforme a Súmula Vinculante nº 3 do STF, a negativa
da aposentadoria pela corte de contas nãoprecisa mesmo observar o contraditório e a ampla defesa, uma
vez que, no momento da decisão do Tribunal, ainda não existe um ato formado . Eis o teor da Súmula:

Nos processos perante o Tribunal de Contas da União asseguram-se o contraditório e a ampla defesa
quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o interessado,
excetuada a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão.

É majoritário, na doutrina e na jurisprudência, o entendimento de que a aposentadoria de servidor público


se configura como ATO COMPLEXO, haja vista depender de atuação do órgão a que o agente é subordinado
e da APROVAÇÃO do TRIBUNAÇÃO DE CONTAS (que é uma vontade independente da primeira, por se tratar
de ´rgãos diversos, sem subordinação hierárquica). Inclusive, em virtude desse entendimento, a NÃO
APROVAÇÃO do Tribunaç de Contas do ato de aposentadoria não é considerada novo ato, mas sim
impedimento da perfeição do ato de aposentadoria, NÃO DEPENDENDO SEQUER DE GARANTIA DE
CONTRADITÓRIO.

Agora a parte mais importante, que não devemos esquecer:


A inércia do Tribunal de Contas, por mais de 5 anos enseja a aprovação TÁCITA da aposentadoria, razão pela
qual, a anulação deste ato posterior depende de processo com prévio contraditório.
Informação retiradas do livro: Manual de Direito Administrativo, autor: Matheus Carvalho.

O exame de legalidade da concessão de aposentadoria não se submete ao prazo decadencial de cinco anos.
Esse entendimento pode ser extraído do comentário da alternativa "a" em que é possível notar que o prazo
de cinco anos para o exame de legalidade da concessão de aposentadoria está relacionado ao fato de
garantir ou não o contraditório e ampla defesa ao interessado, mas não está relacionado ao prazo
decadencial de anular o ato administrativo. O TCU, ao realizar o exame de legalidade da concessão de
aposentadoria, pode, por exemplo, demorar mais de 5 anos para fazer esse exame e anular o ato
administrativo de aposentadoria. O que muda é que, nesse caso, deve-se garantir o contraditório e ampla
defesa ao interessado. Ademais, o prazo de 5 (cinco) anos deve ser contado a partir da data de chegada ao
TCU do processo administrativo de aposentadoria ou pensão encaminhado pelo órgão de origem para
julgamento da legalidade do ato concessivo de aposentadoria ou pensão e posterior registro.
Quest CESPE 2018. TJCE. JUIZ. José, servidor público do estado do Ceará, por preencher os requisitos legais,
requereu a concessão de sua aposentadoria por tempo de serviço, o que foi deferido pelo respectivo órgão
público no qual era lotado. Após mais de cinco anos do ato concessivo, o Tribunal de Contas do Estado do
Ceará julgou ilegal aquele ato, em procedimento no qual José não havia sido intimado a se manifestar.
Considerando o entendimento do STF acerca do ato concessivo de aposentadoria, o tribunal de contas
estadual, na situação hipotética apresentada, agiu: C -incorretamente, pois, em que pese se tratar de ato
administrativo complexo, transcorrido lapso temporal superior a cinco anos, em nome da segurança
jurídica, deveria José ter sido previamente intimado a se manifestar.

Por ser um ato complexo, o reconhecimento da aposentadoria de servidor público se efetiva somente após
a aprovação do tribunal de contas. Por sua vez, a negativa da aposentadoria pela corte de contas não
observa o contraditório e a ampla defesa. CESPE 2018. STJ OJA.

Ano: 2017 Banca: CESPE Órgão: DPE-AC Prova: CESPE - 2017 - DPE-AC - Defensor Público Acerca do ato
administrativo de concessão de aposentadoria, assinale a opção correta de acordo com o entendimento do
STF.
A Em nome da segurança jurídica, a não observância do prazo de cinco anos para o exame de legalidade do
ato inicial concessivo de aposentadoria resulta na convalidação de eventual nulidade existente.
B Trata-se de ato administrativo simples, cujos efeitos se produzem a partir da sua concessão pelo órgão de
origem do servidor, sujeitando-se a controle a posteriori pelo tribunal de contas competente.
C Trata-se de ato administrativo complexo, que somente se aperfeiçoa com o exame de sua legalidade e
consequente registro no tribunal de contas competente.
D O exame de legalidade da concessão de aposentadoria, por ser este um ato administrativo concessivo de
direitos ao destinatário, submete-se ao prazo decadencial de cinco anos, contado a partir da sua concessão,
salvo comprovada má-fé.
E Em razão do devido processo legal, o exame de legalidade e registro do referido ato junto ao tribunal de
contas necessita, impreterivelmente, da observância do contraditório e da ampla defesa do servidor público
interessado.
GABARITO C

Cespe – Câmara dos Deputados 2012---> Considere que um servidor público federal tenha sido aposentado
mediante portaria publicada no ano de 2008 e que, em 2010, o TCU tenha homologado o ato de
aposentadoria. Nessa situação hipotética, esse ato caracteriza-se como complexo, visto que, para o seu
aperfeiçoamento, é necessária a atuação do TCU e do órgão público a que estava vinculado o servidor.
CERTO.

Ano: 2009 Banca: CESPE Órgão: PGE-AL Prova: Procurador do Estado. Afasta-se a exigência da garantia do
contraditório e da ampla defesa nos casos em que o TCU, no exercício do controle externo, aprecia a
legalidade da concessão de aposentadoria ou pensão, uma vez que, em se tratando de ato complexo, só
após a aprovação do TCU se constitui definitivamente o ato administrativo.(CERTO)

QUESTÃO ERRADA: A anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, nos
processos que tramitem no TCU, deve respeitar o contraditório e a ampla defesa, o que se aplica, por
exemplo, à apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão.

QUESTÃO CERTA: nos processos perante o Tribunal de Contas da União asseguram-se o contraditório e a
ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie
o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e
pensão.

QUESTÃO ERRADA: Quanto à aplicação de princípios constitucionais em processos administrativos, é


entendimento pacificado no Supremo Tribunal Federal, constituindo súmula vinculante para toda a
administração e tribunais inferiores, que, nos processos perante o Tribunal de Contas da União, asseguram-
se o contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato
administrativo que beneficie o interessado, inclusive na apreciação da legalidade do ato.

QUESTÃO CERTA: Por ser um ato complexo, o reconhecimento da aposentadoria de servidor público se
efetiva somente após a aprovação do tribunal de contas. Por sua vez, a negativa da aposentadoria pela
corte de contas não observa o contraditório e a ampla defesa.

QUESTÃO CERTA: Considere que, no ano de 2012, tenha chegado ao TCU o processo administrativo de
concessão da aposentadoria de Maria e que, em janeiro de 2014, esse tribunal tenha julgado ilegal o ato
concessivo. Nessa situação hipotética, e de acordo com entendimento do STF, o TCU não estaria obrigado a
garantir a Maria a ampla defesa e o contraditório no procedimento relativo ao caso.
Nomeação Existe divergência entre Maria Sylvia Zanella Di Pietro e Hely Lopes Meirelles quanto à classificação do ato
dos de nomeação dos Ministros dos Tribunais Superiores, Procurador Geral da República (ou do Presidente do
Ministros Banco Central e outros casos similares, dispostos na Constituição Federal, em que é necessária a prévia
TS aprovação pelo Senado Federal para posterior nomeação pelo Presidente da República).

Maria Sylvia Zanella Di Pietro defende expressamente em sua obra que este é um exemplo de ato
composto, vez que a aprovação pelo Senado Federal é o ato acessório e a nomeação pelo Presidente da
República é o ato principal, havendo, portanto, dois atos (e não um ato único).Segundo a definição de Hely
Lopes Meirelles, aquele seria um exemplo de ato complexo, vez que se conjugam as vontades do Senado
Federal e da Presidência daRepública (vontades de dois órgãos independentes), não podendo ser o
mesmoclassificado como ato composto, uma vez que o Senado Federal não tem o papelapenas de dar um
‘visto’ para a nomeação, exercendo sua análise e manifestando sua vontade.

RESUMINDO ESSA ETERNA DISCUSSÃO


CESPE: Ato Complexo
ESAF: Ato Complexo
IADES: Ato Complexo
FCC: Ato Composto (Di Pietro)
Quest Q878170 - Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: PGE-PE Prova: Procurador do Estado
CORRETA: b) A nomeação dos ministros de tribunais superiores no Brasil é um ato administrativo complexo.

Q37390 - Ano: 2009 Banca: CESPE Órgão: PGE-AL Prova: Procurador do Estado
ERRADA: c) A nomeação de ministro do STF é um ato composto, pois se inicia pela escolha do presidente da
República e passa pela aprovação do Senado Federal.
Q36672 - Ano: 2010 Banca: FCC Órgão: TRF - 4ª REGIÃO Prova: Técnico Judiciário - Segurança e Transporte
CORRETA: A nomeação do Procurador-Geral da República, que é precedida de aprovação pelo Senado
Federal, é classificada como um ato administrativo: a) composto.

Q866139 - Ano: 2017 Banca: IADES Órgão: CREMEB Prova: Técnico de Atividade de Suporte
CORRETA: [...] aqueles cuja vontade final da Administração exige a intervenção de agentes ou órgãos
diversos, havendo certa autonomia, ou conteúdo próprio, em cada uma das manifestações. Exemplo: a
investidura do Ministro do STF se inicia pela escolha do Presidente da República; passa, após, pela aferição
do Senado Federal; e culmina com a nomeação (art. 101, parágrafo único, CF). CARVALHO FILHO, José dos
Santos. Manual de Direito Administrativo. 28a ed. São Paulo: Atlas, 2015, p. 132, fragmento. A definição
apresentada refere-se aos atos: a) complexos.
Estado de O ato que decreta o estado de sítio, previsto na CF, é ato de natureza administrativa de competência do
sítio presidente da República. ERRADO. CESPE 2017
Ato político, feito por um agente político (PR).
Atos de Ainda que submetido ao regime de direito público, nenhum ato praticado por concessionária de serviços
Concession públicos pode ser considerado ato administrativo.ERRADO. CESPE 2017
ária Ato administrativo é a manifestação unilateral de vontade da Administração Pública e de seus delegatários,
no exercício da função delegada, que, sob o regime de direito público, pretende produzir efeitos jurídicos
com o objetivo de implementar o interesse público.

LINDB – NOVAS DISPOSIÇÕES


LEI Nº 13.655, DE 25 DE ABRIL DE 2018.
Inclui no Decreto-Lei nº 4.657, de 4 de setembro de 1942 (Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro), disposições
sobre segurança jurídica e eficiência na criação e na aplicação do direito público.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1o O Decreto-Lei nº 4.657, de 4 de setembro de 1942 (Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro), passa a
vigorar acrescido dos seguintes artigos:

“Art. 20. Nas esferas administrativa, controladora e judicial, não se decidirá com base em valores jurídicos abstratos sem
que sejam consideradas as consequências práticas da decisão.

Parágrafo único. A motivação demonstrará a necessidade e a adequação da medida imposta ou da invalidação de ato,
contrato, ajuste, processo ou norma administrativa, inclusive em face das possíveis alternativas.”

“Art. 21. A decisão que, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, decretar a invalidação de ato, contrato,
ajuste, processo ou norma administrativa deverá indicar de modo expresso suas consequências jurídicas e
administrativas.

Parágrafo único. A decisão a que se refere o caput deste artigo deverá, quando for o caso, indicar as condições para que a
regularização ocorra de modo proporcional e equânime e sem prejuízo aos interesses gerais, não se podendo impor aos
sujeitos atingidos ônus ou perdas que, em função das peculiaridades do caso, sejam anormais ou excessivos.”

“Art. 22. Na interpretação de normas sobre gestão pública, serão considerados os obstáculos e as dificuldades reais do
gestor e as exigências das políticas públicas a seu cargo, sem prejuízo dos direitos dos administrados.

§ 1º Em decisão sobre regularidade de conduta ou validade de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa,
serão consideradas as circunstâncias práticas que houverem imposto, limitado ou condicionado a ação do agente.

§ 2º Na aplicação de sanções, serão consideradas a natureza e a gravidade da infração cometida, os danos que dela
provierem para a administração pública, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes do agente.
§ 3º As sanções aplicadas ao agente serão levadas em conta na dosimetria das demais sanções de mesma natureza e
relativas ao mesmo fato.”

“Art. 23. A decisão administrativa, controladora ou judicial que estabelecer interpretação ou orientação nova sobre
norma de conteúdo indeterminado, impondo novo dever ou novo condicionamento de direito, deverá prever regime de
transição quando indispensável para que o novo dever ou condicionamento de direito seja cumprido de modo
proporcional, equânime e eficiente e sem prejuízo aos interesses gerais.
Parágrafo único. (VETADO).”

“Art. 24. A revisão, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, quanto à validade de ato, contrato, ajuste,
processo ou norma administrativa cuja produção já se houver completado levará em conta as orientações gerais da
época, sendo vedado que, com base em mudança posterior de orientação geral, se declarem inválidas situações
plenamente constituídas.

Parágrafo único. Consideram-se orientações gerais as interpretações e especificações contidas em atos públicos de
caráter geral ou em jurisprudência judicial ou administrativa majoritária, e ainda as adotadas por prática administrativa
reiterada e de amplo conhecimento público.”

“Art. 25. (VETADO).”

“Art. 26. Para eliminar irregularidade, incerteza jurídica ou situação contenciosa na aplicação do direito público, inclusive
no caso de expedição de licença, a autoridade administrativa poderá, após oitiva do órgão jurídico e, quando for o caso,
após realização de consulta pública, e presentes razões de relevante interesse geral, celebrar compromisso com os
interessados, observada a legislação aplicável, o qual só produzirá efeitos a partir de sua publicação oficial.

§ 1º O compromisso referido no caput deste artigo:


I - buscará solução jurídica proporcional, equânime, eficiente e compatível com os interesses gerais;
II – (VETADO);
III - não poderá conferir desoneração permanente de dever ou condicionamento de direito reconhecidos por orientação
geral;
IV - deverá prever com clareza as obrigações das partes, o prazo para seu cumprimento e as sanções aplicáveis em caso de
descumprimento.
§ 2º (VETADO).”

“Art. 27. A decisão do processo, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, poderá impor compensação por
benefícios indevidos ou prejuízos anormais ou injustos resultantes do processo ou da conduta dos envolvidos.

§ 1º A decisão sobre a compensação será motivada, ouvidas previamente as partes sobre seu cabimento, sua forma e, se
for o caso, seu valor.

§ 2º Para prevenir ou regular a compensação, poderá ser celebrado compromisso processual entre os envolvidos.”

“Art. 28. O agente público responderá pessoalmente por suas decisões ou opiniões técnicas em caso de dolo ou erro
grosseiro.
§ 1º (VETADO).
§ 2º (VETADO).
§ 3º (VETADO).”

“Art. 29. Em qualquer órgão ou Poder, a edição de atos normativos por autoridade administrativa, salvo os de mera
organização interna, poderá ser precedida de consulta pública para manifestação de interessados, preferencialmente por
meio eletrônico, a qual será considerada na decisão. Vigência

§ 1º A convocação conterá a minuta do ato normativo e fixará o prazo e demais condições da consulta pública,
observadas as normas legais e regulamentares específicas, se houver.
§ 2º (VETADO).”

“Art. 30. As autoridades públicas devem atuar para aumentar a segurança jurídica na aplicação das normas, inclusive por
meio de regulamentos, súmulas administrativas e respostas a consultas.
Parágrafo único. Os instrumentos previstos no caput deste artigo terão caráter vinculante em relação ao órgão ou
entidade a que se destinam, até ulterior revisão.”

Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, salvo quanto ao art. 29 acrescido à Lei nº 4.657, de 4 de
setembro de 1942 (Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro), pelo art. 1º desta Lei, que entrará em vigor após
decorridos 180 (cento e oitenta) dias de sua publicação oficial.

Brasília, 25 de abril de 2018; 197o da Independência e 130o da República.


MICHEL TEMER

PARECER
R+C O parecer administrativo é típico ato de conteúdo decisório, razão pela qual, segundo entendimento do STF,
parecerista há possibilidade de responsabilização do parecerista por eventual prejuízo causado ao erário. ERRADO.
CESPE 2016

Segundo entendimento firmado pelo STJ, a responsabilização do consultor jurídico e parecerista em relação
aos contratos administrativos eivados de ilegalidade somente ocorrerá em situações excepcionais, ou seja,
apenas nas hipóteses em que a peça opinativa seja um instrumento dolosamente elaborado para
possibilitar a realização de ato ímprobo, de tal forma que desde o nascedouro a má-fé tenha sido o
elemento subjetivo condutor da realização do parecer. CESPE 2013. TRF2 JUIZ

ADMINISTRATIVO – IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA – MINISTÉRIO PÚBLICO COMO AUTOR DA AÇÃO –


DESNECESSIDADE DE INTERVENÇÃO DO PARQUET COMO CUSTOS LEGIS – AUSÊNCIA DE PREJUÍZO – NÃO
OCORRÊNCIA DE NULIDADE – RESPONSABILIDADE DO ADVOGADO PÚBLICO – POSSIBILIDADE EM
SITUAÇÕES EXCEPCIONAIS NÃO PRESENTES NO CASO CONCRETO – AUSÊNCIA DE RESPONSABILIZAÇÃO DO
PARECERISTA – ATUAÇÃO DENTRO DAS PRERROGATIVAS FUNCIONAIS – SÚMULA 7/STJ.

1. Sendo o Ministério Público o autor da ação civil pública, sua atuação como fiscal da lei não é obrigatória.
Isto ocorre porque, nos termos do princípio da unidade, o Ministério Público é uno como instituição, motivo
pelo qual, o fato dele ser parte do processo, dispensa a sua presença como fiscal da lei, porquanto
defendendo os interesses da coletividade através da ação civil pública, de igual modo atua na custódia da
lei.

2. Ademais, a ausência de intimação do Ministério Público, por si só, não enseja a decretação de nulidade do
julgado, a não ser que se demonstre o efetivo prejuízo para as partes ou para a apuração da verdade
substancial da controvérsia jurídica, à luz do princípio pas de nullités sans grief.

3. É possível, em situações excepcionais, enquadrar o consultor jurídico ou o parecerista como sujeito


passivo numa ação de improbidade administrativa. Para isso, é preciso que a peça opinativa seja apenas um
instrumento, dolosamente elaborado, destinado a possibilitar a realização do ato ímprobo. Em outras
palavras, faz-se necessário, para que se configure essa situação excepcional, que desde o nascedouro a má-
fé tenha sido o elemento subjetivo condutor da realização do parecer.

4. Todavia, no caso concreto, a moldura fática fornecida pela instância ordinária é no sentido de que o
recorrido atuou estritamente dentro dos limites da prerrogativa funcional. Segundo o Tribunal de origem,
no presente caso, não há dolo ou culpa grave.

5. Inviável qualquer pretensão que almeje infirmar as conclusões adotadas pelo Tribunal de origem, pois tal
medida implicaria em revolver a matéria probatória, o que é vedado a esta Corte Superior, em face da
Súmula 7/STJ.
6. O fato de a instância ordinária ter excluído, preliminarmente, o recorrido do polo passivo da ação de
improbidade administrativa não significa que foi subtraído do autor a possibilidade de demonstrar a prova
em sentido contrário. Na verdade, o que houve é que, com os elementos de convicção trazidos na inicial, os
magistrados, em cognição exauriente e de acordo com o princípio do livre convencimento motivado,
encontraram fundamentos para concluir que, no caso concreto, o recorrido não praticou um ato ímprobo.

Recurso especial improvido.

(REsp 1183504/DF, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 18/05/2010, DJe
17/06/2010)

"Controle externo. Auditoria pelo TCU. Responsabilidade de procurador de autarquia por emissão de
parecer técnico-jurídico de natureza opinativa. Segurança deferida. Repercussões da natureza jurídico-
administrativa do parecer jurídico: (i) quando a consulta é facultativa, a autoridade não se vincula ao
parecer proferido, sendo que seu poder de decisão não se altera pela manifestação do órgão consultivo; (ii)
quando a consulta é obrigatória, a autoridade administrativa se vincula a emitir o ato tal como submetido à
consultoria, com parecer favorável ou contrário, e se pretender praticar ato de forma diversa da
apresentada à consultoria, deverá submetê-lo a novo parecer; (iii) quando a lei estabelece a obrigação de
decidir à luz de parecer vinculante, essa manifestação de teor jurídico deixa de ser meramente opinativa e o
administrador não poderá decidir senão nos termos da conclusão do parecer ou, então, não decidir. No caso
de que cuidam os autos, o parecer emitido pelo impetrante não tinha caráter vinculante. Sua aprovação
pelo superior hierárquico não desvirtua sua natureza opinativa, nem o torna parte de ato administrativo
posterior do qual possa eventualmente decorrer dano ao erário, mas apenas incorpora sua fundamentação
ao ato. Controle externo: É lícito concluir que é abusiva a responsabilização do parecerista à luz de uma
alargada relação de causalidade entre seu parecer e o ato administrativo do qual tenha resultado dano ao
erário. Salvo demonstração de culpa ou erro grosseiro, submetida às instâncias administrativo-disciplinares
ou jurisdicionais próprias, não cabe a responsabilização do advogado público pelo conteúdo de seu parecer
de natureza meramente opinativa." (MS 24.631, rel. min.Joaquim Barbosa, julgamento em 9-8-2007,
Plenário, DJ de 1º-2-2008.)

Errada pelo fato de o parecer ter conteúdo meramente opinativo, e não decisório. Importante ressaltar que
nos casos em que a vinculação ao parecer se faz obrigatória, é possível a responsabilização do autor
parecerista, sendo sempre possível também em casos de dolo, por ilegalidade, desvio de finalidade,
improbidade etc (havendo ou não vinculação obrigatória).

Segundo o professor José dos Santos Carvalho Filho ( in Manual de Direito Administrativo. 30ª Ed. São Paulo:
Atlas, 2016. Págs. 208 e 209):

“Os pareceres consubstanciam opiniõ es, pontos de vista de alguns agentes administrativos sobre matéria
submetida à sua apreciação. Em alguns casos, a Administração não está obrigada a formalizá-los para a
prática de determinado ato; diz-se, então, que o parecer é facultativo. Quando é emitido “por solicitação de
órgão ativo ou de controle, em virtude de preceito normativo que prescreve a sua solicitação, como
preliminar à emanação do ato que lhe é próprio”, dir-se- á obrigatório. Nessa hipótese, o parecer integra o
processo de formação do ato, de modo que sua ausência ofende o elemento formal, inquinando-o, assim,
de vi ́cio de legalidade.

Refletindo um jui ́zo de valor, uma opinião pessoal do parecerista, o parecer não vincula a autoridade que
tem competência decisória, ou seja, aquela a quem cabe praticar o ato administrativo final. Trata-se de atos
diversos – o parecer e o ato que o aprova ou rejeita. Como tais atos têm conteúdos antagô nicos, o agente
que opina nunca poderá ser o que decide.

De tudo isso resulta que o agente que emite o parecer não pode ser considerado solidariamente
responsável com o agente que produziu o ato administrativo final, decidindo pela aprovaçao ̃ do parecer. A
responsabilidade do parecerista pelo fato de ter sugerido mal somente lhe pode ser atribui ́da se houver
comprovação indiscuti ́vel de que agiu dolosamente, vale dizer, com o intuito predeterminado de cometer
improbidade administrativa. Semelhante comprovaçao ̃ , entretanto, não dimana do parecer em si, mas, ao
revés, constitui ô nus daquele que impugna a validade do ato em função da conduta de seu autor.

Não nos parece correto, portanto, atribuir, a priori, responsabilidade solidária a servidores pareceristas
quando opinam, sobre o aspecto formal ou substancial (em tese), pela aprovação ou ratificação de
contratos e convênios, tal como exigido no art. 38 da Lei no 8.666/1993 (Estatuto dos Contratos e
Licitações), e isso porque o conteúdo dos ajustes depende de outras autoridades administrativas, e não dos
pareceristas. Essa responsabilidade não pode ser atribui ́da por presunção e só se legitima no caso de
conduta dolosa, como já afirmado, ou por erro grosseiro injustificável. Dai ́ julgarmos digna de aplausos
norma legal que afaste a presunção de responsabilidade. (Grifamos)

LINDB Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: PGM - João Pessoa - PB Prova: CESPE - 2018 - PGM - João Pessoa - PB -
B Apesar de ter recomendado a nulidade do ato, a procuradoria poderá postular em juízo autorização para
celebração de compromisso, a fim de excluir a responsabilidade pessoal do agente público por eventual
vício no ato, salvo se este tiver sido praticado com enriquecimento ilícito ou crime. Art. 26
C A procuradoria deverá encaminhar o processo para apuração de responsabilidade do gestor que tenha
dado causa à nulidade, se este tiver agido com dolo, mas não com culpa. Art. 28
D A procuradoria, caso verifique que não existem evidências de dano ao erário, deverá recomendar que o
vício seja sanado por meio da convalidação.
Lei 9.784/99: Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem
prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria
Administração.
E Apesar de ter recomendado a nulidade do ato, a procuradoria poderá indicar ao gestor municipal a
celebração de compromisso de ajustamento com eventuais interessados atingidos pela nulidade, observada
a legislação aplicável, devendo haver prévia oitiva do órgão fazendário se o ato envolver transação quanto a
sanções e créditos tributários já constituídos. Art. 26
GABARITO: A
Invalidação Procurador do Município Em resposta a consulta sobre a validade de determinado ato administrativo, o
do ato procurador municipal responsável recomendou a nulidade do ato. A respeito dessa situação, assinale a
opção correta. A Na recomendação, devem estar indicadas, de modo expresso, as consequências jurídicas e
administrativas da decretação do ato de invalidação. CESPE 2018 PGMJPPB

Na recomendação, devem estar indicadas, de modo expresso, as consequências jurídicas e administrativas


da decretação de invalidação.

Fundamento LINDB: Art. 21. A decisão que, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, decretar a
invalidação de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa deverá indicar de modo expresso
suas consequências jurídicas e administrativas.

Essa questão foi bem curiosa já que a lei exige que a decisão que decretar a invalidade do ato indique de
modo expresso as consequências jurídicas e administrativas, não necessariamente a recomendação da
Procuradoria.
A banca considerou a alternativa como correta. No entanto, em verdade, a decisão é que deve indicar as
consequências jurídicas e administrativas e não a manifestação da procuradoria. A resposta está na Lei de
Introdução às Normas do Direito Brasileiro:

OUTROS ASSUNTOS
MP A medida provisória e o decreto regulamentar são atos administrativos normativos de competência
exclusiva do chefe do Poder Executivo. ERRADO. CESPE 2014

ATOS ADMINISTRATIVOS NORMATIVOS DECORRENTE DO PODER REGULAMENTAR NÃO PODEM INOVAR NO


ORDENAMENTO JURÍDICO... A MEDIDA PROVISÓRIA É ATO POLÍTICO, LOGO ESTÁ EXEMPLIFICADA DE
FORMA ERRADA. JÁ O DECRETO REGULAMENTAR ESTÁ CORRETO.
Segundo o autor Alexandre Mazza, em seu livro Manual de Direito Administrativo, a corrente doutrinária
majoritária no direito brasileiro, encabeçada por Celso Antônio Bandeira de Mello, considera, no que se
refere a atos da administração, que estes são " atos jurídicos praticados pela Administração Pública que não
se enquadram no conceito de atos administrativos, como os atos legislativos expedidos no exercício de
função atípica..." . Seria esse o caso da Medida provisória, já que é decorrência de uma função atípica, de
legislar, exercida pelo chefe do poder executivo. Esta estaria melhor enquadrada como ato legislativo,
dentro de atos da administração. Já o decreto regulamentar, esse sim faz parte do rol dos atos
administrativos, que são aqueles praticados no exercício da função administrativa, com caráter infralegal,
complementando a lei.

II-O Regulamento do Imposto de Renda é um ato administrativo abstrato.


III-São atos administrativos discricionários aqueles que outorgam a permissão de uso de um bem público.
IV-São atos administrativos vinculados aqueles que concedem aposentadoria a servidor público.

Vício de objeto: Autoridade estadual de trânsito decide emitir autorizações para que menores de dezesseis anos possam
dirigir veículos, desde que com o consentimento dos responsáveis legais. Considerando a proibição legal relativa à idade.

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