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AO JUÍZO DE UMA DAS VARAS DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE

MOSSORÓ/RN. (INFEIOR 40 SARAIOS MINIMOS, JUIZADO, SUPERIOR, VARA CIVEL)

ROBÉRIO DA SILVA, nacionalidade, estado civil, profissão, titular do


documento de identificação RG n., e inscrito no CPF n., filho de X e X, titular do endereço
eletrônico X, com logradouro em Rua, n°, bairro, Mossoró-RN, por meio de procurador que
esta subscreve, in fine assinado, vem a presença de Vossa Excelência propor: (INCISO 2 DO
319)

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR COBRANÇA INDEVIDA E REPARAÇÃO POR


DANOS MORAIS C/C TUTELA ANTECIPADA DE URGÊNCIA. AÇÃO
DECLARATÓRIA (PARA QUE O JUIZ DECLARE QUE O DEBITO NÃO EXISTE).

Em face do BANCO ITAÚ, com inscrição no CNPJ n., com sede em Brasília-DF,
pela prática danosa, motivos de fatos e direitos a seguir expostos:

I – DOS FATOS

1. Excelência, no dia X o demandante recebeu carta cobrança de uma suposta


dívida no valor de R$ 3.000,00 (três mil reais) contraída com o Branco Itaú, porém com
caráter inválido, uma vez que o autor não efetuou nenhum empréstimo ou coisa dessa
natureza de modo que contraísse essa dívida.

2. Como se não bastasse, ao tentar solucionar o imbróglio na agência do referido


banco, lhe fora informado que o mesmo possui um empréstimo pendente no valor acima
referido e que, portanto, seu nome fora incluso de modo indevido no SERASA.

3. Sabendo que o demandante não realizou tal empréstimo, a empresa comete


ato ilegal ao acusá-lo e penalizá-lo por uma ação que o mesmo não efetuou tampouco
ordenou ou permitiu que efetuassem em seu nome.
4. Por todo o exposto se faz necessário a retirada do nome do demandante nas
inscrições do órgão protetor de créditos, visto que em caso de prolongamento de tempo, o
dano moral será agravado, dano moral esse que se deu pela acusação de modo implícito e
consequências de prática de inadimplência por parte do demandante.

5. Ademais, o atraso na retirada do nome no rol do SERASA culminará em mais


danos ao autor, como dano material por não conseguir efetuar determinadas ações (como
financiamentos, compras etc) pelo fato de que seu nome está incluso em órgão protetor ao
crédito, e reiterando, incluso de forma indevida.

6. Partindo dessa premissa, caberá no caso acima referido uma medida de tutela
provisória de urgência para que o prejudicado não sofra ainda mais danos, isto é, que seja
retirado, de urgência, o nome da lista do SERASA para que não ocorra o referido agravo.

7. Assim, nada mais justo, o autor vem requerer uma reparação pelos danos
causados bem como as despesas e custas processuais que a legislação garante.

II – DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS

II A – Dos danos morais

8. Conforme legislação do Código Civil vigente em seus artigos que serão


explanados a seguir, é possível afirmar que o demandado cometeu ato ilícito, devendo
reparar os danos causados por sua imprudência.
“186. Aquele que por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência,
violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete
ato ilícito.”
“927. Aquele que por ato ilícito causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.”

9. Dito isso, acrescento que o demandante foi exposto ao ridículo ao ter seu nome
inscrito de maneira indevida no órgão de proteção a crédito e também por ser implicitamente
considerado como “velhaco”, e mais, recebeu punição conforme tivesse praticado tal
infração. O Código do Consumidor afirma em seu artigo que se segue:
“42. Na cobrança de débitos, o consumidor inadimplente não será exposto a
ridículo, nem será submetido a qualquer tipo de constrangimento (...)”

10. A aplicação do artigo anteriormente citado nesse caso em tela se dá pela


exposição a ridículo que o demandante sofreu ao ter seu nome indevidamente cadastrado no
SERASA.

II B – Da inversão do ônus da prova


11. Outrossim, não se torna possível provar que o demandante realizou esse
empréstimo justamente por ausência de documentos específicos, por não ter solicitado esse
serviço. Partindo disso, faz-se necessário a inversão do ônus da prova uma vez que o
demandado acusa o autor de ter realizado uma ação e, para isso, necessitaria de comprovar
mediante provas, porém não as apresentou.

II C – Da tutela antecipada de urgência


12. Com base nos fatos elencados, se tem a necessidade de aplicação da tutela
provisória de urgência para que o demandante não seja ainda mais prejudicado, como a
ocorrência do já citado danos materiais. Além disso, caso essa tutela não venha a ser aceita,
os danos terão sido relevantemente agravados ocorrendo a injusta decisão, uma vez que os
danos finais serão superiores aos danos iniciais. Sobre essa tutela o CPC afirma em seu
seguinte artigo:
“300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que
evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou de risco ao
resultado útil do processo.”

II D – Do “quantum” indenizatório

13. Portanto, não há dúvida de que o dano moral ocorreu e que, a posteriori, pode
ocorrer o dano material. Também ficou explícito que a legislação determina como sendo
necessário para o caso em apreço a medida tutelar com caráter provisório e urgente.
14. Pois bem, após a discussão a respeito dos assuntos bases que provam a
inocência do autor e a prática de atos ilícitos pela parte ré, cabe agora explanar o “quantum”
a ser fixado.

15. Em se tratando de danos morais, deve-se observar as esferas distintas que


essa infração afeta. Além de danos internos causados ao indivíduo, o dano nesse caso
afetou de forma pluridimensional, atingindo as relações interpessoais desde ambiente de
trabalho até mesmo o ambiente familiar.

16. Ademais, a indenização deve ser posta para que tenha efeito punitivo ao
infrator, o induzindo à não reincidência da prática delituosa e, também, que consiga alertar
aos demais órgãos e sociedades que tal prática acarreta na efetivação da lei, a qual pune o
infrator. Outrossim, o “quantum” deve servir ao autor de modo que amenize as circunstâncias
sofridas e que afete significativamente o patrimônio da parte ré, para que o Estado mostre
sua eficacia na aplicabilidade do Direito.

III – DOS PEDIDOS

17. Antes o exposto, requer:

a) Receber e acolher a presente, julgando-a totalmente PROCEDENTE;

a) A citação do Banco réu para que, querendo, ofereça resposta no prazo legal, sob pena de
sujeitar-se aos efeitos de revelia;

b) que seja designada data para realização de audiência de conciliação e mediação.

b) Condenação a parte ré para que pague, devido os danos morais causados, o montante
justo e não inferior a R$ 6.000,00 (seis mil reais);

c) A inversão do ônus da prova, comprovando a parte ré o empréstimo que a parte autora


realizou;
d) A procedência da presente ação e da cobrança, custeando a parte ré, como custas e
honorários processual, no percentual de 20% sobre o valor da causa devidamente corrigido e
com incidência dos juros legais.
18. O alegado prova mediante juntada de documentos e com o depoimento
pessoal, bem como acrescerá provas vindouras que achar necessário.

19. Dá-se a causa o valor de R$ 6.000,00 (sete mil e duzentos reais)

Termos em que,

Pede deferimento.

Mossoró-RN 14/03/2019

Cláucion Hysaías de Medeiros Lima


OAB 17893 R/N

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