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PETRÓLEO
GIOVANI CAVALCANTI NUNES
CADEIRA ELETIVA DO CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA
AULA 2 EXPLORAÇÃO
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PROCESSOS DE PRODUÇÃO DE PETRÓLEO GIOVANI CAVALCANTI NUNES
PERFILAGEM
• Os perfis de poço constituem um conjunto de
medidas obtidas ao longo da trajetória deste por
métodos como os potenciais, radioativos,
eletromagnéticos e sísmicos.
• Existem vários perfis com diferentes raios de
investigação. Na fase exploratória os perfis são
obtidos durante o processo de perfuração antes
da instalação do revestimento, e por isto é
conhecido como logging while drilling.
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PERFIS MAIS COMUNS
• Potencial Espontaneo – SP. A resistência a corrente elétrica, ou resistividade, é um dos
perfis mais antigos e usados até hoje. Permite inferir a quantidade e salinidade da água
contida numa camada de rocha.
• Raios Gama – GR. Detecta a radiotividade total da formação e, por consequência,
identifica a litologia e argilosidade do meio.
• Neutrônico – NPHI. São usados para estimar a porosidade, litologia e presença de
hidrocarbonetos leves ou gas.
• Indução – ILD. Usado para estimar a resistividade elétrica total de formação através dos
campos elétricos e magnéticos induzidos na formação rochosa.
• Sônico – DT. Mede a diferença nos tempos de transito de uma onda mecânica através das
rochas. Utilizado para estimar a porosidade, grau de compactação das rochas e detecção
de fraturas.
• Densidade – RHOB. Se baseia na reflexão de feixe de raios gama para estimar a
densidade, porosidade e presença de hidrocarbonetos leves e gas.
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PERFILAGEM
• A combinação destes perfis permite inferir a presença de
formação rochosa com hidrocarbonetos.
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TESTE DA FORMAÇÃO
• Ao constatar a presença de hidrocarbonetos é comum efetuar um
teste rápido da formação (TF) sem instalação de coluna de
revestimento no poço e por isso é denominado teste a poço
aberto, ou seja, sem revestimento.
• Nos testes efetuados após a instalação do revestimento o teste de
formação é denominado TFR ou teste de formação a poço
revestido.
• Quando a duração é menor que 72 horas a legislação brasileira
permite a queima tanto do óleo quanto do gás. Acima de 72 horas
passa a ser denominado teste de longa duração, tendo uma série
de restrições quanto a queima.
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TESTE DA FORMAÇÃO
• Antes de iniciar a produção de petróleo a pressão num reservatório é a
mesma em toda a sua extensão. Esta pressão é denominada estática PE.
Após iniciar o fluxo de petróleo a pressão no fundo do poço se estabiliza
em valor menor que a pressão estática. Esta pressão é denominada PW.
• Primeira Estática, Segunda Estática. Grande diferença é indicativo de baixo
volume de petróleo ou baixa permeabilidade.
•
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INDICE DE PRODUTIVIDADE
•
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VOLUME DE HIDROCARBONETOS
• Exercício. Analises do petróleo de um determinado campo
indicam que este possui Rs = 10 (m3 std/m3 std) e pressão de
bolha = 176 kgf/cm2 na temperatura do reservatório. Qual será
a vazão (nas condições padrão) correspondente ao inicio da
geração de gás no reservatório se o IP= 100 (m3/d/kgf/cm2) e PE
= 500 kgf/cm2. Quanto será produzido de gás?
• IP = q / (Pe – Pw) => q = IP ∙ (Pe – Pw) = 100 ∙ (500 – 176) =
3,24 x 104 m3 std/d
• q gas = 3,24 x 105 m3 std /d
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MECANISMOS DE SURGÊNCIA
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AQUÍFERO ATUANTE
• Quando num reservatório os hidrocarbonetos estão em
contato com um grande colchão de agua que impulsiona o óleo
diz-se que o mecanismo é de aqüífero atuante. Este aquífero
deve estar contido em rocha cuja permeabilidade permita sua
interação com o óleo.
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AQUÍFERO ATUANTE
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CAPA DE GÁS
• Quando a pressão do reservatório encontra-se abaixo da pressão de
bolha do petróleo há uma capa de gás dentro do reservatório. Assim
como no caso do aquífero atuante o gás ocupa o espaço do óleo
produzido e a queda de pressão do reservatório é pequena desde
que se tenha o cuidado de não produzir o gás.
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CAPA DE GÁS
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GÁS DISSOLVIDO
• Quando numa acumulação de petróleo não há capa de gás
ou aquífero atuante diz-se que o mecanismo de produção é
o de gas em solução.
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GÁS DISSOLVIDO
• A pressão encontra-se acima da pressão de bolha do petróleo => todo o
inventario de hidrocarboneto se encontra na fase líquida.
• Inicialmente a medida que o óleo vai sendo produzido ocorre a queda de pressão
do reservatório e como consequência óleo e a agua conata se expandem
enquanto os poros da rocha diminuem. Quando a pressão atinge a pressão de
bolha do petróleo começa a ocorrer vaporização dos componentes mais leves do
petróleo deslocando o liquido para fora do meio poroso.
• A queda de pressão passa a ser rápida prejudicando a recuperação de petróleo.
Este tipo de reservatório costumam ter baixo fator de recuperação.
• O gás gerado neste tipo de reservatório e conhecido como gás associado pois está
associado a produção de óleo. O gás produzido por campos de gás é denominado
gás não associado.
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RECUPERAÇÃO SECUNDÁRIA
Contato Água-Óleo
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RECUPERAÇÃO SECUNDÁRIA
Injeção de agua
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FRATURAMENTO HIDRÁULICO
• Recentemente a tecnologia de fraturamento tem possibilitado a
produção de formações consideradas improdutivas até pouco tempo
atrás. É o caso de reservatorios de baixíssima permeabilidade como
xisto ou folhelhos. No fraturamento efetua-se a injeção de agua em
pressão alta o suficiente para provocar fraturas na formação rochosa. O
fraturamento provoca aumento da permeabilidade da rocha pois os
fluidos podem escoar por suas fraturas.
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ELEVAÇÃO ARTIFICIAL
• O amadurecimento do campo provoca o aumento do peso da
coluna de líquido no poço pois a agua possui densidade maior
que o gas ou o óleo, consequentemente há redução na vazão do
poço.
• Assim seja por conta da queda de pressão do reservatório seja
por conta da maior produção de água faz-se necessário o uso de
métodos de produção que doem energia aos fluidos para
produzir mais petróleo, são conhecidos como métodos de
elevação artificial.
• São estas o gás-lift e o bombeio centrifugo submerso (BCS).
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ELEVAÇÃO ARTIFICIAL
• Pressao disponível q = f(PE – PW)
• Pressao requerida q = f(PW – PSEP)
Pressão
no poço PRESSAO
Pe REQUERIDA
PSEP
Pw
PRESSÃO
DISPONÍVEL
q qMAX Vazão
PE PE
20 PW
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ELEVAÇÃO ARTIFICIAL
• Pressao disponível
Pressao requerida q = f(PW – PSEP)
•Pressão
no poço PRESSAO
Pe REQUERIDA
PSEP
Pw
PRESSÃO
DISPONÍVEL
q qMAX Vazão
PE PE
21 PW
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ELEVAÇÃO ARTIFICIAL
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INFLUÊNCIA DA RAZÃO GÁS-ÓLEO
BASE TEÓRICA DO GAS LIFT
IPR
• O bombeio centrifugo
submerso (BCS) é
constituído de bomba
instalada dentro do poço.
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FATOR VOLUME-FORMAÇÃO BO
• O fator volume-formação do óleo expressa que volume da
mistura numa condição de pressão e temperatura qualquer deve
ser retirado do reservatório para se obter uma unidade de
volume de óleo nas condições padrão.
•
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PROCESSOS
Fonte: DE PRODUÇÃO
Rosa, A. J., Carvalho, R. S., Xavier, DE
J. A.PETRÓLEO
D. ENGENHARIAGIOVANI CAVALCANTI
DE RESERVATÓRIOS NUNES
DE PETRÓLEO.
FATOR VOLUME-FORMAÇÃO BO
• O fator volume-formação do óleo expressa que volume da mistura numa
condição de pressão e temperatura qualquer deve ser retirado do reservatório
para se obter uma unidade de volume de óleo nas condições padrão.
• Boi = 1,30 m3/m3 std @ 246 atm e 71º C
• Bob = 1,33 m3/m3 std @ 176 atm e 71º C
• Bo = 1,20 m3/m3 std @ 84 atm e 71º C
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PROCESSOS
Fonte: DE PRODUÇÃO
Rosa, A. J., Carvalho, R. S., Xavier, DE
J. A.PETRÓLEO
D. ENGENHARIAGIOVANI CAVALCANTI
DE RESERVATÓRIOS NUNES
DE PETRÓLEO.
FATOR VOLUME-FORMAÇÃO BO
• Boi = 1,30 m3/m3 std @ 246 atm e 71º C
• Bob = 1,33 m3/m3 std @ 176 atm e 71º C
• Bo = 1,20 m3/m3 std @ 84 atm e 71º C
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RAZÃO DE SOLUBILIDADE
• Rs é a relação entre o volume de gás que está dissolvido, na
condição padrão, e o volume de óleo que será obtido da
mistura, também expresso na condição padrão.
•
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PROCESSOS
Fonte: DE PRODUÇÃO
Rosa, A. J., Carvalho, R. S., Xavier, DE
J. A.PETRÓLEO
D. ENGENHARIAGIOVANI CAVALCANTI
DE RESERVATÓRIOS NUNES
DE PETRÓLEO.
RAZÃO DE SOLUBILIDADE
á ( çõ ã )
•
ó ( çõ ã )
• Do volume líquido nas condições iniciais vão resultar na superficie 16,057 m3
std de gás e 1,00 m3 std de óleo. A razão de solubilidade nas condições
iniciais é de 16,057 m3std/m3std. Para a pressão de 176 atm, a mistura
continua ainda toda líquida apesar de ter havido um aumento de volume.
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PROCESSOS
Fonte: DE PRODUÇÃO
Rosa, A. J., Carvalho, R. S., Xavier, DE
J. A.PETRÓLEO
D. ENGENHARIAGIOVANI CAVALCANTI
DE RESERVATÓRIOS NUNES
DE PETRÓLEO.
RAZÃO DE SOLUBILIDADE
•
• de óleo
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AVALIAÇÃO DO PETRÓLEO
• Desenvolvida pelo American Petroleum Institute, o grau API é a
classificação (por densidade) mais comum na indústria do petróleo.
•
• Os petróleos são classificados conforme a seguir:
• API > 45º : Extra leve (condensados)
• 33º > API > 45º: Leve
• 22º > API > 33º: Médio
• 10º > API > 22º: Pesado
• API < 10º: Extra pesado
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GARANTIA DE ESCOAMENTO
• A temperatura da água do mar em grandes profundidades gira em torno de
5ºC e provoca o resfriamento aos fluidos em seu trajeto até a plataforma.
• Faz-se necessário garantir que o escoamento não será afetado por
deposição de incrustações, hidratos ou deposições orgânicas como
parafinas de alto peso molecular e asfaltenos.
• Garantia de Escoamento e a atividade de previsão, controle e mitigação dos
fenômenos que afetam o escoamento dos fluidos do poço até a unidade de
produção.
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DEPOSIÇÕES INORGANICAS
• Incrustações (ou acumulações de depósitos cristalinos inorgânicos)
resultam da precipitação de sais presentes na água do reservatório
denominada água conata.
• A precipitação destes sais ocorre quando é atingido seu limite de
solubilidade, causado principalmente pelas condições de pH, pressão,
temperatura, ou mudança de composição da água. Normalmente são
provocadas pela deposição de Sulfato de Estrôncio, Sulfato de Bário ou
Carbonato de Cálcio. São combatidos com adição de produtos químicos. O
teor de sais na agua produzida pode variar de 35000 mg/l ate 280000 mg/l
quando ocorre a completa saturação da agua.
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SULFATOS
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PARAFINAS e ASFALTENOS
• Parafinas (hidrocarbonetos saturados lineares ou cíclicos) se depositam em situações de
queda de temperatura
• Asfaltenos (aromáticos de grande complexidade e alto peso molecular) se depositam
em situações de queda de pressão (quando alguns solventes naturais no petróleo são
vaporizados).
• Óleos asfaltenicos e parafínicos são testados para determinar sua temperatura inicial de
formação de cristais ou TIAC. Este é um parâmetro importante pois ocorre de alguns
óleos sofrerem congelamento após troca térmica com a agua do mar.
• São evitados com isolamento térmico nas linhas de produção. São mitigados com
adição de inibidores de deposição que atuam entre as moléculas de parafinas e
asfaltenos evitando a formação de grandes aglomerados.
• Adicionalmente podem ser passados “pigs” (material de poliuretano de alta densidade)
com diâmetro pouco maior que o duto que se deslocam sob pressão nas tubulações
para raspar as deposições da parede do duto.
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HIDRATOS
• Hidratos são cristais formados por hidrocarbonetos leves (metano, etano,
propano) e água que ocorrem em condições de pressão alta e temperatura
baixa.
• Campos de gás ou onde há pouca quantidade de óleo:
– o combate a hidratos deve ser feito ainda nas linhas de produção pois nestas as
condições para formação de hidratos (alta pressão e baixa temperatura) são
normalmente atingidas.
• Campos de óleo ou gás associado:
– Presença da fase oleosa torna a aderência dos hidratos às linhas de produção mais
difícil. Mesmo em condições termodinâmicas favoráveis o hidrato não adere às paredes
da tubulação por conta do arraste provocado pelo óleo. Portanto em campos de óleo
com gás associado normalmente não é necessário combater hidratos nas linhas de
produção.
• Contudo a planta de processo deve ser dotada de sistema de desidratação para
evitar hidratos nos gasodutos de exportação e nas linhas de gas-lift.
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